Consignação em pagamento:
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- Simone Leão Igrejas
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1 Página1 Curso/Disciplina: Novo CPC Comparado e Comentado Aula: Procedimentos Especiais de Jurisdição Contenciosa Professor (a): Rodolfo Hartmann Monitor (a): Felipe Ignacio Loyola Nº da aula 30 PROCEDIMENTOS ESPECIAIS DE JURISDIÇÃO CONTENCIOSA Consignação em pagamento: CPC/15. Art Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida. 1o Tratando-se de obrigação em dinheiro, poderá o valor ser depositado em estabelecimento bancário, oficial onde houver, situado no lugar do pagamento, cientificando-se o credor por carta com aviso de recebimento, assinado o prazo de 10 (dez) dias para a manifestação de recusa. 2o Decorrido o prazo do 1o, contado do retorno do aviso de recebimento, sem a manifestação de recusa, considerar-se-á o devedor liberado da obrigação, ficando à disposição do credor a quantia depositada. 3o Ocorrendo a recusa, manifestada por escrito ao estabelecimento bancário, poderá ser proposta, dentro de 1 (um) mês, a ação de consignação, instruindo-se a inicial com a prova do depósito e da recusa. 4o Não proposta a ação no prazo do 3o, ficará sem efeito o depósito, podendo levantálo o depositante. A consignatória é uma demanda proposta pelo devedor ou por terceiro juridicamente interessado e que tem por finalidade a declaração da extinção de um vínculo obrigacional. Em rega, ela é proposta quando o credor se recusa a receber a prestação; e, excepcionalmente, quando o devedor não tem certeza de quem é o legítimo credor da prestação obrigacional. Novidade do CPC/15: após a consignação em pagamento, se o magistrado decidir que os credores indicados não são legítimos, esses bens serão arrecadados pelo procedimento de coisas vagas e repassados à fazenda pública. A consignação em pagamento, salvo os apontamentos feitos, segue o mesmo regramento previsto no CPC/1973.
2 Página2 Observação! O devedor que propõe ação de consignação e pagamento, tem o pedido deferido pelo magistrado e não faz o recolhimento dos valores estabelecidos, o procedimento será extinto sem a resolução do mérito, conforme previsão do parágrafo único do art. 542 do CPC/15. CPC/15. Art. 542 (...) Parágrafo único. Não realizado o depósito no prazo do inciso I, o processo será extinto sem resolução do mérito. Ação de exigir contas (ação de prestação de contas CPC/1973): CPC/15. Art Aquele que afirmar ser titular do direito de exigir contas requererá a citação do réu para que as preste ou ofereça contestação no prazo de 15 (quinze) dias. 1o Na petição inicial, o autor especificará, detalhadamente, as razões pelas quais exige as contas, instruindo-a com documentos comprobatórios dessa necessidade, se existirem. 2o Prestadas as contas, o autor terá 15 (quinze) dias para se manifestar, prosseguindo-se o processo na forma do Capítulo X do Título I deste Livro. 3o A impugnação das contas apresentadas pelo réu deverá ser fundamentada e específica, com referência expressa ao lançamento questionado. 4o Se o réu não contestar o pedido, observar-se-á o disposto no art o A decisão que julgar procedente o pedido condenará o réu a prestar as contas no prazo de 15 (quinze) dias, sob pena de não lhe ser lícito impugnar as que o autor apresentar. 6o Se o réu apresentar as contas no prazo previsto no 5o, seguir-se-á o procedimento do 2o, caso contrário, o autor apresentá-las-á no prazo de 15 (quinze) dias, podendo o juiz determinar a realização de exame pericial, se necessário. A ação de exigir contas, conforme a previsão do CPC/15, pode ser proposta quando, em uma relação de direito material, em que um sujeito (pessoa jurídica ou física) administra bens ou direitos do outro e resta dúvida quanto à prestação de contas apresentada. Na égide do CPC anterior a ação de prestação e contas poderia ser proposta pelo mandatário oferecendo contas ao mandante ou pelo mandante exigindo contas do mandatário. O novo CPC define como ação de exigir contas a ser proposta na modalidade mandante exigindo contas do mandatário, apenas. Observação! Caso o mandatário queira oferecer contas ao mandante, o rito seguido deverá ser o comum. AÇÕES POSSESSÓRIAS:
