Cartilha LAMMA do produtor rural : avaliação de perdas na colheita de amendoim / LAMMA Hornbook of the farmer...
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- Matheus Belo Padilha
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1 See discussions, stats, and author profiles for this publication at: Cartilha LAMMA do produtor rural : avaliação de perdas na colheita de amendoim / LAMMA Hornbook of the farmer... Book May 2013 CITATIONS 0 READS 14 6 authors, including: Rouverson Pereira da Silva São Paulo State University 197 PUBLICATIONS 452 CITATIONS Cristiano Zerbato São Paulo State University 32 PUBLICATIONS 17 CITATIONS SEE PROFILE SEE PROFILE Denise Mahl Universidade Estadual de Maringá 11 PUBLICATIONS 66 CITATIONS Marcelo Tufaile Cassia São Paulo State University 32 PUBLICATIONS 46 CITATIONS SEE PROFILE SEE PROFILE Some of the authors of this publication are also working on these related projects: Technological innovations for precision coffee cultivation View project EXTENDERS USE FLEXIBLE IN SEED DROPPING IN CROP COFFEE AT FIRST HARVEST USO DE EXTENSORES FLEXÍVEIS NA DERRIÇA EM LAVOURAS DE CAFÉ DE PRIMEIRA SAFRA View project All content following this page was uploaded by Rouverson Pereira da Silva on 17 July The user has requested enhancement of the downloaded file.
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3 Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Pró-reitoria de Extensão Universitária Laboratório de Máquinas e Mecanização Agrícola Universidade Estadual de Maringá Câmpus do Arenito Exemplares desta publicação podem ser solicitados junto ao LAMMA Laboratório de Máquinas e Mecanização Agrícola (Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n Jaboticabal, SP. Telefone: (16) ). As informações contidas neste documento somente poderão ser reproduzidas mediante citação da fonte. 3
4 Avaliação de perdas na colheita de amendoim Rouverson Pereira da Silva Cristiano Zerbato Rafael Scabello Bertonha Denise Mahl Marcelo Tufaile Cassia Augusto Segatto Strini Paixão 1ª Edição Jaboticabal SP Associação Brasileira de Engenharia Agrícola 2013
5 ISBN: C327 Cartilha LAMMA do produtor rural : avaliação de perdas na colheita de amendoim / Rouverson Pereira da Silva... [et al.]. -- Jaboticabal : Sbea, p. : il. Inclui bibliografia 1. Amendoim. 2. Perdas na colheita. 3. Mecanização agrícola. I. Silva, Rouverson Pereira da. II. Zerbato, Cristiano. III. Bertonha, Rafael Scabello. IV. Mahl, Denise. V. Cássia, Marcelo Tufaile. VI. Paixão, Augusto Segatto Strini. VII. Título. CDU Ficha catalográfica elaborada pela Seção Técnica de Aquisição e Tratamento da Informação Serviço Técnico de Biblioteca e Documentação - UNESP, Câmpus de Jaboticabal. v
6 A Cartilha LAMMA do produtor rural: Avaliação de perdas na colheita de amendoim tem por objetivo apresentar aos produtores e profissionais da agricultura, um método que permita uma determinação rápida e relativamente precisa das perdas na colheita mecanizada de amendoim. Este método é uma primeira aproximação para a determinação das perdas na colheita de amendoim da variedade Runner IAC 886. Esperamos que com o passar do tempo este método venha a ser aprimorado, diminuindo-se o erro médio da avaliação. Esta cartilha é resultado de trabalhos científicos realizados por pesquisadores do Laboratório de Máquinas e Mecanização Agrícola (LAMMA/UNESP, Câmpus de Jaboticabal, SP) e da UEM, Câmpus do Arenito (Cidade Gaúcha, PR), com apoio da COOPERCANA, COPLANA e Indústrias Reunidas Colombo (MIAC), que juntos vêm desenvolvendo esforços no sentido de quantificar e minimizar as perdas na colheita do amendoim, que no Brasil ainda são muito altas. Os autores. vi
