COLÉGIO TÉCNICO SÃO BENTO TÉCNICO EM ESTÉTICA

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1 TÉCNICO EM ESTÉTICA COLÉGIO TÉCNICO MÓDULO PROFISSIONAL II ANO: 2012

2 Caro Aluno (a) COLÉGIO TÉCNICO O Colégio Técnico São Bento está no mercado de trabalho desde 1996, tendo como objetivo promover a formação integral do aluno. Parabéns pela decisão em continuar seus estudos procurando um curso Técnico Profissionalizante. Colocamos nossa equipe a inteira disposição para atendê-lo da melhor maneira possível. É importante o uso da apostila nas aulas, facilitando assim seu aprendizado, assim se sentirá preparado para executar a prática de laboratório e posteriormente o estágio supervisionado. Todos os direitos do conteúdo da apostila são reservados ao Colégio Técnico São Bento Ltda. Nenhuma parte desta edição pode ser utilizada ou reproduzida em qualquer meio ou forma, seja mecânica, eletrônica, fotocópia, gravação etc., nem apropriada em sistema de banco de dados sem expressa autorização. Mantenedores Suzi Rybachi Cabral Marcelo Teixeira Cabral Nome do aluno (a): Endereço: Cidade: Telefone: Residencial Celular: 2

3 Manhã: 08:00 às 12:00 Tarde:14:00 às 18:00 horário Noite: 19:00 às 22:00 horário Horário de atendimento ao público (Secretaria) - 08:00 às 21:00 hs. Os professores do Colégio Técnico São Bento são profissionais da mais alta competência nas suas respectivas especialidades. Você terá aulas teóricas e práticas (a mesma em laboratório específico do curso), onde disponibilizamos aos professores vídeos, DVDs, transparências, com o intuito de que o aprendizado seja completo, abrangendo a todos de forma nivelar. Disponibilizamos aos alunos do Colégio técnico São Bento sala de internet, de uso gratuito para pesquisa, o uso é liberado fora do horário de aula para a realização de trabalhos, pesquisas e currículos. Temos um acervo de livros para pesquisa, para utilizá-los basta solicitar na secretaria. Lembrete: Os boletos serão emitidos mensalmente e deverão ser retirados na secretaria antes do vencimento do mesmo. Caso não receba até 24hs antes do vencimento favor entrar em contato com a secretaria. CONTROLE DE ACOMPANHAMENTO DE NOTAS - MÓDULO PROFISSIONAL I Disciplinas Avaliação Escrita Trabalho Avaliação Escrita Avaliação Prática Avaliação Substitutiva Recuperação Média Final Faltas 1. Anatomia Facial, / /, / /, / / NADA CONSTA, / /, / /, / / / / 2. Biossegurança, / /, / /, / /, / /, / /, / /, / / / / 3. Técnica de Tratamento Facial, / /, / /, / /, / /, / /, / /, / / / / 4. Maquilagem, / /, / /, / / NADA CONSTA, / /, / /, / / / / 5. Eletroterapia Facial, / /_ f:, / /, / / NADA CONSTA, / /, / /, / / N / / 6. Cosmetologia I, / /, / /, / / NADA CONSTA, / /, / /, / / _/ /_ 3

4 ANATOMIA E FISIOLOGIA HUMANA FACIAL 4

5 Sumário Anatomia de Superfície...01 Ossos...07 Sistema Muscular...12 Músculo da Face...13 Anatomia da Articulação Temporomandubular...23 Sistema Vascular Sanguíneo...26 Glândulas...30 Sistema Nervoso...33 Nervos Cranianos...37 Sistema Linfático...41 Bibliografia e Agradecimentos

6 Anatomia de Superfície O estudo da anatomia se inicia com a divisão da superfície da cabeça e do pescoço em regiões, nas quais se encontram determinados pontos anatômicos de referência que devem ser bem observados a fim de se desenvolver a habilidade de encontrá-los no exame do paciente e ou cliente. Regiões da cabeça As regiões da cabeça incluem as regiões frontal, parietal, occipital, temporal, orbital, nasal, infra-orbital, zigomática, da bochecha, oral e mentual. Cabeça 8 região frontal 9 região pariental 10 região occipital 11 região temporal 12 região infratemporal Face 14 região nasal 15 região oral 16 região mentoniana 17 região orbital 18 região infraorbitária 19 região bucal 20 região zigomática 21 região parotideomassetérica 6

7 Região Frontal Pescoço 23 região cervial anterior 24 trígono submandibular 25 trígono carotídeo 26 região esternocleidomastoideia 27 pequena fossa supraclavicular 28 região cervical lateral 29 fossa supraclavicular maior 30 região cervial posterior A região frontal da cabeça inclui a fronte e a área localizada acima do olho. Imediatamente abaixo dos supercílios, encontra-se a margem supra-orbital e superciliar. A área lisa e elevada entre os supercílios é a glabela, que se apresenta plana na criança e em adultos do sexo feminino, sendo proeminente e arredondada em adultos do sexo masculino. A proeminência da fronte, o túber frontal (conhecida como testa ) também é evidente. Região Parietal e Occipital São revestidas pelo couro cabeludo, que consiste de camadas de tecidos mole sobrepostas aos ossos da calvária. Região Temporal A principal estrutura da região temporal é a orelha externa, formada pela orelha e pelo meato cústico externo. A margem livre superior e posterior da orelha é denominada hélice, que termina inferiormente no lóbulo da orelha, uma protuberância de consistência mole. O ápice superior da hélice está 7

8 situado em um nível correspondente aos supercílios da glabela, e o lóbulo, aproximadamente no nível do ápice do nariz. Na parte anterior à abertura do meato, encontra-se uma pequena elevação, o trago, que também é maleável à palpação, por ser constituído de cartilagem elástica. A elevação cartilaginosa oposta ao trago é denominada antítrago. Entre o trago e o antítrago há uma incisura intertrágica. Região Orbital Na região orbital, o bulbo do olho e suas estruturas auxiliares estão contidas em uma cavidade óssea, a órbita. Os olhos estão localizados aproximadamente no ponto médio do comprimento vertical da face. Duas estruturas móveis, as pálpebras superior e inferior, cobrem e protegem cada bulbo do olho. 8

9 Região Nasal A principal estrutura da região nasal é o nariz, cuja raiz se situa entre os olhos. Inferiormente à glabela, encontra-se o násio, um ponto mediano que corresponde à união entre os ossos nasais; estes formam uma parte do nariz denominado dorso do nariz. A ponta ou ápice do nariz é uma região flexível devido a sua consistência cartilaginosa 9

