Área temática INFLUÊNCIA DE INTERVENÇÕES ANTRÓPICAS NA ZONAÇÃO BIOLÓGICA DE COSTÕES ROCHOSOS EM UBATUBA (SÃO PAULO, BRASIL)

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1 Área temática INFLUÊNCIA DE INTERVENÇÕES ANTRÓPICAS NA ZONAÇÃO BIOLÓGICA DE COSTÕES ROCHOSOS EM UBATUBA (SÃO PAULO, BRASIL) W. F. Vilano¹,³, C. R. de G. Souza¹,², R. R. Melo Los autores. Prohibida su reproducción en cualquier medio sin mencionar su fuente o su utilización con objetivos comerciales sin la autorización previa por parte de sus autores. Los responsables de la presente publicación agradecen la desinteresada colaboración de los ponentes y de los asistentes al Congreso de Gestión Integrada de Áreas Litorales, GIAL 2012, celebrado en Cádiz (España) del 25 al 27 de enero de Grupo de Investigación en Gestión Integrada de Áreas Litorales, Universidad de Cádiz, España: También en el blog del Congreso, en Cualquier sugerencia u observación, rogamos la hagan llegar al Grupo a través de cualquiera de ambos canales telemáticos.

2 2.32. INFLUÊNCIA DE INTERVENÇÕES ANTRÓPICAS NA ZONAÇÃO BIOLÓGICA DE COSTÕES ROCHOSOS EM UBATUBA (SÃO PAULO, BRASIL) W. F. Vilano¹, ³, C. R. de G. Souza¹, ², R. R. Melo 3 1 Depto. de Geografia Física FFLCH/USP, wagner.vilano@usp.br, 2 Instituto Geológico SMA/SP, 3 Campus Experimental do Litoral Paulista/UNESP. Pça. Infante Dom Henrique s/n São Vicente São Paulo Brasil, Palavras chave: Costão rochoso, zonação, impacto antrópico. RESUMEN No Brasil, os costões rochosos estão presentes quase que exclusivamente nas regiões Sudeste e Sul, entre Cabo Frio (RJ) e o Cabo de Santa Marta (SC), devido à proximidade das encostas da Serra do Mar com a linha de costa. Dentre os ecossistemas presentes na zona costeira, os costões rochosos são considerados um dos mais importantes por conterem alta riqueza de espécies de grande importância ecológica e econômica. De maneira mais específica, a distribuição dos organismos ao longo do costão rochoso decorre da atuação diferencial de fatores abióticos, tais como diferenças de temperatura, umidade, irradiância, latitude, níveis de maré e exposição as ondas e ao ar, entre outros, e de fatores bióticos como as interações biológicas competição, predação, parasitismo e mutualismo. Por tudo isso os costões rochosos são ambientes muito sensíveis e vulneráveis às mudanças climáticas, à elevação do nível do mar e às intervenções antrópicas, que podem modificar sua estrutura física e ameaçam os organismos que neles habitam. A disposição natural das espécies se dá em faixas horizontais distintas definidas segundo três zonas supralitoral, mesolitoral e infralitoral, cada qual sujeita a diferentes condições físicas e colonizada por diferentes organismos. A região supralitoral (acima do ponto mais alto alcançado pela maré) está sujeita a grandes períodos de dissecação e alta luminosidade. Algas anuais, como Porphyra, são comuns, além de gastrópodes herbívoros, crustáceos isópodes e pequenos caranguejos. A zona de mesolitoral se caracteriza por períodos alternados de imersão e emersão. É uma região rica em macroalgas, crustáceos cirripédios, moluscos bivalves (mexilhões), além de gastrópodos herbívoros e predadores e ouriços. O mexilhão Perna perna é dominante em locais expostos, enquanto Brachidontes domina em locais protegidos. A região infralitoral, se estende até onde há macroalgas e é a mais estável das três, já que possui a menor variação dos fatores abióticos. As macroalgas coralináceas incrustantes são dominantes, principalmente se há forte herbivoria, e o gênero Sargassum é o mais comum. Herbívoros como moluscos, ouriços do mar e peixes, além de hidrozoários e antozoários, são frequentes. O objetivo deste trabalho é apresentar os impactos de algumas intervenções antrópicas em costões rochosos do município de Ubatuba, Litoral Norte do Estado de São Paulo (Brasil), modificando a distribuição zonal natural das espécies. Dentre essas intervenções, exacerbadas durante os períodos de férias e feriados prolongados, destacam se: construções diversas, carga de poluentes orgânicos (esgoto doméstico), pisoteio intensivo, depredação, movimentação intensa de embarcações próximo aos costões e pesca intensiva. Os resultados poderão subsidiar instrumentos de políticas públicas, como legislações específicas para esses ecossistemas, ainda inexistentes no Brasil. 