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Transcrição:

As Escrituras são infalíveis, a Palavra de Deus não contém erros. A nossa interpretação, contudo, não é infalível. Dessa forma, este estudo é passível de correção e, portanto, toda compreensão e ajuda serão bem-vindas. www.seguindoacristo.com.br Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos (1Co 12.4-6). fevereiro/2009

DONS, MINISTÉRIOS E OPERAÇÕES INTRODUÇÃO Neste estudo examinaremos vários textos das Escrituras relacionados a manifestações espirituais, como dons, ministérios e operações, com vistas a se atingir os seguintes objetivos: Que todos conheçam a respeito das coisas espirituais (1Co 12.1); Que cada um descubra os dons que tem recebido (Rm 12.6a); Que os desejemos (1 Co 12.31; 14.12); Que cada um opere eficazmente naquilo que tem recebido de Deus (1Tm 4.14; 2Tm 1.6; 1Pe 4.10) Toda a Trindade Pai, Filho e Espírito Santo - está envolvida na concessão de dons à Igreja: Ora, há diversidade de dons, mas o Espírito é o mesmo. E há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos (1Co 12.4-6). Há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação; há um só Senhor, uma só fé, um só batismo; um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos. E a graça foi concedida a cada um de nós segundo a proporção do dom de Cristo. Por isso, diz: Quando ele subiu às alturas, levou cativo o cativeiro e concedeu dons aos homens (Ef 4-8). Todos os discípulos de Jesus Cristo recebem graça do Senhor e Ele espera que eles a usem: Para a edificação do Corpo de Cristo (1Co 12.7; Ef 4.11-16); Para testemunho ao Mundo e salvação dos inconversos (1Co 14.21-25; Jo. 4.16-19, 28-30, 39-42).

Deus concede dons, ministérios e operações à Sua Igreja. Contudo, a Sua maior prioridade para nós é que cada um de nós seja conformado à "imagem" (caráter, semelhança moral e espiritual) de Cristo (Rm 8.28,29; 12:1-2; 2Co 3:18). Na perspectiva de Deus, nenhuma manifestação espiritual pode substituir um caráter semelhante ao de Cristo. A vontade de Deus é que tenhamos tanto os dons quanto um caráter semelhante ao de Cristo. Se tivermos um caráter semelhante ao de Cristo, descobriremos que os dons espirituais funcionarão melhor e produzirão mais frutos na vida dos outros. É importante ressaltar que o maior dom que nos foi dado é o próprio Espírito Santo (At 2.38; 10.45; 1Co 12.13), e o exercício dos demais dons deve ser fruto da presença do Espírito Santo em nossas vidas. No texto de 1Co 12.1 Paulo disse que não queria que os coríntios fossem ignorantes a respeito dos dons espirituais (o texto não fala explicitamente de dons, mas de coisas, ou manifestações espirituais). Nos versos 4-6, Paulo fala de três tipos de coisas: Dons (Charisma ) = dádivas da graça (Charis) divina; Ministérios (Diakonia ) = serviços; Operações (Energema ) = realizações através do poder de Deus. 1CO 12.7-11 - AS OPERAÇÕES DO ESPÍRITO SANTO Mas a manifestação do Espírito é dada a cada um para o que for útil. Porque a um, pelo Espírito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espírito, a palavra do conhecimento; e a outro, pelo mesmo Espírito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espírito, os dons de curar; e a outro, a operação de maravilhas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espíritos; e a outro, a variedade de línguas; e a outro, a interpretação das línguas. Esse texto, em continuidade ao verso 6, parece referir-se ao Energema de Deus, ou seja, às operações de Deus na vida de todos os discípulos de Jesus Cristo, experimentadas à medida que se 2