10 As narinas são duas aberturas do nariz que são separadas por uma parede mediana, o septo nasal, e limitadas lateralmente por estruturas cartilaginosas em forma de asa, as asas do nariz. A largura entre as asas deve corresponder aproximadamente à mesma largura do olho ou espaço situado entre os olhos. Região Infra-Orbital, Zigomática e da bochecha A região infra-orbital é inferior à região orbital lateral à região nasal. Mais lateralmente, encontra-se a região zigomática que corresponde ao osso zigomático e ao arco zigomático, situado logo abaixo da margem inferior da órbita e estendendo-se para a parte superior da orelha. De situação inferior ao arco zigomático e imediatamente anterior à orelha encontra-se a articulação temporomandibular, local onde a mandíbula se une à base do crânio. 10

11 A região da bochecha está formada por estruturas moles que constituem as paredes laterais da cavidade oral, conhecidas como bochechas. A bochecha é uma área ampla e plana situada entre o nariz, a boca e a orelha. A maior parte dessa região é maleável, formada por uma massa de tecido adiposo e músculos. Região Oral É formada principalmente por estruturas internas, sendo constituída pelos lábios, cavidade oral, palato, língua, soalho da cavidade oral e fauces (garganta). Os lábios constituem a porta de entrada para a cavidade oral. Cada lábio apresenta uma zona vermelha que lhes conferem uma aparência mais escura e separada da pele circunjacente pela margem vermelha. A largura dos lábios em repouso deve corresponder aproximadamente à distância entre as íris. Na linha mediana do lábio superior, inferiormente ao septo do nariz, há um sulco vertical de trajeto inferior denominado filtro, que termina em uma estrutura espessa, o tubérculo do lábio superior. Os lábios se unem no ângulo da boca, onde se observa uma pequena depressão, a comissura dos lábios. O sulco que se estende desde a comissura dos lábios até a asa do nariz é o sulco nasolabial e o sulco que separa o lábio inferior da região mentual é denominado sulco labiomentual. 11

12 Região Mentual O mento (queixo) é a principal estrutura da região mentual. O mento apresenta uma proeminência, a protuberância mentual, que geralmente é mais desenvolvida em indivíduos do sexo masculino, mas que pode ser visualizada e palpada em indivíduos do sexo feminino. O sulco labiomentual, uma depressão transversal entre o lábio inferior e o mento. Regiões Cervicais O pescoço se estende desde o crânio e a mandíbula, até as clavículas e o esterno. As regiões cervicais podem ser divididas em diferentes áreas triangulares baseadas nos ossos e músculos aí existentes. 12

13 Uma longa fita muscular, o músculo esternocleidomastóideo divide de forma diagonal cada lado do pescoço nas regiões cervical lateral e posterior. A região cervical anterior, ou trígono anterior, está subdividida em outros quatro trígonos cervicais, dois dos quais próximos à linha mediana. Situada posteriormente ao músculo esternocleidomastóideo, está à região cervical lateral, também denominada trígono cervical lateral. Na linha mediana, a cartilagem tireóidea da laringe forma uma saliência, a proeminência laríngea, conhecida como pomo de Adão, mais desenvolvida nos indivíduos do sexo masculino. As pregas vocais são ligamentos inseridos na face posterior da cartilagem tireóidea. O osso hióide também está situado na linha mediana, superiormente à cartilagem tireóidea. Diversos músculos se inserem n o osso hióide e controlam o posicionamento da raiz da língua. O osso hióide pode ser palpado inferior e medialmente aos ângulos da mandíbula. Nessa manobra não se deve confundir o osso hióide com a cartilagem tireóidea inferiormente situada. Como já mencionado, o trígono cervical anterior pode ser subdividido em trígonos menores por músculos não tão proeminentes como o músculo esternocleidomastóideo. Desta forma, a região superior de cada trígono anterior é demarcada por partes do músculo digástrico e pela mandíbula, delimitando o trígono submandibular. A região inferior pode ser subdividida, pela presença do músculo omo-hióideo, nos trígonos carótico acima e muscular, abaixo. O trígono submentual apresenta situação mediana e é delimitado pelos ventres anteriores dos músculos digástricos e pelo osso hióide. O trígono cervical lateral também pode ser subdividiso em pequenas regiões triangulares. Assim, o músculo omo-hióideo separa o trígono occipital de situação superior, do trígono omoclavicular, inferiormente situado. 13

14 Ossos 14

15 Ossos da Face Esses ossos determinam as feições da face e servem como base para as dentições. Os ossos da face incluem os ossos ímpares mandíbula e vômer e os ossos pares lacrimais, nasais, conchas nasais inferiores, zigomáticos, maxilas e palatinos. Vários ossos da face estão encobertos por partes moles de duas ou mais regiões da face. Como exemplo pode-se citar o osso frontal, que forma a fronte e uma área ao redor dos olhos. Desta forma é importante que se considere tais situações, uma vez uma anomalia em um determinado osso da face pode freqüentemente envolver tecidos moles de natureza diferente. Vômer 15

16 O vômer é um osso ímpar e mediano que forma a parte posterior do septo nasal. Articula-se pela sua margem ântero-superior com o osso etmóide, com a cartilagem do septo anteriormente, com os ossos palatinos e as maxilas inferiormente e com o osso esfenóide através de sua margem póstero-superior. O vômer não apresenta inserção muscular. Ossos Lacrimais, Nasais e Conchas nasais inferiores Os ossos lacrimais são delgadas lâminas irregulares que formam uma pequena parte da parede ântero- mediais da órbita. O osso lacrimal se articula com o etmóide, a maxila e o frontal. O ducto lacrimo nasal está formado pela união do osso lacrimal com a maxila. A lágrima drena para esse ducto que desemboca no meato inferior da cavidade nasal. Os ossos nasais formam o dorso do nariz e se articulam na linha mediana, acima da abertura piriforme. As conchas nasais inferiores são ossos isolados pertencentes à face e se projetam a partir das maxilas para constituírem a parede lateral da cavidade nasal. Ossos Zigomáticos Formam a proeminência mais saliente da face e se articulam com as maxilas, o frontal, o temporal e o esfenóide. 16

