REPRODUÇÃO CAMPONESA NO ASSENTAMENTO CANGUSSU/BA

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1 REPRODUÇÃO CAMPONESA NO ASSENTAMENTO CANGUSSU/BA Aline Farias Fialho 1 - UESB alineffialho@yahoo.com.br João Diógenes Ferreira dos Santos 2 UESB jdiogenes9@gmail.com RESUMO GT4: Campesinato e Agronegócio. O presente trabalho teve como principal objetivo refletir como as relações materiais produzidas pelos sujeitos residentes no Assentamento Cangussu, localizado no município de Barra do Choça/BA, fornecem elementos para o entendimento da reprodução camponesa na sociedade contemporânea. A trajetória de luta pela conquista do Assentamento Cangussu, bem como as relações singulares que os assentados estabelecem com a terra, com o trabalho e com a família permite-nos afirmar que a existência do campesinato é indissociável da própria lógica do desenvolvimento desigual e contraditório do sistema vigente, sobretudo, no espaço agrário. PALAVRAS-CHAVE: Classe camponesa; Reprodução camponesa; Terra; Trabalho; Família. 1. Introdução A questão agrária brasileira apresenta como elemento marcante os diversos processos de luta pela/na terra realizados pela classe camponesa. A reprodução e recriação do campesinato como classe social no interior das contradições que constituem o sistema capitalista, ocorre por meio dos conflitos que tais sujeitos exercem contra os interesses da 1 Professora do Departamento de Geografia da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), vinculada ao grupo de pesquisa: Trabalho, mobilidade do trabalho e relação campo-cidade e mestranda pelo Programa de Pós-Graduação em Memória: Linguagem e Sociedade, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, campus de Vitória da Conquista (PPGMLS/UESB). 2 Professor doutor da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB) e do Programa de Pós-Graduação em Memória: Linguagem e Sociedade, da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, campus de Vitória da Conquista (PPGMLS/UESB).

2 classe dominante. Estes conflitos são materializados tanto por meio das formas de luta pela terra, quanto pela lógica de reprodução social diferenciada que tais sujeitos apresentam. O Assentamento Cangussu/BA localizado no município de Barra do Choça/BA materializa tais questões, especialmente em relação a reprodução camponesa. Dessa forma, este trabalho tem como principal objetivo analisar como as formas de luta pela terra e o modo singular de reprodução da vida apresentados pelos sujeitos do Assentamento Cangussu/BA, são elementos centrais para o entendimento do camponês como classe social que resiste no interior das contradições do sistema capitalista. No intuito de alcançar o objetivo proposto, e com base nos aportes teóricos presentes neste artigo, realizou-se como metodologia para pesquisa empírica a aplicação de entrevistas e formulários com 20 famílias assentadas no Cangussu. Também foram realizadas entrevistas com a coordenação do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) da Região Sudoeste da Bahia e com o dirigente do assentamento em estudo, com a finalidade de buscar informações a respeito da reprodução camponesa realizada no espaço em questão. 2. Reflexões sobre a reprodução camponesa no Assentamento Cangussu/BA Os sujeitos do Assentamento Cangussu/BA, localizado no município de Barra do Choça, apresentam em sua trajetória de reprodução da vida uma série de elementos que proporcionam um debate sobre a questão de como o camponês pode ser definido. Nesse território, a permanência na terra e a constante luta pela sobrevivência desses sujeitos, demonstram como as questões teóricas de conceitualização do campesinato devem estar vinculadas a concretude das relações que os caracterizam. Não há, portanto, uma maneira de definir o camponês, sem se partir das contradições geradas no bojo do capitalismo (SOUZA, 2008). As discussões a respeito da definição de camponês é parte de um debate extenso e diversificado, dependendo do embasamento teórico-conceitual utilizado. De forma esquemática, as principais interpretações sobre o campesinato após o processo de generalização das relações capitalistas no campo brasileiro, se condensam em quatro formas de análise: as concepções que entendem o camponês como um resquício feudal; os que compreendem o campesinato enquanto resíduo social em vias de extinção; o entendimento dos camponeses como categoria da classe trabalhadora e a leitura do camponês como classe social da sociedade capitalista (OLIVEIRA, 2007).