3 Página3 CPC/15. Art A propositura de uma ação possessória em vez de outra não obstará a que o juiz conheça do pedido e outorgue a proteção legal correspondente àquela (ação) cujos pressupostos estejam provados. As ações possessórias têm como objetivo a defesa da posse. Modalidades de ação possessória: Esbulho (perda da pose): é cabível a ação de reintegração de posse; Turbação (perda parcial da posse): é cabível a ação de manutenção de posse; Ameaça à posse: é cabível o interdito proibitório. Observação! O CPC anterior reconhecida a possibilidade de fungibilidade entre as demandas possessórias, o que acabava por mitigar o princípio da congruência (princípio segundo o qual o magistrado só deve julgar dentro dos limites da provocação presentada no pedido). Era comum os casos em que o sujeito pleiteava a manutenção da posse, mas, durante a tramitação do procedimento, acabava por perdê-la completamente. Nessas situações, em vez de extinguir o feito sem a resolução do mérito, o magistrado prosseguia, adequando a ação correta ao procedimento. CPC/15. Art. 554(...) 1o No caso de ação possessória em que figure no polo passivo grande número de pessoas, serão feitas a citação pessoal dos ocupantes que forem encontrados no local e a citação por edital dos demais, determinando-se, ainda, a intimação do Ministério Público e, se envolver pessoas em situação de hipossuficiência econômica, da Defensoria Pública. Concessão de liminar determinado a reintegração de posse: CPC;15. Art No litígio coletivo pela posse de imóvel, quando o esbulho ou a turbação afirmado na petição inicial houver ocorrido há mais de ano e dia, o juiz, antes de apreciar o pedido de concessão da medida liminar, deverá designar audiência de mediação, a realizarse em até 30 (trinta) dias, que observará o disposto nos 2o e 4o.
4 Página4 1o Concedida a liminar, se essa não for executada no prazo de 1 (um) ano, a contar da data de distribuição, caberá ao juiz designar audiência de mediação, nos termos dos 2o a 4o deste artigo. Crítica: Para o professor, o excessivo número de audiências tende a atrasar a prestação jurisdicional. Quando a questão é de direito, não há a necessidade dessa audiência de mediação; mas, quando a questão é de fato, ela é importante para conhecer as pessoas, as provas e etc. Não há grandes alterações, salvo as redacionais, em relação às ações possessórias. Ação de divisão e da demarcação de terras particulares: CPC/15. Art A demarcação e a divisão poderão ser realizadas por escritura pública, desde que maiores, capazes e concordes todos os interessados, observando-se, no que couber, os dispositivos deste Capítulo. O que chama a atenção na hipótese de ação de divisão e da demarcação de terras particulares é o fato de que o fenômeno da desjudicialização está expresso no CPC/15. Ação de dissolução parcial de sociedade CPC/15. Art A ação de dissolução parcial de sociedade pode ter por objeto: I - a resolução da sociedade empresária contratual ou simples em relação ao sócio falecido, excluído ou que exerceu o direito de retirada ou recesso; e II - a apuração dos haveres do sócio falecido, excluído ou que exerceu o direito de retirada ou recesso; ou III - somente a resolução ou a apuração de haveres. Novidade trazida pelo CPC/15. Esta é uma demanda que não traz muitas especificidades na etapa inicial. O que justifica a sua qualificação como procedimento especial é a sua etapa complementar, que muito lembra uma liquidação de sentença, mas com algumas diferenças em relação à retirada de um sócio e a de apuração dos haveres.
