Crânio CALVÁRIA. Antonio Carlos Marrone Henrique Zaquia Leão Marco A. Stefani

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1 3 Crânio Antonio Carlos Marrone Henrique Zaquia Leão Marco A. Stefani O sistema nervoso central (SNC) encéfalo e medula espinal apresenta estrutura altamente delicada e possui seu volume modificado pela vascularização e pela respiração. Daí a necessidade de o SNC possuir uma importante proteção, garantida pelas meninges com a circulação liquórica e pelo arcabouço ósseo constituído pelo neurocrânio e pela coluna vertebral. O crânio e a coluna vertebral se modificam e se adaptam às diversas alterações que o SNC apresenta desde o período embrionário, nascimento, infância, idade adulta e envelhecimento. O neurocrânio constitui a porção mais cranial do esqueleto humano, sendo limitado pela calvária (ou calota) craniana e pela base craniana, protegendo o encéfalo e continuando com a coluna vertebral através do forâmen magno do occipital, onde faz a proteção da transição entre bulbo e medula espinal. O esplancnocrânio se situa anteroinferiormente ao neurocrânio, constituindo a face e tendo como constituintes os ossos da órbita, cavidades nasais e cavidade oral com a mandíbula, tendo em seu interior o início das vias respiratória e digestiva. O neurocrânio e o esplancnocrânio constituem o crânio onde não encontramos uma separação anatômica entre os mesmos, consistindo em uma divisão puramente didática. Muitos ossos fazem parte das duas divisões, pois a maioria entra na constituição da base craniana que, superiormente, é do neurocrânio e, inferiormente, do esplancnocrânio, como acontece com o frontal, etmoide, esfenoide, temporal e occipital ( Figs. 3.1, 3.2 e 3.3 ). O crânio em vista anterior permite verificar sua formação por ossos ímpares e pares, articulados quase que exclusivamente por junções fixas as suturas, tendo como grande exceção a articulação temporomandibular ATM que mostra mobilidade com alta complexidade, e as articulações dos dentes as gonfoses com características próprias. As suturas da calvária são todas serrilhadas, com exceção da sutura temporoparietal, que é tipicamente escamosa ( Fig. 3.4 ). Na embriologia do neurocrânio encontramos peculiaridades importantes, como a origem mesenquimal não cartilaginosa dos ossos da calvária e de parte de alguns ossos da base, como o esfenoide e o temporal. Esta origem embriológica complexa e de controle pouco conhecido é que nos permite entender as fontanelas e as suturas do recém-nascido, com períodos de fechamento distinto, e lembrar que no momento do nascimento o grande perímetro cefálico é maior que o perímetro torácico, demonstrando o momento importantíssimo do crescimento cerebral no final da gestação, parto e pós-parto. O limite entre a calvária e a base craniana é didático, e um dos mais usados é o formado pelo plano que se estende da glabela (anterior) até a protuberância occipital externa (posterior). CALVÁRIA A calvária protege superiormente o encéfalo, sendo constituída pelos ossos frontal, parietal, temporal, occipital e por pequena porção do osso esfenoide (a asa maior), anterolateralmente. O frontal e o esfenoide são ossos pneumáticos, mas a importância está no seio frontal que ocupa a região anterior da calvária, com extensão variável de indivíduo para indivíduo. Externamente, os acidentes ósseos da calvária são poucos: citamos somente a glabela, entre os processos orbitais, na transição com o esplancnocrânio, as eminências parietais e a protuberância occipital externa, facilmente palpável na inserção superior do músculo trapézio. Uma denominação a ser lembrada é a de ptério para a sutura no encontro dos ossos esfenoide, parietal, frontal e temporal, por ser local de realização frequente de craniotomias, por exemplo, para acesso ao círculo arterial do cérebro (polígono de Willis). Os ossos da calvária apresentam algumas