3 Compreende-se a reprodução dos assentados no Cangussu/BA por meio da leitura do campesinato como classe na sociedade capitalista. Esses sujeitos, portanto, sobrevivem dentro das contradições do capitalismo, de forma que os mesmos se recriam frente as diferentes investidas do capital. A análise do camponês como classe perpassa pelo entendimento de que o capital, ao mesmo tempo em que reproduz relações especificamente capitalistas que são expressas nos processos de separação dos homens dos meios de produção e consequente venda de suas forças de trabalho, ele produz contraditoriamente relações não especificamente capitalistas, como é o caso do trabalho camponês (SANTOS, 2009). Essa forma de ver o campesinato está vinculada com a ideia de que o capital nem sempre destrói esses tipos de reprodução, mas se apropria delas. Oliveira (2007) pontua que: É o processo de sujeição do campesinato ao capital que está em marcha, uma sujeição que se dá sem que o trabalhador seja expulso da terra, sem que se dê a expropriação de seus instrumentos de produção. [...]. Assim, não há uma sujeição formal do trabalho ao capital, pois a situação da agricultura não tem o mesmo conjunto de atributos e especificidades com que se marcou a indústria, em função da qual esse conceito foi formulado (p. 12). Conforme apontado pelo autor, nem sempre é necessário que o capital separe o camponês da terra para efetivar uma sujeição para fins de acumulação. Por vezes, o capital subordina o produto do trabalho do camponês, fato que ocorre em inúmeras regiões brasileiras. Na realidade vivenciada pelos assentados do Cangussu, os mesmos são subordinados por outros mecanismos da lógica do capital. A questão da mobilidade que tais sujeitos realizam pode ser entendida como tal. Conforme apontado na pesquisa de campo, identificamos que parte das famílias do assentamento apresentaram, no decorrer dos anos em que residem ali, algum tipo de mobilidade do trabalho. Essa necessidade de se sujeitar a outros trabalhos que não se limitam a atividades relacionadas somente com a sua própria terra, é um fator importante que tem reconfigurado muitas comunidades camponesas. Um exemplo desse processo são os assentamentos da Região Sudoeste da Bahia (SOUZA, 2008). O entendimento do conceito de camponês como classe social que apresenta uma reprodução contraditória sob o capitalismo é discutida por Teodor Shanin (2005), Marta Inez Medeiros Marques (2008), José de Souza Martins (1982) e Ariovaldo Umbelino de Oliveira (2007). Esses autores consideram que a reprodução camponesa, bem como as lutas realizadas

4 pelos mesmos para entrarem e permanecerem na terra são aspectos que definem o campesinato como classe. Marques (2008), ao analisar a atualidade do conceito de camponês, pontua que esses sujeitos são classe que se reproduzem nas contradições do atual modo de produção e lutam historicamente contra a classe latifundiária, associada ou não ao capital industrial ou financeiro: Entendemos o campesinato como uma classe social e não apenas como um setor da economia, uma forma de organização da produção ou um modo de vida. Enquanto o campo brasileiro tiver a marca da extrema desigualdade social e a figura do latifúndio se mantiver no centro do poder político e econômico - esteja ele associado ou não ao capital industrial e financeiro -, o campesinato permanece como conceito-chave para decifrar os processos sociais e políticos que ocorrem neste espaço e suas contradições. Portanto, defendemos a atualidade deste conceito, cuja densidade histórica nos remete a um passado de lutas no campo e ao futuro como possibilidade (2008, p. 58 a 59). Ao considerar o campesinato como uma classe social que se reproduz nas contradições do modo capitalista de produção, a autora entende que o espaço agrário e os conflitos que o constituem só podem ser analisados por meio da leitura das contradições. Os camponeses, portanto, não apresentam só um modo de vida com características próprias, ou uma produção organizada de maneira específica, mas também apresentam uma dimensão histórica de enfrentamento que os caracterizam. De acordo com Martins (1982), o campesinato é também produto do processo de expansão capitalista, e por isso, deve ser compreendido dentro das contradições dessa expansão. Dessa forma, quando expropriado, o camponês com frequência a terra retorna, mesmo que seja terra distante daquela que saiu (p. 16). Configura-se um conflito de classe expresso pela constante luta que esses sujeitos empreendem para reconquistar e permanecer na terra. A questão da luta é uma característica importante na definição do que é campesinato. Em relação aos camponeses do Assentamento Cangussu, esse fator é evidenciado durante toda a trajetória de vida desses sujeitos. Foi por meio do conflito pela terra que os camponeses do assentamento em estudo constituíram seu território da vida: No caso específico do Cangussu, já havia algumas articulações do pessoal da região de ocupar, já havia o interesse também do proprietário em estar negociando a área com o Incra [...]. Aí a gente investiu no acampamento na beira da estrada, aqui próximo ao Camburim. Aí o pessoal sabendo dessa informação que o fazendeiro tinha o interesse de passar a terra para o Incra,

