A SINGULARIDADE DA REVELAÇÃO CRISTÃ

Transcrição

1 A SINGULARIDADE DA REVELAÇÃO CRISTÃ 1

2 JESUS, O REVELADOR DO PAI Em Jesus de Nazaré, mistério e promessa são corporificados (Cl 1,15.19; Hb 1,3; Jo 14,9). O 2ºT expressa a antiga convicção de que a pessoa de Jesus nos revela a realidade de Deus. O 2ºT fala da revelação como o tornar conhecido um mysterion (Rm 16,25; Ef 3,3-4; 6,19; Cl 1,27; 2,2; Mc 4,11). 2

3 JESUS, O SACRAMENTO DO PAI Para a fé cristã, este mistério, oculto em Deus desde toda a eternidade, torna-se plenamente manifesto em Jesus (Hb 1,1ss). Para a fé cristã, o próprio Jesus é o sacramento primário do nosso encontro com o mistério divino da promessa. Para a Igreja, Jesus é o Cristo, a Palavra de Deus, a auto-revelação de Deus (DV 2-4). 3

4 JESUS COMO REVELAÇÃO DA PROMESSA DE DEUS A vida de Jesus e seus ensinamentos sobre o reino de Deus oferecem evidência desse equilíbrio. Na sua pessoa, nas imagens sobre o reino, Jesus sacramentaliza o Deus compassivo (Mt3,2.17;5,3; Mc 4,11; 10,14.23; Lc 6,20; 8,10; 9,62). Em Jesus de Nazaré a promessa está chegando ao seu cumprimento. 4

5 A ABERTURA DO MISTÉRIO A vida e as palavras de Jesus de Nazaré abrem o mistério do futuro para seus seguidores. Essa abertura é feita de maneira tão radical que funciona para eles como a própria revelação de Deus. No Evangelho de Marcos, Jesus inaugura o seu ministério dizendo:...cumpriu-se o tempo... (Mc 1,15). 5

6 JESUS TRANSFORMA A PROMESSA Ao interpretar a promessa de Deus, Jesus não elimina os padrões anteriores de esperança. Ele procura transformar as imagens tradicionais da compreensão que Isra-El tinha das suas perspectivas. Fica claro pela sua vida e missão que Ele não veio para destruir, mas para cumprir as promessas(mt 5,17-19; Rm 3,31; Lc 16,17). 6

7 AS PARÁBOLAS SÃO UM CONVITE As parábolas de Jesus são convites para a ação no presente(mt 13, ; 24,32; Mc 4, ; 13,28; Lc 8,10; 21,29). Elas anunciam a vinda do futuro de Deus e convidam-nos para a metanóia. A transformação da nossa vida é ação do Espírito Santo que atua na história. 7

8 CHEGOU O TEMPO DA LIBERTAÇÃO Na sinagoga da Nazaré ao ler o texto de Isaias(Is 61,1ss), Jesus anunciou que tinha chegado o tempo da libertação. A grande novidade não foi Ele ter lido o texto, que por sinal já era conhecido da liturgia sinagogal, a novidade foi ter aplicado a si mesmo o cumprimento das promessas messiânicas. Lc 4,

9 O ESCÂNDALO DE NAZARÉ - Lc 4,16-30 O texto lucano costura dois momentos distintos: A) admiração e assombro (Lc 4,22) B) escândalo e rejeição (Lc 4,28-30). Aqui, Jesus quase foi morto por seus conterrâneos. 9

10 FÉ CRISTÃ E A PRÁTICA DE JESUS DE NAZARÉ A fé cristã decifrou na efusão excepcional de empatia desse homem pelos pobres, pelos cativos, pelos abandonados e pelos doentes, a entrada consumada de uma amor e misericórdia suprema em nosso mundo. O seu senso de Deus como abba é a fonte que alimenta sua visão do reino bem como suas próprias ações inclusivas. 10

11 DONDE VEM A FORMA ESPECÍFICA DA REVELAÇÃO CRISTÃ Podemos, portanto, inferir(deduzir pelo raciocínio) que a revelação cristã começa a receber sua própria forma específica na consciência que Jesus tem de Deus como abba. A busca religiosa da humanidade, com suas inúmeras representações sacramentais do mistério incompreensível, recebe uma resposta única na revelação de Deus como abba por Jesus. 11

12 A FINALIDADE DE ENCONTRARMOS COM JESUS COMO O CRISTO...a finalidade é obtermos uma compreensão clara do sentido do mistério de Deus revelado nele. Talvez em nenhum outro aspecto o caráter deste mistério promissor se apresente mais gratuitamente, mais prodigamente e mais surpreendentemente que na exortação de Jesus para pensarmos Deus como abba. 12

13 CRUZ E RESSURREIÇÃO A fé cristã afirma que o Jesus que foi crucificado na primeira parte do séc. I está vivo agora. Efetivamente, sua vida de acordo com Paulo e João, é nossa própria vida. A ressurreição de Jesus significa que Ele ainda está presente a nós, não menos que aos seus discípulos reunidos em Jerusalém e na Galiléia, após sua morte na cruz. E a vida que Ele tem conosco no Espírito é nosso acesso ao mistério supremo, que Ele chamou abba. 13

14 O EVENTO CENTRAL DA REVELAÇÃO A ressurreição não só aponta para o futuro; ela é o futuro entrando no presente. A ressurreição de Jesus é a revolução na evolução, é o salto de qualidade que o Pai pela força do Espírito dá na história humana e cósmica. Assim, porque é a vinda definitiva (embora não conclusiva) do mistério do futuro. Para a fé cristã a ressurreição é, na sua inseparabilidade da cruz, o evento central da revelação. 14

15 PAZ E BEM! 15