Regulamento de Creditação
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1 Regulamento de Creditação Preâmbulo O capítulo VII do Decreto - Lei n.º 74/2006, de 24 de Março bem como a Portaria nº 401/2007 (que fixa o novo regime jurídico dos graus académicos e diplomas do ensino superior) consagra normas relativas à mobilidade dos estudantes entre cursos e estabelecimentos de ensino superior visando, na sequência do disposto no n.º 4 do artigo 13.º da lei de Bases do Sistema Educativo (Lei n.º 49/2005, de 30 de Agosto), fixar um novo quadro de referência facilitador, longe do ultrapassado sistema de equivalências, creditando nos seus ciclos de estudos a formação realizada no âmbito de outros ciclos de estudos superiores em estabelecimentos de ensino superior nacionais ou estrangeiros. O mesmo diploma legal veio introduzir a possibilidade de creditação da experiência profissional e da formação pós -secundária, nos termos do disposto do seu artigo 45º. Os Princípios e Procedimentos agora fixados deverão ser adoptados pela Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa de ora em diante designada por ESTeSL. Artigo 1.º Objectivo e âmbito 1 O presente Regulamento estabelece as normas relativas aos processos de creditação na ESTeSL, para efeitos do disposto no artigo 45.º do Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de Março. 2 O disposto neste Regulamento aplica-se a todas as formações conferidas pela ESTeSL conducentes aos graus de Licenciado e de Mestre e outras formações pós-graduadas. 3 No presente Regulamento são fixadas as normas gerais relativas aos pedidos de creditação para efeitos de prosseguimento de estudos para a obtenção de grau académico ou diploma, através da atribuição de créditos ECTS nos planos de estudos de cursos conferidos pela ESTeSL. 4 O processo de Creditação será realizado pelos docentes que integram as comissões coordenadoras dos cursos. Artigo 2.º Definições Para efeitos do presente Regulamento, entende-se por: 1 «Formação Certificada» a que pode ser confirmada através de certificado, passado por Instituições de Ensino Superior nacionais ou estrangeiras, ou outras devidamente reconhecidas, desde que a formação seja de nível superior ou pós -secundário, incluindo as disciplinas e unidades curriculares, pertencentes a planos de estudos de cursos superiores, nacionais ou estrangeiros, e cursos de especialização tecnológica, de entre outros que sejam reconhecidos pelo Conselho Científico da ESTeSL. 1
2 2 «Creditação de Formação Certificada» o processo de atribuição de créditos ECTS em áreas científicas e unidades curriculares de planos de estudos de cursos conferidos pela ESTeSL, em resultado da formação a que se refere o ponto anterior. 3 «Creditação de Experiência Profissional» o processo de atribuição de créditos ECTS em áreas científicas e unidades curriculares de planos de estudos de cursos conferidos pela ESTeSL, em resultado de uma efectiva aquisição de competências decorrente de experiência profissional compatível com o grau em causa. Artigo 3.º Creditação 1 Tendo em vista o prosseguimento de estudos para a obtenção de grau académico ou diploma, a ESTeSL: a) Credita nos seus ciclos de estudos a formação realizada no âmbito de outros ciclos de estudos superiores em estabelecimentos de ensino superior nacionais ou estrangeiros, quer a obtida no quadro da organização decorrente do Processo de Bolonha, quer a obtida anteriormente; b) Credita nos seus ciclos de estudos a formação realizada no âmbito dos cursos de especialização tecnológica, nos termos fixados pelo respectivo diploma; c) Reconhece, através da atribuição de créditos, a experiência profissional e a formação pós-secundária. 2 A creditação tem em consideração os créditos e a área científica onde foram obtidos. 3 O número de créditos creditado deverá corresponder a um número inteiro de unidades curriculares. Artigo 4.º Local e prazos dos pedidos de creditação 1 Os pedidos de creditação devem ser realizados, através de requerimento próprio, na Divisão de Gestão Académica (DGA). 2 Os pedidos de creditação da formação certificada devem ser efectuados até 10 dias úteis após o acto da matrícula: a) Para os candidatos ao acesso aos ciclos de estudos conducentes ao grau de licenciado; b) Para os candidatos aos regimes de mudança de curso, transferência e reingresso; c) Para os candidatos aos concursos especiais e os titulares de diplomas de especialização tecnológica; 2