17 Ossos Palatinos São ossos pares constituídos pelas lâminas perpendiculares e horizontais. Lâmina dos ossos palatinos A lâmina horizontal forma a parte posterior do palato ósseo. A lâmina perpendicular contribui para formar parte da parede lateral da cavidade nasal e uma parte do ápice da órbita. Suturas do osso palatino Os ossos palatinos atuam como uma ponte entre as maxilas e o osso esfenóide. AS lâminas horizontais se articulam na parte posterior da sutura palatina mediana. 17

18 Forames dos ossos palatinos Existem dois forames importantes nos ossos palatinos por onde passam nervos e vasos sanguíneos para a região do palato. Forame palatino maior Forame palatino menor Maxilas São unidas entre si na linha mediana e se articulam com os ossos frontal, lacrimais, nasais, conchas nasais inferiores, vômer, esfenóide, palatinos e zigomáticos. Mandíbula É um osso ímpar da face e o único osso do crânio que goza de grande mobilidade, sendo considerado ainda o maior e mais robusto osso da face. A mandíbula se articula com os ossos temporais formando a articulação temporomandibular. 18

19 Seios Paranasais São cavidades pneumáticas pares, forradas por mucosas localizadas nos ossos frontais, esfenóide, etmóide e maxila e que se comunicam com a cavidade nasal através de pequenas aberturas em sua parede lateral. Os seios diminuem o peso dos ossos do crânio e atuam como caixas de ressonância do som emitido pela laringe. A membrana mucosa dos seios torna-se inflamada e congestionada como na sinusite primária, que pode ocorrer devido a processos alérgicos ou infecciosos nos seios. A inflamação dos seios originada em outro local, como uma infecção de um dente adjacente ao seio determi a sinusite secundária. 19

20 Seios frontais Estão localizados no osso frontal logo acima da cavidade nasal, sempre separado por um septo mediano. Cada seio frontal se comunica com a cavidade nasal através de um canal estreito chamado de ducto frontonasal. Seios esfenoidais Estão localizados no corpo do osso esfenóide, se comunicam com a cavidade nasal através de uma abertura situada superiormente à concha nasal superior, o recesso esfenoetmoidal. 20

21 Seios etmoidais São variáveis em número e situadas nas massas laterais do osso etmóide. Seio maxilar Localiza-se no corpo da maxila, imediatamente posterior aos caninos e pré-molares. Seu tamanho varia de acordo com o indivíduo e com a idade. Sistema Muscular Os músculos da face, responsáveis pela expressão facial, estão situados na fáscia superficial da face, se originam em um osso e se inserem na pele, onde determinam rugas dispostas em ângulos retos à linha de ação muscular. No sorriso, você utiliza somente 17 músculos, enquanto para determinar uma expressão carrancuda, seus músculos (43 exatamente) desempenham esforço extra. A utilização de um espelho é de grande valia para se observar a ação desses músculos nas diversas expressões faciais. Ação 21

22 Durante a expressão facial, todos os músculos agem em diversas combinações, variando a aparência da face. A incapacidade de se realizar expressões faciais de um dos lados da face pode ser o primeiro sinal de lesão no nervo destinado a esses músculos. Inervação Todos os músculos da face são inervados pelo sétimo par de nervos craniano, o nervo facial. Lesões neste nervo resultam em paralisia facial do lado envolvido. O nervo facial pode apresentar uma lesão permanente ou temporária. Músculos da Face Músculos da Face relacionados com as respectivas expressões faciais 22

23 Músculo Ventre anterior do M. Occipito frontal Orbicular da boca Levantador do lábio superior Bucinador Orbicular do olho Nasal Mentual Platisma Supraciliar Orbicular das Pálpebras Zigomático Maior Zigomático Menor Risorius Masseter: Elevador do Lábio Superior e Asa do Nariz; Elevador do Lábio Superior; Elevador do Ângulo da Boca; Depressor do Ângulo da Boca; Ação principal Eleva os supercílios e a pele da testa Compressão e movimentos dos lábios Eleva o lábio, dilata a narina e eleva o ângulo da boca Comprime a bochecha contra os dentes molares, puxa a boca para um lado quando atingido unilateralmente Fecha as pálpebras Leva a asa do nariz em direcção ao septo nasal Eleva e protrai o lábio inferior Baixa a mandíbula e estende a pele da parte inferior da face e a do pescoço Puxa para baixo a extremidade medial do supercílio e enruga a pele do nariz Oclusão Palpebral Sorriso Choro Estira as Comissuras Labiais no plano horizontal e faz o sorriso enigmático Levanta a Mandíbula para ocluir os dentes Separam os lábios 23

24 MÚSCULOS DA FACE RELACIONADOS COM AS RESPECTIVAS EXPRESSÕES FACIAIS MÚSCULOS Occipitofrontal Orbicular do olho Corrugador do supercílio Orbicular da boca Bucinador Risório Levantador do lábio superior Levantador do lábio superior e asa do nariz Zigomático maior Zigomático menor Levantador do ângulo da boca Abaixador do ângulo da boca Abaixador do lábio inferior Mentual Platisma EXPRESSÃO FACIAL Surpresa Gargalhada, choro Aspecto carrancudo, ira Raiva, ira Sorriso Sorriso, riso Riso, menosprezo Aversão, desaprovação Sorriso, riso Riso, gargalhada Riso Tristeza, dor Choro, desprezo Desprezo Repugnância Músculo do Couro Cabeludo Músculo Occipitofrontal O músculo occipitofrontal, parte do músculo epicrânio, é o músculo da face situado na região do couro cabeludo. Ação: O músculo epicrânio eleva a pele da fronte e do supercílio, como numa expressão de surpresa. Músculos das pálpebras e do supercílio 24

25 Incluem o músculo orbicular do olho e o músculo corrugador do supercílio. Músculo orbicular do olho O músculo orbicular do olho circunda a órbita. Ação: O músculo orbicular do olho fecha as pálpebras. A contração de todas as fibras determina o aparecimento de rugas na pele da parte lateral da órbita (pés-de-galinha). Músculo corrugador do supercílio O músculo corrugador do supercílio está situado profundamente à parte superior do músculo orbicular do olho. Ação: Traciona a pele do supercílio medial e inferiormente, em direção ao nariz. Este movimento determina rugas verticais na fronte, como quando se franze as sobrancelhas. Músculos dos lábios e da boca Pertencem a esse grupo os músculos orbiculares da boca, bucinador, risório, levantador do lábio superior e da asa do nariz, zigomático maior, zigomático menor, levantador do ângulo da boca, abaixador do ângulo da boca, abaixador do lábio inferior, mentual e platisma. Músculo orbicular da boca O músculo orbicular da boca é um importante músculo da face da região oral. Ação: Fecha a boca e quando se contrai firmemente, comprime os lábios. Músculo bucinador O músculo bucinador forma a bochecha, ou parede lateral da cavidade oral. 25

