Instituto de Matemática e Estatística - USP MAC Organização de Computadores. Monografia. Virtualização - Uma Visão Geral

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1 Instituto de Matemática e Estatística - USP MAC Organização de Computadores Monografia Virtualização - Uma Visão Geral André Henrique Serafim Casimiro Tiago Andrade Togores Professor Doutor Alfredo Goldman vel Lejbman 7 de dezembro de 2010

2 Sumário 1 Introdução Conteúdo Disponibilização Abstração Emulação Simulação Virtualização Tipos de Virtualização Virtualização de Hardware Assistida por Hardware Paravirtualização Virtualização de Sistema Operacional Virtualização de Aplicação Virtualização de Desktops Virtualização de Rede Máquina Virtual Definição Hypervisor Propriedades Importantes Vantagens Desvantagens Implementação Virtualização em Anéis Tradução Binária Paravirtualização Aceleração de Hardware ª Geração ª Geração Conclusão 18 Referências 19 1

3 1 Introdução Esta monografia foi concebida na disciplina Organização de Computadores (MAC0412), oferecida aos graduandos do curso de Bacharelado em Ciência da Computação (BCC), do Departamento de Ciência da Computação (DCC), do Instituto de Matemática e Estatística (IME), da Universidade de São Paulo (USP), e ministrada no segundo semestre de 2010 pelo Professor Doutor Alfredo Goldman vel Lejbman (~gold), com assistência de Paulo Henrique Floriano. O objetivo deste documento é mostrar um panorama geral sobre virtualização ao longo do tempo, desde a criação do conceito até os dias de hoje, descrevendo seus usos e implementações. 1.1 Conteúdo O conteúdo do documento está dividido entre seções da seguinte maneira: Seção 1. Abstração. Introdução ao conceito de virtualização, relacionado-o com emulação e simulação. Seção 2. Tipos de Virtualização. São apresentados alguns dos variados tipos de virtualização utilizados na computação. Seção 3. Máquina Virtual. Definição, importância, vantagens e desvantagens. Seção 4. Implementação. O início e as melhorias realizadas na implementação de máquinas virtuais. Seção 5. Conclusão. O que pode ser retirado de positivo da virtualização, de negativo e as perspectivas para o futuro. 1.2 Disponibilização Esta Monografia estará disponível no formato de arquivo PDF no sítio da disciplina: No mesmo endereço, poderão ser encontradas outras monografias com temas diversos. 2

4 2 Abstração Originalmente baseada na abstração matemática, a abstração em ciência da computação se refere à prática de reduzir detalhes concretos para que se focalize em poucos conceitos de cada vez. A quantidade dos detalhes influencia o nível de abstração, que pode ser alto (poucos detalhes ainda existem em relação ao modelo real) ou baixo (o contrário). A virtualização se baseia em dois conceitos que se referem a níveis diferentes de abstração: emulação e simulação. Por isso, é preciso saber distinguí-los para um entendimento completo do que é virtualização. 2.1 Emulação Um emulador reproduz o comportamento exato e as funcionalidades de um sistema utilizando outro. Ele executa os mesmos programas que o sistema emulado e acaba por produzir as mesmas saídas para entradas iguais. É importante notar que a implementação interna do emulador é irrelevante, isto é, não precisa imitar a execução do sistema original, sendo necessário apenas prover uma interface externa idêntica. Teoricamente, a Tese de Church-Turing implica que qualquer ambiente pode ser emulado dentro de outro. No entanto, na prática, isto pode se tornar difícil, principalmente quando não se conhece plenamente o comportamento de um certo ambiente e é preciso utilizar técnicas de engenharia reversa. Um exemplo de emulador é o software open-source Basilisk II, que emula o sistema Apple Macintosh que utiliza o processador CISC Motorola Ele pode ser rodado em uma variedade de sistemas operacionais, como Linux, Windows NT, MAC OS X e BeOS. Figura 1: Basilisk II 2.2 Simulação Simulação consiste na imitação de algum sistema real. Pode ser interpretado com um emulador preciso, já que internamente imita o funcionamento do sistema que está sendo simulado. Um simulador completo de sistema é o Simics, originalmente desenvolvido pelo Swedish Institute of Computer Science (SICS), que é capaz de simular sistemas como Alpha, x86-64, ARM, MIPS, POWER-PC, entre outros. Atualmente, está disponível para as plataformas Windows e Linux, funcionando primariamente através do interpretador Python. Figura 2: Simics 3

