PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ANTROPOLOGIA SOCIAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO QUINTA DA BOA VISTA S/N. SÃO CRISTÓVÃO. CEP 20940-040 RIO DE JANEIRO - RJ - BRASIL Tel.: 55 (21) 2568-9642 - fax 55 (21) 2254.6695 www.ppgasmuseu.etc.br - e-mail: ppgas@mn.ufrj.br Disciplina: Teoria Antropolo gica II (MNA 702) Professora: Olívia Maria Gomes da Cunha 2o semestre de 2018 N de cre ditos: 03 (tre s) Cre ditos, 45 horas aula, 15 sesso es Hora rio: 4º Feira 09:00 a s 12:00 Local: Sala Lygia Sigaud, PPGAS O curso de Teoria Antropológica II permanece atento as trilhas abertas em TA, ministrada no semestre passado, evitando reduzir a segunda edição da disciplina a leituras que se limitam a traçar histórias e elencar 'escolas' da disciplina. Seu propósito será conhecer algumas temáticas associadas as transformações da disciplina nas últimas três décadas do século XX e na primeira do XXI. O curso pretende explorar não só os dilemas que circundam projetos teóricos que delinearam continuidades e rupturas com a(s) tradição(ões) antropológica(s) anteriores, mas debates críticos sobre sua(s) supostas crise(s). Leituras e inovações teóricas e metodológicas denominadas "pósmodernas" e "pós-coloniais", que marcaram a antropologia na virada do século, permitirão, deste modo, o contato como outr@s autores e objetos que povoam a agenda da disciplina nas últimas décadas. A bibliografia citada resume-se aos textos de leitura obrigatória. Listas complementares e associadas a cada sessão serão divulgadas ao longo do curso. Apresentação do Programa 8/8 1ª Sessão 15/8: Ardener, Edwin.1985. Social Anthropology and the Decline of Modernism. In: Joanna Overing (ed.), Reason and Morality. London: Tavistock, p.47-70. Englund, Harri & Leach, James.2000. Ethnography and the Meta-Narratives of Modernity. Current Anthropology 41: 225 248. Moore, Henrietta L. The changing nature of anthropological knowledge. In: H. Moore (org.) The Future of Anthropological Knowledge. London: Routledge, 1996, pp. 1-15. 2ª Sessão 22/8: Bourdieu, Pierre. 1983. Esboço de uma Teoria da Prática. In Pierre Bourdieu: 46-81. São Paulo: Ática. Wacquant, Loic. 1992. Toward a Social Praxeology. The Structure and the Logic of Bourdieu s Sociology. In: Pierre Bourdieu & Loic Wacquant. An Invitation to Reflexive Sociology. Chicago: The University of Chicago Press, p.1-59. [ Hacia una Praxeología Social: La Estructura y la Lógicade la Sociología de Bourdieu. In: Pierre Bourdieu & Loic Wacquant. Una Invitación a la Sociología Reflexiva: 9-39. Buenos Aires: Siglo XXI].
3ª Sessão 29/8: 2 Dumont, Louis. 1966. Homo Hierarchicus O Sistema das Castas e suas Implicações. São Paulo: EDUSP, 1992. (Prefácio; Introdução; Posfácio à Edição Tel). Appadurai, Arjun. "Putting hierarchy in its place". Cultural anthropology, v. 3, n. 1, p. 36-49, 1988. 4ª Sessão 5/9: Sahlins, Marshall. 1981. Historical Metaphors and Mythical Realities: Structure in the Early History of the Sandwich Islands Kingdom. Ann Arbor: University of Michigan Press. [Metáforas Históricas e Realidades Míticas. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008]. Fabian, Johannes 1983. Time and the Other. How Anthropology Makes its Object. New York: Columbia University Press (caps. 2). ["O tempo e o outro emergente". In:. O tempo e o outro: como a antropologia estabelece seu objeto. Petrópolis: Vozes, 2013 [1983], p.39-70]. 5ª Sessão 12/9 Asad, Talal. 1973. Introduction. In: Talal Asad (ed.). Anthropology and the Colonial Encounter: New York: Humanities, p. 9-19. Asad, Talal. 2010 [1993]. A Construção da Religião como uma Categoria Antropológica. Cadernos de Campo 19: 263-284. Said, Edward W. 2007. Orientalismo: o Oriente como invenção do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 2007 (Introdução). Mbembe, Achille. 2001. "As formas africanas de auto-inscrição." Estudos afro-asiáticos 23.1: 171-209. Trouillot, Michel-Rolph.2011. "Moderno de otro Modo. Lecciones Caribeñas desde el Lugar del Salvaje".Tabula Rasa [online], n.14:79-97. 