MINUTA ATA DE REUNIÃO: COMISSÃO ESTADUAL DE ERRADICAÇÃO DO TRABALHO ESCRAVO NO RIO DE JANEIRO

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1 MINUTA ATA DE REUNIÃO: COMISSÃO ESTADUAL DE ERRADICAÇÃO DO TRABALHO ESCRAVO NO RIO DE JANEIRO Em 27 de Abril de 2011, nas dependências da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos, ocorreu a primeira reunião ordinária da Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo no Rio de Janeiro (COETRAE-RJ), marcando, desde modo, a instituição dessa comissão. Estiveram presentes representantes da sociedade civil e de entidades estatais que compõem a Comissão Estadual de Erradicação do Trabalho Escravo- COETRAE-RJ, além de convidados externos, nomeadamente: NOME Adonia Prado Alekssander Silva Lisboa Andrea Sepúlveda Antônio Carlos Biscaia Denise Rosa Lobato Denise Corecha Alvez Fabio Correa de Oliveira Graziella Rocha José Guerra Leonardo Haua Luiz Machado Marcelle M. de Moraes Marcelo Cavalcanti Vianna CARGO/ÓRGÃO Grupo de Pesquisa sobre Trabalho Escravo Contemporâneo no Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Trabalho e Renda Superintendente. Subsecretaria de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos - SEASDH Subsecretario de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos e Territórios- SEASDH- Secretaria de Estado do Ambiente Secretaria de Estado de Educação Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro Assessora- Subsecretaria de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos - SEASDH Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro Organização Internacional do Trabalho Consórcio Projeto Trama (Organização de Direitos Humanos Projeto Legal Comitê Popular de Erradicação do Trabalho Escravo do Norte Fluminense 1

2 Milla Braga de Lima Secretaria de Estado de Segurança Norma Dias da Costa Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (SEPE) Núcleo Campos dos Goytacazes Patrícia Audi Superintende de gestão de oportunidades- SEASDH Raimunda Nazaré Dias Secretaria de Estado de Agricultura e Ferreira Pecuária Ramon Maia Vieira Centro de Proteção e Defesa dos Direitos Humanos de Campos (CPDDH Campos) Ricardo Resende Figueira Grupo de Pesquisa sobre Trabalho Escravo Contemporâneo no Rio de Janeiro da UFRJ Roberto Gevaend Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro Rodrigo Neves Secretário de Assistência social e Direitos Humanos - SEASDH Virginia Dirami Berriel Movimento Humanos Direitos (MHuD) A abertura da reunião foi realizada pelo Sr. Rodrigo Neves, Secretário de Assistência Social e Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro que afirmou o compromisso do estado do Rio de Janeiro com a erradicação do Trabalho Escravo e apresentou algumas ações que deverão ser desenvolvidas ainda este ano, tais como a criação de um disque-denúncia para o trabalho escravo e a veiculação de uma campanha estadual sobre o tema. Em seguida, a palavra foi passada para o Sr. Antônio Carlos Biscaia, Subsecretário de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, que ratificou o compromisso da Subsecretaria de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos em conduzir a política estadual de erradicação do trabalho escravo, tema este compreendido como uma severa violação dos Direitos Humanos, que ocorre no Estado do Rio de Janeiro no meio urbano e rural. O Sr. Subsecretário enfatizou ainda a importância da construção do plano estadual de erradicação do trabalho escravo ainda no primeiro semestre deste ano. Posteriormente, o Sr. José Armando Fraga Diniz Guerra, Presidente da Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo (CONATRAE), parabenizou o 2

