Implicações das conjunturas de crise e de expansão sobre as famílias e a relação família-trabalho 1

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1 de crise e família-trabalho 1 Implications of the economic crisis and expansion situations on families and the family-work relationship 2 Núcleo de Estudos de Políticas Públicas, Universidade Estadual de Campinas Revista Latinoamericana de Población Resumo O objetivo deste artigo é discutir implicações conômica e de crescimento sobr família-trabalho, tendo por referência empírica as regiões metropolitanas brasileiras. Considera-se que conjunturas de crise possibilitam mudanças na relação família-trabalho, marcadas pelas relações de gênero. Indaga-se se estas provocam mudanças na divisão sexual do trabalho. O conceito de divisão sexual do trabalho é central neste artigo como transversal à família e ao mercado, por definir os lugares de homens e de mulheres nas esferas da reprodução e produção. Os momentos de Abstract The objective of this article is to discuss how the relationship between family and work evolved during the period of economic crisis and the growth period that followed, particularly in the country s metropolitan areas. The article considers that aspects of the crisis have favored changes in the relationship between family and labor, which are defined by gender relations. One important question is whether such changes can be generally expected to bring about changes in the sexual division of labor. The concept of sexual division of labor is central to this article as related to both family and market, as it defines Esta é uma versão atualizada de artigo apresentado no XI Congresso da Associação de Demografia Histórica (adeh), Cadiz, Espanha, 21 a 24 de junho de O ensaio apresenta resultados de projeto de pesquisa de longo prazo sobre a temática Família, trabalho e políticas sociais: mudanças e impactos metropolitanas, desenvolvido com o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (cnpq) junto ao Núcleo de Estudos de Políticas Públicas (Nepp) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). 2 É doutora em Sociologia pela Universidade de São Paulo e pós-doutora da Universidade Estadual de Campinas. Atualmente é pesquisadora do Núcleo de Estudos de Políticas Públicas da Universidade Estadual de Campinas e pesquisadora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Suas linhas de pesquisa se concentram nos temas da desigualdade social e pobreza, divisão sexual do trabalho e desigualdades de gênero no mercado de trabalho, relação família e trabalho e políticas sociais. <lilia@nepp.unicamp.br>.

2 baixo crescimento econômico nos anos 1980 e 1990, especialmente a crise na década de 1990 sob a reestruturação produtiva, propiciaram a aceleração de mudanças na inserção dos componentes familiares no mercado de trabalho. Definem-se, desde então, rearranjos familiares de inserção no mercado, com participação mais acentuada da mulher casada nas atividades produtivas e redução da participação dos filhos, tendendo para a quebra do padrão chefe provedor e a emergência das famílias com dois provedores, que se consolidam no período da economia a partir de Palavras-chave: Família-trabalho. Divisão sexual do trabalho. Crise econômica. Recuperação da economia. the places of men and women in the spheres of production and reproduction. Periods of slow economic growth (the 1980s and 1990s), especially the crisis in the 1990s, which involved the restructuring of production, brought about an acceleration in changes in the presence of members of families in the labor market. Since that period, rearrangements of families with regard to presence in the labor market have become more clearly defined, with greater participation of married women in production and less presence of children. This meant a fracture in the figure of main provider and the emergence of families with two providers, a tendency, which consolidated in the period of expansion of the economy that began in Keywords: Family and labor. Sexual division of labor. Economic crisis and economic recovery. Recibido: 19 de setiembre de 2016 Aceptado: 24 de noviembre de Introdução Este ensaio tem por propósito discutir implicações conômica e sobr família-trabalho, tendo por referência empírica as regiões metropolitanas brasileiras. 3 Considera-se que conjunturas de crise, nas décadas de 1980 e 1990, possibilitaram mudanças na relação família-trabalho marcadas pelas relações de gênero. Indaga-se se estas chegam a provocar mudança na divisão sexual do trabalho. A análise das mudanças na relação família-trabalho assume como referência teórica do conceito de divisão sexual do trabalho, que nesse estudo tem papel central como transversal à família e ao mercado, por definir os lugares de homens e de mulheres nas esferas da reprodução e produção. Para Kergoat (2000), a divisão sexual do trabalho é a forma da divisão social do trabalho resultante das relações sociais de sexo socialmente construídas. Esta tem por características a atribuição prioritária dos homens à esfera produtiva e das mulheres à esfera reprodutiva e, ao mesmo tempo, a captação pelos homens das funções de forte valorização social. Ainda segundo a autora, a divisão sexual do trabalho tem por princípios organizadores o princípio da separação, segundo o qual existem trabalhos de homens e trabalhos de mulheres, e o princípio hierárquico, no qual o trabalho dos homens é mais valorizado do que o das mulheres. 3 Estão incluídas na análise as nove Regiões Metropolitanas brasileiras instituídas em 1970 e cobertas pelo levantamento da pnad-ibge: Belém, Belo Horizonte, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo, e o Distrito Federal (df). Constituem os principais centros urbanos do país, abrigam cerca de 30% da população nacional e respondem por pouco menos que a metade do produto interno bruto (pib).