4ª e 5ª Sessões 26/9: Geertz, Clifford. 1974. From the Native s Point of View : On the Nature of Anthropological Understanding. In: Local knowledge. Further Essays in Interpretive Anthropology: 55-70. New York: Basic Books [ Do Ponto de Vista dos Nativos : A Natureza do Entendimento Antropológico. In: O Saber Local: 85-107. Petrópolis: Vozes, 1998.] Geertz, Clifford. 1984. Anti Anti-Relativism. In: Available Light. Anthropological Reflections on Philosophical Topics: 42-67. Princeton: Princeton University Press. [ Anti Anti-Relativismo. In: Nova Luz Sobre a Antropologia. 47-67. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2001] Crapanzano, Vincent. 1986. Hermes Dilemma: The Masking of Subversion in Ethnographic Description. In: J. Clifford & G. Marcus (orgs.), Writing Culture. The Poetics and Politics of Ethnography. Berkeley: University of California Press, pp.51-76. [Crapanzano, Vincent. "El dilema de Hermes: la máscara de la subversión en las descripciones etnográficas." In Clifford, James, and George E. Marcus, org. Retóricas de la antropología. Gijón: Júcar (1991), p.91-122.] Tyler, Stephen A. 1986. "Post-modern ethnography." Writing culture: The poetics and politics of ethnography In Clifford, James, and George E. Marcus, eds. Writing culture: The poetics and politics of ethnography. University of California Press, 1986, 122-40. ["Etnología postmoderna: desde el documento
de lo oculto al oculto documento." In Clifford, James, and George E. Marcus, org. Retóricas de la antropología. Gijón: Júcar (1991): 131-210] 3 6ª Sessão 3/10 Gupta, Akhil, and James Ferguson. "Beyond culture : Space, identity, and the politics of difference." Cultural anthropology 7.1 (1992): 6-23. [ Mais além da cultura : espaço, identidade e política da diferença [1992]. In: Arantes. A. A. (org.).espaço da Diferença. Campinas: Ed. da Unicamp, 2000, pp. 30-49.] Abu-Lughod, Lila. "Writing against Culture". In: Fox, R. (ed.)recapturing Anthropology. Santa Fe: School of American Research, 1991, p.137-162. ["Escribir contra la cultura". Andamios, 2012, vol. 9, no 19, p. 129-157.] Herzfeld, Michael. Orientations: anthropology as a practice of theory. In: Anthropology: Theoretical Practice in Culture and Society. Blackwell, Oxford, 2001, pp. 1-20. 7ª Sessão 10/10: Ortner, S. B. 2007. Subjetividade e crítica cultural. Horizontes antropológicos, 13(28), 375-405. Strathern, Marilyn. 2014 [1987]. Os Limites da Autoantropologia. In: O Efeito Etnográfico: 133-159. São Paulo: Cosac & Naify, 2014. Viveiros de Castro, Eduardo.2002. O Nativo Relativo. Mana. Estudos de Antropologia Social, 8 (1): 113-148. Ingold, Tim. That s enough about ethnography! Hau: Journal of Ethnographic Theory, 4 (1): 383 395, 2014. 8ª Sessão 17/10: Wagner, Roy. 1974. Are There Social Groups in New Guinea Highlands?. In Murray J. Leaf (ed). Frontiers of Anthropology: An Introduction to Anthropological Thinking: 95-122. New York: D. Van Nostrand Company. [ Existem Grupos Sociais nas Terras Altas da Nova Guiné? Cadernos de Campo 19: 237-257, 2010.] Ingold, Tim (ed.). 1996. The Concept of Society is Theoretically Obsolete. In: Key Debates in Anthropology: 55-98. Londres: Routledge.[ O Conceito de Sociedade Está Teoricamente Obsoleto?. In: Marilyn Strathern. O Efeito Etnográfico: 231-240. São Paulo: Cosac&Naify, 2014.] 9ª Sessão 24/10: Bloch, Maurice. 1992. What Goes Without Saying: The Conceptualization of Zafimaniry socidety. In: A. Kuper (org.), Conceptualizing Society. Londres: Routledge, pp. 127-146. Barth, Fredrik (1989), The analysis of culture in complex societies, Ethos, 54 (III-VI): 120-142 ( A análise da cultura em sociedades complexas In Barth, F. O Guru, o Iniciador e Outras Variações Antropológicas, Rio de Janeiro, Contra Capa, 2000). Strathern, Marilyn 1992. Partes e Todos: Refigurando Relações. In: O Efeito Etnográfico: 241-263. São Paulo: Cosac & Naify, 2014.
