Transmissão Subterrânea no Brasil. Julio Cesar Ramos Lopes



Documentos relacionados
AUTORES: WOONG JIN LEE ALOISIO JOSÉ DE OLIVEIRA LIMA JORGE FERNANDO DUTRA JOSÉ M. PINHEIRO FRANKLIM FABRÍCIO LAGO CARLOS AUGUSTO V.

TEMA DA AULA PROFESSOR: RONIMACK TRAJANO DE SOUZA

GERÊNCIA DO SUBTERRÂNEO

Aula 08 Instalações Elétricas de Distribuição. Professor Jorge Alexandre A. Fotius

Transformadores trifásicos

CABO OPGW SUAS IMPLICAÇÕES PARA O SISTEMA ELÉTRICO

Sistema de Proteção Elétrica em Subestações com Alta e Média Tensão Parte I

Introdução: O que é uma Subestação? Definição NBR 5460 / 1992

A solução certa para qualquer situação. Totally Integrated Power

O Mercado de Energias Renováveis e o Aumento da Geração de Energia Eólica no Brasil. Mario Lima Maio 2015

Cabos e acessórios para redes subterrâneas

Tipos de linhas. Sumário Linhas Elétricas Dimensionamento. Aspectos Gerais Características Tipos de Linhas

AULA 02 REVISÃO DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS TRANSFORMADORES DE MEDIDAS DISJUNTORES DE POTÊNCIA

Prof. Dr. Luiz Antonio Rossi UNICAMP - Brasil. GEFES Grupo de Estudos em Fontes Eólica e Solar. São Carlos, 22 de Maio de 2015.

Especificação para o projeto elétrico de BT

NORMAS TÉCNICAS BRASILEIRAS SOBRE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

Interligação Subterrânea 230kV PAL9 PAL4 Desenvolvimento do Projeto

Condutores e cabos eléctricos

Diretoria de Operação e Manutenção

Pára-raios de Baixa Tensão para Rede de Distribuição Secundária PRBT - RDS

CENTRO DE EDUCAÇÃO E ESPORTES GERAÇÃO FUTURA

Ram Ramachandran Diretor de Marketing Global para Usuários Finais Dow Wire & Cable

projecto de postos de transformação

Capítulo IV. Aterramento de sistemas elétricos industriais de média tensão com a presença de cogeração. Aterramento do neutro

COMPARATIVO ENTRE REDES DIRETAMENTE ENTERRADAS E COM DUTOS ESTUDO DE CASO DO PARQUE NACIONAL DO IGUAÇU/PR

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA PARAÍBA TEMA DA AULA

ENE-EP E OS DESAFIOS DA REGULAÇÃO

EVOLUÇÃO DA MANUTENÇÃO

Proteção Primária ria para Transformadores da Rede de Distribuição Subterrânea

PLANEJAMENTO E OBRAS DE AT ATENDIMENTO AOS PLANOS DA CIDADE DO RJ. Carla Damasceno Peixoto

TERMO DE REFERÊNCIA TERMO DE REFERÊNCIA

Critérios Construtivos do Padrão de Entrada

Acessórios Desconectáveis 200A

Grupo Investidor 50,1% 24,5% 24,5% 0,9%

CAPACITORES IMPREGNADOS X CAPACITORES IMERSOS (PPM) EM BT

RESUMO DOS PROCESSOS DE CONTRATAÇÃO

SOLUÇÕES SIMPLES E PRÁTICAS APLICÁVEIS ÀS REDES DE ENERGIA ELÉTRICA SUBTERRÂNEAS. Autor: Joel P. Martins - Prysmian

Seminário Online DIMENSIONAMENTO DE CONDUTORES ELÉTRICOS

Principais alterações:

COMUNICADO TÉCNICO Nº 60

Plano de Expansão e Melhorias do Setor Elétrico do Estado do Amazonas MME. Ministério de Minas e Energia. Ministro Eduardo Braga 10 de Abril de 2015

Catalogo Técnico. Disjuntor Motor BDM-NG

ACIONAMENTOS ELETRÔNICOS (INVERSOR DE FREQUÊNCIA)

Brasil - Guiana. Projeto de Integração

Termografia na Rede de Distribuição Subterrânea de Baixa Tensão da AES Eletropaulo na Manutenção Corretiva

Rémy da SILVA / Jean-Marie LEPRINCE. 04 de setembro de 2013 Alain Doulet- ERDF I

COELCE DECISÃO TÉCNICA CRITÉRIO PARA INSTALAÇÃO DT RELIGADOR AUTOMÁTICO TRIFÁSICO DE 15 KV USO EM POSTE

CÁLCULO DO CURTO CIRCUITO PELO MÉTODO KVA

MODELOS: TRANSFORMADORES DE CORRENTE RH-80 RH-80B(500A) RH-80B(800A) RH-100 RH-40 RH-70 RH-78 RH-90 RH-120

Aplicação. de Redes de Distribuição Subterrâneas na CEMIG Cabos Maceió 02/10/2009

Fluxo de Potência em sistemas de distribuição

Workshop. Proteção em redes de serviços via cabo coaxial

Reforço de Potência Aproveitamento Hidroeléctrico de Vila Nova/Venda Nova. (Venda Nova II) Relatório de Visita de Estudo.

