Universidade Federal de Uberlândia Av. João Naves de Ávila, 2121 Campus Santa Mônica CP Uberlândia MG
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- Felipe di Castro Stachinski
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1 RESOLUÇÃO N o 06/2008, DO CONSELHO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO Estabelece normas gerais para a propositura de modificações curriculares nos cursos de pós-graduação stricto sensu, no âmbito da Universidade Federal de Uberlândia. O CONSELHO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA, no uso das competências que lhe são conferidas pelo art. 18 do Estatuto, em reunião realizada aos 10 dias do mês de setembro do ano de 2008, e tendo em vista a aprovação do Parecer n o 132/2007 de um dos seus membros; CONSIDERANDO os freqüentes pedidos de modificação nos currículos dos cursos de pósgraduação stricto sensu que, em grande parte, envolvem apenas alterações em atividades eletivas, mas que têm exigido reiteradas manifestações deste Conselho; CONSIDERANDO a necessidade da atualização e da adequação às normas, dos currículos da totalidade dos cursos de pós-graduação stricto sensu; CONSIDERANDO a necessidade de propiciar a uniformização do entendimento entre os Programas de Pós-graduação da Universidade Federal de Uberlândia UFU sobre os componentes curriculares comuns aos cursos de pós-graduação stricto sensu; CONSIDERANDO a reforma no sistema de registros acadêmicos recém-implantada na Diretoria de Administração e Controle Acadêmico; e ainda, CONSIDERANDO, finalmente, a premente necessidade de desburocratização dos procedimentos administrativos internos, R E S O L V E: Art. 1 o Esta Resolução aprova diretrizes para orientação aos Programas de Pósgraduação stricto sensu quando da reforma ou modificação nos currículos de seus cursos, e apresenta definições para práticas comuns aos mesmos. I DOS CURRÍCULOS Art. 2 o Compõem o currículo dos cursos de pós-graduação stricto sensu todas as atividades acadêmicas (disciplinas, exames de proficiência em línguas, estágios, exames de qualificação, atividades programadas, defesas finais, etc.) que podem e ou devem ser cumpridas pelo aluno para a obtenção dos títulos de Mestre ou Doutor. Art. 3 o Todo e qualquer componente curricular deverá ser necessariamente classificado como eletivo ou obrigatório. 1 o As atividades obrigatórias o serão para todos os alunos vinculados ao currículo do curso, não se admitindo que uma mesma atividade seja obrigatória para um discente e eletiva para outro. 2 o O Programa, na figura do seu Colegiado, tem autonomia para orientar, formular e propor o conjunto de atividades acadêmicas que julgar mais adequado para a formação dos seus alunos. Pode, inclusive, recomendar para os seus discentes percursos acadêmicos diferenciados por áreas de concentração ou linhas de pesquisas. 1 de 5
2 3 o Caberá ao Coordenador de Programa de Pós-graduação zelar pelo cumprimento das orientações e deliberações acadêmicas tomadas pelo Colegiado. Art. 4 o Todas as atividades curriculares cumpridas pelo discente devem ser registradas no seu Histórico Escolar, não se admitindo atividades sem créditos ou com crédito nulo. Art. 5 o São componentes obrigatórios e devem constar em todos os currículos dos cursos de pós-graduação stricto sensu: DISCIPLINA OU ATIVIDADE CARGA HORÁRIA CRÉDITOS Proficiência em Língua Estrangeira I, nos Cursos de Mestrado ou Doutorado Proficiência em Língua Estrangeira II, nos Cursos de Doutorado Dissertação de Mestrado Tese de Doutorado Exame de Qualificação no Doutorado 45 3 Art. 6 o São componentes eletivos e, como tais, devem constar em todos os currículos: I Estágio Docência na Graduação I, mínimo de 15 e máximo de 30 horas-aulas; II Estágio Docência na Graduação II, mínimo de 15 e máximo de 30 horas-aulas; e III Estudos Aproveitados, carga horária livre (carga horária e crédito variável, conforme Resolução n o 07/2007 do Conselho de Pesquisa e Pós-graduação CONPEP). Parágrafo