submetem à direção do Espírito Santo e uns aos outros, em amor. O verso 11 diz: Mas um só e o mesmo Espírito opera (energeo) todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer. A principal característica dessa manifestação do Espírito é que ela pode ser dada a qualquer membro do Corpo de Cristo (1Co 12.7,11; 14.26,31; Mc 16.17-18). Esse fato deve nos motivar a nos colocarmos à disposição do Senhor para sermos usados por Ele para o que for útil. É no contexto desses dons de operação do Espírito Santo que Paulo nos encoraja a buscar os dons mais excelentes (1Co 12.31) e os melhores dons são aqueles que buscam o interesse do próximo (1Co 14.1-5). Os dons de operação podem ser classificados em três categorias: I. Operações de Revelação (Saber) Palavra de Sabedoria; Palavra de Conhecimento; Discernimento de Espíritos. II. Operações de Expressão (Falar) Variedade de Línguas; Interpretação de Línguas; Profecia. III. Operações de Poder (Fazer) Fé; Dons de Curar; Operação de Milagres. 1. Palavra de Sabedoria Esse dom do Espírito está no princípio da lista por sua importância. Ele nos capacita a falarmos e agirmos com sabedoria divina e, assim, assegura o uso e aplicação correta dos outros dons. A Palavra de Sabedoria é um fragmento da sabedoria divina sobrenaturalmente transmitida pelo Espírito Santo. Ela nos fornece a sabedoria imediata para sabermos o que dizer ou fazer numa dada situação. 3

Exemplos Bíblicos: Mt 4.1-10; Lc 20.19-26; Jo 8.3-11; At 6.1-7; At. 15.13-20;28-31. A Palavra de Sabedoria é prometida a todos os discípulos de Cristo em tempos de necessidade (Lc 21.13-15). 2. Palavra de Conhecimento A Palavra de conhecimento é um fragmento ou pequena parte do conhecimento de Deus que é dado a uma pessoa pelo Espírito Santo. Ela nos fornece o conhecimento de fatos e informações através da revelação sobrenatural do Espírito Santo. Estas informações, muitas vezes, estão ocultas e o conhecimento delas não poderia ter sido obtido de forma natural. Ele é transmitido sobrenaturalmente. Exemplos Bíblicos: 2Reis 6.8-12; Jo 1.47-51; 4.16-19, 39-42; 3. Fé At 5:1-11; 9.10-20. A manifestação da fé é a capacitação especial dada pelo Espírito Santo para uma pessoa crer no poder de Deus. Sobrenaturalmente, Ele esvazia a pessoa de qualquer dúvida e a enche com uma fé especial que a capacita a realizar o propósito de Deus, apesar de todas as circunstâncias contrárias e contraditórias da vida. É uma dispensação especial de fé que Deus concede a uma pessoa quando a tarefa que Ele deu a este discípulo requer mais que uma fé ordinária. Exemplos Bíblicos: Js 10.6-14; Tg 5.17-18; Hb 11; Mt 17.14-21 4. Dons de Curar Os dons de curar (no plural) funcionam sobrenaturalmente para curar doenças e enfermidades. É o poder do Espírito Santo que age no corpo da pessoa doente, removendo suas enfermidades e suas dores. O exercício dos dons de curar não dá à pessoa habilidade de curar todos os doentes em todo o tempo. Até mesmo Jesus não fez isto, por exemplo, no Tanque de Betesda (Jo 5). 4

Os dons de curar tem alguns propósito: Libertar os doentes e aflitos e destruir as obras do diabo em corpos humanos (Lc 13.10-16; At 10.38); Confirmar a Palavra (Mc 16.17-20); Atrair as pessoas ao Evangelho (Mt 4.23-25; At 8.5-8); Glorificar a Deus (Mc 2.5-12; Jo 9.2-3). A cura geralmente requer um duplo ato de fé: fé para se receber e fé para se administrar o dom de curar. O desejo de Deus para curar é muito abundante. No entanto, nem todos os enfermos são curados imediatamente ao receberem uma oração e, às vezes, uma pessoa não é absolutamente curada em toda a sua vida. Às vezes, Deus comunica dons de curas através dos canais de curas normais; outras vezes, através de meios extraordinários, de acordo com a Sua vontade (como através da sombra de Pedro em Atos 5.15-16). 5. Operação de Maravilhas A Operação de Milagres ou Maravilhas acontece quando Deus nos capacita com poder pelo Espírito Santo a fazermos algo completamente fora dos limites da capacidade humana. Ele nos dá isto numa ocasião específica para um propósito especial. Todos as operações de Deus são miraculosas, mas a Operação de Maravilhas se refere a atos de grande poder sobrenatural. O funcionamento desse dom requer: A unção do Espírito Santo para criar confiança e autoridade; Uma palavra ousada de fé e autoridade. Elias disse que o deus que respondesse por fogo seria o Senhor de Israel. O fogo que desceu foi um exemplo da Operação de Maravilhas; Exemplos Bíblicos: Ex 14.21; 2Re 6.5-6; Mc 6.41-44; At 3:1-10; 5.12-16; 9.31-42. 5

