UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS MESTRADO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS FERNANDA CRISTINA MACEDO RONDON

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1 UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS MESTRADO EM CIÊNCIAS VETERINÁRIAS FERNANDA CRISTINA MACEDO RONDON ESTUDO TRANSVERSAL DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA NA CIDADE DE FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL. FORTALEZA/CE 2007

2 ii 2 FERNANDA CRISTINA MACEDO RONDON ESTUDO TRANSVERSAL DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA NA CIDADE DE FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL. Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Ciências Veterinárias do Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias da Universidade Estadual do Ceará, como requisito parcial para obtenção do grau de mestre em Ciências Veterinárias. Área de Concentração: Sanidade e Reprodução em carnívoros, onívoros e aves. Linha de pesquisa: Sanidade em carnívoros Orientadora: Profª. Drª. Claudia Maria Leal Bevilaqua FORTALEZA/CE 2007

3 3 ii R671e Rondon, Fernanda Cristina Macedo. Estudo Transversal da Leishmaniose Visceral Canina na Cidade de Fortaleza, Ceará, Brasil / Fernanda Cristina Macedo Rondon. Fortaleza, p. Orientadora: Profª. Drª. Claudia Maria Leal Bevilaqua Dissertação (Mestrado em Ciências Veterinárias) Universidade Estadual do Ceará, Faculdade de Veterinária. 1. Fatores de risco. 2. Leishmaniose Visceral. 3. Cão. 4. Ceará. 5. Soroprevalência. I. Universidade Estadual do Ceará, Faculdade de Veterinária. CDD:

4 4 ii iii FERNANDA CRISTINA MACEDO RONDON ESTUDO TRANSVERSAL DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA NA CIDADE DE FORTALEZA, CEARÁ, BRASIL. Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em Ciências Veterinárias do Programa de Pós-graduação em Ciências Veterinárias da Universidade Estadual do Ceará, como requisito parcial para obtenção do grau de mestre em Ciências Veterinárias. Defesa em: 27 de Julho de Conceito obtido: Satisfatório Nota: 9,0 BANCA EXAMINADORA Profª. Drª. Claudia Maria Leal Bevilaqua Orientadora e Pesquisadora da UECE Profª. Drª. Lucilene Simões-Mattos Examinadora Pesquisadora da UFRPE/Unidade de Garanhuns Prof. Dr. Carlos Roberto Franke Examinador e Co-orientador Pesquisador da UFBA FORTALEZA/CE 2007

5 iv 5 AGRADECIMENTOS Primeiramente agradeço a Deus por tudo que aconteceu comigo até o momento. Aos meus pais por todo aprendizado e como me criaram. Em especial à professora Drª Claudia Maria Leal Bevilaqua por toda orientação, conversas e amizade construídas durante este período. Ao Professor Dr. Carlos Roberto Franke e todos os integrantes do Laboratório de Infectologia Veterinária da Universidade Federal da Bahia por todo o apoio, acolhimento e aprendizado da técnica de ELISA. Aos mestrandos e doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias da Universidade Estadual do Ceará pela companhia e companheirismo durante o curso. Aos funcionários Adriana, Cristina e Fred da Secretaria do Programa Pós- Graduação em Ciências Veterinárias da Universidade Estadual do Ceará por toda a ajuda fornecida durante o curso. À funcionária Ana Néri, bibliotecária da Universidade Estadual do Ceará pela ficha catalográfica da dissertação. Aos alunos de iniciação científica Renata Barros e Fabrício Oliveira do Laboratório de Doenças Parasitárias da Universidade Estadual do Ceará por toda a ajuda dada durante o experimento do Mestrado. Aos alunos graduandos de Medicina veterinária ao apoio durante a coleta de sangue dos animais. Aos funcionários do CCZ de Fortaleza fornecendo apoio integral durante a coleta de sangue dos animais. A Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico Tecnológico (FUNCAP) pelo apoio financeiro durante todo o curso. Sou eternamente grata a todas as pessoas que mesmo em sua mais breve passagem ou curta convivência me ofereceram contribuição, de qualquer natureza, para a realização deste trabalho. Especialmente ao cão que é o mais altruísta dos amigos que o homem pode ter neste mundo egoísta, pois é aquele que nunca o abandona e nunca mostra ingratidão ou deslealdade.

6 6 v Feliz aquele que ensina o que sabe e aprende o que ensina (Cora Coralina)

7 vi 7 RESUMO A leishmaniose visceral canina (LVC) das Américas é foco de estudo, pois é a principal causa do aparecimento da leishmaniose visceral humana. Desta forma, objetivou-se ampliar os conhecimentos da LVC na cidade de Fortaleza, identificando os fatores de risco inerentes ao cão susceptível à infecção. Foram analisadas duas populações, cães domiciliados oriundos da Unidade Hospitalar Veterinária da Universidade Estadual do Ceará e animais de rua capturados pelo Centro de Controle de Zoonoses. Amostras de sangue foram coletadas e após centrifugação foram estocadas a -20º C. O ELISA, com antígenos brutos solúveis L. chagasi (LTCC WDCM731) foi usado para diagnóstico. Foram obtidas amostras, sendo 750 de cães domiciliados e 631 de animais irrestritos. A prevalência da LV canina nos cães domiciliados foi de 26,2% (197/750) e nos cães irrestritos foi de 21,4% (135/631). A prevalência nas secretarias executivas regionais de Fortaleza demonstrou que a regional V foi a mais prevalente com 31,4% dos casos nos cães irrestritos e os de grande porte foram mais prevalentes (27,7%). A LV foi mais prevalente nas SER V (38,5%) e VI (37,6%) entre os cães domiciliados. A faixa etária de 1 a 6 anos, porte grande, ambiente com vegetação densa e sintomatologia compatível com LV estão associados com LVC em cães domiciliados. A freqüência pluviométrica mensal associada à prevalência da LVC nos domiciliados demonstrou uma possível distribuição sazonal da LVC na cidade de Fortaleza. Esses resultados demonstraram o perfil do cão suscetível à infecção por Leishmania chagasi na cidade de fortaleza, Ceará, Brasil. Palavras chave: Leishmaniose visceral; fatores de risco; cão; Ceará; Nordeste brasileiro.