1. INTRODUÇÂO O processo de distribuição e ocupação espacial da população em áreas costeiras iniciado na década de 1980 apresentou um comportamento de mobilidade peculiar, sofrendo importantes transformações nos países desenvolvidos e em desenvolvimento (IBGE, 2010). Segundo dados da ONU, através da Unesco aproximadamente 2/3 da população mundial vive a menos de 50 km do mar interagindo com o ambiente costeiro. 725

3 No Brasil, cerca de um quarto da população brasileira, vive a uma distância aproximada de 60km do mar, e 20% na zona costeira, correspondendo a um contingente aproximado de 47,6 milhões de habitantes, em uma área de Km², onde localizam se ambientes naturais, metrópoles e importantes setores do parque industrial brasileiro. O Estado de São Paulo, uma das metrópoles, possui aproximadamente 2 milhões de habitantes vivendo na Zona Costeira, que abriga a maior parte da Mata Atlântica existente na região sudeste. (IBGE, 2010). Devido a sua dimensão, o litoral brasileiro apresenta variadas formas e orientações, bem como diferentes tipos de ambientes de acordo com as regiões, o litoral Sudeste e Sul estão marcados pela presença de costões rochosos, entre Cabo Frio (RJ) e o Cabo de Santa Marta (SC), devido à proximidade das encostas da Serra do Mar com a linha de costa (Villwock, et al., 2005), estando 61% destes costões concentrados em Ubatuba e Ilha Bela (Coutinho, 2002). O município de Ubatuba, Litoral Norte do Estado de São Paulo, apresenta uma linha de costa bastante recortada e afeiçoada em pequenas baías limitadas por promontórios rochosos, na base dos quais repousam os costões rochosos mais diversificados da costa paulista. A expansão da urbanização nas últimas décadas em Ubatuba tem influenciado o índice de ocupação e direcionando o fluxo turístico, elevando também a incidência de impactos ambientais relacionados aos costões (Coutinho, 2002). Segundo Tominaga (2007), as alterações realizadas no ambiente, o adaptando para receber o contingente populacional, são muitas vezes inadequadas e aumentam as condições de instabilidade aumentando a probabilidade de riscos naturais, afetando seus recursos e causando conflitos institucionais. Esse ambiente possui uma importância singular, pois ele abriga um grande numero de espécies que possuem importância ecológica e ambiental (Nybakken,1997). Tal importância se dá, pelo fato de estarem situados em zonas de transição entre os ambientes terrestres. Os costões rochosos apresentam vasta biomassa e produção primária de microfitobentos e de macroalgas (Coutinho, 1995, 2002). Por isso, esses ambientes são importantes locais de alimentação, crescimento e reprodução de amplo número de espécies marinhas (Choat e Ayling, 1987; Carr, 1994; Gibson, 1994; Beck et al., 2001; Gillanders et al., 2003), sendo responsáveis pela sustentabilidade dos recursos pesqueiros e a manutenção de vários outros ecossistemas costeiros. Por este motivo, tem papel fundamental no desenvolvimento socioeconômico da zona costeira. (Coutinho, 2002). Por apresentar uma dinâmica complexa qualquer alteração ambiental pode interferir nesse equilíbrio, impactos ambientais relacionados principalmente a expansão urbana exerce influencias significativas nas interações dos organismos e em sua fisiologia. Assim, a área costeira torna se, uma região de intensos contrastes, pois é encontrado nela áreas onde coincidem intensa urbanização, atividades portuárias e industriais relevantes e exploração turística em larga escala, metrópoles e centros litorâneos, permeados por espaço de baixa densidade de ocupação e ocorrência de ecossistemas de grande significado ambiental (Scifoni, 2005). Sem o conhecimento necessário das áreas ocupáveis, a população expande seus espaços desordenadamente nas cidades, o que acentua os problemas ambientais e os conflitos sócioespaciais. Essa situação acaba colocando em confronto o turismo e a preservação da natureza, pois as áreas de preservação ambiental sofrem pressões decorrentes da expansão urbana, da atividade turística e da especulação imobiliária (Panizza, et al,. 