5 Página5 Atenção! Caso o objetivo seja a dissolução total da sociedade o procedimento deverá o ser o comum. Do inventário e da partilha: (artigos 610 e seguintes do CPC/15) Não há grandes novidades em relação ao modelo anterior. Embargos de terceiros: Regulados do art. 674 a 681 do CPC/15. Os embargos de terceiros têm como objetivo a cessação de um esbulho judicial. Ocorre, por exemplo, quando o magistrado determina a constrição judicial sobre um bem de terceiro, ou seja, processo é sobre a e b, mas a penhora é realizada sobre os bens de c, que não faz parte da demanda. Os embargos de terceiros são iniciados por simples petição distribuída perante o mesmo órgão prolator da constrição judicial indevida. O 4º do art. 677 do CPC/15 prevê que: CPC/15. Art. 677 (...) 4o Será legitimado passivo o sujeito a quem o ato de constrição aproveita, assim como o será seu adversário no processo principal quando for sua a indicação do bem para a constrição judicial. Ao analisar os embargos de terceiros, o magistrado pode fazer cessar a constrição judicial ou indeferir o pedido liminar, conforme o caso em questão. Além disso, os embargos podem ser objeto de contestação no prazo de 15 dias, findo os quais, o feito seguirá pelo rito comum. CPC/15. Art Os embargos poderão ser contestados no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual se seguirá o procedimento comum. Sucumbência nos embargos de terceiros: Súmula 303 do STJ, em embargos de terceiro, quem deu causa à constrição indevida deve arcar com os honorários advocatícios.
6 Página6 Segundo o enunciado 303 do STJ, arcará com a sucumbência será aquele que deu causa à constrição, ou seja, mesmo que seja o vitorioso, o embargante arcará com as custas da sucumbência. Oposição: CPC/15. Art Quem pretender, no todo ou em parte, a coisa ou o direito sobre que controvertem autor e réu poderá, até ser proferida a sentença, oferecer oposição contra ambos. CPC/15. Art O opoente deduzirá o pedido em observação aos requisitos exigidos para propositura da ação. Parágrafo único. Distribuída a oposição por dependência, serão os opostos citados, na pessoa de seus respectivos advogados, para contestar o pedido no prazo comum de 15 (quinze) dias. CPC/15. Art Se um dos opostos reconhecer a procedência do pedido, contra o outro prosseguirá o opoente. CPC/15. Art Admitido o processamento, a oposição será apensada aos autos e tramitará simultaneamente à ação originária, sendo ambas julgadas pela mesma sentença. Parágrafo único. Se a oposição for proposta após o início da audiência de instrução, o juiz suspenderá o curso do processo ao fim da produção das provas, salvo se concluir que a unidade da instrução atende melhor ao princípio da duração razoável do processo. CPC/15. Art Cabendo ao juiz decidir simultaneamente a ação originária e a oposição, desta conhecerá em primeiro lugar. Diferentemente do CPC/73, que tratava a oposição como espécie de intervenção de terceiros, o CPC/15 trata a oposição como procedimento especial de jurisdição contenciosa. A oposição ocorre, por exemplo, quando a e b estão disputando a propriedade de um bem da vida e um terceiro se opõe a essa disputa (opoente autor). A oposição tramitará na mesma vara em que foi proposta a ação originária e, no polo passivo, forma-se um litisconsórcio necessário ente a e b. A oposição tem finalidade petitória (reconhecer domínio), diferentemente do embargo de terceiro, que busca o cessamento de uma constrição judicial indevida. Não há mudanças significativas trazidas pelo CPC/15 em relação ao CPC/73, a principal alteração é a qualificação de procedimento especial de jurisdição contenciosa.
7 Página7 Observação! No julgamento, a oposição e a demanda originária devem ser apreciadas na mesma sentença e o magistrado deve iniciar pela oposição. Da habilitação: CPC/15. Art A habilitação ocorre quando, por falecimento de qualquer das partes, os interessados houverem de suceder-lhe no processo. Nem sempre a habilitação é possível. Há demandas em que o direito é personalíssimo e, com o falecimento do autor, extingue-se a demanda (art. 485 IX do CPC/15). CPC/15. Art O juiz não resolverá o mérito quando: IX - em caso de morte da parte, a ação for considerada intransmissível por disposição legal; e Observação! A habilitação só ocorre com o processo em andamento. Das Ações de família: CPC/15. Art As normas deste Capítulo aplicam-se aos processos contenciosos de divórcio, separação, reconhecimento e extinção de união estável, guarda, visitação e filiação. Parágrafo único. A ação de alimentos e a que versar sobre interesse de criança ou de adolescente observarão o procedimento previsto em legislação específica, aplicando-se, no que couber, as disposições deste Capítulo. CPC/15. Art Recebida a petição inicial e, se for o caso, tomadas as providências referentes à tutela provisória, o juiz ordenará a citação do réu para comparecer à audiência de mediação e conciliação, observado o disposto no art o O mandado de citação conterá apenas os dados necessários à audiência e deverá estar desacompanhado de cópia da petição inicial, assegurado ao réu o direito de examinar seu conteúdo a qualquer tempo. 2o A citação ocorrerá com antecedência mínima de 15 (quinze) dias da data designada para a audiência.