características, como a presença de periósteo apenas externamente, com a lâmina externa da dura-máter funcionando como um periósteo, internamente. A disposição óssea da calvária, compacta e esponjosa, também é característica. Encontramos osso compacto nas lâminas externa e interna, também reconhecidas como tábuas externa e interna e, entre elas, um tecido esponjoso altamente vascularizado, chamado díploe. O díploe, com sua rica vascularização, apresenta, no seu interior, anastomoses entre o sistema venoso do couro cabeludo e a lâmina externa da dura-máter (meninge mais externa). Esta disposição óssea é perfeitamente definida pelos modernos métodos de imagem, como a tomografia computadorizada do crânio. Contrastando com a superfície externa da calvária, que mostra claramente as suturas serrilhadas e a sutura escamosa do osso temporal, e um aspecto liso, a superfície

2 52 Neuroanatomia Clínica e Funcional: Anatomia, Fisiologia e Patologia Osso frontal Sutura frontal ou metópica Glabela Násio Arco superciliar Incisura supra-orbital (ou forâmen) Processo zigomático do osso frontal Fissura orbital superior Osso nasal Abertura piriforme Fissura orbital inferior Processo frontal de maxila Concha nasal inferior Forâmen infraorbital Crista nasal Maxila Processo zigomático da maxila ENA - espinha nasal anterior Ramo da mandíbula Processo alveolar da maxila Ângulo da mandíbula Processo alveolar da mandíbula Corpo da mandíbula Protuberância mental Linha oblíqua Mandíbula Forâmen mental Tubérculo mental FIGURA 3.1 Face anterior do crânio. (Com permissão de Drake RL, Vogl AW, Motchell AWM, Gray s Atlas of Anatomy, 2nd edition, Philadelphia, Churchill Livingstone, an imprint of Elsevier, 2015.)

3 3 Crânio 53 Sutura esfenoparietal Sutura coronal Osso frontal Ptério Sutura esfenoescamosa Escama do temporal Sutura escamosa Osso parietal Asa maior do esfenoide Forâmen supraorbital Osso lacrimal Osso nasal Forâmen zigomático Forâmen infraorbital Osso zigomático Maxila Parte alveolar Forâmen mental Sutura lambdoide Sutura parietomastoidea Astério Sutura occipitomastoidea Processo mastoide Parte timpânica do osso temporal Processo estiloide Processo condilar da mandíbula Ramo da mandíbula Ângulo da mandíbula Processo zigomático do osso temporal Corpo da mandíbula Processo coronoide da mandíbula Processo temporal do osso zigomático FIGURA 3.2 Face lateral do crânio. (Com permissão de Drake RL, Vogl AW, Motchell AWM, Gray s Atlas of Anatomy, 2nd edition, Philadelphia, Churchill Livingstone, an imprint of Elsevier, 2015.) Parietal Occipital Frontal Temporal Esfenoide FIGURA 3.3 Vista lateral do crânio, identificando os ossos do neurocrânio. interna da calvária apresenta marcas anatômicas e radiológicas importantes ( Fig. 3.5 ). A calvária apresenta, internamente, três acidentes ou impressões facilmente identificadas: Na linha média encontramos a depressão causada pelo seio sagital superior que cursa anteroposteriormente até a confluência dos seios venosos da duramáter. Lateralmente à depressão do seio sagital superior encontramos várias fóveas ou fovéolas, principalmente nos crânios idosos, resultantes das granulações aracnoides. Nas superfícies internas dos ossos temporais (escamas) e parietais encontramos as marcações dos ramos das artérias meníngeas médias (iniciados nos forames espinhosos da base craniana), semelhantes às ramificações de um galho de árvore, lembrando que a artéria meníngea média pode transitar, por alguns segmentos, dentro dos ossos da calvária. A artéria meníngea média é um dos ramos importantes da artéria maxilar uma artéria da face, que é um dos ramos terminais da artéria carótida externa. Todo traço de fratura resultante de trauma cranioencefálico (TCE) que cruze ramos da artéria meníngea média, principalmente na região da escama do osso temporal, deve nos deixar atentos para o risco de hemorragia intracraniana-hematoma extradural.

