PREPARAÇAO DE SUPERFICIES NÃO FERROSAS. Chapa de alumínio



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ANEXO IV. II- um armário para armazenagem de solventes, com construção resistente ao fogo.

Transcrição:

PREPARAÇAO DE SUPERFICIES NÃO FERROSAS Chapa de alumínio A superfície devera ser desengraxada com pano limpo umidecido em solvente para a remoção de óleos e graxas. Em determinadas situações, pode ser aplicado um lixamento na superfície com o objetivo criar rugosidade na mesma para criar um ancoragem melhor para a tinta. Recomenda-se a aplicação de tinta do tipo wash primer (fundo fosfatizante) ou shop primer epóxi sobre superfície de alumínio limpo como promotor de aderência. Chapa de cobre A superfície também devera se desengraxada com panos limpos embebidos em solventes para remoção de óleos e graxas. Poderá ser aplicado em shop primer epóxi para base de aderência. Chapa de aço revestidas com Zinco É comum, após exposição a intempéries, o aparecimento da corrosão do zinco em superfícies revestidas com primer de zinco ou mesmo na galvanização metálica do aço, isto se deve ao mecanismo de proteção. Corrosão branca é parcialmente solúvel em água, bastando um vigoroso esfregão úmido com escovas de cerdas de nylon ou fibra vegetal. Não utilizar somente solvente para remoção de óleos ou gorduras que possam conter sobre a superfície. Observação; Solventes não remove a corrosão! Somente aplicar um tratamento com lixa, mediante indicação da área técnica e jamais, aplicar um tratamento através de escovas rotativas ou jato abrasivo. Constitui pratica errada aplicação de primer de aderência à base de acido fosfórico (tipo wash primer) sobre chapa de zinco. As estruturas são porosas e absorvem o ácido que as corroi e resulta em formação de hidrogênio gasoso e consequentemente surgem bolhas na película de acabamento. AÇO GALVANIZADO ELETROLITICO Galvanizado novo O aço é zincado por meio de banhos onde o zinco é depositado por meio de corrente elétrica. Um eletrodo de zinco vai se decompondo para que o zinco se transfira para a peça a ser revestida. É muito conhecido como galvanizado eletrolítico. Preparação: a) Desengraxar a peça galvanizada esfregando a superfície com panos embebidos em diluentes até a total eliminação de oleosidade e gorduras. Trocar os panos com frequência. b) Atualmente existe a opção limpeza da peça com a utilização de um detergente que apresenta algumas vantagens, tal como; não é inflamável, pode ser biodegradável, remove os sais e compostos solúveis por ser aplicado por meio de uma solução aquosa Importante; Superfícies limpas, livres de umidade e corrosão; iniciar a pintura imediata após a limpeza, com o primer promotor de aderência.

Galvanizado pintado a) Remover tintas anteriormente aplicadas (aderência comprometida) com removedor, seguido de raspagem/lavagem com água doce e limpa desengraxe com solvente. b) Escovar (escova manual) a superfície até a eliminação total de resíduos. c) Desengraxar com panos brancos, limpos e embebidos em diluente até a total eliminação de oleosidade. Galvanizado antigo Enquanto a chapa não apresentar corrosão vermelha, ou seja, produtos de corrosão do aço, pode-se tratar como descrito para aço zincado a quente novo. Se a corrosão já esta num estagio mais avançado e a camada de zinco já estiver comprometida, deve-se tratar o galvanizado como uma superfície de aço enferrujada. Geralmente adotando o processo de limpeza por meio de jateamento abrasivo ou limpeza mecânica. a) Escovamento/lixamento manual ou mecânico até a total remoção de corrosão branca e oxidação vermelha em áreas com o zinco já exaurido. b) Desengraxar com pano limpo embebido em solvente até a total eliminação de oleosidade e deposição de impurezas. LIGAS METALICAS NÃO FERROSAS Tratamento da superfície idêntico ao indicado para aço galvanizado novo. Galvanizado a fogo (novo) a) Desengraxar a peça galvanizada esfregando a superfície com panos embebidos em diluentes até a total eliminação de oleosidade e gorduras. Trocar os panos com frequência. b) Atualmente existe a opção limpeza da peça com a utilização de um detergente (tensoativo) que apresenta algumas vantagens, tal como; não é inflamável, pode ser biodegradável, remove os sais e compostos solúveis por ser aplicado por meio de uma solução aquosa e a oleosidade por ser um tensoativo. c) Jateamento abrasivo ligeiro (Padrão Sa1), criando padrão de ancoragem. Nota: para utilização deste método, se faz necessário, treinar bem o pessoal para não forçar muito o jato e gastar a camada de zinco perdendo a proteção. O jato deve ser bem superficial. d) Fosfatização NBR 9209 processo conversão cristais de fosfato que proporcionam aderência. Nota: iniciar a pintura imediata após a limpeza com o primer promotor de aderência. Galvanizado a fogo (envelhecido) a) Lavar substrato para remoção de sais solúveis, seguido de escovamento (sem polir). b) Desengraxar. c) Alternativa: jato ligeiro.

Aço zincado por aspersão térmica Caso a superfície apresente corrosão branca do zinco, lavar com água doce (potável), esfregando com escovas de nylon ou piaçaba. Não utilizar lixa. Deixar secar. Nota: Sobre superfície galvanizada por aspersão térmica, não utilizar primer promotor de aderência que em sua composição contenha ácidos tais como wash primer. SUPERFÍCIES DE CONCRETO Deve ser feita mediante indicação da área técnica lembrando que concreto é uma mistura em proporções prefixadas de cimento, água e um agregado constituído por pedra que após a mistura destes componentes leve a formar uma massa compacta e de consistência mais ou menos plástica e que endureça com o tempo. PISO: Concreto novo Não aplicar revestimento sem que o concreto esteja seco e curado pelo menos por 28 dias a 25 C e com umidade relativa do ar em torno de 50% ou período equivalente. O tratamento de superfície tem como objetivo eliminar a nata superficial do cimento formada e qualquer outro tipo de contaminante superficial (a presença de pó solto), alem de produzir rugosidade para garantir a perfeita aderência do sistema. PISO: Tratamento com ferramenta mecânica Usar lixadeiras de disco de pedra para promover tratamento superficial removendo parte da nata superficial formada no cimento e regularizar a superfície eliminando relevos indesejáveis. Lavar bem o piso com maquina de pressão vap. Certificar-se de que no piso não fique pontos com poças d agua. Aguardar o piso secor por período de 5 a 10 dias certificando que não há presença de umidade no piso através de teste de ficação de filme plástico ou de papel alunimio no piso ( conforme ASTM 4263). Efetuar a aplicação da primeira demão de verniz selador ou tinta. PISO: Tratamento com ácido Utilizado para promover rugosidade no piso de concreto. Reage com a superfície, atuando no cimento reduzindo a sua alcalinidade. Aplicação do acido: preparar uma solução com 15% de acido clorídrico (HCI) ou muriatico em água. Estima-se um consumo de aproximadamente 1 litro a cada 15 m². Umedecer previamente toda a superfície antes com água para evitar que o acido seque e precipite sais. Espalhar uniformemente a solução sobre o piso utilizando-se de escova de nylon, evitando a formação de poças. Deixar a solução reagindo com o concreto, até que se perceba a formação de uma rugosidade parecida com uma lixa grana 80 100 em algumas situações por um período de tempo de 3 a 10 minutos em contato com a superfície, até parar de formar borbulhas (evitar secar). Lavar com água em abundancia para eliminar todo o resíduo de acido. Medir o ph da umidade superficial do piso de concreto, certificando-se que a mesma esteja próximo de ph neutro (ph 7,0).

