QUESTÕES DE CONCURSOS...

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1 AULA INAUGURAL 1. APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO: ESTATUTO DECRETA REGULAMENTO DO ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS CIVIS DO PODER EXECUTIVO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CAPÍTULO ÚNICO DOUTRINA QUESTÕES DE CONCURSOS ESTATUTO DOUTRINA QUESTÕES DE CONCURSOS ESTATUTO REGULAMENTO DO CONCURSO DOUTRINA QUESTÃO DE CONCURSO FINALIZAÇÃO DA AULA CONCURSO: Tribunal De Justiça Do Rio De Janeiro CARGO: Técnico MATÉRIA: ESTATUTO DO SERVIDOR PÚBLICO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO Este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei n.º 9.610/1998, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências.

2 1. APRESENTAÇÃO Olá meu povo é com enorme prazer que vamos juntos em mais uma caminhada. Este material é focada especificamente para aquele candidato que pretende fazer concurso para o Estado do Rio de Janeiro e cujo concurso não exige como requisito a graduação em Direito, mas apenas o ensino médio ou a formação em qualquer nível superior, mas cujo conteúdo programático possui disciplinas jurídicas, que acabam recorrendo a apostilas elaboradas às vésperas da prova com material colhido da noite para o dia por aqueles que não possuem o compromisso com a sua preparação. O material que ora apresentamos reúne tudo o que o candidato irá precisar para a sua aprovação, ou seja, a Constituição Federal e os principais diplomas estaduais, a jurisprudência relativa ao tema e finalmente questões de concursos das principais bancas examinadoras do Brasil, como o CESPE, VUNES, FCC - Fundação Carlos Chagas, FGV - Fundação Getúlio Vargas e até questões de exame de ordem didáticas que auxiliam na memorização dos institutos, enfim o material reúne tudo que é necessário para a sua aprovação. Milhares de candidatos anualmente se debruçam sobre estatutos diversos, ora o federal, lei 8112/90, ora dos Estados, ora dos Municípios, levando os mesmos a se confundirem com os prazos, conceitos, penas disciplinares, institutos. Em que pese se apresentem muito semelhantes os diplomas, naturalmente existem pontos divergentes. Este aspecto que chama a atenção dos examinadores as diferenças entre os diplomas. Os concursos estaduais, que não são poucos, costumam cobrar a legislação estatutária, razão pela qual o candidato não pode deixar de estudar. Procuramos nesta pequena obra reunir o que há de imprescindível para o conhecimento do candidato para se obter a sua sonhada aprovação. Existem de fato informações desnecessárias para a aprovação, devemos otimizar nosso valioso tempo de estudo, sem perder tempo com coisas supérfluas, que não são cobradas em concursos. Neste sentido devemos banir de nossa vida as apostilas que constituem verdadeiros caça-níqueis de véspera de prova. Este material foi elaborado pelo autor, aprovado em vários concursos públicos, devendo servir de guia para você utilizar no estudo do seu concurso. O foco é a principal palavra que devemos valorizar, o foco no que deve ser do seu conhecimento, das coisas mais importantes, da forma como a lei é cobrada nos certames, quais são os artigos mais importantes das leis, que são imprescindíveis ao seu conhecimento e a sua aprovação. Página 2 de 19

3 A forma como o conteúdo é cobrado se revela da maior importância, pois não adiante ter as ferramentas e não saber utilizá-las, neste sentido, sempre colocamos questões envolvendo a Constituição Federal, o estatuto e seu regulamento. O material foi preparado para aqueles que pretendem ingressar nas carreiras de Analista Judiciário, Técnico Judiciário, Carreiras policiais, Ministério Público e Defensoria Pública. Pessoal então vamos camihar para mais uma etapa. Abraços! Professor Aloizio 1.1. INTRODUÇÃO: Esta obra visa a preparação on line do Site concurseiro 24 horas, que nos autorizou a escrever estas linhas focadas na preparação dos candidatos dos cargos públicos do Estado do Rio de Janeiro. Não há como não reconhecer o talento e competência deste site no que diz respeito aos concursos, isso nos levou a um esforço concentrado em preparar um material de excelência para auxiliar a sua preparação. A ideia é reunir todo material necessário para que você possa gabaritar toda e qualquer questão de concurso que cobre estes diplomas, ou seja, a Constituição Federal, o decreto e seu regulamento. A forma como foi elaborada a obra: A legislação deve contemplar a o Decreto-Lei nº 220 de 18 de julho de 19/75, seguida do seu Regulamento de nº 2479, de 08 de março de 1979, sem se esquecer da Constituição da República na parte relativa aos primeiros artigos que são cobrados em todos os concursos, que consiste no artigo 1º ao 7º, que trata dos direitos sociais, do artigo 37 ao artigo 42, que trata dos servidores públicos civis e militares, do artigo 76 ao 135, que trata do Poder Executivo e Judiciário e Funções Essenciais à Justiça,. A matéria será vista por tópicos, sendo comentados os aspectos mais importantes das legislações em comento. Iremos estudar não os diplomas separadamente, como fizemos quando nos preparávamos para os concursos do TJRJ, mas reunindo por artigos os diplomas. Em seguida colacionamos questões recentes dos concursos estaduais e eventualmente a jurisprudência relevante a respeito, sem prejuízo de eventual resumo com os pontos mais relevantes. Sempre iremos grifar os aspectos legislativos que devem ser memorizados por você. Página 3 de 19

