O PROCESSO DE RESPONSABILIZAÇÃO FINANCEIRA: perspetiva externa IGAS. Leonor Furtado Inspetora-Geral

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Transcrição:

O PROCESSO DE RESPONSABILIZAÇÃO FINANCEIRA: perspetiva externa IGAS Leonor Furtado Inspetora-Geral

SUMÁRIO 1. Notas sobre o processo de efetivação da responsabilidade financeira IGAS 2. Atribuições e organização da IGAS 3. GCCI Grupo Coordenador do Controlo Interno do MS 4. Intervenção da IGAS 5. Resultados da Ação Inspetiva 6. Conclusões 2

Notas sobre o processo de efetivação da responsabilidade financeira - IGAS 1. O atual regime de responsabilidade financeira carece de adequação, hoje temos uma gestão pública feita com uma maior autonomia e a valoração dos cidadãos exige que, quem é responsável, seja responsabilizado. Vítor Caldeira, Presidente do Tribunal de Contas 2. "Hoje, independentemente da natureza da entidade em causa, quem gere ou utiliza dinheiros públicos, quem assume, autoriza ou paga compromissos, por conta do erário público, pode ser chamado a responder perante o Tribunal de Contas em sede de responsabilidade financeira" - in Responsabilidade Financeira e Tribunal de Contas, Contributos para uma reflexão necessária, de António Cluny 3

VISÃO VALORES Atribuições e organização da IGAS Promover a qualidade Prevenir a fraude A IGAS é o Serviço Central da Administração Direta do Estado, que tem por missão assegurar o cumprimento da lei e elevados níveis técnicos de atuação, em todos os domínios da prestação dos cuidados de saúde, quer pelos organismos do Ministério da Saúde ou por este tutelados, quer ainda pelas entidades públicas, privadas ou do setor social. A IGAS integra o Sistema de Controlo Interno da Administração Financeira do Estado (DL 166/98 de 25.06). 4

CONTRAORDENAÇÕES Inspeção-Geral das Atividades em Saúde Atribuições e organização da IGAS Vertente repressiva Ações inspetivas: inspeção e fiscalização disciplinar e Deteção de indícios de fraude e corrupção Participação ao MP Vertente preventiva Auditorias Estudos com vista à identificação de áreas críticas / de risco Formação/informação Ação disciplinar 5

EIXOS ESTRATÉGICOS Atribuições e organização da IGAS A: Controlo direcionado Articulação B: Atividade e :C preventiva cooperação D: Capacidade organizacional 6

Controlo interno no MS GCCI - ENQUADRAMENTO Despacho n.º 6447/2012 do Ministro da Saúde, de 15 de Maio articular os concertar as entidades com dirigentes máximos intervenção na monitorização, das instituições no acompanhamento, auditoria e sentido de controlo interno do MS para elaborarem um assegurar o alinhamento do Plano de Controlo esforço de controlo com as Interno Integrado grandes linhas que têm por do MS objetivo a redução da despesa propor medidas consideradas adequadas e imprescindíveis ao habilitar o Ministro da Saúde com informação semestral de interesse para a gestão estratégica centralizar informação sobre definir objetivos de controlo de curto, cumprimento dos objetivos da política irregularidades médio e longo prazo, de saúde e que se insiram, detetadas e sobre com avaliação designadamente, no quadro da casos que tenham regular do nível de estratégia de combate sido comunicados cumprimento ao desperdício e à fraude na saúde ao MP ou à PJ O MS é o único ministério com um grupo coordenador de controlo interno fomentar uma cultura de cooperação ativa entre os serviços e organismos do MS que intervêm nestas matérias, abrangendo os órgãos de fiscalização e os AI contribuir para o reforço da colaboração entre o MS, o MP e a PJ

Intervenção da IGAS Artigo 12.º Colaboração dos órgãos de controlo interno 1 - Os serviços de controlo interno, nomeadamente as inspeções-gerais ou quaisquer outras entidades de controlo ou auditoria dos serviços e organismos da Administração Pública, bem como das entidades que integram o setor público empresarial, estão ainda sujeitos a um especial dever de colaboração com o Tribunal de Contas. 8

Intervenção da IGAS Artigo 12.º Colaboração dos órgãos de controlo interno 2 - O dever de colaboração com o Tribunal referido no número anterior compreende: b) O envio dos relatórios das suas ações, por decisão do ministro ou do órgão competente para os apreciar, sempre que contenham matéria de interesse para a ação do Tribunal, concretizando as situações geradoras de eventuais responsabilidades com indicação: documentada dos factos, do período a que respeitam, da identificação completa dos responsáveis, das normas violadas, dos montantes envolvidos e do exercício do contraditório institucional e pessoal, nos termos previstos no artigo 13.º. 9

Do que falamos quando visamos a efetivação da responsabilidade financeira na saúde? 1. Atores chave no sistema de saúde Pagadores de Serviços Incentivos para empolar os custos Fornecedores Compras; Infraestruturas e ambulâncias; outros serviços; sobrefaturação Prestadores de Serviços Hospitais / médicos; Compras; Prática de prescrição desnecessária Clientes / Pacientes/ Trabalhadores Pagamento informal de prescrição; Desvio para privados Governo / Regulador Captura do Estado para aprovar normas que influenciam o mercado 10

