Percursos das abordagens discursivas associadas à Lingüística Sistêmica Funcional

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1 Percursos das abordagens discursivas associadas à Lingüística Sistêmica Funcional Célia Maria Magalhães* (UFMG) Resumo: São diversas as abordagens consolidadas de análise lingüística cujo foco de interesse é o discurso. Este trabalho se propõe a fazer uma revisão das abordagens discursivas que têm como teoria de base a Lingüística Sistêmica Funcional (LSF). Trata-se de revisão sucinta cujo objetivo é mapear as publicações recentes e mais representativas de teóricos destas abordagens de modo a orientar novos interesses de pesquisa nesta área. A revisão parte de textos fundacionais, focalizando sucintamente alguns dos conceitos básicos neles abordados, para fazer um mapeamento das escolas inglesas conhecidas como Discourse Analysis (DA) e Critical Discourse Analysis (CDA) e, finalmente, divulgar um projeto de mapeamento de trabalhos realizados por pesquisadores brasileiros e portugueses em Análise Crítica do Discurso desde a última década do século passado. Palavras-chave: Abordagens Discursivas; Análise Textual de Base Sistêmica; Análise Crítica do Discurso (ACD). Abstract: There is a variety of linguistic approaches whose research object is discourse. This paper reviews some of the discourse approaches which stem from Systemic Functional Linguistics (SFL). It is a concise review which aims at mapping the most recent and representative theoretical work in the field. It also intends to guide new research interest in the area in Brazil. The review sets out from foundational texts, focusing on some of their basic concepts to include the English Schools of Discourse Analysis (DA) and Critical Discourse Analysis (CDA). The review also briefly presents a project which CDA research groups have been carrying out in Brazil and Portugal. This project aims at mapping out research work carried out by Brazilian and Portuguese scholars in the field of CDA from the nineties on. Keywords: Discourse Approaches; Textual (Systemic-Functional) Analysis; Critical Discourse Analysis (CDA). * Célia Maria Magalhães é professora-adjunta de tradução e de Análise Crítica de Discurso na Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Mestre em Lingüística e Doutora em Literatura Comparada pela UFMG, com estágios de pesquisa em University of Nottingham, UK; York University e na University of British Columbia, Canadá. Tem pós-doutorado em Lancaster University, UK. Em conjunto com Adriana Pagano e Fabio Alves, é autora de Traduzir com autonomia: estratégias para o tradutor em formação (Contexto, 2000); é organizadora de Competência em tradução: cognição e discurso (Editora UFMG, 2005). celia.magalhaes@pq.cnpq.br.

2 Parte I Caminhos Teóricos Percursos das Abordagens Discursivas Associadas à Lingüística Sistêmica Funcional Introdução Os rótulos abordagens discursivas e, em especial, análise do discurso (AD) compreendem escolas teóricas e campos de estudo da linguagem os mais diversos, abrangendo diferentes grupos de pesquisadores franceses, americanos, ingleses e australianos, para listar apenas aqueles cuja base é o pensamento ocidental. Proponho-me, neste artigo, fazer uma revisão teórica das abordagens discursivas que têm como teoria de base a Lingüística Sistêmica Funcional (LSF), referindo-me a quatro décadas de publicações desde a década de 1960, no Século XX, até os primeiros anos do Século XXI. Embora a tentativa seja a de abranger um período maior, a revisão a que me proponho é sucinta de modo a constituir um mapeamento das referidas abordagens visando à orientação de pesquisadores interessados no referido campo de estudo específico. Vale ressaltar que não levarei em conta as abordagens de estudos da linguagem que são reconhecidas no âmbito acadêmico anglo-americano, como Análise da Conversação (AC), Análise da Narrativa, Análise de Gênero e Pragmática, Etnografia da Fala, dentre outras. Meu trabalho divide-se em seis seções. Na primeira, abordo o que intitulo de textos fundacionais das abordagens discursivas que têm como base a LSF; na segunda, abordo brevemente conceitos básicos usados nessas abordagens; na terceira, pretendo constituir um mapa dessas abordagens de AD no âmbito internacional, por meio de coletâneas de trabalhos editadas e/ou organizadas por autores de renome e que levam o termo discurso no título; na quarta, o propósito é fazer uma breve revisão de trabalhos que focalizam a Análise Crítica do Discurso (ACD) como perspectiva relevante dentro da AD; na quinta, tento configurar um mapa das abordagens contemporâneas de AD que têm como fundamento a LSF, como a Análise Positiva do Discurso (APD), a ACD, a Análise Multimodal do Discurso (AMD) e a Semiótica Social Crítica (SSC) e, finalmente, na sexta, termino o artigo descrevendo um projeto interinstitucional que coordeno e cujo objetivo é mapear os trabalhos que pesquisadores brasileiros e portugueses têm desenvolvido com base na perspectiva de ACD desde a década de 1980 até os anos atuais. Textos Fundacionais Já há trabalhos no âmbito nacional (Pagano, no prelo, dentre outros) que fazem uma revisão do trabalho do lingüista Michael Halliday, das décadas de 1960 e 1970, com o propósito de verificar sua contribuição para os Estudos da Tradução. Tais trabalhos do autor, juntamente com vários outros, culminaram em sua Introduction to functional grammar, cuja primeira versão é publicada em 1985, reeditada em 1994 e revista e aumentada pelo próprio autor e Christie Matthiessen em Dentre essas publicações, me referirei a duas apenas: o estudo dos recursos coesivos da 18 Olhares em Análise de Discurso Crítica