8 Página8 3o A citação será feita na pessoa do réu. 4o Na audiência, as partes deverão estar acompanhadas de seus advogados ou de defensores públicos. CPC/15. Art Não realizado o acordo, passarão a incidir, a partir de então, as normas do procedimento comum, observado o art CPC/15. Art Nas ações de família, o Ministério Público somente intervirá quando houver interesse de incapaz e deverá ser ouvido previamente à homologação de acordo. CPC/15. Art Quando o processo envolver discussão sobre fato relacionado a abuso ou a alienação parental, o juiz, ao tomar o depoimento do incapaz, deverá estar acompanhado por especialista. Ações de família é uma nomenclatura que o CPC/15 traz para abranger as demandas que envolvem divórcio, separação, reconhecimento e extinção de união estável, guarda, visitação e filiação. São questões de família em que há um litigio em curso. Dependendo da questão e se não há envolvimento de incapaz, é possível a sua realização em cartório perante um tabelião. Este é mais um exemplo de desjudicialização trazido pelo CPC/15. A ideia desse procedimento especial é a de focar na resolução consensual. Com a ajuda de pessoal capacitado e de uma equipe multidisciplinar, o resultado poderá ser o mais adequado. CPC/15. Art Nas ações de família, todos os esforços serão empreendidos para a solução consensual da controvérsia, devendo o juiz dispor do auxílio de profissionais de outras áreas de conhecimento para a mediação e conciliação. Parágrafo único. A requerimento das partes, o juiz pode determinar a suspensão do processo enquanto os litigantes se submetem a mediação extrajudicial ou a atendimento multidisciplinar. CPC/15. Art A audiência de mediação e conciliação poderá dividir-se em tantas sessões quantas sejam necessárias para viabilizar a solução consensual, sem prejuízo de providências jurisdicionais para evitar o perecimento do direito. Observação! Para as questões que envolvem direito de família, a audiência de conciliação e mediação não está restrita a um número fixo de sessões e o tempo para cada sessão é indeterminado. Ação monitória: CPC/15. Art A ação monitória pode ser proposta por aquele que afirmar, com base em prova escrita sem eficácia de título executivo, ter direito de exigir do devedor capaz:
9 Página9 I - o pagamento de quantia em dinheiro; II - a entrega de coisa fungível ou infungível ou de bem móvel ou imóvel; III - o adimplemento de obrigação de fazer ou de não fazer. A ação monitória é usada quando há documento sem forca de título executivo. No CPC/73, ela era usada quando havia obrigação de pagar ou de entrega de coisa. O CPC/15 acresceu a este rol a obrigação de fazer. O CPC/73 admitia a ação monitória em face de incapaz, mas o CPC/15 só admite em face de agente capaz. Apesar da omissão no CPC/73, a jurisprudência admitia a ação monitória em face da fazenda pública, no CPC/15 ela foi expressamente positivada. CPC/15. Art. 700 (...) 6o É admissível ação monitória em face da Fazenda Pública. A ação monitória tem como escopo estimular o pagamento da obrigação. CPC/15. Art Sendo evidente o direito do autor, o juiz deferirá a expedição de mandado de pagamento, de entrega de coisa ou para execução de obrigação de fazer ou de não fazer, concedendo ao réu prazo de 15 (quinze) dias para o cumprimento e o pagamento de honorários advocatícios de cinco por cento do valor atribuído à causa. CPC/15. Art. 701 (...) 1o O réu será isento do pagamento de custas processuais se cumprir o mandado no prazo. A grande vantagem da ação monitória é o fato de que, se não forem apresentados os embargos monitórios, o juiz poderá converte o mamdado inicial em mandado executivo. Apesar de o CPC/15 falar em conversão de pleno direito, é preciso um ato do magistrado convertendo o mandado inicial em mandado executivo, como era no CPC/73. CPC/15. Art. 701 (...) 2o Constituir-se-á de pleno direito o título executivo judicial, independentemente de qualquer formalidade, se não realizado o pagamento e não apresentados os embargos previstos no art. 702, observando-se, no que couber, o Título II do Livro I da Parte Especial.
