UM FINAL FELIZ. Série Histórias em cadeia. Agrupamento de Escolas Marinhas do Sal
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- Rodrigo Beretta Ribeiro
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1 UM FINAL FELIZ Série Histórias em cadeia Agrupamento de Escolas Marinhas do Sal
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3 TÍTULO Um Final Feliz EDIÇÃO Agrupamento de Escolas Marinhas do Sal Rio Maior AUTORES Alunos da sala B de pré-escolar do Centro Escolar nº1 de Rio Maior, do 2º e 3º anos do Centro Escolar de Fráguas do 5º B e do 9º A da Escola Básica Marinhas do Sal REVISÃO E DESIGN GRÁFICO Bibliotecas Escolares do Agrupamento Rio Maior Maio de 2015
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5 UM FINAL FELIZ Um passarinho saiu do ninho sem dizer nada à mãe e foi pelos campos fora à procura de comida voava para cá, voava para lá, quando de repente passou por ali uma senhora que o apanhou, o levou para casa e o meteu numa gaiola. A mãe do passarinho, estava no ninho a chocar os ovinhos, quando
6 deu pela falta do filho mais velho ficou muito triste e a chorar O pai do passarinho só apareceu à noite, porque teve uma reunião de pássaros! Então a mãe mandou o pai ir à procura do filho No caminho, o pai encontrou um caçador de pássaros, teve tanto medo que fugiu de volta para o ninho, sem encontrar o filho. A mãe ficou muito zangada com o pai!!! No dia seguinte o pai voltou a procurar o passarinho. Quando ia a voar, a voar, a voar chocou com um corvo e ficou aleijado duma asa. Então um senhor que ia por ali a passar, viu aquele pássaro caído no chão a chorar, parou, apanhou-o e levou-o para casa com mui-
7 to cuidado para lhe tratar a asa Quando chegou a casa, disse para a mulher: - Maria, Maria, vem ver o que encontrei! - O que foi Zé? o que trazes aí homem?! - perguntou a mulher intrigada. -Encontrei este pássaro ferido no meio da estrada. Olha aqui para ele, tem uma asa partida e está muito triste. Veio todo o caminho a chorar e não me parece que seja só por causa das dores. A D. Maria aproximou-se do pobre pássaro, olhou para a sua asa e, com pena, disse para o marido: - Vou fazer-lhe um curativo na asa e vai ficar bom num
8 instantinho. - Do que é que precisas?- perguntou prontamente o senhor Zé. - Preciso que me tragas a caixa de primeiros socorros que está no armário da dispensa. Enquanto o senhor Zé foi buscar a caixa, a D. Maria ficou a conversar com o pássaro, que continuava inconsolável. - O que tens tu meu pequenino? Por que choras tanto? - perguntou a D. Maria. - O meu filho desapareceu do ninho ontem de manhã e nunca mais voltou. A minha mulher pediu-me para o ir procurar e só voltar quando o encontrasse e eu fracassei, pois tive
9 medo de um caçador. À segunda tentativa, eis que me acontece este acidente. balbuciou o pássaro. - Não fiques assim tão preocupado! Eu vou tratar da tua asa e vais ficar bom rapidamente!- exclamou a D. Maria. - Obrigada! - agradeceu o pássaro um pouco mais calmo. - Então Zé, estás a demorar muito! Essa caixa vem ou não vem? Vá lá, temos um pássaro para tratar e não há tempo a perder! - Porquê tanta pressa? Não tens apenas que tratar a asa desse animal? - perguntou o senhor Zé. - Não,
10 também temos que o ajudar a encontrar o seu filhote que desapareceu do ninho ontem de manhã.- disse a D. Maria, enquanto tratava do passarinho. - Certo, Maria! Sabes como eu gosto de ajudar os outros. afirmou o senhor Zé, feliz com esta missão. Passado algum tempo, o pássaro já tinha recuperado e saíram os três para a rua à procura do passarito, que devia andar perdido e sem saber como regressar ao seu ninho. Procuraram, procuraram, mas não encontraram sinal dele. Foi então que a D. Maria se lembrou de perguntar à vizinha Manuela se ela tinha visto um passarinho perdido. Rapidamente encontraram a vizinha que regava as lindas flores do seu jardim. - Boa tarde, D. Manuela, por acaso não viu por aí um passarinho cinza, com uma risca preta atravessando o dorso e com uma mancha na pata esquerda? - Não, não vi. Mas de certeza que a cabeleireira saberá!
