Relações condicionais e testes da propriedade de simetria em macacos-prego: procedimento de emparelhamento sucessivo. Lidianne Lins de Queiroz

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1 Serviço Público Federal Universidade Federal do Pará Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM TEORIA E PESQUISA DO COMPORTAMENTO Relações condicionais e testes da propriedade de simetria em macacos-prego: procedimento de emparelhamento sucessivo. Lidianne Lins de Queiroz Belém, Pará Agosto, 2015

2 Serviço Público Federal Universidade Federal do Pará Núcleo de Teoria e Pesquisa do Comportamento PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM TEORIA E PESQUISA DO COMPORTAMENTO Relações condicionais e testes da propriedade de simetria em macacos-prego: procedimento de emparelhamento sucessivo. Lidianne Lins de Queiroz Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento da Universidade Federal do Pará, como requisito para a obtenção do título de Doutora. Orientador: Prof. Dr. Romariz da Silva Barros Trabalho financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq Belém, Pará Agosto, 2015

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4 Para Preto e Flor de Laranjeira: How wonderful life is while you re in the world.

5 Agradecimentos Obrigada, Romariz, por modelar meus comportamentos e ter me guiado até aqui. Obrigada pela paciência, por ser sempre uma audiência não punitiva, por ser acolhedor até o final. EU me orgulho imensamente de ser orientada acadêmica e pessoalmente por você. Professor Grauben Assis, quero agradecê-lo por ser sempre disponível para me ouvir e sugerir possibilidades desafiadoras para minha pesquisa. Obrigada, professor Carlos Souza, por ter me ensinado a estudar de forma eficiente, a ler artigos científicos, por ter participado de forma tão produtiva e com tantas contribuições todas as minhas bancas de qualificação e defesa. Paulo Goulart, meu amigo, quero te agradecer por ser uma audiência instigadora e por me ajudar a pensar de maneira não tradicional ainda que muitas vezes isso me deixasse completamente confusa. Amiga Katarina Kataoka, obrigada por trabalhar comigo de forma tão profissional e dividir as angústias da pesquisa. Tudo ficava mais leve quando podia desabafar contigo. Querida Liane Dahás, sinto-me honrada por você fazer parte da minha banca. Quando cheguei no programa, você me recebeu de braços abertos (ainda que tenhas me confundido com a Ana Leda, tsc tsc). Sempre gostei do seu jeito ativista no laboratório. Obrigada por contribuir com meu trabalho e por me ensinar a me importar com os outros alunos, me tornei até representante discente, olha só! Paulinho Dillon!!! Você foi o primeiro aluno com quem eu conversei quando entrei no mestrado; foi você quem me apresentou a Escola de Primatas, quem me falou de MTS e de tantas outras coisas que eu nem consigo lembrar! É muito importante pra mim ter você fazendo parte da minha defesa.

6 Obrigada Kenji Yonezawa por coletar e discutir dados de pesquisa comigo, por pegar os macacos quando eu ainda não me sentia segura. Por me ensinar a registrar dados e por me ensinar a tabular. Obrigada, Isabel Brasiliense, por coletar pra mim e comigo em algumas oportunidades. Você é um exemplo de dedicação e disciplina. Agradeço a todos os amigos que eu fiz em Belém, de dentro e fora da pós. Alguns que eu fiz no começo e lá ficaram; outros que eu fiz só no finalzinho e ainda aqueles que começaram e permanecem meus queridos amigos. Aqui eu incluo os colegas da Escola de Primatas, do Aprende, do laboratório de Cultura e do super STF. Emmerson, Nilza, Adriana, Emanuel, Zach, Diogo, Eliza, Paula, Amauri, Paulo Mayer, Mariana, Daniel, Pepê, Tia Sônia, Marina, André, Didi, Liane, Mi, Clarice obrigada de coração por todo suporte e por fazer Belém ser meu lar por todos esses anos. Se eu por ventura esqueci de falar de alguém, releve. Estou nervosa :) Eugênia, sua linda, obrigada por me encorajar sempre. Você é um exemplo de garra, gentileza, dedicação e disponibilidade tudo numa pessoa só! Obrigada pelas conversas sobre autismo quando ainda nem existia projeto de Aprende, você é demais! Michele, sua linda, obrigada por me ajudar com tantas coisas fora do doutorado, mas que o fizeram ser possível. Obrigada por me manter conectada com meu lado artesão, por se doar tanto pra mim! Obrigada por ajudar a minha filha a nascer! Mariana, você é uma flor que apareceu no meu caminho que eu nem sei se mereço ter como amiga! Obrigada por ser tão disponível, por me ensinar a ser gente grande, por tornar tudo mais leve, mais prático e mais divertido! Zach, thanks a lot, man. You are my family and you know it! I really miss our talk/class. Thanks for supporting me when not even I supported me. Obrigada à minha querida e inesquecível mãe que me ensinou quando eu era muito pequena que vão-se os anéis, ficam-se os dedos, me mostrando a importância de estudar.

7 Obrigada papai por me encorajar a deixar empregos confortáveis e sair mais uma vez de casa para estudar. Obrigada, mano, por ser meu caminho leve, minha escuta amável e por me visitar em Belém. Laura minha filha, obrigada por chegar durante o meu doutorado. Obrigada por adoçar minha vida, obrigada por existir. Te amo mais do que consigo expressar. Felipe meu amor, você é meu super bônus nessa pós. Obrigada por me escolher como sua parceira de vida, por me amar, por ler meus textos, por corrigi-los, por construir nossa família. Sem sua colaboração a caminhada teria sido a céu aberto ao meio dia em Belém.

8 Lista de Figuras Estudo I Figura Figura Figura Figura Figura Figura Estudo II Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Figura Estudo III Figura Figura Figura Figura i

9 Lista de Tabelas Tabela Tabela Tabela Tabela Tabela Figura ii

10 Queiroz, L. L. (2015). Relações condicionais e testes da propriedade de simetria em macacosprego: procedimento de emparelhamento sucessivo. Tese de Doutorado. Programa de Pós- Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento. Universidade Federal do Pará, Belém, PA, Brasil, 77 p. RESUMO Após mais de 30 anos desde a proposição do modelo descritivo original para estudo da formação de classes de equivalência, ainda não é possível apresentar um procedimento de treino de relações condicionais e testes de suas propriedades potenciais de relações de equivalência que seja sistematicamente consistente e que possa ser utilizado em diferentes espécies. É possível que a dificuldade em documentar as propriedades das relações de equivalência, especialmente a de simetria, seja contornada por uma combinação muito específica de alguns procedimentos, como o emparelhamento ao modelo sucessivo e o treino de emparelhamento por identidade junto com o emparelhamento arbitrário. Porém, tal arranjo foi executado apenas com pombos como sujeito experimental. O presente trabalho de tese apresenta três estudos em que se exploram aspectos dessa combinação de procedimentos, desta vez com macacos-prego. No Estudo 1, foi realizado um estudo exploratório para estabelecer os parâmetros do próprio emparelhamento sucessivo, para se trabalhar com macacos-prego enquanto sujeito experimental. No Estudo 2, foram investigados dois procedimentos. O Experimento I tomou como base o Experimento I realizado por Frank e Wasserman (2005). Foi realizado um treino de emparelhamento ao modelo que continha tanto relações de identidade como relações arbitrárias e um teste para verificar a existência da propriedade de simetria na relação treinada. No Experimento II foi realizada uma ampliação do experimento I proposto por Frank (2007). Foram realizados treinos apenas de relações arbitrárias e testes para verificar a propriedade de simetria. Com base nos achados dos Estudos 1 e 2, e em estudos que apresentam procedimentos alternativos para a avaliação de relações de equivalência, o Estudo 3 explora a alternativa metodologia que propõe a comparação da aquisição de relações condicionais que podem ter as propriedades de relações de equivalência com a aquisição de relações condicionais que não podem ter essas propriedades. Os dados dos três estudos aqui descritos não mostram evidência clara da propriedade de simetria nas relações condicionais desempenhadas pelos macacos-prego. Os estudos, contudo, relatam importantes avanços metodológicos para a continuidade da pesquisa sobre a formação de classes arbitrárias em organismos não humanos. Palavras-chave: emparelhamento ao modelo sucessivo, discriminações condicionais, classes de equivalência, simetria, macaco-prego. iii

11 Queiroz, L. L. (2015). Conditional relations and tests for the property of symmetry in capuchin monkeys: successive matching procedure. Doctoral Dissertation. Programa de Pós- Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento. Universidade Federal do Pará, Belém, PA, Brasil, 77 p. ABSTRACT After more than 30 years since the proposition of an original descriptive model to study the formation of equivalence classes, it is still impossible to present a training procedure for conditional relations and tests for its potential equivalence relations that is systematically consistent and applied to different species. It is possible that the difficulty to document equivalence relations, especially symmetry, may be surpassed by a very specific combination of procedures, like successive matching to sample and identify matching to sample alongside arbitrary matching. However, such arrangement has only been conducted with pigeons as experimental subjects. The present thesis presents three studies that explore aspects of these procedural combinations with capuchin monkeys. Study 1 investigates the necessity to adapt the procedure arrangements proposed above, in particular adjusting the parameters successive matching to work with capuchin monkeys as experimental subjects. Study 2 investigated two procedures. In Experiment 1 Frank and Wasserman s (2005) Experiment 1 was used as basis, being conducted a matching to sample training which contained both identity relations as well as arbitrary and a test to verify the existence of the symmetry property in the trained relation. In Experiment II, an amplification of the first experiment proposed by Frank (2007) was conducted. Only arbitrary relations were trained and were conducted symmetry tests. Based on the findings of Studies 1 and 2, and on studies that presented alternative procedures to evaluate equivalence relations, Study 3 explores the methodological alternative that proposed the comparison of conditional relations acquisition that can have equivalence relation properties with the acquisition of conditional relations that do not have these properties. The data of the three studies here presented do not show clear evidence of the symmetry property in the performed conditional relations by the capuchin monkeys. The studies, however, report important methodological advances for the research community on the formation of arbitrary classes with non-human organisms. Keywords: successive matching to sample, conditional discrimination, equivalence classes, symmetry, capuchin monkeys iv

12 Sumário Apresentação... 1 Método... 7 Sujeitos... 7 Equipamento... 7 Estímulos... 8 Procedimento... 9 Treino e teste de emparelhamento por Identidade... 9 Fase 1. Treino AA Fase 3. Treino AABB Fase 4. Teste CC Resultados e Discussão Referências Experimento I Método Sujeito Equipamento Estímulos Procedimento Treino Misto das relações AA, BB e AB Teste BA Resultados e discussão Experimento II Método v