3 ISBN Célia Maria Magalhães língua inglesa (Halliday; Hasan, 1976) e a proposta de linguagem como semiótica social (Halliday, 1978). A primeira desenvolve e legitima a noção de texto como unidade semântica e faz um estudo abrangente dos recursos coesivos da língua inglesa, apresentando categorias úteis para nomear tais recursos e usando exemplos variados de linguagem em uso para esse fim; a segunda apresenta a proposta de Halliday de linguagem como semiótica social, meta funcional, usada pelos seres humanos na sociedade para atingir três funções principais: falar de suas experiências externas e internas do mundo ao seu redor; estabelecer relações interpessoais na sociedade e organizar a mensagem de modo a poder, com ela, agir e criar sentidos que serão entendidos por seus pares nas diversas instituições sociais das quais participam. Outros autores que, com base no trabalho de Halliday, constituem referência no âmbito da AD inglesa são John Sinclair e Malcolm Coulthard. Estes autores, juntos (Sinclair; Coulthard, 1975), publicam um estudo da interação em sala de aula, descrevendo a interação oral entre professores e alunos, como unidade de sentido composta por estágios previsíveis e prováveis; descrição, à época, considerada valiosa, ainda que hoje a perspectiva seja a de que representa apenas um tipo de interação de um determinado contexto histórico-cultural da instituição educacional. Coulthard (1977) também é uma referência importante para o grupo de estudiosos que se denominou escola de AD no contexto inglês. Essa breve revisão já aponta para uma tendência das abordagens de estudos da linguagem, cuja unidade mínima de análise deixa de ser a frase e passa a uma unidade maior, de trabalhar, de um lado, com o texto escrito e, de outro, com o discurso oral. O que, de certa maneira, pode ser entendido como uma associação dos conceitos de texto e discurso com os modos escrito e oral da linguagem (ver o capítulo 1 de van Dijk, 1997, sobre o sentido dicionarizado da palavra discurso ). Tratarei, na próxima seção, do uso de conceitos básicos, como texto e discurso, além de outros, no âmbito dessas abordagens. Alguns Conceitos Básicos Como exposto acima, de um lado, os teóricos da AD inglesa usavam o conceito discurso e, conseqüentemente, a colocação análise do discurso, para significar uma unidade maior da linguagem oral em uso e a proposta de abordagem para análise desta unidade, respectivamente; de outro, usavam o conceito texto e a colocação análise de texto ou análise textual para significar uma unidade maior da linguagem escrita em uso e a proposta de abordagem para análise desta unidade, respectivamente. Era o período em que os estudiosos, embora já houvesse abordagens dedicadas à análise de outros signos semióticos diferentes da linguagem oral e escrita, concentravam-se na dicotomia oral/escrito, o que resul- Olhares em Análise de Discurso Crítica 19

4 Parte I Caminhos Teóricos Percursos das Abordagens Discursivas Associadas à Lingüística Sistêmica Funcional tou em vasta produção de trabalhos com descrição dos dois modos da linguagem. Duas publicações que devem ser mencionadas para fazer jus a estes trabalhos são aquelas editadas por Coulthard, Advances in spoken discourse analysis e Advances in written text analysis, em 1992 e 1994, respectivamente. Estas duas obras são coleções de artigos que replicam, com sucesso, os procedimentos e técnicas de AD e de análise textual criados por teóricos, em sua maioria, com base na lingüística sistêmico-funcional hallidayana. Também devem ser registrados aqui os quatro volumes editados por van Dijk na década de 1980 e intitulados The handbook of discourse analysis, sobre os quais não me estenderei tendo em vista o objetivo da minha proposta de revisão, de focalizar a atenção em abordagens de discurso que dialoguem com a lingüística sistêmica. Os conceitos texto e discurso foram sendo usados ao longo destes trinta ou quarenta anos de modo a criar significados diferentes, além de serem associados a uma gama de outras noções que se fizeram necessárias quando a unidade de interesse dos pesquisadores deixou de ser o texto oral ou escrito, conforme exposto acima. Esta unidade é denominada de texto, agora entendido como unidade de significado em que se faz uso de recursos semióticos verbais, orais ou escritos, e não-verbais, como imagens, sons, gestos, dentre outros; analisado como um evento num dado contexto sociocultural e histórico de produção, de distribuição e de consumo. É importante mencionar que Halliday (1978), em seu modelo de linguagem como semiótica social, propõe um modelo de descrição da linguagem em uso, abrangendo estratos de níveis diferentes, fonológico, léxico-gramatical e semântico (este último compreendendo as três funções que o uso da linguagem pelos seres sociais preenche, as funções ideacional, a interpessoal e a textual ). Seu modelo também contemplou o contexto social, em dois níveis diferentes, tendo como base o trabalho do antropólogo Malinowski. O primeiro, o contexto específico de uso da linguagem, denominado contexto de situação e relacionado por Halliday ao conceito abstrato de registro que abrange as variáveis de campo, relações e modo, as quais, por sua vez, inter-relacionam-se com as funções do extrato semântico da linguagem. O segundo, o contexto mais amplo das instituições sociais em que a linguagem é usada, denominado contexto da cultura. O poder e a ideologia são noções das quais o pesquisador não pode prescindir se pretende descrever o texto de modo a abranger seu contexto de cultura e, para tanto, a noção de gênero (para alguns do texto, para outros do discurso) se faz necessária (ver descrições abrangentes de Halliday; Hasan, 1985, sobre registro e gênero). Entender gêneros como gêneros de texto é focalizar as convenções mais ou menos estáveis historicamente, atribuídas aos textos como eventos comunicativos das práticas das instituições sociais de uma dada cultura. Já entender gêneros como gêneros de discurso é privilegiar os discursos que são reproduzidos ou que se 20 Olhares em Análise de Discurso Crítica