ENGEMATEC CAPACITORES

Disjuntores-Motor BDM-G. Dados Técnicos Características Gerais. Posições das teclas

Melhoria na confiabilidade da aplicação dos reles digitais através do monitor MDP

Cabos para instalações de energia solar fotovoltaica PARA UMA ENERGIA LIMPA

XX Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica SENDI a 26 de outubro Rio de Janeiro - RJ - Brasil

Capítulo V A IEEE 1584 e os métodos para cálculo de energia incidente e distância segura de aproximação

Aqui você encontra artigos que irão auxiliar seu trabalho a partir de informações relevantes sobre segurança e dicas de instalações elétricas.

DESTAQUE: A IMPORTÂNCIA DOS TRANSFORMADORES EM SISTEMAS DE ENERGIA ELÉTRICA

NA Distância entre contatos abertos 3 mm Montagem em circuito impresso. Vista do lado do cobre

Eficiência Energética e Redução de Perdas. George Alves Soares - Eletrobras

da qualidade ISO 9001:2008 certificados, a IPCE tem como A Qualidade na energia!

LINHA Bt200. Conjunto de Manobra e Controle de Baixa Tensão. Bt200

ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA

Distribuição de energia eletrica e redes subterrâneas

CESTAS AÉREAS MAIOR SEGURANÇA, ALTO DESEMPENHO E FÁCIL CONTROLE DURANTE INSTALAÇÕES E MANUTENÇÕES DE REDES ENERGIZADAS DE ATÉ 46KV

Megôhmetro Digital de 12kV

DESAFIOS DA EXPANSÃO DA TRANSMISSÃO DO SISTEMA INTERLIGADO NACIONAL COM O AUMENTO DAS FONTES RENOVÁVEIS INTERMITENTES. Abril/2014

Introdução ENERGIA ELÉTRICA: GERAÇÃO, TRANSMISSÃO E DISTRIBUIÇÃO.

INDUTOR DE BLOQUEIO TRIFÁSICO PARA BANCO DE CAPACITORES

Solutions with flexibility

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU SISTEMAS ELÉTRICOS DE ENERGIA- SUPRIMENTO, REGULAÇÃO E MERCADO

Os termômetros de resistência podem ser isolados de altas tensões. Todavia, na prática, o espaço de instalação disponível é frequentemente pequeno

PLANO DE CURSO PARCERIA SENAI

PROGRAMA DE INCENTIVO PARA A FORMAÇÃO DE PROFISSIONAIS NA ÁREA NUCLEAR

Motores Automação Energia Transmissão & Distribuição Tintas. Automação Contatores para Manobra de Capacitores

Projetos e execução de Subestações (em poste ou abrigadas em cubículos); Projetos e execução de Rede Rural ou Urbana (Condomínios);

1 a Lista de Exercícios Exercícios para a Primeira Prova

Uma viagem pelas instalações elétricas. Conceitos & aplicações

REDES FÍSICAS DE ACESSO EM BANDA LARGA

IECETEC. Acionamentos elétricos AULA 1 PROJETO ELÉTRICO

CENTRAIS ELÉTRICAS DE RONDÔNIA S/A COMISSÃO PERMANENTE DE LICITAÇÃO

PROJETO DE LINHA DE TRANSMISSÃO SUBMARINA BIGUAÇU DESTERRO EM 230KV

9. Realize as operações seguintes e expresse as respostas em notação científica. (a) (b) 3, ,04 2 (d)

ET720 Sistemas de Energia Elétrica I. Capítulo 3: Gerador síncrono. Exercícios

A metodologia proposta pela WEG para realizar este tipo de ação será apresentada a seguir.

REDES SUBTERRÂNEAS DE ENERGIA ELÉTRICA / 2013 EXPO & FORUM

TERMOS PRINCIPAIS UTILIZADOS EM TRANSFORMADORES

Plano Curricular Plano Curricular PlanoCurricular

SUBSTITUIÇÃO DE GRUPOS ELETROBOMBA: ABORDAGEM DETERMINÍSTICA BASEADA EM ESTUDOS DE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA.

