Pesquisa de opinião Percepções sobre o direito à morte digna. Outubro 2017

Transcrição

1 Pesquisa de opinião Percepções sobre o direito à morte digna Outubro 2017

2 Objetivos Conhecer a opinião da sociedade sobre o testamento vital e as diretivas antecipadas de vontade do paciente; Propor ao Congresso Nacional um anteprojeto de lei que discipline a matéria e garanta segurança jurídica a profissionais e estabelecimentos de saúde. Pesquisa feita através de plataforma digital. Número de respostas: 716

3 Resultados

4 Em qual categoria profissional você se enquadra: 3,80% 4,30% 9,70% 29% 23,30% 23,90% 6,10% Outro profissional da saúde Profissional de outro segmento Advogado Médico Enfermeiro Gestor/diretor de est. De saúde Empresário da saúde

5 Você sabe a diferença entre Diretivas Antecipadas de Vontade e Testamento Vital?

6 Você acha necessário que uma lei sobre o testamento vital preveja a obrigatoriedade de que esse documento seja registrado em cartório?

7 Você acredita ser necessário que esse documento tenha testemunhas?

8 Você é a favor que pessoas demenciadas possam fazer esse documento?

9 É a favor que adolescentes entre 16 e 18 anos possam fazer esse documento?

10 Quais desses cuidados/tratamentos você entende que o paciente não poderia recusar mesmo diante de uma doença fora de possibilidades terapêuticas? (É possível marcar mais de uma alternativa) Itens mais votados: 70,00% 60,00% 57,40% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 25,60% 25,50% 23,40% 22,80% 22,20% 10,00% 0,00% Poderia recusar todos os tratamentos e cuidados UTI Hidratação artificial Nutrição artificial Antibióticos Respiração artificial Percentual que optou pelo item

11 Quais desses cuidados/tratamentos você entende que o paciente não poderia recusar mesmo diante de uma doença fora de possibilidades terapêuticas? (É possível marcar mais de uma alternativa) - continuação 20,00% 18,00% 16,00% 18,20% 16,50% 14,70% 14,00% 12,00% 10,00% 13% 12,50% 11,10% 8,00% 6,00% 4,00% 2,00% 0,00% Reanimação cardiopulmonar Traqueostomia Diálise Quimioterapia Radioterapia Grandes procedimentos cirúrgicos Percentual que optou pela alternativa

12 Em quais estados clínicos você acha que o testamento vital teria validade: 6% 2,10% 6,40% 85,40% Em todos os estados Doença terminal Estado vegetativo persistente Doença degenerativa incurável

13 Você concorda que a vontade manifestada no testamento vital prevaleça sobre a vontade dos familiares?

14 E sobre a vontade dos médicos?

15 Você acha que familiares podem ser nomeados procuradores para cuidados de saúde?

16 Para quem respondeu sim à pergunta anterior. Quais familiares? (É possível marca mais de uma alternativa) 51,00% 50,00% 49,80% 49,00% 48,00% 48,20% 47,80% 47,00% 46,00% 45,00% 44,00% 44% 43,00% 42,00% 41,00% Conjugê/companheiro Todos ou qualquer parente Filhos maiores Pais Grau de parentesco

17 Para quem respondeu sim à pergunta anterior. Quais familiares? (continuação) 35,00% 31,40% 30,00% 25,00% 20,00% 15,00% 10,00% 5,00% 6,60% 5,70% 4,70% 0,00% Irmãos Tios Sobrinhos Primos Grau de parentesco

18 Você entende ser necessária a nomeação de mais um procurador, para decidir conjunta ou separadamente?

19 Você acha que o médico de confiança do paciente pode ser nomeado procurador?

20 Você acha interessante que uma lei disponha acerca da possibilidade de, em um mesmo documento, a pessoa fazer um testamento vital e um mandato duradouro?