5 ISBN Célia Maria Magalhães constroem nos textos. Para desfazer a circularidade desta definição, é preciso voltar ao conceito de discurso que, por algum tempo, esteve sempre associado à linguagem oral nas abordagens de AD inglesas. A partir do final dos anos 1970, um grupo de lingüistas da Universidade de East Anglia (ver Fowler; Hodge; Kress; Trew, 1979; Kress; Hodge, 1979), afiliados a lingüística sistêmico-funcional, e que se denominou lingüistas críticos, iniciou um diálogo com teóricos de outras áreas de estudo, como o filósofo Habermas e, mais tarde, o filósofo Michel Foucault. O contato com esses teóricos teve vários desdobramentos para as abordagens discursivas inglesas, dentre os quais destaco, nesta seção, a revisitação do conceito de discurso que levou a uma distinção entre o uso do termo no singular e no plural. Discurso, no singular, passa a significar a linguagem em uso (qualquer modo e com qualquer recurso semiótico) em seu contexto de situação e de cultura. O termo discursos, no plural, resgata e se apropria do conceito de formações discursivas de Foucault, significando representações de mundo com base nas perspectivas socioculturais particulares (ver, ainda, sobre gênero, Fairclough, 1989, 1992; Kress, 1985; Hodge; Kress, 1988). Tais desdobramentos propiciam a criação de grupos ou escolas de pesquisadores em torno de abordagens de estudos da linguagem um pouco diferenciadas, variando o seu objeto de estudo entre discurso e discursos. Cumpre, ainda, destacar o conceito de estrato da linguagem, intitulado semântica do discurso, de Martin (1992), que, pode-se dizer, renomeia o estrato semântico de Halliday, expandindo-o para além dos seus componentes, as funções da linguagem, com as categorias de relações lexicais, estrutura conversacional, referência e conjunção, cada uma dessas categorias associadas às funções ideacional, interpessoal e textual, respectivamente (sobre semântica do discurso, ver também Eggins, 1994). Segundo Martin, em lugar de organizar um modelo de análise da linguagem baseado em significados da oração (unidade mínima de análise do modelo hallidayano) e que contrapõe gramática e coesão, seu modelo contrapõe gramática e semântica e focaliza os significados no nível do texto, por isso a necessidade de um estrato denominado semântica do discurso. O autor faz, assim, uma conjunção de dois conceitos semântica e discurso associandoos ao significado do texto como unidade de análise. De qualquer forma, o termo discurso, conforme usado pelo autor, parece ter uma configuração diferente daquelas que o conceito têm ao ser apropriado pelas escolas de lingüistas críticos e analistas críticos do discurso e coincide com uma noção de texto como unidade semântica, mas já apontando para a sua vinculação a gêneros. Finalmente, vale a pena ressaltar que, ao longo do desenvolvimento das abordagens discursivas contemporâneas, os analistas têm se voltado para a descrição de gêneros e de discursos. Entretanto, há também um movimento recente de resgate do Olhares em Análise de Discurso Crítica 21

6 Parte I Caminhos Teóricos Percursos das Abordagens Discursivas Associadas à Lingüística Sistêmica Funcional conceito de estilo, antes reservado apenas para os gêneros literários e associado a autores, épocas ou escolas literárias. Fowler (1966) já problematiza o conceito conforme utilizado apenas para textos literários e Leech e Short (1981) instituem a noção de estilo do texto. Mais recentemente, Fairclough (2000, 2003) associa o estilo a traços pessoais de identificação dos usuários de textos. Do conceito, conforme usado por Fairclough, van Leeuwen (2005) o expande, fazendo um percurso interessante pelas noções de estilo individual, estilo social e estilos de vida. De qualquer modo, o movimento é interessante à medida que dois conceitos, o de gênero e estilo, antes associados apenas aos textos literários, dessa forma, tornando-os uma classe de textos especiais em relação aos outros, na contemporaneidade, mostram-se produtivos para a análise de qualquer outro texto/evento de qualquer outra instituição social, o que parece reforçar a proposta de Fowler (1981), da literatura como discurso social como qualquer outro. Talvez hoje, na era dos conceitos de discurso(s) e poder, seja o momento de repensarmos a literatura não mais como discurso, mas como instituição social, como a religião, o Estado, a ciência, a mídia e o mercado, para falar apenas das cinco mais proeminentes nas culturas, que teve muito poder com a invenção da imprensa e sua introdução na instituição educacional ocidental e hoje tem seu poder dividido com outras mídias produtoras de outros recursos semióticos. A questão merece mais espaço para discussão do que aquele que tenho aqui, neste artigo de revisão teórica, por isso, deixo-a, por enquanto, em suspenso. No breve resumo acima sobre as concepções diferenciadas dos termos-chave em uso nas abordagens discursivas sobre as quais o foco deste trabalho recai, algumas vezes fiz referência a escolas e/ou grupos de pesquisadores que foram se constituindo em torno do mesmo objeto de estudo, que varia do texto, passando pelo texto em contexto e chegando ao discurso. Na próxima seção, volto-me para uma breve revisão de coletâneas que trazem o rótulo de discurso e que foram publicadas nos últimos dez anos. Mapa da Pesquisa em AD Publicada em Língua Inglesa por Pesquisadores de Background Inglês Meu propósito nesta seção de revisão é bem focalizado. Não pretendo me referir às inúmeras publicações de autores que se propõem a introduzir a proposta de AD, geralmente intituladas An introduction to discourse analysis. Também não pretendo fazer referência a obras como a de Schriffin (1994) ou de Mills (1997) ou, ainda, o de Blommaert (2005), cada qual com sua especificidade de abordagem ao tema. Volto-me para as coletâneas, como a de van Dijk (1997a, 1997b), Jaworski e Coupland (1999) e Schriffin, Tannen e Hamilton (2001) que, acredito, constituem por si sós, um mapeamento de trabalhos cujo interesse de pesquisa pode ser considerado 22 Olhares em Análise de Discurso Crítica