8 vii 8 ABSTRACT The visceral canine leishmaniasis of America is focus of many studies since the decade of 50, is the main cause of visceral leishmaniasis human the appearance. The aim was to extend the knowledge of the visceral canine leishmaniasis in the city of Fortaleza and to identify the risk factors inherent to dog susceptibility to the infection. Two populations had been analyzed, domiciliated dogs deriving from clinics and the UHV of the UECE and mongrels captured by the CCZ. Samples of blood had been collected and after centrifugalization stored at -20º C. ELISA, with soluble brute antigens L. chagasi (LTCC - WDCM731) was used for diagnosis. 1,381 samples, being 750 of domiciliated dogs and 631 of mongrels animals had been collected. The prevalence of the visceral canine leishmaniasis was of 26.2% (197/750) in domiciliated dogs and 21.4% (135/631) in mongrels dog. The prevalence in the regional executive secretariats of Fortaleza demonstrated that the regional V was the most prevalent with 31.4% cases in the street dogs and animals of great size had been more prevalent (27.7%). The LV was more prevalent in SER V (38.5%) and VI (37.6%) amongst domiciliated dogs. The age of 1 to 6 years, size great, surrounding band with dense vegetation and compatible sintomatology with LV are associates with the illness in domiciliated dogs. The frequency of the illness presented sazonal variation, being the prevalence greater on July and December. This finds suggests a desription the dog susceptibility of Leishmania chagasi in Fortaleza city, state of Ceara, Brazil. Key words: visceral leishmaniasis; risk factors; dog; Ceara; Northeast Brazil

9 9 viii LISTA DE FIGURAS DISSERTAÇÃO Página Figura 1: Formas promastigotas de Leishmania spp em meio de cultivo. 15 Fonte: FIOCRUZ. Figura 2: Vetor Lutzomyia longipalpis realizando repasto sanguíneo sobre a pele humana. Fonte: FIOCRUZ 17 Figura 3: Ciclo de vida da Leishmania sp. causadora da leishmaniose visceral ciclo doméstico e silvestre. Fonte: STRAUSS-AYALI & BANETH, Figura 4: Distribuição da leishmaniose visceral. Fonte: OMS/WHO 23 ARTIGO 30 Figura 1: Mapa do Brasil com destaque para o Estado do Ceará e ampliação da cidade de Fortaleza subdividida em seis Secretarias 33 Executivas Regionais (SER). Figura 2: Distribuição da prevalência da leishmaniose visceral dos cães domiciliados e de rua nas seis Secretarias Executivas Regionais (SER) 36 da cidade de Fortaleza. Figura 3: Distribuição dos sintomas clínicos observados nos cães irrestritos e domiciliados positivos para leishmaniose visceral na cidade 39 de Fortaleza. Figura 4: Distribuição por raça dos cães domiciliados positivos para 41 leishmaniose visceral na cidade de Fortaleza, Ceará, Brasil. Figura 5: Distribuição da freqüência mensal da LV em cães da cidade de Fortaleza, Ceará, Brasil e o índice pluviométrico. 41

10 10 ix LISTA DE TABELAS Página Tabela 1. Prevalência da leishmaniose visceral em cães irrestritos e domiciliados associada ao fator sexo. 37 Tabela 2: Associação entre porte dos cães e suscetibilidade a infecção por Leishmania chagasi. Tabela 3: Prevalência da leishmaniose visceral em cães irrestritos e domiciliados e associação a presença e/ou ausência dos sintomas clínicos sugestivos da doença Tabela 4: Distribuição dos cães de rua e domiciliados positivos para leishmaniose visceral canina e associação a coloração e altura da pelagem. Tabela 5. Associação entre os fatores de risco raça, idade, função do animal, característica do peridomicílio e cães domiciliados soropositivos para L. chagasi em Fortaleza, Ceará, Brasil

11 11 x LISTA DE ABREVIATURAS/SIGLAS CCZ Centro de Controle de Zoonoses DAT Teste de Aglutinação Direta DDT Diclorodifeniltricloroetano DNA Ácido Desoxirribonucléico ELISA Ensaio de adsorbância imunoenzimático FAVET Faculdade de Veterinária FML Fucose Manose Ligante FUNASA Fundação Nacional de Saúde FUNCAP Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico Tecnológico FUNCEME Fundação Cearense Meteorológica de Recursos Hídricos IC Intervalo de Confiança LIVE Laboratório de Infectologia Veterinária LTCC Leishmania Typing Culture Collection LV Leishmaniose Visceral OPD Ortofenilenodiamino OMS/WHO Organização Mundial de Saúde/World Health Organization PPGCV Programa de Pós-Graduação em Ciências Veterinárias RIFI Reação de Imunofluorescência Indireta SER Secretarias Executivas Regionais SRD Cães Sem Raça Definida SUCAM Superintendência de Campanhas de Saúde Pública Th1 célula T helper/auxiliar do tipo 1 UHV Unidade Hospitalar Veterinária UECE Universidade Estadual do Ceará UFBA Universidade Federal da Bahia

12 12 xi SUMÁRIO Lista de figuras Lista de tabelas Lista de abreviaturas/siglas PÁGS vi vii viii Resumo x Abstract xi 1.0 Introdução Revisão de Literatura Histórico Agente Etiológico e taxonomia Vetor Reservatórios Ciclo Biológico Sintomatologia Diagnóstico Distribuição Geográfica Fatores de Risco Controle Justificativa Objetivos Capítulo Artigo Científico Cross-sectional study of canine visceral leishmaniasis in Fortaleza city, Ceara State, Brazil 6.0 Conclusão 7.0 Perspectivas 8.0 Referências Bibliográficas 9.0 Anexos

13 13 1. INTRODUÇÃO O agente etiológico da leishmaniose visceral é Leishmania chagasi (sinonímia Leishmania infantum) e esta doença tem grande importância na saúde pública de 88 países. No mundo, são registrados anualmente mais de 12 milhões de casos positivos e 500 mil novos casos desta doença. Porém, esta enfermidade é de notificação compulsória em apenas 33 países. Brasil, Índia, Bangladesh, Sudão e Nepal respondem por cerca de 90% dos casos registrados de LV e as características das áreas mais prevalentes são pobreza e desnutrição. No Brasil, a região com maior prevalência é a Nordeste responsável por 65% dos casos positivos (DESJEUX, 2004). O estado do Ceará registrou em ,8% de casos de LV humana e atualmente foram 29,3% e o coeficiente de letalidade da doença é de 4,7%. As cidades mais prevalentes para LV humana no Estado do Ceará são Fortaleza, Sobral e Juazeiro (SESA, 2007). A ampla distribuição geográfica da LV deve-se a urbanização desordenada, migração humana constante, desmatamento acentuado, adaptação do vetor (Lutzomyia longipalpis) a novos ecótopos e a presença do cão (Canis familiaris), reservatório da LV no ambiente doméstico (DESJEUX, 2001; ALVES & BEVILACQUA, 2004; LAINSON & RANGEL, 2005). As medidas de controle utilizadas atualmente pelos órgãos de saúde baseiam-se nas indicadas pela Organização Mundial de Saúde que são: diagnóstico e tratamento dos casos humanos, borrifação com inseticida contra o vetor e diagnóstico e eliminação dos cães positivos. Estas medidas começaram a ser aplicadas no Brasil, a partir da década de 60, pela SUCAM (ALENCAR, 1961) e posteriormente pela FUNASA. Contudo, os resultados têm sido insuficientes, pois a incidência da LV continua alta, fato esse observado em diversas localidades brasileiras como: Ceará (ALENCAR & CUNHA, 1963; ALVES et al., 1998; SESA 2007), Maranhão (COSTA et al., 1995), Recife (ALMEIDA et al., 2005; DANTAS-TORRES et al., 2006), São Paulo (IVERSON et al., 1979) Rio de Janeiro (MARZOCHI et al., 1985; CABRERA, 1999), Minas Gerais (FRANÇA-SILVA et al., 2003; FRANÇA-SILVA et al., 2005) e Bahia (BARBOZA et al., 2006) e em outros países como: Venezuela, Bolívia, Colômbia, Peru, Equador, (AGUILLAR et al., 1998; DAVIES et al., 2000), Guatemala (RYAN et al., 2003), Turquia (DEPLAZES et al., 1998) Sudão (EL-SAFIF et al., 2002; DEREURE et al.,

