AULA 13: O IMAGINÁRIO LÍRICO CANTIGAS DE AMOR E DE AMIGO; CAMÕES TEXTO IV

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1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA DE COMUNICAÇÕES E ARTES DEPARTAMENTO DE JORNALISMO E EDITORAÇÃO CJE0638 Aspectos da Cultura e da Literatura Portuguesa 2 o semestre de 2012 Prof. José de Paula Ramos Jr. AULA 13: O IMAGINÁRIO LÍRICO CANTIGAS DE AMOR E DE AMIGO; CAMÕES CANTIGAS DE AMOR TEXTO I Vi eu donas, Senhor, em cas d el rei, Fremosas e que pareciam bem E vi donzelas muitas e u andei E, mia Senhor, direi vos ũa ren: A mais fremosa de quanta eu vi long estava de parecer assy Come vós, e muytas vezes provey sse veeria de tal parecer algũa dona, senhor, u andey e, mha senhor, quero vos al dizer: A mays fremosa de quantas eu vi long estava de parecer assy Come vós, e, mha senhor, preguntey por donas muytas, que oy loar de parecer, na terras u andey, e, mha senhor, poys mh as foron mostrar: A mays fremosa de quantas eu vi long estava de parecer assy. (João Airas de Santiago) TEXTO II Senhor, des quando vos vi e que fui vosco falar, sabed agora per mi que tanto fui desejar vosso ben e, pois é ssi, que pouco posso durar e moyro m assy de chão; porque mi fazedes mal e de vós non ar ey al, mha morte tenho na mão. (D. Dinis) TEXTO III Preguntar vos quero por Deus, senhor fremosa, que vos fez mesurada e de bon prez, que pecados foron os meus que nunca tevestes por ben de nunca me fazerdes ben. Pero senpre vos soub amar, des aquel dia que vos vi, mays que os meus olhos en mi, e assy o quis Deus guisar, que nunca tevestes por ben de nunca mi fazerdes ben. Des que vos vi, sempr o mayor ben que vos podia querer vos quigi, a todo meu poder, e pero quis Nostro Senhor que nunca tevestes por ben de nunca me fazerdes ben. Mays, senhor, ainda con ben se cobraria ben por ben. (D. Dinis) TEXTO IV Senhor, eu vivo coytada vida, des quando vos non vi mays, poys vós queredes assy, por Deus, senhor ben talhada, querede vos de min doer ou ar leixade m ir morrer. Vós sodes tan poderosa de min que meu mal e meu ben en vós é todo, [e] por en, por Deus, mha senhor fremosa, querede vos de min doer ou ar leixade m ir morrer. Eu vivo por vós tal vida que nunca estes olhos meus dormen, mha senhor, e por Deus, querede vos de min doer ou ar leixade m ir morrer. Ca, senhor, todo m é prazer quant i vós quiserdes fazer. (D. Dinis) 1

2 CANTIGAS DE AMIGO TEXTO I Fui eu, madre, lavar meus cabelos a la fonte e paguei m e eu d elos e de mi, louçana. Fui eu, madre, lavar mias garcetas a la fonte e paguei m eu d elas e de mi, louçana. A la fonte (e) paguei m eu d eles aló 4 achei, madre, o senhor d eles e de mi, louçana. Ante que m(e) eu dali partisse, fui pagada do que m(e) el disse e de mi, louçana. (D. João Soares Coelho) TEXTO II Vi eu, mia madr, andar As barcas eno mar: Fui eu, madre, veer As barcas eno ler: As barcas eno mar E foi las aguardar: As barcas eno ler E foi las atender; E foi las aguardar E non o pud achar: (Nuno Fernandes Torneol) TEXTO III Par Deus, coitada vivo: pois non ven meu amigo: pois non ven, que farei? meus cabelos, con sirgo eu non vos liarei. Pois non ven de Castela non é viv, ai mesela, ou mi o deten el rei; mias toucas da Estela eu non vos tragerei. Pero m eu leda semelho, non me sei dar conselho; amigas, que farei? en vós, ai meu espelho, eu non me veerei. Estas dõas mui belas el mi as deu, ai donzelas, non vo las negarei: mias cintas das fivelas, eu non vos cingerei. (Pero Gonçalvez Portocarreiro) TEXTO IV Ai flores, ai, flores do verde pino se sabedes novas do meu amigo? Ai, flores, ai flores do verde ramo, se sabedes novas do meu amado? Se sabedes novas do meu amigo, aquel que mentiu do que pôs comigo? Se sabedes novas do meu amado aquel que mentiu do que mi á jurado? Vós me preguntades polo voss amigo? E eu ben vos digo que é sã e vivo: Vós me preguntades polo voss amado? E eu ben vos digo que é viv e são: E eu ben vos digo que é sã e vivo e seerá vosc ant o prazo saido: E eu ben vos digo que é viv e são e seerá vosc ant o prazo passado ai, Deus e u é? (D. Dinis) TEXTO V Quantas sabedes amar amigo, treides comig a lo mar de Vigo e banhar nos emos nas ondas. Quantas sabedes amar amado treides comig a lo mar levado e banhar nos emos nas ondas. 2

