UFRRJ INSTITUTO DE ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA DISSERTAÇÃO

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1 UFRRJ INSTITUTO DE ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA DISSERTAÇÃO Rendimento de Carne e Bioecologia do Camarão de Água Doce Macrobrachium olfersii (Wiegmann, 1836) (Crustacea, decapoda, Palaemonidae) do Rio Sahy, Mangaratiba/RJ. Charlene Moreira da Silveira 22

2 UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA RENDIMENTO DE CARNE E BIOECOLOGIA DO CAMARÃO DE ÁGUA DOCE Macrobrachium olfersii (WIEGMANN, 1836) (CRUSTACEA, DECAPODA, PALAEMONIDAE) DO RIO SAHY, MANGARATIBA/RJ. CHARLENE MOREIRA DA SILVEIRA Sob a orientação da Professora Lídia Miyako Yoshii Oshiro Dissertação submetida como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Ciências no Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, Área de Concentração em Produção Animal. Seropédica Março de 22

3 UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO RIO DE JANEIRO INSTITUTO DE ZOOTECNIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ZOOTECNIA CHARLENE MOREIRA DA SILVEIRA Dissertação submetida como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em Ciências em Zootecnia, no Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, área de Concentração em Produção Animal. APROVADA EM----/----/ Lídia Miyako Yoshii Oshiro. Dra. UFRRJ. (Orientadora) Marcelo Antônio Amaro Pinheiro. Dr. FIPERJ José Teixeira de Seixas Filho. Dr. FIPERJ

4 AGRADECIMENTOS À todos que contribuíram para a realização deste trabalho, em especial: À professora Doutora Lídia Miyako Yoshii Oshiro pela orientação, amizade e estimulo recebido, bem como a dedicação demonstrada durante toda a realização deste trabalho. Ás amigas Giovana Valverde Lima, Rejane Silva e Zilanda de Souza Silva, da Estação de Biologia Marinha da UFRRJ, pelo incentivo e sugestões fornecidas ao longo deste trabalho. Ao funcionário da EBM Casimiro Antônio Alves pela amizade e auxilio nas coletas. Ao Benedito Albernaz Lima, pelo apoio e auxilio nas diferentes coletas realizadas ao longo dos meses;bem como a amizade construída. À minha família pela força e estímulos durante todos os anos de estudos. Em especial, à minha mãe Maurilia Moreira da Silveira pela grande amizade, incentivo e dedicação

5 RESUMO SILVEIRA, Charlene Moreira. Rendimento de carne e bioecologia do camarão de água doce Macrobrachium olfersii (Wiegmann, 1836) (Crustacea, Decapoda, Palaemonidae) do Rio Sahy, Mangaratiba/RJ p. Dissertação (Mestrado em Zootecnia). Instituto de Zootecnia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 22. O Macrobrachium olfersii é um pequeno camarão de água doce, muito abundante nos rios que deságuam na Baía de Sepetiba. Este trabalho teve como objetivo obter informações sobre a estrutura populacional, distribuição espacial e temporal, biologia reprodutiva e o rendimento de carne dessa espécie no Rio Sahy, Município de Mangaratiba. As coletas foram realizadas no período de mar/98 a fev/99 em seis estações, preestabelecidas de acordo com a distância em relação à foz. A captura foi realizada com peneiras de malha 2, e,5 mm. No laboratório, procedeu-se a identificação, sexagem, biometria, contagem dos ovos (5 fêmeas) das larvas (2 fêmeas). A determinação do rendimento de carne foi efetuada para 146 exemplares. Foram capturados indivíduos, sendo 39 machos, 638 fêmeas (destas 146 fêmeas ovígeras) e jovens. O comprimento total variou de 2,5 a 62,mm para os machos, 2,4 a 65,mm para as fêmeas e de7, a 2,mm para os jovens. A razão sexual total observada foi de 1,63 fêmeas para cada macho. M. olfersii ocorreu em todas as estações do ano. Os jovens de menor tamanho apresentam abundância crescente da primavera ao outono e nas estações V e VI, posteriormente migrando rio acima. Os machos e as fêmeas ocorreram em maior abundância no verão e a distribuição espacial ocorreu de forma decrescente da estação I para a III. As fêmeas ovígeras foram mais abundante no verão e na estação IV. A reprodução ocorreu durante todas as estações do ano, com intensificação na primavera-verão. A maturidade sexual individual foi de 25,6mm de comprimento total e a maturidade populacional foi estimada para a classe de comprimento total de 32 a 37mm. A fecundidade média estimada foi de ovos, variando de 233 a 8.6 ovos. O tamanho médio dos ovos foi de 48µm para o eixo menor e 72µm para o eixo maior, apresentando forma elíptica. A fertilidade média obtida foi de 51 larvas/fêmea, tendo a fertilidade individual variado de 114 a ovos. O rendimento médio da parte comestível do M. olfersii foi de 3,3%, verificando que a relação entre o peso total e o peso da cauda aumenta com o tamanho do animal, porém o rendimento no descabeçamento diminui, apresentando aumento da proporção do peso do cefalotórax. A partir da classe de peso total de 3,18 a 4,4g e da classe de comprimento total de 48,4 a 51,8mm, o rendimento de carne tornou-se inviável. Palavras chave: Macrobrachium olfersii. Camarão de água doce. Rendimento de carne. Bioecologia. Reprodução

6 ABSTRACT SILVEIRA, Charlene Moreira. Meat yield and bioecology of the freshwater prawn, Macrobrachium olfersii (Wiegmann, 1836) (Crustacea, Decapoda, Palaemonidae) of the Sahy River, Mangaratiba/RJ p. Disertation (Magister Scientiae in Animal Science). Instituto de Zootecnia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica, RJ, 22. Macrobrachium olfersii is a small-size prawn abundant in rivers that flow into Sepetiba bay. This work aims to get information about the population structure, spatial and seasonal distribution, reproductive biology and meat yield of this specie in Sahy River, Mangaratiba County. The samples were colleted from Mar/98 to Feb/99 at six pre established stations determined by the distance from the mouth of the river. The capture was made by using sieves with mesh of 2. and.5 mm. In the laboratory, the species were indetified, sexed and measured. Eggs from 5 ovigerous females and larvae from 2 females were counted. Meat yield determination was applied in 146 exemplaires. Out of individuals captured 39 were male, 638 females (among them 146 were ovigerous females) and juveniles. The total length varied from 2.5 to 62.mm for males, 2.4 to 65.mm for females and 7. to 2.mm for juveniles. The total sex ratio observed was 1.63 females per male. M. olfersii were observed in all seasons of the year. The minor juveniles presented a larger and crescent quantity from spring to autumn and in stations V and VI. Subsequently, they migrated up the river. The males and females sbundance was more regular in summer and the spatial distribution decreased from station I to III. However ovigerous females abundance was higher in summer and in station IV. Their reproduction occurred during all seasons but it was intensified in spring and summer. The individual sexual maturity was 25.6mm total length and the population maturity was estimated to the length class of 32 to 37. The average fecundity range was of eggs showing a variation from 233 to 8.6 eggs. The average size of the eggs was 48µm for the smallest axis and 72µm for the largest one, presenting an elliptic shape. The average fertility was 51 larvae/female with individual fertility between 114 to larvae/female. The average edible parts yield of the M. olfersii was 3.3%, showing that the ratio between the total weight and the tail weight increases as the animal size becomes bigger. However the beheaded the meat yield decreases, showing a cephalothorax proportional weight increase. From the total weight class of 3.18 to 4.4g and the total length class of 48.4 to 51.8mm the meat yield became impracticable. Key words: Macrobrachium olfersii, Freshwater prawn. Meat yield. Bioecology. Reproduction.

