CONAEND&IEV DETERMINAÇÃO DE TENSÕES RESIDUAIS EM AÇOS CARBONO ATRAVÉS DA

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1 CONAEND&IEV DETERMINAÇÃO DE TENSÕES RESIDUAIS EM AÇOS CARBONO ATRAVÉS DA TÉCNICA DE BIRREFRINGÊNCIA ACÚSTICA Danilo S. Alves 1, Maria C. S. Albuquerque 2, Claudia T. T. Farias 3, Matheus S. S. Araújo 4, Ygor T. B. dos Santos 5 Copyright 2012, ABENDI, PROMAI. Trabalho apresentado durante o XXX Congresso Nacional de Ensaios Não Destrutivos e Inspeção. 16ª IEV Conferencia Internacional sobre Evaluación de Integridad y Extensión de Vida de Equipos Industriales. As informações e opiniões contidas neste trabalho são de exclusiva responsabilidade do(s) autor(es). SINOPSE Tensões residuais são originadas em juntas soldadas mesmo com a preparação de um plano de soldagem apropriado. O conhecimento da distribuição de tensões permite otimizar projetos, elevar a segurança dos componentes e construir estruturas mais adequadas. Vários métodos são utilizados para medir o perfil de tensões e o ultrassom, em particular, vem se destacando nos últimos anos por se tratar de um ensaio não destrutivo, inócuo ao operador, rápido e que, além de possuir vantagens econômicas, pode ser combinado a ferramentas de processamento de sinais. Na aplicação do ultrassom para medida de tensão utiliza-se a teoria da acustoelasticidade, a qual trata da variação da velocidade da onda ultrassônica ao passar através de um material elástico sob tensão. Neste trabalho avaliou-se o efeito acusto-elástico para determinação de tensões residuais em juntas soldadas de aços comuns ao carbono utilizando a técnica ultrassônica Pulso Eco. Os sinais ultrassônicos foram obtidos utilizando um transdutor de ondas cisalhantes, que permitiu a determinação da birrefringência acústica, ou seja, dos tempos de percurso da onda ultrassônica nas direções perpendicular e paralela ao cordão de solda. O perfil de tensões residuais foi obtido antes e depois do processo de soldagem. Os resultados obtidos possibilitaram identificar tensões trativas e compressivas em cada corpo de prova, assim como as regiões submetidas aos maiores níveis de tensão devido ao processo de soldagem. As regiões trativas identificadas possuem maior susceptibilidade à propagação de trincas, podendo auxiliar nos cálculos de mecânica da fratura, assim como na análise de técnicas empregadas para alívio de tensões. 1 Graduando, Engenharia Industrial Mecânica IFBA/GPEND 2 Doutora, Engenharia Mecânica IFBA/GPEND 3 Doutora, Engenharia Metalúrgica e de Materiais IFBA/GPEND 4 Graduando, Engenharia Industrial Mecânica IFBA/GPEND 5 Graduando, Engenharia Industrial Mecânica IFBA/GPEND 346