7 ISBN Célia Maria Magalhães como sendo o discurso, embora parta de diversas perspectivas interdisciplinares da lingüística e, simultaneamente, são um marco, ou a legitimação, do campo de estudos no universo do mundo acadêmico, pelo menos, aquele que se expressa em língua inglesa. Volto a frisar que não me proponho, contudo, a focalizar as escolas ou grupo de pesquisadores americanos, embora todas as três coletâneas incluam trabalhos os mais diversos de pesquisadores de língua inglesa ou não. Ao analisar as coletâneas editadas por van Dijk em 1997, o que primeiro chama a atenção é a distribuição dos trabalhos cujo interesse de pesquisa é o discurso em dois volumes, cujos títulos são Discourse as structure and process e Discourse as social interaction. Van Dijk parece organizar as diversas contribuições, tomando como base as perspectivas por meio das quais o discurso está sendo abordado, como estrutura e processo e como interação social, incluindo as múltiplas possibilidades de diálogo entre a AD e outros campos disciplinares da Lingüística. Tomando como base as definições dos conceitos contemporâneos de discurso(s), acima expostas, pode-se dizer que esses dois aspectos são inerentes ao(s) discurso(s) e que haveria, na organização dos trabalhos, uma tentativa de reunir os trabalhos de acordo com seu foco de análise em apenas um dos aspectos, o que é perfeitamente admissível de acordo com as convenções acadêmicas. O primeiro volume cobre trabalhos dentre os quais estudo e história do discurso, semântica do discurso, discurso e gramática, estilos de discurso, retórica, narrativa, argumentação, gêneros e registros do discurso, semiótica do discurso, cognição, cognição social e discurso. O segundo cobre pesquisas intituladas como discurso e interação na sociedade; pragmática discursiva; AC e ação social como práticas de significação; diálogo institucional; gênero social no discurso; discurso, etnia, cultura e racismo; discurso organizacional; discurso e política; discurso e cultura; análise crítica do discurso; análise do discurso aplicada. Os dois volumes constituem referência obrigatória para os interessados no campo da AD e os artigos ali reunidos constituem ponto de partida para qualquer tipo de abordagem do discurso com as diferentes possibilidades de entrecruzamento de teorias lingüísticas. O volume Jaworski e Coupland (1999) intitula-se como reader e inclui teóricos os quais, por assim dizer, podem ser tomados como precursores dos estudos de discurso, como o filósofo da linguagem Austin, J. L., o lingüista Jakobson, R., e o teórico e crítico dos estudos literários, Bakhtin, M. M. O volume tem uma introdução em que os autores descrevem as diversas perspectivas da AD, a partir dos múltiplos significados do conceito discurso. Apesar dessa multiplicidade de conceitos, pode-se dizer que afinal as perspectivas de AD se reúnem em torno de três abordagens: a primeira que toma discurso como qualquer unidade maior que a frase, a segunda como qualquer instância de linguagem em uso e a terceira como qualquer instância de linguagem como prática social. Os autores também desta- Olhares em Análise de Discurso Crítica 23

8 Parte I Caminhos Teóricos Percursos das Abordagens Discursivas Associadas à Lingüística Sistêmica Funcional cam a AD como interdisciplinar, abrangem as noções de discursos multimodais e multivozeados e chamam a atenção para as camadas de sentido social no discurso, descrevendo brevemente, por fim, as seguintes tradições de AD: teoria de atos de fala e pragmática, análise da conversação, psicologia discursiva, etnografia da comunicação, sociolingüística interacional, análise da narrativa e análise crítica do discurso. O volume divide-se em seções temáticas voltadas para o foco de interesse dos analistas que contribuem para a coletânea, com introdução explicativa dos editores. A Parte I, intitulada Discurso: significado e contexto, a Parte II, Métodos e recursos para análise de discurso, a Parte III, Seqüência e estrutura, a Parte IV, A negociação de relações sociais, a Parte V, Identidade e subjetividade e, finalmente, a Parte VI, Poder, ideologia e controle. Vale a pena observar dois pontos. Primeiro, os autores incluem no volume textos de sociólogos como Giddens e Bourdieu e do filósofo Foucault, cujos trabalhos se voltam ou se voltaram para o discurso e têm sido usados como pontes interdisciplinares valiosas por analistas do discurso. Segundo, embora muitas das abordagens de AD partam da LSF, Jaworski e Coupland (1999) não incluem a Semiótica Social de Halliday neste reader nem as diversas abordagens de AD que têm como base a teoria hallidayana. Entretanto, é reconhecido na comunidade acadêmica internacional e nacional que Halliday elabora sua teoria de linguagem como Semiótica Social, integrando noções de trabalhos sociológicos, como os de Bernstein, de estudos antropológicos, como os de Malinowski, e da escola de lingüistas de Praga, para citar apenas alguns. Essa perspectiva teórica de linguagem e sociedade, por si só, já apontaria para a necessidade de incluir o trabalho de Halliday no reader dos autores. Coupland e Jaworski (1997), entretanto, incluem as propostas de Halliday (1978) e de Hodge e Kress (1988), uma expansão da noção de linguagem como Semiótica Social para incluir outros recursos semióticos para além dos verbais, em um reader de Sociolingüística em que, curiosamente, na contribuição de Halliday, de saída, o autor já procure mostrar como seu trabalho se distingue do trabalho dos Sociolingüístas. Na introdução de Schriffin, Tannen, e Hamilton (2001), as autoras também partem das três categorias conceituais que o termo discurso abrange e, conseqüentemente, organizam a publicação com uma gama de perspectivas de AD. Tais perspectivas têm como escopo a gama de questões que a AD tem procurado descrever, variando de fenômenos lingüísticos, passando por fenômenos interdisciplinares e chegando até questões sociais, como gênero social e discriminação. As autoras dividem as contribuições do volume em quatro partes. A primeira dá uma visão geral das questões especificamente lingüísticas para as quais a AD pode contribuir para resolver, como coesão e textura, relevância, estrutura da informação, análise de registro, dentre outras. A segunda parte concentra-se nas práticas 24 Olhares em Análise de Discurso Crítica

