pessoas em caso de incêndio Co Autor: António Leça Coelho
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1 Modelação do comportamento das pessoas em caso de incêndio Autora: Elisabete Cordeiro Co Autor: António Leça Coelho
2 Comportamento Humano Introdução O estudo do comportamento humano tem dificuldades acrescida, pois cada incêndio e cada pessoa são únicos. Não apenas os locais são diferentes, como também os eventos e as pessoas (idade, sexo, atitudes psíquicas e físicas) são distintas de incêndio para incêndio.
3 Comportamento Humano Introdução O comportamento humano é uma chave importante na evacuação de um edifício. Se não for considerada a influência do comportamento dos ocupantes no desenvolvimento de um incêndio, o dimensionamento das condições de segurança poderá ser demasiado optimista ou desnecessário.
4 Comportamento Humano Reacções Pessoas diferentes tendem a reagir de forma diferente à mesma situação de perigo, dependendo de diversos factores. A mesma pessoa pode reagir diferentemente a duas situações de perigo semelhantes, em alturas diferentes.
5 Comportamento Humano Reacções As reacções das pessoas perante uma situação de incêndio são várias: Fuga ao perigo; Luta contra o perigo; Inércia perante o perigo.
6 Comportamento Humano Reacções Os três aspectos que definem a reacção do ser humano perante o perigo são: Factores de ordem individual (Idade, Porte Físico, Estado de Saúde); Factores que se prendem com o incêndio (Temperatura, Fluxo de Calor, Redução do nível de oxigénio, Exposição aos gases do incêndio); Factores que se prendem com os sistemas de alarme (Sistema de Socorro, Sistema de notificação sonora, Cheiro de fumo, notificação pessoal e barulhos).
7 Estudos estrangeiros sobre comportamento humano Atentado ao World Trade Center, 26 de Fevereiro de 1993; Atentado ao World Trade Center, 21 de Setembro de 2001; Incêndio Cook County Administration, 17 de Outubro de 2003; Evacuação em Grandes hipermercados em Inglaterra.
8 Tipificar a Evacuação No que se refere ao movimento dos ocupantes numa situação de evacuação podemos considerar, para efeitos de sistematização, que existem três fases distintas.
9 Tipificar a Evacuação Fase 1 Fase 1 está, do ponto de vista temporal compreendida entre o momento em que o ocupante toma consciência do incêndio e o instante em que decide deixar o edifício ou encontrar um local seguro.
10 Tipificar a Evacuação Fase 1 Durante esta fase o ocupante pode desenvolver acções diversas, desde procurar avaliar a dimensão do incêndio até avisar outros ocupantes, e caracteriza se essencialmente por não contribuir para a eficácia das condições de evacuação do edifício.
11 Tipificar a Evacuação Fase 2 Fase 2 decorre entre o momento em que o ocupante decide deixar o edifício (ou ir para uma zona de refúgio) e o instante em que alcança o seu objectivo (exterior do edifício ou local seguro).
12 Tipificar a Evacuação Fase 2 Nesta fase o comportamentoéentendidocomo uma reacção às condições ambientais ou, eventualmente a informação de tipo diverso que possa ser dada pelos meios de segurança do edifício ou outros.
13 Tipificar a Evacuação Fase 3 Fase 3 ocorre quando o ocupante após já estar fora do edifício ou num local seguro decide voltar a entrar no edifício ou deixar o local seguro.
14 Tipificar a Evacuação Modelos Evacuação Existentes Nenhum dos 30 modelos estudados contempla na plenitude as três fases referidas. 15 modelos contemplam de alguma forma a fase 1 e fase 2. 4 modelos apenas contemplam a fase 1.
15 Análise do comportamento humano Exercício de Evacuação na Escola Secundária Constata se a evidente falta de coordenação e o desconhecimento que os próprios auxiliares e professores têm do plano de evacuação, facto que conduziu a situações de bloqueio, bem como ao congestionamento em alguns locais, nomeadamente, nas escadas.