2 1. INTRODUÇÃO A determinação do nível das tensões residuais é muito importante para a garantia da segurança de equipamentos e estruturas. Diversos problemas relacionados ao desenvolvimento e manutenção de componentes mecânicos são evitados mediante aplicação de técnicas de inspeção que, ao longo dos anos, vêm sendo desenvolvidas e cada vez mais aprimoradas para o emprego em diversos segmentos industriais. Segundo Kudryavtsev et al. (2000), os principais critérios de falha para estruturas mecânicas fundamentam-se na avaliação entre tensões aplicadas no material, resistência do material empregado e tensões residuais. As tensões residuais podem ser detectadas utilizando técnicas destrutivas e não destrutivas, contudo as técnicas destrutivas são frequentemente descartadas, pois danificam o componente durante a inspeção. Várias técnicas de inspeção não destrutivas, como Raios-X, apresentam bom desempenho na medição de tensões residuais, porém, como afirma Bray (2000), possuem grandes limitações em relação à complexidade dos equipamentos utilizados, à mobilidade para medições em campo e à exposição à radiação do operador. A técnica de medição de tensões residuais utilizando ondas ultrassônicas é relativamente nova, quando se compara com o surgimento do ultrassom como alternativa para detecção de falhas, como afirma Macherauch (1986). Medir tensão usando ultrassom proporciona muitas vantagens em relação a outras técnicas de medição, como a facilidade de utilização em campo, com equipamentos mais simples. O conhecimento das tensões atuantes em estruturas mecânicas em serviço tem como objetivo principal avaliar a segurança e a confiabilidade de um sistema. A soldagem é o principal processo de fabricação utilizado na confecção de estruturas. Segundo Walaszek et al. (2000), tensões residuais são originadas em juntas soldadas inclusive após a preparação de um plano de soldagem apropriado e representam um importante requisito para segurança ambiental e operacional. Determinar o nível de tensões após a soldagem contribui substancialmente nas características de resistência mecânica, funcionamento, segurança e capacidade de trabalho dos elementos de uma estrutura. Dependendo do tipo de material e do estado de tensões presentes no componente, as tensões aplicadas em serviço somadas às tensões residuais de soldagem podem atingir os níveis da tensão limite de resistência, provocando a formação de trincas e, consequentemente, falhas catastróficas. A birrefringência acústica é uma técnica rápida e não destrutiva para análise de tensões com base na mudança do tempo de percurso da onda ultrassônica cisalhante e na teoria da acustoelasticidade. Neste trabalho, buscou-se avaliar a variação do tempo de percurso da onda ultrassônica em juntas soldadas utilizando a técnica ultrassônica Pulso Eco através do processamento digital de sinais, obtendo-se o efeito da distribuição de tensões devido a soldagem. 347

3 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Ensaio Ultrassônico O ensaio ultrassônico possui inúmeras aplicações na inspeção de materiais, sendo a avaliação de descontinuidades internas a mais importante delas. Pela eficiência do ensaio e por possuir custo relativamente baixo, esta ferramenta é um dos mais importantes ensaios não destrutivos (SANTIN, 2003). Ao realizar um ensaio ultrassônico, um feixe de onda mecânica é emitido pelo transdutor e percorre o material que está sendo inspecionado. Esse feixe, ao encontrar qualquer descontinuidade, é refletido gerando o sinal no aparelho de ultrassom. Em seguida, o sinal é processado e analisado com o intuito de identificar, a partir das reflexões, as descontinuidades ou contornos do material. A velocidade da onda ultrassônica (v) que percorre a espessura (d) de uma chapa metálica num intervalo de tempo (t) é dada por: [Eq.01] A técnica ultrassônica pulso eco consiste num ensaio realizado com apenas um transdutor, o qual realiza a emissão do feixe de ondas através de pulsos de energia sônica que são introduzidos no material em intervalos regulares de tempo. Devido à diferença de impedância acústica entre os meios de propagação com o ar, faz-se necessário o uso de um acoplante para uma propagação eficiente, selecionado sob os critérios de rugosidade do material e do tipo de onda que se queira transmitir. Ao encontrar uma superfície refletora, parte ou toda a energia desse pulso retorna ao transdutor emissor, que converte as vibrações mecânicas em energia que se transforma no sinal na tela do ultrassom (SANTIN, 2003). 2.2 Correlação cruzada Viola (2003) ressalta a ideia que os métodos de correlação e covariância normalizada apresentam vantagens na determinação do atraso em diversas condições de pulso (frequência, largura de banda, relação-sinal ruído, entre outros). Por ser um método matemático para verificar o grau de similaridade entre dois sinais, a correlação cruzada, quando comparada com outros métodos, possui maior complexidade, pois envolve os sinais de eco por completo, contudo a estimação do tempo entre eles melhora consideravelmente. A escolha dos pontos de referência para a obtenção do tempo decorrido entre dois sinais deixa de ser trivial quando se trata de sinais não idênticos, comprometendo assim a correção dos resultados. Para o cálculo da correlação das variáveis aleatórias centralizadas, ou seja, para o cálculo da covariância dos sinais e utiliza-se a Equação 02: Tendo que a esperança matemática é dada pela Equação 03: [Eq. 02] 348