10ª Sessão 31/10: 4 Descola, Philippe. 2001. Par-Delà la Nature et la Culture. Le Débat 114: 86-101. Ingold, Tim 2000 [1995-96]. Culture, Nature, Environment: Steps to an Ecology of Life. In: The Perception of the Environment: Essays on Livelihood, Dwelling and Skill. Londres: Routledge, pp. 13-26. Ingold, Tim. Trazendo as coisas de volta à vida: emaranhados criativos num mundo de materiais. Horizontes Antropológicos, v.18, n.37, 2012, p.25-44. Strathern, Marilyn. The relation: issues in complexity and scale. Cambridge: Prickly Pear Press, 1995. [Traduzido em: Strathern, Marilyn. O efeito etnográfico e outros ensaios. Cosac Naify, 2014] 11ª Sessão 7/11: Schneider, David M. 1972. What is Kinship all About?. In: Priscilla Reining (ed.). Kinship Studies in the Morgan Centennial Year: 32-63. Washington: The Anthropological Society of Washington. Schneider, David M. 1977. Kinship, Nationality and Religion in American Culture: Toward a Definition of Kinship. In: David S. Kemintzer e David M. Schneider Janet L. Dolgin (eds.), Symbolic Anthropology. A Reader in the Study of Symbols and Meanings: 116-125. New York: Columbia University Press. Wagner, Roy. 1977. Analogic Kinship: a Daribi Example. American Ethnologist, 4 (4): 623-642. 12ª Sessão 14/11 Sahlins, Marshall. What Kinship Is (Part One) e What Kinship Is (Part Two) Journal of the Royal Anthropological Institute, 17 (1 e 2): 2-19 e 227-242. Strathern, Marilyn. 1992. Introduction: Artificial Life. In: Reproducing the Future: Anthropology, Kinship, and the New Reproductive Technologies. London: Routledge, pp. 1-12. Haraway, Donna. Antropoceno, Capitaloceno, Plantationoceno, Chthuluceno: fazendo parentes. ClimaCom, v. 3, p. 139-148, 2016. 13ª Sessão 21/11 Hannerz, Ulf, 1997, Fluxos, fronteiras, híbridos: palavras-chave da antropologia transnacional, Mana, 3 (1): 7-39. Latour, Bruno. 2005. Introduction: How to Resume the Task of Tracing Associations. In: Reassembling the Social. An Introduction to Actor-Network-Theory: 5-22. Oxford University Press, Oxford [ Introdução: Como Retomar a Tarefa de Descobrir Associações. In: Reagregando o Social: Uma Introduçao à Teoria do Ator-Rede: 17-38. Salvador: EDUFBA] Strathern, Marilyn. Cutting the Network.The Journal of the Royal Anthropological Institute. Vol 2. No. 3, set. 1996, 517-535. [Traduzido em Strathern, M.O efeito etnográfico e outros ensaios. Cosac Naify, 2014]. Mol, Annemarie. 1999. Ontological Politics. A Word and some questions, in Law, John e Hassard, John (org.) (1999) Actor Network Theory and After, Blackwell/The Sociological Review.["Política ontológica: algumas ideias e várias perguntas". 2008. In J. Arriscado Nunes, & R. Roque (Eds.), Objectos impuros:
experiências em estudos sociais da ciência (Biblioteca das ciências). Porto: Edições Afrontamento. Online: https://pure.uva.nl/ws/files/899834/77537_310751.pdf] 5 14ª Sessão 28/11 Strathern, Marilyn. 1990. The gender of the gift: problems with women and problems with society in Melanesia. No. 6. Univ of California Press (Cap.2) [O gênero da dádiva: problemas com as mulheres e problemas com a sociedade na Melanésia. Editora da UNICAMP, 2006] Mahmood, S. 2006. Teoria feminista, agência e sujeito liberatório: algumas reflexões sobre o revivalismo islâmico no Egipto. Etnográfica, 10(1), 121-158. Abu-Lughod, Lila. As mulheres muçulmanas precisam realmente de salvação? Reflexões antropológicas sobre o relativismo cultural e seus Outros. Estudos Feministas, p. 451-470, 2012. Haraway, Donna. 2009."Saberes localizados: a questão da ciência para o feminismo e o privilégio da perspectiva parcial". Cadernos pagu 5: 7-41.