A DINÂMICA DA PAISAGEM E O POVOAMENTO PRÉ-HISTÓRICO NO SUL DE SANTA CATARINA 1

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A DINÂMICA DA PAISAGEM E O POVOAMENTO PRÉ-HISTÓRICO NO SUL DE SANTA CATARINA 1"

Transcrição

1 A DINÂMICA DA PAISAGEM E O POVOAMENTO PRÉ-HISTÓRICO NO SUL DE SANTA CATARINA 1 Claudio Ricken 2 Rafael Casagrande da Rosa 3 James Wilian Meneghini 4 Juliano Bitencourt Campos 5 Jairo José Zocche 6 RESUMO O estudo está centralizado na análise de dados secundários relacionados à geomorfologia, à evolução da paisagem e à arqueologia, e traça um panorama sobre espacialidade das ocupações pré-históricas do litoral do extremo sul catarinense. Palavras-Chave: Transgressão marinha. Paisagem. Sítios arqueológicos. Distribuição espacial. Santa Catarina. ABSTRACT The study is based on the analysis of secondary data related to geomorphology, evolution of landscape and archeology, drawing an overview of prehistoric occupations spatiality in the southern coast of Santa Catarina. 1 Parte da Tese de doutoramento do quarto autor. 2 Doutorando em Biologia Animal, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS. Pesquisador do Grupo de Pesquisa Arqueologia e Gestão Integrada de Território. Setor de Arqueologia da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), Rodovia Governador Jorge Lacerda, KM 4,5, Bairro Sangão, CEP: , Criciúma, SC. 3 Mestrando em Arqueologia Pré-histórica e Arte Rupestre, Instituto Politécnico de Tomar (IPT) e Universidade Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), Mação, Portugal. Pesquisador do Grupo de Pesquisa Arqueologia e Gestão Integrada de Território. Setor de Arqueologia da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), Criciúma, SC. 4 Bacharel em Geografia. Pesquisador do Grupo de Pesquisa Arqueologia e Gestão Integrada de Território. Setor de Arqueologia da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), Criciúma, SC. 5 Doutorando em Quaternário, Materiais e Cultura, Universidade Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), Mação, Portugal. Professor do Curso de História da Unesc na disciplina de Ensino e Pesquisa em Arqueologia. Pesquisador do Grupo de Pesquisa Arqueologia e Gestão Integrada de Território. Setor de Arqueologia da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), Criciúma, SC, Brasil. 6 Doutor em Biologia. Coord. Laboratório de Ecologia de Paisagem e de Vertebrados, Programa de Pós- Graduação em Ciências Ambientais (PPGCA), Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), Criciúma, SC. 163

2 Keywords: Marine transgression. Landscape. Archaeological sites. Spatial distribution. Santa Catarina. Introdução Apesar da diversidade de conceitos que o termo paisagem enseja, a noção de espaço aberto, espaço vivenciado ou espaço de inter-relação do homem com o seu ambiente imediato, está contida na maior parte das definições 7. Paisagem não é o mesmo que espaço, mas é parte dele, é algo como um parâmetro ou medida multidimensional de análise espacial 8. Resulta da interação dos elementos naturais entre si (clima, rochas, solo, relevo, hidrografia, flora e fauna) e destes com o elemento humano. A percepção das múltiplas interpretações e das relações que se definem entre o homem e o seu ambiente, são regidas por aprendizados que se estabeleceram no decorrer da vivência humana. Este aprendizado e a transferência às novas gerações permitiu o mais fabuloso evento de dispersão de uma espécie e de seus cultígenos sobre as mais variadas paisagens terrestres. Em última análise, a permanência dos grupos humanos em determinada paisagem é regida pelas variações climáticas e pela própria capacidade de se ajustar a elas. O clima sul americano sofreu influências de uma grande glaciação que provocou uma série de mudanças no ambiente no período entre e A.P. Essas mudanças levaram retração das florestas e consequente à desertificação 9, assim como a uma gradativa substituição da fauna pleistocênica pela fauna contemporânea, entre e anos A.P., especialmente à mastofauna 10. Por volta de a A.P. deu-se a ocupação humana da América do Sul, desde a Amazônia até o sul do continente, quando transformações climáticas decorrentes de um aquecimento global ou 7 METZGER, J. P [2001], O que é ecologia de paisagens, MAXIMIANO, L.A., Considerações sobre o conceito de paisagem, AB'SABER, A. N., Espaços ocupados pela expansão dos climas secos na América do Sul, por ocasião dos períodos glaciais quaternários, CARTELLE, C, Tempo Passado: mamíferos fósseis em Minas Gerais, 1994; RANZI, A., Paleoecologia da Amazônia Megafauna do Pleistoceno, 2000; JACOBUS, A. L., Alimentos usados pelo homem pré-histórico,

3 um fenômeno de tropicalização, marcam o final do Pleistoceno e o início do Holoceno 11. De acordo com Noelli 12, ao longo do tempo houve diversos processos de ocupação do espaço sul brasileiro por populações distintas, assim como houve padrões diferenciados de adaptação ecológica nestas ocupações. Há cerca de A.P., em função do aumento progressivo da temperatura e da pluviosidade, ocorreu o desenvolvimento inicial da Floresta Estacional Subtropical 13. Nesta mesma época ocorreu na região nordeste do Rio Grande do Sul o início da ocupação do território pelos caçadores-coletores 14, a qual é contemporânea da ocupação do vale do rio Uruguai e deu-se entre e A.P. 15. Em linhas gerais, estas datas podem ser estendidas para o sul de Santa Catarina, visto que Schmitz et al. 16, registraram sítios com datações de até A.P., no Alto Vale do Itajaí, no município de Taió, SC. Análises palinológicas de diversas áreas do planalto e do litoral do Rio Grande do Sul evidenciam um significativo aumento da temperatura e da umidade entre aproximadamente e A.P., com evidências de ocorrência de transgressão marinha entre e A.P. 17. Essa transgressão teve seu ápice entre e A.P. (Figura 1) e a partir daí se iniciou o processo de regressão até que se atingiram as condições atuais do nível do mar KERN, A., Arqueologia Pré-histórica do Rio Grande do Sul, 1992; NEVES, W. A.; HUBBE, M., Luzia e a saga dos primeiros americanos, 2003; SCHMIDT-DIAS, A., Diversificar para poblar: el contexto arqueológico brasileño em la transición Pleistoceno Holoceno, 2004;, Hunter-gatherer occupation of South Brazilian Atlantic Forest: paleoenvironment and archaeology, 2012; DE BLASIS, P.; KNEIP, A.; SCHEEL-YBERT, R.; GIANNINI, P. C.; GASPAR, M. D., Sambaquis e paisagem: dinâmica natural e arqueologia regional no litoral do sul do Brasil, 2007; DICKINSON, W. R., Geological perspectives on the Monte Verde archeological site in Chile and pre-clovis coastal migration in the Americas, NOELLI, F. S., A ocupação humana na região sul do Brasil: arqueología, debates e perspectivas /2000, AB'SABER, A. N., op. cit., 1977; GRALA, M.M.; LORSCHEITTER, M.L., The Holocene palaeoenvironment in the Serra Velha region, RS, Brazil through a study of plant succession, SCHIMIDT-DIAS, Adriana, Repensando a tradição Umbu a partir de um estudo de caso, 1994; SCHIMIDT-DIAS, A., Sistemas de assentamento e estilo tecnológico: uma proposta interpretativa para a ocupação pré-colonial do Alto Vale do Rio dos Sinos, 2003; RIBEIRO, P. A. M.; RIBEIRO, C. T., Escavações arqueológicas no sítio RS-TQ-58, Montenegro, RS, Brasil, SCHMIDT-DIAS, A., op. cit., SCHMITZ, P. I.; ARNT, F. V.; BEBER, M. V.; ROSA, A. O.; ROGGE, J. H., Taió no vale do rio Itajaí: o encontro de antigos caçadores com as casas subterrâneas, LORSCHEITTER, M. L., Paleoambientes do sul do Brasil no Quaternário através da palinologia: revisão dos resultados obtidos, ANGULO, R.; GIANNINI, P. C. F.; SUGUIO, K.; PESSENDA, L. C., Relative sea level changes during the last 5500 years in the Laguna-Imbituba region (Santa Catarina, Brazil), based on vermetid radiocarbon ages,

4 Figura 1: A curva do nível relativo do mar (NRM) projetada para a região da paleobaía de Santa Marta, Santa Catarina. Fonte: Angulo et al., 1999, modificado. Paralelamente ao processo de regressão, a pluviosidade tornou-se cada vez maior ocorrendo também períodos intercalados de seca 19. As condições atuais de umidade foram atingidas por volta de 600 A.P., o que implicou na redução das áreas abertas de Restinga em favor das áreas ocupadas pela Mata Atlântica 20. Toda esta variação climática determinou uma série de mudanças na estrutura vegetal, faunística e geomorfológica da região sul do Brasil. Essas mudanças influenciaram diretamente a distribuição e a relação humana com as paisagens sul catarinense, eventos que serão discutidos neste trabalho, cujos objetivos são os de analisar e descrever, com base nos registros bibliográficos, a dinâmica da paisagem e o povoamento pré-histórico da região localizada entre a foz dos rios Araranguá e Urussanga, no extremo sul do Estado. Materiais e Métodos A área estudada está localizada na orla costeira dos municípios de Araranguá e Içara, no sul de Santa Catarina, Brasil. Abrangendo uma poligonal de 152,54 km 2 (25,85 x 5,9 km) entre as coordenadas UTM (Datum SAD 69, Fuso 22s): E e N (Figura 2). 19 LORSCHEITTER, M. L., op.cit., DE BLASIS, P.; KNEIP, A.; SCHEEL-YBERT, R.; GIANNINI, P. C.; GASPAR, M. D., op. cit.,

5 Figura 2: Localização da área estudada entre as coordenadas UTM (Datum SAD 69, Fuso 22s): E e N. Fonte: Campos, Esta poligonal foi objeto de estudo de Campos 21 em sua dissertação de mestrado, onde podemos encontrar uma descrição minuciosa dos componentes naturais (clima, geologia, geomorfologia, solos, hidrografia) e antrópicos (uso e cobertura da terra), assim como em Zocche et al. 22, bibliografias básicas para a coleta de dados secundários utilizados neste trabalho, complementados com estudos específicos desenvolvidos na região. Com base no mapa geológico produzido por Brasil 23, foram obtidas informações para elaboração de um mapa temático que demonstra a relação entre a localização dos sítios arqueológicos e os ambientes deposicionais do Pleistoceno e Holoceno, como forma de reconstruir um panorama do povoamento pré-histórico regional. 21 CAMPOS, J. B., O uso da terra e as ameaças ao patrimônio arqueológico na região litorânea dos municípios de Araranguá e Içara, sul de Santa Catarina, ZOCCHE, J.J.; CAMPOS, J.B.; SCARPATO, P.; MARCOMIN, F.E. Ecologia de Paisagem: bases teórico-metodológicas para o gerenciamento territorial, BRASIL. MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA, Serviço Geológico do Brasil. Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil Carta Geológica Folha Criciúma,

6 Resultados e Discussão Campos 24, registrou 32 sítios arqueológicos na poligonal estudada, entre o Balneário Paiquerê (Araranguá) e a foz do rio Urussanga (Içara). Desses, 23 foram classificados como sítios cerâmicos, oito como Sambaqui e um abrigo sob rocha. O autor também verificou que os sítios Sambaqui estão distribuídos sobre a barreira Holocênica em uma posição mais próxima ao mar, enquanto que os Guarani, se localizam mais distanciados da orla e mais próximos a margem oeste dos corpos lacustres existentes na poligonal (Figura 3). Atualmente a matriz paisagística da área estudada e do entorno imediato dos sítios, resulta em sua maior parte das atividades antrópicas coloniais e pós-coloniais 25. Figura 3: Distribuição dos tipos de sítios arqueológicos na área estudada e sua relação com os ambientes deposicionais do Pleistoceno e Holoceno. Fonte: Brasil 2000, modificado. A análise da relação existente entre a distribuição dos sítios arqueológicos e os ambientes deposicionais do Pleistoceno e Holoceno, explicitada na figura 3, revela que a região litorânea localizada entre a foz dos rios Araranguá e Urussanga apresenta 24 CAMPOS, J.B., op. cit., Idem. 168