4 [Eq. 03] Onde é uma variável aleatória discreta. Se as variáveis tem média nula (são centralizadas), então a correlação cruzada é definida por: [Eq. 04] O uso de correlação cruzada pode ser utilizado para aumentar a precisão do cálculo do atraso entre os pulsos ultrassônicos obtidos em cada sinal. Quando a correlação é aplicada, dois sinais são multiplicados e somados ponto a ponto, permitindo assim a obtenção do atraso entre eles (BITTENCOURT, 2003). 2.3 Teoria Acustoelástica O efeito acusto-elástico relaciona a influência do estado de tensão do material à velocidade da onda ultrassônica, sendo baseado na teoria não linear (deformações finitas) da elasticidade (CARMO et al., 2007). Segundo Bittencourt (2003), a microestrutura em metais, quando possui uma orientação principal em metais, muda levemente as constantes elásticas de segunda ordem, também chamadas de módulos de rigidez, produzindo, então, anisotropia acústica. Utilizando a técnica ultrassônica para avaliação de tensões aplica-se o termo da birrefringência ao se empregar ondas cisalhantes e denomina-se birrefringência acústica à diferença fracional da velocidade ou tempo de transito da onda ultrassônica, em relação a duas direções perpendiculares (CARMO et al., 2007). Como a onda percorre o mesmo espaço no material, nessas duas direções, pode-se trabalhar diretamente com os tempos de percurso das ondas ultrassônicas. A birrefringência, equação 5, descreve a diferença fracional de velocidade ou tempo, nas direções ortogonais 1 e 2. [Eq. 05] Onde v é a velocidade e t é o tempo de propagação da onda ultrassônica. Quando a polarização da onda ultrassônica ocorre nas direções de simetria do material, e as direções das tensões principais coincidem com estas direções de simetria, a equação 6 é utilizada para medida de tensão pela técnica da birrefringência. B B = m( σ 1 2) 0 σ [Eq. 06] Em que B é a birrefringência induzida pela textura e pelo estado de tensão do material, B 0 a birrefringência induzida pela textura, associada a leves diferenças nos módulos de cisalhamento nas direções mutuamente perpendiculares, e m a constante acustoelástica do material. A velocidade das ondas no interior dos materiais é função do estado interno de tensões, assim como de outros fatores como textura, tamanho de grão, etc. 349

5 3. METODOLOGIA 3.1 Técnica Ultrassônica e Equipamentos Para a análise do tempo de percurso dos sinais ao longo da espessura do material utilizou-se a técnica ultrassônica pulso-eco. Através desta técnica, no qual um único transdutor do tipo emissor/receptor foi posto em contato com a peça, utilizando óleo como acoplante. O sistema ultrassônico, montado para aquisição dos sinais relativos à chapa de aço analisada, era composto por um aparelho de ultrassom convencional da Krautkrämer, modelo USM25, que funciona como gerador de pulsos. Os pulsos gerados passam por um osciloscópio analógico (Tektronix TDS 2024B) e são enviados ao transdutor (emissor/receptor) transversal da Panametrics-NTDTM, modelo V154 de frequência 2.25MHz/0.5 para determinação do tempo de percurso da onda transversal. O sinal ultrassônico é transmitido ao material e seu eco retorna ao osciloscópio. O sistema é ligado a um microcomputador para receber o sinal do osciloscópio, conforme a Figura 1, e permitir seu processamento através de rotinas computacionais desenvolvidas no software Matlab. Pen drive Ultrassom Osciloscópio PC Transdutor Figura 1 Arranjo experimental para aquisição de sinal ultrassônico 3.2 Soldagem dos Corpos de Prova Uma chapa de aço carbono 1020 foi inicialmente submetida a um lixamento manual superficial e dividida ao meio longitudinalmente, formando dois corpos de prova com dimensões 150 x 150 x 12,6mm. Para a soldagem, as chapas foram fixadas, por pontos de solda, sobre uma outra chapa de aço, para restringir a contração e expansão durante a execução, gerando uma maior concentração de tensões internas, como verificado por Lamy (2002). As chapas foram soldadas pelo processo de soldagem a Arco Elétrico Eletrodo Revestido, utilizando eletrodo E6013, empregando velocidade média de soldagem de 2,0275 ± 0,1032 m/s e corrente de 125A. Aumentou-se o aporte térmico aplicando-se uma baixa velocidade de soldagem. Os corpos de prova soldados foram resfriados ao ar. 350