3 Treides comig a lo mar de Vigo e veeremo lo meu amigo e banhar nos emos nas ondas. Treides comig a lo mar levado e veeremo lo meu amado e banhar nos emos nas ondas. (Martim Codax) A POESIA LÍRICA DE CAMÕES ENDECHAS A BÁRBARA ESCRAVA Aquela cativa Que me tem cativo, Porque nela vivo Já não quer que viva. Eu nunca vi rosa Em suaves molhos. Que para meus olhos Fosse mais fermosa. Nem no campo flores, Nem no céu estrelas Me parecem belas Como os meus amores. Rosto singular, Olhos sossegados, Pretos e cansados, Mas não de matar. Uma graça viva, Que neles lhe mora, Para ser senhora De quem é cativa. Pretos os cabelos, Onde o povo vão Perde opinião Que os louros são belos. MEDIDA VELHA Cantiga A verdura amena, gados, que pasceis, sabei que a deveis aos olhos de Helena. Os ventos serena, faz flores de abrolhos o ar de seus olhos. Faz serras floridas, faz claras as fontes: se isto faz nos montes, que fará nas vidas? Trá-las suspendidas como ervas em molhos, na luz de seus olhos. Os corações prende com graça inumana de cada pestana uma alma lhe pende. Amor se lhe rende, e, posto em giolhos, pasma nos seus olhos. Pretidão de Amor, Tão doce a figura, Que a neve lhe jura Que trocara a cor. Leda mansidão, Que o siso acompanha; Bem parece estranha, Mas bárbara não. Presença serena Que a tormenta amansa; Nela, enfim, descansa Toda minha pena. Esta é a cativa Que me tem cativo, E, pois nela vivo, É força que viva. Esparsa ao desconcerto do mundo Os bons vi sempre passar no mundo graves tormentos; e, para mais m espantar, os maus vi sempre nadar em mar de contentamentos. Cuidando alcançar assim o bem tão mal ordenado, fui mau, mas fui castigado. 3

