Análise de Conjuntura do Sector da Construção 2º trimestre 2018

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Confiança em alta mas atividade ainda não acompanha otimismo dos empresários

Conjuntura da Construção n.º 28. Investimento Privado mantém-se em quebra

Produção da Construção em queda pelo 12.º ano consecutivo

Investimento em Construção regista quebras menos acentuadas

Consumo de cimento em 2012: o menor dos últimos 39 anos

Conjuntura da Construção n.º 33. Apesar de surgirem alguns sinais positivos, Crise na Construção está longe de ser ultrapassada

Conjuntura da Construção n.º 76 junho / 2014 CONSTRUÇÃO CAI 6% NO 1.º TRIMESTRE COM PERSPETIVAS MAIS FAVORÁVEIS PARA O 2.

Quebra de 9,4% na produção da Construção em 2011

CONSTRUÇÃO MENOS NEGATIVA ACALENTA OTIMISMO DOS EMPRESÁRIOS

Redução Menos Intensa da Actividade Não evita Quebra no Nível de Confiança da Construção

Obras licenciadas atenuaram decréscimo

Construção sem obras, sem encomendas e sem crédito

Obras concluídas e licenciadas continuam a diminuir, mas construções novas licenciadas aumentam

Produção na Construção acentua variação homóloga negativa

O Sector da Construção em Portugal º semestre

Primeiro Semestre de 2010 com quebras expressivas na Produção da Construção

Inquérito de Conjuntura

Investimento em Construção e VAB do Setor registam primeira variação semestral positiva desde 2007

Em Julho, empresários da Construção Revelam-se mais pessimistas

Edifícios licenciados aumentaram 19,1% e edifícios concluídos cresceram 17,9%

Edifícios licenciados aumentaram 7,4% e edifícios concluídos cresceram 12,2%

Construção regista novos mínimos da década

Conjuntura da Construção n.º 29. Contas Nacionais Trimestrais revelam quebra de 15% do investimento em Construção no 1º trimestre de 2009

Conjuntura da Construção n.º 32. Apesar do dinamismo observado nas Obras Públicas, Dados do INE confirmam crise grave na Construção

Nova subida da Taxa de Juro no crédito à habitação a

Número de entidades habilitadas na Construção cai 8,2%

Conjuntura da Construção n.º 30. Com maior volume de obras públicas em carteira, Empresários mostram-se menos pessimistas

Índices de Produção, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas na Construção e Obras Públicas CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS, MANTÉM-SE NEGATIVA.

Desemprego da Construção em máximo histórico

Desempregados da Construção já ultrapassam os 110 mil

Índices de Produção, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas na Construção e Obras Públicas CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS COM EVOLUÇÃO NEGATIVA

INVESTIMENTO EM CONSTRUÇÃO CAI PARA MÍNIMO HISTÓRICO

Construção: Obras licenciadas e concluídas 1 2º Trimestre de

Conjuntura da Construção n.º 52. Perspectivas muito negativas para o Sector da Construção

Produto Interno Bruto aumentou 2,8% em termos homólogos

Conjuntura da Construção n.º 39. Construção regista quebras em todos os segmentos de actividade

SÍNTESE DE CONJUNTURA

Empresários mais confiantes no futuro da Construção

Desemprego na Construção atinge novo máximo

Índices de Produção, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas na Construção e Obras Públicas CONSTRUÇÃO E OBRAS PÚBLICAS COM QUEBRA MENOS ACENTUADA

GPE AR I Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais. Boletim Mensal de Economia Portuguesa. N.

Taxa de variação homóloga do índice de preços da habitação foi 8,0%

Abrandamento na tendência decrescente da atividade de construção

Índice de preços da habitação aumentou 3,1% em 2015

PRINCIPAIS INDICADORES ESTATÍSTICOS...1 PRINCIPAIS INDICADORES ESTATÍSTICOS DA R.A.A...2 ÍNDICE DE PREÇO NO CONSUMIDOR...3 TAXA DE INFLAÇÃO MÉDIA...