6 3.3 Metalografia Para determinação da microestrutura do material foi realizado o ensaio micrográfico a partir de uma amostra do corpo de prova na condição como recebido, cujo resultado é mostrado na Figura 2, exibindo uma orientação preferencial dos grãos perpendicularmente ao chanfro de um aço carbono comum, sem recozimento ou normalização aparente e com uma microestrutura refinada. Figura 2 Microestrutura refinada com orientação preferencial dos grãos Com base na identificação da orientação preferencial dos grãos definiu-se a direção 1 como aquela referente à direção de laminação do material, e direção 2 como a direção ortogonal à direção Aquisição do Sinal Ultrassônico Foram feitas marcações de mm na superfície das chapas, que serviram de locais onde o transdutor seria acoplado para medir o tempo de percurso da onda ultrassônica. Para determinação do perfil de tensões residuais no cordão de solda, o sinal ultrassônico foi registrado em duas direções ortogonais definidas através da análise metalográfica, sendo uma delas paralela à direção de laminação da chapa e a outra perpendicular à primeira, realizandose cinco aquisições nas duas direções em cada marcação pré-definida, como indicado na Figura 3. Figura 3 Distribuição e nomenclatura dos pontos de aquisição de sinal ultrassônico 351

7 Após as inspeções na condição como recebido, as chapas foram soldadas. Para avaliar o estado de tensões nos corpos de prova soldados, realizou-se novamente as aquisições de ondas ultrassônicas nas regiões estabelecidas. 3.5 Rotinas Computacionais para Determinação do Tempo de Percurso da Onda Ultrassônica O osciloscópio é ligado, por meio de um sistema eletrônico, ao microcomputador que permite que o sinal ultrassônico realize o seu processamento. Desta forma, segundo Martinhon (2007), as medidas de tempo podem ser tomadas com uma precisão muito grande, ao contrário do que ocorre quando são feitas visualmente através da tela do osciloscópio, eliminando a necessidade da localização de um ponto de referência entre dois ecos consecutivos, o que é uma fonte de erros por dificuldades de localização da referência ou pela falta de precisão na sua localização devido a existência de ruídos no sinal, conforme verificado por Lamy (2002). A programação desenvolvida em ambiente Matlab tem por base o processamento digital de sinais. A primeira parte da rotina computacional consiste na leitura do sinal ultrassônico armazenado no osciloscópio, a qual permite normalizar o sinal, dividindo-o pela máxima amplitude absoluta como mostrado na Figura 4(a). A função de correlação cruzada (R xy (τ)) pode ser utilizada para determinar o tempo de atraso entre o instante de envio do pulso ultrassônico x(t) e o recebimento do seu eco y(t). O valor máximo de R xy (τ) ocorre no instante τ m que corresponde ao tempo de atraso entre x(t) e y(t) (Bittencourt, 2000). O processo computacional da correlação cruzada pode então ser feito a partir dos dados fornecidos como mostrado nas figuras 4(b) e (c). (a) (b) (c) Figura 4 - Sinais ultrassônicos de ondas transversais: a) Sinal Normalizado destacando os dois primeiros ecos, x(t); b) Sinal relativo ao primeiro eco do sinal normalizado, y(t); c) Resultado da correlação cruzada entre o primeiro eco (b) com janela em destaque do sinal (a), R xy. 352

