Correias Transportadoras
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- Henrique Valverde Bacelar
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1 Edição 4 Maio de 2008 Correias Transportadoras Como anda a vida útil de suas correias transportadoras? Alguns cuidados devem ser tomados para obtermos uma maior durabilidade das correias transportadoras. É muito comum observarmos, nas instalações, correias trabalhando desalinhadas e normalmente tocando a borda em estruturas ou em roletes, instalados na vertical para forçá-la à posição ideal de trabalho, o que ocasiona sérios danos à mesma. Desta forma, o desalinhamento é um dos vilões que reduzem significativamente a vida útil das correias, necessitando portanto de um acompanhamento constante para evitá-lo. 1) Estrutura metálica - Checar o alinhamento e nivelamento da estrutura, tanto na lateral como longitudinalmente. Esta verificação pode ser facilmente efetuada esticando uma linha/cordão ao longo da estrutura e analisando os desvios. 2) Tambores - Com uma emenda bem executada (correia alinhada), os tambores a princípio devem estar perpendiculares à linha de centro do transportador e paralelos entre si; - Manter os tambores limpos, pois a impregnação de material ocasiona um desgaste irregular da correia e alteração no diâmetro, causando o desalinhamento. 3) Roletes - Nas mesmas condições dos tambores, os roletes devem estar perpendiculares em relação à linha de centro do transportador, limpos e girando livremente. Roletes travados, girando com dificuldade e/ou mais lento que os outros causam desgaste irregular e desalinhamento da correia. 4) Alimentação - A alimentação descentralizada do transportador também é uma das causas do desalinhamento, pois devido ao peso haverá uma tendência, durante o percurso, do posicionamento do material sobre a linha de centro do transportador, criando uma força que desalinhará a correia. Indicamos em seguida alguns itens que afetam diretamente a durabilidade da correia, para os quais recomendamos inspeções constantes, possibilitando a eliminação das causas de possíveis desalinhamentos, obtendo assim uma boa condição operacional: Alimentação descentralizada Desalinhamento da correia Caso tenha alguma dúvida ou queira fazer alguma sugestão de tema para as próximas edições, favor enviar para servicos.br@metso.com ENDEREÇO AVENIDA INDEPENDÊNCIA, SOROCABA - SP TELEFONE SERVICOS.BR@METSO.COM
2 Edição 14 Março de 2009 Correias Transportadoras Fique atento! SEGURANÇA x DISPONIBILIDADE x PRODUÇÃO Não adianta as pessoas estarem devidamente treinadas e terem a competência profissional exigida para o desempenho das atividades de supervisão, operação, manutenção, etc, se os equipamentos não tiverem os itens mínimos de segurança para uma eficaz prevenção de acidentes e danos físicos. Numa planta de britagem, os Transportadores de Correia são equipamentos com muitos componentes rotativos e móveis, que na maioria das vezes estão expostos ao contato humano, exigindo assim uma atenção especial. 3) CHAVE DE EMERGÊNCIA Instale a chave de emergência em todos os transportadores e efetue testes periódicos para garantir sua funcionalidade. Estas chaves não devem ser utilizadas para paradas de rotina. Estrutura lateral do transportador Chave de emergência Alguns cuidados básicos são necessários para evitarmos os riscos de acidentes, que podem causar tanto danos aos componentes do transportador (com parada do equipamento, redução de disponibilidade da planta e perda de produção), como danos físicos, que é o mais grave. 1) ADESIVOS DE SEGURANÇA Aplique adesivos de segurança nos equipamentos, identificando as áreas de risco e advertindo quanto aos perigos de acidentes envolvidos. 2) SISTEMAS DE BLOQUEIO Para inspeção nos equipamentos ou serviços de manutenção, é imprescindível que a planta de britagem tenha dispositivos de bloqueio da alimentação elétrica, impossibilitando a partida do equipamento sem a liberação do pessoal que está realizando os trabalhos. 