26 Ação: O músculo bucinador puxa lateral e posteriormente o ângulo da boca e encurta a parede lateral da cavidade oral. Esta ação permite que o músculo comprima a bochecha contra os dentes, como acontece quando se mastiga. Por colocar o alimento na posição correta durante a mastigação, o músculo bucinador é considerado um músculo auxiliar dos músculos da mastigação. Músculo risório O músculo risório é um delgado músculo da face, situado na região oral. Ação: O músculo risório retrai o ângulo da boca, como se observa num sorriso. Músculo levantador do lábio superior O músculo levantador do lábio superior é um músculo largo e plano. Ação: Eleva o lábio superior. Músculo levantador do lábio superior e da asa do nariz É um músculo da região dos lábios. Ação: Eleva o lábio superior e a asa do nariz, dilatando as narinas como numa expressão de aversão ou desaprovação. Músculo zigomático maior O músculo zigomático maior é um músculo da face situado na região oral. Ação: Eleva e retrai o ângulo da boca. Músculo zigomático menor 26

27 O músculo zigomático menor é um músculo da região oral situado medialmente ao músculo zigomático maior. Ação: Eleva o lábio superior. Músculo levantador do ângulo da boca O músculo levantador do ângulo da boca é um músculo triangular da região do lábio inferior. Ação: Abaixa o ângulo da boca como numa expressão de tristeza ou desaprovação. Músculo abaixador do lábio inferior O músculo abaixador do lábio inferior é outro músculo da face situado na região dos lábios. Ação: Abaixa o lábio inferior, expondo os dentes incisivos inferiores. Músculo mentual O músculo mentual é um músculo da face curto e espesso situado superior e medialmente ao nervo mentual. Músculo platisma O músculo platisma é um dos músculos da face que se estende do pescoço à boca, recobrindo o trígono anterior do pescoço. Ação: O músculo platisma enruga a pele do pescoço e traciona inferiormente o ângulo da boca, como numa expressão de repugnância. Músculos da mastigação Os músculos masseter, temporal, pterigoideo medial e pterigoideo lateral são os músculos pares que se inserem na mandíbula e que são denominados músculos da mastigação. 27

28 Ação: Os músculos da mastigação agem na articulação temporomandibular e são os responsáveis pelo fechamento da boca, deslizamento da mandíbula para frente ou para trás, e desvio lateral da mandíbula. Inervação: Todos os músculos da mastigação são inervados pelo nervo mandibular, ramo do nervo trigêmeo ou quinto par de nervos craniano. Músculo masseter 28

29 O mais potente dos músculos da mastigação é o músculo masseter, que devido à sua situação superficial, é também o mais evidente. Para se observar esse músculo, deve-se pedir ao paciente ou cliente para que cerre os dentes. O músculo masseter é um músculo largo, espesso e retangular situado de cada lado da face, anteriormente à glândula parótida, e possui uma parte superficial e uma parte profunda. O músculo masseter pode hipertrofiar-se em pessoas que apresentam o hábito de ranger ou cerrar os dentes e também naqueles que mascam chiclete constantemente. Ação: a contração bilateral do músculo masseter eleva a mandíbula, realçando o mento. A elevação da mandíbula ocorre durante o fechamento da boca. Músculo temporal O músculo temporal é um músculo largo em forma de leque situado na fossa temporal, superiormente ao arco zigomático. Ação: Se o músculo se contrai como um todo, sua ação principal é elevar a mandíbula, quando se fecha a boca. Se somente suas fibras posteriores se contraem, o músculo temporal realiza a retrusão da mandíbula, que é acompanhada pelo fechamento da boca. Músculo pterigoideo medial O músculo pterigoideo medial está situado profundamente, e possui formato que o torna semelhante ao músculo masseter. Ação: A ação do músculo pterigoideo medial é de elevar a mandíbula, sendo menos potente que o masseter nessa ação. Músculo pterigoideo lateral 29

30 O último músculo da mastigação a ser considerado é o músculo pterigoideo lateral. Ele apresenta uma cabeça superior e uma cabeça inferior, separadas por um discreto espaço anterior; posteriormente, as duas cabeças se fusionam. O músculo pterigoideo lateral está situado na fossa infratemporal. Ação: a cabeça inferior realiza uma discreta depressão da mandíbula, quando se abre a boca. A ação principal, quando se realiza a contração bilateral, é a protusão da mandíbula, que ocorre freqüentemente quando a boca é aberta. Ocorre-se a contração unilateral do músculo, a mandíbula é deslocada para o lado oposto, ocorrendo o movimento de lateralidade da mandíbula. Músculos do Pescoço Os dois Músculos do pescoço considerados neste texto são superficiais e facilmente palpáveis: o esternocleidomastóideo e o trapézio. 30

31 Vista lateral 31

32 32

33 MÚSCULOS DA MASTIGAÇÃO E MOVIMENTOS MANDIBULARES MÚSCULOS MOVIMENTOS MANDIBULARES Masseter Elevação da mandíbula (fecha a boca) temporal Elevação da mandíbula (fecha a boca) e retrusão da mandíbula (traciona para trás) Pterigóideo Medial Elevação da mandíbula (fecha a boca) Pterigóideo Lateral Cabeça inferior: depressão discreta da mandíbula (durante a abertura da boca). Lateralidade da mandíbula (desloca o mento para o lado oposto) quando um músculo age sozinho. Protusão da mandíbula (a mandíbula desliza para frente) na ação simultânea dos dois músculos. 33

