LUZ DO EVANGELHO OBJETIVO. INTRODUÇÃO.

Transcrição

1 1 LUZ DO EVANGELHO Ora, ouvindo Jesus que João fora entregue, retirou-se para a Galiléia; (13) e, deixando Nazaré, foi habitar em Cafarnaum, cidade marítima, nos confins de Zabulom e Naftali; (14) para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta Isaías: (15) A terra de Zabulom e a terra de Naftali, o caminho do mar, além do Jordão, a Galiléia dos gentios, (16) o povo que estava sentado em trevas viu uma grande luz; sim, aos que estavam sentados na região da sombra da morte, a estes a luz raiou. (17) Desde então começou Jesus a pregar, e a dizer: Arrependei- vos, porque é chegado o reino dos céus. Mat 4:12-17 OBJETIVO. Estamos em um novo tema que é LUZ DO EVANGELHO, no qual trataremos sobre o poder do Evangelho em esclarecer as verdades e os propósitos de Deus àqueles que jazem numa condição deplorável de pecado e ignorância espiritual. INTRODUÇÃO. Ao lermos o texto áureo somos introduzidos ao fundo histórico de que Jesus começou seu ministério terreno nas regiões da Galiléia e lá começou a pregar a Boa Notícia do arrependimento pela fé que conduz a Salvação. No entanto, alguns fatores preliminares devem ser observados para que tenhamos entendimento daquilo que Jesus fez em seu ministério terreno. Ora, Jesus iniciou o Evangelho nos confins das tribos de Zebulom e Naftali; além do fato de que isso havia sido profetizado por Isaías; tendo em vista que cumprir a Palavra profética fosse algo importante para endossar sua messianidade. Mas, porque havia um sentido do Pai para que o Evangelho começasse naquela região; não nas altas cortes e palácios de Jerusalém ou em qualquer localidade importante no contexto religioso vigente. O fato de Jesus pregar o Evangelho naquela região esquecida pela religião judaica era para identificar uma mensagem que constituiria todo o propósito do ministério terreno de Jesus e culminaria na Cruz. Esse conceito fora estabelecido pelo Pai desde que Jesus, ao invés, de nascer num palácio Hierosolimitano, escolheu vir numa manjedoura. No lugar de

2 2 morar numa cidade importante de Judá, Jesus habitou em Nazaré, cidade menos importante da baixa Galiléia. Agora, no contexto dos versículos acima, Ele resolve pregar o Evangelho em aldeias desfavorecidas a fim de mostrar a intenção do Pai em romper os laços com o sistema religioso e proclamar salvação aos desprivilegiados. Deus na sua soberania, poderia escolher qualquer lugar ou classe para começar a proclamação do Evangelho, porém ele escolheu estar com o sofrimento do povo. Algo que não é novo e revela seus propósitos lá no início do Pentateuco. Disse ainda o SENHOR: Certamente, vi a aflição do meu povo, que está no Egito, e ouvi o seu clamor por causa dos seus exatores. Conheço-lhe o sofrimento; por isso, desci a fim de livrá-lo da mão dos egípcios e para fazê-lo subir daquela terra a uma terra boa e ampla, terra que mana leite e mel; o lugar do cananeu, do heteu, do amorreu, do ferezeu, do heveu e do jebuseu. Pois o clamor dos filhos de Israel chegou até mim, e também vejo a opressão com que os egípcios os estão oprimindo. Vem, agora, e eu te enviarei a Faraó, para que tires o meu povo, os filhos de Israel, do Egito. Ex Observe que assim como Moisés foi enviado por Deus para livrar o povo hebreu do sofrimento e da escravidão levando-os a uma terra de promessa; fazendo alusão a um tipo de Cristo; Ele aponta para Jesus, o messias que viria para libertar os perdidos do cativeiro do pecado e de Satanás e conduzí-los para o Céu. O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, Lucas 4:18 DEFINIÇÕES. Um dos termos mais usados no novo testamento para descrever a mensagem cristã é a palavra grega euangelion, que significa boas notícias. Evangelizar portanto é o ato de compartilhar boas notícias com outros. O Pacto de Lausanne define evangelismo com a seguintes palavras: Evangelizar é difundir as boas novas de que Jesus Cristo morreu por nossos pecados e ressuscitou segundo as Escrituras, e de que, como Senhor e Rei, ele agora oferece o perdão dos pecados e o dom libertador do Espírito a todos os que se arrependem e crêem - Comitê Lausanne de Evangelização Mundial.