4 Desta forma, você estará seguro e preparado para qualquer concurso que cobre estas normas em estudo. Vamos lá: 2. ESTATUTO DECRETO-LEI Nº 220 DE 18 DE JULHO DE O Governador do Estado do Rio de Janeiro, no uso da atribuição que lhe confere o 1º do art. 3º da Lei Complementar nº 20, de 1º de julho de 1974, 2.1. DECRETA Art. 1º - Este Decreto-lei institui o regime jurídico dos funcionários públicos civis do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro. Parágrafo único - Para os efeitos deste Decreto-lei funcionário é a pessoa legalmente investida em cargo público estadual do Quadro I (Permanente). REGULAMENTO DECRETO Nº 2479 DE 08 DE MARÇO DE 1979 O Governador do Estado do Rio de Janeiro, no uso da atribuição que lhe confere o art. 70, inciso III, da Constituição Estadual, decreta: Art. 1º - Fica aprovado o Regulamento do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Poder Executivo do Estado do Rio de Janeiro, baixado pelo Decreto-Lei nº 220, de 18 de julho de 1975, que acompanha o presente decreto. Art. 2º - Este decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Rio de Janeiro, 08 de março de FLORIANO FARIA LIMA REGULAMENTO DO ESTATUTO DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS CIVIS DO PODER EXECUTIVO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CAPÍTULO ÚNICO Art. 1º - O regime jurídico dos funcionários públicos civis do Poder Executivo Página 4 de 19

5 do Estado do Rio de Janeiro, instituído pelo Decreto-Lei nº 220, de 18 de julho de 1975, fica disciplinado na forma deste Regulamento. 1º - Para os efeitos deste Regulamento, funcionário é a pessoa legalmente investida em cargo público estadual do Quadro I (Permanente), de provimento efetivo ou em comissão, previsto no Plano de Cargos e Vencimentos do Estado do Rio de Janeiro. 2º - Aos servidores contratados no exercício de função gratificada, com suspensão dos respectivos contratos de trabalho, e aos estagiários, somente serão reconhecidos e concedidos os direitos e vantagens que expressamente lhes estejam assegurados por este Regulamento DOUTRINA Vamos começar a esclarecendo alguns aspectos mais importantes que você não pode deixar de saber meu amigo. Podemos verificar que a redação dos diplomas é muito parecida, mas uma primeira dúvida pode surgir: existe alguma diferença entre o Estatuto e o seu Regulamento? Buscando ajuda no Direito Constitucional para nos ensinar se existe alguma diferença entre Decreto-lei e Decreto podemos adiantar que o primeiro apresenta uma hierarquia superior à segunda. Ambos os diplomas são anteriores ao advento da Constituição Federal de 05 de outubro de Afinal o que temos que saber para o nosso concurso? O primeiro, no caso o Decreto-Lei, irá abordar aspectos gerais, abstratos, ou seja, corresponde a Lei propriamente dita, enquanto que o segundo, que é o regulamento, irá entrar em detalhes, explicando, pormenorizando os aspectos que orientam a Administração Pública. Superada esta questão formal, devemos agora enfrentar quais os trabalhadores que devem ser regidos por estes diplomas normativos, ou seja, quem tem estes direitos e deveres? Os prestadores de serviços ao Estado podem firmar vínculo de diversas formas, seja como estatutário, ou seja, por meio de um vínculo de natureza administrativa, há uma lei regendo os direitos e deveres, forma de provimento, questões disciplinares, pode ser através de emprego público em que o vínculo é regido pela consolidação das leis do trabalho, sendo de natureza trabalhista, pode o vínculo ser através de contratos temporários de prestação de serviços em que, pela natureza eventual, não se justifica uma contratação permanente, finalmente quando existe um vínculo firmado com empresas prestadoras de serviços em atividades secundárias, não inseridas na atividade principal do tomador de Página 5 de 19

