PREVENÇÃO DE ANOMALIAS EM ELEMENTOS DE MADEIRA EM ZONAS COSTEIRAS Prevention of anomalies in timber elements in coastal areas

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "PREVENÇÃO DE ANOMALIAS EM ELEMENTOS DE MADEIRA EM ZONAS COSTEIRAS Prevention of anomalies in timber elements in coastal areas"

Transcrição

1 PREVENÇÃO DE ANOMALIAS EM ELEMENTOS DE MADEIRA EM ZONAS COSTEIRAS Prevention of anomalies in timber elements in coastal areas Resumo Teresa de Deus Ferreira Arquitecta Mestrado em Construção, IST Lisboa - Portugal teradeus@netcabo.pt Esta comunicação, cujos principais destinatários são os projectistas, tem como objectivo prescrever as soluções construtivas, materiais e produtos mais adequados para a aplicação de elementos em madeira no exterior de edificações à beira-mar, evitando assim as anomalias associadas ao ambiente agreste característico da zona. Estas anomalias resultam em grande parte de, durante a fase de projecto, não ser previsto o impacte das acções ambientais. Não será feita referência à reabilitação pois pretende-se evitar o surgimento das anomalias através da prevenção. Palavras-chave: anomalias, madeira, zonas costeiras. Abstract This paper, whose main audience is the designers, aims at prescribing the most adequate construction solutions, materials and products to apply timber elements in the outer surface of coastal areas buildings and avoiding the anomalies associated with its characteristic harsh environment. These anomalies result mostly from lack of prevention against the environmental actions at the design stage. No reference will be made to rehabilitation since the objective is to avoid anomalies by prevention. Keywords: anomalies, timber, coastal areas. Jorge de Brito Professor Associado DECivil, Instituto Superior Técnico Lisboa - Portugal jb@civil.ist.utl.pt 1 Introdução A madeira tem as mais variadas aplicações, sendo um dos materiais mais versáteis usados na construção. Até ao advento do betão armado, a madeira era usada em estruturas, pavimentos, coberturas, assim como todos os vãos interiores e exteriores. A madeira no exterior sofre a influência dos agentes atmosféricos. Deve-se ter sempre em conta o clima, i.e. as variações de humidade, a insolação, a pluviosidade e a temperatura. Devem ser ponderados estes factores, juntamente com a especificidade dos agentes biológicos e a sua relação com os tipos de madeira e os produtos preservadores. 2 Características da madeira A madeira deve ter três qualidades: resistência mecânica - resistência estrutural; estabilidade dimensional - não empenar; durabilidade natural - resistência a fungos e insectos xilófagos. O desempenho da madeira varia de acordo com as mais diversas influências. O cerne, zona interior do tronco, é a zona com madeira de melhor qualidade e mais durável pois, à medida que se vai formando, as resinas (Resinosas) ou as gomas (Folhosas) vão-se depositando, impedindo a entrada de água que não encontra espaço para aí se depositar. O borne é a zona periférica da madeira, com menos qualidade mas maior facilidade de impregnação na aplicação de produtos preservadores.

2 3 Madeiras e derivados aplicáveis na faixa costeira 3.1 Madeira maciça Segundo a norma NP madeira maciça designa a madeira, serrada ou transformada, incluindo os elementos de madeira com ligações de entalhes múltiplos e/ou madeira lamelada-colada. O quadro 1 contém as características de algumas madeiras. Quadro 1 - Características das principais madeiras tradicionalmente utilizadas em Portugal. Retracção mecânica natural Resistência Durabilidade Designações comerciais B M E B M E B M E Afzélia Câmbala Carvalho roble Casquinha Castanho Pinho bravo Pinho manso Tola branca B - Baixa; M - Média; E - Elevada. 3.2 Derivados da madeira Madeira lamelada-colada Este material é constituído por lamelas de madeira justapostas, agrupadas na horizontal ou na vertical, com espessura < 4,5 cm, e coladas com a direcção da fibra sensivelmente paralela. A sua eficácia, face a aplicações no exterior, é muito elevada Painéis baquelizados São painéis estratificados de madeira, constituídos interiormente por fibras de madeira ou papel, tratados com resinas termoendurecidas, comprimidos a altas pressões e temperaturas, que lhes conferem elevadas prestações físicas, térmicas e mecânicas, em que a camada superficial é em madeira Contraplacado marítimo Os contraplacados são obtidos através da colagem de lâminas de madeira entre si. Para aplicação em exteriores, deverão ter a colagem feita à base de colas fenólicas resistentes à humidade e são denominados por contraplacado marítimo Aglomerados de madeira - cimento As placas de aglomerado de madeira - cimento são feitas a partir de partículas ou fibras de madeira aglutinadas através de cimento portland normal. É um material inalterável e resistente à humidade. 4 Anomalias inerentes à localização As causas de deterioração da madeira em ambientes exteriores são várias, entre elas a degradação térmica, a oxidação devido à radiação ultravioleta e os fungos (nomeadamente da podridão). As condições de humidade a que a madeira fica exposta estão na origem da maior parte dos problemas que podem surgir. Também as variações dimensionais originadas pelos ciclos de molhagem e secagem poderão ser responsáveis por alguma deterioração. 4.1 Agentes atmosféricos Humidade A humidade devida à água da chuva é a maior causa de degradação das caixilharias de madeira exteriores. Propicia o desenvolvimento de fungos causadores de apodrecimento, provoca variações dimensionais (responsáveis por deficiências no funcionamento), descoloração, desintegração e erosão Radiação ultravioleta A radiação solar, para além de ser responsável pela descoloração da madeira, tem um grande efeito de degradação sobre a protecção aplicada, esquemas de pintura ou velaturas, exigindo manutenção constante, em média de 2 em 2 anos. A radiação ultravioleta induz a decomposição química dos compostos orgânicos da madeira, que se dá apenas na camada superficial dos elementos, até 0,5 mm. É ainda responsável pelo escurecimento inicial da madeira quando exposta, originando uma tonalidade mais acentuada da cor original. Se a madeira estiver exposta à água da chuva, a acção alternada da luz e da água aceleram o processo, originando a lixiviação da camada superficial da lenhina degradada. A madeira adquire um tom acinzentado e a superfície fica rugosa em resultado da erosão contínua. Este tipo de envelhecimento da madeira é sobretudo superficial, com pouca influência na elasticidade e resistência mecânica dos elementos estruturais.

3 4.2 Agentes biológicos Fungos da madeira Os agentes biológicos deterioram a madeira por ser um substrato nutritivo. Os bolores e algumas bactérias produzem somente alterações estéticas mas os fungos da podridão podem originar o colapso dos elementos, uma vez que decompõem as paredes das células lenhosas. Para o seu desenvolvimento, os fungos necessitam de determinados níveis de humidade, de temperatura e de oxigénio. As temperaturas normais do ar em Portugal situam-se, em média, dentro dos valores mais favoráveis para o desenvolvimento destes fungos, entre 10 e 30º C, tal como a humidade relativa do ar, acima dos 80% [1]. Bolores Bolor é a designação corrente para os fungos que se desenvolvem na superfície da madeira, mesmo se estiver pintada, e alteram o seu aspecto produzindo manchas. A produção de esporos e a descoloração associada originam anomalias na superfície da madeira, de fácil resolução. O maior problema que advém desta situação poderá ser em termos de saúde, pois os bolores podem originar problemas respiratórios em pessoas mais sensíveis [1]. Fungos cromogéneos Os fungos de azulamento ou fungos cromogéneos provocam manchas azuladas na madeira e podem surgir sob duas formas: os que aparecem nas madeiras verdes, devido à humidade elevada e os que se desenvolvem debaixo das protecções da madeira (esquemas de pintura, velaturas ou vernizes) devido à acumulação de humidade. O azulamento não destrói o material lenhoso mas, ao atacar as células, estes fungos, associados a bactérias que se desenvolvem em condições semelhantes, podem tornar a superfície da madeira mais porosa, permitindo uma absorção de água mais rápida, o que favorece o desenvolvimento de outro tipo de fungos. Microfungos Os microfungos causam a podridão mole e afectam a resistência mecânica da madeira. Decompõem a celulose tornando a madeira macia [1]. Ocorrem com frequência em situações de elevada humidade e podem atacar tanto Folhosas como Resinosas mas com predomínio das primeiras. Este tipo de fungos é muito frequente em elementos localizados em ambientes marítimos, como barcos e pontões, ou em contacto com o solo. Fungos de podridão Estes fungos, associados às maiores degradações da madeira, desenvolvem-se na presença de oxigénio e humidade e causam dois tipos de podridão [1]: podridão branca - originada por fungos que se alimentam da lenhina e da celulose; podridão castanha - resultado de fungos que se alimentam apenas da celulose Insectos xilófagos A humidade elevada favorece a actuação de alguns insectos xilófagos como as térmitas. A madeira seca é preferida pelo caruncho. Térmitas As térmitas, ou formiga branca, são insectos que atacam a madeira húmida e em contacto com o solo, a partir de termiteiras presentes no terreno envolvente, alastrando aos elementos contíguos. Somente os cernes duráveis ou moderadamente duráveis em relação ao ataque por térmitas, podem ser utilizados sem tratamento. No caso de construções isoladas, é viável recomendar o tratamento do solo na proximidade do edifício, evitando a aproximação das térmitas. Carunchos Os carunchos são insectos que sobretudo o borne de certas madeiras, quando esta está seca e são as larvas que, ao abrir galerias no interior da madeira para se alimentarem, provocam a sua destruição. Após a metamorfose, o insecto abandona a madeira através de um orifício e deposita ovos noutras madeiras, infestando-as. As espécies de madeira classificadas como susceptíveis na EN devem ser tratadas com um produto preservador. 5 Medidas preventivas 5.1 Qualidade da madeira Para situações em que se pretenda madeira de grande resistência natural, esta deverá ter as seguintes características: elevada densidade, grande número de anéis por centímetro nas Resinosas, pequeno número de anéis por centímetro nas Folhosas, poro fechado, elevada percentagem de cerne, elevado teor em substâncias tóxicas ou repelentes (taninos, resinas, gomas) e baixo teor de humidade. A qualidade da madeira, para além de todos os factores intrínsecos à sua natureza e ao seu desenvolvimento, depende das condições em que o seu corte, secagem e armazenamento são realizados.