5 2.3 Virtualização Agora que já definimos simulação e emulação, podemos nos perguntar: Então, o que é virtualização? A virtualização é um recurso usado para simplificar, esconder ou mascarar detalhes de funcionamento infra-estruturais de um hardware ou de um software. Sua função é fazer um componente simular ou emular outro tipo de equipamento, ampliando, desta forma, o nível de abstração. Segundo a IDC, ela está a caminho de se tornar uma prática padrão entre as mil maiores empresas do mundo, listadas no ranking Fortune E de acordo com a Forrester Research, mais de 40% das empresas norte-americanas já utiliza a tecnologia. Este conceito é antigo no campo da computação: sua origem remete aos ambientes de mainframe em meados da década de 60. Entretanto, não é uma tecnologia passada. Sua importância voltou a ser bastante destacada na última década. Até então, era uma prática comum das empresas utilizar servidores separados para hospedar aplicações diversificadas, como servidores de , bancos de dados e softwares de gestão. O problema deste modelo é que ele aproveita mal os recursos das máquinas - em média, os servidores utilizam somente de 5 a 10% da sua capacidade, segundo estimativa da empresa de software para virtualização VMware, e consequentemente também fere gravemente os princípios da computação verde. Com o objetivo de reduzir os custos de administração e manutenção e centralizar o trabalho dos gerentes de tecnologia, as empresas apostaram em um novo conceito: utilizar equipamentos mais robustos, com mais recursos de processamento e espaço em disco, para hospedar as diversas aplicações da companhia. Esta prática foi nomeada consolidação de servidores. No entanto, o problema só foi resolvido parcialmente, pois as aplicações de uma empresa nem sempre rodam sobre a mesma plataforma; muitas vezes exigem sistemas operacionais diferentes ou mesmo versões distintas de um mesmo sistema. Assim, a virtualização emergiu quase como uma tecnologia irmã da consolidação, permitindo rodar paralelamente, em um mesmo servidor, diversos ambientes operacionais independentes. 4

6 3 Tipos de Virtualização O conceito de virtualização pode ser aplicado de maneiras diversas. A seguir apresentaremos os principais tipos, com o foco dado à virtualização de Hardware, porém outros serão brevemente explorados. 3.1 Virtualização de Hardware Também conhecido como Virtualização de Plataforma, consiste na criação e gerenciamento de máquinas virtuais, simulando todos os aspectos de um computador, incluindo firmware e dispositivos. Esta técnica possibilita a virtualização da máquina inteira, desde o hardware. É o tipo mais usado no oferecimento de serviços comerciais, como o Cloud Computing. Agora, vamos destacar brevemente os conceitos que envolvem virtualização de hardware e posteriormente iremos mais a fundo quando falarmos sobre a implementação dessas tecnologias Assistida por Hardware Os chipsets provêm funcionalidades a nível de hardware para facilitar e extender a virtualização de hardware. Dentre elas estão o uso de novos conjuntos de instruções e hierarquização da memória de cada sistema (do virtualizado para o hospedeiro) Paravirtualização O conceito de Paravirtualização consiste em traduzir elementos virtualizados em elementos reais. Tem como intuito minimizar os custos com tradução de instruções (para entender melhor veja a seção sobre implementação), fazendo com que um elemento virtual seja adaptado ao funcionamento de um elemento real. Este tipo de virtualização é bastante usado para virtualizar drivers 3.2 Virtualização de Sistema Operacional Provê interfaces genéricas que podem ser usadas por uma ou várias aplicações simultaneamente. Por ser usada pela maioria dos sistemas operacionais, e uma das virtualizações mais completas, mais usadas e, consequentemente, acaba sendo a que é menos ligada à idéia de virtualização. 3.3 Virtualização de Aplicação Se refere às tecnologias de software que aumentam a portabilidade, gerenciamento e compatibilidade de aplicações através do encapsulamento em relação ao sistema operacional. Uma aplicação completamente virtualizada não é instalada, mas é executada como se estivesse. Nesse contexto, o termo virtualização se refere ao encapsulamento da aplicação, o que é bem diferente do seu significado em virtualização de hardware, onde se refere ao hardware abstraído. A virtualização de aplicação completa requer uma camada de virtualização, responsável por substituir o ambiente de execução normalmente provido pelo sistema operacional (recursos), interceptando e redirecionando as operações. 5