Cuidado: Recomendado mais para piso ao nível do solo. Certificar-separa que não haja riscos de infiltrações, pois, o acido pode reagir com a estrutura de metal ou ferragem causando oxidação, comprometendo toda a estrutura. PISO: Concreto elaborado a mais tempo a) Limpo e liso Proceder com o mesmo tratamento destinado a concreto novo. b) Limpo e boa rugosidade Varrer bem o piso e efetuar a pintura. Se necessário, lavar com água e detergente, visando a remoção de partículas soltas. Deixar secar bem após efetuar a pintura. c) Contaminado: Presença de óleos, graxa, e gorduras. O tratamento com acido não elimina a presença de óleo impregnada mo piso. Se a infiltração de contaminante é profunda, a solução pode varias desde a destruição parcial do piso e posterior reconstituição ou, a utilização de ferramentas mecânica rotativa (Fresa) para gerar um desgaste superficial do piso no local impregnado. Em algumas situações este fresamento tem apresentado bom desempenho com a remoção de alguns milímetros. d) Umidade: Em situações mais complicadas de contaminação ou infiltração de umidade no piso gerada por elevação dos lençóis freáticos ou excesso de umidade em local próximo do piso, recomenda-se a consulta de um especialista. A pressão da água infiltrada pode gerar no local pintado a formação de empolamento ou bolhas. PISO teste verificar a presença de umidade em concreto e alvenaria Procedimento baseado na norma ASTM D 4263. Fixar ao piso um filme plástico ou de papel alumínio (com a face brilhante virada para a superfície a ser avaliada) na medida de proximidade 45 x 45 cm com uso de fita adesiva, certificando-se de sua correta fixação e vedação. Manter por um período de mínimo 16h (de um dia para o outro durante a madrugada). Fixar a cada 46 m². Observar se há presença de umidade condensada ou manchas na parte inferior do material fixado no piso. Se não houver condensação ou mancha o piso esta apto para receber pintura, caso contrario a superfície não poderá ser pintada. PREPARO DE SUPERFICIES PINTADAS PARA MANUTENÇÃO OU REPINTURA. A proteção mediante pintura não é por tempo indeterminado e necessita a realização do serviço de manutenção da pintura, as falhas na pintura que podem ocorrer estão relacionadas, em ordem de importância, com os fatores seguintes; a) Danos mecânicos na película. b) Limpeza não satisfatória da superfície antes da pintura. TINTAS CONVENCIONAIS a) Tintas a óleo: as tintas com veiculo a óleo são aquelas cujo agregante são os óleos secativos. Os óleos secativos possuem molécula não-saturada e secam pela adição de oxigênio as mesmas. Os principais óleos usados em tintas são: óleos de linhaça, óleo de soja, óleo de oiticica, óleo de tunge. Alguns óleos não secativos podem também ser utilizados na formulação de tintas, com a função plastificante, como é o caso dos óleos de mamona e de coco. O óleo de mamona, quando desidratado, torna-se secativo. A

secagem de estas tintas da-se em parte pela evaporação do solvente e em parte pela oxidação do óleo. As tintas a óleo possuem secagem mais demorada e são saponificáveis, portanto, recomendáveis somente para atmosferas pouco agressivas e não devem ser usadas em pinturas de imersão. Praticamente não são mais fabricadas. b) Tintas de resinas alquidicas modificadas com óleo: as resinas alquidicas surgiram da necessidade de se melhorar as propriedades físico-químicas das tintas. Os óleos apresentam o inconveniente de terem secagem muito lenta, baixa resistência as intempéries e amarelamento. Com o advento das resinas alquídicas, muitas dessas propriedades foram melhoradas em virtude da ampla possibilidade de combinação de matérias primas. A palavra alquídica origina-se do inglês ALkyd (alcohol and acid) e se refere a poliésteres que são,modificados por óleos e/ou ácidos graxos (óleo de linhaça, soja, mamona, tunge e oiticica). São obtidas pela reação entre polialcoois e poliacidos, resultando em um polienter. O poliácido normalmente utilizado é p acido ftalico, na forma anidrido ftalico, enquanto que os polialcoois mais empregados são os glicerol (gliecrina) e o pentaeritritol. A secagem destas tintas da-se em parte por evaporação do solvente ou coalescência e,em parte, principalmente, pela oxidação do óleo secativo. Apresentam temperatura limite de utilização da ordem de 60 a 80 C. TINTA ALQUIDICA SINTÉTICA Características básicas: Tinta monocomponente (em uma embalagem) Facilidade de compra Baixa resistência a: Umidade elevada, Imersão em água, Meios alcalinos, Produtos químicos, Solventes fortes. Aplicadas em baixa espessura (30 40 micras) Ultrapassado o tempo para demão subsequente, a camada deve ser lixada para proporcionar boa aderência entre demãos. Usos recomendados: Ambientes industriais de baixa e media agressividade. Construção civil (pintura domestica). Maquinas e motores que trabalham em ambientes abrigados. Produtos seriados de pequena importância. Estruturas abrigadas em locais secos. c) Tintas de resinas fenólicas modificadas com óleo: as resinas fenólicas são obtidas pela reação entre fenol e um aldeído. A reação de polimerização das resinas fenólicas necessita de energia térmica. Por este fato, elas são usadas modificadas com óleo, a fim de que possam curar a temperatura ambiente. A secagem destas tintas da-se em