7 quatro sistemas deposicionais formados no Quaternário: o Sistema Barreira; o Sistema Planície Costeira (ou Sistema de Cordões); o Sistema Lagunar e; o Sistema Eólico. O Sistema de Barreiras é representado apenas por: 1 - Laguna-Barreira III e; 2 - Laguna-Barreira IV. Na figura 3, a área de abrangência do primeiro sistema é assinalada pela sigla QPb (depósitos Laguna-Barreira, do tipo praial marinho de origem pleistocênica), enquanto que a área de abrangência do segundo, está representada pela sigla QHb (depósitos Laguna-Barreira, do tipo praial marinho, de origem holocênica). O Sistema Laguna-Barreira III, se formou no Pleistoceno há cerca de A.P., cujos depósitos sedimentares se estendem ao longo de toda a planície costeira sul catarinense, enquanto que o Sistema Laguna-Barreira IV (o mais recente sistema deposicional do tipo laguna-barreira, encontrado na região sul de Santa Catarina), formou-se no Holoceno, como consequência da última grande transgressão pós-glacial. O evento transgressivo-regressivo foi responsável pela instalação do sistema deposicional Laguna-Barreira IV, que em seu máximo transgressivo (há cerca de A.P.), atingiu o nível de aproximadamente 3 a 4 m acima do nível atual do mar 26, teve papel decisivo na formação do conjunto de lagoas (Sistema Lagunar), que atualmente ocorre na área de estudo (Figura 3), o qual, está representado pela sigla QHp (depósitos paleolagunares) e restringe-se ao entorno das lagoas. Com base na configuração paleogeográfica da região proposta por Villwock 27 podemos observar que a geomorfologia da região estudada é representada por depósitos sedimentares oriundos de três episódios, dentre os diversos ocorridos ao longo do Quaternário sul brasileiro: 1 - durante a regressão do Plioceno ocorreu o início da formação de depósitos fluvionares ou leques aluviais (sigla QHfl - Figura 3) que perdurou até o Holoceno inferior; 2 - depois do primeiro ciclo transgressivo-regressivo pleistocênico ocorreu a formação do depósitos Laguna-Barreira III (sigla QPb - Figura 3) e; 3 - do final do Pleistocêno até o presente, temos a formação dos Depósitos Paleolagunares (QHp), Depósitos Laguna-Barreira-Praial Lagunar (QHpl), Depósitos Praial-Marinho e Eólico QHb (Figura 3). Os Depósitos Paleolagunares (QHp) são formados por turfas ou depósitos lamosos ricos em matéria orgânica, ocorrentes em pântanos ou alagadiços, geneticamente 26 VILLWOCK, J.A.; TOMAZELLI, L. J., Geologia costeira do Rio Grande do Sul. Notas Técnicas 8, 1995;, Mapeamento geológico de planícies costeiras: o exemplo da costa do Rio Grande do Sul, 2005; TOMAZELLI, L. J.; VILLWOCK, J. A., O cenozóico do Rio Grande do Sul: geologia da planície costeira, VILLWOCK, J. A., Geology of the Coastal Province of Rio Grande do Sul, Southern Brazil: A Synthesis,

8 relacionados a antigos corpos aquosos costeiros. Os Depósitos Laguna-Barreira - Praial Lagunar (QHpl) são constituídos por areias quartzosas, bem selecionadas e maturas, exceto quando integram margens lagunares adjacentes ao embasamento cristalino, em que são constituídos por areias arcosianas com seixos e cascalhos. Nessas áreas observa-se interdigitamento com depósito de fundo lagunar e/ou fluviais e, localmente ocorrem acumulações significativas de conchas calcárias. Os depósitos Praial-Marinho e Eólico (QHb), por sua vez, são constituídos por areias marinhas quartzosas, esbranquiçadas, finas a médias, bem selecionadas, com estratificações plano paralela e com mergulho suave em direção ao mar. São parcialmente recobertas por sedimentação eólica com a ocorrência de depósitos eólicos atuais, originado do retrabalhamento de depósitos arenosos pleistocênicos 28. De Blasis et al. 29, utilizando estudos publicados por Giannini 30, consideram que a área de lagunas, da região centro-sul de Santa Catarina, era bem mais extensa por volta de A.P. e que esta foi posteriormente sendo reduzida pelo processo de regressão marinha e pela sedimentação ocasionada pelo arraste de sedimentos (pelos rios), produzidos pela erosão e pela alta produtividade primária das florestas em contínuo avanço. Esta mesma hipótese foi levantada para o litoral do Rio Grande do Sul por Martinho et al. 31. Todo esse processo dinâmico propiciou condições para que a Planície Costeira e áreas adjacentes apresentassem grande variedade de hábitats, os quais foram sendo paulatinamente ocupados por espécies vegetais e animais 32, o que favoreceu a expansão humana na região. No período imediatamente posterior a colonização, a área em estudo era recoberta pela Floresta Ombrófila Densa (Mata Atlântica) com as suas variadas formações e pelo Complexo de Restinga. Abrigava desde espécies herbáceas, adaptadas aos bancos de dunas, e espécies de médio porte da restinga arbustiva, até as espécies de grande porte das florestas das Terras Baixas e Submontana BRASIL. MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA, op. cit., DE BLASIS, P.; KNEIP, A.; SCHEEL-YBERT, R.; GIANNINI, P. C.; GASPAR, M. D., op. cit., GIANNINI, P. C. F., Sistemas deposicionais no Quaternário Costeiro entre Jaguaruna e Imbituba, SC, 1993;, Complexo lagunar centro-sul catarinense, MARTINHO, C. T.; DILLENBURG, S. R.; HESP, P. A. Mid to late Holocene evolution of transgressive dunefields from Rio Grande do Sul coast, Shouthern Brazil, CORDAZZO, C. V.; SEELINGER, U., Guia Ilustrado da Vegetação Costeira no Extremo Sul do Brasil, LEITE, P. F.; KLEIN, R. M., Vegetação. IBGE. Geografia do Brasil: Região Sul, 1990; VELOSO, H. P.; RANGEL-FILHO, A. L. R.; LIMA, J. C. A., Classificação da vegetação brasileira, adaptada a um sistema universal,

9 A fauna dessa região, habitante da Mata Atlântica, à época, era pertencente à província do domínio biogeográfico Neotropical Tupi, e caracterizava-se por um número comparativamente grande de espécies de pequeno e médio porte em relação àquelas de grande porte 34. O ambiente marinho/estuarino foi, e ainda é, local onde se registra grande biomassa de moluscos bivalves, crustáceos e grandes quantidades de peixes. A grande disponibilidade de invertebrados aquáticos e pequenos peixes atraiam e ainda atraem diversas espécies de aves. Além disso, a região sendo habitada por cetáceos de pequeno porte, na atualidade, é registrada periodicamente a passagem de baleias durante seu período pré/pós-reprodutivo. Nas áreas de lagoas e sistemas associados ao continente, a fauna de peixes tinha e ainda tem menor representatividade em relação à mastofauna e à avifauna, merecendo destaque pela importância como item alimentar. Logo, consumido pelas populações pré-históricas, as espécies de médio porte pertencentes à mastofauna e as espécies de pequeno porte, pertencente à avifauna 35. O ambiente no qual viviam as populações pré-históricas, assim como sua dieta, sempre estiveram no centro das atenções nos estudos arqueológicos. Esses estudos resultam de uma abordagem multidisciplinar que envolve principalmente dados oriundos de trabalhos sobre paleoambientes, arqueobotânicos e zooarqueológicos 36. No ápice do ótimo climático, há cerca de A.P., já se tinha bem definidas, três tradições tecnológicas, às quais se distribuíam em três ambientes naturais específicos da região sul do Brasil: a tradição Umbu, ocupante dos ambientes mais abertos; a tradição Humaitá, que se distribuía em áreas de floresta densa; e os Sambaqui, que se distribuíam ao longo de extensões litorâneas. A partir de A.P. tem-se junto ao litoral a distribuição dos ceramistas CABRERA, A.L.; WILLINK, A., Biogeografía de América Latina, ROSA, A. O., Remanescentes de fauna e flora, 1999; ROSA, A. O., Composição e diversidade da arqueofauna dos sítios de Içara: SC-IÇ-01 e SC-IÇ-06, SCHEEL-YBERT, R.; EGGERS, S.; WESOLOWSKI, V.; PETRONILHO, C. C.; BOYADJIAN, C. H.; DE BLASIS, P. A. D.; BARBOSA-GUIMARÃES, M.; GASPAR, M. D., Novas perspectivas na reconstituição do modo de vida dos sambaquieiros: uma abordagem multidisciplinar, SCHMITZ, P. I., Caçadores e Coletores da Pré-História do Brasil, 1984; ROBRAHN-GONZÁLEZ, M.; DE BLASIS, P., Investigações arqueológicas no médio/baixo vale do Ribeira de Iguape, São Paulo, 1998; LIMA, T. A., Em busca dos frutos do mar: os pescadores-coletores do litoral centro-sul do Brasil, 1999/2000; SCHMITZ, P. I., Casas Subterrâneas nas Terras Altas do Sul do Brasil, 2002; CHMYZ, I., BORA, E., SANTOS CECCON, R., SGANZERLA, M. E., VOLCOV, J. E., A arqueologia da área do aterro Sanitário da região metropolitana de Curitiba, em Mandirituba, Paraná, 2003; SCHMIDT-DIAS, A., op. cit., 2004; BEBER, M. V., O sistema do assentamento dos grupos ceramistas do planalto sulbrasileiro: o caso da Tradição Taquara/Itararé, 2005; DE MASI, M. A., Arqueologia das terras altas do sul do Brasil. O baixo vale do rio Canoas, SC, 2006; SCHIMIDT-DIAS, A.; HOELTZ, S. E. Indústrias Líticas em Contexto: O Problema Humaitá na Arqueologia Sul Brasileira,

10 Sítios de caçadores e coletores foram registrados no sul de Santa Catarina por Rohr 38, nos municípios de Urussanga, Orleans e Pedras Grandes; em Siderópolis pela equipe do Setor de Arqueologia da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC) 39 ; em Jacinto Machado por Lino e Campos 40 ; em Maracajá por Farias 41 ; em Ermo, por Ricken e Campos 42 (2009); e em Morro da Fumaça por UNESC/IPAT 43, a cerca de 5 km do litoral. O litoral do sudeste brasileiro foi povoado primeiramente por grupos sambaquianos 44, posteriormente por grupos relacionados com as culturas do planalto 45 e por grupos de cultura Guarani 46. Segundo Schmitz 47, a problemática das pesquisas no litoral deve envolver o estudo de sítios originados por diferentes culturas por meio da caracterização da exploração de recursos, instalação, cultura material e biologia. Por meio dessa perspectiva, Schmitz 48 dividiu os sítios arqueológicos da região sul de Santa Catarina em sambaquis (pré-cerâmicos) e guaranis (cerâmicos). Criando, no entanto, uma terceira classe, que denominou provisoriamente de concheiro pré-cerâmico, em função da análise do sítio arqueológico SC-IÇ-01. Os sambaquis são aceitos como construções oriundas de grupos pertencentes a um mesmo grupo sócio cultural 49. Não são mais vistos como ocorrências casuais, mas resultantes de ações intencionais, refletindo em sua construção e distribuição a 38 ROHR, J. A., Pesquisas Arqueológicas no Município Catarinense de Urussanga, UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE UNESC/INSTITUTO DE PESQUISAS AMBIENTAIS TECNOLÓGICAS IPAT/SETOR DE ARQUEOLOGIA, Salvamento Arquelógico Barragem do Rio São Bento, LINO, J. T.; CAMPOS, J. B., Expedições arqueológicas no sul do Estado de Santa Catarina, FARIAS, D. S. E. (Org.), Maracajá: Pré-História e Arqueologia, RICKEN, C.; CAMPOS, J. B., Perfil tecnológico do material lítico do sítio Taquaruçú, Ermo, Santa Catarina, UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE IPAT/SETOR DE ARQUEOLOGIA, Programa de arqueologia preventiva para os trabalhos de desassoreamento do rio Urussanga municípios de Urussanga, Pedras Grandes, Cocal do Sul, Treze de maio, Morro da Fumaça, Sangão, Jaguaruna e Içara - Santa Catarina, PROUS, A, Arqueologia Brasileira, SCHMITZ, P. I, "Território de domínio" em grupos Tupiguarani, SCHMITZ, P. I, op. cit., 1985; SCHMITZ, P. I., Migrantes da Amazônia: a Tradição Tupiguarani, 1992; PROUS, A, op. cit., 1992; MILHEIRA, R. G., Arqueologia Guarani no litoral sul-catarinense: história e território, SCHMITZ, P. I, A problemática do litoral, 1999a. 48 SCHMITZ, P. I., Considerações sobre a ocupação pré-histórica do litoral meridional do brasil, 2006b. 49 GASPAR M. D., Considerations of sambaquis of the Brazilian coast, 1998; DE BLASIS P., FISH S.K., GASPAR M.D.; FISH, P.R., Some references for the discussion of complexity among the sambaqui mound builders from the southern shores of Brazil, 1998; SCHMITZ, P. I., O povoamento da planície litorânea, 2006a; GASPAR, M. D.; DEBLASIS, P.; FISH, S. K.; FISH, P. R., Sambaqui (Shell Mound) Societies of Coastal Brazil,