10 Página10 CPC/15. Art. 701 (...) 3o É cabível ação rescisória da decisão prevista no caput quando ocorrer a hipótese do 2o. Observação! Mesmo a remessa necessária, é preciso um ato do magistrado para que ocorra. CPC/15. Art. 701 (...) 4o Sendo a ré Fazenda Pública, não apresentados os embargos previstos no art. 702, aplicar-se-á o disposto no art. 496, observando-se, a seguir, no que couber, o Título II do Livro I da Parte Especial. CPC/15. Art Está sujeita ao duplo grau de jurisdição, não produzindo efeito senão depois de confirmada pelo tribunal, a sentença: I - proferida contra a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e suas respectivas autarquias e fundações de direito público; II - que julgar procedentes, no todo ou em parte, os embargos à execução fiscal. Da homologação de penhor legal: O CPC/73 tratava como medida cautelar; no CPC/15, ela vem com status de procedimento especial de jurisdição contenciosa. Hipóteses de cabimento: CPC/15. Art Tomado o penhor legal nos casos previstos em lei, requererá o credor, ato contínuo, a homologação. 1o Na petição inicial, instruída com o contrato de locação ou a conta pormenorizada das despesas, a tabela dos preços e a relação dos objetos retidos, o credor pedirá a citação do devedor para pagar ou contestar na audiência preliminar que for designada. 2o A homologação do penhor legal poderá ser promovida pela via extrajudicial mediante requerimento, que conterá os requisitos previstos no 1o deste artigo, do credor a notário de sua livre escolha. 3o Recebido o requerimento, o notário promoverá a notificação extrajudicial do devedor para, no prazo de 5 (cinco) dias, pagar o débito ou impugnar sua cobrança, alegando por escrito uma das causas previstas no art. 704, hipótese em que o procedimento será encaminhado ao juízo competente para decisão.
11 Página11 4o Transcorrido o prazo sem manifestação do devedor, o notário formalizará a homologação do penhor legal por escritura pública. Além das hipóteses previstas no art. 703 do CPC/15, a homologação de penhor legal pode ser requerida extrajudicialmente, materializando outra hipótese de desjudicialização trazida pelo CPC/15. Da regulação de avaria grossa: CPC/15. Art Quando inexistir consenso acerca da nomeação de um regulador de avarias, o juiz de direito da comarca do primeiro porto onde o navio houver chegado, provocado por qualquer parte interessada, nomeará um de notório conhecimento. É um procedimento da competência da justiça estadual e tem como objetivo avaliar a indenização, o prejuízo e os valores resultantes de avaria nos navios. Para tal procedimento, nomeia-se um especialista, um perito regulador de avaria grossa. O trabalho desse especialista é o de apurar os prejuízos para posteriormente distribuir as responsabilidades. Da restauração de autos: CPC/15. Art Verificado o desaparecimento dos autos, eletrônicos ou não, pode o juiz, de ofício, qualquer das partes ou o Ministério Público, se for o caso, promover-lhes a restauração. A restauração se dá a requerimento da parte ou de ofício pelo magistrado. A restauração pode se dar, inclusive, para os processos eletrônicos. As partes e o magistrado juntam todas as cópias do processo que possam encontrar para formar o processo perdido. Após essa fase, o magistrado sentencia a restauração dos autos e, a partir deste momento, o feito seguirá normalmente o seu trâmite. Se durante o procedimento os autos originais surgirem, eles ficaram apensados ao processo restaurado.
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