ASSOCIAÇÃO PROJETO MORADIA PARA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA NA COMUNIDADE DO PARAISÓPOLIS ESTATUTO Capítulo I DA DENOMINAÇÃO, SEDE E FINS Art. 1º O PROJETO MORADIA PARA REGULARIZAÇÃO FUNDIÁRIA NA COMUNIDADE DO PARAISÓPOLIS, doravante designado meramente PROJETO MORADIA, constituído em 22 agosto de 2004, é uma pessoa jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, de duração por tempo indeterminado, com sede no município de São Paulo, Estado de São Paulo, à Rua Iratinga, n 376 e foro na capital do Estado de São Paulo. Art. 2º O PROJETO MORADIA tem por finalidade: I Atuar como substituto ou representante processual em ação de usucapião coletivo a ser proposta no foro da comarca da capital do Estado de São Paulo. II Defender, judicial ou extra judicialmete, os interesses de seus associados, no que concerne ao direito de posse e propriedade. III Contribuir para o aprimoramento da legislação de defesa do direito de moradia, bem como para o atingimento da plena eficácia da legislação vigente, especialmente do Estatuto da Cidade (Lei Federal n 10257/01). IV Representar os interesses de seus associados no que concerne a políticas de urbanização. Parágrafo Único O PROJETO MORADIA não distribui entre os seus associados, diretores, empregados ou doadores eventuais excedentes operacionais, brutos ou líquidos, dividendos, bonificações, participações ou parcelas do seu patrimônio, auferidos mediante o exercício de suas atividades, e os aplica integralmente na consecução do seu objetivo social. Art. 3º No desenvolvimento de suas atividades, O PROJETO MORADIA observará os princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade, economicidade e da eficiência e não fará qualquer discriminação de raça, cor, gênero ou religião.
Parágrafo Único Para cumprir seu propósito a entidade atuará por meio da execução direta de projetos, programas ou planos de ações, da doação de recursos físicos, humanos e financeiros, ou prestação de serviços intermediários de apoio a outras organizações sem fins lucrativos e a órgãos do setor público que atuam em áreas afins. Art. 4º A Instituição disciplinará seu funcionamento por meio de Ordens Normativas, emitidas pela Assembléia Geral, e Ordens Executivas, emitidas pela Diretoria. Art. 5º A fim de cumprir suas finalidades, a Instituição se organizará em tantas unidades de prestação de serviços quantas se fizerem necessárias, as quais se regerão pelas disposições estatutárias. Capítulo II DOS ASSOCIADOS Art. 6º O PROJETO MORADIA é constituído por número ilimitado de associados, sem qualquer distinção de categorias. São associados aqueles que cumprirem simultaneamente os seguintes requisitos: I Habitar a quadra 145 do setor 170, circunscrita pelas ruas, Ernest Renan, Melchior Giola, Iratinga e Herbert Spencer, na comunidade do Paraisópolis, município de São Paulo; II Assinar termo de adesão. 1 A demissão dos associados ocorrerá por manifestação expressa de desligamento da associação devidamente encaminhada ao diretor responsável. 2 A exclusão dos associados dar se á nos seguintes casos: I O associado deixar de residir na quadra especificada no artigo 6º, inciso I, do presente Estatuto. II Em deliberação fundamentada pela maioria absoluta dos presentes à assembléia especialmente convocada para este fim, nos seguintes casos: a) Negligência do associado no cumprimento dos atos indispensáveis ao andamento do processo judicial referido no artigo 2.º, inciso I, do presente Estatuto, ou de seus atos preparatórios.
b) O associado praticar atos que prejudiquem o alcance das finalidades da associação. c) For reconhecida a existência de motivos graves. Art. 7 São direitos dos associados quites com suas obrigações sociais: I votar e ser votado para os cargos eletivos; II tomar parte nas Assembléias Gerais; III obter informações sobre o andamento processual; IV ter acesso às próprias informações cadastrais; Art. 8º São deveres dos associados: I cumprir as disposições estatutárias e regimentais; II acatar as decisões da Diretoria; III manter atualizadas as informações cadastrais; IV cumprir os atos necessários ao andamento processual; V cooperar com o alcance das finalidades da associação; Art. 9º Os associados não respondem, nem mesmo subsidiariamente, pelos encargos da Instituição. Capítulo III DA ADMINISTRAÇÃO Art. 10 O PROJETO MORADIA será administrado por: I Assembléia Geral; II Diretoria; lll Conselho Fiscal.