7 Avaliação de perdas na colheita de amendoim Rouverson Pereira da Silva 1 ; Cristiano Zerbato 2 ; Rafael Scabello Bertonha 2 ; Denise Mahl 3 ; Marcelo Tufaile Cassia 2 Augusto Segatto Strini Paixão 4 O amendoim é uma cultura muito importante para a região de Jaboticabal, pois é responsável por 17% da produção do estado de São Paulo e 14% da produção brasileira. Segundo o Instituto de Economia Agrícola (IEA, 2013), o Estado de São Paulo é responsável por 79% da área e 87% da produção nacional. A colheita é uma das mais importantes etapas do processo de produção, pois o amendoim deve ser colhido no menor tempo possível, devido à 1 Prof. Livre-docente do Departamento de Engenharia Rural, FCAV UNESP Jaboticabal, SP. 2 Eng. Agrônomos, doutorandos em Ciência do Solo e Produção Vegetal na FCAV UNESP Jaboticabal, SP. 3 Profa. Adjunta do Departamento de Engenharia Agrícola, UEM Cidade Gaúcha, PR. 4 Engenheiro Agrônomo da CoperCana. 2
8 possibilidade de ocorrência de fatores climáticos adversos, que podem aumentar as perdas. A colheita do amendoim é realizada em duas etapas: arranquio e recolhimento. Devido à presença do fruto sob a terra, são encontradas dificuldades durante o arranquio, resultando também em dificuldade para que os produtores possam calcular os prejuízos em suas lavouras. As perdas no processo de colheita ocorrem com maior significância na operação de arranquio, podendo atingir altos patamares quando a operação não é cuidadosamente gerenciada. Considerando-se a complexidade para a determinação das perdas na colheita de amendoim, esta cartilha tem por objetivo apresentar um método que permita ao produtor a rápida e eficiente quantificação das perdas na colheita mecanizada do amendoim e a determinação da maturação das vagens. 3
9 1. Maturação do amendoim Uma maneira prática para se determinar a maturação do amendoim é o método Hull Scrape (Williams e Drexler, 1981), que consiste na raspagem da parte exterior das vagens, expondo a coloração da parte intermediária, como mostrado na Figura 1. Raspagem do mesocarpo das vagens com a utilização de um jato de água. Tabela utilizada para classificação da maturação do amendoim. Figura 1. Método para determinação da maturação das vagens do amendoim. Neste método são arrancadas 5 plantas ao acaso, das quais são selecionadas todas as vagens 4
10 completamente desenvolvidas, retirando-se desta amostra 100 vagens para a realização da avaliação. A raspagem dessas vagens pode ser realizada com o auxílio de um canivete ou de um jato d água (Figura 1). As vagens são então classificadas pelas cores que variam de branco (vagens imaturas) a preto (máxima maturação), passando pelas fases intermediárias representadas pelas cores amarelo, laranja e marrom, em ordem crescente de maturação (Figura 1). A maturação é determinada por meio da soma das porcentagens de vagens contidas nas classes preta, marrom e laranja. 2. Perdas na colheita de amendoim A maior ocorrência de perdas na colheita de amendoim ocorre na operação do arranquio, principalmente quando a operação é realizada em condições inadequadas de solo, da cultura e da máquina. As perdas no arranquio são inevitáveis e podem atingir níveis muito altos, principalmente se o solo 5