4 5.2 Disposições construtivas Existem alguns cuidados a ter em conta em relação à aplicação de madeiras na construção: ventilar muito bem a zona da aplicação para a madeira não se degradar; garantir a correcta drenagem da água das chuvas sem recantos onde se possa acumular; evitar o contacto directo com o terreno; deixar juntas ou folgas adequadas entre as peças para que possam inchar sem causar prejuízos na obra; proteger as zonas em contacto com materiais que contenham água, como rebocos ou o solo; preferencialmente cortar radialmente a madeira, para evitar empenos; isolar os topos das peças selando-os; utilizar apenas madeira seca, sã e tratada de acordo com a classe de risco de utilização. 5.3 Produtos preservadores Por produto preservador, entende-se produto de acção preventiva, que é aplicado na madeira antes da sua utilização. A aplicação deste tipo de produto é proporcional ao ataque do qual se pretende proteger a madeira. Quanto mais desfavorável for a situação, maior a quantidade de produto a aplicar e mais profunda a sua penetração na madeira Escolha do produto A escolha do produto deve ter em conta as seguintes características [3]: toxicidade - grande toxicidade para os agentes biológicos destruidores do material lenhoso; poder de penetração - bom poder de penetração na madeira de acordo com o prazo de protecção que se pretende conferir; permanência - pouco volátil, principalmente os seus elementos tóxicos; acção sobre os materiais - não deteriorar a madeira ou aumentar a sua combustibilidade; ser isento de qualquer tipo de acção corrosiva sobre elementos metálicos; não provocar quaisquer manchas ou efeitos prejudiciais nos rebocos, estuques, pinturas ou outro tipo de acabamento das madeiras; acção sobre o Homem e animais superiores - não libertar qualquer tipo de odor desagradável ou substância prejudicial à saúde dos trabalhadores que o aplicam, assim como dos ocupantes da construção. Os vários produtos preservadores existentes no mercado dividem-se do modo a seguir exposto [3]. Produtos oleosos São produtos com as seguintes características: elevada permanência na madeira, mesmo em condições rigorosas; tendência para reduzir o risco de fendilhação; fraca ou nula acção corrosiva sobre elementos metálicos; incompatibilidade com pinturas ou outros acabamentos; cheiro muito intenso que pode comunicar-se a outros materiais ou a produtos alimentares; aumento da combustibilidade da madeira, ao menos logo após o tratamento. Produtos aquosos São preservadores constituídos por sais metálicos dissolvidos em água ou por misturas de diversos sais, geralmente aplicados às madeiras por métodos de pressão em autoclave. Têm as seguintes características: tempo de permanência na madeira, consoante na sua composição química entrem ou não substâncias fixadoras; necessidade de efectuar a secagem do material após o tratamento; ausência de exsudação depois da madeira seca, o que elimina o risco de manchas nos rebocos e estuques; compatibilidade com pinturas e outros acabamentos; ausência de cheiro, sem risco de contaminação de produtos situados nas proximidades; facilidade de transporte e armazenamento; são comercializados no estado sólido para diluir posteriormente; possibilidade de redução da combustibilidade da madeira pelo emprego de substâncias ignífugas na composição do produto. Produtos com solvente orgânico O seu elemento tóxico dissolve-se num solvente orgânico mais ou menos volátil e são por vezes reforçados com produtos aditivos de forte acção insecticida de contacto. Têm estas características: permanência na madeira, sobretudo pela insolubilidade na água dos seus componentes activos; elevada penetração na madeira seca, o que os recomenda especialmente para aplicações por pincelagem, pulverização ou imersão; ausência de inchamento na madeira por não conterem água na composição, o que permite

5 usá-los em peças já acabadas ou aplicadas; ausência de exsudação depois da madeira seca, o que elimina o risco de manchas nos rebocos e estuques; compatibilidade com pinturas ou outros acabamentos logo que o solvente se evapore da madeira; ausência de acção corrosiva sobre os elementos metálicos em contacto com as peças tratadas; presença ou ausência de cheiro consoante são ou não bastante voláteis os componentes activos ou o solvente empregado; aumento da combustibilidade da madeira, sobretudo quando o diluente é muito volátil e antes deste se ter evaporado Escolha do método de tratamento O método de tratamento a empregar varia segundo o tipo de madeira, o risco de ataque, a temperatura, a humidade e a duração que se pretende obter. Os mais usados são os descritos em seguida. Pincelagem e pulverização É um método muito superficial de aplicação dos produtos. Tem uma taxa de penetração muito baixa, apenas atinge as camadas superficiais da madeira, embora os produtos com dissolventes orgânicos penetrem melhor do que os diluídos em água, sobretudo se as peças se encontrarem bem secas. Este método deve ser aplicado em situações de risco eminente de ataque biológico ou em obras provisórias em que será suficiente para o tempo de duração pretendido. Imersão rápida e imersão prolongada Dependendo do tipo de eficácia pretendida, a imersão pode demorar desde alguns segundos até a alguns dias. Como no caso anterior, os produtos com dissolventes orgânicos penetram melhor, sobretudo se a madeira se encontrar bem seca, mas a profundidade irá variar de acordo com o tipo de madeira, com a percentagem de humidade da peça e com o tempo de imersão. Este tipo de protecção não é dos mais eficazes, já que a penetração do produto não é muito profunda. Deve ser utilizado apenas quando a probabilidade de ataque por fungos for pequena e haja a certeza de que a madeira não está ainda contaminada. Imersão a quente-frio Trata-se de um tratamento em profundidade em que a madeira é imersa num tanque juntamente com o produto preservador, aquecido a uma temperatura entre 80º e 90º C. Este aumento de temperatura causa a dilatação do ar contido no interior das células da madeira que acaba por sair. O posterior arrefecimento cria uma depressão no interior da madeira obrigando o produto a preencher os vazios do lenho. Tratamento em autoclave O tratamento em autoclave, ou impregnação por pressão, confere à madeira uma grande durabilidade e resistência face à humidade e ao ataque de organismos xilófagos. Com este método, obtêm-se, de forma rápida e económica, as maiores retenções em produto preservativo, qualquer que seja a espécie de madeira a tratar. Este tratamento pode ser de dois tipos: com sais hidrossolúveis, que contêm cobre e deixam uma cor esverdeada na madeira e os orgânicos que respeitam a sua cor natural. Madeira termotratada A madeira termotratada é um processo industrial que, sem recorrer a agentes químicos, proporciona uma maior resistência ao ataque dos fungos e à podridão e aos agentes atmosféricos e uma maior estabilidade dimensional face às alterações das condições ambientais. A madeira é exposta a temperaturas de 190/250º C. O tratamento pode ser realizado a seco ou com óleo. A madeira fica com um cheiro desagradável, fazendo com que a sua aplicação em interiores não seja recomendada. Com este método, a humidade de equilíbrio reduz-se entre 10 e 60% comparada com a da madeira sem tratamento, as deformações devido à humidade são 30 a 90% menores e a capacidade de absorção de líquidos diminui. Em contrapartida, a resistência mecânica pode ver-se afectada até 50% nos tratamentos mais intensos. Este processo permite melhorar as qualidades isolantes da madeira, já que a sua superfície endurece, e adquire um tom mais escuro. No entanto, também fica mais leve e quebradiça. 5.4 Acabamentos O acabamento da madeira aplicada em exteriores através de pintura é realizado com o fim de minimizar a degradação superficial devida aos agentes atmosféricos e manter ou melhorar as características estéticas das peças de madeira. Este revestimento decorativo e protector não substitui nem se confunde com o tratamento preservador, o qual se destina a aumentar a durabilidade da madeira face

