MAPAS, CARTAS E PLANTAS (Documentos Cartográficos)
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- Ana Mangueira Tomé
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1 Cartografia MAPAS, CARTAS E PLANTAS (Documentos Cartográficos) Prof. João Fernando C. da Silva Departamento de Cartografia
2 Objetivos (da aula) Conceitos Definições Classificações CIM Estabelecer terminologia para o uso na disciplina e na atividade profissional
3 Documentos cartográficos Documento é qualquer informação registrada em qualquer meio (impresso, eletrônico, digital etc), elaborado com o intuito de oficializar um contato ou comunicação entre pelo menos duas partes. Documento cartográfico (DC) é qualquer documento que se expressa mediante a linguagem cartográfica. Globos, atlas, mapas, cartas, plantas, ortofotocartas etc.
4 Globo representação cartográfica sobre uma superfície esférica, em escala pequena, aspectos naturais e artificiais da Terra, com finalidade cultural, educativa e ilustrativa. PN, PS, Eq., Greenwich. Por que inclinado? 23 o 27
5 Globo Representação da SFT em uma esfera (superfície de referência) Raio da Terra 6.370km Raio do globo 637mm (63,7cm) Escala do globo: 1mm 10km 1mm m 1mm mm 1/
6 Atlas: Cartografia temática Edição de um conjunto ou reunião de mapas com diferentes temas; Escalas dos mapas podem variar Atlas de países: escalas menores; Atlas municipais: escalas maiores. Finalidades Cultural e educativa; Referência.
7 Mapas e Cartas A palavra MAPA é usada genérica e indiscriminadamente como sinônimo das palavras CARTA e PLANTA (língua portuguesa). - Lingua Alemã Karte - Língua Inglesa Map todas as representações cartográficas - Língua Francesa Mape Carte mapa-mundi representações cartográficas
8 Planisfério ou mapa-mundi mapa (plano) que representa todo o globo terrestre
9 A confusão no Brasil entre as palavras mapa, carta e planta tem origem no uso popular de documentos cartográficos. Por comodidade, os usuários passaram a designar todo documento cartográfico por mapa. Geralmente, a distinção mais usual é feita pela Mapa escala pequena ESCALA de Representação Carta escala média Planta escala grande
10 Classificações Pela escala Pela relação DC e território
11 Classificação pela escala Seja e=1/e, onde E é o módulo da escala, que é dado por D/d, sendo D a dimensão no terreno (SFT) e d a correspondente na imagem (DC). O quadro abaixo é meramente ilustrativo de uma possível classificação, que deve sempre ser explicitada para informar com clareza e evitar possíveis desentendimentos. D Classific mapa mapa carta carta carta planta planta
12 Classificação: DC e território Há um conceito que deriva da relação do DC com o território. Se o território for inteiramente coberto por uma única folha (carta), então se trata de um mapa. Se o território for coberto por diversas folhas, então cada folha é uma carta e o conjunto articulado das cartas forma o mapa. Território pode ser o país (Brasil), uma macroregião (N,NE,CO,SE,S), uma unidade da federação (estado) ou um município.
13 Assim, tecnicamente, no Brasil, emprega-se mapa quando se trata de documento em escala pequena, que abrange a totalidade de um determinado território (nação, estado, região ou município). MAPA (Características): - representação plana; - geralmente em escala pequena (grandes áreas); - área delimitada por acidentes naturais (bacias, planaltos, chapadas, etc.) e divisas políticoadministrativas; - destinado a fins educativos, culturais, ilustrativos e planejamento e tomada de decisão.
14 A partir dessas características pode-se generalizar o conceito: " Mapa é a representação no plano, normalmente em escala pequena, dos aspectos geográficos, naturais, culturais e artificiais de uma área tomada na superfície de uma figura planetária, delimitada por elementos físicos ou culturais, destinada aos mais variados usos."
15 Mapa ilustrando o Brasil e suas unidades federativas
16 Um documento mais complexo ou mais detalhado, geralmente nas escalas médias e grandes, é denominado carta. CARTA (Características): - representação plana; - escala média ou grande; - desdobramento em folhas articuladas de maneira sistemática; - limites das folhas constituídos por linhas convencionais, destinada à avaliação precisa de direções, distâncias e localização de pontos, áreas e detalhes; - geralmente, faz parte de um mapa.