5 resolveu ocupar a área, ou seja, foi uma ocupação bem rápida porque o pessoal soube dessa informação e no outro dia já ocupou. Nós ocupamos em 01 de junho de Tomamos um despejo no ano seguinte. Logo no primeiro semestre do ano seguinte, tomamos um despejo onde as famílias estavam organizadas num barraco de lona, com muita produção. Foi surpresa para a gente, não sabíamos do despejo. A gente só percebeu quando as crianças aqui do acampamento começaram a gritar e falar que estava tendo despejo. Depois a gente reocupou a mesma área. E aí, em poucos meses que a gente reocupou a área, a gente fez uma caminhada que fizemos de Vitória da Conquista a Salvador, essa não foi a primeira marcha, mas foi a única das regiões até a capital. Nós saímos de Conquista, outros saímos de Itabuna, outros de Itaberaba. Com cerca de um ano e dois meses da primeira ocupação a gente conseguiu a posse do assentamento. E o processo se deu dessa forma, o processo de conquista da terra, mas para essa conquista acontecer, teve muitas lutas (Informação verbal 3 ). É fundamental explicitar que os embates entre classes para os camponeses é condição de existência. Como pode ser observado também no assentamento em estudo, é no enfrentamento a ordem dominante que a construção do lugar desses sujeitos sociais e históricos se torna possível (ROOS; FABRINI, 2012). Destacada a dimensão do conflito, considera-se que os camponeses apresentam características sociais e econômicas específicas que orientam seu modo de vida (SHANIN, 2005, p. 15). Entre tais características, destaca-se importância que a terra possui para esses sujeitos. Segundo Woortmann (1990), a terra para o camponês é mais que um fator de produção. Para essa classe, a conquista desta só é possível por meio do trabalho, pois a finalidade da mesma é o trabalho: É-se dono, não por se ter comprado a terra, mas por tê-la trabalhado [...]. É- se proprietário pela compra, e não pelo trabalho. Proprietário designa também o outro, [...], isto é, o forte que não trabalha, mas, pelo contrário, vive do trabalho do fraco. Portanto, é-se dono pelo trabalho, independentemente de haver ou não propriedade jurídica da terra (WOORTMANN, 1990, p. 28 a 29). É por meio do trabalho que o camponês se torna dono da terra, ou seja, a definição é feita puramente com base no seu valor de uso. Por outro lado, se na terra constata-se formas de exploração do trabalho, configura-se então uma terra de proprietário, entendida como mercadoria. No assentamento em estudo, a questão do valor de uso da terra é evidente na prática diária dos camponeses que ali residem. Apesar das lutas empreendidas pela permanência na 3 V. R. S Camponês, residente no Assentamento Cangussu, Barra do Choça/BA.

6 unidade de produção familiar, estes camponeses entendem que o trabalho na terra permite uma condição de vida menos precarizada: Se eu não tivesse a terra, eu estaria vivendo o mesmo problema de antes: vivendo com um latifundiário e passando necessidade, do mesmo jeito com a minha família, e as vezes, até longe da escola para o meu filho estudar. Mesmo com toda a luta, para mim é aqui. Eu não penso em outro lugar para estar (Informação verbal) 4. Nesse sentido, no assentamento em questão, a conquista da terra e a permanência na mesma garante, apesar das dificuldades, uma condição de reprodução social não mais marcada pela pauperidade. A terra, para esses sujeitos, é fundamental para a regulação do processo de trabalho visando a produção de bens para sobrevivência. Martins (1982), ao analisar as formas de apropriação da terra pelo capital e pelo camponês, compreende que a reprodução social camponesa na terra apresenta uma lógica diferenciada da propriedade capitalista da terra. A propriedade familiar, definida pelo autor, é compreendida pela forma e finalidade com que a mesma é utilizada, apresentando, por isso, implicações sociais distintas da propriedade do capital. A reprodução social dos camponeses não é dirigida pela necessidade de lucro do capital, porque não se trata de capital no sentido capitalista da palavra. Isso implica dizer que o resultado do trabalho da família desses sujeitos não foi gerado por meio da exploração de um capitalista sobre um trabalhador expropriado dos instrumentos de trabalho, pois a terra do camponês é instrumento de trabalho para quem trabalha (MARTINS, 1982, p. 59). Os conceitos de terra de trabalho e terra de negócio, trabalhados por Martins, são conteúdo da reprodução camponesa. A finalidade da produção do camponês não é o lucro, como é o caso do território apropriado pelo capital. Configura-se, portanto, uma terra de trabalho. Outro importante fator relacionado com a forma de apropriação da terra pelo camponês é o caráter diversificado da produção dos mesmos. Woortmann (2004), ao discutir alguns elementos do saber tradicional do camponês, pontua que as unidades produtivas apresentam um cultivo dotado de ampla multiplicidade, inclusive de variedades de uma mesma espécie (p. 140). Para a autora, a explicação dessa heterogeneidade é apreendida pela própria finalidade da produção. O produto do trabalho dos camponeses é, sobretudo, para a 4 J. S. S. Camponês, residente no Assentamento Cangussu, Barra do Choça/BA.