13 Resultados e Discussão Discussão Geral Referências Método Sujeito Equipamento Estímulos Procedimento Treino de relações Simétricas Treino de relações Não-Simétricas Resultados e Discussão Referências Discussão Geral... Erro! Indicador não definido. Referências vi

14 Apresentação O interesse no estudo da formação de classes de equivalência, conforme paradigma proposto por Sidman & Tailby (1982) com treino de relações condicionais e testes posteriores de relações condicionais emergentes para verificar propriedades de relações de equivalência, abrange tanto o campo de estudos com humanos (e.g. De Rose, McIlvane, Dube, Galpin, & Stoddard, 1988; Sidman & Tailby, 1982) como com não-humanos (e.g. Kuno, Kitadate, & Iwamoto, 1994; Lionello-DeNolf, 2009). No campo de pesquisa com sujeitos não-humanos, o foco se encontra na investigação das variáveis procedimentais necessárias para o cumprimento do critério experimental para se afirmar que determinadas relações condicionais são relações de equivalência. Tal critério consiste na demonstração das propriedades de reflexividade, simetria e transitividade. Dessas três propriedades definidoras de relações de equivalência, a mais difícil de ser demonstrada em sujeitos não humanos, ou humanos com repertório verbal severamente comprometido, é a simetria (D Amato, Salmon, Loukas, & Tomie, 1985; Dugdale & Lowe, 2000; Hayes, 1989; Lionello-DeNolf, 2009; Lionello-DeNolf & Urcuioli, 2002). No modelo experimental, os treinos de relações condicionais são realizados através do procedimento de matching-tosample (MTS) (Cumming & Berryman, 1965) frequentemente traduzido como emparelhamento ao modelo. Entretanto, após mais de 30 anos desde a proposição de Sidman e Tailby (1982), ainda não é possível apresentar um procedimento de treino de relações condicionais e testes de suas propriedades potenciais de relações de equivalência, que seja sistematicamente consistente e que possa ser utilizado em diferentes espécies. Existem resultados positivos com pombos (Frank & Wasserman, 2005; Urcuioli, 2008), com leões marinhos (Schusterman & Kastak, 1993; Kastak, Schusterman, & Kastak; 2001), com chimpanzé (Matsuzawa, Fujita, & 1

15 Yamamoto, 1991; Tomonaga, 1993; Yamamoto & Asano, 1995) e com macaco-prego (Santos, 2003; Santos, Barros, & Galvão, 2003). Por outro lado, há uma longa lista de relatos de resultados que não evidenciam a referida propriedade (Barros, Galvão, & Fontes, 1996; Dugdale & Lowe, 2000; Iversen, Sidman, & Carrigan, 1986; Iversen, 1997; Lionello & Urcuioli, 1998; Lionello-DeNolf & Urcuioli, 2000; Lionello-DeNolf & Urcuioli, 2002; Lipkens, Kop, & Matthijs, 1988; Richards, 1988 e Sidman el al., 1982 citados por Lionello- DeNolf, 2005). Uma provável linha de raciocínio proposta por Frank (2007), Frank e Wasserman (2005), Rico (2010) e Urcuioli (2008) para contornar a dificuldade em documentar as propriedades do paradigma de equivalência, especialmente a de simetria, sugere uma combinação muito específica de alguns procedimentos, como por exemplo, o emparelhamento ao modelo sucessivo e o treino de emparelhamento por identidade junto com o emparelhamento arbitrário. As razões pelas quais essa combinação de procedimentos é promissora ainda não estão completamente esclarecidas. Adicionalmente, tal arranjo foi executado apenas com pombos como sujeito experimental. O presente trabalho de tese apresenta três estudos em que se exploram aspectos dessa combinação de procedimentos, desta vez com macacos-prego. No Estudo 1, investiga-se a necessidade de adaptar o arranjo de procedimentos acima proposto, em especial ajustar os parâmetros do próprio emparelhamento sucessivo, para se trabalhar com macacos-prego enquanto sujeito experimental. A proposta é de que, para ensinar relações condicionais com propriedades do paradigma de equivalência, pode ser importante estabelecer os parâmetros procedimentais que poderão favorecer a aprendizagem de relações condicionais pelos sujeitos. Para isso, foi realizado um treino de emparelhamento por identidade com quatro conjuntos de estímulos. Através do treino de relações de identidade, foram feitas manipulações no tempo de exposição do estímulo, no intervalo entre as tentativas e no esquema de reforçamento. 2

16 Após definir o procedimento de emparelhamento sucessivo que favorecesse a aprendizagem de relações condicionais em macacos-prego, foi realizado o segundo estudo que compõe a presente tese. No Estudo 2, foram realizados dois experimentos. O Experimento I tomou como base o Experimento I realizado por Frank e Wasserman (2005). Foi realizado um treino de emparelhamento ao modelo que continha tanto relações de identidade como relações arbitrárias e um teste para verificar a existência da propriedade de simetria na relação treinada. No Experimento II, foi realizada uma ampliação do experimento I proposto por Frank (2007). Foram realizados treinos apenas de relações arbitrárias e testes para verificar a propriedade de simetria. Com base nos achados dos Estudos 1 e 2, e em uma literatura que apresenta procedimentos alternativos para a avaliação de relações de equivalência (Urcuioli, 2008; D Amato et al., 1985; Velasco et al., 2010 e Barros & Picanço, 2015), o Estudo 3 explora a alternativa metodológica que propõe a comparação da aquisição de relações condicionais que podem ter as propriedades de relações de equivalência com a aquisição de relações condicionais que não podem ter essas propriedades. 3

17 ESTUDO 1: Adaptações de procedimento quanto à instalação de controle condicional em macacos-prego. RESUMO O paradigma para estudo da formação de classes de equivalência consiste no treino de relações condicionais (por exemplo, AB e BC) e teste de relações condicionais emergentes que documentam que aquelas relações treinadas têm propriedades de relações de equivalência (reflexividade: AA, BB e CC; simetria: BA e CB; transitividade: AC). É, portanto, criticamente importante que o procedimento para estabelecimento das relações de linha de base seja eficiente para de fato estabelecer relações condicionais. O presente trabalho teve como objetivo explorar a necessidade de adaptações de procedimento no treino de emparelhamento ao modelo por identidade de forma a encontrar parâmetros eficazes quanto ao estabelecimento de controle condicional em macacos-prego. O estudo foi composto por cinco fases. Na primeira fase, foi realizado o treino de um conjunto (A1A2). Na segunda fase foi realizado um teste de identidade generalizada (B1B2). Na terceira fase foi incorporado no treino o conjunto testado (A1A2/B1B2). Na quarta fase, foi realizado novo teste com a relação C1C2. A quinta fase foi composta do treino de quatro relações, sendo acrescentado um conjunto por vez aos anteriormente já treinados e/ou testados. Os resultados nas fases de teste e na última fase de treino apontam para a aquisição do repertório generalizado de escolha da comparação pela identidade com o modelo. Os dados do presente estudo mostram que os parâmetros estabelecidos para o presente procedimento parecer ser adequados para o estabelecimento de relações condicionais com macaco-prego. O presente estudo estabelece bases para estudos subsequentes que investiguem propriedades de relações de equivalência em relações condicionais estabelecidas no procedimento de emparelhamento sucessivo com macacos-prego. Palavras-chave: relações de equivalência, identidade generalizada, macaco-prego. 4

18 Desde a apresentação do modelo descritivo de equivalência de estímulos (Sidman & Tailby, 1982), pesquisadores têm se dedicado à investigação das variáveis críticas para o estabelecimento de relações de equivalência. Uma das formas de observar o estabelecimento de relações de equivalência em ambiente controlado pode ser realizada através do procedimento de emparelhamento ao modelo (matching to sample, MTS), no qual estímulos a serem emparelhados podem ser apresentados simultânea ou sucessivamente. O modelo descritivo original (Sidman & Tailby, 1982) prescreve o treino de relações condicionais (por exemplo, AB e BC) e o teste de relações condicionais emergentes que documentariam que aquelas relações têm propriedades de relações de equivalência (reflexividade: AA, BB e CC; simetria: BA e CB; transitividade: AC). O campo de pesquisa básica em equivalência de estímulos, desde seus primeiros trabalhos (e.g., Sidman, Rauzin, Lazar, Cunninghan, Tailby, & Carrigan, 1982) tem apresentado variações paramétricas de procedimentos como forma de avaliar componentes críticos do MTS para a instalação de repertórios que documentam as propriedades de relações de equivalência. Dentre as propriedades constituintes do modelo descritivo de Sidman e Tailby (1982) para relações de equivalência reflexividade, simetria e transitividade tem-se dedicado especial atenção para propriedade de simetria, sendo esta descrita como a mais difícil de documentar em organismos não-humanos (Lionello-DeNolf, 2009). Um conjunto de estudos (Frank, 2007; Frank & Wasserman, 2005; Rico, 2010; Urcuioli, 2008) parece ter apontado um caminho para contornar essas dificuldades. Estes estudos, utilizando pombos como sujeitos experimentais, realizaram uma combinação muito específica de alguns procedimentos, como por exemplo, o emparelhamento ao modelo sucessivo e o treino de emparelhamento por identidade junto com o emparelhamento arbitrário. 5

19 A possível extensão desses avanços de procedimento a estudos com outras espécies requer adaptações do procedimento. Estudos preliminares conduzidos com macacos-prego têm apontado que sujeitos desta espécie são muito sensíveis a alterações em características do procedimento de emparelhamento ao modelo sucessivo, tais como: duração da apresentação dos estímulos, intervalo entre estímulos, intervalo entre tentativas, esquema de reforçamento em vigor na presença dos S+, consequência para erros (e.g., Borges, 2010; Kataoka, 2008; Soares Filho, 2010). Em virtude desta necessidade de adaptação, um caminho possível para pesquisas com macacos-prego pode envolver a realização do treino de emparelhamento por identidade de modo separado do treino de emparelhamento arbitrário conforme o treino realizado no Experimento 3 de Frank (2007). Neste experimento, os pombos foram submetidos primeiro a um treino das relações AA e BB e em seguida foi realizado um treino das relações AA/BB e AB conjuntamente. Tal arranjo foi pensado com o objetivo de ensinar aos pombos que a ordem temporal em que os estímulos eram apresentados não importava. Os resultados apontam para evidência de simetria no desempenho de dois pombos, sugestiva evidência em um pombo e nenhuma evidência para o outro pombo submetido ao treino e teste. Desse modo, o objetivo deste estudo foi explorar a necessidade de adaptações de procedimento no treino de emparelhamento ao modelo por identidade de forma a encontrar parâmetros eficazes quanto ao estabelecimento de controle condicional em macacos-prego. O estudo aqui apresentado foi composto por cinco fases. Na primeira fase, foi realizado o treino de um conjunto (A1A2). Uma vez que o critério para encerramento do treino foi alcançado, a segunda fase foi iniciada com a realização de um teste de identidade generalizada (B1B2). Na terceira fase, foi incorporado no treino o conjunto testado (A1A2/B1B2). Na quarta fase, foi realizado novo teste com a relação C1C2. A quinta fase é composta do treino de quatro relações, sendo acrescentado mais um conjunto aos 6