11 importância simbólica que tem na paisagem, referenciando a territorialidade e a organização social das comunidades de pescadores assentadas no seu entorno 50. O estudo do sítio (SC-IÇ-06), que do ponto de vista de seus artefatos, instalação e economia alimentar, caracteriza-se perfeitamente como um sítio Sambaqui é datado de ± 70 anos A.P. (Beta ) 51. Com base nos vestígios zooarqueológicos, Rosa 52 concluiu que o referido sítio, tinha envolvida uma estratégia de exploração voltada aos recursos marinhos e que foi ocupado durante os meses mais frios do ano. Em seu nível mais profundo, o sítio SC-IÇ-01 foi datado por Schmitz 53 como sendo de anos A.P. Foi classificado pelo autor como um jazigo funerário, devido ao grande número de enterramentos primários e secundários registrados, possivelmente depositados por populações oriundas do planalto. Rosa 54, demonstrou que os vestígios zooarqueológicos desses sítios apresentam um padrão e composição mais voltada para os recursos terrestres, embora possuam grande quantidade de vestígios de peixes e conchas. Os sítios Sambaqui parecem estar posicionados em determinados locais em função da disponibilidade de recursos marinhos. Os sítios do tipo concheiro ou Sambaqui (SC-IÇ-01 e SC-IÇ-06), estudados por meio de escavações sistematizadas mostram padrões diferentes em sua composição faunística, enterramentos humanos e cultura material, como mostram os estudos de Schmitz 55, Krever et al. 56, Rogge e Arnt 57, Rosa 58 e Teixeira 59. A lista de espécies registradas em sítios arqueológicos e que atualmente não tem mais sua distribuição registrada na região sul catarinense, incluem os mamíferos Chrysocyon brachyurus (lobo-guará), Pteronura brasiliensis (ariranha), Tapirus terrestris (anta), Tayassu pecari (quexada), Tayassu tajacu (cateto), Blastocerus dichotomus (cervo), Mazama americana (veado-mateiro), Ozotocerus bezoarticus 50 FIGUTI, L., Les sambaquis COSIPA (4200 à 1200 ans BP): étude de la subsistance chez lês peuples pré historiques de pêcheur-ramasseurs de bivalves de cote centrale de l état de São Paulo, 1992;, O homem pré-histórico, o molusco e o sambaqui: considerações sobre a subsistência dos povos sambaquieiros, 1993; ; KLÖKLER, D. M., Resultados preliminaries dos vestígios zooarqueológicos do sambaqui Espinheiros II (Joinville, SC), 1996; DE BLASIS, P.; KNEIP, A.; SCHEEL-YBERT, R.; GIANNINI, P. C.; GASPAR, M. D., op. cit., SCHMITZ, P. I., op. cit., 2006b. 52 ROSA, A. O., op. cit., SCHMITZ, P. I., O sítio e as pesquisas realizadas, 1999b. 54 ROSA, A. O., op. cit., SCHMITZ, P. I, op. cit., 1999a; SCHMITZ, P. I., op. cit., 1999b. 56 KREVER, M. L. B.; HAUBERT, F.; IZIDRO, J. M., Os sepultamentos, ROGGE, J. H.; ARNT, F. V., O sambaqui de Içara SC-IÇ-06, ROSA, A. O., op. cit., TEIXEIRA, D. R., Arqueofauna do sítio SC-IÇ-06,

12 (veado-campeiro), Agouti paca (paca), Dasyprocta sp. (cotia) e o molusco Crassostrea rhyzophorae (ostra), conforme assinalam Rosa 60 mudanças foram reportadas por Steiner-Toi et al. 62 originadas de mudanças ambientais ocorridas ao longo do Quaternário. e Teixeira 61. Algumas dessas e por Gonzalez 63, como sendo A cultura com cerâmica Taquara tem sido interpretada, como uma expansão ao sul da família lingüística Gê, cuja ancestralidade está ligada aos grupos etnográficos atualmente chamados Kaingang e Xokleng. A População Gê pretérita, teria sido deslocada da proximidade dos principais rios para as terras mais altas e frias do planalto pelos Guarani entre e A.P. Em um segundo evento em torno de 700 A.P., a população Gê teria sido deslocada pelos Guarani da costa atlântica para o interior 64. No litoral de Santa Catarina, na região de Cabeçudas, próximo a Laguna, registrou-se sítios arqueológicos contendo a cerâmica de tradição Taquara 65. Foram registradas casas subterrâneas contendo cerâmica Taquara, próximo à lagoa de Jaguaruna no município de Jaguaruna, por Rohr 66 e, na localidade de Pântano do Sul, município de Florianópolis, por Rohr 67. Além disso, diversos relatos dão conta da existência de cerâmica Taquara no litoral sul do estado de Santa Catarina. Ainda que nenhum sítio arqueológico dessa ordem tenha sido até o momento registrado no polígono estudado, é importante registrar que Prous 68 acredita que um movimento provindo diretamente do litoral tenha introduzido a cerâmica Taquara no litoral do norte do Rio Grande do Sul até o norte de Santa Catarina. Schmitz 69, por sua vez, associou o sítio pré-cerâmico SC-IC-01 (município de Içara) a culturas oriundas da Mata Atlântica ou do planalto. Os Guaranis são o grupo, mais conhecido em termos arqueológicos, etnohistóricos, históricos e lingüísticos. Tendo a língua originada de matriz Tupi, sua 60 ROSA, A. O., Remanescentes de fauna e flora, 1999; ROSA, A. O., op. cit., TEIXEIRA, D. R., op. cit., STEINER-TOI, M., CAMPOS, J. B.; RICKEN, C., Distribuição das espécies de moluscos marinhos registradas em sambaquis do litoral brasileiro, GONZALEZ, M., Pressões ambientais e sua influência na mudança da estrutura populacional da ictiofauna dos sambaquis do litoral de São Paulo, NOELLI, F. S., op. cit., ; 65 SCHMITZ, P. I.; VERARDI, I., Cabeçudas: um sítio Itararé no litoral de Santa Catarina, ROHR, J. A., Os sítios arqueológicos do município sul catarinense de Jaguaruna, ROHR, J. A., Os sítios arqueológicos do planalto catarinense, Brasil, PROUS, A, op. cit., SCHMITZ, P. I., op. cit., 1999b. 174

13 A.P. 72 As diferentes características dos sítios Guarani são atribuídas a sua Revista Tempos Acadêmicos, Dossiê Arqueologia Pré-Histórica, nº 11, 2013, Criciúma, Santa Catarina. origem é aceita como sendo na bacia do Madeira-Guaporé, no sudoeste da Amazônia 70. Em um processo de contínuo crescimento e expansão territorial e demográfico, estenderam-se por várias regiões do sudeste da América do Sul. Chegando ao seu limite sul, no baixo rio Paraná-Plata 71 e litoral central de Santa Catarina por volta de 700 funcionalidade, podendo ter os mesmos, diversos tamanhos e variada composição material 73. Tal disposição foi registrada para os sítios Guarani do município de Jaguaruna, Santa Catarina, por Milheira 74, para o litoral do extremo sul do Estado de Santa Catarina, por Lino 75 e para a porção central do litoral central do Estado do Rio Grande do Sul, por Pestana 76. Os três últimos autores assinalam que a presença de sítios Guarani é mais frequente em áreas próximas a lagoas, o que atualmente os coloca em uma maior exposição às pressões antrópicas. Noelli 77, dá grande ênfase à paisagem na qual se estabeleciam esses grupos e as possíveis transformações realizadas pelos mesmos, particularmente a domesticação de plantas. Seu trabalho fundamentou as abordagens dos pesquisadores seguintes, no que diz respeito aos aspectos paisagísticos como elementos fundamentais para o estabelecimento dos grupos Tupi-Guarani, em várias regiões do Brasil. Pestana 78, estudou a inserção dos sítios Guarani no litoral central do Rio Grande do Sul, Lino 79 no Vale do Araranguá e Milheira 80 no complexo lagunar do município de Jaguaruna, Santa Catarina. Em todos os trabalhos se percebe uma forte associação da cultura Guarani com paisagens específicas, além da diversidade funcional dos sítios. 70 BROCHADO, J. P., An Ecological Model of the Spread of Pottery and Agriculture into Eastern South America, Idem; NOELLI, F. S., op. cit., LOPONTE, D.; ACOSTA, A.; MUSSALI, J. Complejidad social: cazadores-recolectores y horticultores en la región pampeana. In: MARTINEZ, G.; GUTIERREZ, M.; CURTONI, R.; BERÓNAND, M. (Eds.), Aproximaciones Contemporáneas a la Arqueología Pampeana: Perspectivas Teóricas, Metodológicas, Analíticas y Casos de Estudio, 2004; MILHEIRA, R. G., op. cit., PROUS, A, op. cit., MILHEIRA, R. G., op. cit., LINO, J. T., Arqueologia Guarani no Vale do Rio Araranguá, Santa Catarina: Aspectos de Territorialidade e Variabilidade Funcional, PESTANA, M. B., A tradição tupiguarani na porção central da planície costeira do Rio Grande do Sul, Brasil, NOELLI, F. S., Sem tekoha não há tekó: em busca de um modelo etnoarqueológico da aldeia e da subsistência Guarani e sua aplicação a uma área de domínio no delta do Jacuí-RS, PESTANA, M. B., op. cit., LINO, J. T., op. cit., MILHEIRA, R. G., op. cit.,

14 Na área estudada percebe-se claramente que a distribuição dos sítios Guarani se dá de modo diferenciado. Um primeiro grupo é formado por aqueles sítios assentados sobre depósitos eólicos pleistocênicos, na meia encosta ou em relevos "colinares", ou mesmo sobre sedimentos paleolagunares próximos das lagoas ou dos rios Araranguá e Urussanga e; um segundo grupo é composto por aqueles sítios que se localizam na borda interna da barreira pleistocênica. Segundo Cerezer 81 é possível interpretar a funcionalidade de um sítio por meio de sua cerâmica. Seria possível então, interpretar sua localização espacial integrada com outros fatores? Neste estudo consideramos que as variações climáticas e do nível do mar, assim como os aspectos culturais relativos à exploração de recursos tenham contribuído fortemente para a distribuição dos Sambaqui e dos Guaranis, em todo o sul do Estado de Santa Catarina, assim como, em outras partes do País. Considerações Considerando a configuração atual da paisagem da área estudada, marcada pela distribuição dos corpos lacustres, antigos meandros de rios, a deposição de sedimentos praiais, lagunares e eólicos, além da presença de espécies intimamente relacionadas aos ambientes específicos que a compõem, acredita-se que em algum período os rios Araranguá e Urussanga tenham formado um complexo estuarino de canais e lagoas interligados, que favoreceram a instalação de sítios Sambaqui. A extensão das paleolagunas pode ser estimada por meio de um estudo sedimentológico, associado à tecnologia georadar, metodologia utilizada em estudos na região nordeste do Rio Grande do Sul por Wagner e Barcellos 82, cujos resultados revelaram a ocorrência de uma pequena lagoa, que atualmente encontra-se soterrada, em cuja margem se localizava um sambaqui. Este aparentemente não tinha nenhuma fonte d'água próxima ao mesmo. A inexistência de um trabalho sistemático sobre a distribuição dos sítios Sambaqui, no sul de Santa Catarina, impossibilita a quantificação exata dos mesmos, devido ao fato de que muitos deles poderem estar soterrados pelas dunas móveis, como é o caso do Sambaqui da Maria, registrado no ano de 2010, na zona sul do Balneário Rincão (Juliano Bitencourt Campos, inf. pessoal). 81 CEREZER, J. F. Cerâmica Guarani: manual de experimentação arqueológica, WAGNER, G. P.; BARCELLOS, A. B. B, Interpretação do Paleoambiente do Sambaqui do Recreio: Uma análise Geofísica e Paleogeográfica,

15 A análise de dados mais detalhada sobre a arqueofauna dos outros sítios, a determinação da composição de elementos traço e isótopos estáveis de esqueletos e artefatos poderão contribuir para a elucidação da origem das populações, a sazonalidade de ocupação e o esboço da paisagem dominante nas diferentes épocas em que ocorreram as distintas ocupações. De suma importância é a conservação dos sítios arqueológicos existentes na região, assim como a sistematização de dados, pois estes monumentos históricos guardam registros impares dos processos e mudanças ambientais ocorridas com e em seu entorno; das ocupações humanas e das mudanças na estrutura; extinção e introdução da biota regional. O único abrigo sob rocha registrado em estudos arqueológicos dentro do polígono foi alterado por vandalismo. Felizmente, a reserva técnica do Setor de Arqueologia da UNESC tem a guarda do material arqueológico humano proveniente desse abrigo, o que sugere que o mesmo era utilizado para enterramentos, hábito registrado por populações humanas do planalto brasileiro por Müller 83. Atualmente pelo menos dois sítios apresentam sinais de terem sido ocupados por engenhos de farinha instalados no período pós-colonial. Conforme assinalam Campos 84 e Zocche et al. 85, a distribuição atual dos núcleos urbanos (na orla marítima e no entorno das lagoas), as instalações domésticas rurais (sobre o divisor de águas de águas da planície de inundação do rio dos Porcos e o campo de dunas ativas da planície costeira), e as formas de exploração econômica (obtenção de matérias-primas e distribuição das áreas agrícolas) sugerem que tanto o homem contemporâneo quanto o pré-histórico, apresentam padrões similares de escolha dos locais para exploração e fixação, fato que aponta para uma nova classe de sítio a ser incluído no rol de estudos para a região, os sítios históricos. 83 MÜLLER, L. M., Sobre índios e ossos: estudo de três sítios de estruturas anelares construídos para enterramento por populações que habitavam o vale do rio Pelotas no período pré-contato, CAMPOS, J.B., op. cit., ZOCCHE, J.J.; CAMPOS, J.B.; SCARPATO, P.; MARCOMIN, F.E. op. cit.,