34 Músculo esternocleidomastóideo Um dos maiores e mais superficiais músculos do pescoço, o esternocleidomastóideo (ECM) é espesso e utilizado como um ponto de referência anatômica importante do pescoço durante a palpação. O ECM é palpado quando se move a cabeça para um dos lados e divide o pescoço nos trígonos anterior e posterior do pescoço. Ação: A contração unilateral do ECM inclina a cabeça e o pescoço para um lado e roda a face para o lado oposto. A contração bilateral fixa e flete a cabeça. Músculo Trapézio Outro importante músculo superficial do pescoço é o músculo trapézio, que reveste as superfícies laterais e posteriores do pescoço. É um músculo largo, plano e de formato triangular. Ação: Elevação, depressão, rotação e adução da escápula. Anatomia da articulação temporomandubular Uma articulação é o local de união entre dois ou mais ossos. A articulação temporomandibular (ATM) é uma articulação bilateral que permite os movimentos da mandíbula durante a fala e a mastigação. A (ATM) é inervada pelo nervo mandibular, ramo do nervo trigêmeo, e a irrigação é feita por ramos da artéria carótida externa. 34

35 Ossos A ATM envolve de cada lado da cabeça, dois ossos: o temporal e a cabeça da mandíbula, parte do processo condilar da mandíbula. Ambas as superfícies ósseas são recobertas por fibrocartilagem. Osso Temporal O osso temporal é um dos ossos do crânio e que se articula com a mandíbula na ATM. A região do temporal que participa da articulação está situada em sua face inferior e inclui o tubérculo articular e a fossa mandibular. O tubérculo articular, uma margem lisa e arredondada, está situada anteriormente à fossa mandibular. 35

36 A fossa mandibular, uma depressão no osso temporal, é posterior ao tubérculo articular e posterior e medial ao processo zigomático do osso temporal. Posteriormente à fossa, encontrase uma margem pontiaguda, o processo retroarticular. Mandíbula A mandíbula é um dos ossos da face que se articula com o osso temporal através da cabeça da mandíbula. Movimentos da mandíbula e músculos relacionados A ATM permite os movimentos da mandíbula durante a fala e a mastigação. Existem dois tipos básicos de movimentos realizados na articulação pelos seus respectivos músculos: o movimento de deslizamento e o de rotação. O movimento de deslizamento da ATM ocorre principalmente entre o disco e o tubérculo articular do temporal no compartimento superior da cavidade articular, com o disco e a cabeça da mandíbula se deslocando para frente e para baixo. O deslizamento para frente envolve a protrusão da mandíbula e o deslizamento para trás envolve a retrusão da mandíbula. A rotação da ATM ocorre principalmente entre o disco articular e a cabeça da mandíbula, no compartimento inferior da articulação. O eixo de rotação do disco e da cabeça da mandíbula é transversal e os movimentos efetuados são a depressão e a elevação da mandíbula. A depressão da mandíbula significa o seu abaixamento, sendo o movimento oposto denominado elevação da mandíbula. 36

37 Com esses dois movimentos, o deslizamento e a rotação e as duas articulações atuando em conjunto, movimentos como a abertura e o fechamento da boca e a lateralidade da mandíbula podem ser efetuados pela ATM. A abertura da boca durante a fala e a mastigação envolve a depressão e a protrusão da mandíbula. Quando se fecha a boca, são executados os movimentos de elevação e retrusão da mandíbula. Desta forma, a abertura e o fechamento da boca envolvem uma combinação de movimentos de deslizamento e de rotação das duas articulações e respectivas cavidades articulares. Os músculos da mastigação envolvidos no movimento de fechamento da boca são o masseter, o temporal e o pterigoideo medial, bilateralmente. Os músculos supra-hióideos estão envolvidos na depressão da mandíbula durante a abertura da boca; enquanto eles se contraem bilateralmente, o osso hióide está estabilizado por outros músculos hioideos. A lateralidade da mandíbula ou excursão lateral da mandíbula ocorre durante a mastigação. A lateralidade da mandíbula envolve os movimentos de deslizamento e de rotação das ATMs opostas e suas respectivas cavidades articulares. Durante a lateralidade, uma das cabeças da mandíbula e seu côndilo deslizam anterior e medialmente sobre o tubérculo articular no compartimento superior, enquanto que a outra cabeça e seu disco permanecem relativamente estáveis no interior da fossa mandibular. Isto proporciona uma rotação ao redor de um processo condilar mais estável. A contração de um dos músculos pterigóideos laterais ocorre durante o movimento de lateralidade. Quando a mandíbula é desviada para a esquerda, ocorre a contração do músculo pterigóideo lateral do lado direito tracionando a cabeça da mandíbula para frente enquanto que a do lado oposto permanece em posição, ocorrendo o movimento da mandíbula para o lado esquerdo. A situação oposta ocorre quando a mandíbula é levada para o lado diretio. 37

38 Durante a mastigação, quando os dentes trituram o alimento, ocorre um movimento da posição lateral para a linha mediana. Se o alimento está ao lado direito, a mandíbula é desviada para este lado pelo músculo pterigóideo lateral esquerdo. O ato de triturar retorna a mandíbula para o centro e o movimento se inicia para o lado esquerdo, e inclui a retrusão para o lado esquerdo, realizada pela parte posterior do músculo temporal esquerdo. Ao mesmo tempo, todos os músculos mastigadores do lado direito se contraem para triturar o alimento. A situação oposta ocorre quando o alimento se encontra do lado esquerdo. Sistema vascular sanguíneo 38

39 O sistema vascular sanguíneo da cabeça e do pescoço, bem como do restante do corpo, consiste de um suprimento arterial, de uma rede de capilares e de uma drenagem venosa. Os vasos sanguíneos são menos numerosos que os vasos linfáticos, mesmo com a parte venosa situada preferencialmente paralela a eles. As artérias são os componentes do sistema vascular sanguíneo que se originam no coração e que conduzem o sangue para fora do coração. As artérias se iniciam como vasos de grande calibre que se ramificam em vasos de menor calibre, ou arteríolas. Cada arteríola se ramifica em vasos menores, formando redes de capilares, responsáveis pelo suprimento sanguíneo de uma ampla área de tecido. As veias representam o outro componente do sistema vascular sanguíneo que, ao contrário das artérias, levam o sangue para o coração. As válvulas venosas, freqüentemente estão ausentes nas veias da cabeça e do pescoço diferentemente do que ocorre com as veias do restante do corpo. Esta característica permite o fluxo sanguíneo em dois sentidos, determinado por mudanças ma pressão local, sendo esta a razão pela qual infecções faciais ou dentárias podem levar a graves complicações. Após as pequenas veias ou vênulas drenarem os capilares de uma determinada região, elas se unem para formarem veias que vão aumentando em diâmetro, terminando em veias de grande calibre. As veias são mais calibrosas e muito mais numerosas que as artérias e se anastomosam livremente. Apresentam também uma grande variabilidade quanto à localização, quando comparadas às artérias. As veias superficiais são aquelas encontradas imediatamente abaixo da pele e as veias profundas normalmente acompanham as artérias, que estão situadas em locais protegidos no interior dos tecidos. As veias formam ainda diversos tipos de redes venosas espalhadas pelo corpo. Um seio venoso é definido como um espaço delimitado por duas lâminas de tecido e 39