6 aos agentes biológicos (insectos e fungos). O termo revestimento por pintura é aplicado aos produtos de acabamento que englobam tintas, vernizes e velaturas Velaturas As velaturas penetram na madeira mas não formam película contínua na superfície, conferem decoração e protecção contra o desgaste e permitem uma manutenção simples. São consideradas revestimentos adequados para um grande conjunto de aplicações pelo facto de deixarem a madeira respirar, mantendo-a impermeável à chuva [4]. As consequências dum descuido na manutenção são menos sérias do que para os vernizes, face à simplicidade do procedimento Vernizes Os vernizes em aplicações no exterior requerem uma manutenção mais frequente do que as tintas e as velaturas. No entanto, dos produtos de revestimento são os que favorecem mais a madeira, não encobrem o seu veio e aprofundam a cor. Estes produtos têm geralmente uma baixa durabilidade pelo facto de as películas de espessura grossa terem pouca permeabilidade, podendo assim ocorrer o arranque da camada superficial da madeira, situação frequente no caso de introdução de água sob a película de verniz, a partir de topos não protegidos. Por outro lado, os raios UV passam através da película e podem branquear ou degradar a superfície da madeira subjacente, o que origina o destacamento do verniz [4]. A sua utilização no exterior só é recomendada em situações onde os elementos de madeira possam estar resguardados da incidência directa da radiação solar e da chuva. O tempo de vida útil de um verniz varia entre um e quatro anos, dependendo da qualidade do produto e das condições de exposição, devendo proceder-se a manutenção logo que necessário, a fim de simplificar o processo e limitar os custos inerentes Tintas Os esquemas tradicionais de pintura com tinta em multicamada são constituídos por primário, subcapa e acabamento [4]. O principal objectivo do primário é impregnar a camada superficial da madeira para garantir uma perfeita ligação entre o substrato a as seguintes camadas do revestimento. A subcapa contribui para a espessura e a opacidade dos revestimentos de pintura por tinta. A função do acabamento é proporcionar um bom aspecto ao revestimento, podendo-lhe conferir características específicas. As tintas protegem a superfície da madeira contra a influência da acção solar devido às partículas dos pigmentos ou de aditivos que entram na sua composição e absorvem a radiação UV. 6 Conclusão A investigação na indústria química tem originado tratamentos biócidas que fazem com que a durabilidade das madeiras aumente. A utilização da madeira tem numerosas vantagens construtivas: imediata colocação em carga, bom comportamento à flexão e facilidade que oferece de corrigir os defeitos que possam aparecer durante a execução. A maioria dos problemas de funcionamento da madeira resulta essencialmente do não cumprimento de regras básicas de utilização deste material. Se as condições de aplicação forem bem definidas e a escolha da madeira, a concepção do desenho e o seu tratamento forem os adequados, não devem existir quaisquer anomalias no material. Existem assim condições a vários níveis para que a madeira possa e deva ser aplicada na construção na zona costeira, podendo usufruir-se plenamente das suas qualidades físicas e estéticas. Referências [1] Sousa, Vítor; Telmo Dias Pereira; Jorge de Brito. Patologias não estruturais do Palácio Nacional de Sintra - Anomalias em caixilharias de madeira, 3º Encore - Encontro sobre conservação e reabilitação de edifícios, LNEC, Lisboa, Maio 2003, Vol. 1, pp [2] Cruz, Helena; Nunes, Lina. Fungal degradation of wood in buildings, International RILEM Conference - Microbial impact on building materials, Lisboa, 2003, pp [3] Teixeira, Gabriela de Barbosa; Belém, Margarida da Cunha. Diálogos de Edificação. CRAT, Porto, [4] Ficha M 10, Madeira para construção - Revestimentos por pintura de madeira para exteriores, LNEC, Lisboa, 1997.

APLICAÇÃO DE MADEIRA NA FAIXA COSTEIRA - ANOMALIAS INERENTES À LOCALIZAÇÃO -

APLICAÇÃO DE MADEIRA NA FAIXA COSTEIRA - ANOMALIAS INERENTES À LOCALIZAÇÃO - APLICAÇÃO DE MADEIRA NA FAIXA COSTEIRA - ANOMALIAS INERENTES À LOCALIZAÇÃO - Teresa de Deus Ferreira, Arq.ª, Mestre em Construção pelo Instituto Superior Técnico Jorge de Brito, Eng.º Civil, Professor

Leia mais

UTILIZAÇÃO DE MADEIRA NA ORLA MARÍTIMA

UTILIZAÇÃO DE MADEIRA NA ORLA MARÍTIMA UTILIZAÇÃO DE MADEIRA NA ORLA MARÍTIMA Teresa de Deus Ferreira Arquitecta Mestrado em Construção, IST Lisboa - Portugal teradeus@netcabo.pt Jorge de Brito Professor Associado DECivil, Instituto Superior

Leia mais

DERIVADOS DE MADEIRA APLICÁVEIS NA FAIXA COSTEIRA

DERIVADOS DE MADEIRA APLICÁVEIS NA FAIXA COSTEIRA DERIVADOS DE MADEIRA APLICÁVEIS NA FAIXA COSTEIRA Teresa de Deus FERREIRA Arquitecta Mestre em Construção pelo IST Lisboa Jorge de BRITO Professor Associado IST/ICIST Lisboa SUMÁRIO A madeira, quando aplicada

Leia mais

Dois grupos de árvores

Dois grupos de árvores Madeira Matéria fibrosa, de natureza celulósica, que constitui o tronco, os ramos e as raízes das árvores, arbustos e demais tipos de plantas lenhosas. É um material conhecido e utilizado desde a Pré-História

Leia mais

ESTRUTURA DA MADEIRA

ESTRUTURA DA MADEIRA Escola Secundária Alfredo da Silva Ensino Básico 6º Ano Disciplina de Educação Tecnológica Materiais e Técnicas (5) - Madeiras / 6ºB A madeira é um material muito heterogéneo, isto é, as suas propriedades

Leia mais

Novos Materiais e Revestimentos para Exterior. José António Santos Investigador Principal aposentado do LNEG

Novos Materiais e Revestimentos para Exterior. José António Santos Investigador Principal aposentado do LNEG Novos Materiais e Revestimentos para Exterior José António Santos Investigador Principal aposentado do LNEG Construções de madeira em Portugal Vivendas, estrutura em alvenaria e madeira. Fachadas em madeira

Leia mais

ESPÉCIES DE MADEIRAS APLICÁVEIS NA FAIXA COSTEIRA

ESPÉCIES DE MADEIRAS APLICÁVEIS NA FAIXA COSTEIRA ESPÉCIES DE MADEIRAS APLICÁVEIS NA FAIXA COSTEIRA Teresa de Deus Ferreira, Arq.ª, Mestre em Construção pelo Instituto Superior Técnico Jorge de Brito, Eng.º Civil, Professor Associado c/ Agregação no Instituto

Leia mais

A madeira foi um dos primeiros materiais a ser utilizado pela humanidade e continua a ser um dos materiais mais utilizados na actualidade.