4 54 Neuroanatomia Clínica e Funcional: Anatomia, Fisiologia e Patologia BASE Ao examinarmos a base craniana verificamos a presença de três fossas ( Fig. 3.6 ) facilmente vistas no corte sagital do crânio, sendo reconhecidas como fossa anterior, fossa média e fossa posterior. A fossa anterior é constituída pelos ossos frontal, etmoide e esfenoide; a fossa média, pelos ossos esfenoide e temporal; a fossa posterior, pelos ossos temporal e occipital ( Figs. 3.7 e 3.8 ). Pela base craniana devem transitar todos os vasos artérias e veias do encéfalo (artéria carótida interna ACI, artéria vertebral AV e veias jugulares internas VJ) e todos os doze pares de nervos cranianos, além das artérias e veias oftálmicas e as artérias meníngeas médias (as artérias meníngeas anteriores e posteriores são menores e Osso frontal Sutura coronal Osso parietal Sutura sagital Sutura lambdoidea Osso occipital FIGURA 3.4 Vista superior do crânio mostrando as suturas da calvária. Crista frontal Sutura sagital Osso frontal Sutura coronal Sulco arterioso Sulco Seio sagital sup. Fóveas granulares Osso parietal Díploe Lâmina int. Lâmina ext. FIGURA 3.5 Vista interna da calvária, mostrando suas principais referências.

5 3 Crânio 55 não serão descritas). Esses vasos e nervos passam na base craniana através de orifícios ou forâmens (na realidade, canais e fendas ou fissuras). Nervos cranianos podem entrar ou sair do crânio, pois sabemos que os nervos cranianos podem ser exclusivamente motores ou sensitivos e, em muitos casos, mistos, ao contrário dos nervos espinais, que são todos mistos. Os orifícios podem dar passagem concomitante para artérias, veias e nervos ( Fig. 3.9 ). Através da base do crânio transitam, como vimos, todos os vasos arteriais e venosos e todos os nervos que se originam ou se dirigem para o encéfalo. Estudaremos, pois, por quais espaços nessa base craniana passam essas estruturas ( Figs e 3.11 ). Devemos encontrar, transitando nos orifícios, canais e fissuras da base craniana: 1. Artérias carótidas internas, 2. Artérias vertebrais, 3. Veias jugulares internas, 4. Artérias meníngeas médias, anterior Tenda do cerebelo FCM FCA média média FCP FIGURA 3.6 Corte sagital de cabeça, mostrando as fossas cranianas anterior (FCA), média (FCM) e posterior (FCP). É importante observar que a tenda do cerebelo faz o teto da fossa posterior. posterior FIGURA 3.7 Base craniana em vista interna, mostrando as fossas. Osso frontal Osso etmoide Osso esfenoide Osso temporal Osso occipital FIGURA 3.8 Ossos que constroem a base craniana.