7 ÍNDICE DE FIGURAS Figura 1- Localização da desembocadura do Rio Sahy, Baía de Sepetiba, Município de Mangaratiba/RJ... 3 Figura 2- Vista geral da Estação I, Rio Sahy Mangaratiba/RJ... 4 Figura 3- Vista geral da Estação II, Rio Sahy Mangaratiba/RJ... 5 Figura 4- Vista geral da Estação III, Rio Sahy Mangaratiba/RJ... 5 Figura 5- Vista geral da Estação IV, Rio Sahy Mangaratiba/RJ... 6 Figura 6- Vista geral da Estação V, Rio Sahy Mangaratiba/RJ... 6 Figura 7- Vista geral da Estação VI, Rio Sahy Mangaratiba/RJ... 7 Figura 8- Variação mensal da salinidade no Rio Sahy, durante o período de mar/98 a fev/ Figura 9- Variação mensal da profundidade média no Rio Sahy, durante o período de mar/98 a fev/ Figura 1- Variação mensal da temperatura do ar e da água no Rio Sahy, durante o período de mar/98 a fev/ Figura 11- Variação média da temperatura da água e do ar no Rio Sahy nas estações de coleta, durante o período de mar/98 a fev/ Figura 12- Variação média da profundidade no Rio Sahy nas estações de coleta, durante o período de mar/98 a fev/ Figura 13- Macrobrachium olfersii Distribuição percentual de indivíduos coletados no rio Sahy, no período de mar/98 a fev/ Figura 14- Macrobrachium olfersii Distribuição da freqüência relativa dos machos e fêmeas (a) e dos jovens (b), capturados no Rio Sahy, no período de mar/98 a 13 fev/99... Figura 15- Macrobrachium olfersii Valores da razão sexual (fêmeas : machos) de acordo com as estações do ano (a) e estações de coleta (b), dos animais coletados no Rio Sahy, no período de mar/98 a fev/ Figura 16- Macrobrachium olfersii Distribuição do número de indivíduos coletados no Rio Sahy, no período de mar/98 a fev/ Figura 17- Macrobrachium olfersii Distribuição do número de indivíduos jovens, com a estação do ano, de acordo com a classe de comprimento, coletados no Rio Sahy, no período de mar/98 a fev/ Figura 18- Macrobrachium olfersii Abundância absoluta de machos e fêmeas, de nas estações do ano, coletados no Rio Sahy, no período de mar/98 a fev/ Figura 19- Macrobrachium olfersii Distribuição do número de indivíduos, de acordo com as estações do Rio Sahy, no período de mar/98 a fev/ Figura 2- Macrobrachium olfersii Distribuição do número de indivíduos jovens de acordo com a classe de tamanho, coletados nas estações do Rio Sahy, no período de mar/98 a fev/ Figura 21- Macrobrachium olfersii Distribuição do número de machos e fêmeas coletados no Rio Sahy, no período de mar/98 a fev/ Figura 22- Macrobrachium olfersii Distribuição do número de fêmeas ovígeras e não ovígeras, coletadas nas estações do Rio Sahy, no período de mar/98 a fev/

8 Figura 23- Macrobrachium olfersii Distribuição percentual dos jovens nas diferentes estações de coleta do Rio Sahy, durante as estações do ano, no período de mar/98 a fev/ Figura 24- Macrobrachium olfersii Distribuição percentual dos machos nas diferentes estações de coleta do Rio Sahy, durante as estações do ano, no período de mar/98 a fev/ Figura 25- Macrobrachium olfersii Distribuição percentual das fêmeas nas diferentes estações de coleta do Rio Sahy, durante as estações do ano, no período de mar/98 a fev/ Figura 26- Macrobrachium olfersii Distribuição das fêmeas não ovígeras e ovígeras, coletadas no Rio Sahy, de acordo com as estações do ano, durante o período de mar/98 a fev/ Figura 27- Macrobrachium olfersii Distribuição do número de fêmeas ovígeras, de acordo com a classe de comprimento total (a) e classe de comprimento de cefalotórax (b), coletados no Rio Sahy, no período de mar/98 a fev/ Figura 28- Macrobrachium olfersii Relação entre a fecundidade e a classe de comprimento total (a) e classe de comprimento do cefalotórax (b), das fêmeas coletadas no Rio Sahy, no período de mar/98 a fev/ Figura 29- Macrobrachium olfersii Distribuição do número médio de larvas eclodidas pelas fêmeas, de acordo com o comprimento total, coletadas no rio Sahy, no período de mar/98 a fev/ Figura 3- - Macrobrachium olfersii (a) Relação entre o peso da cauda (WC) e o peso total (WT); (b) Relação entre o peso da cauda (WC) e o comprimento total (LT) Figura 31- Macrobrachium olfersii (a) Relação entre o peso da cauda limpa (WL) e o peso total (WT); (b) Relação entre o peso da cauda limpa (WL) e o comprimento total (LT) Figura 32- Macrobrachium olfersii (a) Relação entre o rendimento no descabeçamento (DC) e o peso total (WT); (b) Relação entre o rendimento no descabeçamento (DC) e o comprimento total (LT) Figura 33- Macrobrachium olfersii (a) Relação entre o rendimento na limpeza (DC) e o peso total (WT); (b) Relação entre o rendimento na limpeza (R) e o comprimento total (LT)... 29

9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO MATERIAL E MÉTODOS Área de Estudo Coleta em Campo Trabalho em Laboratório e Análise dos Dados RESULTADOS E DISCUSSÃO Dados Ambientais Estrutura Populacional Distribuição Sazonal e Espacial de M. olfersii Biologia Reprodutiva Rendimento de Carne CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 28