8 O processamento digital de sinais ultrassônico, obtido a partir dos corpos de prova em ambas condições como recebido (CP-CR) e como soldado (CP-CS), foi realizado em ambiente Matlab, a partir do qual foi determinado o tempo de percurso da onda ultrassônica e os cálculos da birrefringência acústica (Bittencourt et al., 2003). 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO O processamento digital de sinais fornece uma série de dados necessários a uma análise mais precisa do tempo de percurso da onda ultrassônica, conforme Viola (2003). Com a determinação da birrefringência acústica do corpo de prova na condição como recebido e medindo-se a birrefringência acústica dos corpos de prova soldados, elimina-se a influência das tensões residuais resultantes do processo de fabricação. Na Figura 5 foram registrados os tempos de percurso da onda ultrassônica com base na técnica de correlação cruzada para os corpos de prova na condição como recebido. As diferenças do tempo de percurso entre as duas direções analisadas para os corpos de prova na condição como recebido são mostradas na Tabela 1. Essa diferença no tempo entre os pontos está provavelmente associada à anisotropia acústica do material originada principalmente pela textura e/ou tensões residuais devidas ao processo de fabricação (Bittencourt, 2000). Tabela 1 Diferença entre o tempo de percurso na direção transversal (perpendicular à laminação) e longitudinal (paralela à laminação) nos corpos de prova como na condição recebido (CP-CR) t trans -t long (ns) CP-CR1 17,333 16,333 11,334 9,333 12,667 15,667 12,000 CP-CR2 13,333 15,333 11,333 9,667 11,667 16,000 18,333 CP-CR1 CP-CR2 Figura 5 Tempo de percurso da onda ultrassônica dos corpos de prova na condição como recebido 353

9 Com base nesses valores, obteve-se o valor da birrefringência acústica (B 0 ) devido ao efeito da anisotropia do material em cada ponto analisado no corpo de prova, conforme pode ser observado na Figura 6. CP-CR1 CP-CR2 Figura 6 Birrefringência Acústica (B 0 ) devido ao efeito da anisotropia do material Na Tabela 2 pode-se observar a alteração na diferença do tempo de percurso da onda nos mesmos pontos de aquisição anteriores devido ao estado de tensões gerado pela soldagem das chapas. Na Figura 7, são mostrados os tempos de percurso da onda ultrassônica obtidos para os corpos de prova soldados, referentes ao tempo de percurso nas direções transversal e longitudinal (paralela à direção de laminação do material). Tabela 5 Diferença entre o tempo de percurso na direção transversal (perpendicular à laminação) e longitudinal (paralela à laminação) nos corpos de prova soldados (CP-CS) t trans -t long (ns) CP-CS1 24,667 20,333 12,000 10,000 10,000 10,000 16,667 CP-CS2 20,333 22,000 10,000 11,000 14,667 12,667 16,667 CP-CS1 CP-CS2 Figura 7 Tempo de percurso da onda ultrassônica dos corpos de prova soldados 354