3 estado do Rio de Janeiro pela iniciativa e lembrou que a COETRAE-RJ é a sétima COETRAE instituída no Brasil, com a finalidade de assegurar a descentralização das ações de combate ao trabalho escravo em todo o país. Guerra corroborou o apoio do governo federal à COETRAE-RJ, lembrou ainda, que, em junho de 2010, foi firmado um Termo de Adesão do estado do Rio de Janeiro ao Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo. O Sr. Luiz Machado, Coordenador do projeto de Combate ao Trabalho Escravo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), ratificou o apoio da OIT à COETRAE-RJ e apresentou alguns dados sobre o trabalho escravo no Brasil, afirmando ser este um problema severo, relacionado ao tráfico de pessoas e que se manifesta das mais diversas formas. Machado lembrou que este ano as conferências estaduais sobre trabalho decente terão o tema do trabalho escravo como destaque, sendo essas instâncias ótimas oportunidades para intensificar o debate sobre o tema e fortalecer a ação da COETRAE-RJ. Ricardo Resende Figueira, (coordenador do Grupo de Pesquisa sobre Trabalho Escravo contemporâneo da UFRJ (GPTEC)) e Patrícia Audi (ex-coordenadora do projeto de Combate ao Trabalho Escravo da Organização Internacional do Trabalho (OIT), atual Superintendente de Gestão de Oportunidades da SEASDH) foram convidados à mesa e expressaram apoio à COETRAE-RJ. Os convidados lembraram que a luta contra o trabalho escravo contemporâneo no Brasil é antiga, mas que o reconhecimento do Estado como responsável por esta questão é recente e que ações como a instituição das COETRAEs representam avanços no enfrentamento dessa questão. Ressaltaram ainda, a importância de medidas duras contra os escravagistas, como a aprovação da PEC 438/2001 que não consegue entrar em pauta de votação no Congresso. A Superintendente da Subsecretaria de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, Andrea Sepúlveda, afirmou o compromisso da Subsecretaria em trabalhar para que a questão do trabalho escravo seja tratada como prioritária e como uma violação inaceitável dos Direitos Humanos. Mencionou, ainda, um recente caso, acompanhado pelo Núcleo de enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, vinculado a 3

4 Subsecretaria de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, de um Guatemalteco libertado em um hotel no Bairro de Laranjeiras, como exemplar, tanto para a compreensão da importância do tema, quanto para a construção de fluxos de atendimento às vítimas de trabalho escravo e do tráfico de pessoas. Ao término das colocações da mesa, a palavra foi passada para os demais representantes de órgãos públicos e de entidades da sociedade civil, membros da COETRAE-RJ. Na ocasião, cada um dos membros se apresentou e expressou apoio à Comissão. Em seguida, os nomes das organizações que não puderam enviar representantes à reunião, mas que apresentaram justificativa para tal ausência foram mencionados: Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT); Ministério Público Estadual; Movimento dos Trabalhadores Sem Terra do Brasil (MST-RJ) e Pia Sociedade dos Missionários de São Carlos (Pastoral do Migrante). Após as apresentações, a reunião foi aberta para deliberações sobre questões fundamentais à constituição da COETRAE-RJ: 1- Quanto à escolha dos Observadores A SEASDH sugeriu que fossem integrados à Comissão o Grupo de Pesquisa Sobre Trabalho Escravo Contemporâneo da UFRJ e a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego no Estado do Rio de Janeiro, Secretaria de Fiscalização do Trabalho (que não pôde enviar representantes à reunião, mas que já expressou o interesse de compor a COETRAE-RJ, na qualidade de observador). A Comissão de Direitos Humanos da ALERJ indicou para compor a COETRAE-RJ, na qualidade de observador, o INCRA, e informou que representantes dessa instituição já expressaram interesse em colaborar com a Comissão de Erradicação do Trabalho Escravo no Rio de Janeiro. Foi perguntado aos presentes se havia alguma objeção quanto à indicação desses nomes para compor a COETRAE-RJ, na qualidade de observadores, e não houve qualquer objeção. 4

5 2- Quanto à eleição da Vice-Presidência Questionou-se dentre os membros presentes sobre a eleição ao cargo de vicepresidente da COETRAE-RJ. O Comitê Popular de Erradicação do Trabalho Escravo do Norte Fluminense foi a única entidade que manifestou interesse em candidatar-se. No entanto, seu representante, Marcelo Vianna, disse que deveria consultar os demais membros do Comitê sobre esta questão e que na próxima reunião daria uma resposta à Comissão. Ficou acordado que todos os membros da COETRAE-RJ fariam reflexões internas sobre a questão da vice-presidência e que essa eleição deveria ocorrer na próxima reunião ordinária da COETRAE-RJ. 3- Quanto à aprovação do Regimento Interno Os presentes decidiram que a aprovação do regimento interno seria pauta de discussões da próxima reunião ordinária da COETRAE-RJ, a ser agendada pela SEASDH na última semana do mês subseqüente a esta data. A palavra foi concedida àquele que dela quisesse fazer uso para discorrer sobre qualquer assunto de interesse da COETRAE-RJ. Não existindo manifestações, Antônio Carlos Biscaia, Subsecretário de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos e Territórios- SEASDH encerrou à reunião. Rio de Janeiro, 27 de abril de