A madeira foi um dos primeiros materiais a ser utilizado pela humanidade e continua a ser um dos materiais mais utilizados na actualidade. A madeira foi um dos primeiros materiais a ser utilizado pela humanidade e continua a ser um dos materiais mais utilizados na actualidade. Vamos conhecer as suas características e aplicações. Origem da

Leia mais

O sistema ETICS como técnica de excelência na reabilitação de edifícios da segunda metade do século XX

O sistema ETICS como técnica de excelência na reabilitação de edifícios da segunda metade do século XX O sistema ETICS como técnica de excelência na reabilitação de edifícios da segunda metade do século XX Objectivos do trabalho Caracterização da solução ETICS para o revestimento de fachadas, do ponto de

Leia mais

TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO TÉRMICA DOS ELEMENTOS DA ENVOLVENTE CAPÍTULO 5

TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO TÉRMICA DOS ELEMENTOS DA ENVOLVENTE CAPÍTULO 5 TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO TÉRMICA DOS ELEMENTOS DA ENVOLVENTE CAPÍTULO 5 TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO TÉRMICA DOS ELEMENTOS DA ENVOLVENTE 37 CAPÍTULO 5 ÍNDICE 5. TÉCNICAS DE REABILITAÇÃO TÉRMICA DOS ELEMENTOS

Leia mais

ANOMALIAS DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS APLICADOS NA FAIXA COSTEIRA

ANOMALIAS DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS APLICADOS NA FAIXA COSTEIRA ANOMALIAS DE REVESTIMENTOS CERÂMICOS APLICADOS NA FAIXA COSTEIRA Teresa de Deus Ferreira, Arq.ª, Mestre em Construção pelo Instituto Superior Técnico Jorge de Brito, Eng.º Civil, Professor Associado no

Leia mais

1. INTRODUÇÃO 1 2. NORMALIZAÇÃO 5 3 DESCRIÇÃO DOS DIFERENTES TIPOS DE PLACAS Placas de madeira maciça (SWP) Contraplacado (PW) 11

1. INTRODUÇÃO 1 2. NORMALIZAÇÃO 5 3 DESCRIÇÃO DOS DIFERENTES TIPOS DE PLACAS Placas de madeira maciça (SWP) Contraplacado (PW) 11 ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO 1 2. NORMALIZAÇÃO 5 3 DESCRIÇÃO DOS DIFERENTES TIPOS DE PLACAS 7 3.1 Placas de madeira maciça (SWP) 7 3.2 Contraplacado (PW) 11 3.3 Placa microlamelada colada (LVL) 17 3.4 Placas de

Leia mais

FICHA TÉCNICA. Isolamento Térmico de fachadas pelo exterior. nº 17. Nº Pág.s: Fevereiro 2007

FICHA TÉCNICA. Isolamento Térmico de fachadas pelo exterior. nº 17. Nº Pág.s: Fevereiro 2007 nº 17 FICHA TÉCNICA Isolamento Térmico de fachadas pelo exterior Nº Pág.s: 07 17 12 Fevereiro 2007 Isolamento Térmico de fachadas pelo exterior 01 Para responder às crescentes exigências de conforto higrotérmico,

Leia mais

PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO ESTUDO DE CASOS

PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO ESTUDO DE CASOS PATOLOGIA DA CONSTRUÇÃO ESTUDO DE CASOS Vasco Peixoto de Freitas Vasco Peixoto de Freitas FC_FEUP Novembro de 2007-1 www.patorreb.com Estrutura do Site Vasco Peixoto de Freitas FC_FEUP Novembro de 2007-2

Leia mais

Características a observar pelas madeiras para a sua utilização na execução de cofragens.

Características a observar pelas madeiras para a sua utilização na execução de cofragens. 1.1. ÂMBITO Características a observar pelas madeiras para a sua utilização na execução de cofragens. 1.2. REFERÊNCIAS A madeira para cofragem deve obedecer às condições técnicas gerais relativas a materiais

Leia mais

WATSTOP. Barreira de cimento com resina epoxídica, para humidades ascensionais e infiltrações de água.

WATSTOP. Barreira de cimento com resina epoxídica, para humidades ascensionais e infiltrações de água. WATSTOP Barreira de cimento com resina epoxídica, para humidades ascensionais e infiltrações de água. Características e Vantagens IMPERMEABILIZANTE TOTAL Elevado desempenho impermeabilizante de água, tanto

Leia mais

ENGENHARIA CIVIL E ARQUITECTURA 2005/2006 ENGENHARIA DE ESTRUTURAS

ENGENHARIA CIVIL E ARQUITECTURA 2005/2006 ENGENHARIA DE ESTRUTURAS ENGENHARIA CIVIL E ARQUITECTURA 2005/2006 ENGENHARIA DE ESTRUTURAS Prof. Júlio Appleton SUMÁRIO 1. Introdução Tipos de Estruturas (Slides) Objectivos (Segurança, Bom Comportamento, Durabilidade, Economia,

Leia mais

Prof. Heni Mirna Cruz Santos

Prof. Heni Mirna Cruz Santos Prof. Heni Mirna Cruz Santos henimirna@hotmail.com s.f. Ato ou efeito de pintar. Camada de recobrimento de uma superfície, com funções protetora e PINTURA decorativa, obtida pela aplicação de tintas e

Leia mais

BONDEX CATÁLOGO DE PRODUTO

BONDEX CATÁLOGO DE PRODUTO BONDEX CATÁLOGO DE PRODUTO Gama Madeira Tratamentos Velaturas Vernizes Jardim Gama Metal Esmaltes anti-corrosivos Esmaltes Especialidades Decapantes Preparação da Madeira Tabela de preços / Códigos EAN

Leia mais

Ponto de Encontro de Novembro de Reabilitação e Reforço de Estruturas de Edifícios

Ponto de Encontro de Novembro de Reabilitação e Reforço de Estruturas de Edifícios Ponto de Encontro 2011 3 de Novembro de 2011 Reabilitação e Reforço de Estruturas de Edifícios Professor Catedrático do IST (aposentado em 2011) a2p Consult, Lda Reabilitação e Reforço de Estruturas de

Leia mais

MESTRE MARCENEIRO UMIDADE DA MADEIRA O QUE É MADEIRA SECA?

MESTRE MARCENEIRO UMIDADE DA MADEIRA O QUE É MADEIRA SECA? UMIDADE DA MADEIRA O QUE É MADEIRA SECA? Considera-se a madeira esta seca quando o seu teor de umidade residual for igual ou inferior a umidade de equilíbrio da madeira, ou seja quando a umidade da madeira

Leia mais

GUIÃO TÉCNICO CORRECÇÃO DE PONTES TÉRMICAS PAREDES SIMPLES. FICHA TÉCNICA DOW Nº 14 Nº de pág.: 5 16 de Setembro de

GUIÃO TÉCNICO CORRECÇÃO DE PONTES TÉRMICAS PAREDES SIMPLES. FICHA TÉCNICA DOW Nº 14 Nº de pág.: 5 16 de Setembro de GUIÃO TÉCNICO CORRECÇÃO DE PONTES TÉRMICAS PAREDES SIMPLES FICHA TÉCNICA DOW Nº 14 Nº de pág.: 5 16 de Setembro de 2005 www.construlink.com CORRECÇÃO DE PONTES TÉRMICAS - PAREDES SIMPLES A necessidade

Leia mais

O especialista em Renovação de FACHADAS

O especialista em Renovação de FACHADAS A GAMA FACHADAS O especialista em Renovação de FACHADAS A pintura das fachadas dos edifícios tem por objetivos fundamentais: Proteger e Decorar. A proteção processa-se por efeito de barreira, ou seja,

Leia mais

ICDS12 International Conference DURABLE STRUCTURES: from construction to rehabilitation LNEC Lisbon Portugal 31 May - 1 June 2012 DURABLE STRUCTURES

ICDS12 International Conference DURABLE STRUCTURES: from construction to rehabilitation LNEC Lisbon Portugal 31 May - 1 June 2012 DURABLE STRUCTURES PROTECÇÃO HIDROFÓBICA DO BETÃO: COMPORTAMENTO E DURABILIDADES DOS PRODUTOS HIDRÓFUGOS Liliana Baltazar, Lisboa, lilianabaltazar@gmail.com Maria Paula Rodrigues, Laboratório Nacional de Engenharia Civil,

Leia mais

REVESTIMENTO DECORATIVO

REVESTIMENTO DECORATIVO MASSA REVESTIMENTO FINA Ref.:1427 IDENTIFICAÇÃO TÉCNICA Revestimento baseado em copolímeros especiais, PROPRIEDADES Bonito efeito decorativo. Boa resistência à intempérie. Boa impermeabilidade à água.