10 1 INTRODUÇÃO Os camarões de água doce se destacam por realizarem migração durante a época de reprodução, geralmente do rio para a foz. As fêmeas ovadas procuram água salobra para a eclosão das larvas, onde se desenvolvem, atingem a fase de pós-larva e retornam para os rios (BUENO, 1981). RODRIGUEZ (1981), justifica a relação de dependência de algumas espécies com o ambiente estuarino, à necessidade da concentração de cloretos durante o seu desenvolvimento larval, classificando as espécies de camarões em litorâneas e continentais. Segundo COELHO & RAMOS-PORTO (1985), as espécies litorâneas são encontradas nas bacias costeiras e no curso inferior dos grandes rios, com suas fêmeas migrando para o estuário no período de desova, ao contrário das espécies continentais que estão confinadas ao habitat de água doce. Os palemonídeos são denominados, genericamente, como camarões de água doce, passando pelo menos uma fase de seu ciclo de vida em ambiente dulcícola (COELHO et al.1982). A família Palaemonidae está distribuída por todos os continentes, com seus representantes vivendo principalmente nas águas salobra e doce. Compreende quatro subfamílias: Typhlocaridinae, Pontoniinae, Euryrhynchinae e Palaemoninae; esta última a mais significativa, registrando-se para o Brasil sete gêneros e vinte e nove espécies. Para o sudeste e sul do país são conhecidos os gêneros Pseudopalaemon, Palaemon, Palaemonetes e Macrobrachium (GOMES-CORRÊA, 1977; BOND-BUCKUP & BUCKUP, 1989; MÜLLER & ARAÚJO, 1994). De acordo com FONSECA (1995), das quatros subfamílias pertencentes à família Palaemonidae, apenas a subfamília Palaemoninae está representada na rede fluvial do Rio de Janeiro, com dois gêneros: Palaemon Weber, 1975 e Macrobrachium Bate, O gênero Macrobrachium apresenta seis espécies: Macrobrachium acanthurus (Wiegmann, 1836), Macrobrachium carcinus (Linnaeus, 1758), Macrobrachium heterochirus (Wiegmann, 1836), Macrobrachium olfersii (Wiegmann, 1836), Macrobrachium potiuna (Müller, 188) e Macrobrachium iheringi (Ortmann, 1897) (COELHO & RAMOS-PORTO, 1998). M. olfersii, é uma espécie que ocorre em águas tropicais e subtropicais, distribuindo-se desde a região sudeste dos Estados Unidos até o Sul do Brasil. Está localizada nas bacias costeiras e no curso inferior dos grandes rios (COELHO& RAMOS-PORTO, 1985). Trata-se de espécie de pequeno porte, sem valor econômico, embora apresente grande importância trófica, servindo de alimento para peixes carnívoros, por ser utilizada no consumo humano ou como isca nas pescarias com anzol (HOLTHUIS, 198). Os trabalhos conhecidos sobre M. olfersii tratam de seu desenvolvimento larval (DUGGER & DOBKIN, 1975), sistemática (HOLTHUIS, 1952, GOMES-CORRÊA, 1977; COELHO & RAMOS-PORTO, 1985; BOND-BUCKUP & BUCKUP, 1989; FONSECA,1995) e fisiologia (McNAMARA et al. 198; McNAMARA & MOREIRA, 1987; McNAMARA, 1987, 1989, 1993; FREIRE & McNAMARA, 1995; SANTOS & McNAMARA, 1996; LIMA et al. 1997; McNAMARA & LIMA 1997). Trabalhos sobre sua biologia reprodutiva, foram realizados em Santa Catarina, Sul do Brasil por 1

11 BARROS, (1995), MÜLLER et al..,(1999) e AMMAR et al., (21), requerendo uma análise sobre o assunto para outras localidade, haja visto sua ampla distribuição geográfica. A carcinicultura de água doce tem sido direcionada ao cultivo da espécie malasiana Macrobrachium rosenbergii (De Man, 1879), ocorrendo poucos estudos sobre espécies nativas brasileiras, apesar de sua importância como fonte de proteína para as populações ribeirinhas ou para pequenos núcleos geográficos (PAIVA & BARRETO, 196) Entre as espécies de Macrobrachium mais conhecidas no Brasil com potencial para exploração econômica estão: Macrobrachium carcinus, Macrobrachium acanthurus e Macrobrachium amazonicum. Segundo CARVALHO (1978), o cultivo de crustáceos depende basicamente da manutenção de um estoque de reprodutores que possa assegurar a continuidade da produção larval durante todo o ano. No Brasil a captura e comercialização de camarões do gênero Macrobrachium são práticas artesanais que resultam numa produção limitada, atendendo apenas as populações locais ou muito próximas. Para se determinar o tamanho ideal para a despesca e a produção de alimento de boa qualidade, torna-se necessário estabelecer o rendimento de uma espécie, que é definido por LOBÃO et al. (1984) como a proporção do peso total do animal aproveitada para o consumo humano. Embora Macrobrachium olfersii não seja um animal considerado viável economicamente para o cultivo, devido ao pequeno porte, esta espécie destaca-se por sua elevada abundância nos ambientes naturais, demonstrando certo grau de resistência em relação às outras espécies e a freqüência com que são vistos servindo como isca e alimentação humana. Tal fato norteou os objetivos deste trabalho, em estudar o rendimento da carne e os aspectos bioecológicos desta espécie, particularmente no que se refere à sua estrutura populacional, distribuição (sazonal e temporal) e a biologia reprodutiva de uma população no Rio Sahy. 2

12 2 MATERIAL E MÉTODOS 2.1 Área de Estudo O trabalho foi realizado no Rio Sahy, localizado no Município de Mangaratiba, litoral sul do Estado do Rio de Janeiro, durante o período de mar/98 a fev/99 (Fig. 1). Figura 1. Localização da desembocadura do Rio Sahy na Baía de Sepetiba, Município de Mangaratiba/RJ. O Rio Sahy localiza-se dentro dos limites da Fazenda Santa Helena, apresentando sua nascente na Serra do Piloto, Bairro do Rubião e desembocando na Praia do Sahy. A vegetação local é característica da Mata Atlântica, apresentando gramíneas constituindo a vegetação marginal que contribuem com substrato para os organismos aquáticos. Foram pré-estabelecidas seis estações de coleta no Rio Sahy, de acordo com a distância em relação à foz e o tipo de declividade do terreno: Estações I e II - pontos mais distantes da foz (± 2 km) apresentando grande declividade, elevada velocidade de água e com presença de substrato rochoso e arenoso (Figs. 2 e 3). Estação III e IV - pontos intermediários do rio acerca de 1 Km da foz, apresentando declividade média, reduzida velocidade de água e substrato arenoso, com acúmulo de material orgânico vegetal junto às margens (Figs. 4 e 5). 3