14 ), Somália (MARLET et al., 2003), Espanha (FISA et al., 1999), Irã (MOHEBALI et al., 2005); Grécia (PAPADOPOULOU et al., 2005), Itália (GRAMICCIA & GRADONI, 2005) e Portugal (CARDOSO et al., 2004). Todos estes estudos demonstram que apesar das diferenças das áreas geográficas e climáticas e dos vetores e agentes etiológicos a leishmaniose visceral encontra-se disseminada. O motivo do aumento da incidência desta doença originou diversos estudos em que um dos objetivos foi identificar e analisar os fatores de risco inerentes ao homem, ambiente e cão associados à presença da doença, porém os resultados obtidos foram bastante controversos (CALDAS et al., 2002; FRANÇA-SILVA et al., 2003; MOREIRA JR et al., 2004; BARBOZA et al., 2006). Desta forma, é imprescindível a realização de pesquisas sobre a epidemiologia da leishmaniose visceral humana e canina, para ampliar o conhecimento de sua história natural focando seu principal reservatório doméstico, o cão, a fim de maximizar a eficácia das medidas de controle desta enfermidade. 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. Histórico Em meados de 1900 a 1903, Leishman e Donovan descobriram em esfregaço sanguíneo corado com Giemsa um parasito ovalado em macrófagos do baço de pacientes da Índia. Em 1903, Wright descreveu o primeiro caso de infecção por Leishmania tropica. No ano seguinte, Rogers obteve as formas promastigotas de leishmania pela primeira vez através do cultivo de células do baço de paciente com Leishmaniose visceral. Em 1905, Presat sugere que os vetores responsáveis pela transmissão da doença no Oriente seriam dípteros do gênero Phlebotomus (CABRERA, 1999). Em 1908, Nicolle e Comte diagnosticaram, pela primeira vez, um cão infectado por leishmania na Tunísia (MARZOCHI & MARZOCHI, 1994, ASHFORD et al., 1998). A partir destas descobertas a expansão no conhecimento da leishmaniose visceral e seus reservatórios têm auxiliado no entendimento desta infecção, proporcionando melhores alternativas de controle. O primeiro caso no Brasil foi descrito

15 15 por Migone em 1913, em um imigrante italiano que viveu em Santos, viajou para Mato Grosso, adoeceu, porém a doença foi diagnosticada no Paraguai (ALENCAR, 1977). Em 1934 Penna, iniciaram os estudos sobre a distribuição geográfica da LV nas Américas, comprovando parasitologicamente, 41 casos de LV dentre as viscerotomias diagnosticadas para febre amarela provenientes de vários estados do Brasil. No ano de 1954, Deane e Mangabeira, incriminaram o flebótomo Lutzomyia longipalpis como vetor da transmissão de L. chagasi e, a partir de 1957, propuseram o uso do DDT no combate ao inseto vetor (CABRERA, 1999). No Ceará, Alencar e Cunha (1963) evidenciaram o papel do DDT na profilaxia da Leishmaniose visceral humana e canina, porém na LV canina o efeito não foi significativo para diminuir a incidência nos animais. Este fato sugeriu a existência de outros fatores que mantinham essa taxa alta, por exemplo, a exposição extra domiciliar que é mais freqüente no cão Agente Etiológico e Taxonomia A Leishmaniose visceral faz parte do Complexo Donovani que abrange todas as espécies das leishmanias ditas viscerotrópicas, são assim denominadas pelo tropismo as vísceras. Os agentes etiológicos da LV são protozoários classificados taxonomicamente pertencentes: Reino Protista (Haekel 1886); Subreino Protozoa (Goldfuss 1817); Filo Sarcomastigophora (Honiberg & Balamuth 1963); Subfilo Mastigophora (Diesing 1866); Classe Zoomastigophora (Calkins 1909); Ordem Kinetoplastida (VickKerman 1976); Subordem Trypanosomatina (Kent 1880); Família Trypanosomatidae (Grobben 1905); Gênero Leishmania (Ross 1903); Subgênero Leishmania (Saf Janova 1982) e Espécies Leishmania donovani (Laveran & Mensil 1903), L. infantum (Nicole 1908) e L. chagasi (Cunha & Chagas 1937) (CABRERA, 1999) (Figura 1).

16 16 Figura 1: Formas promastigotas de Leishmania spp em meio de cultivo. Fonte: FIOCRUZ. Para caracterizar e identificar as espécies de leishmanias utilizam-se critérios fenotípicos e genotípicos, tais como: comportamento no vetor, virulência nos roedores, característica do cultivo in vitro, sorotipagem, teste in vitro de imunidade cruzada, reatividade de isoenzimas, análise de ácidos graxos, com enzima de restrição, ribossomal e de DNA do cinetoplasto, hibridização de ácidos nucléicos e estrutura da membrana celular (GRIMALDI JR. & TESH, 1993; SILVA et al., 2001). Outras formas são: distribuição geográfica e tipo de hospedeiro acometido (MARZOCHI & MARZOCHI 1994). A partir destes critérios temos: Leishmania donovani, parasito originalmente descrito que é responsável pela forma visceral clássica (antroponose) e pela leishmaniose dérmica pós-calazar na Ásia; Leishmania infantum é responsável pela LV em seres humanos e animais e é amplamente distribuída no Velho Mundo: Ásia, Europa e África; Leishmania chagasi é a responsável pela LV em seres humanos e cães nas Américas (LAINSON & SHAW 1987; MARZOCHI & MARZOCHI 1994; QUINNELL et al., 2001). As espécies L. chagasi e L. infantum demonstraram desenvolver a mesma sintomatologia clínica nos seus hospedeiros, apesar de possuírem localização geográfica diferente. Desta maneira, recentes estudos analisando comparativamente estas duas espécies obtiveram os seguintes resultados: os métodos enzimáticos e genéticos demonstraram que L. chagasi é sinonímia de L. infantum (GRIMALDI JR & TESH, 1993). Apesar de Shaw (1994) e Lainsow & Shaw (1998) considerarem essas duas espécies distintas devido a diferenças mínimas no fenótipo e genótipo (proteínas de