parte pela evaporação do solvente e em parte, principalmente pela oxidação do óleo secativo. Estas tintas têm maior resistência química e a umidade comparada com as tintas a óleo e as alquidicas modificadas com óleo e boa resistência a ação de raios ultravioleta. d) Tintas betuminosas: são as tintas fabricadas através da solução de asfaltos e piches. A secagem da-se somente pela evaporação do solvente. É tintas de boa resistência a umidade e, portanto, recomendáveis para ambientes úmidos ou imersão em trabalhos de pouca responsabilidade e onde a cor preta puder ser aplicada. Uma das combinações de maior utilização no campo da proteção anticorrosiva envolve a mistura de resinas betuminosas, mais precisamente o alcatrão de hulha, com resinas epoxidicas. Neste caso, temos as chamadas tintas a base de alcatrão de hulha epóxi, que além da escelente resistência a umidade, apresenta boas propriedades mecânica e boa resistência química. TINTAS SEMINOBRES Caracterizam-se pela secagem por evaporação do solvente e são eventualmente denominadas de lacas. Dentro deste grupo podem ser destacadas as seguintes tintas: a) Tintas acrílicas: as resinas acrílicas são obtidas a partir dos ácidos acrílicos e metacrílico, através da esterificação. As tintas com veículos acrílico caracterizam-se pela excelente resistência aos raios ultravioleta. A secagem destas tintas da-se somente pela evaporação do solvente. Existem ainda as acrílicas hidrossolúveis, que secam por coalência e se tornam resistentes a água após a secagem. Sua principal característica é a excelente retenção de brilho, não amarelando quando expostas a intempéries. As resinas acrílicas, devido a sua grande resistência á decomposição pelos raios ultravioleta, bem como resistência em formulações com outras resinas, conferem ao conjunto todas essas propriedades. b) Tintas de borracha clorada: as resinas de borracha clorada são obtidas a partir da cloração da borracha. As tintas fabricadas ncom estas resinas são resistentes a ácidos e álcalis e são pouco toxicas. A secagem destas tintas da-se somente por evaporação do solvente, sendo, portanto, sensíveis a seus solventes. As tintas de borracha clorada de boa qualidade devem ser isentas de óleos secativos. São recomendadas para atmosferas medianamente agressivas. Requerem da mesma forma que as anteriores, boa limpeza de superfície. Apresentam alguns problemas que limitam o seu uso como, por exemplo; a) Degradação pelo calor por volta de 65 C, liberando acido clorídrico; b) Aparecimento de poros, ocasionando falha precoce; c) Fissuras devido ao processo de plastificação. c) Tintas vinílicas: as resinas vinilicas são obtidas a partir de cloreto e acetato de vinila, que se copolimerizam em cloreto e acetato de polivinila. Podem também ser obtidas a partir de reações que produzem o polivinilbutiral. As resinas sintéticas termoplásticas mais comumente usadas em revestimento de superfícies são as chamadas vinicas cloreto de polivinila (PVC), acetato de polivinila (PVA), polivinil acetais e as acrílicas. São geralmente usadas em primer (ou tintas de fundo), wash primer e tinta de

acabamento. A secagem destas tintas da-se somente por evaporação do solvente. Existem ainda as hidrossolúveis, que secam por coalescência. d) Tintas de estirenoacrilato: as resinas de estirenoacrilato são obtidas através da polimerização de estireno com acrilonitrila. As tintas com veiculo de estirenoacrilato se caracterizam por uma razoável retenção de cor e de brilho, sendo, portanto, um pouco resistentes a raios ultravioleta. A secagem destas tintas da-se somente por evaporação do solvente, sendo, portanto, sensíveis aos seus solventes. As tintas de boa qualidade devem ser isentas de óleo e, portanto, não saponificáveis. São recomendadas especialmente para tintas de acabamentos em equipamentos e instalações onde seja importante certo grau de retenção de cor e brilho. A utilização mais indicada é para atmosferas medianamente agressivas. Outras tintas: além das citadas, há ainda, as tintas de nitrocelulose, as tintas de acetato de celulose, as acrílicas-vinilicas, as alquidicas-silicones, etc. TINTAS NITROCELULOSE Característica principal: Vantagens: Secagem rápida; Boa dureza; Resistência à solvente tipo aguarrás e gasolina; Fácil aplicação; Permite lixamento rápido. Desvantagens: Tendência ao branqueamento de acordo com a temperatura e umidade; Tendência ao amarelamento; Proporcionam película de baixa espessura; Não tem resistência a maior parte dos solventes; Baixa resistência a maior parte dos solventes; Para maior brilho, necessita polir. TINTAS NOBRES Dentro deste grupo podem ser destacadas as seguintes tintas: a) Tintas epóxi: as resinas epóxi são obtidas pela reação entre a epicloridrina e o bisfenol. As tintas fabricadas com estas resinas são de alta performance e de grande uso no Brasil. São fornecidas em dois componentes em contendo o pré-polimero epóxi e o outro o agente de cura que é em geral uma amina, amida ou isocianato. As resinas epóxi podem ser misturadas com produtos betuminosos (alcatrão), para obtenção de tintas de alta espessura e de grande utilização nos esquemas para imersão. Tais tintas associam as propriedades de excelente resistência química, das resinas epóxi, com a excelente resistência a imersão em água dos alcatrões, diminuindo ainda o custo final do produto. As tintas epóxis, geralmente são formuladas em alta espessura (da ordem

TINTA EPÓXI de 120 a 150 micras por demão) e com pigmentos lamelares do tipo oxido de ferro, micáceo ou alumínio, proporcionando excelente proteção por barreira. Estas tintas tem tido um grande incremento em seu uso em manutenção industrial, particularmente em locais onde o jateamento abrasivo for de difícil execusão. As resinas epóxi podem ainda reagir com os isocianatos, devido ao elevado numero de oxidrilas ao longo do de sua cadeia. A fim de obter, no entanto, o Maximo de reatividade entre os componentes, introduz-se na cadeia de resina epóxi um numero maior de oxidrilas. Além disso, o isocianato alifática é ótimo promotor de adrerendia para metais não ferrosos. As resinas epóxi podem também ser modificadas com óleo secativo, dando origem as chamadas éster de epóxi, que são de qualidade inferior e comparável as alquidicas e fenólicas modificadas com óleos. A secagem ou cura das tintas epóxi da-se por polimerização (polimerização por condensação). Tipos genéricos: epóxi modificado com amida, amina ou isocianato. A cura se dá a temperatura ambiente em aproximadamente sete dias. Característica: Tinta bi-componente Propriedades gerais: Tintas insaponificáveis em meio alcalino. Calcinam quando expostas ao interperismo, embora com poliamida e com isocianato tenha maior resistência. Ultrapassado o tempo de demão subsequente, a camada deve ser lixada para proporcionar boa aderência entre demãos. Boa resistência a abrasão (utilizando pigmentos resistentes) Tempo de vida útil da mistura (Pot Life): É o tempo disponível para utilizar a tinta (componete base + catalisador) após a mistura variando de 3 a 8 horas a 25 C, na maioria das tintas e até 24 horas nas mais modernas. Cura com poliamida Boa resistência a: Umidade e imersão em água; Bom desempenho quanto a : aderência, flexibilidade, e impacto; Cura com poliamina Alta resistência a: umidade e imersão em água, produtos químicos, ácidos e bases fracas, solventes, combustíveis e lubrificantes. Excelente resistência física e química Cura com isocianato (Shop Primer)

