MANUAL DE PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES E DE SEGURANÇA DO TRABALHO DO LABORATORIO DE PESQUISA EM NEURANATOMIA
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- Fábio Alvarenga Cordeiro
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1 UFRN - UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE CENTRO DE BIOCIÊNCIAS DEPARTAMENTO DE MORFOLOGIA LABORATORIO DE NEURANATOMIA MANUAL DE PROCEDIMENTOS DISCIPLINARES E DE SEGURANÇA DO TRABALHO DO LABORATORIO DE PESQUISA EM NEURANATOMIA Este documento foi preparado para servir como uma fonte de consulta sobre regras básicas de segurança e as atitudes a serem tomadas antes de fazer qualquer procedimento experimental no laboratório de pesquisa em Neuranatomia. Os acidentes e doenças adquiridas podem ser minimizados ou até mesmo evitados se tomadas às devidas precauções. 2012
2 1 INTRODUÇÃO: Os laboratórios são locais importantes dos centros de ensino, pesquisa e extensão. Pelo seu caráter prático são inúmeros os riscos de acidentes e doenças adquiridas por exposição a agentes tóxicos, corrosivos, queimaduras, incêndios e explosões. A maioria desses acidentes e doenças adquiridas em laboratório ocorre pela imperícia, negligência e até imprudência dos seus usuários. Cabe ao chefe do laboratório a responsabilidade de transmitir aos demais usuários as técnicas corretas de trabalho e procedimentos a serem tomados para evitar possíveis acidentes. Cada membro, usuário ou visitante do laboratório deve ler cuidadosamente os itens que dizem respeito ao trabalho que vai executar. Em caso de dúvida deve procurar o responsável do Laboratório para esclarecimento. 2 DAS RESPONSABILIDADES 1 Chefe do laboratório: Profa. Dra. MIRIAM STELA MARIS DE OLIVEIRA COSTA É da competência do chefe do laboratório: a) Estabelecer uma ordenação e rotina em relação ao material de alta periculosidade. b) Providenciar, quando necessário, treinamento adequado para os iniciantes no laboratório. c) Supervisionar o cumprimento das normas do Manual de Segurança. 2 Assistente de laboratório: MIRIAM REGINA CELI DE ESCALA OLIVEIRA É da competência do assistente de laboratório: a) Planejar o trabalho de apoio do laboratório; b) Manter as substâncias sempre com seu estoque atualizado; c) Participar dos procedimentos experimentais e de rotina; d) Relacionar o material e operar os equipamentos do laboratório;
3 e) Organizar e manter a limpeza das vidrarias e equipamentos; f) Manejar pequenos animais; g) Conhecer as normas básicas de segurança quanto ao uso de equipamentos, animais e proteção individual. 3 Professores Orientadores: Prof. Dr. Expedito S. Nascimento Junior, Prof. Dr. Judney C. Cavalcante, Prof. Dr. Jeferson S. Cavalcante. É da competência dos professores orientadores; a) Providenciar, quando necessário, treinamento adequado para os seus alunos iniciantes no laboratório. b) Apresentá-los aos demais usuários do laboratório. c) Orientá-los nos procedimentos e trabalhos científicos. d) Supervisionar o cumprimento das normas do Manual de Segurança.
4 3 - NORMAS DISCIPLINARES - Da sala do laboratório 1-Todo usuário, professor ou aluno admitido no laboratório deverá tomar conhecimento desta apostila com as normas de segurança. 2- É expressamente PROIBIDO FUMAR. 3 - Não é permitido brincar no laboratório 4 Não é permitido beber ou comer no laboratório. 5 Bolsas, agasalhos, notebooks, celulares ou qualquer material estranho ao trabalho não devem ser colocados sobre a bancada do laboratório. 6 - Manter a limpeza do laboratório. - Da sala dos alunos 1- É expressamente PROIBIDO FUMAR. 2- Não é permitida a utilização de equipamentos sonoros. 3- Deve-se evitar falar alto, pois se trata de um ambiente de estudo. 4- Não é permitido deixar nas bancadas objetos pessoais, garrafas de água. Utilizar a estante destinada a esse fim. 5- Manter a limpeza da sala. 4 NORMAS GERAIS DE SEGURANÇA Equipamentos de segurança: São instrumentos que tem por finalidade evitar ou amenizar os riscos de acidentes. Os equipamentos individuais (EPI s) mais usados são: óculos, máscaras, luvas, aventais, gorros, etc. Os equipamentos coletivos (EPC,s) que protegem a coletividade mais usuais são: capelas, exaustores, lava olhos, chuveiros de emergência e extintores de incêndio. As regras gerais de segurança em laboratório foram elaboradas para tornar o trabalho no laboratório uma atividade segura. Para tirar o máximo de proveito delas, é necessário que todos os usuários a conheçam e a pratiquem, desde o primeiro instante que pretenderem permanecer em um laboratório.