17 17 superfície para anticorpos monoclonais, tipo de kdna). Porém, um estudo com os métodos de Amplificação Randomizado do DNA Polimórfico utilizando a proteína de superfície gp63 e a hibridização da ponta Lmet9 do DNA demonstraram que as duas espécies não são distintas, portanto seria uma única espécie L. infantum (MAURICIO et al., 2000) Vetor Os vetores de LV são da ordem Díptera, família Psychodidae e gênero Phlebotomus no Velho Mundo e Lutzomyia no Novo Mundo com cerca de 30 espécies responsáveis pela transmissão da LV no mundo (DESJEUX, 1996; STRAUSS-AYALI & BANETH, 2000). Nas Américas, a principal espécie de flebotomíneo envolvida com a transmissão da LV é Lutzomyia longipalpis em praticamente todas as áreas de sua ocorrência (LAISON & SHAW 1987; ISHKAWA et al., 2002; CALDAS et al., 2002; FRANÇA- SILVA, et al., 2005; BALBINO et al., 2006), embora, na Colômbia e na Venezuela, ao lado desta espécie, tenha sido descrita a participação de Lutzomyia evansi (TRAVI et al. 1990, FELICIANGELI et al.,1991) e, no estado de Mato Grosso do Sul, a transmissão também está a cargo de Lutzomyia cruzi onde não foi constatada a presença de Lu. longipalpis (GALATI, et al., 1997; SANTOS-GOMES et al. 2000). Os insetos desta família Psychodidae são pequenos e têm como características: a coloração amarelada ou de cor palha e, em posição de repouso, suas asas permanecem eretas e semi-abertas. Por essas características, são também conhecidos como mosquitopalha, asa-dura, birigui, cangalhinha (Figura 2) (WOLFF et al., 2003).

18 18 Figura 2: Vetor Lutzomyia longipalpis realizando repasto sanguíneo sobre a pele humana. Fonte: FIOCRUZ O ciclo biológico do vetor se processa no ambiente terrestre e passa por quatro fases: ovo, larva, pupa e adulto; desenvolve-se em locais úmidos, sombreados e ricos em matéria orgânica. O desenvolvimento do ovo à fase adulta ocorre em cerca de 30 dias. As formas aladas abrigam-se nos mesmos locais dos criadouros e em anexos peridomiciliares, principalmente em abrigos de animais domésticos. Somente as fêmeas são hematófagas obrigatórias, pois necessitam de sangue para o desenvolvimento dos ovos e sugam uma ampla gama de animais vertebrados de sangue quente (MORRISON et al. 1993). Na zona urbana de Araçatuba, estado de São Paulo, entre os animais vertebrados, o cão parece ser a principal fonte de alimentação (CAMARGO-NEVES et al. 2001, CAMARGO-NEVES et al., 2002), porém diversos estudos demonstraram que a existência de outros animais como: cavalo, galinhas, roedores e o homem também favorecem a cadeia de transmissão da LV (MORENO et al., 2002; DIAS et al., 2003). A atividade hematofágica é predominantemente noturna e inicia-se cerca de 1 hora após o crepúsculo (CAMARGO-NEVES et al., 2002). Estes vetores são encontrados no peridomicílio, em maior densidade nos galinheiros, chiqueiro, canil, paiol, locais estes mais importantes para criação e abrigo de Lu. longipalpis em áreas urbanizadas e intradomicílio (GALATI et al., 1997; LAINSON & RANGEL, 2005). Sherlock (1996) relatou que existem flutuações na densidade de Lu. longipalpis e uma explicação para o aumento da população flebotomínica é a associação observada

19 19 entre o aumento da umidade relativa do ar e a precipitação pluviométrica (MORRISON et al., 1995 e FERRO et al., 1995). Um estudo realizado na ilha de São Luís, no estado do Maranhão demonstrou que a Lu. longipalpis teve uma rápida adaptação ao peridomicílio nas áreas rurais e, até mesmo, nos bairros periféricos dos grandes centros urbanos maranhenses, em virtude, da modificação progressiva da vegetação primitiva da Ilha, ao longo dos últimos vinte anos. Outro fato observado neste estudo foi que o início da atividade hematofágica do vetor é na primeira hora da noite (19h) e a maior densidade populacional é no peridomicílio, ficando os animais domésticos mais expostos às suas investidas. Por outro lado, as habitações humanas dessas áreas, apresentam uma baixa qualidade não oferecem uma proteção eficiente, pois os flebótomos são encontrados no intradomicílio a noite toda, em qualquer época do ano. Porém, em menor freqüência se comparado ao peridomicílio e os ataques mais intensos dentro dessas casas coincidem com os horários (20h às 24h) em que as pessoas estão repousando em seus aposentos, além disso, as maiores populações do vetor foram observadas nos meses de janeiro e abril, no período chuvoso, e em julho e novembro, no período seco (REBÊLO, 2001). Em São Paulo foi realizado um estudo sobre o comportamento do vetor da LV que demonstrou maior presença da Lu. longipalpis no peridomicílio entre 20:00 e 21:00 horas, no período onde as temperaturas médias estão entre 20 a 29ºC e a umidade relativa do ar inferior a 80% (CAMARGO-NEVES 2002) Reservatórios Os reservatórios do parasito são mamíferos, principalmente canídeos, sendo os mais importantes: a raposa, no ciclo silvestre e rural e o cão, no ciclo rural e, particularmente, nas áreas urbanas (ASHFORD, 1996). O papel do cão como reservatório de Leishmania foi tratado pela primeira vez por Nicolle, em 1908, na Tunísia, quando experimentalmente foi comprovada a infecção deste animal. Décadas após, no Brasil foi estabelecido o papel do cão como reservatório da LV (DEANE & DEANE, 1955). A seguir o cão doméstico tem sido descrito como o principal reservatório de Leishmania spp. no Brasil, Américas, Mediterrâneo, África,