7 manutenção da família, portanto, produz-se pensando nas diversas dificuldades que possam surgir. Seguindo esta perspectiva analítica, Conceição (2007) considera que a variedade da produção garante a condição de camponês, pois quando o desenvolvimento de um determinado cultivo é insuficiente para a manutenção das famílias, os camponeses podem recorrer, por exemplo, a comercialização de frutas como manga, banana e jaca, que demandam pouco investimento em insumos e menor apropriação de parte da renda da terra camponesa pelo capital (p. 92). Dessa forma, a condição de camponês se torna viável pela diversificação da produção. No Assentamento Cangussu, as questões apontadas por Woortmann (2004) e Conceição (2007) são claramente evidenciadas nas práticas cotidianas dos assentados, no que concerne a produção agrícola. Neste assentamento, os camponeses produzem diversos cultivos voltados para o autoconsumo: Tenho de tudo. Eu mesmo, na minha roça, eu tenho de tudo. Batata, milho, feijão, abóbora, café, banana, capineira para adubo, cana. Planto tudo. Tudo eu tenho lá, plantado para comer (Informação verbal) 5 Compreendemos, assim, que a prática da produção para a sobrevivência é fator indispensável para a compreensão da forma como se organiza a produção do camponês. A produção heterogeneizada é forma de resistência para que esses sujeitos permaneçam na terra, uma vez que o capital não consegue abocanhar a renda proveniente destes produtos, porque não entram na circulação de mercadorias (ROOS; FABRINI, 2012, p. 45 a 46). A produção é organizada de forma a atender as necessidades da família. Ainda no que concerne às formas de apropriação da terra realizada pelos camponeses, destaca-se que a família e o trabalho ocupam papel central. A maneira de utilizar a força de trabalho familiar para lavrar a terra é um fator organizacional que difere a propriedade do camponês da propriedade capitalista da terra, que tem como um dos principais fundamentos a exploração do trabalho para extração da mais-valia ou da renda da terra. A respeito dessa discussão, Souza (2008) define que a família camponesa pode ser caracterizada por uma integração quase total da vida familiar e sua atividade agrícola, onde a família dispõe a força de trabalho que será utilizada para a produção dos bens de consumo da mesma. Esses fatores propiciam a configuração de relações de trabalho que em geral são 5 J. S. S. Camponês, residente no Assentamento Cangussu, Barra do Choça/BA.

8 voltadas para as necessidades básicas desses camponeses, com escasso ou nenhum uso de trabalho assalariado (2008, p. 161). Assim sendo, toda a forma de organização da unidade familiar de produção camponesa está voltada para a família e se confunde com ela. Da família vem a força de trabalho necessária para a produção dos meios que garantirão a sobrevivência da mesma. Woortmann (1990) também pondera que o caráter familiar do trabalho é um elemento central na lógica da reprodução camponesa. Para o autor, o trabalho familiar apresenta uma série de princípios morais como: a honra, a hierarquia e a reciprocidade. Esse conjunto de valores permeiam as relações domésticas e de trabalho, que na prática, são indissociáveis. Isso implica dizer que, se nas formas de organização do trabalho existe uma dimensão econômica, como o fato de se utilizar a família como força de trabalho, obedece, por outro lado, aos princípios de uma ordem moral, no sentido de que a família é vista como valor norteador para toda prática campesina (WOORTMANN, 1990, p.34). No Assentamento Cangussu, as relações apontadas pelos autores constituem parte da vida desses assentados. Neste assentamento, o trabalho familiar é a força de trabalho preponderante utilizada na terra (tabela 1). Tabela 1: Formas de trabalho utilizadas nas unidades produtivas no Assentamento Cangussu, Barra do Choça, Categoria Frequência % Utilização de trabalho familiar Utilização de trabalho familiar e não familiar Total: Fonte: FIALHO, Como se pode observar na tabela 1, 85% (por cento) das famílias do referido assentamento utilizam somente membros da família para trabalhar na terra. Apenas 15% (por cento) dos assentados utilizam força de trabalho não familiar durante períodos específicos, como por exemplo, quando o camponês consegue produzir muito e, para escapar dos prejuízos decorrentes da demora na colheita, esses assentados recorrem a utilização de pessoas fora do círculo familiar. Contudo, tal situação não acontece com frequência.