4) ESCADAS, PASSADIÇOS, CORRIMÃOS E PLATAFORMAS DE SERVIÇO A instalação de escadas, passadiços, corrimãos e plataformas de serviço, conforme normas específicas, possibilita a execução dos trabalhos de inspeção e manutenção de forma correta e segura. Além do fator segurança, estes componentes permitem uma inspeção minuciosa diária e possibilitam a realização da manutenção preditiva (medição de vibração, temperatura, etc) em mancais de rolamento, redutores, motores, etc. Sem estes acessórios, os problemas, o custo e o tempo gasto para as paradas de manutenção preventiva ou corretiva são maiores, pois as inspeções são falhas e muitos serviços não são executados no momento em que são detectados, devido ao acesso difícil aos componentes. E os riscos de acidente? 5) PROTEÇÃO PARA OS CONJUNTOS DE ACIONAMENTO E RETORNO Não deixe de providenciar as proteções adequadas para estes componentes rotativos. Envie sua pergunta para servicos.br@metso.com. Sua questão pode ser o tema da próxima edição. ENDEREÇO AVENIDA INDEPENDÊNCIA, SOROCABA - SP TELEFONE SERVICOS.BR@METSO.COM
3 Edição 31 Agosto de 2010 O comprimento do Passo varia de acordo com o tipo de lona e não com a largura da correia, vide tabela abaixo: Tipo de Lona PN1200 / NN700 PN2200 / NN1100 PN3000 / PN4000 / NN1800 / PN5000 (até 5 lonas) PN5000 (acima de 5 lonas) Passo (mm) 250mm LARGURA N PASSOS ou 250mm (utilizar o que for maior) LARGURA N PASSOS ou 400mm (utilizar o que for maior) (1,5 x LARGURA) N PASSOS ou 500mm (utilizar o que for maior) Transportadores de Correias Cálculo do comprimento da emenda EXEMPLO DE CÁLCULO: Correia de 3 Lonas: 3PN2200; 8mm x 3mm ; 800mm Terminologia básica de emenda: Onde: VIÉS = 0,5 X LARGURA C.E. = VIÉS + [(Nº DE LONAS - 1) x PASSO] Linha de Centro Os transportadores de correia são elementos importantes em uma planta de britagem. Por isso, quando se realiza uma emenda em campo, é preciso atenção a fatores como comprimento da emenda, ferramentas adequadas, cola correta, limpeza das lonas, tempo de cura etc. Isso garante que não ocorra a soltura da correia, causando assim uma parada não programada da planta de britagem. Exploraremos um pouco do primeiro elemento a ser observado na realização de uma emenda em campo: Comprimento da Emenda (C. E.) COMPRIMENTO DA EMENDA (C.E.): Comprimento total a ser utilizado para realização da Linha de Base emenda a frio. Comprimento da emenda (C.E.) Viés Passo Passo Chanfro Superior Chanfro Inferior VIÉS: área não removível da emenda, parte integrante do seu comprimento e que determina o ângulo do seu escalonamento. PASSO OU DEGRAU: acompanha paralelamente a linha do viés, é o responsável pela área de garra da emenda. LINHA DE BASE: é a linha transversal à correia em ângulo reto (90 ) em relação às suas bordas e à linha de centro. Determina o comprimento da emenda, de onde devem partir todas as tomadas de medida para o escalonamento. LINHA DE CENTRO: é a linha disposta no centro da correia no sentido longitudinal. Serve para o alinhamento da correia quando do seu C.E. = VIÉS + (Nº DE PASSOS)XPASSO VIÉS = 0,5 X LARGURA VIÉS = 0,5 X 800 VIÉS = 400mm Nº DE PASSOS = Nº DE LONAS -1 Nº DE PASSOS = 3-1 Nº DE PASSOS = 2 PASSO = 250mm (Da tabela) Ou PASSO = Largura Nº DE PASSOS PASSO = 800mm 2 PASSO = 400mm Como de acordo com a tabela devemos utilizar o que tiver maior valor, utilizaremos 400mm C.E. = VIÉS + (Nº DE PASSOS)XPASSO C.E. = X 400 C.E. = C.E. = 1200mm Ou seja, neste exemplo, deveremos utilizar um Comprimento de Emenda de 1200mm. Atenção: para maiores detalhes, o fabricante da correia poderá ser consultado. PUBLICADO POR METSO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA. Perguntas devem ser enviadas para o abaixo. Sua questão pode ser o tema da próxima edição. servicos.br@metso.com WEBSITE