3 Os resultados do estudo das mudanças nos arranjos familiares de inserção no mercado de trabalho confluem na direção apontada por Hirata (2002) nas considerações acerca de mudanças e permanências na divisão social do trabalho. Segundo a autora, as mudanças na divisão sexual do trabalho estão mais associadas a conjunturas econômica ou à introdução de novas tecnologias, bem como às relações de classe. Em sua concepção, no entanto, as mudanças se expressam mais como deslocamentos das fronteiras do masculino e do feminino do que decorrente da supressão da própria divisão sexual do trabalho; as continuidades, por sua vez, remetem, sobretudo, às relações sociais de sexo. Sob essa concepção teórica entende-se que a disponibilidade dos componentes da família para o mercado de trabalho é diferenciada porque, ao expressar a posição na família, expressa relações de hierarquia, relações sociais de sexo e atribuições que tecem as relações familiares e definem as possibilidades de inserção em atividades remuneradas. Diferenciam-se entre os componentes familiares a disponibilidade para o mercado de trabalho, os vínculos com o mercado de trabalho por meio de ocupações precárias e não precárias e mesmo a absorção destes por setores de atividade. A disponibilidade dos componentes familiares, por outro lado, é afetada pelo padrão de absorção da força de trabalho vigente no mercado e pelas possibilidades de inserção que este oferece. Tal diferenciação observada em todo o período estudado indica a permanência da divisão sexual do trabalho, apesar das mudanças verificadas na estruturação do mercado de trabalho e no emprego segundo o sexo. Como se verá, são comparativamente menores as taxas de participação e de ocupação das mulheres que têm a atribuição do cuidado pela família, como é o caso da mulher cônjuge e da chefe de família, e, em especial, aquelas com a atribuição do cuidado de crianças e adolescentes correspondendo a determinadas etapas do ciclo de vida familiar. Diferentemente, mulheres na posição de filhas nos domicílios expressam maior disponibilidade para inserção no mercado de trabalho, observada por suas taxas de participação e de ocupação. Estudos sobre a sociedade brasileira evidenciam que, mesmo diante do crescimento persistente da inserção da mulher no mercado de trabalho, este se dá mantendo-se a situação de desvantagem das mulheres comparativamente aos homens (Lombardi, 2010; Leone; Baltar, 2014; Montali, 2014). Atribuem-se à vigência de valores associados à divisão sexual do trabalho a permanência de maior proporção de mulheres em posições precárias no mercado de trabalho, a concentração em setores e atividades específicos e também a permanência da desigualdade de renda entre homens e mulheres, apesar da tendência de redução. A análise tendo como referência a família oferece a possibilidade de abordar a diversidade das inserções dos componentes no mercado de trabalho considerando os constrangimentos diferenciados sofridos por estes, decorrentes das relações sociais de sexo e das relações associadas aos papéis familiares, bem como as mudanças. Considerar as conjunturas, por sua vez, traz novas luzes sobre o emprego segundo sexo e também sobre como se articulam estratégias familiares no enfrentamento de tais oscilações conjunturais, visando preservar as condições de vida. A discussão sobre o papel da família no enfrentamento das oscilações da conjuntura como amortecedora das crises econômicas por absorver os impactos do desemprego e da redução de renda, tema tratado na América Latina e Europa desde as crises das décadas de 1970 e 1980 (Lautier, 1995), ressurge nas análises de pesquisadores sobre a atual crise que 119

4 120 afeta a Europa (Vicent, 2013). Bruno Lautier (1995) indagava sobre os limites da atuação da família como um amortecedor da crise referindo-se à crise na Europa, nos países da América Latina e na África nos anos 1970 e A questão levantada por Lautier é saber, como consequência das políticas de ajuste de cunho neoliberal, a partir de que momento a família cessaria de preencher todos os papéis que já substitui muito imperfeitamente, dentre eles atenuar as carências do Estado em relação às políticas sociais e acolher os desempregados. Segundo o autor, esse papel, eficiente nos anos 1970, é ameaçado pelo efeito, de um lado, da redução dos salários e aposentadorias e, de outro, da diminuição dos investimentos em políticas sociais pelo Estado e das pessoas cobertas pelo seguro social; estes podem atuar de tal sorte, que o desmantelamento das políticas sociais acelerará em espiral cumulativa a decomposição das estruturas familiares (Lautier, 1995, p. 28). Considerando a crise internacional a partir de 2008 nos países desenvolvidos e as graves consequências sociais da atual crise na Europa, Vicent (2013) recoloca questões semelhantes às apresentadas por Lautier. Sob o conceito de amortecedor social, a autora aborda as dinâmicas e estratégias que estão se desenvolvendo na sociedade, que, diante da incapacidade do Estado e do mercado, conseguem reduzir os efeitos danosos provocados pela recessão e conter a conflitividade social que se poderia esperar (Vicenti, 2013, p. 5). Ela explica que sem estes amortecedores, dentre os quais destaca-se a família, teriam sido mais imediatos os efeitos de retrocessos sociais e de exclusão, diante das atuais medidas neoliberais de ajuste que cortam benefícios, pensões, serviços e salários. Citando o caso da Espanha, ela aponta que repercutem nos domicílios a redução da renda das famílias provocada pelo desemprego e pela precarização do trabalho, a reprivatização e elevação de custos de alguns serviços sociais e a demanda por maior responsabilidade e solidariedade aos membros da família. Destaca que as diversas estratégias adotadas para suprir serviços e acolher desempregados da família redundam em aumento do trabalho de cuidado e substituição de serviços e produtos, tarefas que têm sido assumidas pelas mulheres em detrimento de sua participação no mercado de trabalho, ou tentando conciliá-las, fragilizando sua situação no mercado de trabalho e reduzindo a capacidade de barganha no domicílio (Vicent, 2013, p. 12). Além dessa autora, Castro García (2013) e Muñoz e Madroño (2011) também mostram que as crises econômicas podem afetar a equidade de gênero e aumentar a discriminação no mercado, pois homens e mulheres sofrem de maneiras distintas os efeitos das crises econômicas e das políticas de ajuste. Os autores ressaltam a importância de serem propostas políticas que ataquem as assimetrias de gênero nos domicílios e na sociedade, em especial sob as situações conômica ou como consequência destas. Investigação sobre 100 anos de crises, sob a perspectiva feminista feita por Muñoz e Madroño (2011), traz três padrões observados, que podem contribuir para se entender melhor as crises e garantir maior igualdade de gênero. Primeiro padrão é que as crises resultam em uma intensificação do trabalho das mulheres, especialmente o trabalho de cuidados, não remunerado. O segundo é que, após as crises econômicas, a recuperação do emprego masculino é sempre anterior à do feminino, que sempre acaba ainda mais precário. O terceiro padrão é que a crise leva a retrocessos nos avanços na igualdade de gênero em termos de regulação, políticas de igualdade e as regras do jogo em geral (Muñoz; Madroño, 2011, p. 113). Interessante notar que essa questão passa a ser colocada para a América Latina e o Caribe após o pib regional ter se contraído pelo segundo ano consecutivo, segundo a Cepal