único. No caso em que as agências de fomento exijam o cumprimento de determinados conteúdos curriculares para a concessão de benefícios ao discente, como concessão de bolsas, por exemplo, caberá ao Coordenador de Programa de Pós-graduação sua fiscalização e controle, e ao Colegiado a regulamentação do item, em atendimento à exigência específica. II DAS MODIFICAÇÕES CURRICULARES Art. 7 o Entende-se por modificações curriculares: I inserções, exclusões ou alterações em componentes curriculares de natureza obrigatória; e II alterações nos requisitos exigidos aos discentes para a integralização curricular do curso. Art. 8 o O Programa de Pós-graduação que desejar alterar seus currículos deve submeter proposta ao CONPEP para aprovação com justificativas. Deve-se observar um intervalo de, no mínimo, igual ao período de avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior CAPES entre novas modificações curriculares. 1 o Os Programas de Pós-graduação poderão, a qualquer tempo e mediante aprovação da Diretoria de Pós-graduação DIRPG, promover alterações nos conteúdos eletivos dos seus currículos. 2 o Em hipótese alguma, as alterações referenciadas no 1 o podem implicar em novas obrigações ao corpo discente e ou modificar os requisitos aprovados anteriormente para a 2 de 5
3 integralização curricular do aluno, e previstos no Regulamento do Programa de Pósgraduação. Art. 9 o Os Programas de Pós-graduação, ao proporem as suas reformas, deverão, além de observar as normas previstas nesta Resolução, atentar para as definições e recomendações constantes do Anexo. Art. 10. Os Programas de Pós-graduação deverão, ao longo de 2009, promover reformas nos currículos dos cursos a serem implementadas a partir de Art. 11. Esta Resolução entra em vigor nesta data. Uberlândia, 10 de setembro de EDUARDO NUNES GUIMARÃES Presidente em exercício 3 de 5
4 ANEXO DA RESOLUÇÃO N o 06/2008, DO CONSELHO DE PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO CONPEP DAS DEFINIÇÕES E RECOMENDAÇÕES - Disciplina Obrigatória as disciplinas obrigatórias são disciplinas de fundamentação que estão vinculadas as Áreas de Concentração do Programa de Pós-graduação e formam o núcleo central do curso. - Disciplina Eletiva as disciplinas eletivas são aquelas necessárias ao aprofundamento das questões teórico-metodológicas relativas as linhas de pesquisa e que privilegiam o desenvolvimento dos projetos de dissertação e ou de tese. - Exame de Qualificação o objetivo maior do exame de qualificação é o de avaliar a maturidade do candidato na sua área de investigação e deverá, preferencialmente, ser realizado nas etapas iniciais dos trabalhos de dissertação ou tese. (Obs.: até 18 meses para o Mestrado e 30 meses para o Doutorado). - Seminários são atividades normalmente desenvolvidas pelos alunos na forma de apresentações ou palestras, e sob a coordenação de um professor responsável. Esta atividade deve ser definida em termos de disciplina e atribuída carga horária e créditos. - Tópicos Especiais são conteúdos específicos desenvolvidos por um ou mais professor sobre um tema não contemplado na grade curricular ordinária do curso, mas de particular interesse para a formação dos alunos. Os Tópicos Especiais são espaços disciplinares que oferecem grande liberdade na seleção dos conteúdos trabalhados. Devem receber nomes específicos a cada oferta, de forma a permitir uma riqueza maior de informação no histórico do aluno. Recomendam-se, pelo menos, dois Tópicos Especiais por linha de pesquisa do Programa de Pós-graduação. Ex.: Tópicos Especiais em Engenharia Bioquímica: O estado da arte na simulação de processos microbiológicos - Atividade Orientada (Estudo Dirigido, Redação de Tese, Atividades Acadêmicas, Orientação Acadêmica) recomenda-se a eliminação desta disciplina nos casos em que a mesma se caracterize muito mais como uma atividade de orientação e que sirva apenas como um vínculo entre o orientador e o aluno. Recomenda-se que a tarefa de orientação individualizada