4 Assim que, só para mim anda o mundo concertado. Cantiga Perdigão, que o pensamento subiu em alto lugar, perde a pena do voar, ganha a pena do tormento. Não tem no ar nem no vento asas, com que se sustenha: não há mal que lhe não venha. Quis voar a üa alta torre mas achou-se desasado; e, vendo-se depenado, de puro penado morre. Se a queixumes se socorre, lança no fogo mais lenha: não há mal que lhe não venha. Cantiga Se de saudade morrerei ou não, meus olhos dirão de mim a verdade. Por eles me atrevo a lançar as águas que mostrem as mágoas que nesta alma levo. As águas que em vão me fazem chorar, se elas são do mar estas d amar são. Por elas relevo todas minhas mágoas; que, se força d águas me leva, eu as levo. Todas me entristecem, todas são salgadas; porém as choradas doces me parecem. Correi, doces águas, que, se em vós me enlevo, não doem as mágoas que no peito levo! Cantiga Tudo tendes singular, com que os corações rendeis, senão que rindo fazeis covinhas para enterrar; e para ressuscitar em força a graça que tendes; senão que tendes os olhos verdes. Tudo, Senhora, alcançais, quanto ser fermosa alcança; senão que dais esperança cos olhos com que matais. Se acaso os alevantais, [é para as almas renderdes; senão que tendes os olhos verdes]. Super flumina... Sôbolos rios que vão por Babilônia, m achei, onde sentado chorei as lembranças de Sião e quanto nela passei. Ali o rio corrente de meus olhos foi manado, e tudo bem comparado, Babilônia ao mal presente, Sião ao tempo passado. Ali, lembranças contentes n alma se representaram, e minhas cousas ausentes se fizeram tão presentes como se nunca passaram. Ali, despois de acordado, co rosto banhado em água, deste sonho imaginado, vi que todo o bem passado não é gosto, mas é mágoa. E vi que todos os danos se causavam das mudanças e as mudanças dos anos; onde vi quantos enganos faz o tempo às esperanças. Ali vi o maior bem quão pouco espaço que dura, o mal quão depressa vem, e quão triste estado tem quem se fia da ventura. Vi aquilo que mais val, que então se entende milhor quanto mais perdido for; vi o bem suceder mal, e o mal, muito pior. E vi com muito trabalho comprar arrependimento; vi nenhum contentamento, e vejo-me a mim, que espalho tristes palavras ao vento. [...] 4

5 Mas ó tu, terra de Glória, se eu nunca vi tua essência, como me lembras na ausência? Não me lembras na memória, senão na reminiscência. Que a alma é tábua rasa, que, com a escrita doutrina celeste, tanto imagina, que voa da própria casa e sobe à pátria divina. Não é, logo, a saudade das terras onde nasceu a carne, mas é do Céu, daquela santa cidade, donde esta alma descendeu. E aquela humana figura, que cá me pôde alterar, não é quem se há de buscar: é raio de fermosura, que só se deve de amar. Que os olhos e a luz que ateia o fogo que cá sujeita, não do sol, mas da candeia, é sombra daquela Ideia que em Deus está mais perfeita. E os que cá me cativaram são poderosos afeitos que os corações têm sujeitos; sofistas que me ensinaram maus caminhos por direitos. Destes, o mando tirano me obriga, com desatino, a cantar ao som do dano cantares d amor profano por versos d amor divino. Mas eu, lustrado co santo Raio, na terra de dor, de confusão e de espanto, como hei de cantar o canto que só se deve ao Senhor? Tanto pode o beneficio da Graça, que dá saúde, que ordena que a vida mude; e o que tomei por vício me faz grau para a virtude; e faz que este natural amor, que tanto se preza, suba da sombra ao Real, da particular beleza para a Beleza geral. [...] SONETOS Doces águas e claras do Mondego, doce repouso de minha lembrança, onde a comprida e pérfida esperança longo tempo após si me trouxe cego; de vós me aparto; mas, porém, não nego que inda a memória longa, que me alcança, me não deixa de vós fazer mudança, mas quanto mais me alongo, mais me achego. Bem pudera Fortuna este instrumento d alma levar por terra nova e estranha, oferecido ao mar remoto e vento; mas alma, que de cá vos acompanha, nas asas do ligeiro pensamento, para vós, águas, voa, e em vós se banha. Correm turvas as águas deste rio, que as do Céu e as do monte as enturbaram; os campos florescidos se secaram, intratável se fez o vale, e frio. Passou o Verão, passou o ardente Estio, ũas cousas por outras se trocaram; os fementidos Fados já deixaram do mundo o regimento, ou desvario. Tem o tempo sua ordem já sabida; o mundo, não; mas anda tão confuso, que parece que dele Deus se esquece. Casos, opiniões, natura e uso fazem que nos pareça desta vida que não há nela mais que o que parece. Em prisões baixas fui um tempo atado, vergonhoso castigo de meus erros; inda agora arrojando levo os ferros que a Morte, a meu pesar, tem já quebrado. Sacrifiquei a vida a meu cuidado, que Amor não quer cordeiros, nem bezerros; vi mágoas, vi misérias, vi desterros: parece me que estava assi ordenado. Contentei-me com pouco, conhecendo que era o contentamento vergonhoso, só por ver que cousa era viver ledo. 5