20 anteriormente já treinados e/ou testados. Os resultados nas fases de teste e na última fase de treino apontam para a aquisição do repertório generalizado de escolha da comparação pela identidade com o modelo. Método Sujeitos Três macacos-prego (Sapajus spp.) M20, M31 e M32, criados em cativeiro, participaram do presente estudo. O sujeito M20, era uma fêmea, adulta, com história experimental de discriminações simples e condicionais com múltipla escolha e discriminações simples em procedimentos de go/no-go. O sujeito M31, era um macho, infante, com história experimental de discriminações simples com duas, quatro ou nove escolhas. O sujeito M32, era um macho, infante, experimentalmente ingênuo. Os sujeitos eram alojados em uma gaiola-viveiro (2.5 x 2.5 x 2.5 m) juntamente com outros macacos da mesma espécie, com livre acesso à água. Eram alimentados uma vez por dia com porções de comida que incluíam frutas, raízes, proteínas, vegetais e ração. Nenhum esquema adicional de privação foi utilizado. Os cuidados com a saúde dos animais eram supervisionados por uma médica veterinária. O biotério onde estavam alojados os animais era um criadouro de animais silvestres para fins científicos, registrado junto ao IBAMA (número , código da unidade ). As sessões experimentais foram realizadas diariamente, de segunda a sexta-feira. Equipamento As sessões ocorreram em uma câmara experimental (0,60 x 0,60 x 0,70 m) com estrutura de alumínio, telas de aço inox e paredes de acrílico. Na parede frontal da câmara experimental, havia uma janela de 0,26 x 0,26 m, na qual foi acoplado um monitor LCD de 7

21 17 marca Elo Touch com tela sensível ao toque. Acima do monitor, foi instalado um dispensador de pelotas (ver Figura 1). Um computador, com processador Pentium Core 2 Duo e memória DDR 2 de 2 Gb, executou o software PCR (desenvolvido por Márcio Leitão Bandeira, Paulo Roney Kilpp Goulart, Romariz da Silva Barros e Carlos Barbosa Alves de Souza). O software gerenciou o registro das sessões, a apresentação de estímulos no monitor e a ativação do dispensador por meio de uma interface eletrônica acoplada ao computador. As pelotas percorreram uma mangueira plástica do dispensador até um comedouro localizado acima da janela (0,27 x 0,33 m) de acesso à tela do monitor. Dispensadores de alimento Recipiente de alimento Porta de entrada/saída do sujeito Tela sensível ao toque Figura 1. Equipamento utilizado durante as sessões experimentais. Estímulos Discriminativos: os estímulos consistiram em formas bidimensionais pretas de 5 X 5 cm (confeccionadas com o aplicativo Microsoft Paint v 5.1) desenhadas sobre fundo quadrado branco (9,0 X 9,0 cm). O fundo da tela sobre o qual foram projetados os estímulos era preto. 8

22 Reforçadores: Pelotas de açúcar de 45 ou 190 mg (Bio-Serv dustless precision pellets) sabor banana foram utilizadas como estímulos reforçadores. Procedimento Em todas as fases, foi utilizado o procedimento de MTS sucessivo (go/no-go). Os estímulos foram apresentados sempre na posição central da tela do computador. Cada sessão continha 48 tentativas apresentadas em ordem randômica. Cada tentativa se iniciava com a apresentação do estímulo modelo (S1) que permanecia na tela até que o sujeito emitisse o número de respostas exigido para aquela etapa. Após o cumprimento deste requisito, o modelo era removido, iniciando-se um atraso de 0,5 s. Não havia consequências programadas para respostas na tela do computador durante o atraso. Em seguida, o estímulo de comparação (S2) era apresentado e permanecia exposto por um tempo fixo de 5s. Quando o S2 era um estímulo programado pelo experimentador para ser relacionado a S1 (combinação positiva), respostas de toque eram consequenciadas com uma pelota de alimento. Quando o S2 era um estímulo não relacionado a S1 (combinação negativa), respostas de toque a S2 não eram consequenciadas com alimento. O número de toques exigido ao estímulo S2 para reforçamento em combinação positiva sofreu variações de acordo com o desempenho do sujeito. Em ambos os casos (combinações positivas ou negativas), o S2 era retirado após decorridos 5s e se iniciava um intervalo entre tentativas (IET) de 10s. Por se tratar de um estudo com manipulações paramétricas, o tempo de exposição do S2 oscilou entre 5 e 10s, o esquema de reforçamento alternou entre razão fixa e variável, ambos 5 e o IET que sofreu variações de 10 a 20s. Treino e teste de emparelhamento por Identidade Abaixo estão descritas as cinco fases realizadas durante o treino e teste de identidade. O critério para encerramento das fases de treino foi o registro de índice discriminativo (ID) de 9

23 0,9 em uma sessão. O índice discriminativo era calculado com base no número de respostas emitidas ao S2 em cada combinação positiva, dividido pelo total de respostas ao mesmo S2, ou seja, para a relação A1A1 o ID seria calculado da seguinte maneira: [A1A1/(A1A1/A1A2)]. Fase 1. Treino AA Foi realizado um treino de emparelhamento ao modelo por identidade AA (vide Tabela 1). Dentro dos parâmetros descritos no procedimento geral, foram treinadas as relações A1A1+, A2A2+, A1A2-, A2A1-. Quando necessário, os sujeitos M31 e M32 foram submetidos previamente a treino de discriminação simples sucessiva, com o objetivo de colocar a resposta de tocar a tela pela primeira vez sob controle discriminativo. Só então a resposta foi colocada sob controle condicional. Fase 2. Teste de identidade BB Na Fase 2, foi realizado um teste para observar se, após o treino, foi estabelecido o controle da resposta de escolha generalizada da comparação pela identidade com o modelo. O teste foi realizado com os estímulos do Conjunto B (vide Tabela 1). Esta sessão foi composta por 40 tentativas idênticas às descritas na Fase 1 (dez tentativas de cada combinação positiva e dez de cada combinação negativa) e oito sondas com reforço formadas por estímulos novos sendo apresentadas duas tentativas de cada combinação positiva e duas de cada combinação negativa. As tentativas de sonda foram B1B1+, B2B2+, B1B2-, B2B1-. Fase 3. Treino AABB Aqui foram incorporadas nas sessões de treino as tentativas do teste realizado na Fase 2, de forma que o treino de emparelhamento ao modelo por identidade incluísse as relações AA e BB (vide Tabela 1). O mesmo procedimento adotado na Fase 1 foi aplicado nesta fase, com os estímulos A1, A2, B1 e B2. Com o objetivo de enfatizar o treino das novas relações e 10

24 evitar que o sujeito respondesse com maior precisão apenas nas relações AA, foi implementado um desbalanceamento do número de tentativas das relações AA e BB de forma a apresentar as novas relações (BB) em 75% das vezes. Fase 4. Teste CC Após o critério programado ter sido alcançado, foi realizado um teste de identidade CC (vide Tabela 1). A sessão foi programada nos mesmos parâmetros da Fase 2; a única diferença foi que, nas 40 tentativas (contidas na Fase 3), foram apresentadas cinco tentativas de cada combinação positiva e cinco de cada combinação negativa. Fase 5. Treino de múltiplos exemplares de emparelhamento por identidade. O treino programado para esta fase foi semelhante ao das Fases 1 e 3. O diferencial foi que não houve testes planejados após o critério ter sido alcançado, pois o próprio número de sessões necessárias até que o alcance do critério ocorresse foi suficiente para avaliar o desempenho dos sujeitos de responder por identidade. O treino foi planejado de forma que, para cada combinação positiva, houvesse três combinações negativas (e.g. A1A1+; A1A2-; A1B2-; A1B1-). Tabela 1. Relações apresentadas no Treino e Teste de Identidade em todas as Fases A2A2 + B2B2 + C2C2 + Fases A1A1 + A1A2 - A2A1 - B1B1 + B1B2 - B2B1 - A1A1 + A2A2 + A1A2 - A2A1 - B1B1 + B2B2 + B1B2 - B2B1 - C1C1 + C1C2 - C2C1 - A1A1 + A1A2 - A1B1 - A1B2 - A2A2 + A2A1 - A2B2 - A2B1 - B1B1 + B1B2 - B1C1 - B1C2 - B2B2 + B2B1 - B2C2 - B2C1 - B1B1 + B1B2 - B1C1 - B1C2 - B2B2 + B2B1 - B2C1 - B2C2 - C1C1 + C1C2 - C1B1 - C1B2 - C2C2 + C2C1 - C2B2 - C2B1 - C1C1 + C1C2 - C1D1 - C1D2 - C2C2 + C2C1 - C2D2 - C2D1 - D1D1 + D1D2 - D1C1 - D1C2 - D2D2 + D2D1 - D2C2 - D2C1 - D1D1 + D1D2 - D1E1 - D1E2 - D2D2 + D2E1 - E1D2 - E1E2 - E1E1 + E1D1 - E1D2 - E1E2 - E2E2 + E2D1 - E2D2 - E2E1 - A estrutura planejada para o treino dos pares de combinações positivas e negativas está disposta na Tabela 2. 11

25 Tabela 2. Estrutura do treino de linha de base na Fase 5. Estímulos Modelo Comparação Tentativas/sessão S1 S1 + 3 S2-1 Antigos S3-1 Novos S4-1 S2 S2 + 3 S1-1 S3-1 S4-1 S3 S3 + 9 S1-3 S2-3 S4-3 S4 S4 + 9 S1-3 S2-3 S3-3 Em todas as fases foram efetuados, quando necessários, ajustes nas seguintes características do procedimento: duração da apresentação dos estímulos, intervalo entre estímulos, intervalo entre tentativas, esquema de reforçamento em vigor na presença dos S+, consequência para erros. Resultados e Discussão Fase 1. Treino AA Participaram desta fase, os sujeitos M20, M31 e M32. Os desempenhos dos sujeitos podem ser observados na Figura 2. Com o sujeito M20, foram realizadas 47 sessões até que o critério exigido para o encerramento da fase pudesse ser verificado; com o sujeito M32 foram necessárias 37 sessões e 10 sessões para o sujeito M31. 12