5 (2016), 4 e com previsão de crescimento modesto em Em encontro preparatório para a 61ª Sessão da Comissão da Organização das Nações Unidas (onu) sobre a Situação das Mulheres (csm), a ser realizada em março em Nova York, consta na declaração final a necessidade de que as políticas macroeconómicas mitiguem o impacto da recessão no emprego das mulheres (onu Mulheres, 2017.) Tais fatos apontam para a relevância de serem consideradas na análise as diferentes conjunturas e as implicações destas nas mudanças na relação família-trabalho e na equidade de gênero, esta última já refirmada pela onu como fator de desenvolvimento social. A principal fonte de dados explorada neste estudo são as bases de microdados de pesquisas domiciliares oficiais, em especial os Censos Demográficos e a Pesquisa Nacional por Amostra por Domicílios (pnad), ambas desenvolvidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (ibge). São ainda explorados para a análise das décadas de 1980 e 1990 os microdados da Pesquisa de Emprego e Desemprego (ped), realizada pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), uma das principais fontes de informação disponíveis nos anos 1990 sobre a dinâmica do mercado de trabalho. As regiões metropolitanas brasileiras, privilegiadas nesta análise, são as áreas urbanas mais dinâmicas do país e têm se mostrado mais sensíveis às oscilações conjunturais e mudanças estruturais que afetam o mercado de trabalho. Por outro lado, a escolha das famílias metropolitanas como objeto de investigação das mudanças na relação família-trabalho deve-se ao suposto de que, mesmo com especificidades, haveria maior similitude nas tendências destas, que se alteram pari passu ao processo de reestruturação produtiva que mudou os padrões de absorção da força de trabalho, especialmente a partir da década de A hipótese nesta investigação é de que, embora não se espere encontrar tendência única nas mudanças na relação família-trabalho em um país com a heterogeneidade social e econômica do Brasil, pode-se esperar encontrar tendências mais semelhantes nos arranjos familiares de inserção no mercado de trabalho em espaços sob processos semelhantes de organização das atividades econômicas e com padrões de relações de gênero mais próximas, como é o caso das regiões metropolitanas. São analisados dois períodos, e , que correspondem a momentos distintos da conjuntura econômica do país, procurando discutir as mudanças na relação família-trabalho a estes associadas. A primeira sessão deste ensaio apresenta as tendências da mudança na participação dos componentes familiares no mercado de trabalho, que se manifestarão na mudança na relação família-trabalho observada nas regiões metropolitanas brasileiras entre 1980 e 2010, com base nos dados censitários. A segunda sessão trata das mudanças na relação família-trabalho nos períodos de crise econômica e referidos. Apresenta-se a tendência para o período 1980 a 2010 com base nos dados censitários e recorre-se a outras bases de dados que permitem detalhar a análise no decorrer das décadas. O primeiro período analisado compreende as décadas de 1980 e 1990, avançando até 2003, caracterizadas por períodos recessivos, sob elevado desemprego e por políticas de ajuste. Concomitante à conjuntura de crise, se dá o processo de reestruturação produtiva que impactou o mercado de trabalho, resultando em elevadas En 2016, el producto interno bruto (pib) de América Latina y el Caribe disminuyó un 1,1%, lo que se tradujo en una reducción del 2,2% del pib por habitante de la región. [...] La actividad económica en América del Sur como subregión pasó de una contracción del 1,7% en 2015 a una del 2,4% en (cepal, 2016, p. 12)

6 122 taxas de desemprego e alteração no padrão do emprego, redução do assalariamento, aumento da precarização do trabalho e empobrecimento das famílias. O momento recessivo se estende até o início da década de 2000 (ver Anexos I e II). Um estudo de caso sobre a Região Metropolitana de São Paulo possibilitou detectar nesse período um momento de mudança na relação família-trabalho, em que confluíram mudanças sociais, demográficas e do mercado de trabalho (Montali, 2000, 2004, 2006). Essa é a região metropolitana mais dinâmica do país e, por concentrar atividades industriais, sofreu com maior impacto os efeitos da reestruturação produtiva e organizacional, da mudança do peso dos setores de atividade econômica e do padrão do emprego, o que possibilitou mudança nas oportunidades de emprego aos componentes familiares, favorecendo rearranjos de inserção. As tendências de mudança observadas na relação família-trabalho foram posteriormente validadas na análise das regiões metropolitanas correspondendo às grandes regiões brasileiras (Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul) (Montali; Lima, 2009). O segundo período se caracterizou, entre 2004 e 2015, pela retomada do crescimento econômico e pela adoção de políticas sociais que visaram reduzir a pobreza e impulsionar o desenvolvimento social. Nesse período assiste-se ao aumento do emprego assalariado regulamentado, à redução do desemprego e à elevação do rendimento domiciliar. A tendência virtuosa de elevação do emprego formalizado e do rendimento domiciliar per capita observada até 2014 sofre uma inflexão no decorrer de 2015, como resultado de uma conjunção desfavorável provocada por crise política e econômica que se instaura no país e permanece até o momento atual. A conjuntura recessão se acentua em 2016, sob as políticas de ajuste adotadas, e ameaça a afetar negativamente os indicadores de pobreza e de desigualdade anteriormente alcançados. As informações obtidas a partir dos microdados da pnad de 2015, recentemente divulgadas, bem como alguns dados agregados sobre o mercado de trabalho em 2015 e 2016, estendendo se ao início, apontam para a elevação do desemprego e maiores restrições ao emprego dos jovens. Temos por hipótese, entretanto, que esta nova conjuntura de crise não chegará a afetar de forma significativa os atuais arranjos domiciliares de inserção. Mudanças sociodemográficas e os arranjos familiares de inserção No período entre a década de 1980 e as de 2000 e 2010, articularam-se condições socioeconômicas que contribuíram para modificações na relação família-trabalho, marcada em seu momento inicial pela família caracterizada pelo chefe masculino provedor. Destaca-se, dentre os fatos que propiciaram mudanças na relação família-trabalho, o acentuado aumento da participação da mulher no mercado de trabalho. Este ganhou força especialmente a partir da década de 1990, quando cresceu a entrada da mulher casada no mercado (Barbosa, 2014) e passou a ocorrer sua permanência mesmo após o nascimento de filhos (Bruschini, 2000). É crescente a participação no mercado de trabalho das mulheres em união conjugal, ao mesmo tempo que há continuidade da participação laboral das mulheres chefes ou responsáveis de família nos arranjos domiciliares nos quais não há presença de cônjuge. No interior das famílias e indicando mudanças na relação família-trabalho, observa-se o crescimento da participação dessas mulheres responsáveis pela família (mulheres-cônjuge e mulheres-chefes de família) tanto entre os ocupados da família como na provisão familiar (Montali, 2006). Um conjunto de fatores pode ser apontado para explicar essas mudanças:

7 de natureza sociodemográfica: a concentração populacional nas áreas urbanas decorrente do acentuado processo de migração rural-urbana nas décadas de 1970 e de 1980; a elevação da escolaridade da mulher; a redução gradual do número de filhos tidos; as mudanças na composição dos domicílios, em relação tanto à sua configuração como à redução do número médio de componentes; e o movimento feminista que ganhou fôlego a partir dos anos 1980, explicitando novas oportunidades às mulheres além da esfera da reprodução; de natureza econômica: as crises econômicas das décadas de 1980 e 1990 e a reestruturação produtiva, que se intensifica nos anos 1990, acentuando nas áreas metropolitanas a redução dos empregos industriais e a expansão do setor de serviços. O setor de serviços, em expansão desde então, passou a oferecer novas possibilidades de inserção e permanece, até o presente, como o principal setor de absorção da força de trabalho feminina nas áreas urbanas e metropolitanas no país. Um fato a se considerar, apontado por Guimarães, Brito e Barone (2016), é que, ao mesmo tempo que se intensifica a inserção feminina no mercado de trabalho, são aperfeiçoados os instrumentos para contabilizar essa atividade, possivelmente dando visibilidade para aspectos da inserção feminina antes não contabilizados. Alguns números a partir dos dados censitários evidenciam a participação das mulheres no mercado de trabalho nas regiões metropolitanas brasileiras, que se acentuou nas décadas de 1980 e 1990 e se consolidou na de A taxa de participação feminina aumentou de 31% para 52%, entre 1980 e2010, com incremento de 21 pontos percentuais, enquanto a masculina permaneceu em cerca de 70% no período, com pequena redução em 2010 (Tabela 1). Assim, nas regiões metropolitanas brasileiras, em 1980, as mulheres compunham 32% da População Economicamente Ativa (pea) e os homens 68%, proporções que passaram, respectivamente, para 38% e 62%, em Nos anos 2000 e 2010, as mulheres já representavam quase a metade da população disponível para o mercado de trabalho (pea): respectivamente, 43% e 46%. Observa-se que a taxa de participação das mulheres nas regiões metropolitanas se mostrou em todo o período superior à média nacional. Tabela 1 Taxa de participação e pea, segundo sexo. Brasil e regiões metropolitanas, Sexo Taxa de participação (%) Proporção na pea (%) Brasil 48,4 51,2 56,7 57,8 100,0 100,0 100,0 100,0 Mulheres 25,0 32,3 44,2 48,9 26,0 32,3 40,0 43,5 Homens 72,3 71,1 69,8 67,3 74,0 67,7 60,0 56,5 rm 50,3 53,5 58,8 59,7 100,0 100,0 100,0 100,0 Mulheres 30,9 38,5 48,5 51,8 31,6 37,9 43,3 45,6 Homens 70,9 70,1 70,2 68,4 68,4 62,1 56,7 54,4 Fonte: ibge. Censo demográfico. Elaboração Nepp/Unicamp. Nota: Considerada a população de dez anos e mais. As especificidades na disponibilidade dos componentes familiares para o mercado de trabalho, diferenciadas por posição na família e sexo, são evidenciadas por meio

8 124 das taxas de participação e de ocupação da série censitária (Gráfico 1). Como mencionado, as taxas de participação e de ocupação das mulheres cônjuges e das chefes de família são mais baixas do que as dos demais componentes familiares e também menores do que as das mulheres em posição de filhas. Tal resultado expressa as restrições para a inserção das mesmas no mercado decorrentes da divisão sexual do trabalho e da permanência de suas atribuições nas atividades da esfera da reprodução. As taxas de participação das filhas maiores de 18 anos são, por outro lado, menores do que as dos filhos masculinos maiores. As taxas de participação e de ocupação evidenciam a intensificação da entrada das mulheres no mercado de trabalho e destacam a mudança para uma maior disponibilidade da mulher cônjuge para o mercado a partir da década de 1990 (Gráfico 1). Nossa investigação identifica nessa década uma inflexão na relação família-trabalho, como se verá adiante. As taxas de ocupação das mulheres cônjuges e das chefes de família, por sua vez, mostram crescimento no período e, em 2010, momento de maiores oportunidades de emprego, explicitam o maior êxito na absorção pelo mercado. Nota-se que suas respectivas taxas apresentam tendência de crescimento, mesmo nos anos de 1991 e 2000 afetados pelas oscilações da economia e crise. 5 Em movimento contrário, nesses mesmos anos que expressam os efeitos da reestruturação produtiva e do elevado desemprego no período, a taxa de ocupação dos chefes ou responsáveis masculinos e a dos filhos maiores de 18 anos de ambos os sexos apresentam queda significativa (Gráfico 1). Os dados referentes a 2010 expressam o período de crescimento da economia e mostram a elevação das taxas de ocupação para todos os componentes familiares e para ambos os sexos, ainda que mantidas as diferenças mencionadas nas taxas por posição na família e segundo o sexo. Estas participações diferenciadas no mercado de trabalho por posição na família se articulam, nos diferentes arranjos domiciliares, em arranjos de inserção com características distintas. A sucessão de períodos recessivos nas décadas de 1980 e 1990 e as mudanças no padrão de emprego e sociodemográficas favoreceram, a partir de meados dos anos 1990, rearranjos familiares de inserção, nos quais se observam o aumento da participação das mulheres com responsabilidade (cônjuges e chefes femininas) e o maior partilhamento entre os componentes do domicílio na manutenção do mesmo. 5 Ver nos Anexos I e II as oscilações no crescimento anual do pib no período.

9 Gráfico 1 Taxas de participação e de ocupação, segundo posição na família. Regiões metropolitanas brasileiras, Fonte: ibge. Censos demográficos 1980, 1991, 2000 e Elaboração Nepp/Unicamp.