17 Da mesma forma que da conceituação de mapa, podese generalizar: " Carta é a representação no plano, em escala média ou grande, dos aspectos artificiais e naturais de uma área tomada de uma superfície planetária, subdividida em folhas delimitadas por linhas convencionais - paralelos e meridianos - com a finalidade de possibilitar a avaliação de pormenores, com grau de precisão compatível com a escala."
18 Imagem de um trecho da carta de São José dos Campos, SP Folha SF-23-Y-D-II-1, IBGE 1973
19 - PLANTA é um caso particular de carta. - É uma representação em escala grande de uma área muito limitada, portanto, com maior quantidade de detalhes. "Planta é a representação em escala grande de áreas suficientemente pequenas que podem ser tomadas por planas (a curvatura da Terra pode ser desconsiderada), sem erro sensível. A aproximação (simplificação) não invalida o resultado (quantitativo ou qualitativo). ex: planta de um bairro
20 Plantas topográficas Plani-altimétrica Planimétrica
21 Cartografia(s) Básica ou Fundamental ou Topográfica Temática (Especial)
22 São reconhecidas duas grandes categorias de atividade cartográfica apoiadas por bases científicas independentes, cada qual executando seus próprios produtos dirigidos a usuários específicos Cartografia de Base ou Cartografia Fundamental Cartografia Temática
23 Fluxograma
24 - Na cartografia de base ou de referência ou de propósito geral, a ênfase é na localização (x,y; E,N) do fenômeno geográfico. - O propósito é mostrar uma variedade de feições da Terra ou de uma parte dela. QUESTÃO: ONDE?
25 Na cartografia temática ou de propósito especial a ênfase é na distribuição geográfica de um único tema (z). QUESTÃO: ONDE? O QUÊ? EM QUE ORDEM? QUANTO?
26 CLASSIFICAÇÃO DE CARTAS E MAPAS Quanto à natureza da representação: a) GERAL: CADASTRAL 1:500 a 1: TOPOGRÁFICA - 1: a 1: b) TEMÁTICA c) ESPECIAL GEOGRÁFICA - 1:1: e menores (1: , 1: até 1: )
27 Representação GERAL São documentos cartográficos elaborados sem um fim específico. A finalidade é fornecer ao usuário uma base cartográfica com possibilidades de aplicações generalizadas, de acordo com a precisão geométrica e tolerâncias permitidas pela escala. Apresentam os acidentes naturais e artificiais e servem, também, de base para os demais tipos de cartas.
28 CADASTRAL Representação em escala grande, geralmente planimétrica e com maior nível de detalhamento, apresentando grande precisão geométrica. Normalmente é utilizada para representar cidades e regiões metropolitanas, nas quais a densidade de edificações e arruamento é grande.
29 As escalas usuais na representação cadastral são: 1:1.000, 1:2.000, 1:5.000, 1: e 1: Mapa de Localidade: Denominação utilizada na Base Territorial dos Censos para identificar o conjunto de plantas em escala cadastral, que compõem o mapeamento de uma localidade (região metropolitana, cidade ou vila).
30 Imagens de bases cadastrais
31 TOPOGRÁFICA * Carta elaborada a partir de levantamentos geodésico e aerofotogramétrico; * Original ou compilada de outras cartas topográficas em escalas maiores. Inclui os acidentes naturais e artificiais, em que os elementos planimétricos sistema viário, obras, vegetação, etc. e altimétricos relevo através de curvas de nível, pontos colados, etc. são geometricamente bem representados
32 As aplicações das cartas topográficas variam de acordo com sua escala: Escala 1:25.000: Representa cartograficamente áreas específicas, com forte densidade demográfica, fornecendo elementos para o planejamento socioeconômico e bases para anteprojetos de engenharia. Esse mapeamento, pelas características da escala, está dirigido para as áreas das regiões metropolitanas e outras que se definem pelo atendimento a projetos específicos.
33 Carta 1:25000
34 Escala 1: Retrata cartograficamente zonas densamente povoadas, sendo adequada ao planejamento socioeconômico e à formulação de anteprojetos de engenharia. A sua abrangência é nacional, até agora 13,9% do Território Nacional, concentrando-se principalmente nas regiões Sudeste e Sul do país.
35 Carta 1:50000
36 Escala 1: Objetiva representar as áreas com notável ocupação, priorizadas para os investimentos governamentais, em todos os níveis: federal, estadual e municipal. Escala 1: A sua abrangência é nacional, tendo sido coberto até agora 75,4% do Território Nacional - Subsidia o planejamento regional, além da elaboração de estudos e projetos que envolvam ou modifiquem o meio ambiente. A sua abrangência é nacional, tendo sido coberto até o momento 80,7% do Território Nacional.