Bom desempenho de aderência em aço galvanizado, alumínio, nãoferroso e Fiberglass (fibra de vidro) Usos recomendados: Epóxi-poliamida: como primer, intermediário ou acabamento de plataforma marítima, exterior portuário ou indústria. Epóxi-poliamina: como primer, intermediário ou acabamento em interiores de tanques e tubulações de produtos químicos e solventes. Epóxi-isocianato: como primer em aço galvanizado, não ferrosos e poliéster reforçado com fibra de vidro (fiberglass). Epóxi-betuminoso: como revestimento único em peças e estruturas submersas ou enterradas. SHOP PRIMER ISOCIANATO Caracteristicas: Primer de aderência sobre metais não ferrosos; Primer de pré-moldagem em superfícies de aço carbono; Aplicado em baixa espessura (25 micras); Não interfere na qualidade e processo de solda; Ótima resistência mecânica; Resistência ao intemperismo nos primeiros 6 meses de montagem; Secagem rápida Custo médio Compatível com diversos acabamentos. b) Tintas Poliuretano: as resinas poliuretanas são obtidas da reação de um isocianato com um álcool. As tintas fabricadas com estas resinas são de alto desempenho, alta resistência a agentes químicos, resistente a abrasão e retenção de cor e brilho, pela excelente resistência aos raios ultravioleta (especialmente as resinas obtidas com isocianato alifáticos). São catalisadas com catalisador aromático ou alifático. Catalisador alifático: poliisocianatos alifaticos e ciclo-alifaticos permitem obter tintas poliuretanas, com excelentes propriedades de resistência a intempéries, pois, esses isocianatos são resistentes à ação dos raios ultravioleta. Essas tintas também se caracterizam por uma excelente estabilidade da cor. Catalisador aromático: são recomendados para ambientes abrigados apresentando boa aderência e boa secagem do filme. Apresentam baixa resistência ao ultravioleta e a estabilidade da cor. Tipos genéricos: poliéster ou acrílico modificado com isocianato alifático

Secagem ou cura: reação entre dois componentes: a base onde estão os pigmentos (resina de poliéster) e o agente de cura (catalisador) a base de isocianato alifático ou aromático. Características: 1) Tintas bi-componente (duas embalagens); 2) Maior custo por galão (constituintes caros); 3) Bom desempenho quanto a: flexibilidade, impacto, abrasão. 4) Ultrapassado tempo de demão, subsequente, a camada deve ser lixada para proporcionar boa aderência entre demãos. Uso recomendados: Poliéster ou acrílico alifático; Como acabamento, sobre fundo epóxi ou poliuretana aromático, com alta resistência ao intemperismo. Poliéster aromático; Como fundo para acabamento alifático ou como acabamento em locais abrigados. c) Tintas de silicone: São resinas semi orgânicas em cujas moléculas existem átomos de silício. As tintas fabricadas com estas resinas são indicadas para pintura de superfícies que trabalham em temperaturas superiores a 120 C. São empregadas para pintura de equipamentos até 500 ou 600 C, sendo que as tintas pigmentadas em alumínio são as de maior performance. A secagem destas tintas da-se em parte pela evaporação do solvente e em parte por conversão térmica. Para cura é necessário que o equipamento seja aquecido, admitindo-se que acima de 300 C parte da resina se volatilize. O aquecimento, em geral, é feito à taxa de 50 C por hora. Requerem para perfeito desempenho uma excelente limpeza de superfície, sendo comum a aplicação sobre jateamento. As tintas de silicone mais usadas são as pigmentadas em zinco, para fundo e as pigmentadas em zinco, para fundo e as pigmentadas em alumínio, para acabamento. As resinas de silicone podem ser modificadas, sendo bastante comum a modificação com resinas alquidicas e acrílicas. As tintas de silicone modificadas com estas resinas podem ser usadas somente até 250 C, porem tem a vantagem de não necessitar aquecimento para a cura; d) Tintas ricas em zinco: São tintas de alto desempenho, para utilização como tinta de fundo. São altamente pigmentadas em zinco, com teor de pó de zinco, em peso, ente 75 a 95% na película seca. As tintas mais importantes dessa categoria são: o zinco e o etil-silicato de zinco. O zinco epóxi é uma tinta com veiculo epóxi e pode ser curada com amina ou amida. É usada como tinta de fundo, de alta performance, para atmosfera s altamente agressivas e para imersão em produtos de petróleo e produtos químicos. O silicato inorgânico de zinco é uma tinta de dois componentes. É usada como tinta de fundo, de alta performance, para atmosfera altamente agressiva e para imersão em produtos de petróleo e produtos químicos. Possui razoável resistência a abrasão. Apresenta, em relação a de silicato inorgânico de zinco, vantagens em termos de facilidade de aplicação, como; Pode ser aplicado com elevadas umidades relativas do ar; Rapidez de secagem