Desempregados oriundos da Construção representam mais de 14% do Total

Licenciamento, transações e preços cresceram significativamente em 2018

DESEMPREGO DA CONSTRUÇÃO CONTINUA A AUMENTAR

Conjuntura da Construção n.º 27. Crise na Habitação arrasta Sector da Construção

Índices de Volume de Negócios, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas nos Serviços Junho de 2016

Taxa de variação homóloga do índice de preços da habitação foi 4,0% no primeiro trimestre de 2014

Dificuldades Financeiras agravam-se nas Empresas da Construção

Índices de Volume de Negócios, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas nos Serviços Setembro de 2017

Índices de Volume de Negócios, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas nos Serviços Março de 2011

Taxa de variação homóloga do índice de preços da habitação foi 10,4%

Taxas de Juro implícitas no Crédito à Habitação Abril de Taxa de juro e prestação média no crédito à habitação 1 mantêm tendência crescente

Taxa de juro subiu 0,2 pontos base

SÍNTESE DE CONJUNTURA

Conjuntura da Construção n.º 31. Apesar do aumento na produção da Engenharia Civil Sector da Construção mantém-se em recessão

Construção mantém tendência de descida no 1º Trimestre de 2010

Índice de Produção Industrial (*) acelerou

SÍNTESE DE CONJUNTURA

Índices de Volume de Negócios, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas nos Serviços Março de 2017

Valor médio da habitação aumentou 6 euros/m 2

SÍNTESE DE CONJUNTURA

SÍNTESE DE CONJUNTURA ABRIL 2015

Preços da habitação aumentaram 9,2% em 2017

Construção com menos 74 mil empregos num ano

Necessidade de financiamento da economia diminui. Poupança das famílias aumenta.

Preços da habitação aumentam 8,5%

RELATÓRIO DE EVOLUÇÃO

O Setor da Construção em Portugal 2013

O Setor da Construção em Portugal º semestre

Índice de Volume de Negócios, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas na Indústria Novembro de 2011

UNIÃO GERAL DE TRABALHADORES

Produto Interno Bruto aumentou 0,9% em volume no 1º trimestre de 2016

SÍNTESE DE CONJUNTURA

Transcrição:

Análise de Conjuntura do Sector da Construção 2º trimestre 2018 Apreciação Global O segundo trimestre de 2018 ficou marcado por uma clara aceleração no comportamento positivo da generalidade dos indicadores do setor da construção, sobretudo ao nível do licenciamento de obras. O índice de produção agregado, entretanto, até baixou ligeiramente face ao trimestre anterior, mas aumentou significativamente em termos homólogos (3,77%, contra 2,12% no trimestre anterior), pesando neste caso sobretudo o segmento da construção de edifícios (3,75%), ao passo que o segmento das obras de engenharia apresentou uma variação de 3,34%. Como dissemos antes, a aceleração foi particularmente notória ao nível do licenciamento de obras, quer novas, quer de reabilitação. O número total de licenças de obras ultrapassou, neste segundo trimestre do ano, as cinco mil e seiscentas, o que já não acontecia desde o primeiro trimestre de 2012 (!). De fato, o número de edifícios licenciados que havia subido notoriamente no primeiro trimestre do ano, registou um novo aumento de 5,4%. Em termos homólogos o aumento foi de 19,3%. O licenciamento de construções novas no setor residencial continuou também a crescer ainda mais, registando-se uma variação de +6% no número de licenças emitidas face ao trimestre anterior. Por sua vez, o número total de fogos licenciados em construções novas para habitação (números provisórios) aumentou 15,7%, sugerindo que o crescimento se centra no licenciamento de edifícios multifamiliares. As taxas de variação homóloga e média anual do número de fogos, assumiram valores francamente elevados de, respetivamente, 44,1% e 29,8%. 6.000 Fogos em construções novas para habitação 5.000 4.000 3.000 2.000 1.000 0 3º Trim 4º Trim 1º Trim. 2º Trim. 3º Trim 4º Trim 1º Trim. 2º Trim. 3º Trim 4º Trim 1º Trim. 2º Trim. 3º Trim 4º Trim 1º Trim. 2º Trim. 2015 2016 2017 2018 Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção pag. 1