20 20 nos ambientes rural e urbano (DAVIES et al., 2000; FRANÇA-SILVA et al., 2003; MARLET et al., 2003; CARDOSO et al., 2004). Entre os canídeos silvestres, reservatórios de L. chagasi, destacam-se nos ciclos silvestre e rural, a raposa Cerdocyon thous, no Ceará (DEANE & DEANE 1955, ALENCAR 1961) e Pará (LAINSON & RANGEL, 2005). Os gambás Didelphis albiventris e Didelphis marsupialis também têm sido apontados como reservatórios do parasito na Bahia, (SHERLOCK et al. 1984) e na Colômbia, respectivamente (TRAVI et al. 1994). Recentes estudos identificaram o gato (Felis catus) e o eqüino domésticos (Equus sp) como possíveis reservatórios da LV. Um estudo realizado na Itália sobre LV felina demonstrou a possibilidade do gato ser um reservatório da doença a partir de um xenodiagnóstico positivo (GRAMICCIA & GRADONI, 2005). Ao longo dos anos, diversos casos de leishmaniose felina com manifestação cutânea e visceral têm sido relatados em todo o mundo. Embora, o real papel dos gatos na infecção com Leishmania spp. e na epidemiologia da doença ainda é desconhecido. Desta maneira, estudos de infecção experimental utilizando os gatos como modelos experimentais surgiram e estão contribuindo para o entendimento epidemiológico da leishmaniose felina (PASSOS et al., 1996; SIMÕES-MATTOS, et al., 2005). Em meados de 1980 relataram a infecção por LV em eqüideos domésticos na América Latina e Europa pelas formas cutâneas e viscerais de Leishmania spp, porém o status imunológico e clínico destes animais demonstra ser do tipo resistente, por isso são considerados hospedeiros acidentais das leishmanioses (GRAMICCIA & GRADONI, 2005) Ciclo Biológico O ciclo biológico de L. chagasi é do tipo heteroxênico, envolvendo como transmissor as fêmeas de Lu longipalpis, e os vertebrados que funcionam como hospedeiros e reservatórios (GOMES et al., 1995) (Figura 3). A infecção do vetor ocorre pela ingestão, durante o repasto sanguíneo, de formas amastigotas de Leishmania spp existentes no interior dos macrófagos, células do Sistema Fagocitário Mononuclear, presentes na pele do hospedeiro infectado. Na porção média do tubo digestivo do inseto, as amastigotas transformam-se em promastigotas, e estas se multiplicam até originarem as promastigotas metacíclicas infectantes, esta fase dura de 3 a 4 dias.

21 21 Consequentemente, através de um novo repasto sanguíneo, as fêmeas dípteras, inoculam as formas promastigotas metacíclicas infectantes em um novo hospedeiro e ao serem fagocitadas pelos macrófagos, retornam à forma amastigota, multiplicam-se até rompêlos, sendo então, fagocitadas por novos macrófagos. Desta forma, ocorre a disseminação hematogênica para os tecidos ricos em células do SFM, como, linfonodos, fígado, baço e medula óssea (LAINSON & SHAW 1987). Ciclo de Vida da Leishmania spp. agente etiológico da leishmaniose visceral Vetores flebotomíneos Reservatório do ciclo doméstico/rural Reservatório do ciclo silvestre/rural Hospedeiros humanos Figura 3: Ciclo de vida da Leishmania sp. agente etiológico da leishmaniose visceral ciclo doméstico e silvestre. Fonte: STRAUSS-AYALI & BANETH, No Brasil, a forma de transmissão se dá pela picada dos vetores Lu. longipalpis, porém alguns autores admitem a hipótese da transmissão entre a população canina pela ingestão de carrapatos, Rhipicephalus sanguineus Latreille, 1806 infectados e mesmo pela mordedura, cópula, ingestão de vísceras contaminadas. Porém, não existem evidências sobre a importância epidemiológica destes mecanismos de transmissão para humanos ou na manutenção da enfermidade. Até o momento, não foi comprovada a transmissão direta de animal para animal, de animal para pessoa ou de pessoa para pessoa (DEANE & DEANE 1955; COUTINHO et al., 2005).

22 Sintomatologia Os sintomas da LV no homem podem ter agravamento progressivo ou brusco, os mais comuns são: anemia, febre baixa, diarréia, prisão de ventre, edemas dos membros inferiores, prostração, hepatoesplenomegalia, emagrecimento, vômito, mal-estar, sonolência, tosse seca, palidez, queda de cabelos, hemorragias. Nos cães Barrouim- Melo et al. (2006) relataram que os resultados positivos no teste sorológico anti- Leishmania estavam associados à esplenomegalia, lesões na pele e problemas oftálmicos. Enquanto Almeida et al. (2005) notaram que 80% dos cães positivos apresentavam emaciação e úlceras na pele, seguido de onicogrifose e conjuntivite (73%), e os sinais clínicos menos freqüentes foram linfoadenopatia e esplenomegalia. A sintomatologia mais registrada é a tríade: febre, anemia e hepatoesplenomegalia, porém o quadro inicial da doença pode seguir dois cursos: o da regressão espontânea e o da progressão da doença. O período de incubação da doença é bastante variável tanto em seres humanos como em cães. No homem este período pode variar de 10 dias a 24 meses, sendo em média de 2 a 4 meses e nos cães, de 3 meses a 7 meses. O período de transmissibilidade ocorre enquanto persistir o parasitismo na pele ou no sangue dos animais infectados. Vale salientar, que a infectividade de cães para os flebotomíneos persiste mesmo após o restabelecimento clínico desses animais (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005). A forma oligossintomática ou subclínica é de difícil diagnóstico devido à sintomatologia ser inespecífica, com sensível alteração hematológica e reação imunológica (MORENO et al., 2002). A sintomatologia clínica da LV no cão é classificada por três formas: grave, oligossintomática e assintomática. Nas formas grave e oligossintomática os sintomas clínicos são similares à LV humana, exceto onicogrifose e alopecia (ALMEIDA et al., 2005). Todavia, a forma assintomática é a de maior importância para a saúde pública, pois pode manter ativo o ciclo de transmissão da doença humana (DANTAS-TORRES et al., 2006). Vale salientar, que em infecções experimentais e naturais a sintomatologia da LV canina depende da concentração de formas de leishmania, do local de inoculação e do estágio do parasito (MORENO & ALVAR, 2002) e do status imunológico do hospedeiro infectado (QUINNELL et al., 2001).