6 56 Neuroanatomia Clínica e Funcional: Anatomia, Fisiologia e Patologia Margem parietal Cristagalli Lâmina crivosa Asa menor Canal óptico Forâmen redondo Forâmen oval hipofisária Asa maior (esfenoide) Fissura orbitária sup. Proc. clinoide ant. Proc. clinoide post. Sulco carotídeo Proc. jugular Sulco seio sigmoide Forâmen magno Margem mastoide Margem lambdoidea FIGURA 3.9 Base craniana com ossos temporais removidos. Lâmina crivosa do etmoide Canal óptico Forâmen oval Forâmen espinhoso Forâmen jugular Fissura orbital sup. Forâmen redondo Forâmen lacerum Meato acústico interno Forâmen magno Canal hipoglosso FIGURA 3.10 Passagens da base do crânio, em vista superior. 5. Artérias oftálmicas, 6. Veias oftálmicas (superiores) e 7. os nervos cranianos: a. Olfatórios, b. Ópticos, c. Oculomotores, d. Trocleares ou patéticos, e. Trigêmeos, com suas três divisões: oftálmica, maxilar e mandibular, f. Abducentes, g. Faciais, h. Vestibulococleares, i. Glossofaríngeos, j. Vagos,

7 3 Crânio 57 NC: I NC: II Art. oftálmica NC: V3 Artéria e veia meníngeas médias NC: IX, X, XI Seio sigmoide NC: XII NC: IV, V1, VI Veia orbital sup. NC: V2 NC: VII, VIII Art. labiríntica Bulbo Art. vertebrais, meninges, raízes espinhais do XI FIGURA 3.11 Conteúdo das passagens na base do crânio. k. Acessórios do vago e espinais, l. Hipoglossos. Vasos ACI AV VJI Locais de passagem Canal carotídeo (forâmen carotídeo externo e forâmen carotídeo interno) Forâmen magno Forâmen jugular A. meníngea média Forâmen espinhoso A. oftálmica Canal óptico V. oftálmica Fissura orbital superior Nervos I II III IV V1 oftálmico V2 maxilar V3 mandibular VI VII VIII IX X XI XII Lâmina crivosa Canal óptico Fissura orbital superior Fissura orbital superior Fissura orbital superior Forâmen redondo Forâmen oval Fissura orbital superior Meato acústico interno, canal do facial, forâmen estilomastóideo Meato acústico interno Forâmen jugular Forâmen jugular Forâmen jugular Canal do hipoglosso A cavidade orbital, ou órbita, deve ser descrita para podermos entender melhor as fossas anterior e média da base craniana. Didaticamente dividimos a órbita em quatro paredes e, posteriormente, numa região posterior ou fundo da órbita. A parede superior ou teto da órbita, com o rebordo orbital anteriormente (onde encontramos o forâmen ou incisura supraorbital), é constituída pelo processo orbital do osso frontal que, na face inferior, é o teto da órbita e, na face superior, constitui o assoalho da fossa anterior do crânio. A parede medial é formada pelo osso lacrimal e pela lâmina lateral do etmoide. O assoalho ou chão da cavidade orbital é constituído pela maxila e osso malar ou zigomático. A parede lateral é formada pela asa maior do esfenoide, que também constitui a fossa média da base craniana. O fundo da órbita corresponde também ao osso esfenoide, com a asa menor (onde vemos o canal óptico) e a asa maior, limitando com a asa menor a fissura orbital superior. Assim, no fundo da órbita encontramos, além do canal óptico, a fissura orbital superior, que se comunica com o interior do neurocrânio, e a fissura orbital inferior, que se comunica com a fossa pterigomaxilar da face. Ambas se situam lateralmente ao canal óptico com direções divergentes, a primeira superior e a segunda, inferior. A fossa anterior do crânio é constituída pelos processos orbitais do osso frontal que deixam, na linha média, um espaço ocupado pelo etmoide. O etmoide, na base craniana, apresenta as lâminas crivosas e, entre elas, o processo conhecido como crista galli. Pelas lâminas crivosas penetram, no crânio, os filamentos dos nervos olfatórios (primeiro par dos nervos