6. Profecia Com uma tradução simples, a palavra profetizar significa "expressar palavras inspiradas". De acordo com 1Co 14.5,29-33 todos os crentes podem profetizar em determinadas ocasiões, conforme o Espírito desejar, e não apenas os que têm o dom de profecia. Porém, o verso 40 ensina que isso deve ser feito com ordem e decência. O Propósito da Profecia (1Co. 14.3) é: Edificar: estabelecer, fortalecer os crentes; Consolar: falar palavras de consolo e encorajamento; Exortar: reavivar, animar, confrontar e desafiar. Três mal-entendidos sobre profecia: Não deve ser confundida com a capacidade humana de se pregar bem; Seu principal propósito não é predizer o futuro, embora isso possa acontecer quando manifestada juntamente com uma palavra de conhecimento; Não é para dar direção pessoal a alguém. A direção pessoal deve vir do próprio Senhor e a profecia pode confirmar aquilo que o Senhor já havia falado. Ensino bíblico sobre profecia: A profecia não requer nenhuma interpretação (1Co 14.5); Edifica a Igreja (1Co 14.4); Convence os ignorantes e incrédulos (1Co 14.23-25), transmitindo a mente de Deus às pessoas; Traz ensino e consolo (1Co 14.31); Todos deveriam desejar e procurar com zelo profetizar (1Co 14.1,39); A pessoa que profetiza é responsável pelo uso ou abuso do que falar (1Co 14.32); 6

Em razão do elemento humano ser falível, as profecias devem ser julgadas (1Co 14.29). Como julgaremos uma profecia? Uma profecia genuína, cheia do Espírito: Nunca contradirá a Palavra de Deus escrita; Sempre exaltará a Jesus Cristo e nunca o difamará; Edificará, exortará ou consolará os crentes; Deve testificar para irmãos mais maduros; Não quebrará o espírito da reunião, ainda que ela possa mudar a sua direção; Se tiver alguma predição, esta virá a se cumprir (Dt 18.22); É aprovada pelo "teste do fruto" (Mt 7.16). Como profetizar: Descanse. Não fique tenso. Espere silenciosamente no Senhor em seu espírito. Mantenha a sua mente aberta para a Sua voz. Quando você sentir o toque do Espírito dentro do seu espírito, entregue-se a Deus como um canal por onde Ele possa fluir. Comece a falar tudo o que Deus der a você. Continue com simplicidade. Enquanto estiver falando, espere nele para obter o resto da mensagem. Não profetize além da medida da sua fé. Discirna quando o Espírito acabou de falar e pare. 7. Discernimento de Espíritos Esta manifestação do Espírito nos concede um entendimento sobrenatural da natureza e atividade dos espíritos. Ele nos capacita a distinguirmos se determinada atividade espiritual tem origem divina (Espírito de Deus), satânica (espíritos malignos) ou humana (espírito humano) e revela a natureza dos espíritos em questão. Às vezes é fácil confundirmos as ações do espírito de Satanás com as do Espírito de Deus. Satanás sempre tenta falsificar as ações do Espírito Santo, como, por exemplo, em Mt 16.21-23 e Atos 16.16-18. 7