26 M20 M31 M32 Figura 2. Desempenho dos sujeitos M20, M31 e M32 em cada relação treinada. O gráfico do treino de M20 mostra que o desempenho para a relação A2A2 foi mais preciso que na relação A1A1 em 75% das apresentações. Para a relação A1A1, o responder manteve-se acima de 50% em apenas 40% das vezes enquanto para a relação A2A2 foi registrado 68%. O ID registrado na última sessão para a relação A1A1 foi 1 e para a relação A2A2 foi 0,94. No treino de M32, o desempenho na relação A2A2 foi mais preciso em comparação à relação A1A1 em 57% das apresentações. Para a relação A1A1, o responder permaneceu acima de 50% em 30% das vezes e 39% para a relação A2A2. O ID registrado na última sessão foi 1 tanto para a relação A1A1 quanto para a relação A2A2. 13

27 No treino de M31, o desempenho na relação A2A2 foi mais preciso que o desempenho na relação A1A1 em 70% das ocorrências. Para a relação A1A1, o responder permaneceu acima de 50% em 30% das vezes e 60% das vezes para a relação A2A2. O ID registrado na última sessão foi 1 tanto para a relação A1A1 quanto para a relação A2A2. Nesta fase, o sujeito que necessitou de maior exposição para o registro do critério foi o sujeito M20. Para todos os sujeitos, foi registrado um desempenho mais preciso na relação A2A2. Observa-se que o desempenho do sujeito M31 foi mais sensível positivamente às manipulações paramétricas efetuadas nesta fase. Fase 2. Teste de Identidade BB Na Figura 3, estão plotados os registros de desempenho dos sujeitos nesta fase de teste. Os ID registrados para a relação B1B1 foram 0,51 para o sujeito M20, 0,31 para o sujeito M31 e 0,54 para o sujeito M32 e os ID s para a relação B2B2 foram de 0,49 para o sujeito M20, 0,46 para o sujeito M31 e 0,46 para o sujeito M32. Figura 3. Frequência de respostas para as combinações testadas na Fase 2. Nesta fase de teste, observa-se que, para a relação B2B2, não foi registrado ID acima de 0,5. Tal valor foi registrado apenas para a relação B1B1 e para os sujeitos M20 e M32. Estes resultados mostram que o controle da resposta à comparação condicionalmente à sua identidade ao modelo era, em grande medida, restrito aos estímulos que haviam sido 14

28 Índice Discriminativo apresentados no treino direto desse repertório. Essa é uma evidência de que o desempenho obtido não é um verdadeiro emparelhamento por identidade ao modelo. A precisão do desempenho dos sujeitos na fase de treino devido às alterações paramétricas, não se estendeu para as novas relações apresentadas nesta fase. Fase 3. Treino AABB abaixo. Participou desta fase o sujeito M31. Os dados obtidos podem ser observados na figura 1 0,9 0,8 0,7 0,6 0,5 0,4 0,3 0,2 0,1 0 A1A1+/A1A2- A2A2+/A2A1- B1B1+/B1B2- B2B2+/B2B1-1 2 Sessões 3 4 Figura 4. Frequência de respostas do sujeito M31 nas combinações apresentadas durante a Fase 3. Os IDs registrados nas quatro sessões de treino para a relação A1A1 foram 0,6; 1; 0,85 e 1, para a relação A2A2 foram 1; 0,75; 0,55 e 1, para a relação B1B1 foram 0,37; 0,54; 0,6 e 1 e para a relação B2B2 foram 0,51; 0,78; 0,96 e 0,93. É possível notar que o número de respostas corretas para as novas relações é crescente, sendo ainda mais acentuado para a relação B2B2. Ter incorporado a relação testada na Fase 2 para o treino na Fase 3 pode ter determinado uma economia no número de sessões necessárias para o critério ter sido registrado em relação à Fase 1. 15

29 Frequência de Respostas Fase 4. Teste CC Participou desta fase o sujeito M31. Os dados desta sessão de teste podem ser observados na figura abaixo C1C1+ C1C2- C2C2+ C2C1- Sessão de teste Figura 5. Desempenho do sujeito M31 na combinação de teste. O ID registrado nesta sessão para a relação C1C1 foi 0,38 e para a relação C2C2 foi 0,66. Das relações já treinadas a única que não foi registrado ID igual a 1 foi a B2B2 (0,93). Nesta sessão de teste, não é possível observar um responder condicional generalizado. Entretanto, nota-se que para uma das relações (C2C2) foi registrado um ID acima de 0,5. Tal dado não foi registrado na primeira sessão de teste. Fase 5. Treino de múltiplos exemplares de emparelhamento por identidade. Participaram desta fase os sujeitos M20 e M31. Os seus desempenhos podem ser observados na figura abaixo. Nesta fase, foram realizados treinos com 4 conjuntos diferentes de estímulos. 16

30 Figura 6. Desempenho dos sujeitos M20 e M31 na Fase 5. Na parte superior da Figura 5 estão apresentados os dados do sujeito M20. Com o primeiro conjunto, o critério foi alcançado após quatro sessões de treino. Os IDs na última sessão foram 0,94 para a relação A1A1; 0,9 para a relação A2A2; 0,96 para a relação B1B1 e 0,93 para a relação B2B2. Com o segundo conjunto, o critério para encerramento foi alcançado após 2 sessões e os ID s na última sessão foram 0,96 para a relação B1B1; 0,92 para a relação B2B2; 0,95 para a relação C1C1 e 0,93 para a relação C2C2. Para o terceiro e o quarto conjunto foi necessário apenas uma sessão para que o critério estabelecido pelos experimentadores pudesse ser alcançado. Os ID s na única sessão com as relações do terceiro conjunto foram 0,97 para a relação C1C1; 1 para a relação C2C2; 0,9 para a relação D1D1 e 0,96 para a relação D2D2. Os ID S na para as relações do quarto conjunto foram 0,97 para a relação D1D1; 0,9 para a relação D2D2 e 0,91 para as relações E1E1 e E2E2. Na parte inferior da Figura 5, estão plotados os dados de treino do sujeito M31, que foi exposto apenas aos conjuntos de treino 2, 3 e 4. Com o segundo conjunto, foram necessárias 3 sessões para que o critério pudesse ser alcançado. Os ID s para a última sessão foram 0,97 para a relação C2C2 e 1 para as demais relações. Nas etapas seguintes, o critério foi 17

31 alcançado com apenas uma sessão de treino. Os ID s na única sessão com as relações do terceiro conjunto foram 1 para as relações C1C1, C2C2, D1D1 e 0,93 para a relação D2D2. Os ID S na para as relações do quarto conjunto foram 1 para as relações D1D1, D2D2, E2E2 e 0,96 para a relação E1E1. Para ambos os sujeitos, é possível observar um responder generalizado por identidade nos conjuntos 3 e 4, uma vez que apenas uma sessão de treino foi necessária para demonstração de precisão no responder às novas relações. O presente estudo explorou a necessidade de adaptações de procedimento no treino de emparelhamento ao modelo por identidade de forma a encontrar parâmetros eficazes quanto ao estabelecimento de controle condicional (em específico, o controle condicional por identidade) em macacos-prego. Ele é parte de um conjunto de estudos (Barros, Galvão & McIlvane, 2002; Brino et al., 2014 e Galvão et al., 2005) conduzidos no mesmo laboratório que visam ampliar a compreensão das variáveis necessárias para a aquisição de um repertório de responder por identidade através do procedimento de emparelhamento ao modelo (IDMTS), em macaco-prego. O presente estudo estende os achados das pesquisas da área para o campo de MTS sucessivo (go no/go). Nas diferentes fases deste estudo, realizamos adaptações de procedimento no que tange à sensibilidade no desempenho do responder dos sujeitos estudados de forma a encontrar parâmetros eficazes quanto ao estabelecimento de controle condicional. Das variáveis manipuladas no presente estudo, aquela que apresentou maior relevância para o surgimento de um resultado consistentemente de precisão de desempenho foi a exposição ao treino de múltiplos exemplares de emparelhamento por identidade. Nesta manipulação, os sujeitos foram expostos a diferentes relações (novas e antigas) em um número maior do que o número apresentado nas fases anteriores e, possivelmente, este foi o diferencial para os resultados encontrados. Poder-se-ia argumentar que o resultado positivo na fase de múltiplos 18

32 exemplares também pode ser atribuído à exposição dos sujeitos a diferentes manipulações procedimentais. No entanto, o fato de que apenas um sujeito passou por todas as fases e os outros dois passaram por diferentes fases, fortalece a hipótese de que o treino de múltiplo exemplares parece ter sido uma variável crítica para o estabelecimento do responder por identidade. Para verificar de modo mais aprofundado esta hipótese, estudos futuros poderiam examiná-la experimentalmente, avaliando os efeitos de diferentes histórias experimentais sobre o responder por identidade. Durante o desenvolvimento deste estudo foram realizados ajustes procedimentais no tempo de exposição do S2 que oscilou entre 5 e 10s, no esquema de reforçamento que alternou entre razão fixa e variável, ambos 5 e o IET que sofreu variações de 10 a 20s. O procedimento em que o sujeito apresentou melhor desempenho foi S2 com 5s de exposição, razão variável 5 e IET de 10 segundos. Destaca-se que a maioria das manipulações foram realizadas com o sujeito M20. O caráter exploratório deste estudo embasa novas pesquisas no campo de emparelhamento condicional com o procedimento de MTS sucessivo. Referências Borges, R. P. (2010). Estratégias de modelagem Go/No-Go e verificação de sua necessidade para a ocorrência de simetria em macacos-prego (Cebus apella). Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Pará, Belém, PA, Brasil. Frank, A. J., & Wasserman, E. A. (2005). Associate symmetry in the pigeon after successive matching-to-sample training. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 84, Frank, A. J. (2007). An examination of the temporal and spatial stimulus control in emergent symmetry in pigeons. Tese de Doutorado. Iwoa: Graduate College of the University of Iowa. 19

33 Kataoka, B. K. (2008). Reforçamento específico em treino de discriminações condicionais e teste de simetria com um macaco-prego. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Pará, Belém, PA, Brasil. Lionello-DeNolf, K. M. (2009). The search for symmetry: 25 years in review. Learning & Behavior, 37(2), Rico, V. V. (2010). Variáveis relevantes para a emergência de simetria em pombos em procedimento de matching-to-sample sucessivo. Tese de Doutorado. São Paulo: Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo. Santos, J. R. (2003). Cognição animal: identidade generalizada e simetria. Dissertação de Mestrado. Belém: Programa de Pós-Graduação em Teoria e Pesquisa do Comportamento. Santos, J. R., Barros, R. S., & Galvão, O. (2003, May). Symmetry in Cebus apella. Paper presented at the 29th Annual Meeting of the Association for Behavior Analysis, San Francisco. Sidman, M., & Tailby, W. (1982). Conditional Discrimination vs. Matching to sample: an Expansion of the Testing Paradigm. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 37, 5-22 Sidman M, Rauzin R, Lazar R, Cunningham S, Tailby, W, & Carrigan, P. (1982). A search for symmetry in the conditional discriminations of rhesus monkeys, baboons, and children. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 37, Soares-Filho, P. S. D. (2010). Aquisição de relações condicionais simétricas e não-simétricas e formação de classes por Cebus apella. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal do Pará, Belém, PA, Brasil. 20