10 Relações entre momentos da economia e as mudanças nos arranjos familiares de inserção 126 Os estudos sobre o início da década de 1980 apresentavam a predominância do chefe masculino como mantenedor da família. As mudanças apontadas por estes confluíam para a tendência concomitante de redução do peso do chefe entre os ocupados da família e crescimento da importância dos demais componentes, com destaque para os filhos (Jatobá, 1990). Na crise do início da década de 1980 ( ), estudo sobre a Região Metropolitana de São Paulo também indicou que os chefes ou responsáveis de família representavam cerca da metade dos ocupados da família na região e os filhos correspondiam a cerca de um terço. Com a agudização da crise em 1983, cai a participação dos chefes e eleva-se a dos filhos (Montali, 1995). No entanto, nos anos 1990, essa tendência é alterada, notando-se o estabelecimento de um padrão em que a participação dos chefes ou responsáveis de família (masculinos e femininos) se mantém em torno da metade dos ocupados da família, a dos filhos diminui progressivamente, em especial a partir de 1992, e cresce, progressivamente, a participação da cônjuge entre os ocupados da família. Assim, no decorrer da década de 1990, sob a reestruturação produtiva que alterou o padrão de emprego e elevou o desemprego, foram identificados rearranjos familiares de inserção (Montali, 2000). Gráfico 2 Distribuição dos ocupados, segundo posição na família e arranjo domiciliar. Regiões metropolitanas brasileiras, Fonte: ibge. Censos demográficos 1980, 1991, 2000 e Elaboração Nepp/Unicamp. Nota: Pessoas de dez anos e mais. Excluídos pensionistas, empregados domésticos e parentes de empregados domésticos. Chefe ou pessoa responsável. Alteração da nomenclatura para pessoa de referência a partir do Censo de 2000 Arranjos familiares de chefes/ responsáveis sem cônjuges excluem aqueles unipessoais.

11 A análise da série censitária de 1980 a 2010, para o conjunto das regiões metropolitanas brasileiras, confirma o rearranjo familiar de inserção identificado para os anos da década de 1990 sob a conjuntura de crise associada à restruturação produtiva, mostrando que este se consolida no decorrer da primeira década do século xxi nas regiões metropolitanas. Considerando-se os arranjos domiciliares nucleados pelo casal em 1980, o chefe masculino representava 53%% dos ocupados da família, a cônjuge 15% os filhos 26% e outros parentes cerca de 6%. Registra-se padrão semelhante nos arranjos domiciliares conjugais em 1991, quando o chefe representava 52% dos ocupados, com elevação da participação da cônjuge para 20% e redução da dos filhos para 23%, com pequena presença de parentes, em 5% (Gráfico 2). No ano de 2000, que reflete as transformações ocorridas no mercado na década de 1990, sob a crise e a restruturação produtiva, observa-se uma inflexão que indica alteração no arranjo de inserção familiar, especialmente nos arranjos domiciliares nucleados pelo casal: nestes diminui a proporção dos chefes ou responsáveis entre os ocupados do domicílio para 48,6%, cresce a participação da cônjuge para 26,4%, enquanto a dos filhos apresenta a segunda redução e passa a ser de 21% e a dos parentes fica em 4%. Observa-se nesses arranjos domiciliares o partilhamento da responsabilidade pela provisão familiar entre seus componentes. Atribui-se esta mudança no arranjo familiar de inserção, além das mudanças sociodemográficas já mencionados no item anterior, em especial às profundas alterações ocorridas no mercado de trabalho decorrentes da reorganização da produção associada à crise econômica do final da década de 1990, que resultaram em elevado desemprego e precarização do trabalho. Esse aspecto será mais detalhado no item seguinte, com base no estudo de caso da Região Metropolitana de São Paulo. Durante a década de 2000 observam-se continuidade e aprofundamento da mudança no arranjo familiar de inserção em relação a três tendências: redução do peso do chefe; aumento da participação da cônjuge; e diminuição da participação dos filhos. Assim, em 2010, nos arranjos domiciliares nucleados pelo casal, o chefe representava 43% dos ocupados da família, o cônjuge 34%, os filhos 19% e outros parentes cerca de 4% (Gráfico 2). A especificidade segundo o momento do ciclo de vida familiar aponta, em 2010, para proporções mais elevadas da participação da cônjuge entre os ocupados da família nos arranjos de casais sem filhos (44%), nos casais jovens com filhos (40%), seguidos pelo arranjo de casais com idades entre 35 e 49 anos com filhos (33%). No arranjo domiciliar que corresponde à etapa de envelhecimento, no qual, em todo o período analisado, é importante a presença dos filhos entre os ocupados do domicílio, também se observa aumento da participação da cônjuge, que representava, em 2010, 19% dos ocupados, o chefe masculino 26%, os filhos 49% e os parentes 7%. Por fim, no arranjo nucleado pela chefe feminina sem a presença de cônjuge e com filhos, a tendência observada é de progressivo crescimento da proporção da chefe feminina entre os ocupados da família e de redução da proporção dos filhos, indicando também maior partilhamento na responsabilidade pela provisão familiar. Se, em 1980, a chefe feminina representava 29% dos ocupados nesse arranjo domiciliar, os filhos 53% e outros parentes 18%, em 2010, ela passou a representar 38% dos ocupados nesse arranjo domiciliar, os filhos 39% e houve aumento da participação dos outros parentes (22%). Este último componente tem presença relevante nesse tipo de arranjo domiciliar (Gráfico 2). 127