A primeira e mais óbvia função desta operação de Deus é revelar a presença de espíritos malignos na vida de pessoas ou igrejas. Contudo, ela também funciona para se avaliar a fonte de uma mensagem profética, de um ensino específico, ou de alguma manifestação sobrenatural. 8. Variedade de Línguas Esta manifestação do Espírito, que nos permite falar em uma outra língua, humana ou celestial (1Co 13.1), tem duas funções básicas: Edificar a pessoa que a usa (línguas devocionais) 1Co 14.2,4,28; Ef 6.18; Jd 20; Para edificação de toda a igreja (quando usado juntamente com a manifestação de interpretação de línguas) 1Co 14.5-13,26. Contudo, para o seu uso numa assembléia pública, alguns cuidados devem ser observados: Deve ser acompanhada de interpretação (1Co 14.5-13, 27-28), a menos em casos de adoração coletiva (At 2.4,10.46, 19.6); Quando manifestada individualmente, deveria estar limitado a três expressões por reunião. Quando o Espírito Santo quiser trazer uma expressão em línguas através de você, geralmente haverá uma conscientização interior disto por algum tempo antes que você fale de fato. Você pode esperar o momento certo de falar. Permaneça calmo e descansado, e quando o Espírito Santo se mover, fale numa voz audível normal, mas clara. Não precisa gritar ou berrar. Quando a expressão verbal estiver completa, todos devem esperar em Deus pela interpretação. Geralmente, algum crente receberá a interpretação, mas quando isto não acontecer, então a pessoa que falou em língua deve orar silenciosamente para que ela também receba a interpretação (1Co 14.13). Caso isso não aconteça, deve se calar. 8

9. Interpretação das Línguas É a manifestação do Espírito que acompanha a manifestação das línguas e sempre são usadas juntas. É a capacitação sobrenatural, pelo Espírito Santo, de se interpretar uma expressão verbal em línguas na língua natural da congregação. Não é tradução. O intérprete não entende a língua empregada na expressão verbal que foi dada. A interpretação é tão sobrenatural quanto a expressão verbal. No entanto, pelo dom do Espírito Santo, o crente em questão é capaz de tornar a expressão verbal inteligível para que a congregação possa recebê-la e ser edificada por ela (1Co 14.13). RM 12.4-8 DONS DE CAPACITAÇÃO PESSOAL Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros têm a mesma função, assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros. De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graça que nos é dada: se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; se é serviço, seja em servir; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que contribui, faça-o com liberalidade; o que preside, com diligência; o que exercita misericórdia, com alegria. Tanto esse texto, como 1Co 12.12-27 e Ef 4.16, mostram a igreja como o Corpo de Cristo, formado por muitos membros, cada um com uma função específica e que devem funcionar bem e em harmonia. Somos membros de Cristo e também uns dos outros (1Co 6.15, Rm 12.5). É a graça de Deus, concedida particularmente a cada um nós como um dom específico (Rm 12.6 e Ef 4.7). Mas, pela graça de Deus, sou o que sou; e a sua graça, que me foi concedida, não se tornou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles; todavia, não eu, mas a graça de Deus comigo (1Co 15.10) 9

Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus (1Pe 4.10) A palavra graça (charis) e a palavra dom (charisma) vêm da raiz char, que significa alegria. Portanto, a motivação e a alegria que manifestamos quando atuamos em alguma área na igreja são um bom indicativo do dom pessoal que recebemos do Senhor. É por essa razão que os dons citados em Rm 12.4-8 são também chamados de dons motivadores. Há sete Dons de Capacitação Pessoal citados no texto acima. Embora em cada um de nós possa haver uma combinação desses dons, há geralmente um deles que é mais pronunciado (1Pe 4.10). Estes dons retratam as nossas motivações básicas, ou seja, a maneira pela qual percebemos, compreendemos, e abordamos a nossa vida e ministério. Tem a ver com a maneira pela qual cada um de nós foi criado por Deus e com a graça que nos foi dada. No entanto, elas são mais do que simples características de personalidade. São dons que o nosso Pai Celestial deu soberanamente a cada um de nós para glorificá-lo. Nenhum dom dado por Deus é insignificante. Todos eles são necessários para uma igreja sadia (1Co 12.12-27). Os dons menos proeminentes, menos notáveis, e "atrás dos bastidores", tais como servir, demonstrar misericórdia, doar e administrar, certamente não são menos importantes, aos olhos de Deus, do que os dons mais proeminentes, visíveis, e "públicos", como o dom do apóstolo, do profeta, ou do evangelista (1Pe 4.10-11). O mais importante é, quer tenhamos ou não um dom "proeminente", obedecermos ao que o Espírito de Deus nos dirige a fazer em termos de servir. Podemos enterrar esses dons ou podemos colocá-los a serviço d'aquele que no-los deu (Mt 25.14-30). Também é possível para nós desenvolvermos e fortalecermos estes dons, caminhando em fé e obediência ao direcionamento do Espírito Santo, permitindo que o nosso Senhor aumente a nossa capacidade, nos discipline, e nos amadureça. Há alguns princípios cruciais apresentados a nós nos versículos de 10