11 Ela fala com tantas pessoas que deverá saber de alguma coisa. - Obrigado, se o vir não se esqueça de nos avisar! exclamou o senhor Zé. E os três seguiram viagem até ao salão. - Boa tarde! Querem experimentar uma nova coloração, um novo corte de cabelo de mulher, de homem - Não, não precisamos de corte nem pintura. Viemos à procura de um passarinho, que se perdeu quando se aventurou a sair do ninho! Por acaso não ouviu nenhum comentário de alguém que tenha um pássaro novo? - Não! Eu tenho mais que fazer do que cuidar de pássaros! disse a cabeleireira. Mas vão até à cidade e pode ser que o encontrem. - Obrigado! - exclamou o pai pássaro bastante aflito. - De nada, meus amigos. Se precisarem de arranjar o cabelo é só dizer! Despediram-se e foram até à cidade. Lá avistaram uma
12 loja de animais. Apressadamente, D. Maria perguntou à gerente da loja: - Por acaso, não viu por aqui um pássaro muito semelhante a este? - Não. Mas ele pode estar com a florista. disse ela. - Porque é que diz que ele pode estar com a florista?- perguntou o senhor Zé. - Porque a loja dela era muito calma e, ultimamente, tem estado numa grande agitação. - Muito obrigado e até à próxima! agradeceu o senhor Zé. E os três, em silêncio, dirigiram-se à florista. Ao chegarem à loja, a gerente veio ter com eles e D. Maria disse: - Boa tarde. Desculpe interromper-lhe o trabalho, mas não viu por aí um passarinho perdido? - Sim. Apanhei um junto à beira da estrada na floresta e dei-lhe o nome de Asitas!
13 - Podemos vê-lo? perguntou o senhor Zé. - Claro. Está ali junto daquela montra de flores sigam-me! disse a D. Aurora. - É ele? perguntou a D. Maria ao pai pássaro. - Sim, é mesmo o meu filhote! - Podemos levá-lo D. Aurora?- perguntou o pai pássaro. - Claro que não! - Porquê?- perguntou o senhor Zé. - Como vocês devem saber, eu estou muito sozinha e quase ninguém vinha à minha loja, até ao dia em apanhei este passarinho e agora até os clientes fazem fila para comprar flores. Sinto-me mais acompanhada. Já tenho com quem partilhar a minha solidão. Tudo graças a esta linda ave! - Mas, mas - Já disse que não! o melhor é irem-se embora. Então os três saíram da loja muito tristes, mas, de repente, a D. Maria que disse:
14 - Esta noite vamos assaltar a loja. - Como?- perguntou o senhor Zé. - Pela janela. - Mas as janelas estão sempre fechadas! - A do sótão não. Por isso, vamos entrar por aí.- disse a D. Maria. - Mas estás maluca? - perguntou o senhor Zé. - Não, não estou. Vocês entram e eu vigio. - Vamos a que horas? - À meia-noite. - Porquê? - perguntou o senhor Zé. - Ó homem, a essa hora está toda a gente a dormir! Nessa noite, o senhor Zé, a D. Maria e o pai pássaro, engendravam um plano de assalto e encaminharam-se para a loja da florista. Levaram uma escada para poderem chegar à janela do sótão, que pensavam que estava aberta. Mas, ao chegarem ao cimo da escada, depararam-se com uma triste
15 realidade: a janela estava fechada! Visto que o assalto fora um fracasso, voltaram tristes e desiludidos para casa. No dia seguinte, voltaram à florista com o objetivo de falar com ela. Ao chegarem, o pai pássaro teve uma ideia. - Senhor Zé e D. Maria, tive uma ideia! Como sou um pássaro pequeno, consigo passar por entre as flores sem ser descoberto, chegando mais facilmente à gaiola onde está o meu filho e, assim, poderei salvá-lo. Eles concordaram com a ideia e assim foi. O pai pássaro entrou sorrateiramente pela porta, voou até à gaiola, escondendo-se entre as flores. - Pai! - gritou o passarinho ao ver o pai. - Xiu! Não digas nada! Não posso ser apanhado! - Porquê? - Porque vim para te salvar e não posso ser descoberto! -