34 Urcuioli, P. J. (2008). Associative symmetry, antisymmetry, and a theory of pigeons equivalence-class formation. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 90,

35 Estudo 2: Explorando a propriedade de simetria de relações condicionais em macacos-prego via procedimento de emparelhamento sucessivo. RESUMO Relações de equivalência se caracterizam por propriedades de reflexividade, simetria e transitividade. Em laboratório, são investigadas através do procedimento de matching to sample (MTS). Considerando as dificuldades encontradas em documentar uma ou mais propriedades que definem as relações de equivalência, o presente estudo explora um arranjo procedimental que utiliza o MTS sucessivo e o treino de relações de identidade e arbitrárias em conjunto. Com base no arranjo proposto, foram realizados dois experimentos. No Experimento I (cf. Frank & Wasserman, 2005), foi realizado um treino de relações de identidade e arbitrárias e um teste posterior para identificar a relação condicional emergente deste treino. No Experimento II, foi realizada uma ampliação do Experimento I de Frank (2007) com o treino de um número maior de relações arbitrárias. Os resultados de ambos os experimentos não apontaram evidência de propriedade de simetria. Alternativas de procedimento para estudos subsequentes são apontadas. Palavras-chave: relações de equivalência, matching to sample, simetria. 22

36 O modelo descritivo de equivalência proposto por Sidman e Tailby (1982) propõe o ensino de relações arbitrárias entre estímulos e testes posteriores com o objetivo de identificar se o ensino produziu relações de equivalência. Dito de outra forma, os testes buscam identificar se os diferentes estímulos arbitrariamente relacionados no treino são substituíveis na função de controle do comportamento. O critério experimental para se afirmar que uma relação condicional é também uma relação de equivalência consiste na demonstração das propriedades de reflexividade (relação do estímulo com ele mesmo, por exemplo, A=A), simetria (reversibilidade de função entre os estímulos da relação condicional, por exemplo, se A=B então B=A), transitividade (relação emergente entre dois estímulos não diretamente relacionados no treino, mas relacionados a um terceiro, por exemplo, dado o treino A=B e B=C então A=C). O ensino das relações arbitrárias, segundo o modelo de Sidman & Tailby (1982) é realizado através do procedimento de MTS. Nele é exigido que o sujeito responda primeiramente a um estímulo-modelo (S1). A resposta produz o(s) estímulo(s) de comparação (e.g., S2, S3, S4). O controle da função discriminativa dos estímulos de comparação é feito pelos estímulos-modelo. Assim, S2, S3 ou S4 funcionarão como S + a depender de qual tenha sido o S1. O MTS por identidade ocorre quando há igualdade física entre modelo e comparação S + e o MTS arbitrário, quando não há qualquer similaridade física entre os estímulos consistentemente relacionados, de forma que a relação estabelecida é arbitrária. Pesquisadores têm encontrado dificuldade em documentar a emergência de relações não treinadas após a aprendizagem de relações condicionais específicas através de matching to sample com sujeitos não humanos. Das três propriedades que são requisitos para que uma relação seja de equivalência, a mais difícil de ser demonstrada em sujeitos não humanos ou humanos com repertório verbal mínimo, é a simetria (D Amato, Salmon, Loukas, & Tomie, 23

37 1985; Dugdale & Lowe, 2000; Hayes, 1989; Lionello-DeNolf, 2009; Lionello-DeNolf & Urcuioli, 2002). Frank e Wasserman (2005) sugerem que os procedimentos de MTS simultâneo ou com atraso zero têm permitido o controle adventício pelas dimensões espacial e temporal dos estímulos. No MTS simultâneo, pelo menos três estímulos são apresentados ao mesmo tempo para o sujeito. Frequentemente o modelo é localizado na parte superior ou central do display e logo abaixo ou ao redor estão as comparações. O MTS com atraso zero é muito semelhante ao simultâneo, exceto que o modelo é apresentado sozinho por um período de tempo, logo após (contingentemente ou não a uma resposta de observação) ele é removido e então sem atraso são apresentadas as comparações que podem vir em qualquer posição do display (à direita, ao centro e a esquerda) a critério do experimentador. Em ambos, o sujeito emite respostas que podem estar controladas por outras variáveis que não as arranjadas pelo experimentador, incluindo o controle pela posição dos estímulos e competição entre controle por seleção ao S+ ou rejeição aos S-. Para contornar os problemas de controle espacial (controle pela posição dos estímulos), Frank & Wasserman (2005) sugerem que seja utilizado um procedimento de MTS sucessivo (e.g., Konorski, 1959; Wasserman, 1976 citados por Frank & Wasserman, 2005), onde o modelo e a comparação são apresentados em uma mesma localização sucessivamente. Neste procedimento, a tentativa inicia com a apresentação de um estímulo modelo (S1) que é removido após um período de tempo determinado. O estímulo de comparação é apresentado (S2) após um atraso determinado pelo experimentador. Quando é planejado que os dois estímulos (S1 e S2) sejam emparelhados, o reforço é contingente à resposta ao estímulo de comparação (S2 + ); se é planejado que os estímulos não sejam emparelhados, o responder à comparação (S2) não é reforçado (S2 - ). Este procedimento é também conhecido como go/no-go. 24

38 Esse procedimento, segundo Frank e Wasserman (2005), apesar de eliminar qualquer controle adventício por localização espacial, não controla qualquer associação diferencial entre esses estímulos e sua localização temporal (ordem de apresentação dos estímulos, com modelos sendo apresentados primeiro e comparações como segundo). Numa tentativa de solucionar este último ponto, os autores sugerem que o treino seja composto com tentativas de MTS arbitrário e identidade (todos os estímulos sendo apresentados como modelo e comparação e, portanto, como primeiros e segundos). Com base no arranjo procedimental proposto por Frank e Wasserman (2005) e na identificação das propriedades adequadas do procedimento de MTS sucessivo com macacoprego através de estudo realizado por Queiroz e Barros (em preparação), foram realizados dois experimentos. O primeiro experimento tomou como base o Experimento I realizado por Frank e Wasserman (2005). Naquele estudo, os autores programaram sessões de treino que continham tarefas de treino arbitrário AB, de identidade AA e de identidade BB misturadas durante a sessão. Os autores sustentam que esta manipulação teria sido responsável pela obtenção de resultados consistentes nos testes de simetria para os dois pombos. No segundo experimento, foi realizada uma ampliação do experimento I feito por Frank, Após a obtenção de fortes evidências de simetria no estudo de Frank & Wasserman (2005), Frank (2007) buscou isolar variáveis com o objetivo de identificar quais delas poderiam ser imprescindíveis para este resultado. Frank (2007, Experimento I) buscou evitar o possível controle pela localização temporal dos estímulos, sem recorrer ao treino de relações de identidade. O procedimento envolveu o treino através de MTS sucessivo de relações arbitrárias. O arranjo de treino proposto envolveu o treino de relações AC, BA e DB (com os estímulos A e B funcionando tanto como modelo quanto como comparações) e o teste de emergência da relação simétrica AB. 25

39 Não foram encontradas evidências da propriedade de simetria do desempenho de nenhum dos sujeitos. O delineamento proposto por Frank (2007) não esgota as possibilidades no que tange à investigação sobre o treino sem as relações de identidade. O arranjo acima apresentado visa o teste apenas da relação AB, entretanto pode ser elaborado um desenho que permita testar a propriedade de simetria em mais de uma relação. No presente estudo é proposto um treino arbitrário que envolve as relações AB, BC e CA e o teste de BA, CB e AC. Esse procedimento permite investigar se a introdução do emparelhamento ao modelo por identidade tem exclusivamente a função de apresentar o estímulos tanto como modelo quanto como comparação (possivelmente anulando a correção entre posição temporal dos estímulos e sua função: os estímulos primeiramente apresentados sempre funcionando como modelo e os segundos como comparação). Experimento I Método Sujeito Um macaco-prego (Sapajus spp.) M31 (Michael), criado em cativeiro, participou do presente estudo. O sujeito M31, era um macho, infante, com história experimental de discriminações simples com duas, quatro ou nove escolhas. O sujeito era alojado em uma gaiola-viveiro (2.5 x 2.5 x 2.5 m) juntamente com outros macacos da mesma espécie, com livre acesso à água. Era alimentado uma vez por dia com porções de comida que incluíam frutas, raízes, proteínas, vegetais e ração. Nenhum esquema adicional de privação foi utilizado. Os cuidados com a saúde dos animais eram supervisionados por uma médica veterinária. O biotério onde estavam alojados os animais era um criadouro de animais silvestres para fins científicos, registrado junto ao IBAMA (número , código da 26

40 unidade ). As sessões experimentais foram realizadas diariamente, de segunda a sexta-feira. Equipamento As sessões ocorreram em uma câmara experimental (0,60 x 0,60 x 0,70 m) com estrutura de alumínio, telas de aço inox e paredes de acrílico. Na parede frontal da câmara experimental, havia uma janela de 0,26 x 0,26 m, na qual foi acoplado um monitor LCD de 17 marca Elo Touch com tela sensível ao toque. Acima do monitor, foi instalado um dispensador de pelotas (ver Figura 1). Um computador, com processador Pentium Core 2 Duo e memória DDR 2 de 2 Gb, executou o software PCR (desenvolvido por Márcio Leitão Bandeira, Paulo Roney Kilpp Goulart, Romariz da Silva Barros e Carlos Barbosa Alves de Souza). O software gerenciou o registro das sessões, a apresentação de estímulos no monitor e a ativação do dispensador por meio de uma interface eletrônica acoplada ao computador. As pelotas percorreram uma mangueira plástica do dispensador até um comedouro localizado acima da janela (0,27 x 0,33 m) de acesso à tela do monitor. 27