Rm12.3-6 que devemos entender. A compreensão desses princípios nos ajudará a entendermos claramente a importância desta lista de dons. Também apreciaremos e compreenderemos mais meticulosamente a singularidade de cada pessoa - porém com uma interdependência - dentro do Corpo de Cristo: 1º - Pensamento correto com relação a nós próprios. Não devemos pensar com presunção (achando que somos melhores que os outros no Corpo de Cristo), nem com rebaixamento de nós mesmos (pensando que somos menos valiosos que os outros no Corpo de Cristo); 2º - Não temos outros dons além dos que nos foram dados por Deus. Devemos andar em humildade e gratidão, tornandoo-nos mais equilibrados e mais úteis nas mãos do Mestre, não dando espaço para comportamento competitivo no meio da igreja; 3º - Além dos dons, Deus nos dá a medida de fé. O Senhor nos concede o tipo de fé que precisamos, dependendo do dom que Ele nos deu; 4º - Os dons que temos não determinam o nosso valor no Corpo de Cristo. Todos nós pertencemos a um só Corpo e precisamos dos diferentes dons para funcionarmos corretamente. Cada pessoa é valiosa para Deus e seu Reino exatamente da maneira como Ele a criou. Ele criou a cada um de nós de uma maneira singular e diferente. Não há nenhum dom ou pessoa menos importante. Somos mutuamente interdependentes. O Corpo só pode funcionar apropriadamente quando cada membro faz a sua parte (Ef 4.16). 1. O Dom de Profecia Alguém com o Dom de Profecia também poderia ser chamado de uma pessoa "perceptiva", ou seja, alguém que vê e compreende o significado mais profundo de uma situação, através da luz da Palavra de Deus e do Espírito de Deus. Não é a mesma coisa que alguém com o Dom Ministerial de Profeta, como veremos mais adiante. 11

O Dom de Profecia é caracterizado pela capacidade de uma pessoa: ver ou perceber além das aparências superficiais; receber e declarar a verdade sobre uma dada situação; receber e declarar uma revelação sobre pessoas ou fatos. Esse dom pode motivar as pessoas a desejarem: reparar relacionamentos quebrados no Corpo de Cristo; Exortar os irmãos a andar nos retos caminhos do Senhor; Encorajar a igreja a buscar a Deus; As pessoas que operam no Dom de Profecia geralmente desejam proclamar as verdades que percebem, quer seja de um indivíduo ou de toda a congregação, apontando aquilo que consideram falso ou errado. Precisam buscar equilíbrio em aprender a serem misericordiosas e dóceis à medida que buscarem exortar, corrigir, instruir, e admoestar os outros. Não devem ir além do que Deus lhes deu para falar, com também não devem reter a verdade que Deus lhes mostrar. Como esse dom constantemente toca em coisas que estão erradas, a pessoa que o tiver, precisa ter cuidado para não se ater somente ao negativo. Também deve ser cuidadosa para julgar o pecado, e não as pessoas que pecaram. Deve falar com respeito e sensibilidade, de maneira a não ofender as pessoas a ponto de elas perderem o que Deus quer dizer-lhes, pois a profecia não visa apenas exortar, mas também edificar e consolar (encorajar) - 1Co 14.3. Um Exemplo Bíblico de Dom de Profecia: João Batista era, na verdade, dotado com o Dom Ministerial de Profeta. Contudo, a sua vida e ministério podem também nos dar algumas revelações com relação à operação do Dom de Profecia (Lc 3.3-20): As suas vestimentas não-convencionais mostram que ele não se atinha a coisas externas; Ele estava ciente que pessoalmente não era digno. Sabia que era apenas uma voz para Deus; Ele discernia as motivações das pessoas; 12