Recomendado a aplicação em espessuras até 75 micrometros; Admite maiores intervalos entre demãos subsequentes; Requer mão-de-obra de aplicação especializada. As tintas pigmentadas com pó de zinco requerem teores mínimos de zinco para poderem proteger catodicamente, uma vez que as partículas de zinco precisam estar em contato entre si, para permitir continuidade elétrica. Assim é que os veículos epóxi, devido a características de isolante elétrico de mesmo, requerem teores da ordem de 95% em peso, ao passo que os de etil-silicato requerem somente 75%. Estas tintas ricas em zinco, quando formuladas em borracha clorada e éster de epóxi, são monocomponentes e não são consideradas, neste caso, com tintas nobres. Importante: Este grupo possui algumas características fundamentais em comum, dentre as quais se podem destacar; Exigência de excelente limpeza de superfície, ou seja, jateamento as metal quase branco; Mecanismo de formação de filme, em geral por polimerização ou conversão, sendo que as hidrossolúveis secam, também, por coalescencia; Indicadas para ambiente altamente agressivo ou para condições severas de utilização (imersão, superfícies quentes, etc.). SOLVENTES São compostos capazes de solubilizar as resinas e diminuir a viscosidade das tintas. Os solventes são, de modo geral, necessários as tintas para conferir viscosidade adequada para aplicação, porem tem como inconvenientes; Representa custo adicional as tintas, devido as perdas por evaporação; Parte volátil das tintas, com consequente diminuição da espessura da película, por evaporação após secagem; Pode provocar o aparecimento de poros e pontos fracos após a evaporação. Tipos de solventes: hidrocarbonetos (alifáticos ou aromáticos) alcoóis, cetonas, ésteres e outros compostos orgânicos. O solvente poderá também ser água como é o caso das tintas de emulsão (látex) usadas na construção civil e das tintas hidrossolúveis de uso industrial. Os hidrocarbonetos alifáticos mais usados são a nafta e a aguarrás mineral. Os hidrocarbonetos aromáticos são o tolueno (toluol), o xileno (xilol) e as naftas aromáticas. Os ésteres comumente empregados são o acetato de etila, o de butila, o de isopropila e o de etilglicol. Os alcoóis são o etílico, o butílico e o isopropolico. As acetonas de uso mais geral são a metil-etilcetona (MEK), a metil-isobutilcetona (MIBK) e a ciclo-hexanona. A água usada contaminantes e com ph neutro ou ligeramente básico. Os solventes também podem ser classificados em: Solventes verdadeiros: são os solventes capazes de solubilizar o veiculo. Exemplos: aguarrás (solvente verdadeiro para óleos e resinas modificadas com óleos); ésteres

(solvente verdadeiro para acrílicas e vinilicas); cetonas (solvente verdadeiro para resinas epóxi, poliuretana, acrílica, etc.) Solventes auxiliares: são os solventes que sozinhos não são capazes de solubilizar o veiculo porém aumentam o poder de solubilização do solvente verdadeiro. Exemplo: tolueno (solventes auxiliares para as resinas acrílicas e vinilicas); Diluentes: são componentes que embora não sendo solventes do veiculo, contribuem para a diminuição da viscosidade (diluir a tinta). Geralmente composto por misturas de solventes de evaporação. Exemplo: Misturas de xileno, tolueno, e glicóis (diluente para tintas epóxi e poliuretana) Thinner: São misturas de solventes a base de cetonas (acetatos), glicóis (álcool), aromáticos e outros. Recomendado para diluição de tintas nitrocelulose e muito utilizado para limpeza de pecas, maquinas, e equipamentos para a pintura. Alguns componentes orgânicos são muito tóxicos e por isso o seu uso em tintas deve ser evitado, como é o caso do benzeno e dos solventes clorados (por exemplo, o tricloroetileno). Na formulação de tintas de um modo geral, o fabricante utiliza uma mistura de solventes, procurando balancear sua proporção visando conseguir: uma boa solvência, tempo de secagem apropriado, perfeita formação da película, alem, naturalmente do menos custo possível. Desta forma, não é recomendado o uso de um solvente de uma tinta em outra, até nos casos em que forem na mesma natureza e especificação, porém de fabricantes diferentes. A regra mais adequada a seguir é adquirir solventes para acerto de viscosidade do mesmo fabricante da tinta. CLASSIFICAÇÃO DAS TINTAS QUANTO AO SOLVENTE Tintas com solventes orgânicos: apresentam grandes vantagens em termos de aplicação e de desempenho, porém em face da inflamabilidade e da toxidez doa solventes orgânicos, vem sendo contestadas neste final de século, havendo uma forte tendência em substitui-las pelas solúveis em água. FUNDAMENTOS DA PINTURA INDUSTRIAL RAMOS DA PINTURA O termo genérico pintura pode ser estendido a três ramos da atividade humana; a) Pintura artística b) Pintura arquitetônica c) Pintura industrial. A pintura artística é aquela em que o uso das tintas e das cores tem a finalidade de expressar uma arte. Esta pintura é, portanto, exercida pelos artistas, que usam na execução de quadros, painéis, murais, etc. A pintura arquitetônica é aquela em que o uso das tintas e das cores tem a finalidade de tornar agradáveis os ambientes. É usada na construção civil, e não obstante possa ter também finalidade protetora, visa fundamentalmente o embelezamento das superfícies revestidas.

A pintura industrial é aquela cuja finalidade principal é a proteção anticorrosiva. Apresenta, porem, outras finalidades complementares, tais como; Estética: torna a apresentação agradável; Auxilio na segurança industrial; Impermeabilização; Diminuição da rugosidade; Facilitar a identificação de fluidos em tubulações ou reservatórios; Impedir a aderência de vida marinha no casco das embarcações e boias; Permitir mais ou menos absorção de calor; Identificação promocional. Tipos de pintura industrial Pintura industrial de fabricação em serie: É aquela cuja aplicação das tintas é feita por meio de instalações fixas, tais como cabines de jateamento abrasivo ou banhos de soluções químicas, para limpeza e condicionamento de superfície, cabines de aplicação e estufas. Pintura industrial de campo: é aquela cuja aplicação das tintas é feita por meio de instalações moveis, tais como maquinas para jateamento abrasivo, pistolas ou outros equipamentos para a aplicação das tintas. CONCRETO DE PINTURA INDUSTRIAL São pinturas realizadas pela interposição de uma película de tinta capaz de formar uma película solida após a secagem ou cura, com espessuras inferiores industriais e portuárias, embarcações e estruturas metalixas diversas. Atuam como barreira entre o meio corrosivo e o material metálico que se quer proteger. No que diz respeito a desempenho e custo, a pintura é o método de controle de corrosão praticamente absoluto para estruturas aéreas, sendo também empregado com excelentes resultados em estruturas submersas (casco de embarcações) e ainda em algumas situações para estruturas enterradas. CONCEITOS BASICOS/TERMINOLOGIA Tinta é uma composição pigmentada, geralmente liquida pastosa ou solida (forma de pó) que ao secar ou após o processo de cura, forma um filme duro, aderente, colorido- obliterante. Pintura é a hábil técnica de se aplicar tintas: chama se também de pintura a tinta já aplicada. Esquema de tinta ou de pintura refere-se simplesmente ao conjunto de tintas especificas para um determinado fim, por exemplo, primer e acabamento. Sistema de pintura ou especificação de pintura: menciona além do conjunto de tintas um maior detalhamento, por exemplo: preparo da superfície com remoção de óleos graxa, gorduras, e principalmente produtos de corrosão (óxidos).