7 Alguns benefícios são os mesmos que os da Virtualização por hardware, porém também existem outros. Uns dos mais importantes são: Utiliza menos recursos que uma máquina virtual Protege o sistema operacional e outros aplicativos de código mal escrito Permite a execução de aplicativos originalmente não suportados pelo sistema operacional Executa aplicativos incompatíveis ao mesmo tempo Migração de sistemas operacionais simplificadas Maior segurança, isolando aplicações do sistema operacional Aplicativos podem ser portáveis e importados por clientes sem a necessidade de instalação As limitações incluem: Nem todo software pode ser virtualizado. Um exemplo disso são aqueles que necessitam de um driver de dispositivo Dificuldade em virtualizar aplicativos que são fortemente integrados ao sistema operacional, como programas anti-virus. Um bom exemplo de virtualização de aplicação pode ser encontrado no software Wine, que permite que programas que rodem sob a plataforma Microsoft Windows rodam sob sistemas Unix, já que provê alternativas às implementações das DLLs e ao Kernel. Figura 3: Internet Explorer no Ubuntu através do Wine Outro exemplo é a Java Virtual Machine (JVM), que executa e gerencia programas compilados e escritos em Java. A portabilidade da linguagem Java se deve em grande parte à máquina virtual, que permite o funcionamento de aplicativos independentemente da plataforma de hardware e software onde são rodados. 6

8 3.4 Virtualização de Desktops Utiliza o modelo cliente-servidor para separar o ambiente de Desktop da máquina física. O desktop virtualizado é guardado num servidor e pode ser acessado remotamente pelo dispositivo do cliente, que pode usar uma arquitetura de hardware e um sistema operacional completamente diferentes dos virtualizados. Administração remota é uma das aplicações desse modelo. Outros usos incluem o uso de thin clients e terminais burros em conjunto com um servidor, no lugar de uma rede com computadores completos, já que só é preciso poucos recursos para rodar um software remoto. Outras vantagens em potencial incluem: simples criação de novos desktops acesso remoto seguro a um ambiente de desktop corporativo menor necessidade de troca do hardware dos clientes, pois é necessário menor poder de processamento redução no tempo em que o sistema fica parado devido à falha do hardware do cliente ou do servidor Há, em contrapartida, pontos negativos: perda de autonomia e privacidade do usuário falta de segurança se a rede não é bem gerenciada dificuldade em rodar aplicativos complexos Figura 4: Thin Client para Citrix XenDesktop aumento no tempo em que o sistema fica parado devido à falha na rede de comunicação 3.5 Virtualização de Rede Consiste no mecanismo de combinar os heterogêneos recursos de software, hardware e as funcionalidades de uma rede em uma única entidade administrativa, a rede virtual. Utiliza a fusão de virtualização por hardware com virtualização de recursos. Pode ser interna, onde um único sistema é configurado com contêiners, combinado com um Hypervisor e pseudo-interfaces para criar uma network in a box. Esta solução aumenta a eficiência de um sistema único, isolando aplicativos em contêiners ou pseudointerfaces separadas. Esta é uma das características de virtualização por rede do Open- Solaris. Alternativamente pode ser externa, isto é, uma ou mais redes locais são subdivididas em redes virtuais, com o objetivo de aumentar a eficiência de uma ampla rede corporativa ou data center. É fornecida pela Cisco Systems Service-Oriented Network Architecture 7

9 através de software VLAN (virtual LAN) e switches. Ainda pode-se haver um arranjo interno e externo, como no produto VMware Infrastructure. Figura 5: Virtualização no OpenSolaris 8