13 Estação V e VI pontos mais próximos à foz (±,5 Km) caracterizados por pequeno declive, reduzida velocidade de água, influência periódica da salinidade, substrato areno-lodoso e grande quantidade de vegetação marginal (Figs. 6 e 7). 2.2 Coleta em Campo As coletas foram sempre realizadas na última quinzena de cada mês. A amostragem consistiu em passar dois tipos de peneiras (5 cm de diâmetro e 2 mm de malha e 15 cm de diâmetro e,5 mm de malha), através de movimentos ascendentes e rápidos junto a vegetação marginal, na superficie lateral das rochas e nos restos vegetais acumulados no leito. Figura 2. Vista geral da Estação I, Rio Sahy Mangaratiba/RJ. 4

14 Figura 3. Vista geral da Estação II, Rio Sahy Mangaratiba/RJ. Figura 4. Vista geral da Estação III, Rio Sahy Mangaratiba/RJ. 5

15 Figura 5. Vista geral da Estação IV, Rio Sahy Mangaratiba/RJ. Figura 6. Vista geral da Estação V, Rio Sahy Mangaratiba/RJ. 6

16 Figura 7. Vista geral da Estação VI, Rio Sahy Mangaratiba/RJ. Para cada estação de coleta foram tomadas a temperatura do ar e da água, através da utilização de um termômetro de mercúrio. A salinidade da água foi verificada apenas nas duas últimas estações de coleta, V e VI, onde havia influência da água do mar, utilizando-se um salinômetro. A profundidade foi verificada através de uma régua graduada em centímetros, utilizada em cada estação de coleta. Os animais coletados foram acondicionados em sacos plásticos com água local, etiquetados e levados ao laboratório da Estação de Biologia Marinha da UFRRJ, em Itacuruçá/RJ. 2.3 Trabalho em Laboratório e Análise dos Dados Os animais foram fixados em formaldeído a 1% e, posteriormente, conservados em álcool 7% no laboratório. Após a triagem e identificação, segundo GOMES-CORRÊA (1977), os animais foram sexados pela inspeção da morfologia do endito do segundo par de pleópodos. Todos os indivíduos capturados foram mensurados com auxílio de um paquímetro com,1 mm de precisão, medindo-se o comprimento total (CT) (medida compreendida da extremidade do rostro a porção posterior do telso) e comprimento do cefalotórax (CC) (medida entre a base do pedúnculo ocular e a extremidade posterior do cefalotórax). Todos os indivíduos que apresentaram comprimento total (CT) inferior a 2mm foram considerados jovens, devido a ausência do apêndice masculino até este tamanho. O período reprodutivo do M. olfersii foi determinado através da análise da freqüência mensal de fêmeas ovígeras capturadas ao longo do período de coleta, enquanto a razão sexual foi determinada sazonalmente através da proporção fêmea: 7

17 machos. O teste do X 2 foi utilizado para comparação das médias (α 5%), X 2 calculado< X 2 tabelado, aceita Ho; X 2 calculado > X 2 tabelado, rejeita Ho. A maturidade sexual individual foi obtida pelo comprimento apresentado pela menor fêmea ovígera capturada (MÜLLER et al.1996), enquanto que a maturidade sexual populacional foi estimada para a classe de comprimento total em que se completa 5% do número de fêmeas ovígeras da população estudada (SANTOS, 1978). As fêmeas ovígeras foram identificadas pela presença de ovos aderidos aos pleópodos e individualizadas para a estimativa da fecundidade. Segundo SANTOS (1978), chama-se fecundidade ao número total de ovos posto por fêmea por desova. Em carcinologia, este conceito tem sido empregado por grande número de autores, entre os quais destacam-se RASALAN et al. (1969), TRUESDALE & MERMILLIOD (1979), BOND & BUCKUP (1982), VALENTI (1984), LOBÃO et al. (1985) e MELO et al. (1994). A fecundidade média foi estimada pelo cálculo da média do número de ovos de 5 fêmeas. A massa de ovos aderida aos pleópodos foi retirada e dissociada por 3 segundos em hipoclorito de sódio, sendo então lavada em água corrente e colocada num béquer de 5ml. Foram retiradas três subamostras de 1ml, que foram colocadas numa placa quadriculada para contagem do número de ovos com um contador manual, sob um microscópio estereoscópico. A média do número de ovos destas três subamostras foi utilizada para estimar o número total de ovos obtendo por regra de três simples a fecundidade individual. As relações entre a fecundidade e o comprimento total e a fecundidade e o comprimento do cefalotórax, foram analisadas através da regressão linear representada pela equação y = a + bx. O tamanho dos ovos de cada uma das 5 fêmeas foi mensurado em relação ao seu eixo maior e menor (comprimento e largura), tomando-se uma amostra de 2 ovos de cada fêmea e obtendo-se a média. Esses ovos foram medidos com um microscópio estereoscópico munido de uma ocular micrométrica sob aumento de 25x. Para o estudo da fertilidade (número de larvas produzidas por desova), foram capturadas 3 fêmeas ovígeras individualizadas em aquários com água doce e plantas aquáticas até a eclosão das larvas. Ao eclodir, as larvas foram contadas para estabelecer a relação entre o comprimento total e o número de larvas e a relação entre o comprimento do cefalotórax e o número de larvas, sendo analisadas através da regressão linear descrita pela equação y = a + bx. A análise sazonal dos dados compreendeu o agrupamento de meses, conforme segue: Outono (março, abril e maio); Inverno (junho, julho e agosto); Primavera (setembro, outubro e novembro) e Verão (dezembro, janeiro e fevereiro). O rendimento da carne de M. olfersii foi determinado pela analise de 146 exemplares, congelados no freezer até o processamento. Após o descongelamento, o comprimento total (CT), foi mensurados com paquímetro de,1mm de precisão enquanto o peso total (WT), o peso após o descabeçamento (WC), e o peso da cauda limpa (WL), pela remoção do exoesqueleto do abdome e do telso, foram registrados numa balança analítica com precisão de,1 g. O rendimento médio no descabeçamento (DC %) e na limpeza (R %), foram calculados pelas fórmulas citadas por Lobão et al. 1988: DC% = WC x 1 R% = WL x 1 WT WT 8

18 A porcentagem de resíduos (RS) foi determinado pela diferença entre o peso total (WT) e o peso da cauda limpa (WL) (LOBÃO et al.,1988). 9