37 Cartas 1: e
38 Mapa Municipal: (produzidos pelo IBGE) é a representação cartográfica da área de um município, contendo os limites estabelecidos pela Divisão Político-Administrativa, acidentes naturais e artificiais, toponímia, rede de coordenadas geográficas e UTM etc. Esta representação é elaborada a partir de bases cartográficas mais recentes e de documentos cartográficos auxiliares, na escala das referidas bases. O mapeamento dos municípios brasileiros serve ao planejamento e gestão territorial e em especial ao suporte das atividades de coleta e disseminação de pesquisas do IBGE.
39 GEOGRÁFICA Carta em que os detalhes planimétricos e altimétricos são generalizados, os quais oferecem uma precisão de acordo com a escala de publicação. A representação planimétrica é feita através de símbolos que ampliam muito os objetos correspondentes, alguns dos quais muitas vezes têm que ser bastante deslocados. A representação altimétrica é feita através de curvas de nível, cuja equidistância apenas dá uma idéia geral do relevo e, em geral, são empregadas cores hipsométricas.
40 Cartas geográficas Três cartas de relevo em cores hipsométricas (hipso: relevo, elevação). (Batimetria: abaixo da superfície da água).
41 Cartas geográficas sem altimetria: planos da Espanha, França e Andorra.
42 São elaboradas na escala 1: e menores, como, por exemplo, a Carta Internacional do Mundo ao Milionésimo (CIM). Mapeamento das Unidades Territoriais: Representa, a partir do mapeamento topográfico, o espaço territorial brasileiro através de mapas elaborados especificamente para cada unidade territorial do país. Produtos gerados: - Mapas do Brasil (esc. 1: ,1: ,1: , etc.). - Mapas Regionais (escalas geográficas diversas). - Mapas Estaduais (esc. geográficas e topográficas diversas).
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45 TEMÁTICA São as cartas, mapas ou plantas em qualquer escala, destinadas a um tema específico, necessárias às pesquisas socioeconômicas, de recursos naturais e estudos ambientais. A representação temática, distintamente da geral, exprime conhecimentos particulares para uso geral. Com base no mapeamento topográfico ou de unidades territoriais, o mapa temático é elaborado em especial pelos Departamentos da Diretoria de Geociências do IBGE, associando elementos relacionados às estruturas territoriais, à geografia, à estatística, aos recursos naturais e estudos ambientais.
46 Principais produtos: - Cartogramas representação proporcional de fenômenos quantitativos temáticos das áreas social, econômica territorial, etc. - Cartas do levantamento de recursos naturais (volumes RADAM). - Mapas da série Brasil 1: (Escolar, Geomorfológico, Vegetação, Unidades de Relevo, Unidades de Conservação Federais). - Atlas nacional, regional e estadual.
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48 Imagem de um mapa temático
49 Imagem de um mapa temático
50 Município de SP
51 Mapas do estado de SP Site do IGC
52 ESPECIAL São as cartas, mapas ou plantas para grandes grupos de usuários, muito distintos entre si, e, cada um deles, concebido para atender a uma determinada faixa técnica ou científica. São documentos muito específicos e técnicos que se destinam à representação de fatos, dados ou fenômenos típicos, tendo assim, que se cingir rigidamente aos métodos e objetivos do assunto ou atividade a que está ligado.
53 ESPECIAL (específica, especializada) Por exemplo: Cartas náuticas, Cartas aeronáuticas, Cartas para fins militares, Mapa magnético, Mapa astronômico, Mapa meteorológico, outros.
54 Cartas Náuticas: Representa as profundidades, a natureza do fundo do mar, as curvas batimétricas, bancos de areia, recifes, faróis, bóias, as marés e as correntes de um determinado mar ou áreas terrestres e marítimas. - Elaboradas de forma sistemática pela Diretoria de Hidrografia e Navegação - DHN, do Ministério da Marinha. - A regulação internacional exige para a navegação marítima, seja de carga ou de passageiros, que se mantenha atualizado o mapeamento do litoral e hidrovias.
55 Exemplo de Carta náutica da Bahia de Sepetiba (RJ)
56 Carta Aeronáutica Representação particularizada dos aspectos cartográficos do terreno, ou parte dele, destinada a apresentar além de aspectos culturais e hidrográficos informações suplementares necessárias à navegação aérea, pilotagem ou ao planejamento de operações aéreas.