9 Uma ordem moral voltada e fundada na família também é uma característica bastante evidente no assentamento. Apesar de se constatar um processo de fragmentação dos lotes dos camponeses voltada para suprir as necessidades familiares, os mesmos não manifestam uma visão pautada no individualismo: A terra para mim é tudo. Eu sou contra a pessoa ter o título. Isto para mim é um patrimônio e a terra é minha porque eu trabalho nela. Ela é dos meus filhos e vai ser dos filhos deles também. A terra é nosso patrimônio e eu só saio dela quando Deus me levar. Mesmo com toda a dificuldade (Informação verbal 6 ). A forma como a terra é encarada, não como mercadoria, mas como um bem comum, manifesta um princípio de reciprocidade, reforçando a presença de uma campesinidade (WOORTMANN, 1990) que influencia e organiza a produção e reprodução social desses sujeitos. No entanto, como já foi discutido, os camponeses se reproduzem nas contradições do capitalismo e, portanto, não estão dissociadas das mesmas. O Assentamento Cangussu foi criado no período em que o cultivo da monocultura cafeeira assumia expressividade na Região do Sudoeste da Bahia. Os camponeses residentes no assentamento têm sua produção diretamente relacionada a esse processo de emergência da produção de café na região. Marques (2004), ao discorrer sobre o modo de vida do camponês, tendo como problemática de estudo a comunidade camponesa de Ribeira/PB, pontua que para se compreender como os camponeses tem se reproduzido na contemporaneidade, é necessário considerar que a perpetuação dos mesmos deve ser vista por meio da totalidade das relações que configuram a sociedade como um todo: [...] entende-se o modo de vida camponês como uma configuração bastante dinâmica, e que só pode ser compreendida a partir de sua inserção na sociedade mais ampla, o que hoje inclui até mesmo relações sociais estabelecidas extranacional e global (MARQUES, 2004, p. 151). Dessa forma, a autora propõe que a existência do camponês não é explicada somente pelas suas características diferenciadas de organização, apesar desses sujeitos, de fato, apresentarem um. Trata-se de compreender que ao mesmo tempo em que esses sujeitos apresentam uma especificidade de características sociais econômicas, que se modo de vida singular refletirão em qualquer sistema societário em que operem, eles também se 6 A. S. L. Camponês, residente no Assentamento Cangussu, Barra do Choça/BA.

10 relacionam com as histórias societárias mais amplas, não como seu simples reflexo, mas com medidas importantes de autonomia (SHANIN, 2005, p. 14). A complexidade do camponês só pode ser apreendida por meio de uma leitura que considere sua reprodução social como relação dialética, pois, ao mesmo tempo em que se constata uma série de especificidades em suas formas de organização social, os mesmos vivenciam e geram contradições e conflitos nos modos de produção no qual se encontram inseridos (SHANIN, 2005, p. 14). Desse modo, o camponês aqui entendido não é definido com base no seu grau de inserção ao mercado, uma vez que o mesmo estabelece tais relações com o fim de, sobretudo, adquirir produtos que não são cultivados na sua terra. Essa produção se insere na lógica de manutenção familiar, sendo necessária para obter recursos financeiros. No caso do Assentamento Cangussu, o cultivo do café é fundamental para a permanência dos mesmos na terra. O café está presente em todas as unidades produtivas do assentamento, e a sua produção é realizada com objetivo de comercialização. É por meio do cultivo do café, que o acesso a alguns programas de financiamento junto ao Estado fora viabilizado no assentamento. De acordo com entrevista realizada com a direção regional do assentamento em questão, os camponeses no Cangussu foram contemplados com recursos financeiros que priorizavam o desenvolvimento da produção cafeeira nos lotes. Embora estabeleçam forte oposição a lógica da monocultura por meio da produção diversificada, os camponeses do Assentamento Cangussu necessitam produzir o café para garantir sua sobrevivência. 3. Considerações finais O estudo da reprodução social campesina do Assentamento Cangussu, no município de Barra do Choça/BA, buscou compreender como tais sujeitos se reproduzem nas contradições do sistema capitalista. Percebeu-se que as formas de luta pela terra apresentadas pelos assentados do Cangussu evidenciam que o campo brasileiro é marcado pelo embate entre classes sociais antagônicas (ROOS; FABRINI, 2014). O assentamento em estudo é produto da luta de camponeses e trabalhadores contra a lógica de acumulação do capital expressa na expansão do café. Os assentados do Cangussu possuem um modo de vida com particularidades, produção organizada de maneira específica e apresentam uma dimensão histórica de luta que os