Ele era franco e direto no confronto da multidão com os pecados, avisando- os do juízo e exortando-os a se arrependerem; Ele não focava somente o negativo. Apresenta, também, os passos positivos que poderiam dar para se arrependerem de seus pecados; Ele buscava um arrependimento, ou seja, uma mudança no estilo de vida das pessoas. 2. O Dom de Ministério (Serviço) A palavra grega usada aqui para "ministério" é diakonia, a mesma raiz da palavra diácono = servo. Alguns limitam o uso desta palavra somente ao ministério ou serviço feito pelos que tem a função de diáconos. Contudo, essa palavra é usada nas Escrituras de forma muito mais ampla, aparecendo no Novo Testamento relacionada a todo serviço na, igreja. Todos os discípulos são chamados para servir. Porém, alguns são especialmente dotados na área do serviço (1Pe 4.10-11), e se realizam pessoalmente quando estão servindo e colaborando em todo o trabalho de assistência e ajuda prática. Os que têm o Dom de Serviço geralmente têm a capacidade de identificar uma necessidade não-suprida no Corpo. Eles desejam entrar em cena e fazer o que precisa ser feito. Eles demonstram o amor de Deus, suprindo necessidades práticas e prestando serviço e assistência com as próprias mãos. Geralmente encontramos estas pessoas ajudando os pobres e os enfermos. Este dom de servir é muitas vezes menosprezado e considerado "nãoespiritual", pelo fato de focar, geralmente, benefícios físicos e materiais. Mas, lembre-se, o próprio Jesus, o Servo por excelência, foi humilde o suficiente para servir aos outros, lavando os pés dos seus discípulos (Jo 13.3-17). Se esta perspectiva errada for aceita, a pessoa com esse dom talvez se considere como não sendo importante, e, assim sendo, poderá negar o dom que Deus lhe deu para servir a Igreja, trazendo prejuízo para o Corpo de Cristo. 13

Um Exemplo Bíblico do Dom de Ministério (Serviço) Marta é um exemplo de uma pessoa com o Dom de Ministério (Serviço). Lucas 10.38-42 e João 12.2 mostram características positivas, como também potencialmente negativas deste dom: Os que servem são importantes e necessários para o bom funcionamento da igreja; Os que servem realizam-se através de ações, em vez de palavras; Os que servem geralmente se saem melhor seguindo instruções; Os que servem muitas vezes envolvem-se demais com as coisas e têm dificuldades em dizer "não" a novas tarefas; Os que servem podem ficar tão ocupados servindo, que podem negligenciar a sua vida espiritual. 3. O Dom de Ensino Esse dom criativo enfoca a compreensão. Os discípulos que possuem esse dom procuram esclarecer a verdade e a doutrina, explicando o significado e a aplicação prática da verdade. Eles desejam comunicar conhecimento e levar os outros à compreensão da verdade. O mundo geralmente não valoriza seus mestres, mas, em geral, a maior parte da civilização depende do que os professores fazem e dizem. Jesus Cristo, o Senhor da Igreja e o maior Mestre de todos, nos deu este dom porque a Igreja precisa dele. Um Exemplo Bíblico do Dom de Ensino Apolo é um bom exemplo da operação do Dom de Ensino (1Co 3.6; At 18.24-28): O mestre "rega, isto é, ajuda os crentes a crescerem; Apolo era "um homem eloqüente", isto é, se comunicava com entusiasmo; Apolo era "poderoso nas escrituras". Os mestres devem basear as 14