4 Edição 40 Maio de 2011 Transportador de correia Travamento ou ruído nos rolos Para promover uma maior disponibilidade e confiabilidade dos transportadores de correia, é de extrema importância que sejam adotados critérios e rotinas de manutenção preventiva nestes equipamentos. Um item de grande valia nesta operacionalização é a condição de trabalho dos rolos de carga e de retorno. Um problema comum que pode resultar em sérios danos no transportador - além de tempo perdido - é o travamento dos rolos de carga (A) e retorno (B). O que causa o travamento dos rolos? O travamento dos rolos é causado pelo derramento de material no carregamento dos transportadores e também pelo material que fica acumulado na estrutura e nos roletes. Este acumulo de material pode impedir que a correia movimente livremente. Este A B acúmulo pode também desgastar ou penetrar pela vedação dos rolamentos, causando a contaminação ou o travamento. Desta forma, é de vital importância tomar ações que impeçam o derramamento de material como: utilização de vedação com guias laterais, utilização de raspadores ou por meio de limpeza periódica. Também é importante que os rolos adquiridos possuam boa resistência à contaminação de material, além de borrachas de desgaste de qualidade apropriada. Quais as consequências do travamento dos rolos? Os rolos não devem, em hipótese alguma, trabalhar com seus rolamentos travados. Em caso de quebra, o rolo deve imediatamente ser substituído, caso contrário é grande o risco de danos na correia. Uma correia transportadora em atrito com o corpo provoca o desgaste acelerado da borracha da correia, podendo causar incêndio. Esse atrito também pode consumir o corpo do rolo, tornando-o uma superfície cortante como uma lâmina, com grandes chances de causar o rasgamento da correia transportadora por dezenas de metros. Quando os rolos apresentarem um ruído característico de atrito metálico, é muito provável que os rolamentos já estejam contaminados por material, estando sua lubrificação comprometida. Nesta situação, recomenda-se a substituição imediata do rolo, evitando assim que o mesmo seja travado, danificando então a correia transportadora. E para os rolos revestidos, o que devo avaliar? Para os rolos de retorno revestidos com anéis de borracha, além da verificação relativa ao seu travamento, deve-se estar atento ao nível de desgaste da borracha do revestimento. A função desta borracha é desagregar o material que possa estar preso na superfície da correia. Deve-se estar atento ao desgaste prematuro desta borracha evitando o contato da correia diretamente com o tubo metálico dos rolos. Com a operação normal do transportador, haverá desgaste natural da borracha e, então, se necessário, o rolo deverá ser substituído. AUTOR Raul Camargo REVISOR Jairo Martins PUBLICADO POR METSO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA Perguntas devem ser enviadas para o abaixo. Sua questão pode ser o tema de futuras edições. marketing.br@metso.com WEBSITE
5 Edição 46 Novembro de 2011 Atenção! É fundamental o tensionamento correto da correia antes do início da realização da emenda para certificarmos que após o término do serviço o esticador tenha curso suficiente para que a correia trabalhe tensionada, e também que se tenha curso disponível para compensar os alongamentos que a correia venha a ter durante o transporte do material. Transportadores de correias Ferramentas necessárias para emenda de correias a frio A B A- Curso total do contra-peso, B- 0,75 x curso total do contra-peso Na Edição 31 do Metso Tips, já aprendemos como calcular o comprimento de uma emenda para correias transportadoras. Nesta edição, vamos mostrar quais são as ferramentas necessárias para a realização do serviço de emenda a frio em campo. Ferramentas necessárias: EPI s óculos, luva, protetor auricular, capacete, mascara p/ pó, calçado de segurança. Trena (min. 3m) Esquadro metálico Régua metálica milimetrada Giz, lápis ou esferográfica Faca para borracha Faca de corte para lona Rolete de pressão Lixadeira angular 7 (6000 rpm, disco de lixa grana 100, Ø 7 ) Torquês Esmeril de cabo flexível com escova de aço (750W, 4800rpm) Escova de pelo Pincel ou trincha de 1.1/2 ou 2 para aplicação de cola Adesivo específico, catalisador e