21 Você acha interessante a criação de um banco de dados que centralize todos os testamentos vitais no Brasil e esteja à disposição dos hospitais e das equipes de saúde mediante acesso restrito?

22 Conclusões

23 Conclusões: Dos 716 participantes, 70,1% atuam na área da saúde. São médicos (23,3%), enfermeiros (9,7%), outros profissionais do setor (29%), diretores de estabelecimentos de saúde (3,8%) e empresários (4,3%); Há um empate quando o entrevistado é questionado se sabe a diferença entre Diretivas Antecipadas de Vontade e Testamento Vital (50,4% não sabem; 49,6% sim); Quando informados que testamento vital é um documento redigido por uma pessoa no pleno gozo de suas faculdades mentais, com o objetivo de dispor acerca dos cuidados, tratamentos e procedimentos que deseja ou não se submeter quando estiver com uma doença ameaçadora da vida, fora de possibilidades terapêuticas e impossibilitado de manifestar livremente sua vontade, mais de 60% acham necessário o registro desse documento em cartório;

24 Conclusões: 52,8% dos entrevistados acreditam que o testamento vital não precisa de testemunhas. Mas 32,8% dispensam testemunhas apenas se o documento for registrado em cartório; A imensa maioria (73,2%) é contrária à possibilidade de pessoas demenciadas elaborarem esse documento; Já quando questionados se adolescentes entre 16 e 18 anos podem fazer esse documento, a maioria (58,3%) se mostra favorável;

25 Conclusões: O levantamento perguntou quais procedimentos o paciente não poderia recusar mesmo diante de uma doença fora de possibilidades terapêuticas. 57,4% dos entrevistados disseram que ele pode recusar TODOS os tratamentos e cuidados, incluindo respiração, hidratação e nutrição artificiais, internação em UTI, antibióticos, reanimação cardiopulmonar, entre outros. A imensa maioria (85,4%) acredita que o testamento vital deve ter validade em todas as situações, ou seja, em estados vegetativos persistentes e doenças degenerativas incuráveis e terminais;

26 Conclusões: Quase a totalidade dos entrevistados (96,4%) defende que a vontade manifestada em testamento vital prevaleça sobre a vontade dos familiares; A imensa maioria (86,1%) também defende que essa vontade prevaleça sobre a vontade dos médicos; Para conhecer como a vontade manifestada pelo paciente em testamento vital aconteceria na prática, a pesquisa explicou o conceito de mandato duradouro, que é a nomeação de uma pessoa de confiança do paciente que deverá ser consultada pelos médicos, quando for necessário tomar alguma decisão sobre os cuidados médicos ou esclarecer alguma dúvida sobre o testamento vital e o paciente não puder mais manifestar sua vontade. O procurador de saúde decidirá tendo como base a vontade do paciente;

27 Conclusões: 92% acham que familiares poderão ser nomeados procuradores para cuidados de saúde. Entre os graus de parentesco mais citados aparecem companheiros/cônjuges (49,8%), filhos maiores (47,8%), pais (44%) e irmãos (31,4%); 48,2% também acham que todo e qualquer parente pode ser nomeado procurador para cuidados de saúde; 72,1% defendem a necessidade da nomeação de mais de um procurador. Porém, metade (36,1%) acredita que esse segundo procurador deve decidir apenas na ausência do outro. Já os outros 36% defendem que os procuradores decidam de forma conjunta;

28 Conclusões: 54,3% consideram que o médico de confiança do paciente não pode ser nomeado procurador; A imensa maioria (85,7%) defende que a lei que discipline a matéria permita a possibilidade de, no mesmo documento, a pessoa possa fazer um testamento vital e um mandato duradouro; Da mesma forma, a imensa maioria (91,6%) acha interessante a criação de um banco de dados que centralize todos os testamentos vitais no Brasil e esteja à disposição dos hospitais e das equipes de saúde mediante acesso restrito.

29 Obrigado!