8 58 Neuroanatomia Clínica e Funcional: Anatomia, Fisiologia e Patologia cranianos), estando os bulbos olfatórios localizados sobre as mesmas. Posteriormente a fossa anterior é completada pelo osso esfenoide, através do início do corpo na linha média e pelas pequenas asas do esfenoide, lateralmente. No corpo do esfenoide encontramos, anteriormente, o tubérculo da sela turca que se estende para a porção anterior da sela turca, fazendo parte da fossa média e, no limite com as pequenas asas, encontramos duas projeções que são os processos clinoides anteriores. Medialmente aos processos clinoides encontramos os canais ópticos por onde entram, no crânio, os nervos ópticos e saem para vascularizar estruturas intraorbitais, incluindo as retinas, as artérias oftálmicas e os ramos intracranianos das artérias carótidas internas. Lateralmente às clinoides anteriores encontramos a fissura orbitária superior ou fenda esfenoidal, limitada entre as asas (maior e menor) do esfenoide, por onde transitam os nervos oculomotor, troclear, abducente, o primeiro ramo do nervo trigêmeo (oftálmico) e a veia oftálmica superior. A fossa média se inicia na fissura esfenoidal e asas menores do esfenoide, com sua superfície formada pelo corpo e asas maiores do esfenoide, limitada lateral e posterolateralmente pelos ossos temporais e, na linha média, seu limite posterior é com o clivo do occipital, que contribui para a parede posterior da sela turca. Quando olhamos a fossa média de cima vemos, no centro, a sela turca e, lateralmente, as asas maiores do esfenoide e as superfícies superiores dos processos petrosos (rochedos) dos ossos temporais. Analisando a sela turca vemos que esta depressão do corpo do esfenoide é limitada, anterior e medialmente, pelo tubérculo da sela e, anterior e lateralmente, pelos processos clinoides anteriores; seu limite posterior também apresenta, posterolateralmente, os processos clinoides posteriores; há vezes em que podemos observar processos clinoides laterais entre os processos anteriores e posteriores. O assoalho da sela, que é também avaliado nos cortes sagitais do crânio, situa-se acima do seio esfenoidal, o qual se comunica com a fossa nasal. Como já referimos, a sela turca é limitada anterolateralmente e posteriormente pelos processos clinoides anteriores e posteriores ( Fig ) e, na sua porção intracraniana, apresenta uma elevação chamada tubérculo da sela turca (sendo um dos locais alterados precocemente em processo expansivo da hipófise, concomitante com a produção do assoalho duplo pela neoplasia). Abaixo da sela se encontra o seio esfenoidal que possibilita, ao cirurgião, acesso aos tumores da hipófise pela via transesfenoidal a partir da fossa nasal. O limite lateral da sela turca é com a dura-máter dos seios cavernosos. Anterior e posteriormente à sela turca temos as comunicações intercavernosas. O espaço da sela turca é limitado, superiormente, pela dura-máter (o diafragma da sela) que permite apenas a passagem do pedículo hipotálamo-hipofisário por pequeno orifício, pelo qual também transita liquor (líquido cerebrospinal). O limite anterior da sela turca acontece na fossa anterior, com o osso etmoide e sua lâmina crivosa. Crista frontal Sulco seio sagital sup. Cristagalli Lâmina crivosa do etmoide Proc. clinoide ant. Proc. clinoide post. Sulco seio petroso sup. Sulco seio sigmoide Tubérculo sela hipofisária Dorso sela Asa menor Esfenoide Asa maior Parte escamosa Osso temporal Parte petrosa Osso temporal Crista occipital interna Protuberância occipital interna FIGURA 3.12 Referências na vista superior da base do crânio.

9 3 Crânio 59 O limite posterior da sela turca se faz com o clivo do esfenoide, no limite entre a fossa média e a fossa posterior, anteriormente ao tronco encefálico. Lateralmente à sela turca a fossa média do crânio apresenta, na asa maior do esfenoide, os forâmens redondo, oval e espinhoso, além de uma depressão no ápice petroso do osso temporal conhecida como cavum trigeminal (ou cavum de Meckel), onde está superiormente situado o gânglio trigeminal (ou gânglio de Gasser). Pelos forâmens redondo, oval e espinhoso transitam respectivamente o segundo ramo do nervo trigêmeo (nervo maxilar), o terceiro ramo do nervo trigêmeo (nervo mandibular) e a artéria meníngea média. * A fossa posterior do crânio se inicia no limite superior