16 Análise do comportamento humano Exercício de Evacuação na Escola Secundária Pela análise do resultado dos inquéritos os professores e auxiliares sabem identificar as saídas, mas apenas 35% sabem onde se localizam. Ao analisar os vídeos verifica se que a escolha da saída não é a mais adequada em algumas situações.
17 Análise do comportamento humano Exercício de Evacuação na Escola Secundária Um outro aspecto a realçar é que o simulacro de evacuação deveria ser considerado como situação moderadamente ou extremamente séria, mas só 41% o consideraram.
18 Análise do comportamento humano Exercício de Evacuação na Escola Secundária Dos inquiridos que participaram no simulacro de evacuação, 30% abandonaram o local porque lhe foi indicado e não por iniciativa própria. Realça se que apenas 15% dos inquiridosi id têm alguma formação em segurança contra incêndio.
19 Análise do comportamento humano Exercício de Evacuação na Escola Secundária Outro aspecto importante retirado deste estudo é a velocidade de deslocamento nas escadas, vai ao encontro com valores determinados em outros estudos, bem como, os ocupantes a deslocar se nas escadas não ocupam dois degraus seguidos, isto é, um ocupante não se coloca num degrau imediatamente a seguir a um outro já ocupado.
20 Análise do comportamento humano Exercício de Evacuação na Escola Secundária É de salientar que os alunos não interiorizaram ainda a importância de um simulacro e alguns professores têm certas reservas relativamente à sua eficácia. Espera se que este não seja um retrato da realidade do País nesta matéria e que outras análises sejam feitas de forma a avaliar com rigor se a questão da organização e gestão da segurança contra incêndio está a ser implementada.
21 Análise do comportamento humano Inquérito Nacional Das conclusões do estudo destacam se as seguintes: A formação em segurança contra incêndio num universo de 225 inquiridos apenas está presente em 72 e, apenas, 19 dos 72 têm tido reciclagem da mesma.
22 Análise do comportamento humano Inquérito Nacional A forma de actuação dos inquiridos no seu edifício é diferente se o edifício não for deles. Em caso de fuga, g, 51% dos inquiridos utilizariam os caminhos que utilizam normalmente. O pânico existe em caso de incêndio, indo contra o O pânico existe em caso de incêndio, indo contra o descrito em diversos estudos.
23 Análise do comportamento humano Inquérito Nacional Sensivelmente, 36% dos inquiridos têm conhecimento dos planos de evacuação que frequentam. Na generalidade todos os inquiridos sabem identificar as saídas de emergência, mas apenas 98 inquiridos sabem onde se localizam.
24 Análise do comportamento humano Inquérito Nacional Verifica se que as interpretações dadas ao sinal de alarme não variam muito segundo o género, a idade, d as habilitações literárias sendo a mais indicada a Na incerteza considera o como um incêndio. O mesmo se verifica na reacção, não havendo grandes alterações independentemente do género, idade, habilitações literárias e caso o inquerido tenha estado envolvido numa situação de incêndio, sendo mais indicada Procurar saber o que se passa.
25 Análise do comportamento humano Inquérito Nacional Alerta a opção mais indicada foi Cheiro a fumo, havendo aqui diferenças entre as fi faixas etárias, ái isto é, na faixa etária dos 20 e 40 anos a opção mais indicada foi Alarme e na faixa etária dos 50 anos foi a Visualização do fumo. No que concerne à Acção a opção mais indicada foi Investigar o que estava a acontecer ou Abandonar o local por iniciativa própria dependendo das habilitações literárias, formação em segurança contra incêndio, experiencia anterior e faixa etária.
26 Análise do comportamento humano Inquérito Nacional Relativamente à reacção do ocupante na presença fumo ou de incêndio aopção mais indicada d foi Tentar outro caminho para sair do edifício. As primeiras acções, interpretações e reacções não variam muito independentemente do género, idade, habilitações literárias, mas apresentam percentagens diferentes e as segundas acções/interpretações já variam, o que poderá influenciar de alguma forma o desenvolvimento do incêndio e por sua vez irá afectar o comportamento humano.
27 Pânico Durante um incêndio os ocupantes podem ter comportamentos que se afastam do desejado, sendo o mais grave de todos o pânico que, felizmente, ocorre com menos frequência do que por vezes se pensa.