10 A diferença encontrada no tempo de percurso ao longo do comprimento do corpo-de-prova soldado pode ser atribuída à complexa distribuição de tensões em regiões próximas à junta soldada (Lamy, 2002). Segundo Macherauch (1986), a grande quantidade de calor necessária durante o processo de soldagem ocasiona um complexo estado de tensões devido à diferença de temperatura entre a solda e o restante do material, produzindo deformações plásticas heterogêneas. Com base nos tempos de percurso da onda ultrassônica nas duas direções ortogonais, foram obtidos os valores de birrefringência acústica (B) devido à geração de tensões internas pelo processo de soldagem, como mostrado na Figura 8. CP-CS1 CP-CS2 Figura 8 Birrefringência Acústica (B) após a soldagem Observa-se na Figura 8 que, em torno da extremidade do CP-CS1, que é representado pela região do gráfico à esquerda do cordão de solda, existe um decréscimo da birrefringência acústica. Comparando-se ainda as Tabelas 1 e 2, verifica-se que, nessa região, a redução na diferença entre os tempos de percurso nas duas direções analisadas é diretamente influenciada pela presença de tensões compressivas após a soldagem, que por sua vez diminuem a amplitude dos valores de birrefringência acústica (CARMO et al., 2007). No CP-CS2, foi encontrado um desvio-padrão relativamente maior no conjunto de pontos da região a 100 mm do cordão de solda, que pode ser atribuído ao sistema de fixação imposto, intensificando a heterogeneidade na zona termicamente afetada, resultando em um local de concentrações de tensões trativas, como pode ser mostrado pelo valor positivo da birrefringência acústica. A partir dos parâmetros de birrefringência, tem-se o perfil de tensões residuais internas devido ao processo de soldagem, conforme a Figura

11 CP-CS1 CP-CS2 Figura 9 Perfil de tensões residuais após a soldagem dos corpos de prova É verificado na Figura acima o efeito da variação do tempo de percurso da onda ultrassônica, evidenciando a complexidade do estado de tensões gerado pelo processo de soldagem, com base na diferença entre os valores de birrefringência acústica calculados. Os valores positivos de B B 0 no gráfico da Figura 9 indicam regiões de tensões trativas (valores referentes a anisotropia causada somente pelo estado de tensão no material), enquanto os valores negativos representam regiões de tensões compressivas. Foi observado que na compressão o tempo de percurso da onda ultrasônica aumenta na direção transversal (t t ) e diminui na direção longitudinal (t l ), resultando em um valor de B negativo. Na região trativa o tempo de percurso da onda ultra-sônica aumenta nas duas direções, porém na direção longitudinal a variação do tempo é bem maior que na direção transversal, fornecendo um valor de B positivo. A distribuição de tensões residuais em um componente soldado é afetada por diversos fatores, incluindo as características do metal base e da solda (à temperatura ambiente e em altas temperaturas), a geometria da junta soldada, a sua ligação com outros componentes e as condições de soldagem, além da distribuição de temperaturas na peça durante a soldagem. Embora os perfis das amostras CP-CS1 e CP-CS2 apresentem diferenças, verifica-se uma concordância entre as previsões teóricas e as medidas na prática para tensões residuais axiais, ocorrendo discrepâncias marcantes na medida em que ocorre um afastamento do cordão de solda. O perfil de tensões residuais obtido apresenta um nível elevado de tensões na região próxima ao cordão de solda que pode ser resultado do baixo limite de escoamento à faixa de temperatura em que os corpos de prova foram submetidos. Segundo Gurova (2008), tensões residuais surgem devido ao resfriamento mais rápido da superfície, pois o processo de resfriamento não é homogêneo ao longo da espessura. De maneira semelhante, forma-se um gradiente de temperatura nas direções longitudinal e transversal ao cordão de solda podendo ocasionar uma deformação plástica localizada e, consequentemente tensões residuais. 356