16 REFERÊNCIA AB'SABER, A. N. Espaços ocupados pela expansão dos climas secos na América do Sul, por ocasião dos períodos glaciais quaternários. Paleoclimas, n. 3, p. 1-19, ANGULO, R.; GIANNINI, P. C. F.; SUGUIO, K.; PESSENDA, L. C. Relative sea level changes during the last 5500 years in the Laguna-Imbituba region (Santa Catarina, Brazil), based on vermetid radiocarbon ages. Marine Geology, n. 159, p , BEBER, M. V. O sistema do assentamento dos grupos ceramistas do planalto sulbrasileiro: o caso da Tradição Taquara/Itararé. Documentos, Arqueologia no Rio Grande do Sul, n. 10, p , BRASIL. MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA - Secretaria de Minas e Metalurgia - CPRM - Serviço Geológico do Brasil. Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil Carta Geológica Folha Criciúma - SH.22-X-B ESCALA 1: CPRM, BROCHADO, J. P. An Ecological Model of the Spread of Pottery and Agriculture into Eastern South America Dissertation (Ph.D) University of Illinois at Urbana- Champaign CABRERA, A.L.; WILLINK, A. Biogeografía de América Latina. Washington D.C: Organización de los Estados Americanos, CAMPOS, J. B. O uso da terra e as ameaças ao patrimônio arqueológico na região litorânea dos municípios de Araranguá e Içara, sul de Santa Catarina f. Dissertação (Mestrado em Ciências Ambientais) Programa de Pós-Graduação em Ciências Ambientais, Universidade do Extremo Sul Catarinense CARTELLE, C. Tempo Passado: mamíferos fósseis em Minas Gerais. Belo Horizonte: Ed. Palco, CEREZER, J. F. Cerâmica Guarani: manual de experimentação arqueológica. Erechim: Habilis, CHMYZ, I., BORA, E., SANTOS CECCON, R., SGANZERLA, M. E., VOLCOV, J. E. A arqueologia da área do aterro Sanitário da região metropolitana de Curitiba, em Mandirituba, Paraná. Arqueologia, n. 2, p , CORDAZZO, C. V.; SEELINGER, U. Guia Ilustrado da Vegetação Costeira no Extremo Sul do Brasil. Rio Grande: Editora da FURG, DE BLASIS P., FISH S.K., GASPAR M.D., Fish P.R. Some references for the discussion of complexity among the sambaqui mound builders from the southern shores of Brazil. Revista de Arqueologia Americana, n. 15, p ,

17 DE BLASIS, P.; KNEIP, A.; SCHEEL-YBERT, R.; GIANNINI, P. C.; GASPAR, M. D. Sambaquis e paisagem: dinâmica natural e arqueologia regionalno litoral do sul do Brasil. Arqueología suramericana/arqueologia sul-americana, n. 3, v. 1, p , DE MASI, M. A. Arqueologia das terras altas do sul do Brasil. O baixo vale do rio Canoas, SC. In: (Org.), Xokleng 2860 a.c.: As terras altas do sul do Brasil. Tubarão: Ed. UNISUL, DICKINSON, W. R. Geological perspectives on the Monte Verde archeological site in Chile and pre-clovis coastal migration in the Americas. Quaternary Research, n. 76, p , FARIAS, D. S. E. (Org.). Maracajá: Pré-História e Arqueologia. Tubarão: Ed. UNISUL, FIGUTI, L. Les sambaquis COSIPA (4200 à 1200 ans BP): étude de la subsistance chez lês peuples pré historiques de pêcheur-ramasseurs de bivalves de cote centrale de l état de São Paulo Tese (Doutorado) Institut de Paléontologie Humaine, Múseum National d Histoire Naturelle de Paris, França FIGUTI, L. O homem pré-histórico, o molusco e o sambaqui: considerações sobre a subsistência dos povos sambaquieiros. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, n. 3, p , FIGUTI, L.; KLÖKLER, D. M. Resultados preliminaries dos vestígios zooarqueológicos do sambaqui Espinheiros II (Joinville, SC). Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, n. 6, p , GASPAR M. D. Considerations of sambaquis of the Brazilian coast. Antiquity, n. 72, p , GASPAR, M. D.; DEBLASIS, P.; FISH, S. K.; FISH, P. R. Sambaqui (Shell Mound) Societies of Coastal Brazil. In: SILVERMAN, H.; ISBELL, W. H. The Handbook of South American Archaeology. New York: Springer Science, Pág GIANNINI, P. C. F. Sistemas deposicionais no Quaternário Costeiro entre Jaguaruna e Imbituba, SC Tese (Doutorado) Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo GIANNINI, P.C. F. Complexo lagunar centro-sul catarinense. In: SCHOBBENHAUS, C.; CAMPOS, D.; EMANUEL, D.; QUEIROZ, M. W.; BERBERT-BORN, M. (Eds.), Sítios geológicos e paleontológicos do Brasil. P Comissão Brasileira de Sítios Geológicos e Paleontológicos, Brasilia GONZALEZ, M. Pressões ambientais e sua influência na mudança da estrutura populacional da ictiofauna dos sambaquis do litoral de São Paulo. II Encuentro Latinoamericano de zooarqueologia, Livro de Resumos. Santiago do Chile, 29 de maio a 1 de junho de

18 GRALA, M.M.; LORSCHEITTER, M.L. The Holocene palaeoenvironment in the Serra Velha region, RS, Brazil through a study of plant succession. Pesquisas em Geociências, Porto Alegre, v. 28, n. 2, p , JACOBUS, A. L. Alimentos usados pelo homem pré-histórico. In: Pedro Ignácio Schmitz (Ed.). Arqueologia do Rio Grande do Sul, Documentos 5, São Leopoldo: IAP, KERN, A. Arqueologia Pré-histórica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Mercado Aberto, KREVER, M. L. B.; HAUBERT, F.; IZIDRO, J. M. Os sepultamentos. Pesquisas Antropologia, n. 55, p , LEITE, P. F.; KLEIN, R. M. Vegetação. IBGE. Geografia do Brasil: Região Sul. Rio de Janeiro: IBGE, P LIMA, T. A. Em busca dos frutos do mar: os pescadores-coletores do litoral centro-sul do Brasil. Revista da USP, n. 44, p , 1999/2000. LINO, J. T.; CAMPOS, J. B. Expedições arqueológicas no sul do Estado de Santa Catarina. Revista de Ciências Humanas UNESC, Criciúma, v. 9, n. 1, p , LINO, J. T. Arqueologia Guarani no Vale do Rio Araranguá, Santa Catarina: Aspectos de Territorialidade e Variabilidade Funcional. Erechim: Habilis, LOPONTE, D.; ACOSTA, A.; MUSSALI, J. Complejidad social: cazadoresrecolectores y horticultores en la región pampeana. In: MARTINEZ, G.; GUTIERREZ, M.; CURTONI, R.; BERÓNAND, M. (Eds.). Aproximaciones Contemporáneas a la Arqueología Pampeana: Perspectivas Teóricas, Metodológicas, Analíticas y Casos de Estudio. Madrid: Facultad de Ciencias Sociales, UNCPBA, Olavarria p LORSCHEITTER, M. L. Paleoambientes do sul do Brasil no Quaternário através da palinologia: revisão dos resultados obtidos. Revista Universidade de Guarulhos (número especial) II, p , MARTINHO, C. T.; DILLENBURG, S. R.; HESP, P. A. Mid to late Holocene evolution of transgressive dunefields from Rio Grande do Sul coast, Shouthern Brazil. Marine Geology, n. 256, p MAXIMIANO, L.A. Considerações sobre o conceito de paisagem. R.RA E GA. Curitiba, UFPR, n.8, p.83-91, METZGER, J. P [2001]. O que é ecologia de paisagens?. Disponível em: Acesso em: 23 de nov MILHEIRA, R. G. Arqueologia Guarani no litoral sul-catarinense: história e território f. Tese (Doutorado) Museu de Arqueologia e Etnologia, Universidade de São Paulo, São Paulo

19 MÜLLER, L. M. Sobre índios e ossos: estudo de três sítios de estruturas anelares construídos para enterramento por populações que habitavam o vale do rio Pelotas no período pré-contato f. Dissertação (Mestrado) Programa de Pós-Graduação em História, Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre NEVES, W. A.; HUBBE, M. Luzia e a saga dos primeiros americanos. Revista Scientific American Brasil, n. 2, v. 15, p , NOELLI, F. S. A ocupação humana na região sul do Brasil: arqueología, debates e perspectivas /2000. Revista USP, n. 44, v. 2, p , NOELLI, F. S. Sem tekoha não há tekó: em busca de um modelo etnoarqueológico da aldeia e da subsistência Guarani e sua aplicação a uma área de domínio no delta do Jacuí-RS f. Dissertação (Mestrado em História) Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre PESTANA, M. B. A tradição tupiguarani na porção central da planície costeira do Rio Grande do Sul, Brasil f. Dissertação (Mestrado em História) Programa de Pós-Graduação em História, Centro de Ciências Humanas, Universidade do Vale do Rio dos Sinos, São Leopoldo PROUS, A. Arqueologia Brasileira. Brasília: Editora UnB, RANZI, A. Paleoecologia da Amazônia Megafauna do Pleistoceno. Florianópolis: Editora da UFSC, RIBEIRO, P. A. M.; RIBEIRO, C. T. Escavações arqueológicas no sítio RS-TQ-58, Montenegro, RS, Brasil. Fund. Univ. Fed. Rio Gd, n. 10, v. 10, p.1-86, RICKEN, C.; CAMPOS, J. B. Perfil tecnológico do material lítico do sítio Taquaruçú, Ermo, Santa Catarina. Clio Arqueológica, n. 24, v. 2, p , ROBRAHN-GONZÁLEZ, M.; DE BLASIS, P. Investigações arqueológicas no médio/baixo vale do Ribeira de Iguape, São Paulo. Revista USP, n. 8, p , ROGGE, J. H.; ARNT, F. V. O sambaqui de Içara SC-IÇ-06. Pesquisas, Antropologia, n. 63, p , ROHR, J. A. Os sítios arqueológicos do município sul catarinense de Jaguaruna. Pesquisas, Antropologia, n. 22, p. 1-37, ROHR, J. A. Os sítios arqueológicos do planalto catarinense, Brasil. Pesquisas, Antropologia, n. 24, p. 1-56, ROHR, J. A. Pesquisas Arqueológicas no Município Catarinense de Urussanga. Anais do Museu de Antropologia da UFSC. XI-XIV (12, 13, 14 e 15), p ,

20 ROSA, A. O. Remanescentes de fauna e flora. Pesquisas Antropologia, n. 55, p , ROSA, A. O. Composição e diversidade da arqueofauna dos sítios de Içara: SC-IÇ-01 e SC-IÇ-06. Pesquisas Antropologia, n. 63, p , SCHEEL-YBERT, R.; EGGERS, S.; WESOLOWSKI, V.; PETRONILHO, C. C.; BOYADJIAN, C. H.; DE BLASIS, P. A. D.; BARBOSA-GUIMARÃES, M.; GASPAR, M. D. Novas perspectivas na reconstituição do modo de vida dos sambaquieiros: uma abordagem multidisciplinar. Revista de Arqueologia SAB, n. 16, p , SCHIMIDT-DIAS, Adriana. Repensando a tradição Umbu a partir de um estudo de caso f. Dissertação (Mestrado em Arqueologia) Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre SCHIMIDT-DIAS, A. Sistemas de assentamento e estilo tecnológico: uma proposta interpretativa para a ocupação pré-colonial do Alto Vale do Rio dos Sinos, Rio Grande do Sul Tese (Doutorado) Universidade de São Paulo, São Paulo SCHMIDT-DIAS, A. Diversificar para poblar: el contexto arqueológico brasileño em la transición Pleistoceno Holoceno. Complutum, n. 15, p , SCHMIDT-DIAS, A. Hunter-gatherer occupation of South Brazilian Atlantic Forest: paleoenvironment and archaeology. Quaternary International, n. 256, p , SCHMIDT-DIAS, A.; HOELTZ, S. E. Indústrias Líticas em Contexto: O Problema Humaitá na Arqueologia Sul Brasileira. Revista de Arqueologia Sociedade de Arqueologia Brasileira, v. 23, p , SCHMITZ, P. I. "Território de domínio" em grupos Tupiguarani. Boletim do MARSUL, Museu Arqueológico do Rio Grande do Sul, n. 3, p SCHMITZ, P. I. A problemática do litoral. Pesquisas Antropologia, n. 55, p , 1999a. SCHMITZ, P. I. Caçadores e Coletores da Pré-História do Brasil. São Leopoldo: Instituto Anchietano de Pesquisas, SCHMITZ, P. I. Casas Subterrâneas nas Terras Altas do Sul do Brasil. Pesquisas Antropologia, n. 58, v. 1, p. 175, SCHMITZ, P. I. Considerações sobre a ocupação pré-histórica do litoral meridional do brasil. Pesquisas, Antropologia, n. 63, p , 2006b. SCHMITZ, P. I. Migrantes da Amazônia: a Tradição Tupiguarani. In: KERN, A. A. (Org.). Arqueologia Pré-Histórica do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Mercado Aberto,