do clivo do occipital e nos ossos temporais, na linha de inserção da tenda do cerebelo (cristas petrosas) e se estende inferiormente até os côndilos occipitais, que limitam lateralmente o forâmen magno e se articulam com a vértebra atlas (C1). No meato acústico interno, situado na face petrosa do temporal, voltada para a fossa posterior, transitam os nervos VII e VIII (facial e vestibulococlear). No forâmen jugular transitam os nervos IX, X e XI (glossofaríngeo, vago e acessório) e ali também está o início da veia jugular interna, que começa no final do seio sigmoide como o golfo da jugular. Na fossa posterior do crânio, do clivo do occipital na linha média até, lateralmente, a impressão causada pelo seio transverso da dura-máter, encontramos duas amplas * Os três ramos do trigêmeo oftálmico, maxilar e porção sensitiva do mandibular após captarem a sensibilidade da pele, do tecido subcutâneo e da musculatura superficial da face penetram em direção aos orifícios da base crânica pelos forâmens supraorbitário, infraorbitário e mentoniano, identificados na vista anterior do crânio ( Fig. 3.1 ). depressões: as fossas cerebelares, causadas pelos hemisférios cerebelares. No côndilo do occipital, da face medial para a face externa, transita no canal do hipoglosso (ou forâmen do hipoglosso) o próprio nervo hipoglosso (XII nervo craniano). O forâmen magno corresponde ao espaço que comunica o neurocrânio com o canal vertebral, onde se situa a transição bulbomedular e, lateralmente ao bulbo, penetram na fossa posterior as artérias vertebrais e as raízes espinais dos nervos acessórios (XI nervo craniano) que se originam nos primeiros quatro segmentos da medula cervical e se dirigem ao forâmen jugular. FACE INFERIOR DA BASE CRANIANA A vista inferior da base craniana tem, como acidentes principais, as coanas (orifícios posteriores das fossas nasais) com os ossos palatinos e os processos pterigoideos do esfenoide. Nesta face citaremos apenas dois orifícios de passagem para estruturas neurovasculares importantes. O forâmen estilomastóideo, situado no osso temporal, dando passagem à parte motora somática do nervo facial; as outras parte do nervo (lacrimejante, secreção nasal, salivação e gustação) já se ramificaram dentro da porção petrosa do osso temporal (no canal do facial e caixa timpânica nervo petroso maior e nervo corda do tímpano). * O outro orifício importante é o forâmen carotídeo externo, também situado no osso temporal, medialmente ao forâmen estilomastóideo. * O nervo petroso maior sai do osso temporal pelo forâmen petroso maior na fossa média, e o nervo corda do tímpano dirige-se para a face, juntamente com a tuba auditiva. Forâmen espinhoso Canal carotídeo Forâmen jugular Forâmen oval Forâmenlacerum Canal hipoglosso Forâmen estilomastoideo Processo mastoide Forâmen magno FIGURA 3.13 Vista inferior da base do crânio.

10 60 Neuroanatomia Clínica e Funcional: Anatomia, Fisiologia e Patologia É pelo forâmen carotídeo externo que a artéria carótida interna penetra no crânio. Este forâmen dá início ao canal carotídeo do osso temporal, onde transita, horizontalmente, a artéria carótida interna, até alcançar o forâmen carotídeo interno, limitado pelo osso esfenoide e pelo próprio osso temporal, identificado na face interna da base craniana. É pelo forâmen carotídeo interno que a artéria carótida interna penetra no seio cavernoso. RECÉM-NASCIDO O crânio do recém-nascido apresenta peculiaridades importantes; o perímetro cefálico é maior que o perímetro torácico (o que pode dificultar o parto pélvico). Na vista lateral notamos um esplancnocrânio mais reduzido. O crânio também não apresenta os seios paranasais e os processos mastoides. As maiores diferenças estão nos ossos da calvária, que ainda não estão com as suturas completas, deixando amplas áreas sem cobertura óssea e expondo a dura-máter. Encontramos pequenas separações entre as suturas, mas nos encontros dos ossos vemos amplos espaços que reconhecemos como fontículos