6 Mas minha estrela, que eu já gora entendo, a Morte cega, e o Caso duvidoso, me fizeram de gostos haver medo. Mudam se os tempos, mudam se as vontades, muda se o ser, muda se a confiança; todo o mundo é composto de mudança, tomando sempre novas qualidades. Continuamente vemos novidades, diferentes em tudo da esperança; do mal ficam as mágoas na lembrança, e do bem (se algum houve), as saudades. O tempo cobre o chão de verde manto, que já coberto foi de neve fria, e, enfim, converte em choro o doce canto. E, afora este mudar se cada dia, outra mudança faz de mor espanto, que não se muda já como soía. O dia em que eu nasci, moura e pereça, não o queira jamais o tempo dar, não torne mais ao mundo, e, se tornar, eclipse nesse passo o sol padeça. luz lhe falte, o sol se [lhe] escureça, mostre o mundo sinais de se acabar, nasçam-lhe monstros, sangue chova o ar, a mãe ao próprio filho não conheça. as pessoas pasmadas de ignorantes, as lágrimas no rosto, a cor perdida, cuidem que o mundo já se destruiu. Ó gente temerosa, não te espantes, que este dia deitou ao mundo a vida mais desgraçada que jamais se viu! Erros meus, má fortuna, amor ardente em minha perdição se conjuraram; os erros e a fortuna sobejaram, que para mim bastava o amor somente. Tudo passei; mas tenho tão presente a grande dor das cousas que passaram, que as magoadas iras me ensinaram a não querer já nunca ser contente. Errei todo o discurso de meus anos; dei causa que a Fortuna castigasse as minhas mal fundadas esperanças. De amor não vi senão breves enganos. Oh! quem tanto pudesse que fartasse este meu duro génio de vinganças! A formosura desta fresca serra e a sombra dos verdes castanheiros, o manso caminhar destes ribeiros, donde toda a tristeza se desterra; o rouco som do mar, a estranha terra, o esconder do Sol pelos outeiros, o recolher dos gados derradeiros, das nuvens pelo ar a branda guerra; enfim, tudo o que a rara natureza com tanta veriedade nos ofr ece, me está, se não te vejo, magoando. Sem ti, tudo me enoja e me aborrece; sem ti, perpetuamente estou passando, nas mores alegrias, mor tristeza. Dizei, Senhora, da Beleza ideia: para fazerdes esse áureo crino, onde fostes buscar esse ouro fino? de que escondida mina ou de que veia? Dos vossos olhos essa luz Febeia, esse respeito, de um império dino? Se o alcançastes com saber divino, se com encantamentos de Medeia? De que escondidas conchas escolhestes as perlas preciosas orientais que, falando, mostrais no doce riso? Pois vos formastes tal, como quisestes, vigiai-vos de vós, não vos vejais, fugi das fontes: lembre-vos Narciso. Julga-me a gente toda por perdido, vendo-me, tão entregue a meu cuidado, andar sempre dos homens apartado, e dos tratos humanos esquecido. Mas eu, que tenho o mundo conhecido, e quase que sobre ele ando dobrado, 6