9 ISBN Célia Maria Magalhães de análise, na relação dessas práticas ou metodologias com teorias. A terceira focaliza os contextos de interação em que a linguagem é usada e subdivide-se em duas seções: a primeira ressaltando os domínios políticos, sociais e institucionais do uso da linguagem e os papéis dos interlocutores nesses domínios; a segunda, embora não deixe de lado tais domínios, concentra-se em descrever o discurso de determinados grupos de pessoas em relação a gêneros de discurso, a comunidades e a culturas, em contextos de situação específicos. Finalmente, a quarta e última parte, tenta dar conta das relações de interdisciplinaridade na AD, de como esta pode se expandir com o contato com outras disciplinas bem como da função que a AD pode ter na resolução de questões de outras disciplinas. A preocupação, nesta seção, foi estabelecer uma revisão mínima de trabalhos que se constituem na consolidação e na legitimação do campo de estudos da AD no âmbito acadêmico de língua inglesa. Na próxima seção, volto-me para uma breve revisão de obras que focalizam a ACD como escola de relevo dentro da AD. A ACD: Teoria, Método, Escola de AD ou Campo de Estudos Independente? Não há, ainda, um reader reunindo trabalhos de ACD, o que pode ser uma indicação de que não se trata, ainda, de um campo de estudos independente, mas de escola ou abordagem consolidada dentro da AD e em destaque na contemporaneidade. A primeira obra que listo na minha revisão é Caldas-Coulthard e Coulthard (1996). Nesta obra, os editores reúnem, numa primeira parte, cinco textos de teóricos proeminentes das escolas de Lingüística Crítica e de Análise Crítica do Discurso, quatro dos quais têm como base ou fazem largo uso da teoria sistêmica hallidayana em sua abordagem discursiva (Fowler, Roger; Kress, Gunther; van Leeuwen, Theo; Fairclough, Norman). Na segunda parte, os editores reúnem trabalhos cuja prática é a abordagem crítica de textos, dentre eles artigos dos próprios editores e de outros teóricos que usam a lingüística sistêmica como ferramenta de análise (con)textual. A segunda obra é de Wodak e Meyer (2001) que reúne trabalhos de autores proeminentes cujos princípios teóricos de abordagem de discurso possibilitam configurá-los como parte de um terreno comum, ainda que seus métodos de descrição do mesmo objeto de estudo sejam os mais diversos, variando de ferramenta dos estudos cognitivos até as ferramentas de análise sistêmico-funcional. Vale a pena iniciar a leitura deste volume pelos dois artigos iniciais, dos editores. O primeiro deles, de Ruth Wodak, traça o desenvolvimento histórico da LC até tornar-se mais conhecida como ACD, aborda os principais conceitos e faz considerações sobre os desenvolvimentos desta abordagem. É curioso ressaltar as escolhas de itens lexicais, Olhares em Análise de Discurso Crítica 25

10 Parte I Caminhos Teóricos Percursos das Abordagens Discursivas Associadas à Lingüística Sistêmica Funcional usadas pela autora ao longo do artigo, para definir ou se referir à ACD: estas variam de teoria, abordagem, escola, paradigma de AD, pesquisa, grupo, dentre outras. Para além da instabilidade na representação da ACD, o que o artigo desenvolve muito bem é a noção de que o interesse dos pesquisadores de ACD estabelece-se em torno de questões sociais em que está envolvida a naturalização de ideologias e abuso de poder e em torno de uma agenda de intervenção e mudança social por meio do estudo das instâncias de discurso. O segundo, de Michael Meyer, parece reconhecer a dificuldade de nomear a ACD como teoria, método ou política devido à diversidade de teorias às quais os analistas se afiliam e de métodos que usam para atingir o seu propósito de análise. O autor introduz os conceitos de posicionamento ou posição que parecem contemplar a diversidade inerente da ACD sem, contudo, deixar de ressaltar os princípios básicos e comuns que permitem o mapeamento de um terreno comum para as diferentes abordagens. Finalmente, a terceira obra, de Weiss e Wodak (2003), traz uma introdução dos editores com reflexões sobre a formação de teorias em um nível mais geral e sobre a formação da ACD como teoria multifacetada. Os autores também ressaltam a multiplicidade de métodos usados pelos analistas para abordar suas três questões de interesse principais: o discurso, a ideologia e o poder. O movimento interdisciplinar da ACD para dar conta destas questões, terminando por propor uma abordagem baseada num conceito de contexto com quatro níveis: o primeiro, de descrição imediata da linguagem; o segundo, de relação intertextual e interdiscursiva entre os textos, gêneros e discursos; o terceiro, das variáveis extralingüísticas sociais relativas aos contextos de situação específicos das instituições onde a linguagem é usada e, o quarto, os contextos sociopolíticos e históricos em que as práticas discursivas institucionais se encaixam. As coletâneas de Teun van Dijk e de Debora Schriffin, Debora Tannen e Heidi Hamilton; o reader de Adam Jaworski e de Nicholas Coupland se preocupam em reunir trabalhos visando à configuração e à legitimação do campo de AD, como exposto acima, os quais têm como objeto de interesse quaisquer unidades maiores que a frase e perspectivas as mais variadas em relação a estas unidades. As coletâneas que focalizam a ACD, dentro, ou talvez já constituindo um espaço que se configura para além da AD, reúnem trabalhos de pesquisadores que se interessam pelo discurso como prática social, que têm um posicionamento comum frente à questão do discurso, mas que o abordam a partir das mais diversas combinações teóricas interdisciplanares e usando os mais diversos métodos de análise textual. Na próxima seção, volto-me para a revisão de publicações que se preocupam em reunir trabalhos de AD que têm afiliação teórica explícita com a LSF e que a utilizam, em graus variados, como teoria/método base para atingir seu objetivo acadêmico. 26 Olhares em Análise de Discurso Crítica

