Estrutura da Terra Contributos para o seu conhecimento

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1 Estrutura da Terra Contributos para o seu conhecimento O Sistema Solar Generalidades Origem do Sistema Solar A Teoria mais aceite para explicar a origem do Sistema Solar é a Teoria Nebular. Segundo esta Teoria, os planetas provêm de uma parte da Nuvem cósmica que teria dado origem ao Sol. - Teoria nebular - Resumo Há cerca de milhões de anos, nos subúrbios da Via Láctea, existiu uma grande e fria nuvem de gases e poeiras cósmicas interestelares (Hoje sabe-se que estas nuvens existem e são o berçário das estrelas chamam-se Nebulosas). A certa altura esta nuvem de gases e poeiras, com cerca de 2 Anos-luz de diâmetro, começou a contrair-se devido a vários fenómenos cósmicos, entre eles a turbulência. A contracção desta nuvem de gases e poeiras aumentou a intensidade do campo gravítico e a nuvem colapsou, fragmentando-se. Um desses fragmentos originou a Nébula que terá dado origem, simultaneamente, ao Sol e aos Planetas do Sistema Solar. A Nébula, originada a partir de fragmentos da nuvem, adquiriu movimento de rotação e tomou a forma de um disco achatado. A força da gravidade, fez com que a matéria se concentrasse no centro, deixando à sua volta anéis de poeiras cósmicas e gás. No centro dessa nébula, devido à elevada concentração e à colisão entre partículas, a temperatura aumentou enormemente e desencadearam-se reacções termonucleares (transformação do hidrogénio em hélio) originando-se uma Estrela (em formação) O Proto- Sol. À volta do Proto-Sol, a força gravítica provocou a aglutinação das poeiras, constituintes dos anéis, formadas por materiais mais pesados, tais como metais, óxidos e silicatos, originando pequenos corpos chamados

2 Planetesimais. Os maiores destes corpos atraíram os mais pequenos, aumentando o seu diâmetro. Este processo denominado ACREÇÃO, conduziu à formação dos Protoplanetas rochosos, dando posteriormente, por acreção de novos materiais, origem aos planetas interiores rochosos (Mercúrio, Vénus, Terra e Marte). Os materiais mais voláteis (gasosos), constituintes dos referidos anéis, afastaram-se do proto sol e, por condensação, originaram Planetesimais, que acrecionaram outros materiais formando Protoplanetas constituídos por gelo e gases, que posteriormente terão dado origem aos planetas exteriores gasosos (Júpiter, Saturno, Urano, Neptuno e Plutão). Todo este processo demorou milhões de anos. Constituição do Sistema Solar O Sistema Solar é formado pelo Sol e pelos planetas, cometas e asteróides que giram à sua volta. O Sol, os Planetas, os Cometas e os Asteróides são os ASTROS do Sistema Solar. A - Sol O Sol é uma Estrela situada, a cerca de dois terços da distância entre o eixo da Via Láctea e o seu bordo exterior, a cerca de Anos-luz do centro da Galáxia, no braço da espiral maior. Tem cerca de Km de raio, calcula-se que tenha nascido à cerca de Milhões de anos. Emite luz e calor fruto das reacções nucleares que nele ocorrem. É o Centro do Sistema Solar. B Planetas Telúricos ou interiores Dizem-se telúricos porque têm características semelhantes às da terra, são sólidos. Dizem-se interiores porque se situam entre o Sol e a órbita da Cintura de Asteróides. São os quatro primeiros (Mercúrio, Vénus, Terra e Marte) Planetas principais ou Primários- Longínquos, exteriores ou gigantes São porque executam movimentos assim chamados porque se situam para fora da de translação directamente órbita da Cintura de Asteróides e, com excepção à volta do Sol. de Plutão, são todos maiores que a Terra. São os cinco restantes (Júpiter, Saturno, Urano, Neptuno e Plutão) 2

3 Planetas secundários ou Satélites naturais- São os planetas que executam movimentos de translação directamente à volta dos planetas principais e acompanham o movimento destes à volta do Sol. Exemplo: LUA Satélite natural da Terra. Os Planetas principais são nove, e por ordem crescente da sua distância ao Sol dispõem-se da seguinte forma: Mercúrio, Vénus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urano, Neptuno e Plutão. Assim sendo, o planeta que se situa mais perto do Sol é Mercúrio e o que se encontra mais afastado é Plutão. A distância ao Sol está relacionada com a temperatura média à superfície dos Planetas e o tempo que demoram a efectuar o seu movimento de translação à volta do sol. Quanto maior for a distância ao sol, geralmente, menor é a temperatura à superfície e maior é o tempo que demora o movimento de translação do Planeta. Todos os Planetas apresentam movimento de Translação à volta do Sol e movimento de Rotação em torno de si próprios. No caso da Terra o movimento de rotação está relacionado com a sucessão dos dias e das noites e o movimento de translação com as estações do ano. Movimentos de Translação Movimentos que os Astros faz em volta de outros Astros, descrevendo órbitas. Movimentos de Rotação Movimentos que os Astros efectuam à volta de si próprios. Todos os Planetas do Sistema Solar apresentam movimentos de translação e de rotação. 3