19 3 RESULTADOS E DISCUSSÃO 3.1 Dados Ambientais A salinidade nas estações V e VI variaram de a 5, apresentando os maiores valores durante os meses de inverno. Na estação V e VI a salinidade foi mais elevada no mês de junho coincidindo com o período de seca (Fig. 8). A profundidade média do Rio Sahy foi de 42,2 ± 15,2cm, apresentando variações entre 27 a 83cm (Fig. 9). A maior profundidade ocorreu no mês de novembro/98, coincidindo com a época das chuvas. A temperatura média do ar durante os meses de coleta foi de 25,6 ± 3,51 o C com variação de 21,7 a 31,6 o C, enquanto a temperatura média da água foi de 22,3 ± 1,77 o C, com variação de 19,6 a 24,8 o C (Fig. 1). A temperatura mais reduzida foi registrada para o mês de junho, elevando-se nos meses seguintes. Os valores mais altos foram registrados para os meses de novembro a fevereiro, correspondendo ao verão. A temperatura média do ar e da água, apresentaram uma variação muito sutil entre as estações de coleta (Fig. 11). A menor profundidade média foi observada na estação III, com média de 3,cm (Fig. 12). 6 Salinidade % mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev Meses st v st VI Figura 8. Variação mensal da salinidade no Rio Sahy, durante o período de mar/98 a fev/99. 1

20 mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev Profundidade (cm) Meses Figura 9. Variação mensal da profundidade média no Rio Sahy, durante o período de mar/98 a fev/ mar abr mai Temperatura C jun jul ago set out nov dez jan fev Meses AR ÁGUA Figura 1. Variação mensal da temperatura do ar e da água no Rio Sahy, durante o período de mar/98 a fev/99. 11

21 Temperatura C I II III IV V VI Estações ar água Figura 11. Variação média da temperatura da água e do ar no Rio Sahy nas Estações de coleta, durante o período de mar/98 a fev/99.,6,5 Profundidade (cm),4,3,2,1 I II III IV V VI Estações Figura 12. Variação média da profundidade no Rio Sahy nas estações de coleta, durante o período de mar/98 a fev/ Estrutura Populacional Para o presente estudo foram capturados exemplares de M. olfersii, sendo jovens (81,9%), 39 machos (6,9%), 638 fêmeas (11,2%) das quais 146 eram ovígeras (Fig.13). Os exemplares apresentaram uma variação de comprimento total de 7, a 65,mm, sendo esta variação de 7, a 2,mm para os jovens, 2,5 a 62,mm para os machos e de 2,4 a 65,mm para as fêmeas. Dentre os jovens, os animais da classe de tamanho de 12, a 17,mm foram os mais abundantes, seguidos da classe de 17, a 22.mm (Fig.14). 12

22 6,9% 8,8% 2,4% 81,9% Jovem Macho Fêmea Fêmea ovígera Figura 13. Macrobrachium olfersii Distribuição percentual de indivíduos coletados no Rio Sahy, no período de mar/98 a fev/99. Freqüência Relativa (%) (a) Intervalo de Classe Macho Fêmea Freqüência Relativa (%) ,-12, (b) 12,-17, Intervalo de Classe 17,-22, Jovem Figura 14. Distribuição da freqüência relativa dos machos e fêmeas (a) e dos jovens (b), capturados no Rio Sahy, no período de mar/98 a fev/99. BARROS (1995), coletou em 18 meses 84 exemplares de M. olfersii em Santa Catarina, MÜLLER et al. (1999), coletaram 35 exemplares num período de 3 anos e 1 meses e AMMAR et al. (21), obtiveram 453 indivíduos em 24 meses. Todos esses autores capturaram um número de exemplares de M. olfersii bem inferiores ao do presente estudo. Em relação aos dados biométricos, MÜLLER et al. (1999) registraram o tamanhos entre 19,6 a 79,7mm e AMMAR et al. (21) entre 2,1 a 93,mm de comprimento total, com tamanho máximo pouco superior ao do presente estudo. Esta diferença observada entre o número de exemplares coletados e o tamanho dos animais, pode estar relacionada a vários fatores, indo desde o método utilizado para a coleta a captura por unidade de esforço (CPUE), até a localização das regiões estudadas, que podem contribuir para uma grande diferenciação dos fatores ambientais. 13

23 A razão sexual obtida no presente estudo foi de 1,63 (fêmea:macho), sendo inferior à razão 1,98 encontrada por BARROS (1995)e superior aquelas obtidas por MÜLLER et al. (1999) e AMMAR et al. (21), que foram de 1,17 e entre 1,33 e 1,58, respectivamente. Mas, verifica-se que em todos os estudos, houve uma predominância de fêmeas na população. A razão sexual sazonal apresentou valores crescentes do verão para o outono, quando atingiu o valor máximo de 1,92. Apenas durante o outono, foi verificado a proporção ligeiramente maior dos machos sobre as fêmeas (Fig. 15). O Teste X 2 não demonstrou diferença significativa (X 2, p>,5), aceitando Ho. BARROS (1995), encontrou um maior valor da razão sexual no mês de fevereiro (verão), coincidindo com a captura do maior número de fêmeas ovígeras, enquanto a menor abundância ocorreu em junho (inverno), coincidindo com o presente estudo. Segundo este mesmo autor, as proporções sexuais podem estar sendo influenciadas por uma intensificação na movimentação dos animais, uma vez que se admite a possibilidade das fêmeas migrarem, procurando regiões mais baixas, que podem ser influenciadas pela maré para a desova. Para o presente estudo, essa afirmação não é muito adequada, uma vez que as coletas foram realizadas em várias estações, até atingir a foz. Razão Sexual (fêmeas:machos) 2,5 2 1,5 1,5,92 1,46 1,88 1,92 outono inverno primavera verão Estações do ano Razão Sexual (fêmeas:machos) 2,5 2, 1,5 1,,5, 2,38 2, 1,64 1,45 1,25, I II III IV V VI Estações de coleta Figura 15. Macrobrachium olfersii Valores da razão sexual (fêmeas:machos) de acordo com as estações do ano (a) e estações de coleta (b), dos animais coletados no Rio Sahy, no período de mar/98 a fev/99. De acordo com WILSON & PIANKA (1963), as diferenças apresentadas em relação à proporção mendeliana de 1:1, podem ser explicadas pela mortalidade diferenciada entre os sexos e outros fatores, tais como taxa de crescimento distintas e ou diferença de tamanho entre os sexos. Além disso, LABAT (1962), acrescenta que a seletividade desigual do instrumento de coleta pode levar a uma variação na proporção mendeliana Distribuição Sazonal e Espacial de M. olfersii M. olfersii foi coletado ao longo de todas os meses do ano, apresentando maior 14