11 Abordagens Discursivas e a SFL ISBN Célia Maria Magalhães Nesta seção, pretendo citar, ainda que brevemente, seis obras. Apenas uma delas é uma coletânea de trabalhos de ACD com base sistêmica. As demais são descrições de abordagens de AD que partem da sistêmica como teoria/método de análise textual para expandir seus horizontes de análise, cada uma definindo muito bem as especificidades do seu terreno dentro do mapa de AD. Inicio com Kress e van Leeuwen (1996) que constroem, a partir da gramática funcional, uma gramática do design visual, com foco na análise de imagens. Em Kress e van Leeuwen (2001) os autores tratam de expandir o que antes denominaram de gramática para o que chamam de discurso multimodal, focalizando os vários modos e mídias da comunicação contemporânea. As duas obras e várias outras, que não serão listadas aqui tendo em vista o escopo do artigo, concentram-se, pois, nos mais variados recursos semióticos que reproduzem e simultaneamente ajudam a construir significados no mundo contemporâneo das multimídias e são reconhecidas no mundo acadêmico como Análise Multimodal do Discurso (AMD) ou Teoria da Multimodalidade. No ano de 2003, há, pelo menos, três publicações de relevo a listar. A primeira é de Fairclough (2003), que descreve sua abordagem de linguagem como pesquisa de cunho social, transdisciplinar, com teoria e métodos próprios, cujo interesse principal é o discurso, e que, por isso, tem como base a análise textual fundamentada na LSF. A segunda é de Kress (2003), a qual, com objetivos educacionais, volta-se para questões do letramento, produção e compreensão de textos na escola numa época em que os textos são cada vez mais multimodais. A proposta do autor inclui um quadro teórico para o letramento na escola na era da multimodalidade e da multimídia, com foco numa teoria social de gênero. A terceira é Working with discourse: meaning beyond the clause, de Martin e Rose (2003), cuja preocupação é a interpretação do discurso social por meio da análise de textos em contextos sociais. Os autores consideram, de saída, tanto a oração, quanto o texto e a cultura como processos sociais que se desenvolvem em diferentes momentos históricos. Sua proposta é, pode-se dizer, uma expansão do modelo de Martin (1992) em direção a uma abordagem hoje já conhecida como Análise Positiva do Discurso (APD), fortemente baseada na análise de registro, gênero e contexto social. Os autores fecham o livro apresentando as diferenças de posicionamentos de sua abordagem, da AMD e da ACD; entretanto, chamando muito mais atenção para a possibilidade de conexões entre as abordagens. Finalmente, antes de fechar esta seção, listo a edição de Young e Harrison (2004) de uma coletânea de artigos cujo interesse de estudo é a mudança social. Para abordar suas questões de pesquisa as quais envolvem o(s) discurso(s), os autores ali reunidos fazem uso da escola de ACD que tem como base a teoria da Olhares em Análise de Discurso Crítica 27

12 Parte I Caminhos Teóricos Percursos das Abordagens Discursivas Associadas à Lingüística Sistêmica Funcional LSF para análise de textos em contextos sociais. O livro divide-se em três seções, a primeira dedicada à teoria, incluindo variação discursiva, sistemas de avaliação de sentido, representação de poder e base sociológica para a análise (con)textual fundamentada na Sistêmica; a segunda e a terceira reunindo trabalhos que focalizam questões de identidade nacional e institucional, respectivamente. Por fim, van Leeuwen (2005) é uma obra de introdução à Semiótica Social crítica que define os princípios semióticos os quais norteiam a abordagem tais como os recursos, a mudança, as regras e as funções (associadas às funções hallidayanas); as dimensões da análise semiótica, incluindo discurso, gênero, estilo e modalidade, além de preocupar-se com recursos de coesão multimodal, como o ritmo, a composição, a ligação de informação e o diálogo. Até aqui, meu propósito foi traçar brevemente um mapa para o campo de análise do discurso, destacando a LSF como teoria precursora e alimentadora de novas abordagens dentro desse campo, incluindo as abordagens iniciadas ou criadas por pesquisadores, ou de background inglês, ou cuja língua habitual de publicação seja o inglês, ou ainda outros pesquisadores que não se encaixem nas duas primeiras categorias, mas que já têm seus trabalhos aceitos no circuito acadêmico internacional. Na próxima e última seção, tento explicar brevemente um projeto de mapeamento e referenciação, iniciado por um grupo de pesquisadores brasileiros e portugueses, de trabalhos de pesquisa cujo interesse seja o discurso como prática social, publicados em Língua Portuguesa ou Inglesa. Mapeamento e Referenciação de Trabalhos de Brasileiros e Portugueses Foi realizado, na UnB, em outubro de 2004, o VII Encontro Nacional de Interação em Linguagem Verbal e Não-Verbal e I Simpósio Internacional em Análise de Discurso Crítica (sendo este o título usado pelo grupo de pesquisadore(a)s da UnB que têm promovido o evento há sete anos), com a participação representativa de pesquisadore(a)s brasileiro(a)s, e de pesquisadores de Portugal, Espanha, Inglaterra e Estados Unidos. Neste encontro, ficou evidenciado que, desde a publicação, no Brasil, dos primeiros trabalhos de pesquisadoras pioneiras da UnB e da UFSC (Magalhães, I., 1986; Caldas-Coulthard, 1993), usando abordagens de AD e/ou afiliadas à LSF, o número de trabalhos de brasileiros e portugueses, orientados e publicados dentro do campo de estudos, em universidades diversas, aumentou consideravelmente. Há diversos grupos de pesquisadores brasileiros no contexto nacional, como é o exemplo da PUC/SP, da UFSC, da UNISUL, da UFRJ e da UFMG. O grupo de pesquisa da UnB edita, há vários anos, a Revista linguagem e sociedade, com amplo espaço para publicações do campo de estudos em questão, 28 Olhares em Análise de Discurso Crítica