raspador químico Sargento Pedra rebolo (grana 24) Martelo de borracha Escova de aço (Ø de 4 ) Como fazer o tensionamento da correia antes do início da emenda? Travar o contra-peso na posição elevada (0,75 x curso total do contra-peso). Preparação da emenda a frio Ná próxima edição sobre correias transportadoras, você aprenderá os procedimentos para a emenda de correias de fio. Para maiores detalhes, o fabricante da correia poderá ser consultado. AUTOR Felipe Ribeiro REVISOR Manoel Caldeira PUBLICADO POR METSO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA Perguntas devem ser enviadas para o abaixo. Sua questão pode ser o tema de futuras edições. marketing.br@metso.com WEBSITE
6 Edição 57 Outubro de 2012 Transportadores de correias Medição de capacidade dos transportadores de correia Atividade B: medindo a velocidade da correia Para complementar a medição de capacidade do transportador, deve-se medir sua velocidade de trabalho. Esta medição é feita através de um instrumento chamado tacômetro. Existem diversos tipos de tacômetros industriais. Pode-se escolher o mais simples, desde que sua escala apresente os valores em metros por segundo ou metros por minuto. Com o transportador em trabalho, cuidadosamente posicione a parte girante (adaptador) do tacômetro na superfície da correia. Na tela do instrumento aparecerá a velocidade da correia. adaptador É sempre importante verificar se a capacidade dos transportadores de correia de sua planta está adequada com o estabelecido no projeto. Quando o transportador é carregado com excesso de material, pode-se causar diminuição da vida útil dos itens de reposição, tais como rolos, tambores e correia, assim como causar falhas estruturais, como empenamento de apoios, treliças e suportes. Vazamento de material também gera altos custos de limpeza, além do risco de ocorrência de acidente pessoal. Outro ponto importante é a análise do fluxo do material na planta. Um transportador carregado excessivamente transfere este material aos equipamentos que estão na sequência do processo, e pode causar afogamento nas máquinas, gerando perda de produção ou qualidade do produto gerado abaixo do recomendado. Como posso medir a capacidade dos transportadores de minha planta? Existe um método prático para medir qual a capacidade de material que está sendo transportado, através da pesagem do material que está em um metro do comprimento do transportador e medição da velocidade da correia. Atividade A: pesando o material 1- Com o equipamento em operação e em plena carga, interrompa seu funcionamento. 2- Acesse o transportador e faça marcação de um metro de seu comprimento (foto abaixo). Recomenda-se a utilização de placas ou tábuas de madeira para fechar este metro da correia, e evitar que o material fora desta medida seja equivocadamente coletado. Por medida de segurança, certifique-se de que o equipamento esteja desligado. É fundamental que seja feito o bloqueio elétrico do transportador para evitar acidentes pessoais. 3- Retire o material que está neste metro de correia e o deposite em um saco plástico ou outro recipiente, para que possa posteriormente ser pesado. 4- Pese o material coletado. 2 3 Calculando a capacidade Suponhamos que os dados encontrados nas atividades A e B citadas acima foram: Peso (P): 130kg Velocidade (v): 1,84 m/s Utilizando a fórmula: Q = 3,6 x P x V Obtemos: Q = 3,6 x 130 x 1,84 Q = 861,12 t/h => Capacidade medida! Caso seu tacômetro apresente a velocidade em m/min, desconsidere o 3,6 da fórmula. Com esta informação de capacidade, pode-se comparar com a definição de projeto, ou ainda verificar se o equipamento que é alimentado por este transportador possui condições técnicas para processar o material recebido. AUTOR Raul Camargo REVISOR Paulo Zuliani PUBLICADO POR METSO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA Perguntas devem ser enviadas para o abaixo. Sua questão pode ser o tema de futuras edições. marketing.br@metso.com WEBSITE
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