suas instruções nas Escrituras, inclusive os seus exemplos ou ilustrações (1Pe 4.10-11); Apolo "falava e ensinava com precisão as coisas do Senhor". Os mestres geralmente são objetivos e pesquisam minuciosamente um assunto antes de falarem sobre ele; Apolo foi instruído "mais precisamente" por Áquila e Priscila. As Escrituras mostram que os mestres também devem ser humildes para serem ensinados; Apolo "ajudou muito os que haviam crido através da graça". Os mestres fornecem a substância (as passagens bíblicas fundamentais) sobre as quais as nossas experiências podem ser colocadas e tornadas permanentes. 4. O Dom de Exortação (Consolação, Encorajamento) Assim como o ensino é direcionado à compreensão, a exortação é direcionada ao coração, à consciência, e à vontade. Esse dom, operando através de um discípulo, faz com que ele instigue os outros a atingirem a sua plena maturidade espiritual. A operação deste dom é geralmente direcionada aos que se encontram em circunstâncias difíceis, em sofrimentos e aflições. O exortador estimula e motiva tanto os crentes individuais, como a igreja como um todo, a uma resistência paciente, ao amor fraternal, e a boas obras (Hb 3.13; 10.23-25). Os exortadores têm uma grande capacidade de estimular a fé e o crescimento pessoal dos outros. Um Exemplo Bíblico do Dom de Exortação Barnabé é um retrato notável do dom de exortação e de como este dom operava em associação com o seu apostolado (At 4.36; 9.26-27; 11.22-24; 14.20-22): "Barnabé" significa "filho de encorajamento ou consolação"; Os que exortam possuem uma mensagem encorajadora, ou seja, de seguir ao Senhor com propósito; 15

A mensagem dos que exortam fortalece as almas dos crentes e os estimula a continuarem na fé. Os que exortam geralmente têm uma atitude positiva com relação às pessoas e não desistem delas facilmente, até mesmo quando outras pessoas desistem (Barnabé exortou os apóstolos a aceitarem a Saulo e exortou Paulo a aceitar a Marcos). Os que exortam têm uma capacidade de discernir onde as pessoas se encontram em seu crescimento espiritual e de falar com elas em seus respectivos níveis. 5. O Dom de Contribuição Este dom envolve capacidade especial e prazer em compartilhar assistência material. Não é preciso ser rico para ter esse dom. Contudo, é bem visível que os que possuem esse dom funcional geralmente são abençoados com abundantes recursos financeiros. Parece que quanto mais dão mais possuem! Eles dão por causa de um profundo desejo de ver as necessidades da obra de Deus sendo supridas e o ministério de outras pessoas sendo bem sucedido. Todos os discípulos devem dar ofertas. No entanto, os que possuem o dom de contribuição dão com uma extraordinária liberalidade, até mesmo em situações de pobreza e aflição (At 10.2; Mc 12.41-44). A palavra "liberalidade" significa sinceridade de coração, pureza das motivações ou de propósito. Uma vez que o dar envolve recursos pessoais, o doador não deve ter motivações egoísticas. Às vezes, as pessoas fazem uma doação esperando ganhar influência ou vantagens para si próprias, como vemos em Ananias e Safira em Atos 5.1-11. Um Exemplo Bíblico de Doador A vida de Abraão nos fornece algumas revelações com relação ao funcionamento desse dom (Gn 13.1-2, 14.14-24): Deus pode confiar aos "doadores" muitos bens e recursos materiais; 16

Os "doadores" possuem um espírito generoso e liberal; Os "doadores" podem ser muito criativos na administração de seus bens e recursos materiais; Os "doadores" reconhecem a obra e os objetivos de Deus, e correspondem a eles através de ajuda financeira; Os "doadores" estão realmente cientes de que Deus é a fonte de suas riquezas e lhe dão a glória; Deus coloca os "doadores" no local certo e na hora certa. 6. O Dom de Presidência (Liderança) A palavra grega para "preside" ou "lidera" significa literalmente "o que é colocado na frente", indicando uma posição de autoridade, como também de responsabilidade. Em 1Co 12.28 esse dom é também chamado de Dom de Governo, ou Dom de Administração. Os que possuem este dom lideram, trabalhando com outros e através de outros. Eles geralmente executam a obra organizando e definindo as tarefas a serem feitas, bem como delegando responsabilidades e autoridade na realização dos objetivos. A palavra traduzida por "diligência" significa "eficiência imediata", "sem demora", "uma pressa santa ou um zelo santo". Tudo isto exige uma autodisciplina e vigilância com relação às condições do rebanho. Um Exemplo Bíblico do Dom de Liderança Neemias serve como um exemplo de excelentes habilidades de liderança e de motivações do coração. Os que tem o Dom de Liderança: Têm um tato especial com relação à causa do povo de Deus (Ne 1.1-4); Têm a capacidade de examinar e definir o que precisa ser feito (Ne 2.12-17); Têm a capacidade de dividir grandes trabalhos em tarefas menores e realizáveis (Ne 3.1-32); 17