Leia mais

Colagem de Cerâmicos em Fachadas'

Colagem de Cerâmicos em Fachadas' Colagem de Cerâmicos em Fachadas' Coimbra 13. Novembro. 2013 Agenda Causas das patologias mas antigamente...? Como resolver... Exemplos Reabilitação Conclusões Reboco SUPORTE: Alvenaria de tijolo cerâmico

Leia mais

ACEPE ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL DO POLIESTIRENO EXPANDIDO

ACEPE ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL DO POLIESTIRENO EXPANDIDO ACEPE ASSOCIAÇÃO INDUSTRIAL DO POLIESTIRENO EXPANDIDO EPS POLIESTIRENO EXPANDIDO NO ISOLAMENTO TÉRMICO PELO EXTERIOR ETICS NICOLAU TIRONE SEMINÁRIO APFAC FACHADAS ENERGETICAMENTE EFICIENTES LNEC, LISBOA

Leia mais

Morada: Est. da Batalha, Curral dos Frades Apartado FÁTIMA. Contactos: Telefone Fax

Morada: Est. da Batalha, Curral dos Frades Apartado FÁTIMA. Contactos: Telefone Fax Morada: Est. da Batalha, Curral dos Frades Apartado 267 2496-908 FÁTIMA Contactos: Telefone 244 709 050 Fax 244 709 051 e-mail: geral@lusomi.pt www.lusomi.pt SISTEMA LUSOSAINEMENT REBOCO SISTEMA DEFINIDO

Leia mais

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO FICHA TÉCNICA DO PRODUTO TOPECA, Lda Rua do Mosqueiro 2490 115 Cercal Ourém PORTUGAL Tel.: 00 351 249 580 070 Fax.: 00 351 249 580 079 geral@topeca.pt www.topeca.pt rebetop color Pág. 2 utilização Revestimento

Leia mais

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO FICHA TÉCNICA DO PRODUTO TOPECA, Lda Rua do Mosqueiro 2490 115 Cercal Ourém PORTUGAL Tel.: 00 351 249 580 070 Fax.: 00 351 249 580 079 geral@topeca.pt www.topeca.pt Pág. 2 rebetop gran revestimento orgânico

Leia mais

Centro Histórico de Viseu Brochura informativa Estado de conservação de fachadas julho 2017

Centro Histórico de Viseu Brochura informativa Estado de conservação de fachadas julho 2017 Centro Histórico de Viseu Brochura informativa Estado de conservação de fachadas julho Ficha Técnica Título Coordenação J. Raimundo Mendes da Silva António Bettencourt Equipa Técnica Carlos Sá Catarina

Leia mais

REABILITAÇÃO E PROTECÇÃO DE BETÃO 26 MARÇO 2105, PEDRO AZEVEDO SIKA PORTUGAL/ REFURBISHMENT & STRENGTHENING

REABILITAÇÃO E PROTECÇÃO DE BETÃO 26 MARÇO 2105, PEDRO AZEVEDO SIKA PORTUGAL/ REFURBISHMENT & STRENGTHENING REABILITAÇÃO E PROTECÇÃO DE BETÃO 26 MARÇO 2105, PEDRO AZEVEDO SIKA PORTUGAL/ REFURBISHMENT & STRENGTHENING REABILITAÇÃO E PROTECÇÃO DE BETÃO 26 MARÇO 2105, PEDRO AZEVEDO SIKA PORTUGAL/ REFURBISHMENT &

Leia mais

OS PRODUTOS DE PINTURA PARA MADEIRA

OS PRODUTOS DE PINTURA PARA MADEIRA OS PRODUTOS DE PINTURA PARA MADEIRA M. Isabel Eusébio Ex-Investigadora do LNEC A madeira é um excelente material de construção e de decoração A madeira é vulnerável à acção de agentes agressivos exteriores

Leia mais

MATERIAIS CONSTRUÇÃO MADEIRA. G05 Ana Filipa Delgado Ana Lousada Francisca Moura Luís Filipe

MATERIAIS CONSTRUÇÃO MADEIRA. G05 Ana Filipa Delgado Ana Lousada Francisca Moura Luís Filipe MATERIAIS CONSTRUÇÃO DE MADEIRA G05 Ana Filipa Delgado Ana Lousada Francisca Moura Luís Filipe 01 Contextualização Histórica, Origem e Cronologia: Primeiras utilizações da madeira nomeadamente na construção

Leia mais

CLASSIFICAÇÃO DAS ANOMALIAS MAIS COMUNS APRESENTADAS POR REVESTIMENTOS DE PISO LENHOSOS

CLASSIFICAÇÃO DAS ANOMALIAS MAIS COMUNS APRESENTADAS POR REVESTIMENTOS DE PISO LENHOSOS CLASSIFICAÇÃO DAS ANOMALIAS MAIS COMUNS APRESENTADAS POR REVESTIMENTOS DE PISO LENHOSOS Anabela Delgado * Correio electrónico: as.delgado@mail.telepac.pt Jorge de Brito Correio electrónico: jb@civil.ist.utl.pt

Leia mais

Argamassa produzida em fábrica para revestimentos exteriores

Argamassa produzida em fábrica para revestimentos exteriores 1-5 Argamassa produzida em fábrica para revestimentos exteriores NOTA TÉCNICA 4 Informação Geral O tipo de argamassa usada para revestimentos exteriores vai depender do seu suporte, do tipo de parede e

Leia mais

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO FICHA TÉCNICA DO PRODUTO TOPECA, Lda Rua do Mosqueiro 2490 115 Cercal Ourém PORTUGAL Tel.: 00 351 249 580 070 Fax.: 00 351 249 580 079 geral@topeca.pt www.topeca.pt Pág. 2 rebetop decor raiada areada utilização

Leia mais

O que é o ICF? Vantagens

O que é o ICF? Vantagens O que é o ICF? É um sistema de construção constituído por blocos isolantes em EPS, poliestireno expandido (conhecido em Portugal como esferovite), que após montagem, são preenchidos com betão armado, formando

Leia mais

MESTRADO EM ARQUITECTURA

MESTRADO EM ARQUITECTURA MESTRADO EM ARQUITECTURA DISCIPLINA DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES PARA ARQUITECTURA HUMIDADES EM EDIFÍCIOS Cristina Matos Silva Maria da Glória Gomes Tipos de Humidades A manifestação de humidade nos edifícios

Leia mais

Construction. e Controlo de Custos. Relação de Confiança

Construction. e Controlo de Custos. Relação de Confiança Reabilitação de Edifícios Soluções Térmicas T e Controlo de Custos Membranas Líquidas L de Impermeabilização Relação de Confiança Estado da Arte Coberturas em Portugal Coberturas com telha cerâmica Substituição

Leia mais

PROTECÇÃO E DECORAÇÃO DA MADEIRA LASURES VERNIZES COMPLEMENTOS

PROTECÇÃO E DECORAÇÃO DA MADEIRA LASURES VERNIZES COMPLEMENTOS P R O D U T O S PROTECÇÃO E DECORAÇÃO DA MADEIRA LASURES VERNIZES COMPLEMENTOS PROTECÇÃO E DECORAÇÃO DA MADEIRA P R O D U T O S As madeiras levam um pouco da natureza para dentro de sua casa e criam ambientes

Leia mais

Processos industriais

Processos industriais Processos industriais Selecção e abate Serragem Secagem 2 Processos industriais Os processos industriais utilizados na transformação de madeira assumem grande relevo no que diz respeito à qualidade final

Leia mais

ESPECIFICAÇÃO DE PRODUTO ESP-PP-1

ESPECIFICAÇÃO DE PRODUTO ESP-PP-1 PRODUTO: Tubo corrugado de parede dupla em Polipropileno (PP), designado por RUGSAN, da classe de rigidez SN 8 kn/m 2 (SN8), de acordo com a norma de referência EN 13476. APLICAÇÃO: Drenagem e saneamento

Leia mais

Desempenho em serviço Prof. Maristela Gomes da Silva

Desempenho em serviço Prof. Maristela Gomes da Silva Desempenho em serviço Prof. Maristela Gomes da Silva Departamento de Engenharia Civil Bibliografia referência para esta aula ISAIA, G. C. (editor) Materiais de Construção Civil e Princípios de ciência

Leia mais

A sua casa sem um pingo de infiltrações.