10 4 Máquina Virtual 4.1 Definição As máquinas virtuais são capazes de simular um conjunto completo de recursos do hardware, como processador, memória, dispositivos de armazenamento e periféricos, inclusive. Com isso, é possível instalar e utilizar um sistema operacional em cada uma delas, chamado de Guest. Além do mais, o hardware simulado não precisa ter a mesma arquitetura do hardware real em que a VM está rodando. 4.2 Hypervisor O hypervisor, também conhecido como Virtual Machine Manager (VMM) é uma camada de software que provê a abstração para as máquinas virtuais. Ele é responsável por gerenciar os recursos físicos da máquina e fazer a distribuição deles entre as Vms. Por exemplo, o compartilhamento de tempo do uso da CPU. Existem basicamente 3 diferentes modelos de Hypervisor. A escolha de um desses modelos influencia diretamente no comportamento das Vms, isto é, desempenho, isolamento, o que pode ser rodado e quantidade de guests. Portanto deve ser feita de acordo com as necessidades do cliente. Figura 6: Diferentes modelos de Hypervisor O native ou Type 1 roda direto do hardware. Nesse caso o VMM faz o papel de um SO minimal. Ele provê um ambiente virtual que é próximo do ambiente físico, com bom particionamento de recursos, o que significa desempenho estável, e permitindo o uso de uma variedade de sistemas operacionais. Ao contrário da virtualização a nível de SO, os computadores virtuais são mais separados e compartilham menos, ou seja, há um bom isolamento entre guests. Portanto, esse modelo é melhor aproveitado quando se deseja possuir SOs mistos. Já o hosted ou Type 2 é um software que roda dentro do SO host. O VMM tipicamente simula uma variedade de dispositivos físicos e suporta uma ampla gama de guests. Na prática, a eficiência tende a ser reduzida, porque os guests competem pelos recursos da máquina e cada computador virtual necessita de uma cópia completa de um sistema operacional. No entanto são relativamente simples, tornando a tarefa de criação de uma 9

11 máquina virtual fácil, tendo seu uso recomendado para a criação de ambientes de teste ou para a instalação de um SO mais antigo com o objetivo de executar software legado. Há ainda virtualização a nível de SO, onde o hypervisor não existe separadamente mas como um recurso do SO especializado. À primeira vista, parece uma particularização do hosted, porém, não é bem assim. O host compartilha recursos efetivamente e providencia drivers, kernel e até partes do sistema de arquivos em comum, que podem ser usados pelos guests com pouco overhead. Tende a ser rápido e permite muitos guests, com a ressalva de que eles devem rodar SOs compatíveis com o host. Além do mais, o desempenho acaba por ser instável. Seu uso é bastante apropriado para provedores de Web Hosting, pelo baixo custo de criar guests similares. 4.3 Propriedades Importantes Gerald J. Popek e Robert P. Goldberg, dois cientistas da computação, publicaram um artigo em 1974 intitulado Formal Requirements for Virtualizable Third Generation Architectures, em que estabelecem requisitos para determinar se uma dada arquitetura suporta virtualização eficientemente e uma série de regras para o desenvolvimento de arquiteturas vitualizadas. Segundo o estudo feito com base em observações do Mainframe IBM/System 360, o Hypervisor deve apresentar as 3 seguintes propriedades: Segurança: Deve possuir controle total dos recursos virtualizados Equivalência: Um programa rodando sob um Hypervisor deve exibir comportamento idêntico ao mostrado quando rodado diretamente numa máquina idêntica Desempenho: Estatisticamente, a maior parte das instruções de máquina devem ser executadas sem a intervenção do Hypervisor Além disso, eles classificaram as instruções de uma ISA (Instruction Set Architecture) em três grupos: Privilegiadas: as que são capturadas em user mode, mas não em system mode Sensíveis quanto ao controle: tentam mudar a configuração dos recursos do sistema Sensíveis quanto ao comportamento: cujo comportamento depende da configuração dos recursos A partir daí, os principais resultados da análise foram construídos. Teorema 1. Para qualquer computador de terceira-geração convencional, um Hypervisor pode ser construído se o conjunto de instruções sensíveis for um subconjuto do conjunto de instruções privilegiadas. 10

12 O primeiro Teorema garante que todas as instruções que podem afetar o funcionamento da máquina virtual (sensíveis) são capturadas e o controle é passado para o Hypervisor, satisfazendo a propriedade de segurança. O desempenho também é alto porque as instruções não-privilegiadas não passam pelo controle do Hypervisor. Por último, temos, por consequência direta, a garantia da propriedade de equivalência. O segundo Teorema vem de um caso especial: rodar uma máquina virtual dentro de uma máquina virtual idêntica. Teorema 2. Um computador de terceira geração convencional é recursivamente virtualizável se: 1. é virtualizável 2. um Hypervisor sem dependências de tempo pode ser construído para ele 4.4 Vantagens Virtualização de Servidor: reduz os riscos de conflitos presentes na consolidação de servidores Múltiplos Sistemas operacionais isolados em um mesmo sistema ISA diferente: permite simular arquiteturas de hardware completamente diferentes da máquina real Provisão de aplicativos: com uma ampla gama de sistemas operacionais podendo ser utilizados, com eles vem uma grande quantidade de aplicativos diversos Reutilização de software legado: software antigo que não podia mais ser utilizado por ausência de hardware compatível ganha um novo meio de execução através do hardware virtualizado Manutenção: maior facilidade em administrar vários sistemas virtuais que vários sistemas físicos Recuperação: criar um backup de um sistema virtual é mais simples e, por isso, a recuperação também é Ambiente Protegido: aplicações que podem causar algum tipo de dano estão encapsuladas num ambiente virtual, protegendo tanto as outras máquinas virtuais como o sistema físico Teste e depuração: tendo o Hypervisor um total controle sobre os recursos virtualizados, a depuração se torna uma tarefa menos árdua, já que é possível acompanhar em tempo real o estado dos recursos do sistema, como, por exemplo, os registradores de uma CPU. Migração: para fazer um upgrade na máquina basta mudar as configurações do gerenciador. Igualmente, quando for preciso mover para outro lugar físico, apenas é necessário mover dados. Computação verde: redução dos custos de energia 11