5 1 - Indumentária Apropriada a) Jaleco de mangas compridas, longos até os joelhos, com fios de algodão na composição do tecido. b) Calça comprida de tecido não sintético. c) Sapato fechado, de couro ou assemelhado. d) Óculos de segurança e) Luvas 2 - Indumentária Proibida a) Bermuda ou short b) Sandálias, Chinelo, Sapato aberto c) Uso de lente de contato d) Uso de braceletes, correntes ou outros adereços. e) Avental de nylon ou 100% poliéster 1 Os alunos deverão evitar trabalhar sozinho no laboratório. 2 Em caso de acidente, deve ser procurado imediatamente o professor, orientador ou pesquisador, mesmo que não haja danos pessoais ou materiais. 3 Cabelos longos devem estar sempre presos ao realizar qualquer experiência no laboratório. 4 Trabalhe sempre com calçado fechado e nunca com sandálias. 5 Luvas de proteção apropriadas devem sempre ser usadas ao manusear substâncias agressivas para a pele ou que sejam absorvidas por via cutânea. 6 Não é permitido pipetar líquidos diretamente com a boca. 7 Antes de usar qualquer reagente, deve-se ler cuidadosamente o rótulo do frasco para ter certeza de que aquele é o reagente desejado. 8 Leia sempre o manual de instruções antes de utilizar um aparelho pela primeira vez. 9 Informe sempre seus colegas quando for efetuar uma experiência potencialmente perigosa. 10 Não abandone seu experimento, principalmente à noite, sem identificá-lo e encarregar alguém qualificado pelo seu acompanhamento. 11 Avise ao chefe do laboratório quando trabalhar tarde da noite ou nos finais de semana.
6 12 Aprenda a usar e use corretamente os EPI s e EPC s (equipamentos de proteção individual e coletiva) disponíveis no laboratório: luvas, máscaras, óculos, aventais, sapatos, capacetes, capelas, etc. 5 NORMAS DE SEGURANÇA NO LABORATÓRIO Embora não seja possível enumerar aqui todas as causas prováveis de acidentes num laboratório, existem certos cuidados básicos, decorrentes do uso de bom senso, que devem ser observados: 1 Conheça as propriedades tóxicas das substâncias químicas antes de empregá-las pela primeira vez no laboratório. (v. FISPQ Ficha de informações de segurança de produtos químicos, nos anexos desse manual). Fontes de Informações: - Rótulo do produto - FISPQ - Na internet ( 2 Não é permitido deixar frascos contendo solventes inflamáveis (acetona, álcool, éter, xilol, paraformaldeido, etc.) abertos. 3 - Não é permitido deixar frascos contendo solventes inflamáveis (acetona, álcool, éter, xilol, paraformaldeido, etc.) expostos ao sol ou a chamas. 4 Não é permitido colocar nenhum material sólido dentro da pia ou ralos. 5 Não é permitido colocar resíduos solventes na pia ou ralos; siga as instruções do laboratório para descartar substâncias químicas, agentes biológicos, radioativos, resíduos e lixo; obedecendo as identificações das lixeiras. 6 Não é permitido testar um produto químico pelo sabor. 7 Não é aconselhável testar um produto químico pelo odor, porém caso seja necessário, não coloque o frasco sob o nariz. Desloque suavemente com a mão, para a sua direção, os vapores que se desprendem do frasco. 8 No caso de derramamento de algum ácido ou produto químico, limpe o local imediatamente. 9 Abra os frascos o mais longe possível do rosto e evite aspirar ar naquele exato momento Dedique especial atenção a qualquer operação que necessite aquecimento prolongado ou que liberte grande quantidade de energia.
7 11 Ao sair do laboratório, verificar se não há torneiras (água ou gás) abertas. 12 Desligue todos os aparelhos, observando os avisos quando deve deixá-los ligados, deixe todo o equipamento limpo e lave as mãos. 13 A capela deve ser utilizada sempre que efetuar uma reação ou manipular reagentes que liberem vapores. 14 Os vidros quebrados e outros materiais perfuro-cortantes deve ser acondicionados na caixa específica. 15 Frascos vazios de solventes e reagentes devem ser limpos e enviados para descarte, sob responsabilidade da assistente do laboratório. 5.1 PRIMEIROS SOCORROS PARA O CASO DE ACIDENTES QUÍMICOS 1 Contato com os olhos: Se uma substância tiver sido espirrada nos olhos, lave imediatamente os olhos e a superfície interna das pálpebras com água em abundância durante 15 minutos. Verifique se o acidentado está usando lentes de contato e remova-as de uma vez. PROCURE AJUDA MÉDICA IMEDIATAMENTE. 2 Ingestão: Consultar a Ficha de Informação de Produtos Químicos do produto ingerido ou ligue para o ABIQUIM/PRÓQUIMICA em Siga as instruções e PROCURE AJUDA MÉDICA IMEDIATAMENTE. 3 Contato com a pele: Lavar abundantemente com água, na pia ou no chuveiro de emergência, dependendo da área atingida, por pelo menos 15 minutos; Em caso de queimaduras, cobrir a área afetada com vaselina estéril; PROCURE AJUDA MÉDICA IMEDIATAMENTE. Lembre-se que, para alguns produtos químicos, como ácido fluorídrico, os efeitos resultantes da exposição podem não se aparentes até horas ou dias depois. Consulte as fichas de informação (FISPQ) para qualquer produto químico sempre que alguém for exposto, mesmo que nenhuma lesão imediata esteja aparente.