3 d) Para os estudantes dos cursos de licenciatura, de mestrado e de especialização tecnológica, caso venham a ser criados, no ano em que se inscrevem pela primeira vez. 3 A aceitação de pedidos de creditação fora dos prazos a que se refere o número anterior carece da autorização do Presidente do Conselho Científico. Artigo 5.º Documentos necessários 1 O pedido de creditação de formação certificada é feito por meio de requerimento em impresso próprio (Anexo I), a fornecer pela DGA, e deverá ser instruído com as necessárias certidões ou certificados, devidamente autenticados, que comprovem a classificação, os conteúdos programáticos e cargas horárias, disciplinas, ou unidades curriculares realizados, bem como os respectivos planos de estudo. 2 O pedido de creditação de experiência profissional é feito por meio de requerimento em impresso próprio e é acompanhado dos seguintes documentos: a) Requerimento dirigido ao Presidente do Conselho Científico a solicitar o reconhecimento da experiência profissional e/ou da formação pós-secundário, para efeitos de prosseguimento de estudos num ciclo devidamente identificado na ESTeSL/IPL; b) Curriculum Vitae, elaborado de acordo com o modelo disponibilizado pela Escola; c) Declaração comprovativa, emitida pelas entidades empregadoras, que indique as funções desempenhadas, o tempo de duração das mesmas e que faça uma apreciação qualitativa dos desempenhos do candidato; declaração comprovativa dos respectivos descontos para a Segurança Social, quando aplicável, e identificação das funções e do tempo de duração daquelas; d) Certificados ou comprovativos autenticados das formações obtidas pelo candidato; e) Outros elementos considerados relevantes pelo candidato. 3 Na data do pedido são devidos emolumentos conforme tabela aprovada no IPL. 4 No caso de indeferimento do pedido, não há lugar ao reembolso dos emolumentos pagos. Artigo 6.º Princípios gerais de creditação 1 Os procedimentos de creditação devem, ainda, garantir os princípios de transparência e credibilidade, pelo que deverão: a) Assegurar que a documentação relativa a cada processo individual permita a sua reavaliação; 3
4 b) Pôr à disposição dos candidatos a informação que esteve na base do processo de creditação. 2 Os procedimentos de creditação devem impedir a creditação de experiência profissional e de formação certificada já anteriormente creditadas a qual poderá ocorrer, com maior probabilidade, na situação de creditação de unidades curriculares ou disciplinas que, por sua vez, resultaram de um processo de creditação, devendo nestes casos, ser utilizada apenas a experiência profissional e ou formação certificada originais; 3 Os procedimentos de creditação devem, quanto ao número de créditos atribuído, posicionar o estudante: a) No 1º ano do curso se o número de ECT(s) atribuído for até 42 créditos, inclusive; b) No 2º. Ano do curso se obtiver entre 42,5 e 102 ECT(s) inclusive; c) No 3º ano se obtiver entre 102,5 e 162 ECT(s) inclusive; d) No 4º ano se obtiver um valor superior a 162 ECT(s). 4 Após o posicionamento do estudante no ano curricular deve-lhe ser elaborado um plano de estudos o qual deve ter em conta os créditos creditados e as respectivas unidades curriculares (Anexo II). Artigo 7.º Princípios e procedimentos para a creditação de formação certificada 1 O número de créditos a atribuir deverá respeitar o disposto no artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 42/2005, de 22 de Fevereiro, nomeadamente: a) As classificações atribuídas na creditação da formação certificada obtida em instituições de ensino superior nacionais e estrangeiras seguem o disposto no artigo 8.º do presente regulamento; b) Para a formação obtida em instituições de ensino superior, antes da reorganização decorrente do Processo de Bolonha, ou sem créditos atribuídos segundo o ECTS, e tendo em conta o disposto nos pontos anteriores: i) Deverão ser creditados 60, 30 ou 20 créditos por cada ano, semestre ou trimestre curricular, respectivamente, quando a formação a tempo inteiro prevista para estes períodos estiver completa; ii) Para a formação obtida em períodos incompletos (anos, semestres ou trimestres curriculares) a creditação de uma dada unidade curricular ou módulo deverá corresponder ao peso relativo dessa unidade curricular, no conjunto das unidades curriculares desse período, em termos de horas totais de contacto e/ou, sempre que possível, de horas totais de trabalho do estudante. 2 Para a formação certificada de nível superior, obtida fora do âmbito dos cursos de ensino superior: 4