Parágrafo único: A Instituição não remunerará, sob qualquer forma, os cargos de sua Diretoria, cujas atuações são inteiramente gratuitas. Art. 11 A instituição adotará práticas de gestão administrativa necessárias e suficientes para coibir a obtenção, de forma individual ou coletiva, de benefícios e vantagens pessoais, em decorrência da participação nos processos decisórios. Capítulo IV DA ASSEMBLÉIA GERAL Art. 12 A Assembléia Geral, órgão soberano da Instituição, se constituirá dos associados em pleno gozo de seus direitos estatutários. Art. 13 Compete à Assembléia Geral: I eleger e destituir a Diretoria e o Conselho Fiscal; II decidir sobre reformas do Estatuto; III decidir sobre a extinção da Instituição, nos termos do artigo 32; IV decidir sobre a conveniência de alienar, transigir, hipotecar ou permutar bens patrimoniais; V emitir ordens normativas para o funcionamento da Instituição; VI Decidir sobre a exclusão do associado. Parágrafo Único: Para as deliberações a que se referem os incisos I e II é exigido voto concorde de dois terços dos presentes à Assembléia Geral especialmente convocada para esse fim, não podendo esta deliberar, em primeira convocação, sem a maioria absoluta dos associados, ou com menos de um terço em convocações seguintes. Art. 14 A Assembléia Geral se realizará, ordinariamente, uma vez por ano para: I aprovar a proposta de programação anual da Instituição, submetida pela Diretoria; II apreciar o relatório anual da Diretoria; III discutir o homologar as contas e o balanço aprovado pelo Conselho Fiscal.
Art. 15 A Assembléia Geral se realizará, extraordinariamente, quando convocada: I pela Diretoria; II pelo Conselho Fiscal; III por requerimento de um quinto (1/5) dos associados quites com as obrigações sociais. Art. 16 A convocação da Assembléia Geral será feita por meio de edital afixado na sede da Instituição e mediante distribuição de panfletos nas casas dos associados, ou outros meios convenientes, com antecedência mínima de quinze dias. Parágrafo Único Qualquer Assembléia se instalará, em primeira convocação, com a maioria dos associados e, em segunda convocação, com qualquer número. Capítulo V DA DIRETORIA Art. 17 A Diretoria será constituída por um Diretor Executivo, um Diretor de Relacionamento, um Diretor Administrativo e um Diretor Secretário, eleitos pela Assembléia Geral. Parágrafo Único O mandato da Diretoria será de 2 (dois) anos, sendo vedada mais de uma reeleição consecutiva. Art. 18 Compete à Diretoria: I elaborar e submeter à Assembléia Geral a proposta de programação anual da Instituição; II executar a programação anual de atividades da Instituição; III elaborar e apresentar à Assembléia Geral o relatório anual;
IV reunir se com instituições públicas e privadas para mútua colaboração em atividades de interesse comum; V contratar e demitir funcionários; VI regulamentar as Ordens Normativas da Assembléia Geral e emitir Ordens Executivas para disciplinar o funcionamento interno da Instituição; VII agir em nome da Associação, emitindo opiniões relativas ao posicionamento da entidade. Art. 19 A Diretoria se reunirá no mínimo uma vez por mês. Art. 20 Compete ao Diretor Executivo: I representar, de forma ativa e passiva, a Instituição judicial e extra judicialmente; II cumprir e fazer cumprir o presente estatuto; III presidir a Assembléia Geral; IV convocar e presidir as reuniões da Diretoria; V relacionar se com os advogados e estagiários que respondam pelas ações judiciais em que for parte a associação, especialmente a ação de usucapião a ser proposta nessa comarca. Art. 21 Compete ao Diretor Administrativo: I substituir o Diretor Executivo em suas faltas ou impedimentos; II assumir o mandato de Diretor Executivo, em caso de vacância, até o seu término; III tratar dos assuntos referentes aos dados cadastrais dos associados; IV organizar a inclusão, exclusão e demissão dos associados. Art. 22 Compete ao Diretor de Relacionamento: I substituir o Diretor Administrativo em suas faltas ou impedimentos;
II assumir o mandato do Diretor Administrativo, em caso de vacância, até seu término; III prestar esclarecimentos aos associados da Instituição acerca das decisões da Diretoria e do andamento da ação judicial de Usucapião Coletivo. Art. 24 Compete ao Diretor Secretário: I manter, sob sua guarda, os livros de escrituração da Instituição, com o conteúdo de todas as Ordens Normativas expedidas pela Assembléia Geral e das Ordens Executivas emitidas pela Diretoria, bem como dos demais registros de interesse da Instituição; II secretariar as reuniões da Diretoria e da Assembléia Geral, redigindo as respectivas atas; III publicar todas as notícias das atividades da entidade. Capítulo VI DO CONSELHO FISCAL Art. 25 O Conselho Fiscal será constituído por 2 (dois) membros, eleitos pela Assembléia Geral. Parágrafo Único O mandato do Conselho Fiscal será de 2 (dois) anos, sendo vedada mais de uma reeleição consecutiva. Art. 26 Compete ao Conselho Fiscal: l examinar os livros de escrituração da Instituição; ll opinar sobre os balanços e relatórios de desempenho financeiro e contábil e sobre as operações patrimoniais realizadas, emitindo pareceres para os organismos superiores da entidade; lll requisitar à Diretoria, a qualquer tempo, documentação comprobatória das operações econômico financeiras realizadas pela Instituição; lv acompanhar o trabalho de eventuais auditores externos independentes; V convocar extraordinariamente a Assembléia Geral.