24 freqüência de jovens nos meses de março e agosto (Fig. 16). Os jovens da menor classe de comprimento total (7, a 12,2mm) ocorreram em abundância crescente, da Primavera ao Outono e estiveram em menor freqüência durante o Inverno (Fig. 17) mar abr mai jun jul ago set out nov dez jan fev N o de indivíduos Meses MACHO FÊMEA JOVEM Figura 16. Macrobrachium olfersii Distribuição do número de indivíduos coletados no Rio sahy, no período de mar/98 afev/99. A abundância de jovens da menor classe de tamanho no Outono (Fig. 17), provavelmente se deve ao recrutamento ocorrido na Primavera e Verão. Os jovens da classe de tamanho entre 12 a 17mm foram mais abundantes durante o Inverno, e os de 17 a 22mm na Primavera, sugerindo o crescimento dos animais ao longo das estações do ano. Tanto os machos como as fêmeas ocorreram com maior abundância durante o Verão (Fig. 18), o que pode ser explicado pelos jovens da classe de tamanho de 17 a 22mm, abundantes na Primavera, que cresceram e definiram os caracteres sexuais secundários, possibilitando a separação dos sexos. N o de indivíduos Outono Inverno Primavera Verão Estações do ano

25 Figura 17. Macrobrachium olfersii Distribuição do número de indivíduos jovens, com as estações do ano, de acordo com as classes de tamanho, coletados no Rio Sahy, no período demar/98 a fev/99. N o e indivíduos outono inverno primavera verão Estações do ano macho fêmea Figura 18. Macrobrachium olfersii Abundância absoluta de machos e fêmeas, nas estações do ano, coletados no Rio Sahy, no período de mar/98 a fev/99. Em relação à distribuição espacial, verificou-se que os animais jovens ocorrem em todas as estações de coleta estudadas, com a abundância crescente das estações da foz (estação VI) para aquelas mais distantes (estação I). Os machos e as fêmeas não ocorreram nas estações mais próximas à foz, isto é nas estações V e VI, onde existe influência da salinidade (Fig. 19). Observa-se nitidamente que os jovens de menor tamanho (7 e 12mm), apresentaram maior abundância nas estações V e IV, onde ocorre uma influência da maré, demonstrando a necessidade que esses animais têm da água salobra em seu desenvolvimento. A medida que os jovens vão se desenvolvendo, começam a migrar rio acima, observando-se uma maior abundância nas estações I e II, tanto dos jovens apresentando um comprimento total de 12 a 17 mm como aqueles com 17 a 2mm (Fig. 2). 16

26 No de indivíduos I II III IV V VI Estações de coleta machos fêmeas jovens Figura 19. Macrobrachium olfersii Distribuição do número de indivíduos, de acordo com as estações do Rio Sahy, no período de mar/98 a fev/99. N o de indivíduos I II III IV V VI Estações de coleta Figura 2. Macrobrachium olfersii Distribuição do número de indivíduos jovens, de acordo com as classes de tamanho, coletados nas estações do Rio Sahy, no período de mar/98 a fev/99. Os machos e as fêmeas ocorreram com abundância decrescente da estação I para III. Na estação IV, as fêmeas ocorreram em maior abundância, apresentando um número muito superior em relação aos machos (Fig. 21). A maior abundância de fêmeas ovígeras foi observada na estação IV (Fig. 22), ocorrendo numa proporção equivalente ao número de fêmeas não ovígeras, indicando que as fêmeas desta espécie não vão até a foz para desovar. Os dados indicam que as larvas são liberadas e transportadas pela correnteza até o estuário, visto que apenas uma fêmea ovígera foi coletada na estação V. 17

27 CARVALHO (1978) estudando a população de M. acanthurus no Rio do Cordeiro, BA, também admitiu que as larvas possam ser levadas ao estuário pela correnteza, retornando após a metamorfose. O mesmo foi observado por VALENTI (1984) para os camarões M. acanthurus e M. carcinus no Rio Ribeira de Iguape, SP N o de indivíduos I II III IV Estações de coleta machos fêmeas Figura 21. Macrobrachium olfersii Distribuição do número de machos e fêmeas coletadas nas estações do Rio Sahy, no período de mar/98 a fev/99. N o de indivíduos I II III IV V VI Estações de coleta Fêmea Ovígera Figura 22. Macrobrachium olfersii- Distribuição do número de fêmeas ovígeras e não ovígeras coletadas nas estações do Rio Sahy, no período de mar/98 a fev/99. Os jovens da menor classe de tamanho (7 a 12mm), ocorreram nas estações III e IV, apenas no Outono (Fig. 23). Os jovens da classe de tamanho entre 12 a 17mm, ocorreram nas estações V e VI, apenas durante o Inverno, quando o crescimento dos animais deve ter sido mais lento. Mas, essa classe de tamanho foi mais freqüente nas estações I, II, III e IV, durante 18

28 o Outono e o Inverno, enquanto na Primavera e Verão ocorreu uma maior freqüência na classe de 17 a 22mm, principalmente nas estações I, II e III (Fig.23). Quanto aos machos e fêmeas, observou-se uma distribuição muito semelhante da moda, nas estações I, II e III, na classe de comprimento de 22 a 27mm, com deslocamento visível apenas da Primavera para o Verão. Os machos apresentaram uma segunda moda nas estações I, III e IV, e as fêmeas nas estações II, III e IV (Figs. 24 e 25). A freqüência de machos e fêmeas de tamanhos maiores, bem como de uma segunda ou terceira moda, provavelmente não foi representada, devido ao método de coleta, uma vez que os animais adultos da população possuem hábitos diferentes. A coleta padronizada através de peneiras, permitiu a captura de animais de tamanhos menores, que habitavam a vegetação marginal, as folhas em decomposição no fundo e em torno das rochas. No entanto, a amostragem dos animais de tamanho maior, que se entocam entre as rochas, necessitaria de uma outro método, como o uso de covas ou remoção manual das rochas, o que somente foi efetuado na estação IV. Verifica-se que apenas a estação IV apresentou uma maior freqüência de indivíduos de maior porte, composto principalmente por fêmeas. As larvas são provavelmente liberadas na estação IV, sendo carregadas pela correnteza até atingirem o estuário. O recrutamento dos jovens de menor tamanho da população, é realizado nas estações V e VI, durante quase todas as estações do ano, mas com maior freqüência durante o Outono. Os jovens migram rio acima, distribuindose em todas as estações estudadas, mas com freqüências crescentes da estação III à I, isto é, para os locais mais distantes da foz. Ali adquirem os caracteres sexuais secundários, crescem e se acasalam, ocorrendo uma migração das fêmeas ovígeras para a estação IV, onde realizam a liberação das larvas, com maior freqüência na Primavera e Verão. O ciclo de vida é similar na maioria das espécies do gênero Macrobrachium como foi relatado por CARVALHO (1978) para o M. acanthurus, VALENTI ( 1984) para o M. acanthurus e M. carcinus e RODRIGUES et al. (1991) para o M. rosenbergii. 3.4 Biologia Reprodutiva O conhecimento do tipo de reprodução é de grande importância para a avaliação do potencial de cultivo de uma espécie ou para auxílio na manutenção dos estoques naturais. Segundo SANTOS (1978), uma população pode apresentar reprodução contínua, se ela ocorre numa mesma intensidade durante o ano todo, ou periódica, se a reprodução se der exclusivamente em determinada época do ano. Para o Rio Sahy foram observadas fêmeas ovígeras durante todas as estações do ano, embora uma maior abundância tenha ocorrido na primavera, decrescendo nas estações subseqüentes (Fig. 26). Portanto, se enquadra como reprodução contínua. Este resultado difere um pouco daqueles encontrados em Santa Catarina por BARROS (1995), que verificou um período reprodutivo com maior intensificação em dezembro e maio (verão e outono). Já AMMAR et al. (21), observaram uma flutuação no ciclo anual na Ilha de Santa Catarina, mas marcada por um período de ausência de fêmeas ovígeras. Segundo CARVALHO (1978) este período corresponde restauração do ovário e o começo de um novo ciclo reprodutivo. 19