21 SCHMITZ, P. I. O povoamento da planície litorânea. Pesquisas, Antropologia, n. 63, p. 3-10, 2006a. SCHMITZ, P. I. O sítio e as pesquisas realizadas. Pesquisas Antropologia, n. 55, p , 1999b. SCHMITZ, P. I.; VERARDI, I. Cabeçudas: um sítio Itararé no litoral de Santa Catarina. Pesquisas, série antropologia, São Leopoldo, Instituto Anchietano de Pesquisas, v.53, p SCHMITZ, P. I.; ARNT, F. V.; BEBER, M. V.; ROSA, A. O.; ROGGE, J. H. Taió no vale do rio Itajaí: o encontro de antigos caçadores com as casas subterrâneas. Pesquisas, Antropologia, n. 67, p , STEINER-TOI, M., CAMPOS, J. B.; RICKEN, C. Distribuição das espécies de moluscos marinhos registradas em sambaquis do litoral brasileiro. II Encuentro Latinoamericano de zooarqueologia, Livro de Resumos, Santiago do Chile, 29 de maio a 1 de junho de TEIXEIRA, D. R. Arqueofauna do sítio SC-IÇ-06. Pesquisas Antropologia, n. 63, p , TOMAZELLI, L. J.; VILLWOCK, J. A. O cenozóico do Rio Grande do Sul: geologia da planície costeira. In: HOLTZ, M.; DE ROS, L. F. (Eds.). Geologia do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Edições CIGO/UFRGS, p UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE UNESC/INSTITUTO DE PESQUISAS AMBIENTAIS TECNOLÓGICAS IPAT/SETOR DE ARQUEOLOGIA. Salvamento Arquelógico Barragem do Rio São Bento. Relatório Final. Criciúma p. UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE UNESC/INSTITUTO DE PESQUISAS AMBIENTAIS E TECNOLÓGICAS IPAT/SETOR DE ARQUEOLOGIA. Programa de arqueologia preventiva para os trabalhos de desassoreamento do rio Urussanga municípios de Urussanga, Pedras Grandes, Cocal do Sul, Treze de maio, Morro da Fumaça, Sangão, Jaguaruna e Içara - Santa Catarina. Arqueólogo Coordenador Me. Juliano Bitencourt Campos. Criciúma p. VELOSO, H. P.; RANGEL-FILHO, A. L. R.; LIMA, J. C. A. Classificação da vegetação brasileira, adaptada a um sistema universal. Rio de Janeiro: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), VILLWOCK, J. A. Geology of the Coastal Province of Rio Grande do Sul, Southern Brazil: A Synthesis. Pesquisas, n. 16, p. 5-49, VILLWOCK, J.A.; TOMAZELLI, L. J. Geologia costeira do Rio Grande do Sul. Notas Técnicas 8. CECO, Instituto de Geociências, UFRGS, Porto Alegre, n. 8, p. 1-45, VILLWOCK, J.A.; TOMAZELLI, L. J. Mapeamento geológico de planícies costeiras: o exemplo da costa do Rio Grande do Sul. GRAVEL, n. 3, p ,

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Centro de Filosofia e Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em História

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA Centro de Filosofia e Ciências Humanas Programa de Pós-Graduação em História IDENTIFICAÇÃO Disciplina: HST410006 - Arqueologia e história indígena no sul do Brasil (Mestrado e Doutorado) Número de Créditos: 04-60 horas/aula Horário: Quarta-feira - 13h30min - 17h30min Prof. Dr.

Leia mais

Arqueologia entre rios: do Urussanga ao Mampituba. Registros arqueológicos pré-históricos no extremo sul catarinense 1

Arqueologia entre rios: do Urussanga ao Mampituba. Registros arqueológicos pré-históricos no extremo sul catarinense 1 Arqueologia entre rios: do Urussanga ao Mampituba. Registros arqueológicos pré-históricos no extremo sul catarinense 1 Juliano Bitencourt Campos 2 Marcos César Pereira Santos 2 Rafael Casagrande da Rosa

Leia mais

Oscilação Marinha. Regressão diminuição do nível do mar (Glaciação) Transgressão aumento do nível do mar (Inundação)

Oscilação Marinha. Regressão diminuição do nível do mar (Glaciação) Transgressão aumento do nível do mar (Inundação) Oscilação Marinha Regressão diminuição do nível do mar (Glaciação) Transgressão aumento do nível do mar (Inundação) Devido a variação do nível do mar a região costeira sofre alterações profundas em sua

Leia mais

ANÁLISE GEOCRONOLÓGICA DE CONCHAS DA PLANÍCIE COSTEIRA DE ITAGUAÍ-RJ E SUAS IMPLICAÇÕES

ANÁLISE GEOCRONOLÓGICA DE CONCHAS DA PLANÍCIE COSTEIRA DE ITAGUAÍ-RJ E SUAS IMPLICAÇÕES ANÁLISE GEOCRONOLÓGICA DE CONCHAS DA PLANÍCIE COSTEIRA DE ITAGUAÍ-RJ E SUAS IMPLICAÇÕES Soraya Gardel Carelli 1 ; Dione Nunes do Nascimento 2 ; Mauro Cesar Geraldes 3 1 carelli@ufrrj.br UFRuralRJ Departamento

Leia mais

AULÃO UDESC 2013 GEOGRAFIA DE SANTA CATARINA PROF. ANDRÉ TOMASINI Aula: Aspectos físicos.

AULÃO UDESC 2013 GEOGRAFIA DE SANTA CATARINA PROF. ANDRÉ TOMASINI Aula: Aspectos físicos. AULÃO UDESC 2013 GEOGRAFIA DE SANTA CATARINA PROF. ANDRÉ TOMASINI Aula: Aspectos físicos. Relevo de Santa Catarina Clima de Santa Catarina Fatores de influência do Clima Latitude; Altitude; Continentalidade

Leia mais

Anexo 01 - Zoneamento Ecológico-Econômico

Anexo 01 - Zoneamento Ecológico-Econômico Anexo 01 - Zoneamento Ecológico-Econômico Anexo 02 - Mapa de Declividade > 30% Anexo 03 Modelo Digital de Elevação e Hipsometria 66 Hipsometria 67 Anexo 04 Sítios Arqueológicos 68 Mapeamento dos Sítios

Leia mais

GEOLOGIA COSTEIRA DA ILHA DE SÃO FRANCISCO DO SUL/SC COASTAL GEOLOGY OF THE SÃO FRANCISCO DO SUL/SC ISLAND.

GEOLOGIA COSTEIRA DA ILHA DE SÃO FRANCISCO DO SUL/SC COASTAL GEOLOGY OF THE SÃO FRANCISCO DO SUL/SC ISLAND. GEOLOGIA COSTEIRA DA ILHA DE SÃO FRANCISCO DO SUL/SC COASTAL GEOLOGY OF THE SÃO FRANCISCO DO SUL/SC ISLAND. Celso Voos Vieira 1 ; Tarcísio Possamai 2 ; Norberto Olmiro Horn Filho 3 celso.v@univille.net

Leia mais

45 mm. Palavras-chave: Sistemas Laguna-Barreira, Sedimentação Lagunar, Terraços Lagunares, Evolução Costeira, GPR. 1. INTRODUÇÃO

45 mm. Palavras-chave: Sistemas Laguna-Barreira, Sedimentação Lagunar, Terraços Lagunares, Evolução Costeira, GPR. 1. INTRODUÇÃO TERRAÇOS LAGUNARES HOLOCÊNICOS DA MARGEM DA LAGOA DO GENTIL, LITORAL NORTE DO RIO GRANDE DO SUL: GÊNESE E SIGNIFICADO PARA A EVOLUÇÃO GEOLÓGICA REGIONAL. Luiz José Tomazelli 2 ;Eduardo G. Barboza 2 ; Maria

Leia mais

GEOGRAFIA DE SANTA CATARINA E BACIAS HIDROGRÁFICAS DO BRASIL Profº Gustavo Silva de Souza

GEOGRAFIA DE SANTA CATARINA E BACIAS HIDROGRÁFICAS DO BRASIL Profº Gustavo Silva de Souza GEOGRAFIA DE SANTA CATARINA E BACIAS HIDROGRÁFICAS DO BRASIL Profº Gustavo Silva de Souza Aspectos físicos: - Posição Geográfica Situada na região sul do Brasil, limita-se ao norte com o estado do PR

Leia mais

Complexo deltaico do rio Paraíba do Sul: caracterização geomorfológica do ambiente e sua dinâmica recente

Complexo deltaico do rio Paraíba do Sul: caracterização geomorfológica do ambiente e sua dinâmica recente Complexo deltaico do rio Paraíba do Sul: caracterização geomorfológica do ambiente e sua dinâmica recente Gilberto Pessanha Ribeiro 1,2 1 Universidade do Estado do Rio de Janeiro Faculdade de Engenharia

Leia mais

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE FURG INSTITUTO DE OCEANOGRAFIA PROGRAMA

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE FURG INSTITUTO DE OCEANOGRAFIA PROGRAMA SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE FURG INSTITUTO DE OCEANOGRAFIA PROGRAMA 1. ORIGEM E ESTRUTURA DA TERRA. DERIVA CONTINENTAL E TECTÔNICA DE PLACAS. Estrutura e evolução do Universo/Sistema

Leia mais

SISTEMA NACIONAL DE CLASSIFICAÇÃO E SUAS DEFINIÇÕES de março 2015 Paramaribo, Suriname

SISTEMA NACIONAL DE CLASSIFICAÇÃO E SUAS DEFINIÇÕES de março 2015 Paramaribo, Suriname SISTEMA NACIONAL DE CLASSIFICAÇÃO E SUAS DEFINIÇÕES 09-13 de março 2015 Paramaribo, Suriname REFERENCIAS NACIONAIS DE COBERTURA TERRESTRE SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO PARA A COBERTURA E O USO DA TERRA A nomenclatura

Leia mais

PROPRIEDADES SEDIMENTOLÓGICAS E MINERALÓGICAS DAS BARREIRAS COSTEIRAS DO RIO GRANDE DO SUL: UMA ANÁLISE PRELIMINAR.

PROPRIEDADES SEDIMENTOLÓGICAS E MINERALÓGICAS DAS BARREIRAS COSTEIRAS DO RIO GRANDE DO SUL: UMA ANÁLISE PRELIMINAR. PROPRIEDADES SEDIMENTOLÓGICAS E MINERALÓGICAS DAS BARREIRAS COSTEIRAS DO RIO GRANDE DO SUL: UMA ANÁLISE PRELIMINAR. Rafael de Souza Stevaux 1 ; Sérgio Relbello Dillenburg 2 rafael_stevaux@hotmail.com 1

Leia mais

GEOGRAFIA REVISÃO 1 REVISÃO 2. Aula 25.1 REVISÃO E AVALIAÇÃO DA UNIDADE IV

GEOGRAFIA REVISÃO 1 REVISÃO 2. Aula 25.1 REVISÃO E AVALIAÇÃO DA UNIDADE IV Aula 25.1 REVISÃO E AVALIAÇÃO DA UNIDADE IV Complexos Regionais Amazônia: Baixa densidade demográfica e grande cobertura vegetal. 2 3 Complexos Regionais Nordeste: Mais baixos níveis de desenvolvimento

Leia mais

Lagoa Urussanga Velha Lagoa Mãe Luzia

Lagoa Urussanga Velha Lagoa Mãe Luzia Lagoas Costeiras Objetivando constatar a situação atual das lagoas costeiras dos municípios do setor Sul do litoral catarinense, nos dias 17 de abril e 12 de junho de 2008 foram realizadas vistorias terrestres

Leia mais

CAPÍTULO Revisão Bibliográfica

CAPÍTULO Revisão Bibliográfica CAPÍTULO 4 4. Revisão Bibliográfica 4.1.Contextualização Arqueológica As pesquisas atuais caracterizam os sambaquis como uma sociedade muito mais complexa do que havia sido proposto até a década de 80

Leia mais

Biomas / Ecossistemas brasileiros

Biomas / Ecossistemas brasileiros GEOGRAFIA Biomas / Ecossistemas brasileiros PROF. ROGÉRIO LUIZ 3ºEM O que são biomas? Um bioma é um conjunto de tipos de vegetação que abrange grandes áreas contínuas, em escala regional, com flora e fauna

Leia mais

CST 304-3: Fundamentos de Ecologia e de Modelagem Ambiental Aplicados à conservação da Biodiversidade

CST 304-3: Fundamentos de Ecologia e de Modelagem Ambiental Aplicados à conservação da Biodiversidade CST 304-3: Fundamentos de Ecologia e de Modelagem Ambiental Aplicados à conservação da Biodiversidade O REINO NEOTROPICAL AL U N A : Y H AS M I N M E N D E S D E M O U R A REINO NEOTROPICAL AMÉRICA LATINA

Leia mais

OS GUARANI NO EXTREMO SUL CATARINENSE: PADRÕES DE ASSENTAMENTO E TECNOLOGIA SANTA CATARINA BRASIL

OS GUARANI NO EXTREMO SUL CATARINENSE: PADRÕES DE ASSENTAMENTO E TECNOLOGIA SANTA CATARINA BRASIL X JORNADA DE ARQUEOLOGIA II JORNADA DE ARQUEOLOGIA TRANSATLÂNTICA ITM Portugal/PT UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE UNESC OS GUARANI NO EXTREMO SUL CATARINENSE: PADRÕES DE ASSENTAMENTO E TECNOLOGIA