41 Dispensadores de alimento Recipiente de alimento Porta de entrada/saída do sujeito Tela sensível ao toque Figura 2. Equipamento utilizado durante as sessões experimentais. Estímulos Discriminativos: os estímulos consistiram em formas bidimensionais pretas de 5 X 5 cm (confeccionadas com o aplicativo Microsoft Paint v 5.1) desenhadas sobre fundo quadrado branco (9,0 X 9,0 cm). O fundo da tela sobre o qual foram projetados os estímulos era preto. Reforçadores: Pelotas de açúcar de 45 ou 190 mg (Bio-Serv dustless precision pellets) sabor banana foram utilizadas como estímulos reforçadores. Procedimento Foi utilizado o procedimento de MTS sucessivo (go/no-go). Os estímulos foram apresentados sempre na posição central da tela do computador. Cada sessão continha 48 tentativas apresentadas em ordem randômica. Cada tentativa iniciava-se com a apresentação do estímulo modelo (S1) que permanecia na tela até que o sujeito emitisse cinco respostas de 28

42 toque à tela. Após o cumprimento deste requisito, o modelo era removido, iniciando-se um atraso de 0,5 s. Não havia consequências programadas para respostas na tela do computador durante o atraso. Em seguida, o estímulo de comparação (S2) era apresentado e permanecia exposto por um tempo fixo de 5s. Quando o S2 era um estímulo programado pelo experimentador para ser relacionado a S1 (combinação positiva), respostas de toque eram consequenciadas com uma pelota de alimento. Quando o S2 era um estímulo não relacionado a S1 (combinação negativa), respostas de toque a S2 não eram consequenciadas com alimento. O número de toques exigido ao estímulo S2 para reforçamento em combinação positiva era FR5. Em ambos os casos (combinações positivas ou negativas), após decorridos 5s, o S2 era retirado e se iniciava um intervalo entre tentativas (IET) de 10s. Treino Misto das relações AA, BB e AB Nesta fase, foi realizado um treino com relações de identidade (AA e BB) e arbitrárias (AB) simultaneamente. As relações treinadas podem ser vistas na Tabela 1. A cada sessão de treino, 33,3% das relações apresentadas foram de identidade e 66,6% foram arbitrárias. Assim, as sessões eram formadas por duas tentativas de cada combinação de identidade e oito tentativas de cada combinação arbitrária. Os demais parâmetros eram iguais aos descritos no procedimento geral. O critério para encerramento das fases de treino foi o registro de índice discriminativo (ID) de 0,9 em uma sessão. O índice discriminativo era calculado com base no número de respostas emitidas ao S2 em cada combinação positiva, divido pelo total de respostas ao mesmo S2, ou seja, para a relação A1A1 o ID seria calculado da seguinte maneira: [A1A1/(A1A1/A1A2)]. 29

43 Teste BA Após o critério ser alcançado, o sujeito foi submetido ao teste de simetria (BA). O teste foi programado para conter 48 tentativas, das quais: (a) 16 eram constituídas por combinações do treino de identidade (duas tentativas de cada combinação); (b) 24 formadas por combinações do treino arbitrário (seis tentativas de cada combinação) e (c) oito tentativas de sonda, formadas pela reversão das combinações arbitrárias treinadas (duas tentativas de cada combinação). Tabela 3. Relações de treino e teste do Experimento I. Etapa Treino Teste A1A1 + A1A2 - A2A2 + A2A1 - B1A1 + B1A2 - B2A2 + B2A1 - Relações B1B1 + B1B2 - B2B2 + B2B1 - A1B1 + A1B2 - A2B2 + A2B1 - Resultados e discussão Treino Misto das relações AA, BB e AB No treino misto das relações AA, BB, e AB, o critério de precisão de desempenho foi atingido em 46 sessões. Na Figura 2, são apresentadas as respostas do sujeito nas relações treinadas na seguinte distribuição: o primeiro gráfico apresenta as respostas na relação AA, o segundo apresenta as respostas na relação BB e no terceiro visualizam-se as respostas emitidas no treino das relações AB. 30

44 Figura 2. Desempenho do sujeito M31 nas sessões de treino do Experimento I. No gráfico do conjunto A (A1A1/A2A2), observa-se que as respostas emitidas tanto para as relações positivas quanto para as relações negativas apresentam variações até a 42ª sessão, nas quatro últimas sessões observa-se desempenho discriminativo culminando no alcance do critério. No gráfico que apresenta as respostas do conjunto B (B1B1/B2B2) observa-se um desempenho discriminativo superior ao demonstrado com o Conjunto A. O critério foi alcançado já na 43ª sessão. Os dados apresentados com os estímulos do Conjunto C (A1B1/A2B2) demonstram que, apesar de não haver mais cruzamento de linhas desde a 28ª sessão, o critério só foi atingido nas duas últimas sessões. 31

45 Frequência de Respostas O Índice Discriminativo (ID) registrado na última sessão para todas as relações treinadas foi 1. A etapa seguinte foi a realização do teste de simetria. Testes BA Foram realizadas cinco sessões de teste com sondas sem reforçamento programado. O sujeito emitiu respostas às comparações das combinações de teste apenas para a relação B1A1 na primeira tentativa da primeira sessão e na primeira tentativa da terceira sessão de teste. Os dados podem ser observados na Figura 3 abaixo B1A1+ B1A2- B2A2+ B2A Sessões Figura 3. Desempenho do sujeito M31 nas sessões de teste do Experimento I. Conforme observado pelos dados das sessões de teste, não foram encontradas evidências da emergência da relação BA (que atestaria a propriedade de simetria das relações AB) tal como encontrado por Frank e Wasserman (2005). Entretanto, o delineamento aqui adotado não encerra as possibilidades de atender aos requisitos de controle experimental (controle espacial e temporal) apontados por Frank e Wasserman (2005). Em 2007, Frank buscou refinar sua pesquisa a respeito das variáveis necessárias e suficientes para a emergência de relações simétricas com pombos. Dentre as manipulações procedimentais apresentadas em seu estudo, foi realizado um treino arbitrário que previa a apresentação dos estímulos tanto 32

46 como modelo quanto como comparação sem a necessidade do treino de relações de identidade. Porém, o arranjo lá proposto - treino das relações AC, BA e DB - previa apenas o teste da emergência de uma relação (BA). O Experimento II descrito a seguir apresenta a aplicação de um delineamento (treino das relações AB, BC e CA) que permitiu testar a possibilidade de emergência de três relações de simetria (BA, CB e AC). Experimento II O objetivo do Experimento II foi avaliar a emergência de propriedade de simetria após treino de relações condicionais no qual os estímulos participantes das relações a serem testadas funcionaram tanto como modelo quanto como comparações, mas sem a necessidade de que isso tenha sido feito no contexto de relações de identidade (c.f. Frank & Wasserman, 2005). Esse estudo permitirá isolar os efeitos da apresentação dos estímulos como modelo e como comparação (respectivamente com posição temporal de primeiros e segundos ) do possível efeito de inserção de discriminações de identidade junto com relações arbitrárias. Em outras palavras, o presente experimento explora se os dados obtidos por Frank e Wasserman (2005, ver também Frank, 2007) são devidos à exposição dos estímulos nas duas funções (e posições temporais) ou pelo fato de discriminações de identidade com esses estímulos ter sido treinada junto com as relações arbitrárias. Método Sujeito, Equipamento, Estímulos e Procedimento: foram utilizados os mesmos sujeito, equipamento e estímulos descritos e procedimento. Treino Arbitrário AB-BC-CA Esta etapa consistiu em um treino de MTS sucessivo com as relações arbitrárias AB, BC e CA, todas introduzidas ao mesmo tempo desde o início do treino. Os seis estímulos 33

47 utilizados formaram 18 combinações, sendo seis positivas e 12 negativas (A1B1+, A2B2+, B1C1+, B2C2+, C1A1+, C2A2+ / A1B2-, A1C2-, A2B1-, A2C1-, B1C2-, B1A2-, B2C1-, B2A1-, C1A2-, C1B2-, C2A1-, C2B1-). Para cada combinação positiva, havia duas combinações negativas. Metade das tentativas da sessão apresentaram combinações positivas, de forma que as combinações positivas se repetiram mais que as combinações negativas. Por exemplo, a relação A1B1+ foi apresentada quatro vezes, enquanto que as relações A1B2- e A1C2- foram apresentadas apenas duas vezes cada. O critério para encerramento das fases de treino foi o registro de índice discriminativo (ID) de 0,9 em uma sessão. O índice discriminativo era calculado com base no número de respostas emitidas ao S2 em cada combinação positiva, dividido pelo total de respostas ao mesmo S2, ou seja, para a relação A1A1 o ID seria calculado da seguinte maneira: [A1A1/(A1A1/A1A2)]. Os pares de combinações de treino estão dispostos na Tabela 4. Testes BA, CB e AC Após o critério ter sido alcançado nas sessões de treino, o sujeito foi submetido aos testes de simetria (BA, CB e AC). Os testes contiveram 48 tentativas, sendo 40 tentativas formadas pelas relações já treinadas na linha de base (LB) e 8 tentativas de sonda. As sondas foram compostas por seis relações, das quais duas eram positivas e quatro negativas. A Tabela 4 apresenta as relações de teste. Tabela 4. Relações de treino e teste, Experimento II. Etapas Treino Teste A1B1 + A1B2 - A1C2 - B1A1 + B1A2 - B1C2 - A2B2 + A2B1 - A2C1 - B2A2 + B2A1 - B2C1 - B1C1 + B1C2 - B1A2 - C1B1 + C1B2 - C1A2 - Relações B2C2 + B2C1 - B2A1 - C2B2 + C2B1 - C2A1 - C1A1 + C1A2 - C1B2 - A1C1 + A1C2 - A1B2 - C2A2 + C2A1 - C2B1 - A2C2 + A2C1 - A2B1-34

48 Resultados e Discussão Treino Arbitrário AB-BC-CA Foram realizadas 33 sessões de treino até que o critério programado para o encerramento da fase pudesse ser alcançado. A figura abaixo apresenta as combinações de treino em gráficos separados. No que concerne às combinações positivas (A1B1/ B1C1/C1A1; A2B2/B2C2/A2C2) o desempenho do sujeito M31 foi semelhante e apresentou poucas variações desde o começo até o final do treino. Nas combinações negativas destes conjuntos de treino, nota-se uma frequência inicialmente maior de respostas do em relação às combinações positivas. O desempenho apresenta-se com diversas variações até o alcance do critério programado pelos experimentadores. O índice discriminativo (ID) registrado na última sessão tanto para a relação A1B1 quanto para a relação A2B2 foi 1, para a relação B1C1 foi 0,95 e para a relação B2C2 foi 0,94, para a relação C1A1 foi 0,95 e para a relação A2C2 foi 1. 35