Podem estar sob pressões e oposições e ainda assim seguirem adiante (Ne 4.1-23); Simplificam as coisas para os outros e não são um fardo para eles (Ne 5.14-19); Sabem delegar autoridade para se realizar a obra (Ne 7.1,2). 7. O Dom de Misericórdia Esse dom é semelhante, em alguns aspectos, ao Dom de Contribuição. Contudo, a palavra "misericórdia" denota um ministério mais direto e pessoal aos que se encontram em necessidades. Este dom inclui um amor prático e cheio de compaixão. É também chamado de Dom de Socorro em (1Co 12.28). Os discípulos assim dotados têm uma capacidade de se identificar com as necessidades e aflições das pessoas com quem entram em contato. Eles podem tornar-se ótimos conselheiros se usarem de sabedoria e disciplina. As Escrituras exortam os que possuem o dom da misericórdia a demonstrá-la com "alegria". Geralmente, a obra de misericórdia pode ser difícil, até mesmo desagradável, porque os que assim servem geralmente ministram a pessoas que se encontram em suas piores condições. Isto pode, com o passar do tempo, fazer com que a pessoa se torne rancorosa, ou até mesmo amargurada em sua ajuda aos outros. Esta atitude negativa derrota o próprio propósito da misericórdia. Uma misericórdia alegre levanta os que estão enfermos, feridos de alma, ou desanimados. Uma misericórdia ressentida e relutante faz com que os aflitos se sintam desprezados. Um Exemplo Bíblico do Dom de Misericórdia O Samaritano da parábola de Lucas 10.29-37. Aqui vemos que os operadores de misericórdia: Têm uma grande compaixão para com os aflitos; São atraídos aos quebrantados e necessitados: "E aproximou-se dele ; 18

Participam de uma forma prática. Estão prontos a fazer o que precisa ser feito e a "arregaçar as mangas", se necessário, como no caso em que o samaritano atou as feridas da vitima e "cuidou dele"; São sensíveis às necessidades práticas das pessoas: o samaritano pagou a conta da vitima. Uma Rápida Comparação dos Dons de Capacitação Pessoal Tendo estudado as características singulares de cada um dos Dons de Capacitação Pessoal, vamos examinar agora como eles poderiam funcionar numa situação hipotética. Sete pessoas estão sentadas ao redor de uma mesa, almoçando. Por acaso, estas sete pessoas são capacitadas com diferentes Dons. Uma delas é inclinada a servir, outra a dar, etc. Alguém bate num copo de água com o seu cotovelo, fazendo com que ele caia da mesa e quebre-se, molhando o chão. Cada uma das sete pessoas reage de uma maneira diferente: O Perceptivo (Dom de Profecia) diz: "Eu sabia que isso aconteceria"; O que tem Dom de Servo diz: "Deixem comigo. Vou limpar a sujeira"; O Mestre diz: "Sim, há uma lição que podemos aprender com isso. Se vocês tivessem colocado o copo num lugar melhor..."; O que Exorta (consolador) volta-se à pessoa que derrubou o copo e acrescenta: "Não se sinta mal, provavelmente isso não acontecerá novamente"; "E não se preocupe", diz o Doador, "Eu pagarei pelo copo!"; Enquanto isso, o que Lidera assume rapidamente o controle da situação, pedindo que o garçom traga uma vassoura, uma pazinha de lixo e um outro copo de água; E a pessoa de Misericórdia diz: "Que pena! Espero que você esteja bem agora!" 19