23 Diagnóstico Diferentes técnicas podem ser utilizadas para o diagnóstico de leishmaniose visceral humana e canina. Muitos avanços têm ocorrido nos últimos anos, mas a despeito do grande número de testes disponíveis para o diagnóstico da LV, nenhum apresenta 100% de sensibilidade e especificidade (GONTIJO & MELO, 2004). O diagnóstico clínico tanto na LV humana quanto na canina é insuficiente devido à diversidade dos sintomas clínicos da doença em ambas as espécies, pois nenhum sinal é tido patognomônico da LV quando encontrado individualmente em um mesmo hospedeiro, porque podem ser compatíveis com outras enfermidades. Desta forma, o diagnóstico definitivo requer uma associação entre os parâmetros clínicos, epidemiológicos, parasitológicos e sorológicos (PALATINIK-SOUZA et al., 2001) e realização de diagnósticos diferenciais, quando possível. O diagnóstico parasitológico é a demonstração do parasito e pode ser feito em material de biópsia ou punção aspirativa do baço, fígado, medula óssea ou linfonodos. O material obtido é utilizado para esfregaço ou impressão em lâminas, histologia, isolamento em meios de cultura ou inoculação em animais de laboratório. A especificidade destes métodos é de 100%, mas a sensibilidade é muito variável. As punções esplênicas e de medula óssea são procedimentos invasivos e exigem ambientes apropriados para a coleta, não sendo adequados para estudos epidemiológicos (NEVES et al., 1995; SUNDAR & RAI, 2002). A elevada porcentagem de cães soropositivos assintomáticos (40 a 60%) e a baixa sensibilidade do diagnóstico parasitológico de L. chagasi tornaram o exame sorológico uma ferramenta fundamental nos inquéritos caninos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2003). O diagnóstico imunológico é baseado na detecção de anticorpos anti- Leishmania ou de antígenos e existem diferentes técnicas sorológicas para o diagnóstico da LV humana e canina, porém os testes diferem em sua sensibilidade e especificidade, na sua aplicação prática, nas condições de campo e na disponibilidade de reagentes. Atualmente são usados os testes de aglutinação direta (DAT), a reação de imunofluorescência indireta (IFI) e imunoadsorção enzimática (ELISA), que podem usar tanto antígenos brutos quanto purificados que não apresentam diferenças significativas entre os seus diagnósticos. No Brasil, os testes mais utilizados no

24 24 diagnóstico de LV humana e canina são a RIFI e ELISA, sendo considerados, testes de escolha para inquéritos populacionais. Estudos comparativos com as duas técnicas obtiveram resultados bastante similares (BRAGA et al., 1998), ao passo que o MS (2005) preconiza o ELISA como teste ouro, e o RIFI como uma contraprova, ou seja, quando os resultados obtidos pela técnica padrão são controversos. As dificuldades observadas nos estudos de levantamentos de dados epidemiológicos são devido à variabilidade dos testes imunológicos, à diversidade dos antígenos e às variadas formas de obtenção de ponto de corte (os graus de liberdade dependerá do tipo de amostra: papel filtro ou soro) nos experimentos que diminuem a concordância entre os resultados obtidos com as diferentes técnicas (FREY et al., 1998) Distribuição Geográfica A LV é encontrada nas Américas Central e do Sul, Ásia, África e região do Mediterrâneo (Figura 4). Nas Américas a LV ocorre desde o México até a Argentina sendo descrita em 12 países, sendo Venezuela, Colômbia, Bolívia, Equador, Peru e Brasil os mais prevalentes (AGUILLAR et al., 1998; DAVIES et al., 2000). Figura 4: Distribuição da leishmaniose visceral no Mundo. Fonte: WHO/OMS. No Brasil, a LV foi considerada uma doença esporádica, ocorrendo principalmente em zonas rurais, posteriormente foi caracterizada como de ocorrência endêmica, com surtos epidêmicos esporádicos, em zonas de boqueirão (DEANE, 1956; ALENCAR & CUNHA, 1963). Atualmente, a LV tem sido apontada como

25 25 doença reemergente e são registrados casos humanos positivos em 19 dos 27 estados brasileiros, caracterizando um processo de transição epidemiológica, pois o desmatamento acentuado promoveu a adaptação do vetor ao ambiente urbano, sendo então encontrada um grande número de casos, nas áreas periurbanas e urbanas dos grandes centros (GONTIJO & MELO, 2004; ALVES & BEVILACQUA, 2004). Vale salientar que os fatores comuns encontrados nas áreas endêmicas da Região Nordeste são condições precárias de higiene e saneamento básico, baixa renda e desnutrição da população e esta região federativa é responsável por 92% de casos humanos de LV até meados de 2000, porém em 2003 diminuiu para 65% dos casos positivos de todo o Brasil (MARZOCHI & MARZOCHI, 1994; WHO, 2005). Este decréscimo demonstra uma expansão da área tradicional de ocorrência dessa doença com o aumento de casos positivos em outras áreas como: Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Tocantins (FRANÇA-SILVA et al., 2003; FRANÇA-SILVA et al., 2005). No Ceará, em 2003, foram notificados 167 casos humanos da doença, revelando uma incidência de 2,2 casos por 100 mil habitantes; e letalidade de 12% (SESA, 2007). Os dados quanto a população canina que é de 2 milhões de animais, de acordo com a organização mundial de saúde, 23 mil cães soropositivos são eutanasiados anualmente como medida de controle da LV no território nacional. No Estado do Ceará, Região Nordeste brasileira, foram eutanasiados 501 cães positivos em 2005, 256 animais em 2006 e até junho de 2007, dos 12 mil cães capturados pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), 379 cães soropositivos já haviam sido eutanasiados (SESA, 2007) Fatores de Risco Os principais fatores determinantes dos níveis epidêmicos da LV humana nos grandes centros urbanos são: convívio muito próximo do homem com o reservatório canino, aumento da densidade do vetor, desmatamento acentuado e o constante processo migratório (MARZOCHI et al., 1985). As identificações dos fatores de risco para a infecção humana requerem uma busca ativa de dados, sendo de grande importância a aplicação de questionários que incluam variáveis como idade, sexo, status econômico e outros fatores sociológicos. As principais técnicas para identificar estes fatores quando associados à leishmaniose