49 Figura 4. Desempenho do sujeito M31 durante as sessões de treino arbitrário. Após o critério ter sido alcançado em todas as relações treinadas o sujeito M31 foi submetido ao primeiro teste de simetria (BA). Teste de simetria BA Foram realizadas cinco sessões de teste com sondas com reforçamento programado. Não houve deterioração do desempenho do sujeito nas tentativas de LB. A Figura 5 apresenta o desempenho do sujeito nas tentativas de sonda durante as sessões de teste. 36

50 Frequência de respostas B1A1+ B1A2- B1C2- B2A2+ B2A1- B2C Sessões 4 5 Figura 5. Desempenho do sujeito M31 durante as sessões de teste BA. Ao longo das sessões de teste, o sujeito emitiu um maior número de respostas à relação B1A1+ dando maior destaque para a 1ª, 4ª e 5ª sessões. No teste da relação B2A2+, apenas na 2ª sessão observa-se um desempenho diferenciado e relação as tentativas positivas e negativas. Embora o desempenho do sujeito tenha sido satisfatório na relação B1A1 e nas relações negativas, é provável que este seja devido a algum controle não planejado pelos experimentadores e não à propriedade de simetria, já que não há evidência de emergência da relação B2A2. Não se pode alegar evidência de propriedade de relação de equivalência com base em emergência de uma relação mas não das demais previstas no modelo descritivo. Após terem sido finalizadas as sessões de teste BA, procedeu-se a retomada do treino das relações de linha de base (LB) por 4 sessões. Após a estabilização do desempenho ter sido registrada, o sujeito foi submetido ao segundo teste de simetria. 37

51 Frequência de respostas Teste de simetria CB - I Durante as sessões de teste, o desempenho de M31 nas tentativas de LB manteve-se estável. A Figura 6 apresenta o desempenho do sujeito nas sondas durante as sessões de teste C1B1+ C1B2- C1A2- C2B2+ C2B1- C2A Sessões 4 5 Figura 6. Desempenho do sujeito M31 no teste de simetria CB - I. Foram registrado apenas três toques (dois na relação C1B1 e uma na relação C2B2) nas relações positivas, todos na terceira sessão. Esses dados não apontam evidências para propriedade de simetria. Após a análise dos dados encontrados neste teste de simetria, levantou-se a hipótese de que inserir na linha de base as relações testadas no primeiro teste de simetria (BA) poderia influenciar positivamente no desempenho do sujeito, caso fosse submetido novamente ao teste CB. Desse modo, o sujeito foi exposto novamente a sessões de LB acrescida das relações de teste BA. Linha de base com relações BA Até o alcance do critério programado pelos experimentados, foram realizadas 24 sessões. Em relação às combinações antigas, não houve alterações no desempenho de M31. No que diz respeito à inserção das relações de teste BA, o desempenho na relação A1B1 sofreu 38

52 Frequência de resposas poucas variações até que o critério tenha sido registrado. Entretanto, no treino da relação B2A2, até a 10ª sessão o desempenho do sujeito é inconstante. A partir da 11ª sessão, houve uma brusca diferença no número de toques registrado para as tentativas positivas e para as tentativas negativas, permanecendo assim até o alcance do critério. Teste de simetria CB - II Durante as sessões de teste, o desempenho do sujeito nas tentativas de LB se manteve estável. A Figura 7 apresenta o desempenho do sujeito nas sondas durante as sessões de teste C1B1+ C1B2- C1A2- C2B2+ C2B1- C2A Sessões 4 5 Figura 7. Desempenho do sujeito M31 no teste de simetria CB - II. No segundo teste de simetria, houve apenas duas respostas para a relação positiva C1B1 na terceira sessão. Esses dados registrados também não apontam evidências da propriedade de simetria. Em relação ao primeiro teste de BC, não houve diferença significativa no desempenho do sujeito, não confirmando a hipótese de que incorporar nas sessões de treino relações anteriormente testadas melhorariam o desempenho do sujeito. Após este teste a LB foi retomada novamente sem a inserção das relações testadas. 39

53 Frequência de respostas Teste de simetria AC De forma similar ao que ocorreu nos testes anteriores, o desempenho do sujeito nas tentativas de LB manteve-se estável. A Figura 8 apresenta o desempenho do sujeito nas sondas durante as sessões de teste A1C1+ A1C2- A1B2- A2C2+ A2C1- A2B Sessão 4 5 Figura 8. Desempenho do sujeito M31 no teste de simetria AC. Neste teste, também não foi registrada emergência de simetria. Entretanto, observa-se um número maior de respostas emitidas para as relações positivas do que foi registrado nos testes anteriores. Foram seis respostas emitidas para a relação A1C1 e dez respostas emitidas para a relação A2C2. Discussão Geral O presente estudo contribui para se conhecer o efeito isolado da apresentação dos estímulos como modelo e como comparação (respectivamente com posição temporal de primeiros e segundos ) sobre a emergência da propriedade de simetria (cf. relatado por Frank & Wasserman, 2005). O estudo aponta uma direção para se responder se os dados obtidos por Frank e Wasserman (2005, ver também Frank, 2007) são devidos à exposição dos 40

54 estímulos nas duas funções (e posições temporais) ou pelo fato de discriminações de identidade com esses estímulos terem sido treinadas junto com as relações arbitrárias. No presente estudo, foram apresentadas algumas propostas de manipulações experimentais com o intuito de avaliar a emergência de relações de simetria em macacos prego sem que a linha de base das relações treinadas incluísse relações de identidade. Frank & Wasserman (2005), apresentaram um modelo experimental que pareceu solucionar as dificuldades até então encontradas pelos pesquisadores da área de equivalência (e.g., D Amato, Salmon, Loukas, & Tomie, 1985; Dugdale & Lowe, 2000; Hayes, 1989; Lionello-DeNolf & Urcuioli, 2002; Lionello-DeNolf, 2009). Neste modelo os autores sugerem que o procedimento utilizado seja o de MTS sucessivo (go/no-go) e que haja o treino conjunto de relações condicionais de identidade e arbitrárias. Os resultados positivos encontrados no primeiro experimento do estudo de Frank & Wasserman (2005) serviram de base para investigações posteriores também utilizando pombos como sujeitos experimentais (e.g., Urcuioli, 2008; Rico, 2010). No que tange à aplicação do modelo acima proposto com macaco-prego, foi necessário inicialmente identificar as propriedades do arranjo experimental que necessitaram ser adequadas antes de submeter os sujeitos ao procedimento (Queiroz & Barros, em preparação). No Experimento 1 aqui relatado, foi realizada uma replicação sistemática do Experimento I de Frank & Wasserman (2005). Os resultados apresentados pelo teste de simetria BA não apontaram evidência da emergência de relações que documentariam propriedades de simetria. A partir destes resultados planejou-se um segundo experimento no qual foi realizada uma ampliação do arranjo experimental proposto por Frank (2007). Com o arranjo proposto no presente estudo foi possível realizar três testes de simetria (BA, CB, AC). No entanto, mesmo o sujeito tendo sido exposto a um número maior de oportunidades de 41

55 aprendizagem, não foi registrado durante as sessões de teste a emergência de relações que continham a propriedade de simetria. Os resultados mais promissores no que concerne a investigação no campo de equivalência com sujeitos não humanos (em especial no que diz respeito à propriedade de simetria) foram em sua maioria - realizados com pombos (e.g., Frank & Wasserman, 2005; Frank, 2007; Urcuioli, 2008; Velasco & Tomanari, 2011). Com base nestas informações e com os resultados apresentados naqueles estudos, é possível afirmar que a emergência da propriedade de simetria em pombos é mais provável quando: (a) as relações condicionais são treinadas com o procedimento de emparelhamento sucessivo e (b) as relações arbitrárias são treinadas junto com emparelhamento ao modelo por identidade com os mesmos estímulos relacionados arbitrariamente. As razões pelas quais essa combinação particular de procedimentos é mais bem sucedida na busca por evidência de simetria em pombos ainda não estão completamente esclarecidas. Um ponto que precisa ser melhor investigado em estudos subsequentes diz respeito a porque o arranjo específico de se juntar o procedimento de MTS sucessivo e o treino misto relações de identidade e arbitrárias treinadas concomitantemente apresentaram resultados positivos quando pombos foram utilizados como sujeitos experimentais ao invés de outras espécies. Os dados apresentados no presente estudo sugerem que, diferentemente do que é argumentado por Frank e Wasserman (2005) e Frank (2007) a função do treino de identidade juntamente com o treino de relações arbitrárias não é simplesmente expor os sujeitos a condições de treino onde os estímulos a serem apresentados no teste de simetria tenham funcionado como modelo e como comparação (tendo ocupado, portanto, as posições temporais de primeiros e segundos). Os dados aqui relatados mostram reiteradas vezes que o provimento deste tipo de história fora das condições de treino de emparelhamento por identidade não produziram o mesmo efeito. Estudos como o aqui relatado devem ser 42

56 continuados, especialmente porque o argumento acima exposto poderia ser grandemente fortalecido se se tivesse replicado os dados de Frank e Wasserman (2005) no Experimento I do presente estudo. É possível que adaptações de procedimento para os macacos-prego ainda sejam necessárias para que se possa replicar os dados de evidência inequívoca de simetria com essa população de sujeitos. É possível que a ampla história do sujeito M31 com emparelhamento por identidade (ver Estudo 1 da presente Tese) tenha influenciado os resultados obtidos no Experimento 1 deste segundo estudo. O responder ao S2 quando idêntico ao S1 e não responder a S2 quando diferente de S1 foi amplamente reforçado (muito mais do que o responder a S2 diferente de S1 no treino das relações arbitrárias do Experimento 1). É possível que a emergência de relações de simetria BA (que consiste em responder a S2 diferente de S1 nas relações novas BA) tenha sido prejudicada por essa história ampla de não responder a S2 quando diferente de S1 (com exceções a isso restritas às relações treinadas na linha de base AB). Essa discussão sobre as variáveis de procedimento que podem afetar a emergência da propriedade de simetria em discriminações condicionais com não humanos inclui tanto a investigação de variáveis envolvidas nos procedimentos de treino das relações condicionais como também a investigação de variáveis envolvidas nos testes. Parte da dificuldade em documentar a propriedade de simetria pode ser determinada pelos procedimentos de sonda (para uma revisão mais aprofundada acerca das dificuldades em documentar a propriedade de simetria, ver Lionello-DeNolf, 2009), especialmente quando não há reforçamento programado para as tentativas de teste (Brino, Barros, & Galvão, 2009; Galvão, Calcagno, & Sidman, 1992; Schusterman e Kastak, 1993). Estudos subsequentes devem partir dos avanços metodológicos aqui relatados para treino e testes de relações condicionais em macacos-prego e buscar evidência sistemática da propriedade de simetria para então investigar sistematicamente os efeitos dos diferentes 43