2009). O objetivo deste trabalho é apresentar os impactos de algumas intervenções antrópicas em costões rochosos do município de Ubatuba, Litoral Norte do Estado de São Paulo (Brasil), apontar os problemas que a ocupação deste ambiente e seu entorno podem causar, relacionando a variáveis sócio econômico ambiental, e Identificar os possíveis impactos causados pelo avanço da população de uma área urbanizada sobre o ambiente do costão rochoso A observação e analise do histórico da região mostra a existência de atividades que impactam o costão e é possível identificá las, porém a ausência de estudos biológicos aprofundados sobre as comunidades animais existentes impende a confirmação do grau de impacto recebido e as suas reais conseqüências nos organismos. 726

4 2. ÁREA DE TRABALHO A área de estudo analisada localiza se na praia Perequê Mirim (S 23 29' 29,0'' / W 45 06' 12,4''), no município de Ubatuba, São Paulo (Fig. 1). A praia está localizada ao norte da Baía do Flamengo, que é rasa, com profundidade máxima de 14 m, ocupando uma superfície de aproximadamente 18 km², com largura média 2,5 km e abrindo se diretamente ao mar. Possui grande fluxo de barcos tanto de lazer como de atividade pesqueira devido a proximidade com a movimentada marina do Saco da Ribeira (Lancone, et al., 2005). Figura 1. Área de trabalho, Praia Perequê Mirim, Ubatuba 3. OS COSTÕES ROCHOSOS De maneira geral, a costa brasileira apresenta uma sucessão de planícies costeiras alternadas entre costas rochosas e falésias em depósitos sedimentares, que bordejam uma antiga área continental composta por rochas de complexos ígneos e polimetamórficos précambrianos, sobre os quais se assentam sequências sedimentares e vulcânicas acumuladas em bacias paleozóicas, mesozóicas e cenozóicas (Villwock et al., 2005). Costões rochosos verdadeiros estão presentes quase que exclusivamente nas regiões Sudeste e Sul do Brasil, entre Cabo Frio (RJ) e o Cabo de Santa Marta (SC) (Villwock et al., 2005) (fig. 2). A principal característica dessas regiões é a proximidade das encostas da Serra do Mar que, em muitos pontos, chega diretamente ao mar, formando um litoral bastante recortado e com muitas ilhas rochosas. Segundo Coutinho (2002), nesse trecho do litoral brasileiro a composição biológica específica dos costões rochosos é de característica subtropical, com alta diversidade de espécies. É exceção a área 727

5 influenciada pela ressurgência de Cabo Frio, que apresenta elementos da fauna e flora bentônicas com afinidades temperadas e tropicais, e que funciona como uma barreira biogeográfica para um grande número de espécies. Figura 2. Classificação da costa brasileira (Vilwock et al., 2005) Assim, Boschi (2000) considera que, dentre as diversas populações de organismos que o ambiente marinho sustenta, os crustáceos decápodes representam um dos grupos mais comuns, com aproximadamente espécies registradas em o todo continente americano. Os caranguejos têm um papel ecológico importante nos costões rochosos, participando em várias etapas da cadeia trófica. Várias espécies de caranguejos são detritívoras, sendo importantes quanto à reciclagem de matéria em decomposição (Flores et al., 2001); outras espécies são herbívoras, carnívoras e mesmo onívoras (Dubiaski Silva e Masunari, 2008). Além disso, os caranguejos servem de alimento para organismos maiores, como peixes de grande interesse comercial ou em estado crítico de conservação, a exemplo das garoupas (Machado et al. 2008), aves e o próprio homem. Muitas espécies marinhas habitam as águas costeiras durante as fases iniciais de vida, pois as águas rasas podem formar berçários (Gibson, 1994; Beck et al., 2001), que oferecem