29 Freqüência relativa(%) outono inverno primavera verão Estações do ano Fêmea não ovígera Fêmea ovígera Figura 23. Macrobrachium olfersii Distribuição das fêmeas não ovígeras e ovígeras coletadas no Rio Sahy nas estações do ano, durante o período de mar/98 a fev/99. De acordo com vários autores consultados, entre os quais CARVALHO (1978), LOBÃO et al. (1978) e BOND & BUCKUP (1982), a existência de uma estação reprodutiva longa é comum para as espécies do gênero Macrobrachium, existindo meses onde ocorre uma intensificação da desova. O comprimento total das fêmeas ovígeras de M. olfersii variou de 25,6 a 57,5mm e o comprimento do cefalotórax de 6 a 19mm. A menor fêmea ovígera mediu 25,6mm de comprimento total e 6mm de comprimento do cefalotórax. A maturidade sexual populacional foi estimada para as fêmeas ovígeras com tamanho correspondente à classe de 37 a 42mm de comprimento total e de 1 a 12mm de comprimento de cefalotórax (Fig. 27). A menor fêmea ovígera capturada por BARROS (1995), media 7,3 mm de comprimento de cefalotórax, enquanto AMMAR et al. (21), observaram a maturidade sexual individual variando de 21,2 e 27,3mm de comprimento total em duas localidades estudadas. (a) (b) N o de indivíduos ,- 12, 12, -17, 17, -22, 22, -27, 27, -32, 32, -37, 37, -42, 42, -47, 47, -52, 52, -57, 57, -62, 62, -67, N o de indivíduos ,-8, 8,-1, 1,-12, 12,-14, 14,-16, 16,-18, 18,-2, Comprimento total (mm) Comprimento do cefalotoráx (mm) 2

30 Figura 24. Macrobrachium olfersii Distribuição do número de fêmeas ovígeras, de acordo com a classe de comprimento total (a) e classe de comprimento do cefalotórax (b), coletadas no Rio Sahy, no período de Mar/98 a Fev/99. Ambos os trabalhos apresentaram tamanhos que diferiram um pouco do presente estudo. A maturidade sexual populacional observada por AMMAR et al. (21), foi estimada para um comprimento total de 45 a 5mm e 3 a 35mm para o primeiro e segundo local de coleta, respectivamente, estando próximo ao resultado encontrado para o Rio Sahy. A fecundidade média encontrada para M. olfersii foi de 2832 ovos, variando de 233 a 86 ovos. As fêmeas analisadas apresentaram comprimento total variando de 27 a 56 mm e comprimento cefalotórax de 6 a 18mm. A maior freqüência de fêmeas ovígeras foi observada no intervalo de 2 a 1 ovos em sua câmara incubadora, e a distribuição do número de fêmeas ovígeras por classe de comprimento total pode ser observado na Tabela I. Tabela I. Distribuição do número de fêmeas ovígeras e o número médio de ovos por classe de comprimento total (mm) de M. olfersii (Wiegmann,1836) no Rio Sahy-RJ. Classe de comprimento total (mm) N de fêmeas ovígeras X ± S ± ± ± ± ± ± 2145 A fecundidade de M. olfersii segundo diferentes autores, está apresentada na Tabela II, onde pode ser observada a grande amplitude de variação do número de ovos. A relação existente entre o número de ovos carregados por fêmea e o comprimento total dos indivíduos pode ser descrita pela equação y =17,67 x 1743,3 (r 2 =,17), e para a relação entre a fecundidade e o tamanho do cefalotórax foi descrita pela equação y= 364,45x 1781,8 (r 2 =,29) (Fig. 28). O coeficiente de determinação apresentou valores muito baixos, em ambas as relações, demonstrando uma ampla variação no número de ovos em relação ao tamanho das fêmeas ovígeras. Mas, verificase que a relação entre o número médio de ovos e a classe de tamanho, está diretamente relacionada ao tamanho do indivíduo, assim como nos demais crustáceos decápodos. Tabela II. Variação da fecundidade em M. olfersii. Espécie Fecundidade Local de estudo Fonte 1966 a 4683 EUA COREY & REID, a 3196 Garopaba/SC BARROS, 1995 M. olfersii 38 a 9577 Bacia Hidrográfica de MÜLLER et al., 1999 Ratones/SC 445 a 952 Ilha de Santa Catarina/SC AMMAR et al., a 4536 Ilha de Santa Catarina/SC AMMAR et al., a 86 Rio Sahy-Mangaratiba/RJ Presente estudo 21

31 Os diferentes valores de fecundidade encontrados para o M. olfersii demonstram que a fecundidade é bastante distinta nas populações estudadas. Segundo OH et al. (1999), a fecundidade pode variar de acordo com as condições fisiológicas das fêmeas, estação do ano, latitude e condições ambientais em geral. As variações na estimativa da fecundidade pode ser decorrente a diferença no tamanho dos exemplares e das características próprias de cada população. O tamanho dos ovos no presente estudo variou de 36 a 52µm na largura e de 48 a 72µm no comprimento, apresentando valores médios de 42 ±,36 e 57 ±,75µm para a largura e comprimento respectivamente. MULLER et al. (1999), encontraram 418µm para o eixo menor e 541µm para o eixo maior, diferindo um pouco do resultado aqui encontrado. Os ovos analisados apresentaram forma elíptica, registrando colorações que variaram do laranja ao marrom. Na fase inicial do desenvolvimento os ovos apresentaram coloração laranja e ausência de manchas ocelares, enquanto na fase final os ovos apresentaram coloração marrom com manchas ocelares bem definidas. Fecundidade (a) 1 9 y = 17,67x ,3 8 R 2 =, Comprimento total (mm) Fecundidade (b) y = 364,45x ,8 7 R 2 =, Comprimento do cefalotorax (mm) Figura 25. Macrobrachium olfersii Relação entre a fecundidade e a classe de comprimento total (a) e a classe de comprimento do cefalotórax (b), das fêmeas coletadas no Rio Sahy, no período de Mar/98 a Fev/99. Os ovos foram separados em relação à presença ou ausência de manchas ocelares, para verificar a relação entre o desenvolvimento dos ovos e a perda do número de ovos carregados por fêmeas. Mas, não foi possível constatar esta relação, indicando que a perda dos ovos parece estar relacionado a outros fatores. Para o estudo da fertilidade, das 3 fêmeas ovígeras capturadas apenas 2 foram selecionadas e utilizadas, devido à grande perda da massa de ovos que foi observada durante a manutenção nos aquários. A fertilidade média dos indivíduos analisados, cujos comprimentos das fêmeas variaram de 3 a 58mm de comprimento total e 8 a 15,8mm de comprimento de cefalotórax, foi de 51 larvas/fêmea, tendo a fertilidade individual variado de 114 a A relação entre a fertilidade e o comprimento total indicou a inexistência de uma corelação significativa entre essas variáveis, uma vez que os pontos se apresentaram totalmente dispersos (Fig. 29). Possivelmente, este resultado pode ser explicado pela adaptação das fêmeas ovígeras ao cativeiro, pois freqüentemente foram encontrados ovos soltos no fundo do aquário. O estágio de desenvolvimento ovos não 22