13 4.5 Desvantagens Eficiência (em relação ao tempo) de uma máquina virtual é menor que a de uma máquina real equivalente só pelo fato da simulação de uma arquitetura Competição por recursos entre as máquinas virtuais, o que também pode causar uma queda de desempenho Custo alto a curto prazo, isto é, a compra de equipamentos com recursos suficientes para rodar a virtualização tem um custo que é só recuperado se houver um número proporcionalmente grande de clientes 12

14 5 Implementação Nesta seção vamos tratar sobre a implementação dos tipos de virtualização de hardware sob um ponto de vista evolutivo. Até agora, falamos sobre diversos conceitos e tipos de virtualiação, mas é ilusório pensar que os conceitos foram concebidos e posteriormente implementados. Na verdade, o aparecimento de problemas e as soluções propostas é que deram origens a diversos dos conceitos vistos. 5.1 Virtualização em Anéis Sistemas Operacionais são classicamente organizados em camadas. Estas camadas são responsáveis por controlar privilégios de acesso às funcionalidades do hardware. O Sistema Operacional propriamente dito fica localizado na camada mais baixa, o chamado Ring 0 (anel 0). Figura 7: Hospedeiros no Ring 1 Nas primeiras implementações, as máquinas virtuais não passavam de aplicações rodando sobre um sistema operacional, e como tais, rodavam um nível acima dele, no Ring 1. Quando seus sistemas operacionais hóspedes executavam alguma ação que necessitasse de privilégios do nível 0, as VMMs eram responsáveis por capturar as exceções (traps) levantadas por falta de privilégios e simular o comportamento daquela determinada instrução. Contudo, ainda havia uma deficiência. Haviam instruções da arquitetura x86 cujas exceções não eram capturáveis. O que ocasionou uma deficiência funcional. 13

15 5.2 Tradução Binária A tradução binária apareceu como solução para o problema de capturar e simular instruções privilegiadas. Aplicações rodam naturalmente no SO hospedeiro até que a haja uma chamada ao kernel do SO hóspede. Neste momento, em tempo de execução, a VM traduz as instruções para instruções seguras de serem rodadas no SO hospedeiro. O fluxo da tradução binária é o seguinte: A aplicação faz uma syscall e espera que o SO responda, mas quem toma o controle é a VM. A VM traduz as instruções e as executa no host. O controle é, então, passado ao kernel do hóspede. Um resultado prático obtido foi que syscalls emuladas são 10x mais lentas do que as nativas (242 ciclos X 2308 ciclos em um 3.8 GHz Pentium 4). Ou seja, esta solução é boa, mas impõe um custo extra de tempo para a tradução das instruções; custo esse que apesar de alto não inviabiliza o uso da solução Figura 8: Fluxo da tradução binária 5.3 Paravirtualização Uma outra técnica, semelhante a tradução binária, é a da paravirtualização. Ela não é eficaz para a virtualização do sistema em si, mas é bastante propícia para a virtualização de dispositivos de entrada e saída. Isso porque os mesmos tem muitas características em comum, o que não necessariamente acontece com sistemas operacionais. A paravirtualização altera o código fonte dos drivers de controle de dispositivos para que os mesmos acabem por controlar dispositivos reais presentes no sistema hospedeiro. Assim, não há latência na tradução das instruções, pois as mesmas já são seguras para rodar no hospedeiro e os drivers acabam funcionando como interfaces simplificadas de acesso aos dispositivos reais. Figura 9: Paravirtualização de drivers no Xen 14