57 Carta Aeronáutica de Ohio, Estados Unidos,
58 Cartas para Fins Militares: Em geral, são elaboradas na escala 1:25.000, representando os acidentes naturais do terreno, indispensáveis ao uso das forças armadas. Pode representar uma área litorânea com dados topográficos e náuticos, a fim de que ofereça a máxima utilidade em operações militares, sobretudo no que se refere a operações anfíbias.
59 Exemplo de uma Carta Militar da Província Portuguesa da Guiné na escala 1/
60 CIMM Carta Internacional do Mundo ao Milionésimo (1: ) - ACI (Brasil) - Modelo americano
61 CARTA INTERNACIONAL DO MUNDO AO MILIONÉSIMO - CIM (conforme ACI) Fornece subsídios para a execução de estudos e análises de aspectos gerais e estratégicos, no nível continental. Sua abrangência é mundial. O Brasil é mapeado por um conjunto de 46 cartas. É uma representação de toda a superfície terrestre, na projeção cônica conforme de LAMBERT (com 2 paralelos padrão) na escala de 1:
62 CARTA INTERNACIONAL DO MUNDO AO MILIONÉSIMO (CIM): 6 em longitude x 4 em latitude A distribuição geográfica das folhas da CIM foi obtida com a divisão do planeta (representado aqui por um modelo esférico) em 60 fusos de amplitude 6º, numerados a partir do fuso 180º W no sentido W-E. Fuso 01: 180º W a 174º W (ou -180º a -174º) Fuso 02: 174º W a 168º W (ou -174º a -168º) Fuso 30: 006º W a 000º (ou -6º a 0º) Fuso 31: 000º a 006º E (ou 0º a 6º) Fuso 60: 174º E a 180º E (ou 174º a 180º)
63 Exercício 1 Dado o número do fuso (nf), calcular as longitudes superior (ls) e inferior (li) que limitam o fuso, e a longitude do meridiano central (mc). ls = -180º + 6ºnf li = ls - 6º mc = (ls+li)/2
64 nf=18; nf =21; nf=24 ls = -180º + 6ºnf = -180º + 6º*18 = -72º = 72ºW li = ls - 6º = -72º - 6º = -78º = 78ºW mc = (ls+li)/2 = (-72º-78º)/2 = -75º = 75ºW ls = -180º + 6ºnf = -180º + 6º*21 = -54º = 54ºW li = ls - 6º = -54º - 6º = -60º = 60ºW mc = (ls+li)/2 = (-54º-60º)/2 = -57º = 57ºW ls = -180º + 6ºnf = -180º + 6º*24 = -36º = 36ºW li = ls - 6º = -36º - 6º = -42º = 42ºW mc = (ls+li)/2 = (-36º-42º)/2 = -39º = 39ºW
65 Exercício 2 Dada uma longitude, calcular o número do fuso: lon = 55º W = -55º = -55,7425º int(nf) = (lon +180º)/6º + 1 int(nf) = (-55,7425º +180º)/6º + 1 int(nf) = 21,709 nf = 21
66 Fusos e zonas (faixas) Cada um destes 60 fusos está subdividido, a partir da linha do Equador, em 21 zonas de 4º de amplitude: a) para o Norte (0 a 84 N; identificadas pelas letras A a U); b) para o Sul (0 a 80 S; letras A a T).
67 Exercício 3 Dada a letra da faixa (zona), determinar as latitudes (superior e inferior) que limitam a referida faixa (zona). Para automatizar a solução, define-se a lista: Hemisfério Sul LETRA [ls;li] A[0º;-4º], B[-4º;-8º], C[-8º;-12º],, T[-76º;-80º]. Hemisfério Norte LETRA [li;ls] A[0º;4º], B[4º;8º], C[8º;12º],, T[76º;80º], U[80º;84º].
68 Exercício 4 Dada uma latitude, determinar a zona (faixa). lat = 21º S = -21º = -21,545277º int(fx) = (lat / 4º) 1 = -5,39 1 = -6,39 fx = -6 => 6 a fx S, i.e. fx F. lat = 32º S = +32º = +32,731667º int(fx) = (lat / 4º) + 1 = +8,18 +1 = +9,18 fx = +9 => 9 a fx N, i.e. fx I.