32 foi selecionado e também não foi anotado os dias de permanência nos aquários até a eclosão das larvas, prejudicando o experimento. 3.5 Rendimento de Carne Os animais apresentavam o comprimento total variando de 34,8 a 63,8 mm e o peso total de,6 a 8,33g, caracterizando uma espécie de porte médio (HOLTHUIS, 198). Fertilidade y = -,786x + 543,36 R 2 =, Comprimento total (mm) Figura 26. Macrobrachium olfersii Distribuição do número médio de larvas eclodidas pelas fêmeas, de acordo com o comprimento total, coletadas no Rio Sahy, no período de mar/98 a fev/99. Os dados obtidos referentes ao peso dos animais no descabeçamento (WC) e limpeza (WL), rendimento do animal descabeçado (DC), rendimento do animal limpo (R) e a porcentagem de resíduos (RS) para as diferentes classes de tamanho e peso estão apresentados nas Tabelas III e IV. O rendimento médio obtido no presente estudo, da parte comestível do M. olfersii foi de 3,3%, sendo pouco inferior ao rendimento de M. amazonicum com 36% (FREITAS et al.,1978) e de M. rosenbergii com 38,64% (LOBÃO et al.,1988); próximo ao de M. acanthurus com 3,9%; e superior ao de M. carcinus, que apresentou 27,5% (LOBÃO et al., 1984). As relações do peso da cauda pelo peso total e comprimento total (Fig. 3), bem como os do peso da cauda limpa pelo peso total e comprimento total (Fig. 31), evidenciaram uma correlação positiva entre as variáveis. Porém, as relações entre o rendimento no descabeçamento e o peso total e comprimento total (Fig. 32) e do rendimento na limpeza e o peso e o comprimento total (Fig. 33) Foram negativas, decrescendo com o crescimento do animal. Isto indica um aumento na proporção do peso do cefalotórax, com o crescimento do animal, característica que foi observada também por SILVA et al. (1981, apud LOBÃO, 1984) para M. acanthurus e por LOBÃO et al. (1984) para M. carcinus e M. acanthurus. 23

33 Tabela III. Macrobrachium olfersii Variações do peso médio da carne (WC), peso médio da cauda limpa (WL), rendimento do animal descabeçado (DC), rendimento do animal limpo (R) e a porcentagem de resíduos (RS) para as diferentes classes de peso (WT). WT (g) Freqüência WC (g) WL (g) DC (%) R (%) RS (%),6 1,46 65,5291,3846 5,68 36,839 63,169 1,46 2,32 39,8694, , ,917 68,983 2,32 3,18 8 1,594, , , ,824 3,18 4,4 7 1,1439,714 32,2425 2,236 79,9763 4,4 4,9 13 1,389,734 28, ,629 83,937 4,9 5,76 5 1,449, , , ,6336 5,76 6,62 3 1,617, , , ,8457 6,62 7,48 4 1,862,946 26,446 13, ,231 7,48 8,34 2 2,413 1,59 29, ,622 8,3977 A porcentagem média do resíduo do M. olfersii foi de 69,7%, resultado muito próximo ao valor encontrado por LOBÃO et al. (1984) para M. acanthurus com 69,1% de resíduo e superior ao M. rosenbergii com 61,4% (LOBÃO et al., 1988). Efetuando-se diferença entre os rendimentos do animal limpo (R), nas classes de peso total (Tabela III), verificou-se entre a primeira e a última classe de peso 17,24%, enquanto nas classes sucessivas a diferença média de 3,9 %. A partir da classe de peso 3,18 a 4,4g, o rendimento de carne torna-se inviável, visto que ocorre uma diferença no rendimento (R) entre a classe subseqüente de 7,89%, muito superior à média Realizando-se o mesmo cálculo para o comprimento total (Tabela IV), obtevese a diferença entre a primeira e a última classe de comprimento de 17,97% e a média entre as classes sucessivas de 2,38%. A partir da classe de 48,4 a 51,8 a diferença no rendimento foi de 8,71%. Portanto, para M. olfersii, coletados no Rio Sahy, considerando-se o rendimento do animal, o ideal seria o consumo de animais com pesos inferiores a 3,18g e com comprimento total inferiores a 48,4mm. 24

34 Tabela IV. Macrobrachium olfersii Variações do peso médio da carne (WC), peso médio da cauda limpa (WL), rendimento do animal descabeçado (DC), rendimento do animal limpo (R) e a porcentagem de resíduos (RS) para as diferentes classes de comprimento total (LT). LT (mm) Freqüência WC (g) WL (g) DC (%) R (%) RS (%) 34,8 38,2 13,4443, ,689 34, , ,2 41,6 3,5629,394 46, ,895 67, ,6 45, 26,6896, , , ,655 45, 48,4 23,7996, ,8382 3,28 69, ,4 51,8 22,987,642 43, ,491 71,598 51,8 55,2 13 1,1344, , ,6975 8,324 55,2 58,6 9 1,461, , , , ,6 62, 4 1,725 1,22 26, , ,281 62, 65,5 6 1,8598 1,717 28, , ,6266 (a) (b) Peso da cauda (g) 3 2,5 2 1,5 1,5 y =,228x +,3465 R 2 =,87 Peso da cauda (g) 3 2,5 2 1,5 1,5 y =,518x - 1,5425 R 2 =, Peso total (g) Comprimento total (mm) Figura 27. Macrobrachium olfersii (a) Relação entre o peso da cauda (WC) e o peso total (WT); (b) Relação entre o peso da cauda (WC) e o comprimento total (LT). 25

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