12 5. CONCLUSÕES A birrefringência acústica é uma técnica rápida e não destrutiva para análise de tensões. Neste trabalho, ela possibilitou identificar as tensões trativas e compressivas, assim como identificar as regiões submetidas ao maior nível de tensões devido ao processo de soldagem. As regiões trativas possuem maior susceptibilidade à propagação de trincas, podendo auxiliar nos cálculos de mecânica da fratura. Os desvios encontrados nos valores de birrefringência acústica, calculados a partir do tempo de percurso da onda ultrassônica, podem também decorrer da imprecisão durante o posicionamento do transdutor, sendo a automatização do processo de posicionamento do transdutor ultrassônico e o desenvolvimento de rotinas através do método de elementos finitos com base nessa técnica objetos de futuros estudos. 6. AGRADECIMENTOS Ao Instituto Federal da Bahia (IFBA) e ao laboratório de Ensaios Ultrassônicos (LEUS) pela infraestrutura; ao Conselho Nacional de Pesquisa (CNPQ) pelo apoio financeiro; ao Grupo de Pesquisas em Ensaios Não Destrutivos (GPEND) pelo auxílio técnico. 7. REFERÊNCIAS BITTENCOURT, M.S.Q. Desenvolvimento de um Sistema de Medida de Tempo Decorrido da Onda Ultra-sônica e Análise do Estado de Tensões em Materiais Metálicos pela Técnica da Birrefringência Acústica. Tese de Doutorado COPPE/UFRJ. Rio de Janeiro, RJ, Brasil, BITTENCOURT, M. S. Q., LAMY, C.A., PAYÃO, J.C., PINHEIRO, M. A. A. Medida do Tempo de Percurso de Onda Ultra-Sônica para Avaliação de Tensões. In: III PAN- AMERICAN CONFERENCE FOR NONDESTRUCTIVE TESTING, 2003, Rio de Janeiro - RJ; BRAY, D. E. Current directions of ultrasonic stress measurement techniques. 15th WCNDT, Roma, Disponível em:< Acesso em 11 de setembro de CARMO, D. C. ; BITTENCOURT, Marcelo de Siqueira Queiroz ; GONÇALVES FILHO, O. J. A.; LAMY, Carlos Alfredo; PAYãO FILHO, João da Cruz. Identificação por Ultra-som das Regiões de Tensões Trativas e Compressivas numa Barra Fletida. Tecnologia em Metalurgia e Materiais (São Paulo. Impresso), v. 4, p , GUROVA, T.; QUARANTA, F.; ESTEFEN, S. Monitoramento do Estado de Tensões Residuais durante a Fabricação de Navios. Laboratório de Tecnologia Submarina COPPE/URFJ. Rio de Janeiro,

13 KUDRYAVTSEV,Y.; KLEIMAN, J.; GUSHCHA, O. Ultrasonic Measurement of Residual Stresses in Welded Railway Bridge. Structural Materials Technology: An NDT Conference. Atlantic City. NJ. Fevereiro, 2000, p LAMY, C.A.; PAYÃO, J.C.; BITTENCOURT, M.S.Q.; AREAS, V.L.F. Avaliação por Ultrassom do Tratamento Térmico para Alívio de Tensões. VI Conferência Sobre Tecnologia de Equipamentos e XXI Congresso Nacional de Ensaios Não Destrutivos, 19 a 21 de ago. de 2002, 10 pp., Salvador, Bahia. MACHERAUCH, E. Introduction to Residual Stress: Advanced in Surface Treatments. Vol. 4. International Guide Book on Residual Stress, 1986, 38p; MARTINHON, Guilherme. Avaliação e implementação de métodos de estimação de tempo de atraso de sinais de ultra-som f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Elétrica) Faculdade de Engenharia de Ilha Solteira, Universidade Estadual Paulista, Ilha Solteira, SANTIN, J. L. Ultrassom, técnica e aplicação. Artes Gráficas e Editora, VIOLA, F.; WALKER, W.F. A New Algorithm For Continuous Time-Delay. Estimation Using Sampled Data. IEEE Symposium on Ultrasonics, v. 2, p. 5-8, WALASZEK, H.; ABDALLAHOUI, Y.; AND LIEURADE, H. P. Potentialities of Ultrasonic for evaluating residual stresses: Influence of microstructure. 15th WCNDT, Roma,

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