13 ISBN Célia Maria Magalhães e lança agora o livro Olhares em análise de discurso crítica, em que ora publico este trabalho. Para citar apenas as coletâneas cujo título inclui o rótulo ACD em Língua Portuguesa, há a coletânea Pedro (1997), dividida em duas partes, a primeira com tradução de textos fundacionais de ACD e a segunda com trabalhos de aplicação da abordagem por pesquisadores portugueses; há, ainda, a coletânea Magalhães (2001), com a tradução de um texto de Norman Fairclough e com aplicações de abordagens de ACD por professores, doutorandos e mestrandos. Mais recentemente, foram publicados dois volumes especiais de periódicos tematizados como ACD, Caldas-Coulthard e Figueiredo (2004) e Magalhães, I. e Rajagopalan (2005), reunindo trabalhos de pesquisadores nacionais, além de traduções de outros textos escritos originalmente em Língua Inglesa; e o volume do periódico organizado por Heberle e Meurer (2004), reunindo trabalhos, a maioria de brasileiros, de afiliação teórica com a LSF. Na reunião de encerramento do Encontro, citado anteriormente, foi lançada a idéia de integrarem-se o(a)s pesquisadore(a)s brasileiro(a)s e portuguese(a)s em uma lista de discussão dos termos da área, com base em textos fundacionais traduzidos no Brasil e em Portugal. Tal idéia se inspirou no trabalho da equipe da PUC/SP e da Universidade de Lisboa, que fez o caminho inverso, criando uma lista de discussão de termos na área da Lingüística Sistêmica, com o fim de padronizar a terminologia e de traduzir a gramática funcional de Halliday (1985). Em 2005, elaborei uma proposta de projeto de mapeamento e de referenciação cujo objetivo geral é o mapeamento do campo de estudos Análise Crítica do Discurso, dentro do escopo do grupo de pesquisa Corpus Discursivo para Análises Lingüísticas e Literárias (CORDIALL), da UFMG. Tal projeto focaliza trabalhos de pesquisadores brasileiros e portugueses cujo interesse de pesquisa é o discurso como prática social, que foi acolhido pelos demais grupos de pesquisadores. As abordagens discursivas que o projeto tem em mente são aquelas afiliadas à LSF, além de outras, cujo propósito de análise possa ser contemplado por sistemas tridimensionais de discurso, representados nas Figuras 1 e 2, abaixo, idealizadas com base em Hodge e Kress (1988) e Fairclough (1992): Figura 1 Figura 2 Olhares em Análise de Discurso Crítica 29

14 Parte I Caminhos Teóricos Percursos das Abordagens Discursivas Associadas à Lingüística Sistêmica Funcional Em ambas as representações, baseadas nos autores citados, é possível distinguir a abordagem de análise em três dimensões, as dimensões do texto, gênero e discurso. Na Fig. 1, todo evento em que a linguagem é usada como semiótica social há uma mensagem que é produzida como texto, no plano da mímese, e interpretada como discurso, no plano da semiose; o gênero representa uma dimensão de ligação entre texto e discurso para permitir a interpretação desta última dimensão. Para o desenho da Fig. 2, revisitei o quadro tridimensional de Fairclough (1992). Nesta representação, o interesse é muito mais sociológico do que semiótico, embora não se deixem de lado os recursos semióticos usados para se construir o discurso. Por isso, temos a dimensão do texto; a dimensão da prática discursiva, o reino das instituições e de seus eventos discursivos que podem ser associados a gêneros, e a dimensão da prática social, o reino dos discursos, crenças, ideologias e poder. As representações de Hodge e Kress e de Fairclough, ao fim e ao cabo, são apropriações e transformações do modelo tripartite de Semiótica Social de Halliday em que a linguagem (texto) é produzida em contextos de situação específicos em contextos de cultura mais abrangentes, para criar representações e relações interpessoais por meio de mensagens. O projeto de mapeamento do campo de estudos no Brasil e em Portugal tem como metas específicas: 1. A consolidação de uma lista consensual de termos, elaborada com base em discussões de pesquisadore(a)s da UnB, PUC/SP, UFRJ, UNISUL, e UFSC no âmbito nacional; do pesquisador Carlos Gouveia, da Universidade de Lisboa, e da pesquisadora Carmen Rosa Caldas-Coulthard, da University of Birmingham, no âmbito internacional, com base nos subsídios de traduções já existentes para a Língua Portuguesa. Alguns exemplos da lista de termos traduzidos até então levantados e que estarão disponíveis na lista de discussão no início do semestre letivo de 2006 são apresentados no Quadro 1, abaixo: Tradução Aparelhos Ideológicos de Estado (AIEs) Agência Agente Agregação Anacronismo Análise da Conversação (AC) Análise de Discurso Abrangente Apagamento Aspectos de polidez Original Ideological State Apparatuses (ISAs) Agency Agent Aggregation Anachronism Conversation Analysis (CA) Comprehensive Discourse Analysis Deletion Politeness features 30 Olhares em Análise de Discurso Crítica