4 Planetas Telúricos: Mercúrio é um Planeta principal telúrico, é o planeta mais próximo do sol, tem período de translação muito pequeno (88 dias), não possui atmosfera, a sua superfície está repleta de crateras e de bacias de várias dimensões, como resultado de impactos meteoríticos, o que lhe confere um aspecto semelhante ao da lua, é um planeta geologicamente morto pois o seu vulcanismo está extinto, não se conhecem satélites naturais. Vénus é um Planeta principal telúrico, é o planeta mais próximo da Terra, tem uma atmosfera espessa e bastante corrosiva, sendo formada por CO2 (96% ) e gases corrosivos (HCl e H2SO4). O efeito de estufa, provocado por uma espessa cobertura de nuvens conduz a uma temperatura à superfície da ordem dos 480ºC. Não se conhecem satélites naturais. Marte é um Planeta principal telúrico. A paisagem marciana apresenta imensas crateras de impacte e vales extensos e sinuosos semelhantes aos da Terra. Estes aspectos sugerem a ideia de terem existido outrora correntes líquidas de água, actualmente não apresentam quaisquer vestígios de água. Possui o maior vulcão do Sistema Solar denominado MONTE OLIMPO. A atmosfera é pouco espessa. Possui dois satélites Phobos e Deimos. 4

5 Planetas Longínquos: Júpiter é um Planeta principal longínquo. É o maior planeta do Sistema Solar. Constituído essencialmente por hidrogénio e hélio, mas com um núcleo formado por gelo e corpos rochosos. Apresenta anéis, mas menos visíveis que os de Saturno. A sua atmosfera é espessa. Possui numerosos satélites, entre eles, Io, Europa, Ganimedes e Calisto, descobertos por Galileu Galilei. Io, tem actualmente actividade vulcânica. Saturno é um Planeta principal longínquo. É o segundo maior planeta do Sistema Solar. É muito semelhante a Júpiter, quer na constituição, quer na sua estrutura interna. É o Planeta que apresenta os anéis mais visíveis. Estes anéis são formados por gelo e fragmentos rochosos cobertos por gelo. A sua atmosfera é densa. Possui numerosos satélites, entre eles, Titã, o maior satélite do Sistema Solar. Urano e Neptuno são Planetas principais longínquos. Apresentam anéis, mas menos visíveis que os de Saturno. São semelhantes, possuem uma atmosfera formada por gases e no interior um pequeno núcleo de constituição rochosa. Urano possui numerosos satélites, todos com crateras de impacte na sua superfície. Neptuno possui 8 satélites conhecidos, entre os quais Tritão e Nereide que apresentam órbitas muito excêntricas. Plutão é o Planeta principal mais longínquo do Sistema solar e de todos o mais desconhecido. A sua órbita é muito excêntrica e intercepta a de Neptuno. Possui um satélite denominado Caronte. 5

6 C Asteróides, meteoróides, meteoros e meteoritos Asteróides São blocos de pedra e metal que giram à volta do Sol numa órbita ampla entre Marte e Júpiter, formando a Cintura de Asteróides. Têm tamanhos variados, podem ser muito pequenos ou grandes como montanhas. O maior asteróide conhecido chama-se CERES e tem cerca de 770Km/s de diâmetro. Meteoróides- São fragmentos de rochas provenientes do espaço antes de entrarem na atmosfera terrestre. Geralmente são fragmentos de Asteróides que se libertam quando eles chocam entre si. Meteoros ou estrelas cadentes são os meteoróides quando entram na atmosfera terrestre e parecem feixes de luz vão-se desintegrando devido ao atrito da atmosfera. Meteoritos São os meteoróides que atingem a superfície dos planetas. São corpos celestes que variam entre alguns gramas e várias toneladas de peso, eles conseguem resistir aos efeitos do calor e da violenta fricção da atmosfera. Os meteoritos provêm, na sua maioria, de corpos da Cintura de Asteróides, do conjunto de asteróides Apollo-Amor ou de cometas. Em cada passagem pelas proximidades do Sol os cometas perdem parte do material que os forma, desagregando-se numa infinidade de partículas que ao interceptarem a órbita da Terra irá dar origem a Estrelas cadentes (meteoros) que poderão conduzir a uma Chuva de Meteoritos atingindo a superfície terrestre. 6

7 D Cometas Os Cometas existem em quantidades enormes, (milhares de milhões) nas profundidades frias do Sistema Solar. Eles migram em direcção ao Sol, quando se aproximam do Sol, aquecem e formam uma cauda e uma cabeleira de materiais voláteis e regressam rapidamente ao local de origem. Ao contrário dos planetas que seguem as suas trajectórias normais, eles, devido à sua reduzida massa, estão sujeitos a todo o tipo de influências gravitacionais. Assim, quando eles se deslocam podem ser desviados da sua trajectória, capturados por um planeta, sofrer fragmentação, etc. Os cometas são Astros pequenos, geralmente de poucos Kms de diâmetro, que giram à volta do Sol e descrevem órbitas muito excêntricas. São formados por gases e por gelo, (parte que se pode evaporar) e por uma parte sólida que não se evapora O núcleo. Os núcleos dos cometas são os corpos mais primitivos do Sistema Solar, uma vez que não sofreram modificações químicas ou metamórficas após a sua formação. Assim sendo, a análise da sua composição fornece-nos indicações acerca da constituição da nébula primitiva que deu origem ao Sistema Solar. Quando os Cometas se aproximam Sol, os gases começam a evaporar e vão formar uma espécie de cabeleira. A sua passagem deixa um rasto de materiais voláteis a que denominamos cauda. A orientação da cauda é devida à repulsão dos gases pela radiação Solar. Os cometas têm passagens periódicas em relação à Terra. O Cometa Halley torna-se visível da Terra de 76 em 76 anos e o cometa Hale-Bopp torna-se visível de em anos aproximadamente. 7