12 Tabela 2 Distribuição dos domicílios, por número de pessoas com rendimento. Brasil e regiões metropolitanas, Brasil e rm Pessoas com rendimentos por domicílio (%) Mais de 4 Brasil 1,3 51,9 26,5 11,6 5,3 3,4 100,0 rm 0,8 45,3 30,2 13,5 6,2 4,1 100, Brasil 2,2 47,1 30,6 12,0 5,2 3,0 100,0 rm 2,5 43,6 32,9 12,7 5,3 2,9 100, Brasil 4,6 43,0 34,6 11,7 4,3 1,8 100,0 rm 4,0 42,2 35,8 12,0 4,3 1,7 100, Brasil 4,4 32,6 41,1 13,4 5,9 2,5 100,0 rm 4,7 32,4 40,9 13,7 5,9 2,4 100,0 Fonte: ibge. Censos demográficos 1980, 1991, 2000 e Elaboração Nepp/Unicamp. Nota: Pessoas de dez anos e mais (pia). Excluídos pensionistas, empregados domésticos e parentes de empregados domésticos. Os rearranjos de inserção dos componentes familiares no mercado de trabalho apontam para a importância crescente das mulheres cônjuges e daquelas chefes ou responsáveis de família na provisão familiar, reafirmando a quebra do padrão do chefe provedor e tendendo para o estabelecimento do padrão de dois provedores. Nesse sentido, nas últimas décadas se mostra decrescente a proporção de domicílios em que apenas uma pessoa aufere rendimentos. Em 1980, em cerca de metade (52%) dos domicílios brasileiros apenas uma pessoa dispunha de rendimentos, assim como em 45% dos domicílios metropolitanos. Em 2010, tanto para o total do país como para as regiões metropolitanas, em cerca de um terço dos domicílios (32%) apenas uma pessoa auferia rendimentos, incluindo-se outras rendas além daquela proveniente do trabalho (Tabela 2). 6 Total (%) 6 A relevância de se considerarem todas as rendas auferidas, apesar do peso predominante dos rendimentos do trabalho, tem como referência a importância crescente no período de outras rendas provenientes de aposentadorias, pensões e, em especial a partir da década de 1990, das transferências de renda (Benefício de Prestação Continuada bpc e de outros programas, sendo o principal o Programa Bolsa Família).

13 As mudanças na relação família-trabalho nos períodos conômica e reestruturação produtiva 7 Neste item, procura-se detalhar alguns impactos da precarização do trabalho e do elevado desemprego, provocados pelo processo de reestruturação produtiva e pelo baixo ritmo de crescimento da economia nas décadas de 1980 e A análise se baseia no estudo de caso sobre a Região Metropolitana de São Paulo (rsmp) que é o principal centro industrial e financeiro do país e uma das regiões metropolitanas que sofreu com maior intensidade as mudanças provocadas pela racionalização da produção no período mencionado, sob sucessivas crises na economia do país e programas de ajuste. 8 Durante as décadas de 1980 e 1990, um conjunto de processos provocou a alteração da estrutura de empregos por setores da atividade econômica na rsmp, reduzindo os empregos industriais e impulsionando o crescimento dos empregos no terciário. Dentre estes, pode ser mencionado, na década de 1980, o papel que esta região metropolitana passou a exercer ao concentrar atividades do terciário superior e, dentre estas, as atividades de gestão, concentrando as sedes das principais empresas industriais e financeiras sediadas no Brasil. Por sua vez, na década de 1990, a reestruturação produtiva ao mesmo tempo reduziu os empregos industriais e contribuiu para a diversificação dos serviços, ao terceirizar e subcontratar atividades desenvolvidas em áreas de apoio e de produção. A partir de 1989, momento tomado como referência para a análise dos efeitos da intensificação da reestruturação da produção e das formas de gestão do trabalho na rmsp tanto na indústria como nos serviços, registram-se a queda progressiva da participação da indústria na composição do nível de emprego regional (33% dos ocupados em 1989 e 20% em 2000 e 2003) e o aumento da participação do emprego nos serviços (56% dos ocupados em 1989 e 69% em 2000 e 2003) (Montali, 2009). No mercado de trabalho ocorreu a deterioração das condições de inserção. Observaram-se a elevação do desemprego e a redução dos empregos formalizados ou seja, empregos assalariados com vínculos contratuais que contavam com os direitos trabalhistas e acesso à previdência social, abrangendo os assalariados com registro em carteira de trabalho e os funcionários públicos. Por outro lado, houve o elevado crescimento das ocupações precárias, ou seja, de assalariados sem registro em carteira de trabalho e sem apoio da previdência e também na forma de autoemprego como trabalhadores autônomos ou conta-própria. Desses fatos resultou o acentuado aumento dos trabalhadores sem vínculos formais que se somaram à parcela já existente no mercado de trabalho na Região Metropolitana de São Paulo nos anos Segundo Pochmann (2001), houve desestruturação do mercado de trabalho nessa Região Metropolitana nas décadas de 1980 e Este autor entende por desestruturação do mercado de trabalho a presença simultânea e combinada do desemprego aberto em larga escala, do desassalariamento (redução dos empregos assalariados no total da ocupação) e da geração de postos de trabalho precários (Pochmann, 2001, p. 110). O estudo de caráter longitudinal (Montali, 2005), que tratou das tendências da relação família-trabalho entre 1985 e 2003, evidenciou que sob o referido contexto ocorreram Este item se baseia em pesquisa de longo prazo sobre a Região Metropolitana de São Paulo financiada pelo cnpq, realizada junto ao Nepp/Unicamp, com base nos microdados da ped, Fundação Seade/Dieese. Por esse motivo são referidos relatórios de pesquisa e artigos de nossa autoria que constam da bibliografia. 8 Ver as oscilações do pib no período no Anexo I.

14 130 rearranjos familiares de inserção no mercado de trabalho, articulados como enfrentamento ao desemprego e à mudança do padrão do emprego, sugestivos de mudanças na divisão sexual do trabalho na família e na responsabilidade pela provisão familiar. Constatou-se, no entanto, que os rearranjos observados se estabeleceram fortemente marcados pelas relações de gênero vigentes na família e no mercado de trabalho. Os efeitos da reestruturação produtiva e do então novo padrão de incorporação da força de trabalho sobre as famílias foram identificados de duas maneiras por esta pesquisa. Verificou-se um gradual movimento de alteração nos arranjos de inserção dos componentes da família no mercado de trabalho, nos anos 1990, explicitando um maior partilhamento entre estes na responsabilidade pela manutenção familiar. Estes rearranjos de inserção apresentam especificidades nos distintos arranjos familiares, bem como nos diferentes momentos do ciclo de vida familiar (Gráfico 3). Outra constatação foi que, apesar da articulação dos rearranjos familiares de inserção entendidos como mobilização das famílias no sentido de organizar estratégias para enfrentar o desemprego e a precarização do trabalho, estes tiveram êxito em atenuar o empobrecimento, mas não foram capazes de impedir a queda da renda domiciliar (Montali, 2004). Isso se deve ao fato de os rearranjos familiares de inserção serem articulados sob os constrangimentos impostos pelos papéis familiares articulados ao gênero e sujeitos à instabilidade do mercado de trabalho sob a conjuntura de sucessivos períodos recessivos (ver Anexos I e II). Gráfico 3 Distribuição dos ocupados segundo posição na família e arranjo domiciliar. Região Metropolitana de São Paulo, Fonte: Fundação Seade/Dieese. Pesquisa de Emprego e Desemprego. Elaboração Nepp/Unicamp. Nota: Pessoas de dez anos e mais. Os rearranjos familiares de inserção se explicitam por meio de dois indicadores: a queda das taxas de participação e de ocupação dos chefes ou responsáveis masculinos e dos filhos, que eram os principais mantenedores das famílias nos anos 1980 e sofreram mais fortemente os impactos da crise; e o crescimento dessas taxas para as mulheres e, em especial, para as casadas (cônjuges). Estas mudanças respondem tanto a transformações no mercado de trabalho que se definiram no período referido de recessão e de

