Aula 11 - Novidades Evolutivas das Angiospermas

Transcrição

1 1 cm Figura 1. Ramo fresco de beijo ou maria-semvergonha (Impatiens wallerana) visto a olho nu.

2 Figura 2. Lâmina com grãos de pólen em solução de sacarose 2% de Impatiens wallerana. Aumento de 400x, visto em microscopia ótica. Note que após alguns minutos ou horas o tubo polínico (seta) cresceu consideravelmente. Lembrese que o grão de polén continha 3 células, sendo duas espermáticas carregadas pela célula maior responsável pelo crescimento do tubo (a célula do tubo). É importante lembrar que o grão de pólen é o gametófito masculino que, nas angiospermas encontra-se muito reduzido quando em comparação com outros grupos vegetais.

3 Nesta espécie notamos as folhas simples, filotaxia verticilada e nervação foliar reticulada (folha reticulinérvea). Note a corola gamopétala, pentâmera. 5 cm Figura 3. Ramo fresco de alamanda (Allamanda catártica) visto a olho nu e uma flor isolada em detalhe.

4 Nesta espécie notamos as folhas simples, filotaxia oposta e nervação foliar reticukada (folha reticulinérvea). Note a corola gamopétala, pentâmera. 2 cm 3 cm Figura 4. Ramo fresco de manto-de-rei (Thunbergia erecta) visto a olho nu.

5 Note aqui os estames livres entre si e em número menor do que as pétalas (androceu oligostêmone). Podemos observar também, à esquerda, um detalhe do nectário circundando a base do ovário (seta preta) e o estilete (seta azul). 3 cm Figura 5. Flore de Thunbergia erecta aberta, vista a olho nu e detalhe do nectário visto sob estereomicroscópio. Aumento de 12x.

6 3 cm Nesta espécie notamos as folhas compostas bipinadas (i.e. com folíolos de primeira e de segunda ordens), filotaxia alterna e nervação foliar reticulada (folíolos reticulinérveos). Note a corola gamopétala (seta), pentâmera. Os estames (traço) são unidos entre si, em maior número do que das pétalas (androceu polistêmone) e constituem a parte atrativa a polinizadores. Figura 6. Ramo fresco de esponjinha (Calliandra tweedii) visto a olho nu e detalhe de uma flor isolada vista sob estereomicroscópio. Aumento de 12x.

7 A C 5 cm B 3 cm Nesta espécie notamos as folhas simples, densamente dispostas no rizoma (caule horizontal, subterrâneo nesta espécie), filotaxia alterna e nervação foliar paralela (folha paralelinérvea - C). Também observamos, em B, a presença de bainha e do sistema radicular fasciculado, característico das monocotiledôneas. Note em A a corola dialipétala, perianto trímero com pétalas e sépalas similares em textura e cor (as sépalas distintas pela posição mais externa na flor). 1 cm Figura 7. Ramo fresco de lírio-amarelo (emerocallis lilioasphodelus) visto a olho nu, com flor, raízes e folha em detalhe.

8 Note os 6 estames (androceu diplostêmone) livres entre si. Na foto da esquerda podemos ver que os três verticilos mais externos são fundidos, formando um hipanto (traços pretos) e podemos ver a parede do ovário (seta) livre desse hipanto (ovário súpero), caracterizando uma flor perígina. 0,5 cm 4 cm Figura 8. Flor aberta de Hemerocallis lilioasphodelus visto a olho nu e detalhe do ovário visto sob estereomicroscópio. Aumento de 25x.

9 Figura 9. Ovário em secção longitudinal e transversal de Hemerocallis lilioasphodelus visto sob estereomicroscópio. Aumento de 25x Note na secção transversal do ovário que esta espécie possui três carpelos fundidos (gineceu sincárpico), característica que ocorre em 80% das angiospermas atuais. Há três lóculos (espaço delimitado por cada carpelo enrolado). Os números de 1 a 3 estão sobre os óvulos esbranquiçados, em cada um dos 3 lóculos). Na secção longitudinal vemos que em cada lóculo há muitos óvulos (seta preta). No centro do ovário (seta vermelha), dispõe-se um septo formado pela união dos 3 carpelos, que sustenta a placenta na qual os óvulos estão inseridos.

10 Note a corola gamopétala, tetrâmera. Na foto da direita vemos os ovários (total de 4, seta preta), cada um com seu estilete (seta azul) e seu estigma (seta vermelha). O gineceu é apocárpico (4 carpelos livres entre si) e cada ovário possui um lóculo. Também observamos nectários nesta espécie (seta rosa). 1,5 cm Figura 10. Kallanchoe blossfeldiana vista a olho nu e detalhe do ovário visto sob estereomicroscópio. Aumento de 12x.

11 Note que esta flor possui os dois sexos (bissexuada; planta hermafrodita), característica presente em cerca de 70% das angiospermas. Também podemos ver o mecanismo que ajuda a prevenir a autopolinização: protandria, na qual os estames masculinas se desenvolvem antes (seta preta) e se estendem liberando o pólen; no segundo dia nesta mesma flor os estames se enrolam para baixo e o estilete (seta vermelha) se alonga e expõe 2 estigmas receptivos, podendo então receber o pólen de outra flor. 2 cm Figura 11. Ramo fresco de lágrima-de-cristo (Clerodendron sp.) visto a olho nu.

12 Note o filete e as duas tecas da antera, cada uma portando dois microsporângios. 820 µm Figura 12. Lâmina com corte transversal do estame de lírio-branco (Lilium sp.) Escala aproximada.

13 E Note que em cada teca existe uma epiderme com estômatos e que a camada logo abaixo, o endotécio (E), composta por células alongadas será responsável pela abertura da antera e liberação do pólen. Dentro dos microsporângios observamos micrósporos (com apenas um núcleo) e grãos de pólen (contendo pelo menos 2 núcleos). 170 µm Figura 13. Lâmina com corte transversal do estame de Lilium sp, detalhe de um microsporângio. Escala aproximada.

14 Note o ovário com três carpelos fundidos e três lóculos. Cada lóculo tem duas fileiras paralelas de óvulos. 350 µm Figura 14. Lâmina com corte transversal do ovário de Lilium sp. Escala aproximada.

15 Podemos notar em cada óvulo a presença de dois tegumentos (setas pretas), a região da micrópila (seta vermelha) e o megagametófito em desenvolvimento dentro do megasporângio (seta azul). Óvulo bitegumentado é sinapomorfia das angiospermas. 190 µm Figura 15. Lâmina com corte transversal do ovário de Lilium sp, dois óvulos em detalhe. 100x no micro

16 Note nesta espécie o ovário (seta preta) soldado ao hipanto, portanto um ovário ínfero. Esta é uma flor epígina. 3 cm 1 cm Figura 16. Flor de açucena-gigante (Crinum x powellii) vista a olho nu e detalhe do ovário cortado longitudinalmente.

17 Aula prática 10 Diversidade das Gimnospermas B A C Note três estádios de desenvolvimento do ovário em um mesmo ramo. Desde as flores (A), fruto imaturo (B, ovário fecundado e ampliado) e fruto maduro seco (C), abrindo-se para dispersar suas sementes negras. 2 cm Figura 17. Inflorescência de estrela-de-belém (Ornithogalum sp.) com três diferentes estádios de desenvolvimento da flor, mostrando o ovário originando o fruto.