11 estiver compactado e seco, ou ainda, quando o pedúnculo estiver enfraquecido devido ao excesso de maturação ou quando ocorre desfolha prematura causada por doenças. Entretanto, quando o arrancador-invertedor estiver devidamente regulado e for operado corretamente é possível obter perdas na produtividade em torno 5%. Para a mensuração das perdas deve-se utilizar uma armação com área amostral de 2 m 2 (1,11 x 1,80 m), posicionada sobre duas linhas da cultura (Figura 2). A largura da armação corresponde à largura de um arrancador-invertedor 2x1 (2 linhas x 1 leira). Leira (b) (a) Linhas 6
12 Figura 2. Posicionamento da armação para determinação de perdas: a) visíveis e invisíveis no arranquio; b) visíveis totais. 2.1 Tipos de perdas Para a determinação das perdas devem ser recolhidas todas as vagens e grãos contidos no interior da armação, as quais devem ser acondicionadas em sacos plásticos identificados e posteriormente pesadas. a) Perdas visíveis no arranquio (PVA): correspondem às vagens e grãos de amendoim encontrados na superfície do solo após a operação de arranquio. Para a coleta dessas perdas, a leira contendo as plantas deve ser cuidadosamente retirada, colocando-se neste local a armação, posicionada transversalmente à leira, sendo então recolhidas todas as vagens e grãos contidos no interior da mesma (Figura 3.a). b) Perdas invisíveis no arranquio (PIA): correspondem às vagens encontradas abaixo da superfície do solo. Para esta amostragem, após a 7
13 determinação das perdas visíveis, com o auxílio de um enxadão retira-se o solo contido dentro da área da armação até a profundidade de 15 cm, realizando-se em seguida o peneiramento do solo, separando-se desta forma as vagens e grãos que ficaram retidos no solo (Figura 3.b). Figura 3. (a) (b) Coleta de vagens para a determinação de perdas no arranquio: a) visíveis; b) invisíveis. c) Perdas totais no arranquio (PTA): correspondem à soma das perdas visíveis e invisíveis no arranquio. d) Perdas visíveis totais (PVT): correspondem às vagens e grãos de amendoim encontrados na 8
14 superfície do solo após a operação de recolhimento. Para a coleta do material, a armação deve ser colocada sobre o solo após a passagem da recolhedora, em local diferente daquele onde foram coletadas as perdas no arranquio. e) Perdas totais na colheita (PTC): corresponde à soma das perdas visíveis totais com as perdas invisíveis no arranquio. 2.2 Determinação da produtividade bruta Para esta determinação posiciona-se a armação sobre a cultura não colhida e procede-se ao arranquio manual de todas as plantas dentro da área da armação. Coletam-se também as perdas visíveis e invisíveis, que somadas às vagens obtidas nas plantas arrancadas, permitem a obtenção da produtividade bruta. 9
15 3. Método expedito para avaliação das perdas 4 Na determinação das perdas do arranquio mecanizado, em unidade de sc/alq, inicialmente deve-se contar o número de vagens de dois grãos na superfície do solo encontrados dentro da área da armação de 2 m 2. Esta armação deve ser posicionada em pelo menos 4 locais diferentes na área que está sendo colhida, obtendo-se então a média das 4 contagens. Com este valor médio podese estimar as perdas de acordo com os valores indicados na Tabela 1. 4 Com este método pode-se estimar as perdas diretamente no campo com erro médio da ordem de ±10%. 10