69 Cada uma das folhas CIM 6 x 4 pode ser acessada por um conjunto de três índices: 1º) letra N ou S indica se a folha está localizada ao Norte ou a Sul do Equador; 2º) números de 1 a 60 indicam o número de cada fuso que contém a folha; 3º) letras A a T ou U cada uma destas letras se associa a um intervalo de 4º de latitude, desde o Equador.
70 Carta Internacional do Mundo ao Milionésimo
71 As calotas polares (Ártico e Antártico ou Antártida) não são representadas na projeção cartográfica que dá suporte à CIM. Nestas regiões polares, a representação cartográfica é feita com a projeção plana polar.
72 O Brasil dividido em fusos de 6º e seus respectivos números
73 As 46 folhas 1: que recobrem o Brasil
74 Índice de Nomenclatura e Articulação das Cartas
75 Índice de Nomenclatura e Articulação de Folhas Este índice tem origem nas folhas CIM e se aplica à denominação de todas as folhas de cartas do mapeamento sistemático. escalas de 1: a 1:25.000
76 Nomenclatura das cartas do mapeamento sistemático
77 Para escalas maiores que 1: ainda não existem normas que regulamentem o código de nomenclatura. O que ocorre na maioria das vezes é que os órgãos produtores de cartas ou plantas nessas escalas adotam seu próprio sistema de articulação de folhas, o que, na prática, tem dificultado a interligação de documentos produzidos por fontes diferentes. Existem dois sistemas de articulação de folhas que foram propostos por órgãos envolvidos com a produção de documentos cartográficos em escalas grandes.
78 O primeiro, proposto e adotado pela Diretoria de Eletrônica e Proteção ao Vôo DEPV (e também adotado pela COCAR), se desenvolve a partir de uma folha na escala 1: até uma folha na escala 1:500. O segundo, elaborado pela Comissão Nacional de Região Metropolitana e Política Urbana, é adotado por vários órgãos responsáveis pela Cartografia Regional e Urbana de seus estados. Seu desenvolvimento se dá a partir de uma folha na escala 1: até uma folha na escala 1:1.000.
79 MAPA ÍNDICE Além do índice de nomenclatura, dispõe-se também de outro sistema de localização de folhas. Neste sistema as folhas são numeradas para referenciá-las por um simples número, de acordo com as escalas. Assim: - para as folhas de 1: , usamos uma numeração de 1 a 46; - para as folhas de 1: , usamos uma numeração de 1 a 550; - para as folhas de 1: , temos 1 a 3036.
80 Estes números são conhecidos como "MI" que quer dizer número correspondente no MAPA-ÍNDICE. O número MI substitui a configuração do índice de nomenclatura para escalas de 1: Por exemplo, à folha SD-23-Y-C-IV corresponderá o número MI Para as folhas na escala 1:50.000, o número MI vem acompanhado do número (1,2,3 ou 4) conforme a situação da folha em relação a folha 1: que a contém. Por exemplo, à folha SD-23-Y-C-IV-3 corresponderá o número MI
81 Para as folhas de 1:25.000, acrescenta-se um dos indicadores NO, NE, SO, SE, conforme a posição da folha em relação à folha 1: que a contém, por exemplo, à folha SD-23-Y-C-IV-3-NO corresponderá o número MI NO. A aparição do número MI no canto superior direito das folhas topográficas sistemáticas nas escalas 1: , 1: e 1: é norma cartográfica hoje em vigor, conforme recomendam as folhas-modelo publicadas pela DSG, órgão responsável pelo estabelecimento de normas técnicas para as séries de cartas gerais, das escalas 1: e maiores.
82 CIM - Sistema Americano Fuso de 6º de longitude Faixa ou zona de 8º de latitude Alfabeto: 26 letras Letras (faixas) A e B: Antártida Letras (faixas) Y e Z: Ártico Omitem-se as letras I e O Faixas (zonas): C[-80º;-72º], D[-72º;-64º],, H[-40º;-32º], J[-32º;-24º],
83 Revisão Mapas, cartas, plantas, globo, planisfério Cartas gerais, temáticas e especiais Gerais: cadastrais, topográficas e geográficas Série sistemática: 1:25000 a 1: CIM Articulação e nomenclatura Internacional MI
84 Conclusão A distinção conceitual entre mapa e carta praticamente não existe no cotidiano. Tecnicamente, quando houver a necessidade, há conceitos distintos entre eles sobretudo com base na escala e na cobertura do território. A nomenclatura e a identificação das cartas sistemáticas são de larga utilização.
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