40 preenchido por sangue. Todas essas redes venosas estão conectadas entre si, por amplas anastomoses. 40

41 Origem das artérias da cabeça e do pescoço As artérias carótida comum e subclávia do lado esquerdo se originam diretamente da artéria aorta; do lado direito, essas artérias são ramos do tronco braquiocefálico, que é o ramo que se origina da artéria aorta. A artéria carótida comum tem um trajeto ascendente pelo pescoço lateralmente à traquéia e à laringe, envolta por uma bainha situada abaixo do músculo esternocleidomastóideo que contém também a veia jugular interna e o nervo vago. A artéria carótida comum se divide em artérias carótidas interna e externa. Imediatamente antes da sua bifurcação, a artéria carótida comum apresenta uma dilatação denominada seio carótico. Quando a artéria carótida comum é palpada contra a laringe, o mais 41

42 seguro pulso do corpo pode ser monitorado. Se a margem anterior do músculo esternocleidomastóideo, no nível da cartilagem tireóidea ( pomo de Adão ), for tracionada posteriormente, o pulso carótico pode ser tomado no sulco produzido por essa manobra. Este pulso é o mais seguro, pois a artéria carótida comum é a principal artéria que irriga o encéfalo e, desta forma, em uma situação de emergência (ressuscitação cardiopulmonar), permanece palpável quando as artérias periféricas já não o são, como é o caso da artéria radial. A artéria subclávia tem sua origem lateralmente à artéria carótida comum. Seus ramos irrigam estruturas intra e extra cranianas, mas o principal território de irrigação dessa artéria é o membro superior. Drenagem venosa da cabeça e do pescoço 42

43 As veias da cabeça e do pescoço se iniciam como vênulas e vão aumentando seu calibre à medida que se aproximam da base do pescoço, em seu trajeto para o coração. De uma maneira geral, as veias da cabeça e da parte superior do pescoço são simétricas quanto à posição, apresentando, porém uma grande variação em relação às artérias. As veias se anastomosam livremente e normalmente são mais calibrosas e mais numerosas que as artérias de uma mesma área. A veia jugular interna drena o encéfalo e a maioria das estruturas da e do pescoço, enquanto que a veia jugular externa é responsável pela drenagem de somente uma pequena parte das estruturas extra cranianas. Todavia, as duas veias apresentam diversas anastomoses. Glândulas São consideradas glândulas da cabeça e do pescoço as glândulas lacrimais, as glândulas salivares, a tireóide, as paratireóides e o timo. Uma glândula é uma estrutura que produz uma secreção química necessária ao funcionamento normal do organismo. Uma glândula exócrina é aquela que apresenta um ducto a ela associado e que pode ser definido como uma via de escoamento que permite que a secreção possa ser lançada diretamente no local onde ela deverá ser utilizada. Uma glândula endócrina não apresenta ducto e sua secreção é lançada diretamente na corrente sanguínea que se encarrega de transportá-la à região onde deverá atuar. Nervos motores associados a ambos os tipos de glândulas auxiliam na regulação do fluxo da secreção. Nervos sensitivos também são encontrados nas glândulas. 43

44 Glândulas lacrimais É glândulas exócrinas pares cujo produto de secreção é a lágrima. A lágrima é um fluido aquoso que lubrifica a conjuntiva que reveste a face interna das pálpebras e a superfície anterior do bulbo do olho. A lágrima deixa a glândula através de 8 a 12 ductos excretores e, após banhar a superfície do olho, é drenada através de um pequeno orifício em cada pálpebra. Estes orifícios drenam para o saco lacrimal, uma estrutura de paredes delgada e localizada posteriormente ao ângulo medial do olho. Do saco lacrimal, a lágrima flui para o ducto lacrimo nasal, que desemboca no meato inferior da cavidade nasal. Essa conexão explica por que ocorre um corrimento no nariz quando se chora. Glândulas salivares As glândulas salivares são responsáveis pela produção da saliva, que participa da digestão e promove a limpeza e a lubrificação da cavidade da boca. As glândulas salivares são classificadas em glândulas salivares maiores e glândulas salivares menores, de acordo com seu tamanho. Tanto as glândulas salivares maiores como as menores são glândulas exócrinas, 44

45 apresentando, portanto um ducto associado, por onde a saliva é levada à cavidade oral, onde será utilizada. As glândulas salivares podem aumentar de tamanho ou tornarem-se moles ou enrijecidas devido a diversos processos patológicos. Glândula tireóide A glândula tireóide é a maior das glândulas endócrinas e produz a tireoxina, um hormônio que participa do controle da atividade metabólica. Está formada pelos lobos direito e esquerdo, unidos anteriormente por um istmo e, embora possa ser palpada na pessoa sadia, ela não é 45

46 visível externamente. Em condições normais, a glândula tireóide e toda a laringe se movimentam para cima durante a deglutição. Em processos patológicos que envolvem a glândula, ela pode aumentar sensivelmente e tornar-se visível durante a visualização externa. Essa hipertrofia é conhecida como bócio que tende a se apresentar fixo e de consistência mole, com alguns pontos sólidos. Desta forma, a glândula pode perder a sua mobilidade e não se mover para cima quando a pessoa deglute. A glândula pode também ser parcial ou completamente removida cirurgicamente devido a diversas doenças. Glândulas paratireóides As glândulas paratireóides são quatro pequenas glândulas endócrinas, duas de cada lado, que produzem o hormônio paratireóideo, lançado diretamente na corrente sanguínea e responsável pela regulação dos níveis de cálcio e fósforo. Elas não são visíveis ou palpáveis. Porém, 46