3 3 Portanto, o Evangelho não visa endossar ou passar a mão por cima daqueles que acham que sua vida está indo muito bem, estão bem providos ou que apenas utilizam as ferramentas da fé de forma reducionista para se tornarem ainda mais bem sucedidos. O Evangelho propõe ARREPENDIMENTO, mudança de natureza e comportamento, a que denominamos CONVERSÃO para que o indivíduo seja esclarecido (ou iluminado) no propósito do Pai. ANÁLISE E CARACTERÍSTICAS. Então, o texto da profecia messiânica encontrada em Isaías aprofunda sua conotação para um sentido mais elevado e uma causa que vem desde os primórdios da Palavra em sua mensagem libertadora. Assim, convida-se para ler o referido texto de Isaías, do qual foi extraído essa profecia messiânica. Mas para a terra que estava aflita não continuará a obscuridade. Deus, nos primeiros tempos, tornou desprezível a terra de Zebulom e a terra de Naftali; mas, nos últimos, tornará glorioso o caminho do mar, além do Jordão, Galiléia dos gentios. O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz. Tens multiplicado este povo, a alegria lhe aumentaste; alegram-se eles diante de ti, como se alegram na ceifa e como exultam quando repartem os despojos. Porque tu quebraste o jugo que pesava sobre eles, a vara que lhes feria os ombros e o cetro do seu opressor, como no dia dos midianitas; porque toda bota com que anda o guerreiro no tumulto da batalha e toda veste revolvida em sangue serão queimadas, servirão de pasto ao fogo. Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz; para que se aumente o seu governo, e venha paz sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do SENHOR dos Exércitos fará isto. Is Vamos para interpretação desse riquíssimo texto. Observe, quem foi Zebulom e quem era Naftali entre os irmãos, filhos de Israel? Zebulom foi o sexto filho de Jacó com Lia, o último menino de seu ventre. Enquanto que Naftali é o segundo filho de Bila, escrava de Raquel. O que isso significa? Representa os filhos mais desfavorecidos no montante de doze, quer seja de ventre legítimo, quer seja de ventre emprestado.

4 4 Assim, a proclamação do Evangelho entre as tribos mais desprestigiadas de Israel representa a inclinação e o enaltecimento da justiça e imparcialidade de Deus em não desfavorecer àqueles cuja sociedade já desfavorece! Sim, em um contexto em que a sociedade prespreviliagia e marginaliza na sobrepujança de uns sobre outros, Deus vem através do Evangelho e homogeniza a todos a condição de se tornarem o ápice daquilo que o ser humano possa se tornar, isto é: Filho de Deus! a saber, a verdadeira luz, que, vinda ao mundo, ilumina a todo homem. O Verbo estava no mundo, o mundo foi feito por intermédio dele, mas o mundo não o conheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. Jo Ora, além desses aspectos geopolítico e econômico, existe outra conotação que vamos enfatizar, a abordagem espiritual! O povo que andava em trevas viu grande luz, e aos que viviam na região da sombra da morte, resplandeceu-lhes a luz. Tens multiplicado este povo, a alegria lhe aumentaste; alegram-se eles diante de ti, como se alegram na ceifa e como exultam quando repartem os despojos. O POVO QUE ANDA EM TREVAS. Os filhos da desobediência encontram-se nas trevas e mortos em seus pecados (Ef 2:1) ou seja, toda a humanidade sem Deus! Sobre eles, a luz do evangelho ainda não brilhou, são mantidos cegos em seus entendimentos pelo diabo e estão se perdendo. 3 Mas, se o nosso evangelho ainda está encoberto, é para os que se perdem que está encoberto, 4 nos quais o deus deste século cegou o entendimento dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória de Cristo, o qual é a imagem de Deus. 2 Co.4.3,4. Se continuarem nesse rumo, se tornarão filhos da ira de Deus e experimentarão a perdição eterna (Ef 2:3b). Esta era também a condição em que todos nós nos encontrávamos no passado, antes do resgate de Cristo (Ef 2:2-5, Jo 6:36b).