ou fontanelas. Os fontículos mais laterais são menores, fecham antes e estão protegidos por músculos e tecidos superficiais. Os fontículos anterior (bregma) e posterior (lambda) persistem abertos e palpáveis por algum tempo. O fontículo posterior, entre os parietais e o occipital, se fecha por volta do segundo mês pós-natal. O fontículo anterior, bem mais amplo, com forma losangular entre os frontais e os parietais, se fecha depois do primeiro ano de vida (seu aspecto losangular se deve à presença da sutura embrionária frontal que, em geral, persiste em 7% das pessoas como sutura metópica). Este fontículo permite, semiologicamente, o acompanhamento do tamanho, da pressão e do pulso do encéfalo. Seu fechamento precoce é patológico (cranioestenose e assimetrias), assim como o fechamento tardio na hipertensão intracraniana e em doenças como o raquitismo. CASO CLÍNICO Um paciente de 30 anos, previamente hígido, é vítima de atropelamento e chega ao pronto-socorro lúcido e coerente, porém com importante hematoma de couro cabeludo na região frontotemporoparietal esquerda. Sua tomografia de crânio demonstra importante traço de fratura frontotemporal esquerda, cruzando toda a escama do osso temporal esquerdo. Permanecendo na sala de observação, cerca de quatro horas após, durante o exame realizado pelo neurocirurgião, encontra-se obnubilado e com discreta midríase à esquerda. Indicada nova tomografia computadorizada de crânio com urgência. Durante a realização do exame o paciente se apresenta em coma (escala de Glasgow 8 RV 2RO RM4), com midríase paralítica à esquerda e hemiparesia direita e Babinsky à direita. A partir do resultado da tomografia é imediatamente levado a procedimento cirúrgico. A Imagem de TC demonstrou hematoma extradural temporal esquerdo por ruptura da artéria meníngea. Submetido à craniotomia temporal esquerda de urgência, o sangramento arterial foi contido e o hematoma extradural aspirado. Em face da precocidade do procedimento neurocirúrgico a evolução do paciente foi excelente. BIBLIOGRAFIA Royden Jones H, Burns TM, Aminoff MA, Pomeroy SL. Coleção Netter de Ilustrações Médicas. Frank H. Netter. Volume 7. Sistema Nervoso. Tradução 2ª Edição. Elsevier, Rio de Janeiro, FIGURA 3.14 Vistas frontal, superior, posterior e lateral de um crânio de recém-nascido. FIGURA 3.15 Imagem de ematoma extradural (HED) esquerdo. Observe o desvio da linha média para a direita.

11 NEUROANATOMIA CLÍNICA E FUNCIONAL Geraldo Pereira Jotz Antônio Carlos Huf Marrone Marco Antônio Stefani Jorge Junqueira Bizzi Mauro Guidotti Aquini O embasamento biológico, acrescido das variações fisiológicas que ocorrem ao longo da vida, demonstra que a necessidade do conhecimento básico de Neuroanatomia se faz cada vez mais presente na vida de médicos e de todos os profissionais de saúde. Por meio da literatura e das imagens de Neuroanatomia Clínica e Funcional, os autores habilmente uniram a área básica e a área clínica no conhecimento aplicado, tornando esta obra um diferencial no ensino e na pesquisa para cursos de graduação e de pós-graduação das áreas Biológicas e da Saúde. VOCÊ ENCONTRARÁ NESTE LIVRO: Os aspectos embriológicos, neuroanatômicos, neuro-histológicos e neurofisiológicos; O diagnóstico por imagem, ressaltando-se fatores morfológicos e patológicos através da tomografia computadorizada, da ressonância magnética e do PET-neurológico; Os aspectos clínicos associados às neuropatologias. Capítulos relacionados a embriologia, constituição do tecido nervoso, neurônios, neuroglia, fibras nervosas, gânglios, nervos e sinapses, neurocrânio, córtex cerebral, tronco cerebral, medula espinal, coluna vertebral, sistema nervoso autônomo e periférico, circulação liquórica, cerebelo, vascularização do sistema nervoso, barreira hematoencefálica, telencéfalo, diencéfalo, nervos cranianos, vias aferentes, vias eferentes e vias especiais. Classificação de Arquivo Recomendada MEDICINA

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