11 caracterizam. As famílias entrevistadas utilizam predominantemente a força de trabalho familiar, cultivam uma produção extremamente diversificada voltada para o autoconsumo e exprimem uma reprodução social dirigida por aspectos morais caracteristicamente campesinos (WOORTMAN, 1990). A reciprocidade ao dividir a terra entre os familiares e como esse processo é encarado pelos sujeitos, é um exemplo dessa moralidade que contrapõe o individualismo. Assim, devido ao conteúdo das relações presentes, bem como a luta pela entrada e perpetuação desses assentados na unidade produtiva, considera-se que os mesmos são camponeses. É interessante ressaltar que a reprodução camponesa perpassa pela contradição entre autonomia e mercado. O cultivo do café pelos assentados, portanto, não os descaracteriza como camponeses, uma vez que a renda proveniente dessa produção foi fundamental para a continuidade deles no território inserindo-se diretamente na lógica de manutenção familiar. Referências CONCEIÇÃO, Alexandrina Luz. Jovens andarilhos no curto ciclo do capital. Rev. OKARA: geografia em debate, João Pessoa, v. 1, n. 1, p , Jul., Disponível em < Acesso em: 30 de maio de MARQUES, Marta Inez Medeiros. Lugar do modo de vida tradicional na modernidade. In: OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de; MARQUES, Marta Inez Medeiros (orgs.). O campo no século XXI. Território de vida, de luta e de construção da justiça social. 1. ed. São Paulo: Editora Casa Amarela e Editora Paz e Terra, A atualidade do uso do conceito de camponês. In: Rev. Nera, Presidente Prudente, n. 12, p , Jan./Jun., Disponível em < Acesso em: 30 de maio de MARTINS, José de Souza. Expropriação e violência. A questão Política no campo. 2. ed. São Paulo: Hucitec, OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de. Modo de produção capitalista, agricultura e reforma agrária. 1. ed. São Paulo: Labur Edições, ROSS, Djoni; FABRINI, João Edmilson. Assentamento Celso Furtado: da conquista da terra às formas de resistência do território camponês. In: Rev. Pegada, v. 13, n. 1 Jun., Disponível em < >. Acesso em: 30 de maio de SANTOS, Jânio Roberto Diniz dos. A territorialização dos conflitos e das contradições: o capital versus trabalho nos laranjais baianos e sergipanos f. Tese (Doutorado em

12 Geografia), Programa de Pós-graduação em Geografia Humana/Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo, São Paulo, SHANIN, Teodor. A definição de camponês: conceituações e desconceituações, o velho e o novo em uma discussão marxista. In: Rev. NERA, Presidente Prudente, n. 7, p. 1-21, Jul./Dez., Disponível em < Acesso em: 30 de maio de SOUZA, Suzane Tosta. Da Negação ao discurso hegemônico do capital à atualidade da luta de classes no campo brasileiro. Camponeses em luta pelo/no território no sudoeste da Bahia f. Tese (Doutorado em Geografia), NPGEO/Universidade Federal de Sergipe, São Cristovão, WOORTMANN, Ellen Fensterseifer. O saber tradicional camponês e inovações. In: OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino de; MARQUES, Marta Inez Medeiros. (org.). O campo no século XXI. Território de vida, de luta e de construção da justiça social. São Paulo: Editora Casa Amarela e Editora Paz e Terra, WOORTMANN, Klass. Com parente não se neguceia. Rio de Janeiro: Edições Tempo Brasileiro, (Anuário Antropológico, 87).

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