47 quando acometidas por processos patológicos, as glândulas paratireóides podem alterar a glândula tireóide. Timo O timo é uma glândula endócrina e faz parte do sistema imunológico, o qual luta contra as doenças. Os linfócitos T são glóbulos brancos do sangue que amadurecem no timo em resposta a estímulos produzidos pelos hormônios tímicos. A glândula cresce em tamanho do nascimento à puberdade, enquanto realiza sua função. Após a puberdade, o timo cessa o seu desenvolvimento e começa a sofrer atrofia. Na fase adulta, a glândula quase desaparece, consistindo nessa fase de dois lobos laterais muito próximos à linha mediana. Por esse motivo, o timo é considerado uma estrutura temporária. O timo não é facilmente palpável, porém o seu envolvimento em diversos processos patológicos pode alterar o tratamento do paciente. Indivíduos idosos podem ter sidos submetidos à radioterapia da glândula na infância para diminuir o seu tamanho a fim de prevenir uma morte súbita nessa fase da vida. 47

48 Um timo volumoso na criança não está relacionado à sufocação e morte súbita na infância, porém, os níveis de radiação utilizados em pacientes no passado podem resultar em câncer da tireóide. Sistema nervoso O sistema nervoso determina a contração dos músculos, resultando em expressões faciais e movimentos articulares envolvidos na mastigação e fala. Além de estimular a secreção glandular e regular diversos sistemas do corpo, como o sistema circulatório, o sistema nervoso também permite tornar consciente as sensações de dor e tato. O sistema nervoso apresenta duas partes principais, a central e a periférica que interagem constantemente. O neurônio é o componente celular do sistema nervoso e está composto por corpo e processos neuronais. Um nervo é um feixe de processos que pertence á parte periférica do sistema nervoso. Uma sinapse é o local de união entre dois neurônios ou entre um neurônio e um órgão efetor, onde os impulsos nervosos são transmitidos. Para funcionar em um organismo, os órgãos e tecidos possuem uma inervação, ou seja, um suprimento nervoso, que permite que informações sejam levadas para o encéfalo (o centro das informações) e deste para periferia do corpo. Um acúmulo de corpos neuronais na parte periférica do sistema nervoso constitui um gânglio. Existem dois tipos básicos de nervos, os aferentes e os eferentes, também denominados, respectivamente, sensitivos e motores. Um nervo aferente conduz informações da periferia do corpo para o encéfalo (ou para a medula espinal). Assim, um nervo aferente leva para o encéfalo informações sensorial como 48

49 tato, dor, gustação ou propriocepção, que é um tipo de informação referente às posições e movimentos do corpo. Essas informações que chegam ao encéfalo são analisadas, modificadas, associadas com outras informações e guardadas como memória. Um nervo eferente conduz informações do encéfalo para a periferia do corpo, ou seja, conduz impulsos para os músculos, ativando-os, como resposta a uma informação recebida pelo encéfalo através dos nervos aferentes. Um neurônio eferente com suas ramificações pode controlar centenas de fibras musculares. A membrana celular de um neurônio, como a das demais células, apresenta uma distribuição desigual de íons e cargas elétricas entre os seus dois lados (externo e interno). O fluido do lado externo possui carga positiva ao passo que o do lado interno, possui carga negativa. A diferença entre as cargas é o potencial de repouso e é medida em milivolts. O potencial de repouso é resultado de parte das diferenças na distribuição de íons carregados positivamente (sódio e potássio) e de íons carregados negativamente no citoplasma e fluido extracelular. A rápida despolarização da membrana celular, denominada potencial de ação, resulta na propagação do impulso nervoso ao longo da membrana. Um potencial de ação é uma reversão temporária do potencial elétrico ao longo da membrana por um breve período. Para que o impulso atravesse a sinapse em direção a outra célula é necessária a ação de agentes químicos, ou neurotransmissores do neurônio, que são liberados com a chegada do potencial de ação. Os neurotransmissores liberados difundem-se através da sinapse e ligam-se aos receptores sobre a membrana de outra célula. 49

50 Sistema nervoso central A parte central do sistema nervoso (SNC) está formada pelo encéfalo e pela medula espinal. Está envolvida por ossos, do crânio ou da coluna vertebral, protegida por um líquido e membranas de tecido conjuntivo. As partes do encéfalo são o telencéfalo, o diencéfalo, o cerebelo e o tranco encefálico. O telencéfalo é a parte mais desenvolvida do encéfalo e consiste de dois hemisférios cerebrais. Ele coordena as informações sensitivas e as funções motoras e governa diversos aspectos da inteligência e da razão, aprendizado e memória. O cerebelo é a parte do encéfalo que atua na coordenação dos músculos estriados esqueléticos, mantendo em seu tônus normal, a postura e o equilíbrio. O tronco encefálico apresenta três partes: o bulbo, a ponte e o mesencéfalo. O bulbo continua-se com a medula espinal e está relacionada com a regulação do ritmo cardíaco, 50

51 respiração, vaso constrição, sendo ainda o centro dos reflexos do vômito, tosse, espirro, deglutição e soluço. Os corpos celulares dos neurônios motores para a língua estão situados no bulbo. A ponte conecta o bulbo com o cerebelo e os centros encefálicos superiores. Os corpos celulares dos nervos cranianos V e VII estão situados na ponte. O mesencéfalo apresenta estações (relés) para as vias auditiva, visual e motora. O diencéfalo está situado superiormente ao mesencéfalo e consiste principalmente do tálamo e do hipotálamo. O tálamo atua como um relé para os impulsos aferentes ao SNC e o hipotálamo regula a homeostase. A medula espinal conecta o encéfalo ao resto do corpo e está contida em um canal ao longo da coluna vertebral. 51

52 Sistema nervoso periférico A parte periférica do sistema nervoso (SNP) está constituída por nervos que se estendem entre o SNC e os receptores, músculos e glândulas do corpo. O SNP é dividido em uma parte sensitiva ou aferente, que carrega informação dos receptores para o encéfalo ou medula espinal e uma parte motora ou eferente, que transporta a informação do encéfalo ou medula espinal para os músculos ou glândulas. A parte motora ou eferente do SNP apresenta, didaticamente, as divisões somáticas e autônomas. Divisão somática do sistema nervoso A divisão somática do sistema nervoso inclui todos os nervos que controlam os músculos e receptores sensitivos. Os órgãos dos sentidos são receptores enquanto as fibras musculares e glândulas são efetores. Divisão Autônoma do sistema nervoso A divisão autônoma do sistema nervoso (SNA) age sem o controle consciente, como um vigia do corpo. Suas fibras eferentes estão arranjadas em uma cadeia composta por dois neurônios. A divisão autônoma do sistema nervoso apresenta as partes simpáticas e parassimpáticas. As partes simpáticas e parassimpáticas geralmente trabalham de forma antagônica: uma estimula um órgão enquanto a outra o inibe. A parte simpática do sistema nervoso autônomo determina reações como à interrupção da secreção salivar, deixando a boca seca. A parte parassimpática do sistema nervoso autônomo determina reações como o estímulo da secreção salivar, que atua na digestão. 52