5 5 CLASSIFICAÇÃO. O MODELO DE EVANGELIZAÇÃO DE JESUS: A evangelização de Jesus consistia em falar do Reino dos Céus e do Pai, falar do Reino da Luz conduzindo pessoas a Ele. Evangelizar é conduzir pessoas a Deus por meio de Jesus. Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim. Jo Nos evangelhos, Jesus teve um total de trinta e cinco interações pessoais com indivíduos. Em todas, Jesus proclamou as boas novas! Elas ocorreram durante a noite, ao meio-dia, em locais públicos, funerais, em situações de doença, em casas, e mesmo quando ele estava à morte na cruz. O método bíblico mais comum e talvez o mais efetivo é o compartilhar pessoal das boas novas de pessoa a pessoa em contatos pessoais e naturais. Por isso, dedicaremos algum tempo para discutir este método em particular. Pesquisadores perguntaram a novos convertidos nos Estados Unidos a pergunta: Qual foi a influência mais importante que o atraiu à igreja? As respostas foram: Propaganda da igreja - 2% O Pastor - 6% Programas evangelísticos organizados pela igreja - 6% Amigos e parentes - 86% BENEFÍCIOS DE QUEM ACEITOU O EVANGELHO DA LUZ O Evangelho resgata do poder das trevas e transporta para o reino do Filho de Deus (Cl 1:13). O cristão foi retirado debaixo do poder maligno, do espírito que controla o império das trevas, que é satanás. Embora habite neste mundo, o cristão não é deste mundo; por isto, faz questão de marcar sua geração demonstrando através de sua vida que não é mais um filho das trevas, mas sim, um filho da luz. Agora estamos no reino de Cristo, no reino da Luz, e estamos sob o Seu domínio. Fomos transportados de um reino para o outro, do domínio escravizador do pecado, para o senhorio de Cristo (Rm 6:16-22). Somos novas criaturas, as coisas antigas já passaram, e tudo se fez novo (II Co 5:17).

6 6 Estes CRISTÃOS são chamados pelo apóstolo Pedro de: Mas vós sois a geração eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de anunciar as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz. I Pe 2:9. Também há o referido texto de Paulo que corrobora com o assunto: para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio duma geração corrompida e pervertida, entre a qual resplandecemos como luzeiros no mundo Fp Exatamente no meio de uma geração em trevas, corrompida e perversa, o Espírito Santo ordena que sejamos irrepreensíveis e sinceros, que vivemos como filhos de Deus inculpáveis, a ponto de resplandecermos como luz para que eles também saiam das trevas. Desta forma, o cristão demonstrará através de sua conduta de vida, de suas escolhas e de suas atitudes, que ele já está no reino da luz; assim poderá atrair para a luz do Senhor Jesus muitos de sua própria geração, que ainda estão nas trevas. Toda a sua vida, sua família, suas finanças, sua profissão e seu coração estão comprometidos com isto. RESPLANDECENDO A LUZ DO EVANGELHO ATRAVÉS DO COMPORTAMENTO Esta ordem de Deus é explícita em diversas Escrituras: Mt 5: Somos chamados por Cristo de luz do mundo para fornecer luz a todos que estão na casa. Isto implica em fornecer luz a todos que estão em trevas. A estratégia de Cristo está em que nossa luz resplandecerá diante dos homens, e eles glorificarão a Deus. Eles sairão das trevas. Mas como isto acontecerá? Ao verem as nossas boas obras e ouvirem nossa boa notícia condizente com elas. É assim que a nossa luz brilhará no meio das trevas. Pelas obras diferenciadas do mundo as quais são praticadas em Cristo, em santidade, em oposição e rejeição frontal ao sistema organizado pelo diabo. Eles precisam ver as nossas obras da Luz. Ou seja, através do Evangelho Testemunhal em sintonia com nossas Palavras de Evangelização, a qual, nossa luz indicará o caminho certo aos que estão em trevas, e eles serão despertados para a luz do evangelho de Cristo (II Co 4:2-4).