5 a) Deverá ser confirmado o nível superior ou pós-secundário, da formação obtida, através da análise da documentação apresentada pelo estudante e outra documentação pública; b) Deverá ser, igualmente, confirmada a adequação da formação obtida em termos de resultados da aprendizagem e competências, para efeitos de creditação numa unidade curricular, área científica ou conjunto destas, através da análise do conteúdo, relevância e actualidade da formação; c) Deverão ser creditados os créditos calculados com base nas horas de contacto e na avaliação do trabalho total do estudante, sempre que possível, tendo em conta a documentação oficial apresentada; d) A formação certificada que não seja acompanhada de uma avaliação explícita ou que não cumpra com o disposto nas alíneas a) e b), não será reconhecida para efeitos de creditação; e) A formação a que se refere a alínea anterior pode ser considerada no âmbito dos procedimentos para a creditação de experiência profissional a que se refere o artigo 9.º. Artigo 8.º Princípios da atribuição de classificações à formação certificada obtida em Instituições de ensino superior nacionais e estrangeiras 1 A formação certificada obtida em instituições de ensino superior nacionais e estrangeiras, quando alvo de creditação, conserva as classificações obtidas nos estabelecimentos de ensino superior de origem. 2 Quando se trate de unidades curriculares realizadas em estabelecimentos de ensino superior portugueses, a classificação das unidades curriculares creditadas é a classificação atribuída pelo estabelecimento de ensino superior de origem. 3 Quando se trate de unidades curriculares realizadas em estabelecimentos de ensino superior estrangeiros, a classificação das unidades curriculares creditadas: a) É a classificação atribuída pelo estabelecimento de ensino superior estrangeiro, quando este adopte a escala de classificação portuguesa; b) É a classificação resultante da conversão proporcional da classificação obtida para a escala de classificação portuguesa, quando o estabelecimento de ensino superior estrangeiro adopte uma escala diferente desta; c) No caso da alínea b), na impossibilidade de proceder a uma conversão proporcional directa cabe ao Conselho Científico decidir a classificação a atribuir. 4 No âmbito do cálculo da classificação final do grau académico, que é realizada nos termos do disposto nos artigos 12.º e 24.º do Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de Março, a adopção de ponderações específicas para as classificações das unidades curriculares creditadas deve ser atribuída pelo Conselho Científico da Escola que confere o grau. 5
6 Artigo 9.º Princípios e procedimentos para a creditação de experiência profissional Os princípios e os procedimentos para a creditação de experiência profissional serão objecto de adenda de revisão ao presente Regulamento, a publicitar em data posterior, pelo Conselho Cientifico. Artigo 10.º Comissão de Equivalências e de Creditação 1 A Comissão de Equivalências e de Creditação (CEC) é nomeada pelo Conselho Científico da ESTeSL para acompanhamento e supervisão do disposto no presente Regulamento pelo prazo de um ano lectivo, podendo ser, no final deste, reconduzida. 2 A (CEC) deverá ser preferencialmente constituída por membros do Conselho Científico da ESTeSL, coadjuvado por um elemento DGA. 3 Compete à CEC: a) Acompanhar o processo de creditação promovendo o seu desenvolvimento no âmbito do presente Regulamento; b) Encaminhar os processos de creditação dentro do circuito e agilizar o fluxo do mesmo; c) Propor alterações ao presente Regulamento. Artigo 11.º Competências dos Docentes da Comissão Coordenadora de Curso no Âmbito do Processo de Creditação Compete aos docentes da Comissão de Coordenadora de Curso: a) Propor ao Conselho Científico, através da CEC, a creditação de experiência profissional e de formação certificada, qualquer que tenha sido a forma de ingresso dos estudantes; b) Identificar a creditação de experiência profissional e de formação certificada já anteriormente creditadas a que se refere o ponto 2 do artigo 6.º; c) Solicitar toda a colaboração necessária, no âmbito da sua competência, aos docentes, coordenadores de área científica, comissões científicas de mestrado e demais entidades internas e externas; d) Propor ao Conselho Científico, através da CEC, a classificação a atribuir no caso da alínea c) do n.º 3 artigo 8.º do presente Regulamento. 6