Parágrafo Único O Conselho Fiscal se reunirá ordinariamente a cada 6 (seis) meses e, extraordinariamente, sempre que necessário. Capítulo VlI DOS RECURSOS FINANCEIROS Art. 27 Os recursos financeiros necessários à manutenção da instituição poderão ser obtidos por: I Termos de Parceria, Convênios e Contratos firmados com o Poder Púbico pra financiamento de projetos na sua área de atuação; II Contratos e acordos firmados com empresas e agências nacionais e internacionais; III Doações, legados e heranças; IV Rendimentos de aplicações de seus ativos financeiros e outros, pertinentes ao patrimônio sob a sua administração; V Contribuição dos associados; VI Recebimento de direitos autorais etc. Capítulo VIlI DO PATRIMÔNIO Art. 28 O patrimônio do PROJETO MORADIA será constituído de bens móveis, imóveis, veículos, semoventes, ações, títulos da dívida pública e outros que vierem a ser adquiridos, a qualquer título, pela Associação. Art. 29 No caso de dissolução da Associação, o remanescente de seu patrimônio líquido será destinado a outra associação com fins idênticos ou semelhantes. Art. 30 Na hipótese da Instituição obter e, posteriormente, perder a qualificação instituída pela Lei 9.790/99, o acervo patrimonial disponível, adquirido com recursos públicos durante o período em que perdurou aquela qualificação, será contabilmente
apurado e transferido a outra pessoa jurídica qualificada nos termos da mesma Lei, preferencialmente que tenha o mesmo objetivo social. Capítulo IX DA PRESTAÇÃO DE CONTAS Art. 31 A prestação de contas da Instituição observará, no mínimo: I os princípios fundamentais de contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade; II a publicidade, por qualquer meio eficaz, no encerramento do exercício fiscal, ao relatório de atividades e das demonstrações financeiras da entidade, incluindo as certidões negativas de débitos junto ao INSS e ao FGTS, colocando os à disposição para o exame de qualquer cidadão; III a realização de auditoria, inclusive por auditores externos independentes se for o caso, da aplicação dos eventuais recursos objeto de Termo de Parceria, conforme previsto em regulamento; IV a prestação de contas de todos os recursos e bens de origem pública recebidos será feita, conforme determina o parágrafo único do Art. 70 da Constituição Federal. Capítulo X DAS DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 32 O PROJETO MORADIA será dissolvido por decisão da Assembléia Geral Extraordinária, especialmente convocada para esse fim, quando se tornar impossível a continuação de suas atividades. Art. 33 O presente Estatuto poderá ser reformado, a qualquer tempo, por deliberação de seus associados na forma do art. 13 e entrará em vigor a partir da data de seu registro em Cartório. Art. 34 Os casos omissos serão resolvidos pela Diretoria e referendados pela Assembléia Geral.
(Continuação do estatuto da Associação Projeto Moradia para regularização fundiária da comunidade do Paraisópolis) Rodrigo Ribeiro de Souza Edmundo Rodrigues Lima OAB/SP: 217773 R.G. 15670774 3 Representante Legal Testemunhas: João Marcelo Sarkis Luísa Gomes Martins R.G. 34.740.775 4 R.G. 29.259.718 6