A limpeza da superfície é uma fase de grande importância porque as tintas sempre exigem, em maior ou menor grau, uma preparação da superfície, para que haja um perfeito contato entre a tinta de fundo e a superfície que esta sendo protegida. Além disso, a preparação da superfície objetiva criar um perfil de rugosidade, capaz de facilitar a adesão, mecânica da tinta. Alguns fatores devem ser considerados: 1) Qual a superfície a ser pintada? Aço carbono, alumínio, aço galvanizado, concreto, aço galvanizado a fogo. 2) Tipo de ambiente de exposição? Rural, urbano, marítimo, industrial, combinações. 3) Ambiente de instalação? Interno, externo 4) Contato com produtos químicos? Presença de vapores tóxicos imersão em liquido (tipo) estrutura sujeita a derrames ou respingos. 5) Temperatura de operação? Ambiente quente ou frio. 6) Regime de operação? Contínua ou Intermitente 7) Possibilidade de que tipo de tratamento? Jateamento, manual, mecânico. 8) Tipo de equipamento de pintura? Pistola, pincel, rolo. Itens compostos no detalhamento do sistema de pintura: 1) Preparo de superfície, grau de limpeza, perfil de rugosidade; 2) Número de demãos de tinta, espessura de película seca e úmida para cada tinta; 3) Intervalo de repintura entre demãos mínimo e Maximo; 4) Método de aplicação; 5) Diluente e diluição; 6) Tempos de secagem; 7) Esquema de tintas; 8) Pot life da tinta 9) Tipo de tinta e relação de mistura; 10) Rendimento teórico (com e sem % de perdas). Nota: mencionar observações quanto necessário. INFLUÊNCIA DO TEOR DE PIGMENTO O teor de pigmento pode interferir em diversas propriedades das tintas. Tintas com baixo teor de pigmento são mais brilhante, mais impermeáveis, mais flexíveis e menos porosas. Por outro lado, as tintas com alto teor de pigmento são mais brilhante, mais impermeáveis, mais flexíveis e menos porosas. Por outro lado, as tintas com alto teor de pigmento são mais foscas e mais permeáveis. O teor de pigmento em volume é referido pelos fabricantes de tintas como sendo PVC, ou seja, pigment volume content. As tintas de baixo PVC reflete praticamente todo feixe de luz incidente, por isso a superfície aparenta o brilho da fonte de luz. As tintas de alto PVC apresentam inúmeras partículas dos pigmentos sobressaindo na superfície, o que faz com que o feixe de luz incidente seja refletido em varias direções, e o brilho da fonte de luz chegue fraco à vista do observador. Quando se trata de tintas de fundo anticorrosivas, o teor de pigmento deve ser alto, para que os pigmentos inibidores de corrosão tenham sua ação mais edificante. É o caso das tintas ricas em zinco. As tintas de acabamento devem ser formuladas

com PVC próximo ao CPVC teor critico de pigmeto em volume, ou seja, Critical Pigment Volume Content. Quando maior o teor de pigmento, mais permeável é a tinta e maior é a tendência a formação de ferrugem no aço, sobre a qual a tinta foi aplicada. 9.3 ESQUEMAS DE PINTURA As tintas de manutenção são formuladas para permitirem que as estruturas e equipamentos permaneçam por grandes períodos sem corrosão, e periodicamente sofram uma manutenção que pode ser desde um simples retoque até substituição de toda tinta velha por outra nova. As pinturas podem ter um desempenho que em condições favoráveis, chega a uma vida útil de 5 anos ou mais. Em condições adversas, a mesma pintura poderia durar cerca de 1 ou 2 anos. Tudo vai depender do meio ambiente e do esquema de pintura empregado. Num esquema de pintura podem ser classificadas da seguinte forma; a) Tinta de fundo: responsáveis pela adesão do esquema as substrato, podem ou não conter pigmentos inibidores de corrosão. Fundo ou fundo acabamento (dupla função) Acabamento epóxi Aço b) Tintas intermediárias: oferecem espessura ao sistema. São produtos mais baratos comparados com a tinta de fundo. Auxilia na proteção. Conhecida como TIE COAT. Acabamento Intermediária Primer Aço c) Tintas de acabamento: são responsáveis por proteger o sistema contra o meio ambiente e dar a cor desejada. Acabamento Primer Aço CORES NA PINTURA INDUSTRIAL ASPECTOS ESTETICOS E PSICOLOGICOS Na pintura industrial procura-se aplicar esquemas capazes de proteger adequadamente contra a corrosão, mas não se deve esquecer-se dos aspectos estéticos e psicológicos envolvidos. Ao se pintar, procura-se também das um aspecto agradável e esteticamente favorável aos equipamentos e instalações. ASPECTOS DE SEGURANÇA INDUSTRIAL As cores obtidas pela aplicação de tintas desempenham um importante papel na segurança industrial. Os principais usos das cores são:

1) Vermelho: para indicação de equipamentos de segurança de um modo geral, como, por exemplo: veículos de combate a incêndio, tubulações de água e fluidos de combate ao incêndio, equipamentos de injeção de espuma extintores, etc. 2) Verde: para equipamentos de proteção pessoas. 3) Branco e branco com faixas pretas: para demarcação de trafego. 4) Amarelo: pintura de passadiços, escadas e outras áreas onde se deve ter cuidados especiais e uma boa visibilidade. 5) Amarelo com faixas pretas: áreas perigosas. 6) Alaranjado: área onde se deve estar alerta. 7) Azul: indica precaução, por exemplo, próximo a equipamentos em reparos. 8) Púrpura: indica radiação. ASPECTOS DE IDENTIFICAÇÃO As tintas são usadas como mencionado anteriormente para dar com aos equipamentos e instalações industriais. Deve-se procurar padronizar as cores usadas, visando a reduzir o numero de tintas. As cores mais frequentes usadas com o objetivo de identificar são: Cor alumínio: para tanques de armazenamento, vasos de pressão, tubulações (executando-se as utilidades), estruturas metálicas em geral, reatores, permutadores de calor, entre outros. Cor branca: para tanques de armazenamento de petróleo e derivados leves, instalações de hidrocarbonetos gasosos em especial o gás liquefeito de petróleo e vapor. Cor azul: para tubulações de ar comprimido. Cor cinza escuro: eletrodutos Cor verde: para tubulações de água. Cor preta: para combustível de alta viscosidade (óleo combustível). Cor vermelha: para tubulações e instalações de combate a incêndio. ASPECTOS RELATIVOS A MAIOR OU A MENOS ABSORÇÃO DE CALOR E ENERGIA RADIANTE A escolha das cores, podem também ser considerada em relação a maior ou menor absorção de calor. Em relação à temperatura ambiente, as cores escuras, em especial o preto, promovem grande absorção de calor, enquanto que as cores claras, principalmente o branco, provocam pouca absorção. Este fato é extremamente importante na pintura de superfícies expostas ao sol, bem como superfícies expostas ao sol, bem como superfícies externas que possam absorver calor e trazer inconvenientes ao interior, seja por problemas de perda de energia, seja por questão de conforto. É ainda importante que se utilize pintura em branco nos tanques de armazenamento de petróleo e derivados claros, de modo a diminuir perdas por evaporação. A pintura em branco, mesmo quando suja, provoca menores perdas por evaporação que qualquer outra cor. Desta forma, a utilização de cores claras é muito importante na obtenção de maior luminosidade e maior conforto nos ambientes industriais.