7 Artigo 12.º Homologação As Propostas dos docentes da Comissão Coordenadora de Curso e pareceres da CEC são sujeitas a homologação pelo Conselho Científico. Artigo 13.º Tramitação dos processos de creditação 1 Os processos relativos aos pedidos de creditação de experiência profissional e de formação certificada devem ser instruídos nos termos do artigo 5.º deste Regulamento, cabendo à DGA a verificação da conformidade dos mesmos e o seu envio aos Coordenadores das Comissões Coordenadoras de Curso. 2 Após análise e avaliação pelos docentes da Comissão Coordenadora de Curso o processo é enviado à CEC para análise processual e posterior envio para Conselho Científico. 3 Após a homologação, o processo é devolvido à DGA que dará conhecimento, por escrito, ao estudante. Artigo 14.º Prazos 1 O Conselho Científico fixa os prazos em que os resultados de creditação da formação certificada e da experiência profissional devem ser dados a conhecer ao estudante desde a data do seu registo de entrada na ESTeSL em 30 dias úteis. 2 Caso se verifique ser impossível o cumprimento dos prazos a que se refere o número anterior, o requerente deve ser notificado pelo DGA do facto e das suas razões. Artigo 15.º Situações transitórias durante a tramitação dos processos 1 Os estudantes que pediram creditação de experiência profissional e de formação certificada dentro dos prazos a que se refere o artigo 4.º, ficam autorizados a: a) Frequentar, condicionalmente, todas as unidades curriculares, cessando a autorização no momento em que forem notificados dos resultados; b) Alterar a sua inscrição, não podendo ser avaliados nas unidades curriculares que ficaram isentos de realizar, em resultado do processo de creditação. 2 Nos termos do número anterior, ao estudante que se submeter à avaliação de unidades curriculares que ficou isento de realizar em resultado do processo de creditação, a classificação será anulada, independentemente do seu valor. 7
8 Artigo 16.º Recurso 1 Do acto de homologação da decisão proferido pelo Conselho Cientifico cabe recurso dirigido ao Presidente do Conselho Cientifico da ESTeSL que indeferirá liminarmente os requerimentos, sempre que não seja apresentada fundamentação ou quando o recurso for apresentado para além de 15 dias seguidos após a notificação do estudante. 2 Do pedido de recurso são devidos emolumentos a fixar pelo IPL. Artigo 17.º Disposições finais 1 O presente Regulamento entra em vigor a partir da sua aprovação. 2 As dúvidas ou omissões suscitadas na aplicação do presente Regulamento serão resolvidas pelo Conselho Científico. 3 O presente Regulamento deverá ser revisto bianualmente ou sempre que se considere necessário. 8
9 ANEXO I Exmo. Sr. Presidente do Conselho Cientifico da ESTeSL. PEDIDO DE CREDITAÇÃO Nome N.º Matrícula Contactos Curso Formação / Curso de origem (a preencher pelo requerente) Nº Designação da Unidade Curricular/Formação ECTS AC- Área Cientifica Classificação (S/N) Nº ECTS Curso da ESTeSL (a preencher pelo Coordenador de Curso) Creditação Observações A.C. Classificação Observações: Anexar as fotocópias dos comprovativos da formação correspondente a cada unidade curricular/formação para o qual solicita a creditação. Entregue o formulário preenchido e documentos anexos na DGA. É aconselhada a participação nas actividades de ensino e avaliação até à comunicação da resposta ao pedido. O Requerente: Data: / / A Divisão de Gestão Académica: Data: / / Parecer do Coordenador da Comissão de Curso: Data: / / Conhecimento da deliberação final do Conselho Cientifico pelo requerente Despacho do Presidente do Conselho Científico: Data: / / O Requerente: Data: / / 9
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