7 tenho por baixo, rústico, enganado, quem não é com meu mal engrandecido. Vão revolvendo a terra, o mar e o vento, busquem riquezas, honras a outra gente, vencendo ferro, fogo, frio e calma; que eu só em humilde estado me contento, de trazer esculpido eternamente vosso fermoso gesto dentro n alma. Tanto de meu estado me acho incerto, que em vivo ardor tremendo estou de frio; sem causa, juntamente choro e rio, o mundo todo abarco e nada aperto. É tudo quanto sinto, um desconcerto; da alma um fogo me sai, da vista um rio; agora espero, agora desconfio, agora desvario, agora acerto. Estando em terra, chego ao Céu voando, num hora acho mil anos, e é de jeito que em mil anos não posso achar ũ hora. Se me pergunta alguém porque assi ando, respondo que não sei; porém suspeito que só porque vos vi, minha Senhora. Um mover d olhos, brando e piadoso, sem ver de quê; um riso brando e honesto, quase forçado; um doce e humilde gesto, de qualquer alegria duvidoso; um despejo quieto e vergonhoso; um repouso gravíssimo e modesto; ũa pura bondade, manifesto indício da alma, limpo e gracioso; um encolhido ousar; ũa brandura; um medo sem ter culpa; um ar sereno; um longo e obediente sofrimento; esta foi a celeste fermosura da minha Circe, e o mágico veneno que pôde transformar meu pensamento. Está o lascivo e doce passarinho com o biquinho as penas ordenando; o verso sem medida, alegre e brando, expedindo no rústico raminho; o cruel caçador (que do caminho se vem calado e manso desviando) na pronta vista a seta endireitando, lhe dá no estígio lago eterno ninho. Dest arte o coração, que livre andava, (posto que já de longe destinado) onde menos temia, foi ferido. Porque o Frecheiro cego me esperava, para que me tomasse descuidado, em vossos claros olhos escondido. Sete anos de pastor Jacob servia Labão, pai de Raquel, serrana bela; mas não servia ao pai, servia a ela, e a ela só por prêmio pretendia. Os dias, na esperança de um só dia, passava, contentando-se com vê-la; porém o pai, usando de cautela, em lugar de Raquel lhe dava Lia. Vendo o triste pastor que com enganos lhe fora assi negada a sua pastora, como se a não tivera merecida; começa de servir outros sete anos, dizendo: Mais servira, se não fora para tão longo amor tão curta a vida. Busque Amor novas artes, novo engenho, para matar me, e novas esquivanças; que não pode tirar me as esperanças, que mal me tirará o que eu não tenho. Olhai de que esperanças me mantenho! Vede que perigosas seguranças! Que não temo contrastes nem mudanças, andando em bravo mar, perdido o lenho. Mas, conquanto não pode haver desgosto onde esperança falta, lá me esconde Amor um mal, que mata e não se vê. Que dias há que n alma me tem posto um não sei quê, que nasce não sei onde, vem não sei como, e dói não sei por quê. 7

8 Amor é um fogo que arde sem se ver, é ferida que dói, e não se sente; é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer. É um não querer mais que bem querer; é um andar solitário entre a gente; é nunca contentar se de contente; é um cuidar que ganha em se perder. É querer estar preso por vontade; é servir a quem vence, o vencedor; é ter com quem nos mata, lealdade. Mas como causar pode seu favor nos corações humanos amizade, se tão contrário a si é o mesmo Amor? Transforma se o amador na cousa amada, por virtude do muito imaginar; não tenho, logo, mais que desejar, pois em mim tenho a parte desejada. Se nela está minha alma transformada, que mais deseja o corpo de alcançar? Em si somente pode descansar, pois consigo tal alma está liada. Mas esta linda e pura semideia, que, como um acidente em seu sujeito, assi co a alma minha se conforma, está no pensamento como ideia: [e] o vivo e puro amor de que sou feito, como a matéria simples busca a forma. Quando de minhas mágoas a comprida maginação os olhos me adormece, em sonhos aquela alma me aparece que para mim foi sonho nesta vida. Lá nũa soïdade, onde estendida a vista pelo campo desfalece, corro par ela; e ela então parece que mais de mim se alonga, compelida. Brado: Não me fujais, sombra benina! Ela (os olhos em mim c um brando pejo, como quem diz que já não pode ser), torna a fugir-me; e eu, gritando: Dina... antes que diga mene, acordo, e vejo que nem um breve engano posso ter. Alma minha gentil, que te partiste tão cedo desta vida descontente, repousa lá no Céu eternamente, e viva eu cá na terra sempre triste. Se lá no assento etéreo, onde subiste, memória desta vida se consente, não te esqueças daquele amor ardente que já nos olhos meus tão puro viste. E se vires que pode merecer te algũa cousa a dor que me ficou da mágoa, sem remédio, de perder-te, roga a Deus, que teus anos encurtou, que tão cedo de cá me leve a ver-te, quão cedo de meus olhos te levou. 8

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