PROCESSOS DE FABRICAÇÃO As fabricas de tintas recebem normalmente, as matérias prima (veículos aditivos, solventes, pigmentos) em condições de efetuar as misturas de acordo com a formulação desejada. As fases de fabricação são as seguintes: 1) Passagem das matérias-primas: de acordo com a formulação. 2) Pré mistura: consiste na formação de pasta do veiculo e pigmento (dispersão) 3) Moagem: consiste na passagem da pré mistura em moinhos para a moagem dos pigmentos. 4) Completagem: consiste na adição e no ajuste dos constituintes, especialmente so solvente, até a proporção desejada. 5) Acertos finais: consistem na adição e nos aditivos, acertos de cores e outros necessários para definição do produto final. Para execução destas operações, uma fabrica de tintas é, em geral, constituída de tanques de armazenagem de matérias-primas, tanques de mistura, moinhos para dispersão de pigmentos no veiculo (moinhos de esferas de vidro ou zircônio, os de rolo são muito utilizados), tanques de completagem e ajustes finais e unidade de enlatamento e embalagem. As tintas são embaladas em recipientes de um galão (3,6 litros) ou fração ou ainda tamanhos correspondentes em litros. Para uso industriais utilizam-se baldes de 5 galões (18 litros) ou embalagem de 20 litros. Em grandes trabalhos de campo, as tintas podem ser fornecidas em tambores de 200 litros, que são mais econômicos. ESTIMATIVA DE CONSUMO DE TINTAS Uma questão complexa é a estimativa da quantidade de tinta a ser usada, particularmente quando da decisão de comprar a tinta em separado da contratação dos serviços de aplicação. A partir da especificação usada na compra ou da folha de dados do fabricante, conhece-se o rendimento teórico (m2/litro) de cada tinta a ser usada. O rendimento teórico é uma propriedade que está diretamente ligada ao percentual de sólidos por volume da tinta. Ou seja, o que dá origem à película é o volume de sólidos apresentado pela tinta aplicada, já que o solvente, por volatilizar-se, não fica incorporado na película, portanto, tal propriedade e, consequentemente, o rendimento teórico precisam estar claramente definidos na especificação que será usada para efeito de compra da tinta. Entretanto, o rendimento prático ou real variará em relação ao teórico em função dos seguintes fatores: Volume de sólidos de tinta; Tipo de preparo da superfície, particularmente o perfil de rugosidade obtido. Um elevado perfil de rugosidade aumenta a superfície específica a ser pintada e, consequentemente, o consumo de tinta; Estado inicial de oxidação da superfície a ser pintada. O grau de corrosão D da ISO 8.501 1 leva a um maior consumo de tinta; Método de aplicação. A aplicação por trincha leva a perdas menores do que por pistola; Condições ambientais. A aplicação à pistola em locais com ventos fortes leva a um consumo de tinta exagerado; Tipo de tinta usada.

RENDIMENTO TEÓRICO = Rt (FICHA TÉCNICA) O rendimento teórico da tinta não inclui no seu cálculo as perdas devidas ao método de aplicação, ás condições de aplicação e ao treinamento do pintor. Para obter o rendimento teórico do produto a ser aplicado devemos utilizar a fórmula: = 10 = m²/litro Rt = Rendimento teórico (m2/litro) SV = Sólidos por volume (%) EPS = Espessura de película seca (μm) 10 = Fator Os sólidos por volume (NVV) são fornecidos no boletim técnico do produto ou no plano de pintura indicado. A multiplicação pelo fator 10 é para encontrar o resultado expresso em m2/litro, caso queira o volume de galão deverá utilizar-se o fator 36 e assim por diante. RENDIMENTO PRÁTICO Rp (considerando perdas) Consiste em estimar as perdas considerando o processo de aplicação, evitando a falta de tinta e transtornos na aplicação tais como: Atraso na entrega Ociosidade da mão de obra Diferenças de cor de lote a lote Atraso no pagamento Dificuldade na compra de pouca tinta = (% ) Por exemplo: Aplicação na pistola convencional SV = 45% EPS = 50 micra Rt = 9 m2/litro Perda estimada = 30 % Logo: =9 30% =6,3 2/ RENDIMENTO REAL Obtido ao efetuar o levantamento da metragem final pintada e comparação com o total de tinta consumido. È muito importante efetuar as medições de espessuras de película seca aplicada e suas variações, pois, isto irá influenciar diretamente no consumo e valor de rendimento real da tinta no final da obra. CUSTO POR METRO QUADRADO DO PRODUTO

Para se obter o custo teórico do produto a ser vendido podemos utilizar a fórmula: çã Em que: CMQ = custo por metro quadrado CLT= Custo do litro de tinta CLS= custo do litro do solvente RT= Rendimento da tinta Exemplo: Custo de 1 litro de tinta R$ 10,00 Custo de 1 litro de solvente R$ 2,00 % diluição 20% Rendimento de 1 litro de tinta 5,3 m² = 1,96 R$/m² Corresponde ao preço para se pintar um metro quadrado com este tipo de tinta. COMO CALCULAR A QUANTIDADE DE TINTA NECESSARIA PARA PINTURA Devemos levar em consideração: Área a ser pintada (m2) Sólidos por volume da tinta (%) Espessura da película seca da tinta (μm) Método de aplicação (Fator perdas) Número de demãos Exemplo: Pintura de 1000 m2 de aço carbono com tinta epóxi na espessura de 50 micrometros. Aplicar 2 demãos. Os sólidos por volume da tinta é de 45% e a aplicação será por pistola convencional com perda estimada em 25% e diluição de 20%. = 9 m²/litro Rp = 9 - (25%) = 6,75 m²/litro Quantidade de tinta necessária = 1000 / 6,75 = 148,15 litros de tinta ou 148,15 litros / 3,6 litros = 41,15 galões de tintas. QUANTIDADES DE DILUENTE NECESSARIA Na aquisição das tintas geralmente ocorre o esquecimento de comprar o diluente. Porém o fabricante já tem associado que o mesmo deve ser enviado mediante informação do boletim técnico na proporção recomendada de diluição.