8 6 REGRAS PARA USO DE EQUIPAMENTOS 6.1 EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS 1 Verifique sempre a tensão da tomada na qual deseja o seu equipamento e a voltagem e freqüência na qual o aparelho deve operar. 2- Antes de ligar, verifique se o equipamento está realmente em condições de uso. Pode ser que ele esteja danificado. 3 Em caso de dúvida quanto ao funcionamento de um equipamento, procure o responsável pelo mesmo. Tenha sempre em mãos os procedimentos básicos de operação do aparelho. Fixe um lembrete, junto ao mesmo, com as instruções necessárias para a perfeita utilização. 4- Ao término do expediente verifique se todos os equipamentos foram desligados, inclusive luzes e aparelhos de ar condicionado. Deixe ligado somente o que for realmente necessário. 6.2 USO DA CAPELA A capela somente oferecerá proteção ao usuário se for adequadamente utilizada. 1- Nunca inicie um trabalho sem verificar se: - O sistema de exaustão está funcionando; - O piso e a janela da capela estejam limpos; - As janelas da capela estejam funcionando perfeitamente. 2- Nunca inicie um trabalho que exige aquecimento sem antes remover os produtos inflamáveis da capela. 3- Deixe na capela apenas o material (equipamentos e reagentes) que serão efetivamente utilizado, remova todo e qualquer material desnecessário, principalmente produtos químicos. Mantenha as janelas das capelas com o mínimo possível de abertura. 4- Use sempre que possível, um anteparo resistente entre você e o equipamento, para maior segurança. 5 NUNCA coloque o ROSTO dentro da capela. 6 SEMPRE instalar equipamentos ou colocar frascos de reagentes longes pelo menos 20 cm da janela da capela. 7- Em caso de PARALIZAÇÃO ou IRREGULARIDADES do exaustor, tome as seguintes providências:
9 - Interrompa o trabalho imediatamente; - Feche ao máximo a janela da capela; - Coloque máscara de proteção adequada, quando a toxidez for considerada alta; - Sinalize a capela, tipo CAPELA COM DEFEITO ; - Verifique a causa do problema, corrija-o ou procure o serviço de manutenção para que o façam; - Somente reinicie o trabalho no mínimo 5 minutos depois da normalização do sistema de exuastão. CAPELAS NÃO DEVEM SER USADAS PARA GUARDAR PRODUTOS QUIMICOS. 7 PROCEDIMENTOS PARA O USO DA VIDRARIA. 1 Não utilize material de vidro quando trincado. 2 Coloque toda vidraria inservível no local identificado para esse fim. 3 Não deposite cacos de vidro em recipiente de lixo nem na pia. 4 Proteja as mãos (com luvas de amianto) quando for necessário manipular peças de vidro que estejam quentes. 5- Use luvas grossas (de raspa de couro) e óculos de proteção sempre que: - Atravessar ou remover tubos de vidro ou termômetros em rolhas de borracha ou cortiça; - Remover tampas de vidro emperradas; - Remover cacos de vidro de superfície, neste caso usar também pá de lixo e vassoura. 6 Não pressurize recipientes de vidro sem conhecer a resistência dos mesmos. 8 PROCEDIMENTOS PARA O USO DO MATERIAL CIRURGICO (Cirurgia, Perfusão, Pós-perfusão) 1 Separar o material de acordo com o procedimento. 2 Lavar, secar, e devolver todo o material ao seu respectivo lugar. 3 Não misturar os materiais. 4 Cuidado com a manipulação de material pérfuro-cortante
10 5 Todo material pérfuro-cortante descartável deve ser descartado em local apropriado, a não que nele esteja indicada a permanência para reutilização. 9 PROCEDIMENTOS QUANDO DA COLORAÇÃO DE CORTES E MONTAGEM DE LAMÍNULAS. 1 - Verificar as condições dos reagentes. (álcool, xilol, corante) 2 - Colocar o líquido nas cubas somente na hora do procedimento marcado, nunca com antecedência superior a 10 minutos. 3- Obedecer ao nível de liquido das cubas, nunca deixar transbordar nem abaixo da linha de marcação. 4- Montar as lamínulas dentro da capela, tendo cuidado com o manuseio do xilol. 5- Devolver o corante para a geladeira. 10 REGRAS PARA MANIPULAÇÃO DE GELO SECO E NITROGENIO LIQUIDO. 1 Use para trabalhar luvas próprias para baixas temperaturas, pois gelo seco e nitrogênio liquido provocam queimaduras graves em contato com a pele. 2 Adicione lentamente o gelo seco ao liquido refrigerante, para evitar projeções; 3 Não derrame nitrogênio líquido sobre mangueiras de borracha, elas ficarão quebradiças e poderão ocasionar acidentes.
11 SIMBOLOGIA DE RISCO
12
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