não conste do currículo como disciplina do curso e desaconselha-se, portanto, a presença no currículo de atividades que, de forma regular e freqüente, envolva apenas um aluno, pois os custos administrativos (emissão de diários, oferta de disciplinas, matrículas, lançamento de notas, criação de turmas, etc.) não podem ser desconsiderados. - Dissertação de Mestrado e Tese de Doutorado são disciplinas essencialmente de vínculo acadêmico. O discente que completou todos os créditos em disciplinas e ou atividades deve se matricular em Dissertação ou Tese para se manter vinculado ao curso. Estas disciplinas recebem os créditos previstos no Regulamento assim que o aluno for aprovado na defesa da sua dissertação ou tese. - Exames de proficiência em língua estrangeira a legislação atual requer ao aluno de Mestrado o conhecimento de uma língua estrangeira e ao de Doutorado duas línguas. Referida proficiência deve ser registrada no histórico, seja ela comprovada antes do ingresso ou durante o desenvolvimento do curso. Se possível, deve ser discriminada no histórico do aluno a língua cuja proficiência foi aceita. - Cursos Anuais e Trimestrais recomenda-se aos cursos de pós-graduação da UFU que estes sejam semestrais. Os cursos anuais e especialmente os trimestrais encerram custos administrativos e burocráticos adicionais que devem ser evitados. Naturalmente que esta 4 de 5
5 recomendação não se superpõe de forma alguma aos objetivos básicos e elencados na formulação pedagógica do curso; em outras palavras, se a excelência do curso exigir que ele seja trimestral ou anual, ele assim o deve ser. - Fichas de Disciplinas e Roteiro de Integralização os processos de solicitações de reformas ou mesmo modificações curriculares devem sempre vir acompanhadas minimamente com: I uma justificativa da solicitação de mudança curricular; II uma breve descrição dos objetivos do curso; III a lista de todas disciplinas do currículo e respectivas características (eletiva/ obrigatória, teórica/prática, carga horária e créditos, área ou linha a que está vinculada, etc.); IV as fichas completas e atualizadas de todas as disciplinas do currículo; e V de um Roteiro Sintético da Integralização Curricular (RSIC). O roteiro deve discorrer de forma bastante clara e concisa sobre todos os requisitos curriculares a serem cumpridos pelo aluno para que a ele seja concedido o título de Mestre ou de Doutor, conforme o Regulamento do Programa de Pós-graduação. - Codificação das Disciplinas cabe aos Colegiados dos Programas de Pós-graduação propor à Diretoria de Administração e Controle Acadêmico os códigos das disciplinas. Recomenda-se adotar a seguinte codificação: PXYZ-ABCD: Nome da Disciplina onde: P PÓS-GRADUAÇÃO (todas as Disciplinas/atividades da pós-graduação stricto sensu começariam com a letra P. XY identifica o Programa de Pós-graduação: (AD Administração; HI História; EQ Engenharia Química; etc.). Z identifica a natureza do Curso: M Mestrado, D Doutorado e C Comum ao Doutorado/Mestrado. A um número de 0 a 9 que identifica a área de concentração em que a disciplina está vinculada. Usar o 0 (zero) para aquelas atividades/disciplinas que não se vinculam a nenhuma área de concentração em particular, como por exemplo: exames de qualificação, teses, estágio docência, disciplina de formação geral, seminários, etc. B um número de 0 a 9 que identifica a linha de pesquisa em que a disciplina/atividade está vinculada. Usar o zero quando não vinculada a nenhuma linha. CD um número de 0 a 99 que identifica a disciplina/atividade dentro da linha de pesquisa. EXEMPLOS: PQUM-1321 Metodologia de Pesquisa em Química P Disciplina da pós-graduação QU Programa de Pós-graduação de Química M Curso de Mestrado 1 área de concentração 1 (no caso Química) 3 Linha de Pesquisa 3 (no caso Educação em Química) 21 Disciplina 21 (Metodologia da Pesquisa em Química) 5 de 5
CAPÍTULO I DA DENOMINAÇÃO, DOS OBJETIVOS E PRAZOS
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