Leia mais

ESTRUTURA GEOLÓGICA,RELEVO E HIDROGRAFIA

ESTRUTURA GEOLÓGICA,RELEVO E HIDROGRAFIA ESTRUTURA GEOLÓGICA,RELEVO E HIDROGRAFIA Definição de DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS: Pode ser compreendido como uma região que apresenta elementos naturais específicos que interagem resultando em uma determinada

Leia mais

ECO GEOGRAFIA. Prof. Felipe Tahan BIOMAS

ECO GEOGRAFIA. Prof. Felipe Tahan BIOMAS ECO GEOGRAFIA Prof. Felipe Tahan BIOMAS DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS Os domínios morfoclimáticos representam a combinação de um conjunto de elementos da natureza relevo, clima, vegetação que se inter-relacionam

Leia mais

REVISTA DE ARQUEOLOGIA VOLUME 23 _ NUMERO 1 _ JULHO 2010 _ ISSN

REVISTA DE ARQUEOLOGIA VOLUME 23 _ NUMERO 1 _ JULHO 2010 _ ISSN 2 REVISTA DE ARQUEOLOGIA VOLUME 23 _ NUMERO 1 _ JULHO 2010 _ ISSN 0102-0420 112 TESES E DISSERTAÇÕES COMIDA PARA O CORPO E ALMA: RITUAL FUNERÁRIO EM SAMBAQUIS (LAGUNA BRASIL) Daniela M. Klokler 112 Esta

Leia mais

CO-EVOLUÇÃO DE CULTURA E AMBIENTE NA FORMAÇÃO DO JÊ MERIDIONAL. Rafaela Vieira Nogueira 1 Pedro Ignácio Schmitz 2 Jairo Henrique Rogge 3

CO-EVOLUÇÃO DE CULTURA E AMBIENTE NA FORMAÇÃO DO JÊ MERIDIONAL. Rafaela Vieira Nogueira 1 Pedro Ignácio Schmitz 2 Jairo Henrique Rogge 3 CO-EVOLUÇÃO DE CULTURA E AMBIENTE NA FORMAÇÃO DO JÊ MERIDIONAL Rafaela Vieira Nogueira 1 Pedro Ignácio Schmitz 2 Jairo Henrique Rogge 3 RESUMO O Jê Meridional, grupo nativo do sul do Brasil, segundo os

Leia mais

AREA DE ESTUDllO. Fig. i- hreo de estudio. I c

AREA DE ESTUDllO. Fig. i- hreo de estudio. I c t A Lagoa de Cima é o local de aporte de aguas e sedimentos que circulam na microbacia do rio Imbé, uma das contribuintes à planicie deltaica do rio Paraiba do Sul (Argento. 1987). no municipio de Campos,

Leia mais

Variações Granulométricas durante a Progradação da Barreira Costeira Holocênica no Trecho Atlântida Sul Rondinha Nova, RS

Variações Granulométricas durante a Progradação da Barreira Costeira Holocênica no Trecho Atlântida Sul Rondinha Nova, RS ISSN 1678-5975 Dezembro - 2006 Nº 4 133-139 Porto Alegre Variações Granulométricas durante a Progradação da Barreira Costeira Holocênica no Trecho Atlântida Sul Rondinha Nova, RS Dorneles L.O. 1 ; Becker

Leia mais

Proposta dos critérios de planejamento da gestão integrada da orla marítima dos municípios do litoral Sul de Santa Catarina.

Proposta dos critérios de planejamento da gestão integrada da orla marítima dos municípios do litoral Sul de Santa Catarina. Proposta dos critérios de planejamento da gestão integrada da orla marítima dos municípios do litoral Sul de Santa Catarina. Bióloga, Dra. Cláudia Regina dos Santos (CRBio 17706 03) Professor Supervisor:

Leia mais

PESQUISAS ARQUEOLÓGICAS EM SÃO MARCOS, RS

PESQUISAS ARQUEOLÓGICAS EM SÃO MARCOS, RS Anais do V encontro do Núcleo Regional Sul da Sociedade de Arqueologia Brasileira SAB/Sul. De 20 a 23 de novembro de 2006, na cidade de Rio Grande, RS PESQUISAS ARQUEOLÓGICAS EM SÃO MARCOS, RS Jairo Henrique

Leia mais

GEOGRAFIA - 1 o ANO MÓDULO 07 ESTRUTURA GEOLÓGICA BRASILEIRA

GEOGRAFIA - 1 o ANO MÓDULO 07 ESTRUTURA GEOLÓGICA BRASILEIRA GEOGRAFIA - 1 o ANO MÓDULO 07 ESTRUTURA GEOLÓGICA BRASILEIRA Como pode cair no enem? A partir dos dados apresentados, assinale a alternativa correta. a) A maior quantidade de minerais concentra-se em áreas

Leia mais

Causas Naturais da Erosão Costeira

Causas Naturais da Erosão Costeira Causas Naturais da Erosão Costeira Fonte: Souza et al. (2005) CAUSAS NATURAIS DA EROSÃO COSTEIRA 1 2 3 4 5 6 Dinâmica de circulação costeira (centros de divergência de células de deriva litorânea - efeito

Leia mais

Aula 1 de 4 Versão Aluno

Aula 1 de 4 Versão Aluno Aula 1 de 4 Versão Aluno O QUE É ARQUEOLOGIA? Arqueologia é a ciência que busca entender as culturas humanas a partir do estudo do registro arqueológico, que é o conjunto de todos os traços materiais da

Leia mais

Amoladores-polidores fixos, termo

Amoladores-polidores fixos, termo R. Museu Arq. Etn., São Paulo, n. 23, p. 173-177, 2013. Sobre a Ocorrência de Sítios dos Amoladores Polidores Fixos no Litoral da Bahia Cristiana de Cerqueira Silva-Santana* Hélio Augusto de Santana**

Leia mais

Ribeirão Preto: Holos, p.

Ribeirão Preto: Holos, p. Resenha Resenha SOUZA, C. R. G. et al. (Ed.). Quaternário do Brasil. Ribeirão Preto: Holos, 2005. 378p. Professor do Departamento de Geografia do Instituto de Geociências, UFMG A segunda metade do século

Leia mais

Ecossistemas Brasileiros

Ecossistemas Brasileiros Campos Sulinos Ecossistemas Brasileiros Estepe (IBGE, 1991) Mosaico campoflorestal Campos Sulinos Estepe (Campos Gerais e Campanha Gaúcha): Vegetação gramíneo-lenhosa com dupla estacionalidade (Frente

Leia mais

Definição. Unidade Territorial com características naturais bem. Por essa razão, muitas vezes o termo é usado

Definição. Unidade Territorial com características naturais bem. Por essa razão, muitas vezes o termo é usado Definição Compreende-se como sendo uma Unidade Territorial com características naturais bem marcantes e que o individualizam. Por essa razão, muitas vezes o termo é usado como sinônimo para identificar

Leia mais

Universidade Federal de Pernambuco, Avenida Arquitetura S/N Cidade Universitária Recife (PE), CEP Recife, PE

Universidade Federal de Pernambuco, Avenida Arquitetura S/N Cidade Universitária Recife (PE), CEP Recife, PE MUDANÇA DA LINHA DE COSTA À MÉDIO PRAZO NO MUNICIPIO DO CABO SANTO AGOSTINHO, PERNAMBUCO BRASIL Maria das Neves Gregório 1 ; Weyller Diogo Albuquerque Melo 1 ; Alderlan 1 W. de Oliveira Silva; Tereza Cristina

Leia mais

Casas subterrâneas: a arqueologia nas regiões Sul e Sudeste do Brasil

Casas subterrâneas: a arqueologia nas regiões Sul e Sudeste do Brasil Universidade de São Paulo Biblioteca Digital da Produção Intelectual - BDPI Museu de Arqueologia e Etnologia - MAE Livros e Capítulos de Livros - MAE 2014 Casas subterrâneas: a arqueologia nas regiões

Leia mais

CAPÍTULO 02 Estrutura Geológica, Relevo e Hidrografia.

CAPÍTULO 02 Estrutura Geológica, Relevo e Hidrografia. 18/02/2016 7º Ano B CAPÍTULO 02 Estrutura Geológica, Relevo e Hidrografia. Profº Delsomar de Sousa Barbosa Páginas: 19 a 39 Itens 01 a 03. Estrutura Geológica Relevo Hidrografia Estrutura Temática Crátons

Leia mais

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO PORTO ORGANIZADO DE ÓBIDOS

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO PORTO ORGANIZADO DE ÓBIDOS DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO PORTO ORGANIZADO DE ÓBIDOS 2016 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO... 3 2 CARACTERISTICAS AMBIENTAIS DE ÓBIDOS... 3 2.1 CLIMA... 3 2.2 RECURSOS HÍDRICOS... 4 2.3 SOLOS... 5 2.4 GEOLOGIA... 5

Leia mais

Ciências do Ambiente. Prof. M.Sc. Alessandro de Oliveira Limas Engenheiro Químico (UNISUL ) Mestre em Engenharia de Alimentos (UFSC )

Ciências do Ambiente. Prof. M.Sc. Alessandro de Oliveira Limas Engenheiro Químico (UNISUL ) Mestre em Engenharia de Alimentos (UFSC ) Ciências do Ambiente Prof. M.Sc. Alessandro de Oliveira Limas Engenheiro Químico (UNISUL - 1995) Mestre em Engenharia de Alimentos (UFSC - 2002) Ciências Ambientais Estudo sistemático tico da natureza

Leia mais

BIOMAS DO BRASIL E DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS. Prof ª Gustavo Silva de Souza

BIOMAS DO BRASIL E DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS. Prof ª Gustavo Silva de Souza BIOMAS DO BRASIL E DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS Prof ª Gustavo Silva de Souza O bioma pode ser definido, segundo o IBGE, como um conjunto de vida vegetal e animal, constituído pelo agrupamento de tipos de

Leia mais

TIPOS DE VEGETAÇÃO E OS BIOMAS BRASILEIROS. Profº Gustavo Silva de Souza

TIPOS DE VEGETAÇÃO E OS BIOMAS BRASILEIROS. Profº Gustavo Silva de Souza TIPOS DE VEGETAÇÃO E OS BIOMAS BRASILEIROS Profº Gustavo Silva de Souza Os Biomas Brasileiros O Brasil possui grande diversidade climática e por isso apresenta várias formações vegetais. Tem desde densas

Leia mais

Decifrar as formas. Nesta aula, vamos acompanhar o trabalho

Decifrar as formas. Nesta aula, vamos acompanhar o trabalho A UU L AL A Decifrar as formas Nesta aula, vamos acompanhar o trabalho do geógrafo na interpretação das formas que as diferentes paisagens assumem. Vamos perceber que a crosta terrestre, ou litosfera,

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO SECRETARIA DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS

UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO CONSELHO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO SECRETARIA DOS ÓRGÃOS COLEGIADOS DELIBERAÇÃO Nº 82, DE 11 DE MAIO DE 2012 O DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO, tendo em vista a decisão tomada em sua 257ª Reunião Extraordinária, realizada em 11 de maio de 2012, e considerando

Leia mais

Atividade 14 Exercícios Complementares de Revisão sobre Geologia Brasileira

Atividade 14 Exercícios Complementares de Revisão sobre Geologia Brasileira Atividade 14 Exercícios Complementares de Revisão sobre Geologia Brasileira Atenção: Pesquise PREFERENCIALMENTE em seu Livro e complemente a pesquisa em sites. 1. Comparação entre as Classificações do

Leia mais

MUSEU DE CIÊNCIAS NATURAIS DE GUARAPUAVA: UMA CONTRIBUIÇÃO E UM INCENTIVO AOS ESTUDANTES E VISITANTES AO INTERESSE À PESQUISA EM GEOLOGIA

MUSEU DE CIÊNCIAS NATURAIS DE GUARAPUAVA: UMA CONTRIBUIÇÃO E UM INCENTIVO AOS ESTUDANTES E VISITANTES AO INTERESSE À PESQUISA EM GEOLOGIA MUSEU DE CIÊNCIAS NATURAIS DE GUARAPUAVA: UMA CONTRIBUIÇÃO E UM INCENTIVO AOS ESTUDANTES E VISITANTES AO INTERESSE À PESQUISA EM GEOLOGIA Geovane Ricardo Calixto (UNICENTRO), Rodrigo Antonio Martins de

Leia mais

Ocupação pré-histórica e mudanças paleoambientais na planície costeira sul-catarinense: abordagem integrada com base em dados palinológicos

Ocupação pré-histórica e mudanças paleoambientais na planície costeira sul-catarinense: abordagem integrada com base em dados palinológicos Instituto Politécnico de Tomar Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (Departamento de Geologia da UTAD Departamento de Território, Arqueologia e Património do IPT) Master Erasmus Mundus em QUATERNARIO

Leia mais

O RELEVO DA TERRA Capítulo 2

O RELEVO DA TERRA Capítulo 2 O RELEVO DA TERRA Capítulo 2 Ciclo da erosão RETIRADA TRANSPORTE SEDIMENTAÇÃO OU DEPOSIÇÃO A EROSÃO É UM PROCESSO NATURAL De uma forma simplificada, existe uma tendência em considerar a erosão como algo