26 26 visceral são análises comparativas do tipo estudo de coorte, com atributos definitivos, como animais de diferentes origens, ou ainda estudos de caso controle ou estudos transversais (DAVIES et al., 2000). Porém, ainda são poucos os estudos dos fatores de risco associados com raça, sexo, idade, função e outras características dos cães, e quando existem, seus resultados muitas vezes são conflitantes. Diversos estudos que analisaram o fator sexo ligado à infecção por leishmaniose visceral não demonstraram diferenças estatísticas entre os cães machos e fêmeas (SANCHÉS et al., 1996; PARANHOS-SILVA et al., 1998; MORENO & ALVAR, 2002; FRANÇA-SILVA et al., 2003; CARDOSO et al., 2004, MOREIRA JR et al., 2004; GONTIJO & MELO, 2004, BARBOZA et al., 2006). Entretanto, na Espanha foi encontrada uma maior prevalência de LV em cães machos 11,3% (FISA et al., 1999), Itália 33,9% (ZAFARONNI et al., 1999), Irã 15,2% (MOHEBALI et al., 2005), Croácia 19,3% (ZIVINCJAK et al., 2005) e no Brasil, 61% na Bahia (BARROUIM-MELO et al., 2006) e 51,6% em Pernambuco (DANTAS-TORRES et al., 2006). Quanto à idade, os achados foram bastante diversos, França-Silva et al. (2003) observaram maior prevalência na faixa etária de 6 a 7 anos, Zivincjak et al. (2005) na faixa de 3 a 7 anos, Cardoso et al. (2004) de 9 a 11 anos, Dantas-Torres et al., (2006) encontraram maior prevalência em animais com menos de 1 ano de idade. Outros fatores como, tamanho da pelagem, habitação, presença de outros reservatórios e status imunológico podem estar associados à susceptibilidade para o desenvolvimento da infecção por LV (FISA et al., 1999; PALATNIK-DE-SOUSA et al., 2001; FRANÇA-SILVA et al., 2003; SOLANO- GALLEGO et al., 2004; MOREIRA Jr et al., 2004; LAISON & RANGEL, 2005; SILVA et al., 2005, SIMÕES-MATTOS et al., 2005; DANTAS-TORRES et al., 2006; BARBOZA et al., 2006). Desde a década de 50, existem diversos estudos que caracterizam o tipo de ambiente dos focos endêmicos da Leishmaniose visceral por áreas de boqueirões, que apresentavam alta umidade e temperatura, ambiente característico de regiões tropicais e propícios ao desenvolvimento do vetor dessa doença. Além disso, a existência de árvores frutíferas, assim como de matéria orgânica abundante favorecem o aumento da densidade dos flebotomíneos. Lu. longipalpis é encontrado no intra e peridomicílio, principalmente, próximo a uma fonte de alimento (AMÓRA et al., 2006; LAINSON & RANGEL, 2005).

27 27 Um estudo em Bihar, Índia demonstrou que o tipo de casa, a presença de vegetação no peridomicílio, o estilo de vida habitacional da população, assim como, as condições sócio-econômico-culturais precárias aumentam as chances de infecção da LV humana (SINHA et al., 2006) Controle O Ministério da Saúde do Brasil, desde o início da década de 60, vem desenvolvendo atividades de controle da LV canina, em vários estados da Federação, incluindo o Ceará. Estas medidas são indicadas pela OMS/WHO medidas para diminuir a densidade populacional do vetor, diagnóstico e tratamento dos casos humanos e identificação e eliminação dos cães positivos, (BRAGA et al., 1998; MOREIRA Jr. et al., 2004; OLIVEIRA et al., 2006) e atividades de educação em saúde. Entretanto, essas medidas, muitas vezes realizadas de forma isolada, não apresentaram efetividade na redução da incidência da doença. Esta problemática já havia sido observada nas pesquisas realizadas por Alencar e Cunha (1963) no Ceará, onde medidas isoladas de controle mostraram-se ineficazes. Moreira Jr et al. (2004) demonstraram em estudo de coorte na cidade de Jequié, Bahia, Brasil, que a otimização do programa de remoção de cães infectados através da substituição do RIFI pela técnica de ELISA, redução do intervalo do sorodiagnósico e grande número de animais examinados não reduziram a incidência da LV humana. O insucesso, possivelmente, foi decorrente do uso de um teste sorológico pouco sensível e com baixa especificidade, a substituição dos cães eliminados por filhotes susceptíveis e a provável existência de outros reservatórios mantenedores da infecção da LV humana. Em 2003, o MS promoveu mudanças nesse programa visando melhorar as normas de vigilância e controle da LV e as recomendações passaram a ser específicas para cada situação epidemiológica e de acordo com cada área a ser trabalhada, por isso, os municípios foram classificados conforme a média da incidência dos casos de LV humana dos cinco anos anteriores sendo então assim dispostas: área de transmissão esporádica (< 2,4 casos positivos); área de transmissão moderada (2,4 a 4,4 casos); área de transmissão intensa (>4,4 casos); áreas silenciosas, estes foram incorporados no programa para prevenir o surgimento de casos nestas novas áreas.

28 28 As medidas empregadas: diagnóstico rápido e tratamento dos casos humanos; diagnóstico rápido e eliminação dos cães positivos para LV e monitoramento, levantamento e controle químico do vetor biológico da LV. Atualmente está surgindo novas alternativas no controle e prevenção da LV como o uso de coleiras impregnadas com deltametrina que conseguiram controlar a incidência canina (KILLICK-KENDRICK et al., 1997), assim como, o surgimento da vacina para os cães. Esta vacina tem o antígeno purificado FML (complexo glicoprotéico) da L. donovani e nos cães vacinados promoveu um aumento na resposta imune celular do tipo Th1, ocorrendo a regressão dos sinais clínicos e aparentemente, esta alternativa parece bloquear a transmissão da doença (SARAIVA et al., 2006; DANTAS-TORRES, 2006).

29 29 3. JUSTIFICATIVA As medidas de controle implantadas pelos órgãos de saúde tem sido ineficientes, tanto na eliminação da transmissão como na prevenção de novas epidemias. Um dos motivos é o fato da urbanização ser um fenômeno relativamente novo de tal forma que o conhecimento sobre a epidemiologia da LV nos focos urbanos é insuficiente. Além disso, a migração de grande contingente populacional para centros urbanos cria condições favoráveis para a emergência e reemergência de doenças, entre elas a LV. Associado a estes fatos existe um complexo de fatores, como, mudanças ambientais e climáticas, adaptação do vetor aos ambientes modificados pelo homem e dificuldades de controle da doença em grandes aglomerados urbanos, onde problemas de desnutrição, moradia e saneamento básico insuficientes também estão presentes. Entretanto, o principal problema é no âmbito ético e social, pois a eliminação dos cães, ao contrário do planejado, não tem diminuído a incidência da Leishmaniose visceral humana. Portanto, é necessário maiores estudos quanto aos fatores de risco inerentes ao cão, principal reservatório da LV no ambiente urbano, para maximizar as medidas de controle usadas no momento e elaborar novas alternativas de controle e prevenção da doença.

30 30 4. OBJETIVOS Geral Ampliar os conhecimentos da história natural da leishmaniose visceral canina na cidade de Fortaleza, Ceará, Brasil. Específicos Determinar a prevalência da leishmaniose visceral canina em cães irrestritos/de rua e domiciliados na cidade de Fortaleza, Ceará, Brasil; Identificar e analisar os fatores de risco inerentes aos cães irrestritos associados à leishmaniose visceral (ANEXO 1); o raça; sexo; porte; coloração e altura da pelagem; presença/ausência de sintomas clínicos; Secretaria Executiva Regional de origem. Identificar e analisar os fatores de risco inerentes aos cães domiciliados associados à leishmaniose visceral (ANEXO 2); o raça; sexo; idade; porte; coloração e altura da pelagem; presença/ausência de sintomas clínicos; Secretaria Executiva Regional de origem; função do animal; característica do peridomicílio.