57 componentes do procedimento descrito por Frank e Wasserman (2005). Um passo importante nessa direção foi dado no experimento descrito por Picanço e Barros (2015). Naquele estudo, foi descrito um procedimento promissor para avaliar propriedade de simetria na ausência de testes formais. A avaliação de simetria é feita pela comparação de aquisição de relações simétricas e não simétricas. Esse tipo de procedimento pode contribuir para reduzir problemas de procedimento relacionados a protocolos de teste, conforme mencionado acima. Referências D Amato, M. R., Salmon, D. P., Loukas, E., & Tomie, A. (1985). Symmetry and transitivity of conditional relations in monkeys (Cebus apella) and pigeons (Columba livia). Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 44, Dugdale, N., & Lowe, C. F. (2000). Testing for symmetry in the conditional discriminations of language-trained chimpanzees. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 73, Frank, A. J., & Wasserman, E. A. (2005). Associate symmetry in the pigeon after successive matching-to-sample training. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 84, Frank, A. J. (2007). An examination of the temporal and spatial stimulus control in emergent symmetry in pigeons. Tese de Doutorado. Iwoa: Graduate College of the University of Iowa. Hayes, S. C. (1989). Nonhumans have not yet shown stimulus equivalence. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 51(3), Lionello-DeNolf, K. M., & Urcuioli, P. J. (2002). Stimulus control topographies and test of symmetry in pigeons. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 78,

58 Lionello-DeNolf, K. M. (2009). The search for symmetry: 25 years in review. Learning & Behavior, 37(2), Picanço, C. R. F., & Barros, R. S. (2015). Simmetry Evaluation by Comparing Acquisition of Conditional Relations in Successive (Go/No-Go) Matching-to-Sample Training. The Psychological Record, 65, Rico, V. V. (2010). Variáveis relevantes para a emergência de simetria em pombos em procedimento de matching-to-sample sucessivo. Tese de Doutorado. São Paulo: Instituto de Psicologia, Universidade de São Paulo. Sidman, M., & Tailby, W. (1982). Conditional Discrimination vs. Matching to sample: an Expansion of the Testing Paradigm. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 37, Urcuioli, P. J. (2008). Associative symmetry, antisymmetry, and a theory of pigeons equivalence-class formation. Journal of the Experimental Analysis of Behavior, 90, Velasco, S. M. & Tomanari, G. Y. (2011). Aprendizagem de relações simétricas ao longo do treino de discriminações condicionais. Acta Comportamentalia, 19,

59 Estudo 3: Avaliação de simetria pela comparação de aquisição de relações simétricas versus não-simétricas com macacos-prego via procedimento de emparelhamento sucessivo. Resumo As variáveis que influenciam na obtenção da propriedade de simetria para relações condicionais inclui a investigação de variáveis tanto nas sessões de treino como nas sessões de teste. Um modelo para lidar com as variáveis que podem interferir nas sessões de teste é planejar procedimentos alternativos para a investigação de propriedades de relações de equivalência. Uma dessas alternativas é a comparação de aquisição de relações condicionais que podem ter propriedades de relações de equivalência, com a aquisição de relações condicionais que não podem ter essas propriedades. O objetivo do presente estudo foi explorar essa alternativa metodológica apresentada acima submetendo um sujeito a dois treinos simétricos (AB e BA/DE e ED) e dois treinos não simétricos (BC e CB/EF e FE). Um macaco-prego participou do estudo. Em todas as condições experimentais, as relações condicionais foram aprendidas. Não foram encontradas diferenças entre a aquisição das relações simétricas e as não simétricas. Esses resultados não evidenciam propriedade de simetria das relações condicionais treinadas em procedimento de emparelhamento sucessivo com macacos-prego. Palavras-chave: simetria, relações de equivalência, treino simétrico, treino não simétrico. 46

60 O estudo das variáveis de procedimento que podem afetar a obtenção da propriedade de simetria em discriminações condicionais com não-humanos inclui a investigação de variáveis envolvidas nos procedimentos de treino das relações condicionais (ver Queiroz & Barros, em preparação a e b), mas também a investigação de variáveis envolvidas nos testes. Parte da dificuldade em documentar a propriedade de simetria (ver Lionello-DeNolf, 2009 para uma revisão) pode ser determinada pelos procedimentos de sonda, especialmente quando não há reforçamento programado para as tentativas de teste (Brino, Barros, & Galvão, 2009; Galvão, Calcagno, & Sidman, 1992; Schusterman & Kastak, 1993). O presente estudo foi delineado com base em estudos que apresentaram procedimentos alternativos para avaliação de propriedades de relações de equivalência. Uma dessas formas alternativas é a comparação de aquisição de relações condicionais que podem ter propriedades de relações de equivalência, com a aquisição de relações condicionais que não podem ter essas propriedades. Uma vez equilibradas as variáveis (como a quantidade de relações treinadas, números de estímulos apresentados, estrutura de treino), a aquisição de relações que podem ter propriedades de relações de equivalência deveria ser mais rápida do que a aquisição de relações condicionais sem essas propriedades. Esse tipo de argumento, embora permita uma variedade de procedimentos inovadores na avaliação das propriedades de relações de equivalência, não é um argumento novo dentro das pesquisas da área. Hogan e Zentall (1977) relataram um estudo no qual, após o treino de relações condicionais AB (A1B1 e A2B2), eles avaliaram a propriedade se simetria dessas relações separando os sujeitos (pombos) em dois grupos: um grupo foi submetido a treino das relações condicionais B1A1 e B2A2 (consistentes com a propriedade de simetria das relações inicialmente treinadas) e o outro grupo foi submetido ao treino das relações B1A2 e B2A1 (inconsistentes com a propriedade de simetria. A existência da propriedade de simetria seria constatada pela diferença (estatisticamente significativa) de desempenho dos dois grupos 47

61 quando à aquisição do segundo conjunto de discriminações condicionais. Era esperado que o grupo que foi submetido a treino de relações consistentes com a propriedade se simetria já começasse o treino com precisão acima do acaso e rapidamente atingissem precisão elevada de desempenho. Já com o grupo submetido ao treino inconsistente, a precisão inicial deveria ser abaixo no nível de acaso e a aquisição poderia ser mais lenta. Urcuioli (2008), D Amato et al., (1985) e Velasco et al. (2010) também utilizaram procedimentos de avaliação de propriedades de relações de equivalência que seguem essa mesma orientação. O primeiro estudo com este tipo de procedimento com primatas foi relatado por Soares Filho, Silva, Velasco, Tomanari e Barros (em preparação). Com o objetivo de não usar tentativas sem reforçamento em sessões de teste, os autores programaram reforçamento tanto para tentativas consistentes (condição experimental) quanto para tentativas inconsistentes (condição controle) em situações de teste subsequentes. O objetivo foi comparar a aquisição dessas discriminações num delineamento intrassujeito. Essa comparação dá a oportunidade ao experimentador de distinguir entre os efeitos desta possível aprendizagem no decorrer dos testes. Foram estabelecidas inicialmente duas relações condicionais (A1B1; A2B2). Então, os sujeitos foram submetidos ao treino reverso das relações consistentes com a propriedade de simetria (B1A1; B2A2). Em seguida, os sujeitos foram submetidos ao treino de outras duas relações (A3B3; A4B4). Diferentemente do primeiro treino, neste caso a próxima etapa foi o treino de duas relações inconsistentes (B3A4; B4A3) com a propriedade de simetria das relações previamente treinadas. Os dados confirmaram a suposição teórica de que a aquisição das relações inconsistentes com a propriedade de simetria seria mais gradual e requereria um número maior de tentativas de treino. Picanço e Barros (2015), também realizaram um estudo com o treino de relações simétricas e não simétricas com dois macaco prego, desta vez através do procedimento de 48

62 MTS go/no-go. Na condição A, foi realizado o treino conjunto das relações AB tanto na condição simétrica como na relação não simétrica. Os dados apontaram que o procedimento é promissor como uma alternativa metodológica para inferir a propriedade de simetria, uma vez que os dados mostraram clara evidência da propriedade para um dos sujeitos e clara ausência da propriedade nas relações condicionais para o outro sujeito. Os autores salientam a discussão na literatura sobre as variáveis críticas para a emergência de relacões simétricas em outras espécies além de pombos (Frank, 2007; Frank & Wasserman, 2005; Urcuioli, 2008). O presente experimento explora a alternativa metodológica apresentada acima submetendo um sujeito a dois treinos simétricos (AB e BA/DE e ED) e dois treinos não simétricos (BC e CB/EF e FE). Esse tipo de estudo pode contribuir para a consolidação de procedimentos alternativos de avaliação propriedades das relações condicionais em organismos não humanos. Método Sujeito Um macaco-prego (Sapajus spp.) M31 (Michael), criado em cativeiro, participou do presente estudo. O sujeito M31, era um macho, infante, com história experimental de discriminações simples com duas, quatro ou nove escolhas. O sujeito era alojado em uma gaiola-viveiro (2.5 x 2.5 x 2.5 m) juntamente com outros macacos da mesma espécie, com livre acesso à água. Era alimentado uma vez por dia com porções de comida que incluíam frutas, raízes, proteínas, vegetais e ração. Nenhum esquema adicional de privação foi utilizado. Os cuidados com a saúde dos animais eram supervisionados por uma médica veterinária. O biotério onde estavam alojados os animais era um criadouro de animais silvestres para fins científicos, registrado junto ao IBAMA (número , código da 49

63 unidade ). As sessões experimentais foram realizadas diariamente, de segunda a sexta-feira. Equipamento As sessões ocorreram em uma câmara experimental (0,60 x 0,60 x 0,70 m) com estrutura de alumínio, telas de aço inox e paredes de acrílico. Na parede frontal da câmara experimental, havia uma janela de 0,26 x 0,26 m, na qual foi acoplado um monitor LCD de 17 marca Elo Touch com tela sensível ao toque. Acima do monitor, está instalado um dispensador de pelotas (ver Figura 1). Um computador, com processador Pentium Core 2 Duo e memória DDR 2 de 2 Gb, executou o software PCR (desenvolvido por Márcio Leitão Bandeira, Paulo Roney Kilpp Goulart, Romariz da Silva Barros e Carlos Barbosa Alves de Souza). O software gerenciou o registro das sessões, a apresentação de estímulos no monitor e a ativação do dispensador por meio de uma interface eletrônica acoplada ao computador. As pelotas percorreram uma mangueira plástica do dispensador até um comedouro localizado acima da janela (0,27 x 0,33 m) de acesso à tela do monitor. Dispensadores de alimento Recipiente de alimento Porta de entrada/saída do sujeito Tela sensível ao toque 50

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