Leia mais

VOLUME II Introdução e enquadramento

VOLUME II Introdução e enquadramento #$ VOLUME I RELATÓRIO SÍNTESE VOLUME II Introdução e enquadramento Capítulo 1 Introdução Capítulo 2 - Enquadramento das Políticas e Instrumentos de Ordenamento Territorial VOLUME III PATRIMÓNIO NATURAL

Leia mais

WAL

WAL Realização: Projeto: WAL www.suporteempresarial.com.br 48 3322-1100 Um empreendimento que ja nasce com historia. O conceito do Shopping das Nações foi inspirado nos povos imigrantes que contribuíram na

Leia mais

Professora Leonilda Brandão da Silva

Professora Leonilda Brandão da Silva COLÉGIO ESTADUAL HELENA KOLODY E.M.P. TERRA BOA - PARANÁ Professora Leonilda Brandão da Silva E-mail: leonildabrandaosilva@gmail.com http://professoraleonilda.wordpress.com/ PROBLEMATIZAÇÃO Como você acha

Leia mais

Existem duas formas básicas de processos de formação da estacão: Processos Culturais e Processos não Culturais; i. Factores Culturais - são aqueles

Existem duas formas básicas de processos de formação da estacão: Processos Culturais e Processos não Culturais; i. Factores Culturais - são aqueles Geo-Arqueologia Geo-Arqueologia é aplicação de conceitos de ciência da terra, a técnica ou a base do conhecimento para o estudo de artefactos e os processos envolvidos na criação do registo arqueológico;

Leia mais

PMI-2963 Avaliação de Impactos Ambientais I Prof. Luis Enrique Sánchez Prof. Luís César de Souza Pinto. Caso 8 Mina de calcário

PMI-2963 Avaliação de Impactos Ambientais I Prof. Luis Enrique Sánchez Prof. Luís César de Souza Pinto. Caso 8 Mina de calcário PMI-2963 Avaliação de Impactos Ambientais I Prof. Luis Enrique Sánchez Prof. Luís César de Souza Pinto Trabalho Prático 2. Identificação de impactos e seleção de questões relevantes Caso 8 Mina de calcário

Leia mais

GEOMORFOLOGIA GERAL E DO BRASIL

GEOMORFOLOGIA GERAL E DO BRASIL GEOMORFOLOGIA GERAL E DO BRASIL ESTRUTURA GEOLÓGICA DA TERRA Manto Superior Manto Inferior Núcleo SIAL SIMA TECTÔNICA DE PLACAS TECTÔNICA DE PLACAS FORÇAS TECTÔNICAS DERIVA CONTINENTAL MAIOR EXTINÇÃO EM

Leia mais

FUNÇÕES DESEMPENHADAS PELAS DIFERENTES TIPOLOGIAS DA REN

FUNÇÕES DESEMPENHADAS PELAS DIFERENTES TIPOLOGIAS DA REN FUNÇÕES DESEMPENHADAS PELAS DIFERENTES TIPOLOGIAS DA REN (Anexo I do DL n.º 166/2008, de 22 de agosto, na redação do DL n.º 239/2012, de 2 de novembro) ÁREAS DE PROTEÇÃO DO LITORAL Faixa marítima de proteção

Leia mais

Geologia: Histórico, conceitos, divisão e aplicação da Geologia CCTA/UACTA/UFCG. Geologia, geomorfologia, origem do Universo e da Terra.

Geologia: Histórico, conceitos, divisão e aplicação da Geologia CCTA/UACTA/UFCG. Geologia, geomorfologia, origem do Universo e da Terra. GERAL -AULA 1- Geologia: Histórico, conceitos, divisão e aplicação da Geologia Prof. Alexandre Paiva da Silva CCTA/UACTA/UFCG HISTÓRICO JAMES HUTTON (1726-1797) 1797) 2 THEORY of the EARTH; or an INVESTIGATION

Leia mais

Laboratório de Conservação, Gestão e Governança Costeira

Laboratório de Conservação, Gestão e Governança Costeira Laboratório de Conservação, Gestão e Governança Costeira O Laboratório de Conservação, Gestão e Governança Costeira atua há mais de 20 anos no litoral desanta Catarina com o objetivo de diagnosticar, planejar

Leia mais

Tempo & Clima. é o estado físico das condições. atmosféricas em um determinado momento e local, podendo variar durante o mesmo dia.

Tempo & Clima. é o estado físico das condições. atmosféricas em um determinado momento e local, podendo variar durante o mesmo dia. Climatologia É uma parte da que estuda o tempo e o clima cientificamente, utilizando principalmente técnicas estatísticas na obtenção de padrões. É uma ciência de grande importância para os seres humanos,

Leia mais

Com base nos pontos foram determinadas direções intermediárias, conhecidas como. pontos : nordeste (NE), (NO), sudeste (SE) e (SO).

Com base nos pontos foram determinadas direções intermediárias, conhecidas como. pontos : nordeste (NE), (NO), sudeste (SE) e (SO). PROFESSOR: EQUIPE DE GEOGRAFIA BANCO DE QUESTÕES - GEOGRAFIA - 6º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL ============================================================================================= 01- Complete as

Leia mais

PROJETO DE ANÁLISE DO MATERIAL ZOOARQUEOLÓGIO: SÍTIO PT-2 CERRITO DA SOTÉIA INTRODUÇÃO

PROJETO DE ANÁLISE DO MATERIAL ZOOARQUEOLÓGIO: SÍTIO PT-2 CERRITO DA SOTÉIA INTRODUÇÃO PROJETO DE ANÁLISE DO MATERIAL ZOOARQUEOLÓGIO: SÍTIO PT-2 CERRITO DA SOTÉIA ULGUIM, Priscilla Ferreira*; BELETTI, Jaqueline 1 ; LOUREIRO, André Garcia²; MILHEIRA, Rafael Guedes³ *-Graduanda em História

Leia mais

Nos últimos vinte anos numerosas

Nos últimos vinte anos numerosas R. Museu Arq. Etn., São Paulo, n. 23, p. 139-154, 2013. O que sabemos dos grupos construtores de sambaquis? Breve revisão da arqueologia da costa sudeste do Brasil, dos primeiros sambaquis até a chegada

Leia mais

Zonas Costeiras: - Erosão costeira - Elevada pressão urbanística

Zonas Costeiras: - Erosão costeira - Elevada pressão urbanística Zonas Costeiras: - Erosão costeira - Elevada pressão urbanística Linha de costa de Portugal FAIXA LITORAL OU COSTEIRA: Zona de transição entre o domínio continental e o domínio marinho. É uma faixa complexa,

Leia mais

Dinâmica da paisagem no parque nacional de Jurubatiba e seu entorno (Rio de Janeiro, Brasil)

Dinâmica da paisagem no parque nacional de Jurubatiba e seu entorno (Rio de Janeiro, Brasil) Dinâmica da paisagem no parque nacional de Jurubatiba e seu entorno (Rio de Janeiro, Brasil) Carla Bernadete Madureira Cruz Simone R. Freitas Vinicius Seabra Rafael Barros Departamento de. Geografia Universidade

Leia mais

Geologia do Brasil. Página 1 com Prof. Giba

Geologia do Brasil. Página 1 com Prof. Giba Geologia do Brasil O território brasileiro é formado, basicamente, por dois tipos de estrutura geológica: os escudos cristalinos (blocos cratônicos) e as bacias sedimentares. As formações serranas originaram-se

Leia mais

A AMERICA LATINA SUA NATUREZA E REGIONALIZAÇÃO

A AMERICA LATINA SUA NATUREZA E REGIONALIZAÇÃO A AMERICA LATINA SUA NATUREZA E REGIONALIZAÇÃO O PROCESSO DE COLONIZAÇÃO PORTUGUESES E ESPANHÓIS, LANÇARAM-SE AO MAR E OCUPARAM O CONTINENTE AMERICANO PARA ATENDER OS INTERESSES DA METRÓPOLE; OUTROS POVOS

Leia mais

AVALIAÇÃO AMBIENTAL A PARTIR DO USO DO SOLO NOS BAIRROS ROQUE E MATO GROSSO EM PORTO VELHO RO

AVALIAÇÃO AMBIENTAL A PARTIR DO USO DO SOLO NOS BAIRROS ROQUE E MATO GROSSO EM PORTO VELHO RO AVALIAÇÃO AMBIENTAL A PARTIR DO USO DO SOLO NOS BAIRROS ROQUE E MATO GROSSO EM PORTO VELHO RO 1 Tito José de Barba Avaroma Universidade Federal de Rondônia - UNIR tito.geo.ro@gmail.com Introdução Porto

Leia mais

Exercitando Ciências Tema Ecossistemas Brasileiros. (Terrestres, Litorâneos e de Transição)

Exercitando Ciências Tema Ecossistemas Brasileiros. (Terrestres, Litorâneos e de Transição) Exercitando Ciências Tema Ecossistemas Brasileiros (Terrestres, Litorâneos e de Transição) Esta lista de exercícios aborda os seguintes ecossistemas: Pantanal, Mata de Araucárias Mata Atlântica, Cerrado,

Leia mais

Capítulo 11. Biomas e a vegetação Parte 2

Capítulo 11. Biomas e a vegetação Parte 2 Capítulo 11. Biomas e a vegetação Parte 2 Características das formações vegetais brasileiras (pág. 225) Brasil: vegetação nativa Domínio Amazônico: Floresta Densa e meandros fluviais Formações Arbóreas

Leia mais

Plano de Recuperação Semestral 1º Semestre 2016

Plano de Recuperação Semestral 1º Semestre 2016 Disciplina: GEOGRAFIA Série/Ano: 1º ANO Professores: Carboni e Luis Otavio Objetivo: Proporcionar ao aluno a oportunidade de resgatar os conteúdos trabalhados durante o 1º semestre nos quais apresentou

Leia mais

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro ARQUEOLOGIA ENTRE RIOS E A GESTÃO INTEGRADA DO TERRITÓRIO NO EXTREMO SUL DE SANTA CATARINA BRASIL

Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro ARQUEOLOGIA ENTRE RIOS E A GESTÃO INTEGRADA DO TERRITÓRIO NO EXTREMO SUL DE SANTA CATARINA BRASIL Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro ARQUEOLOGIA ENTRE RIOS E A GESTÃO INTEGRADA DO TERRITÓRIO NO EXTREMO SUL DE SANTA CATARINA BRASIL Tese de Doutoramento em Quaternário Materiais e Cultura. JULIANO

Leia mais

MAPA GEOLÓGICO-GEOMORFOLÓGICO DO MUNICÍPIO DE PELOTAS, RS 1. INTRODUÇÃO

MAPA GEOLÓGICO-GEOMORFOLÓGICO DO MUNICÍPIO DE PELOTAS, RS 1. INTRODUÇÃO MAPA GEOLÓGICO-GEOMORFOLÓGICO DO MUNICÍPIO DE PELOTAS, RS MARTH, Jonathan Duarte 1 ; KOESTER, Edinei 2 ; ARNDT, Arthur Lacerda 3 1 Acadêmico de Licenciatura em Geografia, Bolsista PIBIC FAPERGS, Deptº

Leia mais

GEOGRAFIA - 1 o ANO MÓDULO 17 CLIMOGRAMAS

GEOGRAFIA - 1 o ANO MÓDULO 17 CLIMOGRAMAS GEOGRAFIA - 1 o ANO MÓDULO 17 CLIMOGRAMAS mm de chuva ºC 2 2 15 15 1 1 5 5 J F M A M J J A S O N D mm 35 3 2 15 1 3 ºC 4 3 2 1-1 -2 J F M A M J J A S O N D mm 35 3 2 15 1 3 ºC 4 3 2 1-1 -2 J F M A M J

Leia mais

Povoamentos pré-históricos no Brasil Central

Povoamentos pré-históricos no Brasil Central Povoamentos pré-históricos no Brasil Central - Peuplements préhistoriques au Brésil Central - Seminário MAE/USP (São Paulo) - MNHN (Paris) 21-23 de Agosto 2013 LOCAL Auditório do Instituto Oceanográfico/

Leia mais

Estrutura Geológica e o Relevo Brasileiro

Estrutura Geológica e o Relevo Brasileiro Estrutura Geológica e o Relevo Brasileiro Estrutura Geológica e o Relevo Brasileiro 1. Sobre a estrutura geológica e relevo brasileiro é correto afirmar que: a) a formação recente das estruturas geológicas

Leia mais

Geografia. Vegetação. Professor Luciano Teixeira.

Geografia. Vegetação. Professor Luciano Teixeira. Geografia Vegetação Professor Luciano Teixeira www.acasadoconcurseiro.com.br Geografia VEGETAÇÃO FORMAÇÕES VEGETAIS DO RIO GRANDE DO NORTE www.acasadoconcurseiro.com.br 3 4 www.acasadoconcurseiro.com.br

Leia mais

01- Analise a figura abaixo e aponte as capitais dos 3 estados que compõem a Região Sul.