31 31 5. CAPÍTULO ARTIGO CIENTÍFICO CROSS-SECTIONAL STUDY OF CANINE VISCERAL LEISHMANIASIS IN FORTALEZA CITY, CEARA STATE, BRAZIL RONDON, F. C. M.; BEVILAQUA, C. M. L.; FRANKE, C. R.; BARROS, R. S.; OLIVEIRA, F. R.; ALCÂNTARA, A. C.; DINIZ, A. T. RESUMO A leishmaniose visceral (LV) é a mais importante doença parasitária reemergente no mundo. O cão doméstico é o principal reservatório da doença no ambiente urbano. Este trabalho objetivou ampliar os conhecimentos sobre a leishmaniose visceral canina na cidade de Fortaleza, identificando os possíveis fatores de risco associados à infecção na população canina. Foram analisadas duas populações: cães domiciliados oriundos de principalmente da Unidade Hospitalar de Pequenos Animais da Faculdade de Veterinária da Universidade Estadual do Ceará e cães de rua capturados pelo Centro de Controle de Zoonoses de Fortaleza. Os cães domiciliados foram analisados quanto: a raça, sexo, idade, porte, SER de origem, altura e cor da pelagem, função do animal, presença/ ausência de sintomatologia e caracterização do peridomicílio, e os cães irrestritos/de rua foram observados os mesmos fatores com exceção da idade, função do animal e caracterização do peridomicílio. Foram obtidas amostras de soro, sendo 750 de cães domiciliados e 631 de animais de rua. A sorologia foi realizada pelo ELISA, utilizando antígenos brutos solúveis de Leishmania chagasi (LTCC WDCM731). A soroprevalência de LV na população de cães irrestritos foi de 21,4% (135/631), sendo a Secretaria Executiva Regional (SER) V de Fortaleza a mais atingida com uma soroprevalência de 31,4%. Na população de cães domiciliados a soroprevalência da LV foi de 26,2% e as áreas mais prevalentes foram as SER V (38,5%) e VI (37,6%). A faixa etária de um a seis anos, grande porte, ambiente com vegetação densa e presença de sintomas compatíveis com LV mostraram associação com a sorologia positiva dos cães domiciliados. A freqüência da infecção apresentou

32 32 variação sazonal, sendo o período de julho a dezembro o mais prevalente. Estes resultados confirmam o caráter endêmico da LV na região e apontam algumas variáveis associadas ao incremento do risco de infecção na população canina que poderiam ser úteis na prevenção e controle da LV em Fortaleza. Palavras chave: leishmaniose visceral; fatores de risco; cão; Ceará; Nordeste brasileiro. ABSTRACT The visceral canine leishmaniasis of America is focus of many studies since the decade of 50, is the main cause of human visceral leishmaniasis appearance. The objective of this study is to extend the knowledge of visceral canine leishmaniasis in the city of Fortaleza and to identify the risk factors inherent to dog susceptibility to the infection. Two populations had been analyzed, domiciliated dogs deriving from clinics and the Veterinary Hospital Unit of the University State of Ceara and mongrels captured by the Zoonosis Control Center in Fortaleza. Samples of blood had been collected and after centrifugalization stored at -20ºC. ELISA, with soluble brute antigens L. chagasi (LTCC - WDCM731) was used for diagnosis. 1,381 samples, being 750 of domiciliated dogs and 631 of mongrels had been collected. The prevalence of the visceral canine leishmaniasis was 21.4% (135/631) in mongrels dog and 26.2% (197/750) in domiciliated dogs. The prevalence in the regional executive secretariats (SER) of Fortaleza demonstrated that the SER V was the most prevalent with 31.4% cases in stray dogs and animals of great size had been more prevalent (27.7%). The LV was more prevalent in SER V (38.5%) and VI (37.6%) amongst domiciliated dogs. The age of 1 to 6 years, great size, surrounding band with dense vegetation and compatible sintomatology with LV were associated with the illness in domiciliated dogs. The frequency of the illness presented sazonal variation, being the prevalence greater on July and December. This finds confirmed the area endemic for LVC and suggest the monitoring this areas with population dog control more efficient. Key words: visceral leishmaniasis; risk factors; dog; Ceara; Northeast Brazil

33 33 INTRODUÇÃO A leishmaniose visceral (LV) causada por Leishmania chagasi (= Leishmania infantum) é uma doença crônica de grande importância na saúde pública. O principal vetor no Brasil é o díptero Lutzomyia longipalpis e o principal reservatório no ambiente doméstico o cão (Canis familiaris) que contribui para a manutenção da doença na população humana (França-Silva et al., 2005). A LV é endêmica no Brasil com exceção da região Sul do país. O Nordeste brasileiro representa 65% dos casos humanos de LV registrados no país. Como medida de controle da LV, cerca de 23 mil cães soropositivos são eutanasiados anualmente no território nacional. No Estado do Ceará, região Nordeste do Brasil, foram eutanasiados 501 cães em 2005, em 2006 foram 256 e até junho de 2007, dos 12 mil cães capturados pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), 379 cães soropositivos já haviam sido eutanasiados (Sesa, 2007). A constante degradação do meio ambiente e a migração desordenada das populações têm sido incriminadas no processo de urbanização da leishmaniose visceral e o conseqüente aumento do número de casos humanos e caninos em cidades de médio e grande porte (França-Silva et al., 2005; Dantas-Torres et al., 2006). Fato observado, também, na cidade de Fortaleza onde a doença é mais prevalente não possui manejo ambiental adequado como: manutenção da limpeza de quintais e dos locais de criação de animais que poderiam reduzir os criatórios do vetor (Sesa, 2007). A eutanásia em massa de cães soropositivos para LV, como medida de controle sugerida pela OMS, não tem contribuído para a redução da incidência da doença em humanos (Reithinger & Davies, 2002; Moreira Jr et al., 2004). No Estado da Bahia, também situado no Nordeste brasileiro demonstrou-se que nem todos os cães domiciliados infectados são detectados e eutanasiados nos inquéritos sorológicos e que a permanência destes animais na área possibilita a reintrodução da LV na população canina devido ao trânsito livre desses animais pela vizinhança (Paranhos-Silva et al., 1998). A busca por variáveis potencialmente envolvidas na epidemiologia da LV canina tem sido pouco frutífera. Fatores como idade, sexo, raça e pelagem apresentam resultados variados quanto suas contribuições no incremento do risco de infecção dos

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