7 7 EXERCENDO A LUZ DO EVANGELHO. Assim, somos desafiados a decidir viver como um filho da luz no meio de sua família e sociedade; e marcar essas vidas com o poder transformador do Evangelho. O que significa viver como um filho da Luz? Significa viver em santificação, como um filho obediente de um Deus que é santo, e demonstrando através de seus pensamentos, atitudes e ações, que não está mais sob o domínio do espírito que atua nas trevas, mas sim, que já foi transportado para a luz do Senhor Jesus (1 Pe 1:13-15). Ef 5: Somos luz no Senhor! Devemos andar como filhos da luz. O fruto da luz consiste de 3 aspectos: bondade, justiça e verdade. Estas devem ser as características das obras praticadas pelos que são filhos da luz. A preocupação final de Paulo é que a luz brilhe, resplandeça e faça diferença nas trevas. Tem que haver uma diferença marcante. A atração dessa luz deve ser maior do que a atração do mundo para aqueles que vivem nas trevas. Nós o seremos. Somos chamados para sermos luzes onde estamos, vivemos e trabalhamos. Sejamos luzes para a nossa geração onde estamos. APLICAÇÃO. INTENSIFICANDO OS REFLETORES DE LUZ PELO PODER DA UNIDADE E AMOR A luz de um cristão faz diferença quando brilha no meio das trevas, mas é incalculável o poder que tem a luz produzida pelo ajuntamento de cristãos que vivem em unidade, e é demonstrada através de uma vida de compartilhar propósitos, necessidades, valores para a vida, santificação, amor, obediência à verdade, etc. Todavia, vos escrevo novo mandamento, aquilo que é verdadeiro nele e em vós, porque as trevas se vão dissipando e a verdadeira luz já brilha. Aquele que diz estar na luz e odeia a seu irmão, até agora, está nas trevas. Aquele que ama a seu irmão permanece na luz, e nele não há nenhum tropeço. Aquele, porém que odeia a seu irmão está nas trevas, e anda nas trevas, e não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos (I Jo 2:8-11). Quando esta geração vir os atos de amor compartilhado na comunhão da igreja, uma iluminação poderosa ocorrerá de forma exponencial sobre os cegos espirituais que estão ao redor, e a luz de Cristo resplandecerá em seus corações, eles reconhecerão e crerão em Jesus e serão salvos.

8 8 Logo, o amor da Comunhão dos irmãos deve gerar luz suficiente para iluminar, esclarecer, impactar e salvar a geração na localidade onde ela foi colocada. CONCLUSÃO. O amor experimentado na Comunhão Ágape deve gerar esta luz de forma a impactar a geração e o povo da localidade para a qual recebemos a responsabilidade de brilhar. Acendamos esta luz bem forte no meio da geração onde estamos. Ninguém ao acender uma candeia a coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e alumia a todos os que se encontram na casa. Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus - (Mt 5:15-16). APELO. Quantos querem pregar o Evangelho da Luz? Quantos querem se comportar como filhos da Luz?