28 Pânico Alguns estudos feitos sobre incêndios vieram demonstrar que na generalidade dos casos o pânico não se verifica. De facto esses comportamentos são raros e normalmente verificam se em locais de grande dimensões como, estádios, pavilhões e outros espaços idênticos.
29 Modelo Teórico de Evacuação Dentro das situações de emergências a que trará mais alterações no comportamento humano é a que está directamente ou indirectamente relacionado com um incêndio.
30 Modelo Teórico de Evacuação Um modelo de comportamento de evacuação para ser completo será extremamente complexo, por tratar variáveis, não apenas relacionadas com o movimentodoocupante, mas também com o seu comportamento, o edifício eodesenvolvimento do incêndio.
31 Modelo Teórico de Evacuação Quando o edifício ao ser evacuado os ocupantes tendem a realizar outras acções, além da de sair do edifício, entre elas: Obter informação sobre o incidente; Recolher os seus pertences; Assistir ou ajudar outros ocupantes; Alertar outros ocupantes; Mudar de escadas; Combater o incêndio.
32 Modelo Teórico de Evacuação Nos modelos de comportamento de evacuação é necessário considerar quatros aspectos de extrema importância: Acções realizadas pelos ocupantes; Tempo que demoram a realizar cada uma das acções; O tempo de detecção do incêndio; E o tempo que o incêndio começa a por em risco a vida dos ocupantes.
33 Modelo Teórico de Evacuação Os modelos actuais não têm em consideração acções realizadas pelos ocupantes nem o tempo que demoram a realizá las. Exemplos de acções realizadas durante a evacuação incluem procurar informações sobre o que está a acontecer, preparar para abandonar o edifício, informar outros, etc.
34 Modelo Teórico de Evacuação Vários estudos sobre evacuação em situações de incêndio, mostram que antes de qualquer acção os ocupantes recebem pistas/sinais, fazem uma interpretação da situação e do risco baseados nessas pistas e, só então tomam uma decisão. Cada acção tomada é influenciada por este processo.
35 Modelo Teórico de Evacuação Além disso, existem factores que influenciam cada fase do mesmo, mais especificamente: Factores que influenciam se um ocupante recebe ou não uma pista; Factores que influenciam o tipo de interpretação sobre a situaçãoeosriscoscombasenaspistas; Factores que influenciam a decisão sobre uma acção.
36 Modelo Teórico de Evacuação O ocupante começará um processo de comportamento quando é confrontado com algo que interrompe sua rotina diária. Um novo processo de comportamento começa cada vez que um ocupante recebe novas informações relativas ao evento.
37 Modelo Teórico de Evacuação Considera, para efeitos de avaliação do tempo que os ocupantes demoram a deixar um edifício, as seguintes fases, podendo haver repetição de algumas fases.
38 Modelo Teórico de Evacuação Tendo como origem o instante em que se dá a deflagração do incêndio, o tempo total que as pessoas numa situação de emergência demoram a sair do edifício pode ser dado por: Tempo Total NE A n I 1 t t ( t t t ) Tempo Alerta I Tempo Interpretação Tempo Decisão R P n Tempo Percurso
39 Modelo Teórico de Evacuação O tempo de alerta (t A ) tempo que decorre entre o momento que tem início o incêndio e o instante em que é dado o alerta. Tempo de interpretação (t I ) Tempo que o ocupante demora a interpretar o que está a acontecer. Tempo de decisão (t R ) tempo gasto pelo ocupante na decisão da acção a tomar; Tempodepercurso(t P ) Tempo que o ocupante demora a realizar a acção, podendo ser o tempo para fazer o percurso até ao exterior.
40 Modelo Teórico de Evacuação O modelo necessitará de dados sobre as características dos ocupantes, assuas acções durante a evacuação, tempos decorridos entre acções, distâncias, velocidades para diferentes tipos de ocupantes, características do edifício e características do incêndio. Este dados serão usados para desenvolver equações ou algoritmos ou mesmo servirem de dd dados de entrada no modelo.
41 MUITO OBRIGADA!
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