15 reestruturação produtiva na Região Metropolitana de São Paulo e no país, que afetou o padrão de emprego e abriu novas oportunidades para a inserção da mulher, quanto à confluência de fatores demográficos, como a redução do numero de filhos tidos, e às mudanças no papel da mulher na sociedade. Assim, a partir de meados dos anos 1990, observa-se como tendência um padrão de ocupação dos membros da família bastante distinto daquele observado na década de 1980 (Montali, 2004). Gráfico 4 Distribuição da PIA, por situação ocupacional e condição de precariedade na ocupação, segundo posição na família. Região Metropolitana de São Paulo, Fonte: Fundação Seade/Dieese. Pesquisa de Emprego e Desemprego. Elaboração Nepp/Unicamp. Nota: Pessoas de dez anos e mais. Por outro lado, a análise da precarização do trabalho e do desemprego a partir da família evidencia que a redução dos postos de trabalho assalariado afetou os componentes chefes ou responsáveis de família e os filhos e filhas maiores de 18 anos; esse movimento pode ser observado na redução das ocupações não precárias e no aumento da parcela desempregada (Gráfico 4). Estes componentes familiares eram os principais mantenedores da família na década de 1980, como indicado nos itens anteriores. No início da década de 1990 eles eram, em sua maioria, assalariados regulamentados, empregados no setor industrial. Além de terem sofrido desemprego, as possibilidades encontradas para reinserção no mercado, na maior parte das vezes, correspondiam a funções distintas da anterior e no setor de serviços, implicando, na maioria dos casos, prejuízo da remuneração que obtinha. As cônjuges e as mulheres chefes ou responsáveis, que aumentaram sua participação no mercado, caracterizavam-se por menor proporção em assalariamento apenas cerca de metade das ocupadas era assalariada regulamentada em 1990 e por elevado desemprego (Gráfico 4). Elas sofreram de maneira distinta os impactos da precarização do trabalho e do desemprego. As novas oportunidades de inserção no mercado possibilitaram que elas fossem absorvidas em atividades no setor terciário, no entanto, com maior frequência sob vinculos de precariedade.

16 132 Ainda que tenham se estabelecido os rearranjos de inserção como resposta ao aumento do desemprego e à perda de empregos de qualidade, o desemprego recorrente e as novas possibilidades oferecidas pelo mercado para a inserção dos componentes das famílias somaram-se no sentido de favorecer a queda da renda familiar e o empobrecimento dos núcleos domésticos no período analisado. Por um lado, houve tendência de queda do rendimento dos ocupados em geral. Por outro lado, os componentes da família que apresentavam maior disponibilidade para o mercado de trabalho, revelada pelas taxas de participação e de ocupação mais elevadas (chefes ou responsáveis masculinos, filhos e filhas adultos), e que também tinham melhor qualidade de inserção sofreram, nesse período, profundo processo de precarização do trabalho sob a reestruturação produtiva, que reduziu postos de trabalho assalariados regulamentados e elevou o desemprego (Gráfico 4). As cônjuges e chefes ou responsáveis femininas, que, sob os constrangimentos da divisão sexual do trabalho, se caracterizavam por padrão de inserção marcado por ocupações precárias, passaram a ter peso maior entre os ocupados da família. O crescimento de sua inserção no mercado de trabalho, como mencionado, deu-se principalmente por meio de ocupações precárias (Gráfico 4), tais como assalariadas sem carteira assinada, emprego doméstico, autônomas e trabalhadoras familiares, obtendo baixos rendimentos do trabalho. Refletindo esse processo, em 2000, se encontravam em ocupações precárias cerca de metade das cônjuges, metade das mulheres chefes ou responsáveis de família ocupadas e cerca de 40% dos chefes ou responsáveis masculinos. Tendo em vista que estes dados referem-se aos principais mantenedores dos domicílios, fica evidente a gravidade da precarização do trabalho e seus impactos quando analisada a partir da família. Gráfico 5 Rendimento médio domiciliar per capita, Região Metropolitana de São Paulo, Em reais de dezembro de 2003 Fonte: Fundação Seade/Dieese. Pesquisa de Emprego e Desemprego. Elaboração Nepp/Unicamp. Nota: Valores atualizados para Dessa maneira, a precarização do trabalho e o desemprego recorrente, na rmsp, contribuíram para baixar as remunerações dos componentes familiares e provocar queda do