16 Tabela 1. Relação entre o número de vagens de 2 grãos e as perdas no arranquio de amendoim em sc/alq. Nº vagens Perdas (sc/alq) ** de 2 grãos * PVA PIA PTA 5 5,0 5,5 10,5 10 8,9 10,7 19, ,8 15,9 28, ,7 21,1 37, ,7 26,2 46, ,6 31,4 56, ,5 36,6 65, ,4 41,8 74, ,3 46,9 83, ,3 52,1 92, ,2 57,3 101, ,1 62,5 110,6 * Vagens de 2 grãos encontradas na superfície do solo em uma área de 2 m 2 (após a passagem do arrancador). ** Valores considerando-se vagens com umidade de 8%. Por exemplo, se o produtor encontrar, no momento do arranquio, 20 vagens de 2 grãos na superfície do solo, as perdas estimadas no arranquio serão de 16,7 sc/alq (visíveis), 21,1 sc/alq (invisíveis) e de 37,8 sc/alq (total). 11
17 Para avaliar as perdas no recolhimento o produtor deverá, após a passagem da recolhedora, coletar e contar as vagens de 2 grãos existentes na superfície do solo, dentro da área da armação de 2 m², em pelo menos 4 locais diferentes na área que está sendo colhida, obtendo-se então a média das 4 contagens. Com este valor médio pode-se estimar as perdas de acordo com os valores indicados na Tabela 2. 12
18 Tabela 2. Relação entre o número de vagens de 2 grãos e as perdas após o recolhimento de amendoim em sc/alq. Nº vagens Perdas (sc/alq) ** de 2 grãos * PVT 5 5,0 10 8, , , , , , , , , , ,1 * Vagens de 2 grãos encontradas na superfície do solo em uma área de 2 m 2 (após a passagem da recolhedora). ** Valores considerando-se vagens com umidade de 8%. Por exemplo, se o produtor encontrar, no momento do recolhimento, 25 vagens de 2 grãos na superfície do solo, as perdas visíveis totais estimadas serão de 20,7 sc/alq. A perda total na colheita de amendoim (PTC) será dada pela soma de PIA (20 vagens = 21,1 sc/alq)+ PVT (25 vagens = 20,7 sc/alq). No nosso exemplo, PTC = 21,1 + 20,7 PTC = 41,8 sc/alq. 13
19 Para a determinação da porcentagem de perdas em relação à produtividade utiliza-se da Tabela 3. Tabela 3. Porcentagem de perdas com relação à produtividade do amendoim. Perdas Produtividade (sc/alq) (sc/alq) ,67 1,25 1,00 0,83 0,71 0, ,33 2,50 2,00 1,67 1,43 1, ,00 3,75 3,00 2,50 2,14 1, ,67 5,00 4,00 3,33 2,86 2, ,33 6,25 5,00 4,17 3,57 3, ,00 7,50 6,00 5,00 4,29 3, ,67 8,75 7,00 5,83 5,00 4, ,33 10,00 8,00 6,67 5,71 5, ,00 11,25 9,00 7,50 6,43 5, ,67 12,50 10,00 8,33 7,14 6, ,33 13,75 11,00 9,17 7,86 6, ,00 15,00 12,00 10,00 8,57 7, ,67 16,25 13,00 10,83 9,29 8, ,33 17,50 14,00 11,67 10,00 8, ,00 18,75 15,00 12,50 10,71 9, ,67 20,00 16,00 13,33 11,43 10, ,33 21,25 17,00 14,17 12,14 10, ,00 22,50 18,00 15,00 12,86 11, ,67 23,75 19,00 15,83 13,57 11, ,33 25,00 20,00 16,67 14,29 12,50 Por exemplo, uma perda de 50 sc/alq em uma área com produtividade de 500 sc/alq, representa 10% de perdas. 14
20 IEA INSTITUTO DE ECONOMIA AGRÍCOLA. Área e produção dos principais produtos agropecuários do Estado de São Paulo. Disponível em: < subjetiva.aspx?cod_sis=1>. Acesso em: 07 jun WILLIAMS, E.J.; DREXLER, J.S. A non-destructive method for determining peanut pod maturity. Peanut Science, Raleigh, v.8, n.2, p Agradecimentos À Pró-reitoria de Extensão Universitária da UNESP, Cooperativa dos Plantadores de Cana do Oeste do Estado de São Paulo COOPERCANA, COPLANA Cooperativa Agroindustrial e MIAC Máquinas Agrícolas, pelo apoio oferecido aos projetos de avaliação de perdas na colheita do amendoim. 15
21 Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho Pró-reitoria de Extensão Universitária Laboratório de Máquinas e Mecanização Agrícola Via de Acesso Prof. Paulo Donato Castellane, s/n Jaboticabal, SP Telefone: (16) Universidade Estadual de Maringá Câmpus do Arenito Rodovia PR 482, km Cidade Gaúcha, PR Telefone: (44)
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