proteção contra a predação e amplas condições alimentares (Choat and Ayling, 1987; Carr, 1994; Gillander et al., 2003). Como consequência, são locais de alimentação, crescimento e reprodução de grande número de espécies. Segundo Coutinho (1995,2002), por receberem grande quantidade de nutrientes provenientes dos sistemas terrestres, os costões rochosos apresentam grande biomassa e produção primária de microfitobentos e de macroalgas. Essa grande diversidade de espécies faz com que, nesses ambientes, ocorram fortes interações biológicas, em decorrência da limitação de substrato ao longo de um gradiente existente entre o habitat terrestre e o marinho. 728

6 Já Kostlev e outros autores (2005), consideram que a complexidade desses habitats e o seu relevo podem influenciar nessa biodiversidade. Por exemplo, a rugosidade do substrato tem sido relatada como um fator importante na abundância e na riqueza de espécies em comunidade de recifes em geral, pelo fato de permitir a existência de espaços mais heterogêneos, permitindo o estabelecimento de uma variedade maior de espécies, assim como de indivíduos (Luckhurst e Luckhurst, 1978). Flores e Paula (2001) concluíram que os principais fatores que causam a zonação dos Brachyura nos costões rochosos são o tipo de substrato e o tempo de exposição à maré. Para Coutinho (2002), cada costão possui uma zonação própria (Fig.3), cuja abundância das populações está relacionada à adaptação das espécies às condições ambientais locais, como diferentes latitudes, níveis de maré e exposição ao ar. A zonação de espécies é, portanto, o reflexo da interação de fatores físicos e biológicos, cujos limites estabelecem suas distribuições. Figura 3. Zonação em costões rochosos Fuente: (Pinheiro et al., 2008). 1 Ouriço verde, Lytechinus variegatus (LAMARCK, 1816); 2 Alga vermelha coralina, Jania adhaerens J.V. LAMOUROUX; 3 Ouriço preto, Echinometra lucunter (LINNAEUS, 1758); 4 Alga vermelha, Porphyra acanthophora E.C. OLIVEIRA & COLL; 5 Alga vermelha, Galaxaura marginata (ELLIS & SOLANDER, 1786); 6 Estrela vermelha, Echinaster brasiliensis MULLER & TROSCHEL, 1840; 7 Alga parda, Sargassum sp.; 8 Pepino do mar, Holothuria grisea SELENKA, 1867; 9 Alga parda, Dictyopteris delicatula J.V. LAMOUROUX; 10 Alga parda, Padina gymnospora (KÜTZING) SONDER; 11 Anêmona vermelha, Bunodosoma caissarum CORRÊA, 1964; 12 Caranguejo grapsídeo, Pachygrapsus transversus (GIBBES, 1850); 13 Ermitão diogenídeo, Calcinus tibicen (HERBST, 1791); 14 Caranguejo xantídeo, Eriphia gonagra (FABRICIUS, 1781); 15 Aglomerado arenoso produzido por poliquetos sabelarídeos, Phragmatopoma lapidosa KINBERG, 1867; 16 Craca, Tetraclita stalactifera (LAMARCK, 1818); 17 Alga verde, gênero Ulva (LINNAEUS); 18 Mexilhão, gênero Mytilus LINNAEUS, 1758; 19 Craca, Chthamalus stellatus (POLI, 1795); 20 Caramujo, Tegula viridula (GMELIN, 1791); 21 Gastrópodo, gênero Littorina FÉRUSSAC, 1822; 22 Barata da praia, gênero Ligia FÉRUSSAC, RESULTADOS 4.1. Intervenções antrópicas em costões rochosos Nas últimas décadas o crescente desenvolvimento do turismo nos municípios litorâneos, principalmente decorrente de atividades recreacionais, tais como natação, mergulho, esportes náuticos e pesca, gera diversos impactos ambientais, aos quais, apenas recentemente, tem sido dedicada a devida atenção (Cetesb, 2009). O principal impacto antropogênico gerado pelo aumento sazonal da população em cidades litorâneas, em geral no verão, é o acréscimo significativo da carga orgânica lançada nos corpos de água utilizados como receptores de esgotos (Sato et al., 2005). Na região Sudeste do Brasil este fato 729