A sua casa sem um pingo de infiltrações. A sua casa sem um pingo de infiltrações. Gama Anti-Humidade e Infiltrações HIDROFUGANTE FACHADAS WB 141-0002 Hidrofugante aquoso baseado numa emulsão de silicone, ideal para aplicação em materiais de construção

Leia mais

WOODTEC TABELA DE PREÇOS JANEIRO 19 DESTINADA A PROFISSIONAIS

WOODTEC TABELA DE PREÇOS JANEIRO 19 DESTINADA A PROFISSIONAIS TABELA DE PREÇOS WOODTEC JANEIRO 19 DESTINADA A PROFISSIONAIS As informações técnicas constantes desta tabela de preços são fornecidas a título orientativo, pelo que não dispensam a consulta dos Boletins

Leia mais

3. Propriedades físicas da madeira

3. Propriedades físicas da madeira 3. Propriedades físicas da madeira Propriedades físicas da madeira Umidade Anisotropia Densidade Retração Dilatação linear Deterioração 1 3.1. Umidade A quantidade de água existente influi grandemente

Leia mais

Controlo e prevenção de anomalias devidas à cristalização de sais solúveis em edifícios antigos. Pedro Puim Teresa Diaz Gonçalves Vânia Brito

Controlo e prevenção de anomalias devidas à cristalização de sais solúveis em edifícios antigos. Pedro Puim Teresa Diaz Gonçalves Vânia Brito Controlo e prevenção de anomalias devidas à cristalização de sais solúveis em edifícios antigos Pedro Puim Teresa Diaz Gonçalves Vânia Brito Introdução Degradação por cristalização de sais Tipos de danos

Leia mais

Patologias Não Estruturais do Palácio Nacional de Sintra - Anomalias em Caixilharias de Madeira

Patologias Não Estruturais do Palácio Nacional de Sintra - Anomalias em Caixilharias de Madeira Patologias Não Estruturais do Palácio Nacional de Sintra - Anomalias em Caixilharias de Madeira Non-Structural Anomalies of the National Palace of Sintra - Anomalies in Wood Moulding Vitor SOUSA Licenciado

Leia mais

Comportamento de revestimentos de fachadas com base em ligante mineral. Exigências funcionais e avaliação do desempenho. M. Rosário Veiga LNEC

Comportamento de revestimentos de fachadas com base em ligante mineral. Exigências funcionais e avaliação do desempenho. M. Rosário Veiga LNEC 1º Congresso de Argamassas de Construção Lisboa, Novembro de 2005 Comportamento de revestimentos de fachadas com base em ligante mineral. Exigências funcionais e avaliação do desempenho 1 M. Rosário Veiga

Leia mais

Colagem de Cerâmicos e Rochas Ornamentais Enquadramento normativo - Marcação CE

Colagem de Cerâmicos e Rochas Ornamentais Enquadramento normativo - Marcação CE Colagem de Cerâmicos e Rochas Ornamentais Enquadramento normativo - Marcação CE Workshop AICCOPN, Porto,13/03/2014 Baio Dias baiodias@ctcv.pt Diretor Adjunto Técnico 1 Enquadramento Normativo Normas aplicáveis

Leia mais

Propriedades de resistência ao calor

Propriedades de resistência ao calor As propriedades de resistência de ARPRO podem ser cruciais dependendo da aplicação. Apresenta-se abaixo o conjunto de informações técnicas abrangidas no presente documento: 1. Durabilidade expectável de

Leia mais

Colagem de Cerâmica e Rochas Ornamentais

Colagem de Cerâmica e Rochas Ornamentais Colagem de Cerâmica e Rochas Ornamentais Pedro Sequeira Dina Frade José Severo Associação Portuguesa de Fabricantes de Argamassas e ETICS Colagem de Cerâmica e Rochas Ornamentais TEKtónica, Lisboa, 2014.05.09

Leia mais

Em vigor desde 29/12/2017 Máquinas e Ferramentas - 1 / 6 TABELA DE PREÇOS

Em vigor desde 29/12/2017 Máquinas e Ferramentas - 1 / 6 TABELA DE PREÇOS Em vigor desde 29/12/2017 Máquinas e Ferramentas - 1 / 6 1625202 LENA1BASIC CIMENTO COLA BR(S25K)$ UN 7,40 Ligantes hidráulicos, inertes calcáricos e silicioso e aditivos Peças de pequenas dimensões (15x15cm),

Leia mais

DICAS. Multiplicador de Qualidade Futura

DICAS. Multiplicador de Qualidade Futura DICAS Multiplicador de Qualidade Futura 1. Patologias Patologia é qualquer anormalidade que venha a ocorrer abaixo ou acima do filme da tinta e que provoque o desgaste acelerado do sistema de pintura.

Leia mais

LIGANTES E CALDAS BETÃO

LIGANTES E CALDAS BETÃO LIGANTES E CALDAS BETÃO Mistura fabricada in situ constituída por: ligante hidráulico (cimento) agregados grosso (brita ou godo) fino (areia) água [adjuvantes] [adições] Controlo de qualidade na obra Qualidade

Leia mais

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO FICHA TÉCNICA DO PRODUTO TOPECA, Lda Rua do Mosqueiro 2490 115 Cercal Ourém PORTUGAL Tel.: 00 351 249 580 070 Fax.: 00 351 249 580 079 geral@ topeca. pt www.topeca.pt juntaemcor extra Pág. 2 acabamento

Leia mais

50% SYSTEM K-FLEX COLOR K-FLEX COLOR SYSTEM ECONOMIZA NO TEMPO DE INSTALAÇÃO. isolamento elastomérico com protecção UV e revestimento basf

50% SYSTEM K-FLEX COLOR K-FLEX COLOR SYSTEM ECONOMIZA NO TEMPO DE INSTALAÇÃO. isolamento elastomérico com protecção UV e revestimento basf ECONOMIZA NO TEMPO DE INSTALAÇÃO ATÉ 50% isolamento elastomérico com protecção UV e revestimento basf Isolamento com acabamento a cores Camadas uniformes Melhoria na flexibilidade e na aplicação Excelente

Leia mais

SISTEMA DE INSPECÇÃO E DIAGNÓSTICO DE REVESTIMENTOS EPÓXIDOS EM PISOS INDUSTRIAIS

SISTEMA DE INSPECÇÃO E DIAGNÓSTICO DE REVESTIMENTOS EPÓXIDOS EM PISOS INDUSTRIAIS SISTEMA DE INSPECÇÃO E DIAGNÓSTICO DE REVESTIMENTOS EPÓXIDOS EM PISOS INDUSTRIAIS João Garcia maxit / Mestrando IST Jorge de Brito Prof. Associado IST 1º Congresso Nacional de Argamassas de Construção

Leia mais

MANUAL DE CLASSIFICAÇÃO VISUAL

MANUAL DE CLASSIFICAÇÃO VISUAL MANUAL DE CLASSIFICAÇÃO VISUAL Convênio Racional Engenharia S/A e IBRAMEM CALIL JR, C. OKIMOTO, F.S. PFISTER, G. M. SUMÁRIO I. DEFINIÇÕES II. TIPOS DE CORTES III. CLASSIFICAÇÃO POR DEFEITOS 1. Defeitos

Leia mais

LICENCIATURA EM ENGENHARIA CIVIL FEUP TECNOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 3º Ano, 2º Semestre 2h Teóricas + 3h Teórico/Práticas / semana PROGRAMA

LICENCIATURA EM ENGENHARIA CIVIL FEUP TECNOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 3º Ano, 2º Semestre 2h Teóricas + 3h Teórico/Práticas / semana PROGRAMA LICENCIATURA EM ENGENHARIA CIVIL FEUP TECNOLOGIA DAS CONSTRUÇÕES 3º Ano, 2º Semestre 2h Teóricas + 3h Teórico/Práticas / semana PROGRAMA CAPÍTULO 1.ÂMBITO E OBJECTIVO DA DISCIPLINA 1.1. Descrição e justificação

Leia mais

GET GESTÃO DE ENERGIA TÉRMICA Lda.