COMUNICADO TÉCNICO Nº 53


Sumário ORIENTAÇÃO TÉCNICA - DISTRIBUIÇÃO OTD REDE CONVENCIONAL TRANSFORMADORES

BHR5 - SECCIONADORAS "SOB CARGA" FUSÍVEIS NH

Dr. Policarpo Batista Uliana (Documentta Tecnologia)

VIABILIDADE ECONÔMICA DE REDES DE DISTRIBUIÇÃO PROTEGIDAS

Geração, Transmissão e Distribuição de EE

Transcrição:

Transmissão Subterrânea no Brasil Julio Cesar Ramos Lopes

1. Introdução 2. Linhas de Transmissão com Cabos Isolados 3. Cabos Isolados no Brasil X Outros Países 4. Principais Linhas de Transmissão Construídas nos Últimos 10 anos no Brasil

1. Introdução

Fatores que tendem a aumentar a quantidade de linhas subterrâneas: Desejo dos interessados em converter linhas aéreas para subterrâneas: governo, concessionárias, indústria, população Melhor utilização dos espaços urbanos Melhoria da qualidade de vida urbana: meio ambiente, estética Redução de acidentes com a população Redução das despesas operacionais para manter e operar as redes das concessionárias Melhoria da qualidade de energia e continuidade do fornecimento pelas concessionárias Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 no Brasil

Desejo da População em enterrar linhas aéreas A infraestrutura pode ser analisada através da pirâmide de hierarquia de necessidades A infraestrutura é inicialmente desejada, tornase desconfortável e finalmente é rejeitada A necessidade de melhoria da qualidade de vida nas cidades vai levar a se repensar as infraestruturas existentes Hierarquia de necessidades de Maslow

Aspecto Visual / Estético LTAs em São Paulo

Construção da Linha de Transmissão Subterrânea 400 kv no Reino Unido

Dificuldades para implantar linhas subterrâneas: Custo dos investimentos de sistemas subterrâneos Financiamento e meios para pagamentos destes custos Regulamentação do setor elétrico brasileiro Meio ambiente Cultura técnica

Relação de Custos de Linhas Subterrâneas Quanto maior o nível de tensão do circuito maior é o custo por km ou MVA de cabos subterrâneos comparado com uma linha aérea equivalente. A relação entre o custo de investimento de cabos subterrâneos e linhas aéreas são as seguintes: Faixa de tensão de 110 a 219 kv Faixa de tensão de 220 a 362 KV Faixa de tensão de 363 a 764 kv 5 a 10 vezes 9 a 16 vezes 15 a 25 vezes Estas relações de custos são baseadas na mesma extensão de rota. Elas podem variar significativamente devido às diferentes exigências da rota, planejamento, questões legais, e compensações ambientais para cada projeto. Existe uma tendência de redução destas relações em anos futuros. Quando se considera os custos das perdas nestas relações de custos elas sofrem uma pequena redução, mas a diferença de custo entre cabos subterrâneos e linhas aéreas permanece muito significativa.

Os custos de manutenção de cabos subterrâneos são geralmente menores que os de linhas aéreas. Os defeitos em cabos são raros mas os custos de reparo são consideráveis. Linhas aéreas e cabos subterrâneos tem vida útil similar e duração estimada conservativamente em 30 anos. Perspectivas Relação de Custos de Linhas Subterrâneas Devido a restrições do uso do solo, aumento das preocupações ambientais e maiores dificuldades em obter licenças, e do aumento do desenvolvimento de novas tecnologias, é esperado uma aumento do enterramento de linhas, particularmente daquelas de menores tensões, onde as relações de custos são menores. Para tensões mais elevadas as linhas aéreas continuarão a predominar dentro do horizonte futuro previsível. Entretanto esforços consideráveis continuarão a ser feitos no desenvolvimento de novos tipos de cabos subterrâneos e novas técnicas de instalação para reduzir o diferencial de custos.

Cultura Técnica A vasta maioria do sistema elétrico no Brasil é aéreo, mesmo em regiões urbanas. Poucas concessionárias tem padrões e práticas subterrâneas. Fabricantes não tem, como no passado, um bom suporte de engenharia. A maioria das linhas aéreas usa condutores nus e normalmente estas linhas são referência de custos de investimento.