O número de licenças de obras de reabilitação, por sua vez, retomou, de forma clara, a tendência de crescimento (+39,5%, contra -5,5% no primeiro trimestre). A variação homóloga foi também fortemente muito positiva (+18,4%, que compara com -20,7% no trimestre anterior. A variação média anual terminada em junho deste ano foi de -5,3%, muito influenciada pelos números menos favoráveis dos três trimestres anteriores. A evolução dos números do licenciamento neste segmento não tem correspondido ao comportamento observado no mercado imobiliário nesta área específica, o qual tem demonstrado uma forte dinâmica que só agora, por falta de produto, começa a desacelerar. Uma das explicações poderá estar relacionada com a diferença entre o tempo dos negócios e o tempo da burocracia relacionada com os processos de elaboração de projetos e da sua apreciação e decisão camarária. A evolução das vendas de cimento para o mercado interno voltou a terreno positivo, apresentando uma variação homóloga de 8,1%, que contrasta com a variação de -1,1% registada no 1º trimestre do ano, a qual, na altura, causou natural perplexidade uma vez que revelava uma aparente contradição com a evolução da produção no setor da construção e obras públicas. Eventualmente, os fatores de carater sazonal aliados a um comportamento menos tradicional, pela positiva, das vendas no 1º trimestre de 2017, possam fornecer a explicação para a flutuação negativa deste indicador no primeiro trimestre do ano. Obras Licenciadas No 2º trimestre de 2018, o número de edifícios licenciados registou um aumento de 5,4% relativamente ao primeiro trimestre do ano. Em termos homólogos, verificou-se igualmente um aumento na ordem dos 19,1%. Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção pag. 2

A variação média anual do número de edifícios licenciados no segundo trimestre do ano foi positiva (8,2%). Já no que se refere à evolução do licenciamento relativo às construções novas para habitação familiar, o segundo trimestre de 2018 registou um aumento de 6,0% quando comparado com o trimestre anterior. A taxa de variação trimestral foi positiva em termos homólogos (+29,9%) e em termos da variação média anual (+20,3%). Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção pag. 3

Por outro lado, a variação do número total de fogos licenciados em construções novas para habitação familiar no 2º trimestre de 2018 foi positiva (+15,7%), assim como a variação homóloga que se cifrou nos 44,1% e a variação média anual que atingiu os 29,8%. O número de licenças de obras de reabilitação registou novamente uma evolução trimestral positiva de 39,5%, assim como a variação homóloga que se cifrou em 18,4%. Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção pag. 4

Produção na Construção e Obras Públicas O índice de produção no sector da construção e obras públicas no segundo trimestre de 2018 diminuiu face ao primeiro trimestre de 2018 (-0,23%). Esta quebra ficou a dever-se, sobretudo, ao segmento das obras de engenharia que diminuiu 0,53%, enquanto o segmento da construção de edifícios teve uma quebra menos acentuada, na ordem dos 0,17% Em termos homólogos o índice de produção total aumentou 3,77%, e foi influenciado pelo segmento da construção de edifícios que apresentou um aumento de 3,75% e pelo segmento das obras de engenharia que registou um aumento de 3.34%. Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção pag. 5

Vendas de Cimento No segundo trimestre de 2018 as vendas de cimento das empresas nacionais para o mercado interno aumentaram em termos homólogos 8,1%. De acordo com os Inquéritos de Opinião da Comissão Europeia, o índice de confiança no sector da construção e obras públicas melhorou face ao trimestre anterior, fixando-se nos -9,0 pontos (contra - 14,5 no trimestre anterior). Emprego No segundo trimestre deste ano, o emprego na construção e obras públicas registou uma taxa de variação homóloga de 2,5% e uma taxa de variação trimestral de 0,7%, valores que comparam com 1,6% e 0,6% respetivamente, observados no trimestre anterior. A variação média nos últimos 12 meses terminados em junho 2018 foi de 2,0% (1,7% em março). Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção pag. 6

Remunerações No segundo de 2018, o índice de remunerações registou uma taxa de variação homóloga trimestral de 5,0%, e uma variação trimestral de 6,4%. A variação média nos últimos 12 meses terminados em junho foi de 3,3% (2,1% em março). Taxas de Juro A taxa de juro implícita no conjunto dos contratos de crédito fixou-se no mês de junho de 2018, em 1,032%, que corresponde a um aumento de 0,007 pontos percentuais face à registada no mês de março. Nos contratos para Aquisição de Habitação, a taxa de juro observada em março de 2018 foi de 1,054%, tendo aumentado também 0,007 p.p. em relação à taxa observada em março. Fonte: INE Associação Portuguesa dos Comerciantes de Materiais de Construção pag. 7