16 5.4 Aceleração de Hardware Com a popularização do uso de virtualização e, principalmente, o seu uso em serviços comerciais, a Intel e AMD passaram a fornecer funcionalidades nativas no hardware para facilitar e extender a virtualização em diversos níveis ª Geração A primeira ideia de virtualização aqui mostrada (Virtualização em Anéis) é o coração da virtualização de hardware Por causa disso, com as tecnologias Intel VT-x e AMD SVM, as empresas investiram em solucionar o problema das instruções não capturáveis do x86. Trazendo então uma solução muito limpa para a virtualização de sistemas. Essa 1ª geração de processadores possui um conjunto a mais de instruções, específicas para o processamento em máquinas hospedeiras. Isso possibilitou que os sistemas operacionais virtualizados fossem para o Ring 0, seu lugar ideal, o que por sua vez implicou em descer o hospedeiro para um novo nível, Ring -1 (ou root mode). Figura 10: Hospedeiros no Ring 1 Essa mudança foi um passo atrás que irá possibilitar muitos outros passos adiante. Agora, os hóspedes rodam nativamente e há pouquíssima intervenção da VM sobre eles. O processador está, a cada momento, executando instruções provenientes de cada uma das máquinas virtualizadas. Um ponto negativo era o custo de troca de contexto entre as VMs, mas este custo já caiu bastante e está em um nível bastante aceitável (menor do que uma consulta a memória). 15

17 Figura 11: Queda no custo das instruções de transição ª Geração A 2ª geração de hardwares preparados para virtualização inclui, além das funcionalidades da 1ª geração, uma ideia simples para melhorar a eficiência de acesso a memória das VMs. Estamos falando das tecnologias Intel EPT (Extended Page Tables) ou AMD NPT (Nested Page Tables). Em versões anteriores, as VMs mantinham um mapeamento de atalhos dos endereços de memória das aplicações nos SO hóspedes, eram as chamadas páginas sombras : Figura 12: Páginas sombras Isto era muito custoso quando o SO hóspede atualizava sua paginação da memória virtual, pois todos os apontadores precisavam ser refeitos. A solução para esse problema foi a criação de uma nova entrada na TLB do hardware, a tag Address Space IDentifier (ASID). Que permite, agora, ao hardware saber quais entradas pertencem a quais VMs. Dessa forma, cada troca de contexto (chamada a instrução VMENTRY) não é necessário recarregar toda a tabela e, assim, entradas de VMs diferentes coexistem pacificamente na TLB, desde que a TLB seja grande o suficiente. 16

18 Figura 13: TLB com páginas aninhadas Esta modificação impacta em um ganho médio de 23% na performance e esse número aumenta conforme cresce o número de hóspedes. Não porque há de fato um ganho, mas por que, no caso em que há muitos hóspedes, evitamos o elevado número de recarregamentos da TLB a cada chamada de VMENTRY. Entretanto, há um lado negativo. O custo de um cache miss na TLB é muito maior do que na situação convencional. Isso indica, também, que o tamanho das TLBs deve aumentar. 17

19 6 Conclusão Vimos que a virtualização é um assunto muito amplo e conhcemos um pouco de suas faces e, também, um pouco de sua história. É evidente que o futuro da Virtualização é bastante promissor, ainda mais com o advento do fenômeno da Cloud Computing. Vimos também algumas técnicas de implementação e seus respectivos gargalos. A melhor abordagem é fazer um misto de cada uma delas aproveitando suas qualidades e particularidades. A exemplo da do VMware ESX que utiliza aceleração por hardware para ações sem necessidade de privilégios de root, tradução binária para evitar as altas penalidades da política trap and emulate e paravirtualização para drivers de dispositivos. A virtualização já está em um nível bastante maduro, mas, como há muita demanda do mercado, promete crescer bastante nos próximos anos. Tem se mostrado uma solução muito boa para empresas do peueno ao grande porte, visto que tem custo reduzido e, para aplicações comuns, não há altas quedas de performance (3% 10%). 18

20 Referências [1] Tanenbaum, Andrew S. Sistemas Operacionais Modernos. Prentice-Hall (Peason), 3ª Edição, [2] Popek, Gerald J.; Goldberg, Robert P Formal requirements for virtualizable third generation architectures [3] De Gelas, Johan Hardware Virtualization: the Nuts and Bolts

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