16 sussurrou o pai pássaro, enquanto abria a gaiola. Porém, quando tentavam fugir, a D. Aurora apanhou o pai pássaro, deixando o outro escapar. Sem saber o que fazer, o passarinho voou assustado até ao senhor Zé e à D. Maria. Ele explicou que a florista tinha apanhado o pai pássaro e que precisava urgentemente de ajuda. Eles pensaram, pensaram, pensaram... até que a D. Maria encontrou uma solução. - E que tal se propuséssemos à florista que soltasse o pai pássaro em troca de uma visita diária? Eles concordaram, espantados com a belíssima ideia que ela tivera. Foram falar com a florista, na esperança que ela aceitasse o acordo. - D. Aurora, liberte o pai pássaro, por favor! Este pobre passarinho é filho dele! - pediu o senhor Zé. - Mas, assim, eu ficarei sem companhia, sozinha de
17 novo... - Nós temos uma proposta para lhe fazer... o que acha de fazermos um acordo? - Um acordo? Como assim? - Se libertar o pai pássaro, eles far-lhe-ão uma visita todos os dias para não se sentir sozinha, concorda? - perguntou a D. Maria. - Sinceramente, acho uma ótima ideia! Não é à força que se consegue uma amizade, mas sim se ambas as partes quiserem! Eu estava demasiado sozinha que não aguentava mais esta solidão, então, esqueci-me completamente do mais importante: a família. Estes passarinhos são uma família, que eu ia destruir sem me dar conta. Peço imensa desculpa, para a próxima irei ponderar melhor antes de fazer algo de cabeça quente. Obrigada por tudo! - agradeceu a D. Aurora. Assim foi, daí em diante, todos os dias, o pai pássaro e o
18 passarinho iam visitar a florista. Passaram tardes e tardes entre risos, piadas e conversas, criando, assim, uma grande amizade. FIM
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20 Na Escola da Fantasia, os livros tinham asas e voavam pelos corredores da escola contando histórias, mostrando ensinamentos às crianças que por ali andavam. Todos aprendiam felizes e adoravam ir à escola. Um dia aconteceu algo inesperado, tudo o que estava escrito nos livros Tragédia tinha desaparecido, na Floresta * Um as Final letras Feliz feliz tinham * Amigo Rato desaparecido * Uma e os Família por Descobrir * A História do Piquinho * Uma História de de Encantar voar e * passaram Fifi e Histórias a ficar * Acabar arrumados com o Feiti- em estantes, livros deixaram fechados e ço tristes, * A Luta dos pois Alimentos já não * tinham A Chave histórias Perdida * Uma para Aventura de Sonho * História Contada por Letras contar nem mais nada para ensinar. As crianças andavam desesperadas e foram lamentar-se ao professor Alfabeto que se prontificou a ajudar e a desvendar aquele mistério. Histórias em cadeia Um projeto de escrita e ilustração colaborativa, promovido pelas bibliotecas escolares do agrupamento, com a participação de alunos de todos os UMA HISTÓRIA CONTADA POR LETRAS ciclos pré-escolar, 1º, 2º e 3º ciclos do ensino básico desenvolvido no ano letivo 2014/2015 Nesta série Versões ebook em: historias-em-cadeia.html Os meninos e o professor Alfabeto foram procurar pistas por toda a escola e encontraram uma letrinha perdida no chão da Agrupamento de Escolas Marinhas do Sal Rio Maior
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