Do que falamos quando visamos a efetivação da responsabilidade financeira na saúde? 2. Afetação do acesso, da equidade e dos resultados na saúde Construção de estabelecimentos hospitalares empreitadas Compra de equipamentos de alta tecnologia dispositivos médicos As relações com a indústria farmacêutica aquisição A promiscuidade de relações entre profissionais de saúde e outros profissionais nestes temas: Risco de Suborno Conflitos de interesses 11

Intervenção da IGAS Tradicionalmente a IGAS intervém em áreas já bem identificadas: a. Prescrição de medicamentos Falsificações de receitas ou MCDT Compra fictícia Venda fraudulenta sem prescrição Inexistência de exames prescritos Acumulação de funções Irregularidades funcionamento 12

Intervenção da IGAS b. Controlo de assiduidade Sistema biométrico e verificação de meios de controlo de presenças e de realização de serviços Absentismo, pagamento indevido de trabalho suplementar ou horas extraordinárias Verificação das situações de incompatibilidades e conflito de interesses 13

Intervenção da IGAS c. Organização e funcionamento dos serviços Execução orçamental; Aquisição de bens e serviços e verificação de cadeia de consumos gestão de stocks; Execução dos contratos; Circuito dos medicamentos; d. Políticas de responsabilidade nos serviços públicos de saúde com consequências financeiras e de rendimento dos serviços. 14

Resultados da Ação Inspetiva Auditorias ao sistema de controlo interno Contratação pública de bens e serviços 15

Resultados da Ação Inspetiva Contratação pública de bens e serviços Área de risco transversal - Recomendação do Conselho de Prevenção da Corrupção (07.01.2015): os riscos de corrupção aumentam na medida dos elementos materiais presentes e sua relevância financeira IGAS Em 2016/2017 criação de uma equipa de projeto para o controlo dos procedimentos de contratação pública e em 2018, de uma equipa de projeto para as empreitadas. 16

Resultados da Ação Inspetiva Ações inspetivas vs ações com factos geradores de eventual RF 18 16 15 17 14 12 11 10 8 7 6 4 2 0 2 2015 2016 2017 Acões Acões com RF 17

Resultados da Ação Inspetiva Entidades inspecionadas/auditadas vs entidades com factos geradores de eventual RF 18 16 16 14 12 10 8 6 12 10 7 4 2 0 2 2015 2016 2017 Entidades Entidades com RF 18

Resultados da Ação Inspetiva Tipo de entidades inspecionadas/auditadas: Total de ações 2015-2017 Ações com RF 2015-2017 2 5 2 2 28 17 Hospitalar EPE Não Hospitalar EPE IP 19

Resultados da Ação Inspetiva Tipo de entidades inspecionadas/auditadas: Montantes totais envolvidos: 124M (milhões) Montantes irregulares: 29,8 M (milhões) 3% 2% 2% 3% 95% 95% Hospitalar EPE IP Não Hospitalar EPE 20

Resultados da Ação Inspetiva Tema/área valor amostra Valor RF % bens 42 522 744,47 10 199 588,90 24% bens&serviços 14 779 979,46 5 237 091,54 35% CP+Des. Pessoal 43 390 880,46 9 067 939,18 21% serviços 23 599 156,45 5 385 974,21 23% Total 124 292 760,84 29 890 593,83 24% 21

Resultados da Ação Inspetiva Situações geradoras de eventual responsabilidade financeira Aquisições diretas sem observância de qualquer tramitação específica de um procedimento tipificado no CCP Recurso ao procedimento por ajuste direto sem verificação dos pressupostos legais Ausência da decisão de contratar e de escolha do procedimento 22

Resultados da Ação Inspetiva Situações geradoras de eventual responsabilidade financeira Execução da prestação do serviço/fornecimento do bem em momento anterior à decisão de contratar ou de adjudicar Convite a entidades abrangidas pelo âmbito da proibição constante do n.º 2 do art.º 113.º do CCP Modelos de avaliação insuficientes, com definição ilegal de fatores do critério de adjudicação 23

Resultados da Ação Inspetiva Situações geradoras de eventual responsabilidade financeira Eventual fracionamento de despesa, com ausência de fiscalização prévia Ausência de publicitação dos contratos no portal da Internet dedicado aos contratos públicos Ausência de evidências da execução da prestação do serviço 24

Resultados da Ação Inspetiva Situações geradoras de eventual responsabilidade financeira Ausência de processo de recrutamento na contratação de trabalhadores Contratação de serviços médicos com valor/hora manifestamente superior ao estipulado 25

Resultados da Ação Inspetiva Constrangimentos representados pelos gestores do SNS Falta de recursos ou limitados, para aplicação do CCP Dificuldade de planeamento Incumprimento generalizado da lei gestão das urgências Problema efetivo de recursos financeiros Centralização excessiva da decisão 26

CONCLUSÃO 1. No que à IGAS concerne, a questão da efetivação da responsabilidade financeira prende-se com a relevância da sua ação e intervenção no âmbito do regime jurídico-financeiro, no que respeita ao desenvolvimento da ação inspetiva propriamente dita, tendo em consideração a dimensão dos orçamentos na Saúde e a expressão da dívida no SNS; 2. Na âmbito da sua intervenção, os inspectores da IGAS têm consciência do impacto que o apuramento dos factos geradores de responsabilidade financeira possa ter na atuação concreta dos gestores, face à mediatização das ações e constante divulgação dos atos de má gestão, de fraude ou de corrupção, por oposição aos direitos fundamentais que assistem a qualquer cidadão, quanto à preservação do direito à imagem e ao bom nome. 27

Muito Obrigada pela atenção! 28