7 é agravado pelo alto índice de pluviosidade nessa época do ano, que contribui sobremaneira com a poluição das águas costeiras Os costões sofrem interferências de origem natural e aquelas decorrentes de atividades antrópicas. Dentre os considerados naturais estão mudanças climáticas extremas, alterações do espaço físico por ação de ondas, alteração da declividade, descarga de água doce, variação de marés e variação da temperatura influenciando a capacidade de resistência a dessecação de alguns organismos. Das alterações físico químicas provocadas, as mais seletivas ocorrem nas regiões superiores dos costões. Apesar do padrão geral de zonação, cada costão possui suas peculiaridades respondendo diferentemente a cada fator ambiental, dentre os fatores naturais que influenciam os costões os considerados mais importantes são a ação de ondas e marés, a irradiância, a temperatura e a dessecação. Abordando de maneira geral a ação das ondas influencia na distribuição dos organismos sobre o costão, além de alterar sua conformação, o recuo e avanço de maré determinam o grau de exposição dos organismos aos fatores ambientais, a irradiância influencia na distribuição vertical na coluna d água e nos costões e a temperatura influencia no metabolismo dos organismos (Levinton, 2001). Dentre as interferências decorrentes de atividades antrópicas tem se o extrativismo, poluição (vazamento de óleo, descarte de efluentes), pisoteio, turismo e construções de residências. Abordando de maneira geral os resultados dos vazamentos de óleo por embarcações podem provocar danos subletais, interrompendo processos fisiológicos vitais dos organismos ou diminuindo sua resistência a perturbações naturais, a exposição crônica (constante emissão de pequenas quantidades de óleo no ambiente) pode ocasionar efeitos em longo prazo nas comunidades biológicas (CETESB, 2007). A poluição por esgotos domésticos despejados diretamente no mar podem levar á eutrofização de uma região, ocasionando os blooms de algas que por sua vez, liberam substancias que podem contribuir para a diminuição da diversidade local. O pisoteio realizado sobre os costões pode influenciar na abundancia e diversidade de espécies (Beauchamp e Gowing, 1982; Brosnan e Crumrine, 1994; Brown e Taylor, 1999), além disso, objetos lançados sobre os costões podem provocar sombreamento e liberar substancias tóxicas levando a morte ou alterações fisiológicas aos organismos. Os demais impactos antrópicos tais como, as construções além de poluirem o ambiente, suprimem a cobertura vegetal original que posteriormente terão os espaços remanescentes ocupados por espécies exóticas por ocasião da ornamentação dos jardins das casas. Outro importante impacto nos costões diz respeito às intervenções físicas na linha de costa e nos próprios costões (Fig.4), que podem modificar a dinâmica de circulação costeira e todos os aspectos que dela dependem e, portanto, afetar as características desse ecossistema. 730

8 Figura 4. Intervenção no costão rochoso, trilha que permite acesso a residência 5. CONCLUSÃO Costões rochosos têm importância fundamental para várias áreas das ciências ambientais que se ocupam do estudo de ambientes costeiros, bem como para os recursos pesqueiros e, consequentemente, a sustentabilidade de algumas atividades socioeconômicas na zona costeira. O conhecimento dos diversos fatores que se interrelacionam e influenciam a dinâmica dos costões rochosos é fundamental para estabelecer políticas ou medidas que visem a conservação ou a recuperação desses frágeis ambientes. 6. BIBLIOGRAFÍA Beauchamp, K. A.; gowing, M. M A quantitative assessment of human trampling effects on a rocky intertidal community. Marine Environmental Research, vol. 7, no. 4, p Beck, M. W., Heck JR., K. L., Able, K. W., Childers, D. L., Eggleston, D. B., Gillanders, B. M.; Halpern, B., Hays, C. G., Hoshino, K., Minello, T. J., Orth, R. J., Sheridan, P. F., Weinstein, M.P The identification, conservation, and management of estuarine and marine nurseries for fish and invertebrates. Bioscience, 51: Boschi, E. E Biodiversity of marine decapods brachyurans of the Americas. Journal of Crustacean Biology, v. 20, n. 2, p Brosnan, D. B.; Crumrine, L. L Effects of human trampling on marine rocky shore communities. Journal of Experimental Marine Biology and Ecology, vol. 177, no. 1, p Brown, P.J.; Taylor, RB., Effects of trampling by humans on animals inhabiting coralline algal turf in the rocky intertidal. Journal of Experimental Marine Biology and Ecology, vol. 235, no. 1, p Carr, M. H., Effects of macroalgal dynamics on recruitment of a temperate reef fish. Ecology 75: 1320 e CETESB Ecossistemas Costeiros Impactos disponível em: Acessado em : 20/07/2011. CETESB, São Paulo Relatório de Balneabilidade das praias paulistas 2008/CETESB. Choat, J. H., Ayling, A. M., The relationship between habitat structure and fish faunas on New Zealand reefs. Journal of Experimental Marine Biology and Ecology, 110:

9 Coutinho, R Avaliação Critica das Causas da Zonação dos Organismos Bentônicos em Costões Rochosos. Ecologia Brasilienses, Volume I: Estrutura, Funcionamento e Manejo de Ecossistemas Brasileiros, p Coutinho, R Grupo de Ecossistemas: Costões Rochosos. Programa Nacional da Biodiversidade (PRONABIO) Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira (PROBIO) Subprojeto avaliação e ações prioritárias para a zona costeira marinha. Dubiaski Silva, J.; Masunari, S Natural diet of fish and crabs associated with the phytal community of Sargassum cymosum C. Agardh, 1820 (Phaeophyta, Fucales) at Ponta das Garoupas, Bombinhas, Santa Catarina State, Brazil. Journal of Natural History, v. 42, n.27, p Flores, A. A. V., Paula, J Intertidal distribution and species composition of brachyuran crabs at two rocky shores in Central Portugal. Hydrobiologia, 449: Gibson, R. N Impact of habitat quality and quantity in the recruitment of juvenile flatfishes. Netherlands Journal of Sea Research, 32: 191 e 206. Gillanders, B. M., Able, K. W., Brown, J. A., Eggleston, D.B., Sheridan, P.F Evidence of connectivity between juvenile and adult habitats for mobile marine fauna: an important component of nurseries. Marine Ecology Progress Series, 247: IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Censo demográfico. Brasília Kostlev, V. E., Erlandsson, J., Ming, M. Y., Willians, G. A Therelative importance of habitat complexity and surface area in assessing biodiversity: Fractal application on rocky shores. Ecological Complexity, 2: Lancone, R. B. ; Duleba, W. ; Mahiques, M. M Dinâmica de fundo da enseada do Flamengo, Ubatuba, Brasil, inferida a partir da distribuição espacial, morfometria e tafonomia de foraminíferos. Revista Brasileira de Paleontologia, Brasil, v. 8, n. 3, p Levinton, J.S Marine biology function, biodiversity and ecology. Oxford : University Press Inc., 420. Luckhurst, B. E.; Luckhurst, K Analysis of the influence of substrate variables on coral reef fish communities. Marine Biology, v. 49, p Panizza, A. C ; Rocha, Y. T. ; Dantas, A O litoral brasileiro: exploração, ocupação e preservação. Um estudo comparativo entre regiões litorâneas dos Estados de São Paulo e Rio Grande do Norte. RA' EGA (UFPR), v. 17, p Nybakken, J.W Marine Biology: an ecological approach, 4. ed., Califórnia : Addison Wesley, Longman, 481p. Pinheiro, M. A. A., Fontes, R. F. C., Oliveira, A. J. F. C Visão Didática Sobre Meio Ambiente na Baixada Santista. Universidade Estadual Paulista, Campus Experimental do Litoral Paulista, 173p. Sato, M. I. Z., Bari, M. D., Lamparelli, C. C., Truzzi, A. C.; Coelho, M. C. L. S., Hachich, E. M Sanitary quality of sands from marine recreational beaches of São Paulo, Brazil. Brazilian Journal of Microbiology, 36(4): Scifoni, S Urbanização e Proteção Ambiental no Litoral do Estado de São Paulo. Anais do X Encontro de Geógrafos da América Latina Universidade de São Paulo. p Tominaga, L. K Avaliação de Metodologias de Análise de Risco a Escorregamentos: Aplicação de um Ensaio em Ubatuba, SP. Tese de Pós Graduação apresentada ao Departamento de Geografia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciencias Humanas da Universidade de Sâo Paulo. São Paulo SP Villwock, J. A., Lessa, G. C., Suguio, K., Angulo, R. J.; Dillenburg, S. R Geologia e Geomorfologia de Regiões Costeiras. In: Souza, C. R. de G., Suguio, K., Oliveira, A. M.; Oliveira, P. E. (eds.). Quaternário do Brasil, Holos Editora, Cap. 5, p

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