2. Linhas de Transmissão com Cabos Isolados

Quantidade total de cabos isolados instalados até 12/2012 em tensão igual ou superior a 69 kv 1.944 km

Cabos isolados instalados entre 01/1999 e 12/2012 em tensão igual ou superior a 69 kv 637 km

Cabos isolados instalados entre 01/1999 e 12/2012 em tensão igual ou superior a 69 kv - 637 km

Cabos isolados instalados entre 01/1999 e 12/2012 em tensão igual ou superior a 69 kv 637 km

3. Cabos Isolados no Brasil x Outros Países

Porcentagem da Extensão Total de Circuitos que é Subterrâneo no Mundo Referência: Brochure 338 Statistics of AC Underground Cables

Porcentagem da Extensão Total de Circuitos Subterrâneos 110 219 kv Europa Ocidental, Ásia/Pacífico e Américas Referência: Brochure 338 Statistics of AC Underground Cables

Porcentagem da Extensão Total de Circuitos Subterrâneos 110 219 kv Referência: Brochure 338 Statistics of AC Underground Cables

Porcentagem da Extensão Total de Circuitos Subterrâneos 220 314 kv Referência: Brochure 338 Statistics of AC Underground Cables

Porcentagem da Extensão Total de Circuitos Subterrâneos 315 500 kv Referência: Brochure 338 Statistics of AC Underground Cables

Porcentagem de Cabos Subterrâneos CA com Isolação Polimérica Extrudada no Mundo Referência: Brochure 338 Statistics of AC Underground Cables

4. Principais Linhas de Transmissão Construídas nos Últimos 10 anos no Brasil

LT BIGUAÇU - DESTERRO CARACTERÍSTICAS: Tensão nominal: 230 kv Tensão máxima: 245 kv Frequência: 60 HZ Comprimento estimado da rota: 4,65 km Um circuito de potência trifásico mais um cabo de 24 fibras ópticas Potência nominal: 310 MVA Fator de carga: 0,95 Potência máxima em emergência de 350 MVA Corrente de curto circuito de 21 ka Duração do curto: 0,5 s Tensão suportável de impulso atmosférico: 1050 kv

LOCALIZAÇÃO / ROTA: International Workshop 2013

CABO: International Workshop 2013

FOTOS: International Workshop 2013

FOTOS: International Workshop 2013

LT PAL9 PAL4 CARACTERÍSTICAS: Tensão nominal: 230 kv Tensão máxima: 242 kv Frequência: 60 HZ Comprimento estimado da rota: 12 km Um circuito de potência trifásico mais um cabo reserva Potência nominal: 362 MVA Fator de carga: 0,80 Potência máxima em emergência de 438 MVA Corrente de curto circuito de 41 ka Duração do curto: 0,3 s Tensão suportável de impulso atmosférico: 1050kV

LOCALIZAÇÃO / ROTA: International Workshop 2013

CABO: Al 1400 mm²

INSTALAÇÃO: International Workshop 2013

FOTOS: International Workshop 2013

FOTOS: International Workshop 2013

FOTOS: International Workshop 2013

LTS ANHANGUERA CARACTERÍSTICAS: Tensão nominal: 138 kv operando inicialmente em 88 kv Tensão máxima: 145 kv Frequência: 60 HZ Comprimento estimado da rota: 4,50 km Dois circuitos de potência trifásico Potência nominal: 300 MVA por circuito em 88 kv Fator de carga: 0,80 Potência máxima em emergência de 300 MVA Corrente de curto circuito de 40 ka Duração do curto: 1 s tensão suportável de impulso atmosférico: 650 kv

INSTALAÇÃO / CABO: International Workshop 2013

FOTOS: International Workshop 2013

FOTOS: International Workshop 2013

FOTOS: International Workshop 2013

FOTOS: International Workshop 2013

LT RECREIO CARACTERÍSTICAS: Tensão nominal: 138 kv Tensão máxima: 145 kv Frequência: 60 HZ Comprimento estimado da rota: 0,52 km Dois circuitos de potência trifásico Potência nominal: 120 MVA Fator de carga: 0,80 Potência máxima em emergência: 120 MVA Corrente de curto circuito : 21 ka Duração do curto: 0,5 s Tensão suportável de impulso atmosférico: 650 kv

LOCALIZAÇÃO / ROTA: International Workshop 2013

INSTALAÇÃO: Al 500 mm²

INSTALAÇÃO: International Workshop 2013

INSTALAÇÃO: International Workshop 2013

FOTOS: International Workshop 2013

FOTOS: International Workshop 2013

LT VILA NOVA - ESTUÁRIO CARACTERÍSTICAS: Tensão nominal: 138 kv operando inicialmente em 88 kv Tensão máxima: 145 kv Frequência: 60 HZ Um circuito de potência trifásico Potência nominal: 120 MVA em 88 kv Fator de carga: 0,75 Corrente de curto circuito: 21 ka Duração do curto: 1 s Tensão suportável de impulso atmosférico: 650 kv

LOCALIZAÇÃO / ROTA: SE - Jabaquara SE Vila Nova SE - Boqueirão SE - Estuário

INSTALAÇÃO: International Workshop 2013

FOTOS: International Workshop 2013

Obrigado JULIO LOPES julio.lopes@inovatec-br.com