17 rendimento familiar per capita na rmsp (Gráfico 5). Os rearranjos familiares de inserção no mercado não conseguiram impedir o empobrecimento, mas a pesquisa evidencia que a crescente participação das cônjuges e chefes ou responsáveis femininas ocupadas, na composição do rendimento familiar, reduziu o impacto do empobrecimento em suas famílias, quando comparadas às famílias das não ocupadas. Constatou-se que a participação destas como ocupadas elevou em média em 20% o rendimento domiciliar em comparação aos domicílios em que cônjuges e chefes femininas não estavam ocupadas (Montali, 2006). Impactos da expansão da economia e do retorno da recessão no emprego e na relação família-trabalho Nas décadas iniciais dos anos 2000, foram identificados dois períodos da economia, segundo o Comitê de Datação de Ciclos Econômicos (codace/fgv/ibre, 2015): o primeiro período, entre o terceiro trimestre de 2003 e o terceiro trimestre de 2008 (21 trimestres), no governo Lula, com crescimento médio anualizado da ordem de 5,1%; o segundo, entre 2009 e 2014, no primeiro mandato de Dilma Rousseff, com duração semelhante ao anterior e crescimento médio de 4,2% (Anexo II). Esse Comitê identificou também a entrada de nova recessão a partir do segundo trimestre de 2014, que se aprofundou em No período caracterizado pela recuperação do crescimento econômico no Brasil, iniciado no final de 2003 e que se estende até 2014, são apontadas duas tendências pelos estudos sobre o mercado de trabalho: o aumento da formalização do emprego; e a redução do desemprego, mobilizados pela estratégia de crescimento do mercado interno (Baltar, 2009; Dedecca, 2009). Outra tendência importante apontada é a retomada do crescimento do emprego na indústria, construção civil e agricultura, setores considerados importantes no crescimento dos empregos formais, invertendo resultados observados nos anos 90 (Montagner, 2009). Segundo Baltar e Leone: o bom desempenho do mercado de trabalho no período manifestou-se, basicamente, na queda da taxa de desemprego, no aumento do grau de assalariamento, no aumento do grau de formalização dos contratos de trabalho dos estabelecimentos e no aumento do nível de renda do trabalho (A forte ampliação do emprego formal e o expressivo aumento de renda em todas as posições na ocupação elevaram a renda das famílias que junto com o aumento da demanda e oferta de crédito, provocaram intenso aumento do consumo) (2015, p. 8). Nesse período foram criados cerca de 20 milhões de empregos formais, porém, no novo período recessivo, entre dezembro de 2014 e fevereiro de 2016, segundo Alves (2016), foram fechadas cerca de 2,4 milhões de carteiras assinadas no país, com base em dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Há evidências de que, no referido período de crescimento econômico, tanto o ritmo de redução do desemprego como o aumento de ocupações formais ocorreram de forma diferenciada por sexo e desfavoráveis ao emprego das mulheres (Seade/Dieese, 2008, 2011; ipea, 2009; Leone, 2009). Assim, houve acentuação do crescimento do emprego feminino, porém, comparativamente ao masculino, apresentando menor ampliação do emprego formal, com a permanência de elevadas proporções em emprego precário e taxas de desemprego superiores. Apenas nos anos do final desse período de crescimento, a partir de 2012, o emprego formal para as mulheres passou a apresentar aumento proporcionalmente maior nas regiões metropolitanas brasileiras (Seade/Dieese, 2013). 133

18 134 É interessante notar que, coincidindo com o apontado por estudo de Muñoz e Madroño (2011) sobre a dinâmica das crises e a desigualdade de gênero, já referido, o emprego feminino demora mais para se recuperar após o final de uma crise. Por outro lado e contrariando possíveis interpretações da força de trabalho feminina como exército de reserva, no período da economia brasileira assistiu-se ao progressivo ingresso das mulheres no mercado de trabalho metropolitano, tendo atingido as mais elevadas taxas de ocupação entre 2009 e 2013 (cerca de 47% da pia) e em 2014 (48%). Em 2015, novo período recessivo, a taxa de ocupação feminina sofreu acentuada queda e passou para 45%, mesmo assim ficando acima daquela observada no período recessivo do início da década de 2000 de 41% entre 2001 e 2003, calculadas com base em microdados da pnad. A taxa de ocupação masculina, por sua vez, sempre superior à feminina, também aumentou no período de recuperação da economia, atingindo os valores mais elevados entre 2009 e 2013 (cerca de 65%) e em 2014 (66%). Em 2015, essa taxa diminuiu para 62,6% em níveis semelhantes aos dos anos iniciais da década de 2000, marcados pela recessão. Estudo do Sistema ped sobre mercado de trabalho metropolitano mostra que no ano recessivo de 2015, mesmo com a redução da taxa de ocupação para ambos os sexos, as mulheres ampliaram a sua participação no emprego assalariado, especialmente no que tange à formalização no setor privado (seade/dieese, 2015, p. 4). Esse movimento é distinto em relação ao emprego masculino, que apresentou maior intensidade no declínio do nível ocupacional nessa forma de inserção. Possivelmente a segmentação do mercado de trabalho favoreceu esse comportamento, pois os setores mais fortemente afetados na crise que se manifestou a partir de meados de 2014 foram a indústria de transformação e a construção civil (seade/dieese, 2016), que apresentam predominância de emprego masculino, observando-se até 2015 menor redução de ocupados no setor de serviços que absorve a maior parcela do trabalho feminino. Tais informações reafirmam os distintos impactos da crise sobre o emprego por sexo. Por outro lado, e em interpretação menos otimista, Alves (2016) constata tomando como referência a Pesquisa Mensal de Emprego (pme/ibge) que, a partir de 2010, a ocupação feminina nas regiões metropolitanas deixou de crescer, enquanto a população feminina em idade ativa continuava a aumentar, indicando redução na taxa de ocupação. O autor questiona sobre a continuidade do crescimento da taxa de atividade feminina na atual crise que se aprofundou a partir de O comportamento do emprego por sexo adquire outros contornos quando analisado a partir da família e dos impactos diferenciados sobre os componentes familiares identificados por sexo e posição na família, que expressam papéis familiares e relações de gênero. No que se refere aos arranjos familiares de inserção no mercado, constata-se, nas regiões metropolitanas brasileiras no período de crescimento econômico entre 2004 e 2014, a continuidade do rearranjo de inserção estabelecido a partir de meados de 1990 aqui mostrado por meio do estudo de caso da Região Metropolitana de São Paulo e validado para as nove regiões metropolitanas brasileiras pelos dados dos censos demográficos de 2000 e 2010 com a acentuação de tendências observadas (Gráfico 2). A especificidade no período da economia a partir de 2004 foi de intensificação da entrada no mercado das mulheres com responsabilidade pela família (cônjuges e chefes femininos) e sua crescente participação entre os ocupados da família (Gráfico 6). Em movimento contrário, há continuidade da tendência de redução da presença dos filhos entre os ocupados

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