É importante lembrar sempre da quantidade necessária de diluente para efetuar a limpeza do equipamento de pintura e todos os seus acessórios envolvidos (espátula, tanque de pressão, pistola...). Para o exemplo acima a quantidade de diluente necessária para 148,15 litros de tinta, será: 29,63 litros de diluente ou arredondando 30 litros (geralmente as embalagens são de 5 litros cada) ou de 06 galões. Não está inclusa a quantidade de diluente para a limpeza dos equipamentos de pintura. Pode ser adquirido um diluente compatível mais barato para efetuar a limpeza e que não poderá ser usado na diluição para a pintura. Quando o aço se torna rugoso através de jateamento abrasivo e depois pintado, se a espessura do filme aplicado for medida através de um instrumento magnético, a espessura realmente medida é a mais próxima da média das medidas sobre picos e vales. A espessura sobre os picos é que é importante em relação à performance; portanto, pode ser considerado que a tinta que não contribui para essa espessura é perdida no perfil do aço. CAPACITAÇÕES DO PESSOAL DE APLICAÇÃO A empresa ou o órgão responsável pela aplicação das tintas devem ser avaliados em termos de recursos materiais e humanos. A capacitação do pessoal responsável pela aplicação da tinta deve ser feita através de amplos programas de treinamento, que devem abranger aspectos teóricos e práticos. CONDIÇÕES AMBIENTAIS A aplicação das tintas em condições ambientais adversas pode introduzir vários tipos de defeitos nas películas de tintas. Em termos gerais, as condições meteorológicas que influenciam as propriedades das tintas são a umidade relativa do ar, a temperatura ambiente, as chuvas e os ventos. A água quando evapora, fica no ar na forma de vapor. Esta água presente no ar atmosférico é chamada de umidade relativa do ar (URA). Quanto mais umidade houver no ar e quanto mais baixa for a temperatura da superfície, maior será a condensação. Quando o diluente evapora do filme de tinta aplicado, a temperatura do substrato abaixa tornado possível que a umidade do ar se condense prejudicando o desempenho da tinta. A umidade relativa do ar, ao possibilitar a introdução de partículas de água na película de tinta úmida, acarreta perturbações nas reações físico químicas que darão origem à película de tinta seca, introduzindo falhas que variarão com o tipo de tinta usada. É por esse motivo que as tintas de base epóxi endurecidas com aminas são muito sensíveis à umidade, dando origem a uma substância denominada quetimina, que deixa a película com aspecto esbranquiçado na superfície ou mesmo com aspecto de um gel endurecido. A depender da profundidade desta alteração, a película poderá estar comprometida ou não. a) Quando bem superficial, pode ser eliminada com um leve lixamento da película. b) Quando subsuperficial pode requerer a remoção de toda a película. A ação preventiva nestes casos é procurar evitar a utilização de tintas epóxi endurecidas com aminas em regiões cuja umidade relativa do ar esteja permanentemente superior a 85%. Temperaturas externas, como abaixo de 10ºC ou acima de 40ºC, alteram por completo as condições de cura ou secagem da tinta. Temperaturas abaixo de 10ºC retardam a secagem da tinta, comprometendo intervalos entre demãos recomendadas pelo fabricante e consequentemente, a velocidade da aplicação.

Ao contrário, a aplicação de tintas em temperaturas muito elevadas faz com que sua secagem dê-se muito rapidamente, comprometendo a evaporação e alterando as propriedades da película seca. Além disso, a aplicação das tintas sobre superfície com temperatura superior a 40ºC pode provocar vários tipos de defeitos, como o fendilhamento ou gretamento (caso típico das tintas inorgânicas de zinco), a formação de bolhas, poros ou crateras (caso típico das tintas de acabamento de base epóxi) e o enrugamento (caso típico das tintas de alumínio fenólico). No caso específico das tintas inorgânicas à base de silicato de etila, o fenômeno do fendilhamento ocorre à temperatura já a partir de 40ºC. PONTOS DE ORVALHO É a temperatura na qual a umidade presente no ar, na forma de vapor de água, se condensa, passando para o estado líquido. Geralmente na parte da manhã são notadas gotas de água nas peças expostas ao tempo durante a noite, conhecidas como orvalho, resultante da condensação do vapor da água. Recomenda-se que as tintas não devam ser aplicadas se a temperatura da superfície não estiver no mínimo 3ºC acima do ponto de orvalho. Nota 1: Esta temperatura de 3ºC é considerada de margem de segurança para evitar que ocorra a condensação da URA. Pode-se usar aquecer as peças a serem pintadas dentro dos limites de temperatura do substrato. Nota 2: Para as tintas tolerantes a superfície úmidas, poderá ocorrer uma pequena redução no brilho quando o filme ficar exposto. UR Temperatura ambiente C % 10 15 20 25 30 35 40 90 8,2 13,3 18,3 23,2 28,0 33,0 38,2 85 7,3 12,5 17,4 22,1 27,0 32,0 37,1 80 6,5 11,6 16,5 21,0 25,9 31,0 36,2 75 5,6 10,4 15,4 19,9 24,7 29,6 35,0 70 4,5 9,1 14,2 18,6 23,3 28,1 33,5 65 3,3 8,0 13,0 17,4 22,0 26,8 32,0 60 2,3 6,7 11,9 16,2 20,6 25,3 30,5 55 1,0 5,6 10,4 14,8 19,1 23,9 28,9 50-0,3 4,1 8,06 13,3 17,5 22,2 27,1 45-1,5 2,6 7,0 11,7 16,0 20,2 25,2 40-3,1 0,9 5,4 9,5 14,0 18,2 23,0 35-4,7-0,8 3,4 7,4 12,0 16,1 20,6 30-6,9-2,9 1,3 5,2 9,2 13,7 18,0 MISTRURA, HOMOGENEIZAÇÃO E DILUIÇÃO DAS TINTAS. A homogeneização da tinta é muito importante para que todos os seus componentes fiquem uniformes e em condições de uso. Deve ser feita em seu recipiente original, admitindo-se que parte pode ser retirada temporariamente para facilitar a homogeneização.