01- Analise a figura abaixo e aponte as capitais dos 3 estados que compõem a Região Sul. PROFESSOR: EQUIPE DE GEOGRAFIA BANCO DE QUESTÕES - GEOGRAFIA - 7º ANO - ENSINO FUNDAMENTAL - PARTE 1 ============================================================================================= 01- Analise

Leia mais

UNIDADES ECODINÂMICAS DA PAISAGEM DO MUNICÍPIO DE JEREMOABO- BA.

UNIDADES ECODINÂMICAS DA PAISAGEM DO MUNICÍPIO DE JEREMOABO- BA. UNIDADES ECODINÂMICAS DA PAISAGEM DO MUNICÍPIO DE JEREMOABO- BA. Ivonice Sena de Souza 1, Ana Paula Sena de Souza 2, Danilo da Silva Carneiro 3, Jumara Souza Alves 4, Marcos Roberto Souza Santos 5, Deorgia

Leia mais

1º Período Conteúdos Habilidades Atividades desenvolvidas

1º Período Conteúdos Habilidades Atividades desenvolvidas 1º Período Conteúdos Habilidades Atividades desenvolvidas UNIDADE 1 O Planeta Terra Tema 1: O planeta onde vivemos; Tema 2: Conhecendo a Terra; Tema 3: Continentes e oceanos; Tema 4: Trabalhando com mapas..

Leia mais

Região Nordestina. Cap. 9

Região Nordestina. Cap. 9 Região Nordestina Cap. 9 Divisão Regional -IBGE Eles têm características semelhantes. As primeiras divisões regionais propostas para o país, eram baseadas apenas nos aspectos físicos, ou seja, ligados

Leia mais

Formas de relevo. Professora: Jordana Costa

Formas de relevo. Professora: Jordana Costa Formas de relevo Professora: Jordana Costa Relevo Observando a parte superficial da litosfera, isto é, o terreno sobre o qual vivemos, sobre o qual construímos cidades e estradas, vemos que ela apresenta

Leia mais

GEOLOGIA GERAL DO BRASIL E BACIAS HIDROGRÁFICAS Prof ª Gustavo Silva de Souza

GEOLOGIA GERAL DO BRASIL E BACIAS HIDROGRÁFICAS Prof ª Gustavo Silva de Souza GEOLOGIA GERAL DO BRASIL E BACIAS HIDROGRÁFICAS Prof ª Gustavo Silva de Souza TEORIA DAS PLACAS TECTÔNICAS CICLO GEOLÓGICO GEOGRAFIA, 7º Ano A estrutura geológica do Brasil e sua relação com a formação

Leia mais

Fragmentação. Umberto Kubota Laboratório de Interações Inseto Planta Dep. Zoologia IB Unicamp

Fragmentação. Umberto Kubota Laboratório de Interações Inseto Planta Dep. Zoologia IB Unicamp Fragmentação Umberto Kubota ukubota@gmail.com Laboratório de Interações Inseto Planta Dep. Zoologia IB Unicamp Fragmentação ou Mosaicos Naturais Fragmentação Processo no qual um habitat contínuo é dividido

Leia mais

Geologia e relevo. Bases geológicas e Classificação do relevo

Geologia e relevo. Bases geológicas e Classificação do relevo Geologia e relevo Bases geológicas e Classificação do relevo Bases Geológicas Placas tectônicas Formação geológica brasileira é antiga e estável, pois são escudos cristalinos e bacias sedimentares Essa

Leia mais

Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo 2 Museu de Arqueologia e Etnologia, Universidade de São Paulo

Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo 2 Museu de Arqueologia e Etnologia, Universidade de São Paulo PROCESSOS E MATERIAIS GEOLÓGICOS E A CONSTRUÇÃO DE SAMBAQUIS NO LITORAL SUL DE SANTA CATARINA Paulo C. F. Giannini 1 ; Paulo DeBlasis 2 ; André O. Sawakuchi 1 ; Paula G. C. do Amaral 1 1 Instituto de Geociências,

Leia mais

UNIDADES DE RELEVO DA BACIA DO RIO PEQUENO, ANTONINA/PR: MAPEAMENTO PRELIMINAR

UNIDADES DE RELEVO DA BACIA DO RIO PEQUENO, ANTONINA/PR: MAPEAMENTO PRELIMINAR UNIDADES DE RELEVO DA BACIA DO RIO PEQUENO, ANTONINA/PR: MAPEAMENTO PRELIMINAR Julio Manoel França da Silva, Mestrando em Geografia, Universidade Federal do Paraná. Email: juliogeog@yahoo.com.br; Leonardo

Leia mais

BRASIL NOSSO TERRITÓRIO E FRONTEIRAS MODULO 02 PALMAS - TO

BRASIL NOSSO TERRITÓRIO E FRONTEIRAS MODULO 02 PALMAS - TO BRASIL NOSSO TERRITÓRIO E FRONTEIRAS MODULO 02 PALMAS - TO ESPAÇO GEOGRÁFICO E A AÇÃO HUMANA É o espaço onde os homens vivem e fazem modificações, sendo o resultado do trabalho do homem sobre a natureza.

Leia mais

Rio Guaíba. Maio de 2009

Rio Guaíba. Maio de 2009 Rio Guaíba Elírio Ernestino Toldo Jr. Luiz Emílio Sá Brito de Almeida CECO-IG-UFRGS* toldo@ufrgs.br IPH-UFRGS luiz.almeida@ufrgs.br Maio de 2009 *Centro de Estudos de Geologia Costeira e Oceânica CP 15001

Leia mais

Morfologia do Perfil Praial, Sedimentologia e Evolução Histórica da Linha de Costa das Praias da Enseada do Itapocorói Santa Catarina

Morfologia do Perfil Praial, Sedimentologia e Evolução Histórica da Linha de Costa das Praias da Enseada do Itapocorói Santa Catarina UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ MESTRADO EM CIÊNCIA E TECNOLOGIA AMBIENTAL Morfologia do Perfil Praial, Sedimentologia e Evolução Histórica da Linha de Costa das Praias da Enseada do Itapocorói Santa Catarina

Leia mais

BIOLOGIA» UNIDADE 10» CAPÍTULO 1. Biomas

BIOLOGIA» UNIDADE 10» CAPÍTULO 1. Biomas Bioma: área do espaço geográfico, distribuída em várias partes do mundo, que apresenta uniformidade da fitofisionomia vegetal e de seus organismos associados; Principais determinantes do padrão de cada

Leia mais

Modificações de Longo Período da Linha de Costa das Barreiras Costeiras do Rio Grande do Sul

Modificações de Longo Período da Linha de Costa das Barreiras Costeiras do Rio Grande do Sul ISSN 1678-5975 Novembro - 2005 Nº 3 9-14 Porto Alegre Modificações de Longo Período da Linha de Costa das Barreiras Costeiras do Rio Grande do Sul S. R. Dillenburg 1 ; L. J. Tomazelli 1 ; L. R. Martins

Leia mais

EVIDENCIA MORFOLÓGICA DE UM PALEOCANAL HOLOCÊNICO DA LAGUNA MIRIM NAS ADJACÊNCIAS DO BANHADO TAIM.

EVIDENCIA MORFOLÓGICA DE UM PALEOCANAL HOLOCÊNICO DA LAGUNA MIRIM NAS ADJACÊNCIAS DO BANHADO TAIM. EVIDENCIA MORFOLÓGICA DE UM PALEOCANAL HOLOCÊNICO DA LAGUNA MIRIM NAS ADJACÊNCIAS DO BANHADO TAIM. Ricardo N. Ayup-Zouain 1 ; Helen Patrícia Lima Ferreira 2 ; Eduardo Guimarães Barboza 3 ; Luiz José Tomazelli

Leia mais

Biogeografia Histórica. Cenozóico

Biogeografia Histórica. Cenozóico Biogeografia Histórica Cenozóico Ao final do Mesozóico: Todos os continentes afastados Oceanos em expansão Continentes em deriva latitudinal e/ou longitudinal Revolução climática nos continentes Choque

Leia mais

6GEO052 CARTOGRAFIA Noção de Astronomia de Posição; Sistema de Referência Terrestre; Cartografia Sistemática; Cartometria.

6GEO052 CARTOGRAFIA Noção de Astronomia de Posição; Sistema de Referência Terrestre; Cartografia Sistemática; Cartometria. HABILITAÇÃO: BACHARELADO 1ª Série 6GEO052 CARTOGRAFIA Noção de Astronomia de Posição; Sistema de Referência Terrestre; Cartografia Sistemática; Cartometria. 6GEO054 CLIMATOLOGIA Bases teóricas da climatologia:

Leia mais

Modus operandi do Trabalho Geoarqueológico 41

Modus operandi do Trabalho Geoarqueológico 41 ÍNDICE NOTA DE ABERTURA 11 Fernando Real PREFÁCIO 15 João Zilhão INTRODUÇÃO 1. ARQUEOLOGIA AMBIENTAL SOB A TUTELA DA CULTURA UMA EXPERIÊNCIA COM 20 ANOS, UM DESAFIO PARA A NOSSA ARQUEOLOGIA José Eduardo

Leia mais

DEFORMAÇÃO NEOTECTÔNICA DOS TABULEIROS COSTEIROS DA FORMAÇÃO BARREIRAS ENTRE OS RIOS PARAÍBA DO SUL (RJ) E DOCE (ES), NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL

DEFORMAÇÃO NEOTECTÔNICA DOS TABULEIROS COSTEIROS DA FORMAÇÃO BARREIRAS ENTRE OS RIOS PARAÍBA DO SUL (RJ) E DOCE (ES), NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL DEFORMAÇÃO NEOTECTÔNICA DOS TABULEIROS COSTEIROS DA FORMAÇÃO BARREIRAS ENTRE OS RIOS PARAÍBA DO SUL (RJ) E DOCE (ES), NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL Carolina da Silva Ribeiro 1 & Claudio Limeira Mello 2 carolina_geol@yahoo.com.br

Leia mais

USO DE NINHOS ARTIFICIAIS COMO METODOLOGIA PARA VERIFICAR A TAXA DE PREDAÇÃO DE NINHOS EM DOIS AMBIENTES: BORDA E INTERIOR DE MATA

USO DE NINHOS ARTIFICIAIS COMO METODOLOGIA PARA VERIFICAR A TAXA DE PREDAÇÃO DE NINHOS EM DOIS AMBIENTES: BORDA E INTERIOR DE MATA USO DE NINHOS ARTIFICIAIS COMO METODOLOGIA PARA VERIFICAR A TAXA DE PREDAÇÃO DE NINHOS EM DOIS AMBIENTES: BORDA E INTERIOR DE MATA Ivonete Batista Santa Rosa Gomes 1 Mariluce Rezende Messias 2 Resumo:

Leia mais

Estudo sobre os hábitos alimentares a partir dos ossos do Rincão do 28

Estudo sobre os hábitos alimentares a partir dos ossos do Rincão do 28 Estudo sobre os hábitos alimentares a partir dos ossos do Rincão do 28 Luana da Silva de Souza Prof. Dr. Saul Eduardo Seiguer Milder Este texto trata dos vestígios de ossos resgatados no sítio arqueológico

Leia mais

CONSIDERAÇÕES SOBRE IDADES LOE DE DEPÓSITOS COLUVIAIS E ALÚVIO- COLUVIAIS DA REGIÃO DO MÉDIO VALE DO RIO PARAÍBA DO SUL (SP/RJ)

CONSIDERAÇÕES SOBRE IDADES LOE DE DEPÓSITOS COLUVIAIS E ALÚVIO- COLUVIAIS DA REGIÃO DO MÉDIO VALE DO RIO PARAÍBA DO SUL (SP/RJ) CONSIDERAÇÕES SOBRE IDADES LOE DE DEPÓSITOS COLUVIAIS E ALÚVIO- COLUVIAIS DA REGIÃO DO MÉDIO VALE DO RIO PARAÍBA DO SUL (SP/RJ) Munique Vieira da Silva 1 ; Claudio Limeira Mello 2 ; Sonia Hatsue Tatumi

Leia mais

Geografia. As Regiões Geoeconômicas do Brasil. Professor Luciano Teixeira.

Geografia. As Regiões Geoeconômicas do Brasil. Professor Luciano Teixeira. Geografia As Regiões Geoeconômicas do Brasil Professor Luciano Teixeira www.acasadoconcurseiro.com.br Geografia Aula XX AS REGIÕES GEOECONÔMICAS DO BRASIL A divisão regional oficial do Brasil é aquela

Leia mais

Estudante: 6ºano/Turma: Educador: Bianca Correa C. Curricular: Geografia OBJETIVOS: Questão 01

Estudante: 6ºano/Turma: Educador: Bianca Correa C. Curricular: Geografia  OBJETIVOS: Questão 01 Estudante: 6ºano/Turma: Educador: Bianca Correa C. Curricular: Geografia Estudo Dirigido OBJETIVOS: Conhecer os principais conceitos da geografia. Entender a formação da biosfera e as paisagens geográficas.

Leia mais

DISCIPLINA DE GEOGRAFIA

DISCIPLINA DE GEOGRAFIA DISCIPLINA DE GEOGRAFIA OBJETIVOS: 1º ano Conhecer o ambiente de moradia e sua localização através de passeios, fotos e desenhos. Conhecer o ambiente de estudo e sua localização através de passeios, fotos,

Leia mais