GET GESTÃO DE ENERGIA TÉRMICA Lda. 1 Dados climáticos de referência para a região do Porto: Inverno: Região climática I1, número de graus dias = 1610 (º dias), duração da estação de aquecimento = 6,7 meses. Verão: Região climática V1, Temperatura

Leia mais

Refrigeração e Ar Condicionado

Refrigeração e Ar Condicionado Refrigeração e Ar Condicionado Câmaras Frigoríficas Filipe Fernandes de Paula filipe.paula@engenharia.ufjf.br Departamento de Engenharia de Produção e Mecânica Faculdade de Engenharia Universidade Federal

Leia mais

Nº4 NOVEMBRO 2002 REVESTIMENTO DE PAREDES EXTERIORES DE MADEIRA

Nº4 NOVEMBRO 2002 REVESTIMENTO DE PAREDES EXTERIORES DE MADEIRA Nº4 NOVEMBRO 2002 REVESTIMENTO DE PAREDES EXTERIORES DE MADEIRA Luís Soares Cavaco A monografia apresentada foi realizada no âmbito da cadeira de Tecnologias da Construção de Edifícios do 11º Mestrado

Leia mais

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO FICHA TÉCNICA DO PRODUTO TOPECA, Lda Rua do Mosqueiro 2490 115 Cercal Ourém PORTUGAL Tel.: 00 351 249 580 070 Fax.: 00 351 249 580 079 geral@ topeca. pt www.topeca.pt Pág. 2 juntas em cor para mosaico,

Leia mais

Oque é? Conjunto estabelecido pela associação da tinta de acabamento a respectivas massas e fundos, através de ferramentas/utensílios específicos.

Oque é? Conjunto estabelecido pela associação da tinta de acabamento a respectivas massas e fundos, através de ferramentas/utensílios específicos. Sistemas de pintura Oque é? Conjunto estabelecido pela associação da tinta de acabamento a respectivas massas e fundos, através de ferramentas/utensílios específicos. Sua aplicação resulta em uma película

Leia mais

ANÁLISE DE ANOMALIAS E TÉCNICAS DE REPARAÇÃO EM 128 CASOS DE REVESTIMENTOS EM PEDRA NATURAL (RPN): PRINCIPAIS CONCLUSÕES

ANÁLISE DE ANOMALIAS E TÉCNICAS DE REPARAÇÃO EM 128 CASOS DE REVESTIMENTOS EM PEDRA NATURAL (RPN): PRINCIPAIS CONCLUSÕES ANÁLISE DE ANOMALIAS E TÉCNICAS DE REPARAÇÃO EM 128 CASOS DE REVESTIMENTOS EM PEDRA NATURAL (RPN): PRINCIPAIS CONCLUSÕES Natália M. Lima Neto * natalia.m.neto@gmail.com Jorge de Brito jb@civil.ist.utl.pt

Leia mais

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO FICHA TÉCNICA DO PRODUTO TOPECA, Lda Rua do Mosqueiro 2490 115 Cercal Ourém PORTUGAL Tel.: 00 351 249 580 070 Fax.: 00 351 249 580 079 geral@ topeca. pt www.topeca.pt topeca floor in Pág. 2 liso ou anti

Leia mais

Avaliação da compatibilidade de fixação de elementos cerâmicos com o sistema ETICS

Avaliação da compatibilidade de fixação de elementos cerâmicos com o sistema ETICS Avaliação da compatibilidade de fixação de elementos cerâmicos com o sistema ETICS 3º Congresso Português de Argamassas de Construção Março 2010 Luís Silva, Vasco Pereira, Pedro Sequeira, António Sousa

Leia mais

CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS II PATOLOGIAS EM REVESTIMENTOS DE ARGAMASSA

CONSTRUÇÃO DE EDIFÍCIOS II PATOLOGIAS EM REVESTIMENTOS DE ARGAMASSA PATOLOGIAS EM REVESTIMENTOS DE ARGAMASSA AS FISSURAS NOS REVESTIMENTOS RESPONDEM EM MÉDIA POR 15% DOS CHAMADOS PARA ATENDIMENTO PÓS-OBRA DENTRO DO PRAZO DE GARANTIA ORIGEM E INCIDÊNCIA DAS MANIFESTAÇÕES

Leia mais

FICHAS DE PATOLOGIAS DOS SISTEMAS ETICS

FICHAS DE PATOLOGIAS DOS SISTEMAS ETICS FICHAS DE PATOLOGIAS DOS SISTEMAS ETICS Vasco Peixoto de Freitas Andreia Mota Miranda Laboratório de Física das Construções FACULDADE DE ENGENHARIA UNIVERSIDADE DO PORTO Vasco Peixoto de Freitas e Andreia

Leia mais

FICHA DE EXERCÍCIOS N.º 3 MADEIRAS

FICHA DE EXERCÍCIOS N.º 3 MADEIRAS 1 Faculdade de Engenharia Curso de Licenciatura em Engenharia Civil Materiais de Construção II FICHA DE EXERCÍCIOS N.º 3 MADEIRAS Problema 1 Os ensaios fisicó-mecânicos do Ulmeiro Americano verde e seco

Leia mais

ÍNDICE. Novidades Nova gama Impermeabilizantes. Nova gama de Primários. Terraços RefªM14T. Terraços Fibra RefªM14TF

ÍNDICE. Novidades Nova gama Impermeabilizantes. Nova gama de Primários. Terraços RefªM14T. Terraços Fibra RefªM14TF Catálogo 2014 Sede: Rua do Convento, nº63, 1ºdto, 2830-072, Barreiro Fábrica: Parque Baía do Tejo, Rua 46, Armazéns 5 e 7, Cx. Postal 5088, 2831-904, Barreiro Telefone: 212079862 E-mail: marcontinlda@gmail.com

Leia mais

MESTRADO EM ARQUITECTURA

MESTRADO EM ARQUITECTURA MESTRADO EM ARQUITECTURA DISCIPLINA DE FÍSICA DAS CONSTRUÇÕES PARA ARQUITECTURA HUMIDADES EM EDIFÍCIOS Cristina Matos Silva Tipos de Humidades A manifestação de humidade nos edifícios pode provocar graves

Leia mais

Regras para uma boa colagem

Regras para uma boa colagem Regras para uma boa colagem Fabricio Gomes Gonçalves Informações gerais: 1) Propiciar condições para um íntimo contato entre o adesivo líquido e a superfície sólida ao longo da interface. usar superfície

Leia mais

Requisitos aplicados aos componentes dos Sistemas Compósitos de Isolamento Térmico pelo Exterior (ETICS)

Requisitos aplicados aos componentes dos Sistemas Compósitos de Isolamento Térmico pelo Exterior (ETICS) Descrevem-se as diferenças nos métodos de conceção de fixações mecânicas para efeitos de sucção do vento, orientações de implementação da fixação mecânica e que aspetos devem ser ponderados durante a supervisão

Leia mais

Materiais de Construção. Prof: Rafael de Oliveira Antunes contato:

Materiais de Construção. Prof: Rafael de Oliveira Antunes contato: Prof: Rafael de Oliveira Antunes contato: antunesagronomia@gmail.com Concreto Armado A união dos dois materiais é possível e realizada com pleno êxito devido a uma série de características: coeficiente

Leia mais

Anexo D. Ficha Técnica Sika Icosit K 101 N.

Anexo D. Ficha Técnica Sika Icosit K 101 N. Anexo D Ficha Técnica Sika Icosit K 101 N. Ficha de Produto Edição de Abril de 2011 Nº de identificação: 04.104 Versão nº 1 Icosit K 101 N Ligante epoxi estrutural em dois componentes Descrição do produto

Leia mais

Impermeabilizações de coberturas em terraço. Anomalias em superfície corrente

Impermeabilizações de coberturas em terraço. Anomalias em superfície corrente Impermeabilizações de coberturas em terraço. Anomalias em superfície corrente Flat roof waterproofing. Current surface anomalies Ana Walter Engenheira Civil, Mestre em Construção pelo IST, Lisboa, Portugal,

Leia mais

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO FICHA TÉCNICA DO PRODUTO TOPECA, Lda Rua do Mosqueiro 2490 115 Cercal Ourém PORTUGAL Tel.: 00 351 249 580 070 Fax.: 00 351 249 580 079 geral@ topeca. pt www.topeca.pt Pág. 2 silitop barreira utilização

Leia mais

FICHA DE CARATERIZAÇÃO DO IMÓVEL

FICHA DE CARATERIZAÇÃO DO IMÓVEL FICHA DE CARATERIZAÇÃO DO IMÓVEL Esta ficha aplica-se a todos os edifícios existentes nos Espaços Urbanos Centrais e na totalidade das ARU(s) em vigor 1. IDENTIFICAÇÃO Rua/Av./Pc.: Número: Andar: Localidade:

Leia mais

MONTAGE MONTAGE MONTAGE AGARRE IMEDIATO TRANSPARENTE PROFISSIONAL

MONTAGE MONTAGE MONTAGE AGARRE IMEDIATO TRANSPARENTE PROFISSIONAL MONTAGE MONTAGE MONTAGE AGARRE IMEDIATO TRANSPARENTE PROFISSIONAL MONTAGE AGARRE IMEDIATO FIXE CARGAS PESADAS NO INTERIOR OU EXTERIOR INTERIOR E EXTERIOR REFORÇADO COM FIBRAS MATERIAIS POROSOS EXTERIOR

Leia mais

Novo Revestimento. para Fachadas. para Fachadas

Novo Revestimento. para Fachadas. para Fachadas Novo Novo Revestimento Revestimento para Fachadas para Fachadas Hempacryl Advance 59910 Revestimento para fachadas Acabamento mate liso Máxima resistência e durabilidade Sistema anti-carbonatação Resistente

Leia mais

AQUOSOS CONSTRUÇÃO CIVIL

AQUOSOS CONSTRUÇÃO CIVIL AQUOSOS CONSTRUÇÃO CIVIL Primários/Isolantes SELCRIL ISOLAQUA Primário acrílico aquoso de cor branca, indicado para o exterior e interior. Foi concebido com resinas acrílicas de fácil penetração e de excelente

Leia mais

Entre as características físicas da madeira, cujo conhecimento é importante para sua utilização como material de construção, destacam-se:

Entre as características físicas da madeira, cujo conhecimento é importante para sua utilização como material de construção, destacam-se: Disciplina Estruturas de Madeira Notas de aula Prof. Andréa Roberta 2. PROPRIEDADES FÍSICAS DA MADEIRA Conhecer as propriedades físicas da madeira é de grande importância porque estas propriedades podem

Leia mais

2,25 2,36 3,43 3,52 VERDE CORES. Silicones BRANCO TRANSPARENTE. Silicone Universal. Silicone Neutro Plus - METAL

2,25 2,36 3,43 3,52 VERDE CORES. Silicones BRANCO TRANSPARENTE. Silicone Universal. Silicone Neutro Plus - METAL Silicones Silicone Universal Silicone acético de uso universal, monocomponente, para selagem de juntas em sistemas de vidro, caixilharias de alumínio, PVC, madeira e na construção em geral. Tem excelente

Leia mais

1 Introdução. conta. na escolha - Capacidade de - Absorção de água. das placas. - Desagregação. e separação. r interiores.

1 Introdução. conta. na escolha - Capacidade de - Absorção de água. das placas. - Desagregação. e separação. r interiores. Caderno sobre 2008 Rui Ferreira Fabrica de s Kar,Lda 1/9/2008 1 Introdução Sendo um material composto, o tem características especiais que foram tidas em conta na escolha dos possíveis acabamentos. - Capacidade

Leia mais

VEDAPREN SAC 0800-VEDACIT DEMAIS DEPARTAMENTOS (11) DE SEGUNDA A SEXTA DAS 8H ÀS 17H45

VEDAPREN SAC 0800-VEDACIT DEMAIS DEPARTAMENTOS (11) DE SEGUNDA A SEXTA DAS 8H ÀS 17H45 Produto é uma manta líquida, de base asfalto e aplicação a frio, pronta para uso e moldada no local. Cobre a estrutura com uma proteção impermeável. Apresenta ótimas características de elasticidade e tem

Leia mais

Universidade de Pernambuco Escola Politécnica de Pernambuco DISCIPLINA. Construção Civil II

Universidade de Pernambuco Escola Politécnica de Pernambuco DISCIPLINA. Construção Civil II Curso: Engenharia Civil Universidade de Pernambuco Escola Politécnica de Pernambuco DISCIPLINA Construção Civil II Aula 07 Pinturas Prof. Dr. Alberto Casado Lordsleem Jr. Sumário Aula 07 Pinturas Funções

Leia mais

fct - UNL ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO I ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO I 4 DURABILIDADE Válter Lúcio Mar

fct - UNL ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO I ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO I 4 DURABILIDADE Válter Lúcio Mar ESTRUTURAS DE BETÃO ARMADO I Válter Lúcio Mar.06 1 PROGRAMA 1.Introdução ao betão armado 2.Bases de Projecto e Acções 3.Propriedades dos materiais 4.Durabilidade 5.Estados limite últimos de resistência

Leia mais

WOODTEC TABELA DE PREÇOS MARÇO 17 DESTINADA A PROFISSIONAIS

WOODTEC TABELA DE PREÇOS MARÇO 17 DESTINADA A PROFISSIONAIS TABELA DE PREÇOS WOODTEC MARÇO 17 DESTINADA A PROFISSIONAIS As informações técnicas constantes desta tabela de preços são fornecidas a título orientativo, pelo que não dispensam a consulta dos Boletins

Leia mais

Pedra Natural em Fachadas

Pedra Natural em Fachadas Pedra Natural em Fachadas SELEÇÃO, APLICAÇÃO, PATOLOGIAS E MANUTENÇÃO Real Granito, S.A. Índice Características típicas dos diferentes tipos de Rochas Ensaios para a caracterização de produtos em Pedra

Leia mais

REFRIGERAÇÃO UTILIZAÇÃO DE BAIXAS TEMPERATURAS NA CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS

REFRIGERAÇÃO UTILIZAÇÃO DE BAIXAS TEMPERATURAS NA CONSERVAÇÃO DE ALIMENTOS REFRIGERAÇÃO Ivo Rodrigues 2007/2008 1. Objectivos da refrigeração de Alimentos... prolongar a vida útil dos alimentos aumentando as possibilidades de conservação (geral) 1 1. Objectivos da refrigeração

Leia mais

Tintas, Vernizes, Lacas e Esmaltes. Professora Ligia Pauline

Tintas, Vernizes, Lacas e Esmaltes. Professora Ligia Pauline Tintas, Vernizes, Lacas e Esmaltes Professora Ligia Pauline Tintas Suspensão de partículas opacas (pigmentos) em veículo fluido; Função das partículas: cobrir e decorar as superfícies; Função do veículo:

Leia mais

Autor: Giulliano Polito

Autor: Giulliano Polito Autor: Giulliano Polito OBJETIVO Orientar quanto a especificação do melhor sistema de pintura sobre argamassa; Apresentar Patologias usuais em sistemas de pintura sobre argamassa. 7 QUALIDADE Os Principais

Leia mais

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO

FICHA TÉCNICA DO PRODUTO FICHA TÉCNICA DO PRODUTO TOPECA, Lda Rua D. Nuno Alvares Pereira, 53 2490 114 Cercal Ourém PORTUGAL Tel.: 00 351 249 580 070 Fax.: 00 351 249 580 079 geral@ topeca. pt www.topeca.pt juntaemcor natural

Leia mais

CORROSÃO. Processo de destruição superficial de um metal, dando origem a sais iónicos (óxidos hidróxidos) do referido metal

CORROSÃO. Processo de destruição superficial de um metal, dando origem a sais iónicos (óxidos hidróxidos) do referido metal CORROSÃO Processo de destruição superficial de um metal, dando origem a sais iónicos (óxidos hidróxidos) do referido metal Corrosão Química: reacção superficial de transferência de carga em ambiente seco

Leia mais

Tecnologia de construção para uma habitação unifamiliar

Tecnologia de construção para uma habitação unifamiliar Tecnologia de construção para uma habitação unifamiliar Módulo Processos de construção LABORATÓRIO DE CONSTRUÇÃO A68262 Sara Cardoso A68222 Ana Catarina Silva Guimarães, 07 de fevereiro de 2014 Índice

Leia mais

Sistema de Isolamento Térmico pelo Exterior- ETICS A Solução para Impermeabilização e Isolamento Térmico de Paredes Exteriores

Sistema de Isolamento Térmico pelo Exterior- ETICS A Solução para Impermeabilização e Isolamento Térmico de Paredes Exteriores Sistema de Isolamento Térmico pelo Exterior- ETICS A Solução para Impermeabilização e Isolamento Térmico de Paredes Exteriores A ISOMARCA possui uma vasta experiência na aplicação de Sistema de Isolamento

Leia mais