53 Nervos cranianos Os nervos cranianos constituem um componente importante da parte periférica do sistema nervoso. Existem 12 pares de nervos cranianos, sendo que estão todos conectados á base do encéfalo e atravessam o crânio por fissuras e forames. Alguns dos nervos cranianos são aferentes ou eferentes e outros apresentam ambos os componentes, sendo considerados nervos mistos. 53

54 Nervo craniano I = Nervo olfatório Conduz impulsos olfatórios originados na cavidade nasal, sendo, portanto um nervo aferente. Nervo craniano II = Nervo óptico É um nervo aferente e conduz impulsos de visão oriundos da retina. Nervo craniano III = Nervo oculomotor É um nervo eferente para alguns dos músculos extrínsecos do olho. Nervo craniano IV = Nervo troclear É também um nervo eferente para um dos músculos extrínsecos do olho. Nervo craniano V = Nervo trigêmeo Apresenta componentes eferentes para os músculos da mastigação e alguns outros músculos e componentes aferentes que conduzem impulsos originados nos dentes, língua e cavidade oral, bem como na pele da face e da fronte. O nervo trigêmeo possui duas raízes, sendo uma sensitiva e outra motora. A raiz sensitiva do nervo trigêmeo apresenta três ramos: oftálmico, maxilar e mandibular. O ramo oftálmico é o responsável pela sensibilidade da parte superior da face e da fronte; os ramos maxilares e mandibulares são responsáveis, respectivamente, pela sensibilidade das partes média e inferior da face. A raiz motora do nervo trigêmeo acompanha a divisão mandibular da raiz sensitiva, deixando o crânio através do forame oval do osso esfenóide. Nervo craniano VI = Nervo abducente 54

55 É um nervo eferente, pois é o responsável, como o vervo troclear e o nervo oculomotor, pela inervação de um dos músculos extrínsecos do olho. Nervo craniano VII = Nervo facial Apresenta componente eferente e aferente. O nervo facial conduz impulsos motores para os músculos da face e fibras parassimpáticas pré-ganglionares destinadas à glândula lacrimal e glândulas submandubular e sublingual. O componente aferente é responsável pela sensibilidade de uma pequena região da pele situada posteriormente à orelha externa, e pelos impulsos gustativos provenientes dos 2/3 anteriores da língua. Nervo craniano VIII = Nervo vestibulococlear É um nervo aferente, que conduz impulsos de sudição e equilíbrio originados na orelha interna, localizada no interior do osso temporal. Nervo craniano X = Nervo vago Apresenta um grande contingente de fibras eferentes que se destina aos músculos da faringe e da laringe, e aos vários órgãos do tórax e do abdome, como o coração e o estômago, através do seu componente eferente parassimpático. Nervo craniano XI = Nervo acessório É um nervo eferente para os músculos trapézio e esternocleidomastóideo, bem como para os músculos do palato mole e da faringe. Nervo craniano XII = Nervo hipoglosso Também é um nervo eferente, responsável pela inervação dos músculos extrínsecos e intrínsecos da língua. 55

56 Lesões dos nervos da cabeça e do pescoço Essas lesões são a paralisia facial, paralisia de Bell e a neuralgia do trigêmeo. A paralisia facial significa a perda da ação dos músculos da face. Pode ocorrer indiretamente, devido a uma lesão no encéfalo determinada por um derrame (acidente vascular encefálico), com músculos da cabeça e do pescoço conseqüentemente acometidos, ou por lesão direta do nervo facial. A paralisia facial pode ser uni ou bilateral, dependendo da natureza da lesão nervosa. Os traumas são comuns, pois os ramos do nervo facial estão superficialmente situados e desta forma, mais susceptíveis a esse tipo de lesão. Os músculos da face do lado afetado perdem o tônus. Clinicamente, o paciente com paralisia facial apresenta uma queda da região dos supercílios, da pálpebra e da comissura do lábio, com gotejamento de saliva. Ocorre ainda uma incapacidade de realizar as diversas expressões faciais. Como resultado, pode se desenvolver uma infecção no olho do lado envolvido. A fala e a mastigação também são comprometidas. A paralisia de Bell compreende a paralisia facial uni ou bilateral de causa desconhecida, na qual ocorre a perda da excitabilidade do nervo facial envolvido. A paralisia se instala de um modo repentino e uma das teorias de sua causa é a de que o nervo facial se torna inflamado no interior do osso temporal. Não existe um tratamento específico, porém, injeções de antiinflamatórios ou sessões de fisioterapia podem ser úteis. A neuralgia do trigêmeo também é uma lesão de causa desconhecida que envolve os componentes aferentes do nervo trigêmeo. Uma teoria é que essa condição seja determinada por pressão sobre a raiz sensitiva do nervo, no nível do gânglio trigeminal, através dos vasos sanguíneos da área. 56

57 Sistema linfático O sistema linfático é parte do sistema imune a atua nos mecanismos de defesa do organismo, sendo também o responsável pelo retorno do excesso de líquido intersticial e proteínas plasmáticas para a corrente sanguínea. Consiste de uma rede de capilares linfáticos, que são mais calibrosos que os capilares sanguíneos, e vasos linfáticos que interconectam linfonodos espalhados pelo corpo. Vasos linfáticos Os vasos linfáticos são um sistema de canais que ocorrem paralelamente às veias, porém são mais numerosos que as mesmas. O líquido intersticial é drenado desde a periferia até o interior dos vasos linfáticos, configurando a linfa. Linfonodos 57

58 Os linfonodos são estruturas em forma de feijão, que se aglomeram ao longo dos vasos linfáticos, aos quais estão conectados. Os linfonodos estão posicionados de forma a filtrar produtos tóxicos presentes na linfa que circula pelos vasos linfáticos, impedindo a entrada dessas substâncias estranhas na corrente sanguínea. Em indivíduos saudáveis, os linfonodos normalmente são pequenos, moles e livres ou móveis em relação aos tecidos adjacentes. Podem se situar superficialmente, relacionados às veias superficiais, ou profundamente, relacionados aos vasos profundos. Em condições normais, os linfonodos não podem ser observados ou palpados externamente. 58

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