15 ISBN Célia Maria Magalhães Assimilação Associação Ator social Autonomização de enunciado Beneficiários Categorização Circunstância de acompanhamento Circunstancialização Classificação Código elaborado Código restrito Quadro 1. Lista bilíngüe de termos em ACD. Assimilation Association Social actor Uterrance autonomisation Beneficiaries Categorisation Circumstances of accompaniment Circunstancialization Classification Elaborated code Restricted code 2. A compilação de resumos de dissertações, teses e artigos acadêmicos de pesquisadore(a)s do Brasil e de Portugal no campo da ACD, com base nas quais será gerada uma lista de termos que serão associados aos temas de interesse dos referidos pesquisadores. 3. A criação de um banco de dados, a ser sediado pela FALE/UFMG, com um diretório constituído pelos resumos e abstracts compilados, a lista de palavras-chave norteadora dos trabalhos de pesquisadore(a)s brasileiro(a)s e portuguese(a)s e um diretório de textos que venham a ser publicados com base no trabalho de mapeamento realizado e autorizados para divulgação na página do projeto Conforme exposto acima, já contamos com os periódicos e coletâneas citadas, dentre outras publicações cujos resumos e termos serão referenciados. Considerações Finais Retomando a introdução deste trabalho, creio que os propósitos ali descritos foram atingidos, pelo menos, dentro do escopo pretendido. Concentrei-me, em primeiro lugar, nos textos fundacionais de Halliday e de outros seguidores de sua teoria que contribuíram para difundir e criar escolas de análise do discurso baseadas na LSF; fiz uma rápida descrição dos conceitos principais norteadores dessas escolas; fiz uma breve revisão de coletâneas publicadas com trabalhos em AD no âmbito acadêmico de Língua Inglesa; parti dessa revisão para apresentar, de forma sucinta, algumas coletâneas que têm se concentrado na ACD como tema e, ainda, abordagens de discurso de pesquisadores contemporâneos que têm como teoria e método de análise textual a LSF. Por fim, relatei o esforço conjunto de pesquisadores brasileiros e portugueses para iniciar o projeto de mapeamento e referenciação dos trabalhos produzidos por seus grupos de pesquisadores, o qual Olhares em Análise de Discurso Crítica 31

16 Parte I Caminhos Teóricos Percursos das Abordagens Discursivas Associadas à Lingüística Sistêmica Funcional está em andamento e tem previsão para terminar ao final do ano de Como todo trabalho de revisão teórica, o propósito é contribuir com os demais pesquisadores que se interessam pelo discurso com base nas perspectivas citadas, fazendo referência a trabalhos e a termos-chave dessas perspectivas. Além disso, gostaria de atingir o objetivo subsidiário de incentivar tais pesquisadores a participar do projeto de mapeamento dos trabalhos brasileiros, incluindo no banco de dados os seus resumos e abstracts e participando da lista de discussão dos termos traduzidos para o português. Referências Bibliográficas BLOMMAERT, J. Discourse. Cambridge, UK: Cambridge University Press, Caldas-Coulthard, C. R. From discourse analysis to critical discourse analysis: theoretical developments. In: Trabalhos em lingüística aplicada, v. 21, jan./jun. 1993, p Caldas-Coulthard, C. R.; COULTHARD, R. M. (Eds.). Texts and practices: readings in critical discourse analysis. London, New York: Routledge, CALDAS-COULTHARD, C. R.; FIGUEIREDO, D. C. (Orgs.). Análise crítica do discurso. Linguagem em (dis)curso, v. 4, Número Especial, COULTHARD, R. M. An introduction to discourse analysis. London: Longman, COULTHARD, R. M. (Ed.). Advances in spoken discourse analysis. London, New York: Routledge, (Ed.). Advances in written text analysis. London, New York: Routledge, COUPLAND, N.; JAWORSKI, A. Sociolinguistics: a reader and coursebook. St. Martin s Press, EGGINS, S. An introduction to systemic functional linguistics. London, New York: Continuum, FAIRCLOUGH, N. Language and power. London, New York: Longman, Discourse and social change. Oxford, UK; Cambridge, MA: Polity Press and Blackwell, New labour, new language? London: Routledge, Olhares em Análise de Discurso Crítica

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18 Parte I Caminhos Teóricos Percursos das Abordagens Discursivas Associadas à Lingüística Sistêmica Funcional LEECH, G.; SHORT, M. Style in fiction: a linguistic introduction to english fictional prose. London; New York: Longman, MAGALHÃES, Célia. Reflexões sobre a análise crítica do discurso. Belo Horizonte: FALE-UFMG, Magalhães, I. Por uma abordagem crítica e explanatória do discurso. Revista Delta, v. 2, n. 2, 1986, p MAGALHÃES, I.; RAJAGOPALAN, K. (Orgs.). Análise Crítica do Discurso. Revista Delta, v. 21, Especial, MARTIN, J. R. English text: system and structure. Philadelphia, Amsterdam: John Benjamins, MARTIN, J. R.; ROSE, D. Working with discourse: meaning beyond the clause. London, New York: Continuum, Mills, Sara. Discourse. London, New York: Routledge, PAGANO, A. S. Abordagens sistêmicas da tradução. São Paulo: Contexto, no prelo. PEDRO, E. R. (Ed.). Análise crítica do discurso. Lisboa: Editorial Caminho, SCHRIFFIN, D.; TANNEN, D.; HAMILTON, H. E. (Eds.) The handbook of discourse analysis. USA, UK e Australia: Blackwell Publishing, SCHRIFFIN, D. Approaches to discourse. London: Blackwell, SINCLAIR, J. McH.; COULTHARD, R. M. Towards an analysis of discourse: the english used by teachers and pupils. Oxford, UK: OUP, van Dijk, T. A. (Ed.). Handbook of discourse analysis: disciplines of discourse. Academic Press, (Ed.). Handbook of discourse analysis: dimensions of discourse. Academic Press, (Ed.). Handbook of discourse analysis: discourse analysis in society. Academic Press, (Ed.). Handbook of discourse analysis: discourse and dialogue. Academic Press, (Ed.). Discourse as social interaction. London, Thousand Oaks, New Delhi: Sage Publications, 1997a.. (Ed.). Discourse as structure and process. London, Thousand Oaks, New Delhi: Sage Publications, 1997b. 34 Olhares em Análise de Discurso Crítica

19 ISBN Célia Maria Magalhães VAN LEEUWEN, T. Introducing social semiotics. London, New York: Routledge, WEISS, G.; WODAK, R. (Eds.). Critical discourse analysis: theory and interdisciplinarity. London, New York: Palgrave MacMillan, Wodak, R.; Meyer, M. (Eds.). Methods of critical discourse analysis. London, Thousand Oaks, New Delhi: Sage, YOUNG, L.; HARRISON, C. Systemic functional linguistics and critical discourse analysis: studies in social change. London, New York: Continuum, Olhares em Análise de Discurso Crítica 35

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