6 serviços, como a contratação de faxineiras em um Tribunal, seguranças em um banco, etc. Iremos nos preocupar com os trabalhadores que se unem ao Estado de forma permanente em um vínculo de natureza administrativa, onde uma lei irá disciplinar os principais aspectos desta relação com o Estado e o regulamento irá explicar, de forma mais detalhada como se devem reger estas relações. Aspecto importante que você não pode deixar de conhecer é quem são estes servidores? Onde eles se inserem? Os ocupantes de cargo público efetivo, conhecidos como estatutários, são: Os servidores da Administração Pública Direta, dos Poderes Executivo, Legislativo, Judiciário, Ministério Público, Tribunal de Contas, Autarquias e Fundações. Vale destacar que as Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista, possuem como regra os chamados empregados públicos, que são regidos pela CLT, chamados também de celetistas. 3. QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 01. (TRF 3, TÉCNICO JUDICIÁRIO ADM FCC) O servidor civil ocupante de cargo efetivo de autarquia da União, em regra, é (A) segurado obrigatório como contribuinte individual independentemente de estar ou não amparado pelo regime próprio de previdência social. (B) excluído do Regime Geral de Previdência Social, inclusive nas hipóteses de estar amparado por regime próprio de previdência social. (C) excluído do Regime Geral de Previdência Social, desde que amparado por regime próprio de previdência social. (D) segurado obrigatório como trabalhador avulso independentemente de estar ou não amparado pelo regime próprio de previdência social. (E) segurado especial independentemente de estar ou não amparado pelo regime próprio de previdência social. Solução: O gabarito oficial considerou correta a alternativa c. Em que pese a questão seja envolvendo servidor federal, o raciocínio deve ser o mesmo, razão pela qual aproveitaremos questões de concursos federais, sempre que compatíveis com o nosso estudo. A solução se revela adequada, pois, conforme estudaremos adiante, os servidores públicos da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, ocupantes de cargos na Administração Direta, autarquias e Fundações, são regidos por regime próprio de previdência social, nos termos do artigo 40 da CF, com regras Página 6 de 19

7 específicas. Consequentemente, estão excluídos do Regime Geral de Previdência Social, que é conhecido como INSS. QUESTÃO 02. (TJRJ ANALISTA JUDICIÁRIO COMISSÁRIO DE JUSTIÇA 2012 FCC) A norma constitucional que exige a realização de concurso público para ingresso de servidores na Administração Pública NÃO atinge: a) Os ocupantes de emprego público, desde que se trata de nível médio de formação. b) Os cargos e funções públicas, desde que a natureza das atividades seja de baixa complexidade. c) Os cargos em comissão de livre nomeação e exoneração. d) Os cargos ocupados por temporários, desde que de livre nomeação. e) As funções de confiança existentes para quaisquer atribuições, ainda que por prazo indeterminado. Solução: o gabarito oficial considerou correta a alternativa c. Com efeito, a alternativa citada representa a redação do próprio texto da Constituição da República, que expressamente exclui da obrigatoriedade da prévia aprovação em concurso do ocupante do cargo em comissão, que possui livre nomeação e exoneração, ou seja, pode ser dispensado a qualquer momento pela autoridade que o nomeou ou o que o sucedeu, face o caráter político do cargo. 4. ESTATUTO Título I DO PROVIMENTO, DO EXERCÍCIO E DA VACÂNCIA (Art. 2º a 17) Art. 2º - A nomeação para cargo de provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso público. Do Provimento, do Exercício e da Vacância Art. 2º - Os cargos públicos são providos por: I nomeação; II reintegração; III transferência; IV aproveitamento; V readaptação; VI outras formas determinadas em lei. Página 7 de 19

8 Art. 3º - O funcionário não poderá, sem prejuízo de seu cargo, ser provido em outro cargo efetivo ou admitido como contratado, salvo nos casos de acumulação legal. Art. 4º - O ato de provimento deverá indicar necessariamente a existência de vaga, com todos os elementos capazes de identificá-la. Art. 5º - A nomeação para cargo de provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos DOUTRINA A legislação fala em provimento, o que significaria provimento? Podemos concluir pela leitura da legislação que são formas de se investir no cargo, formas de preencher o cargo vago. O Decreto costuma ser mais sucinto, mais resumido, como regra o regulamento elenca um número maior de exemplos. Podemos ver que a princípio o Decreto apenas fala na nomeação,, enquanto que o regulamento vai além e já adianta as várias formas de provimento de cargo público. Vamos nos preocupar inicialmente com a nomeação, que é a forma principal e mais comum de provimento dos cargos efetivos. A regra sinalizada nos dois diplomas possui assento constitucional. Com efeito, o art.37, II, da CF, prevê que os cargos e empregos públicos devem ser providos mediante prévia aprovação em concurso público. Veja a redação atual da Carta Magna: Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo Página 8 de 19

9 com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;(redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) ( grifos nosssos) Observa-se que a redação atual do citado dispositivo constitucional impõe a Administração Pública direta e indireta dos três poderes, de todos os entes ( União, Estados, DF, Municípios, autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista) a obrigatoriedade da prévia aprovação para a investidura em cargo ou emprego público. O Princípio da moralidade, da impessoalidade e da eficiência norteando o administrador, o obrigou a realizar processo seletivo para o ingresso no Poder Público deve ser feito através de concursos público. Apenas os cargos em comissão de livre nomeação e exoneração é que prescinde da aprovação em concurso. 5. QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 01. (TRT 19 Região TÉCNICO JUDICIÁRIO ADM. FCC 2014) Sobre os servidores públicos, conforme determina a Constituição federal, considere: I. É estável o servidor público nomeado para cargo de provimento derivado ou efetivo, em virtude de concurso público, após dois anos de efetivo exercício. II. O servidor público estável poderá perder o cargo mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa. III. Se for invalidada, por sentença judicial, a demissão de um servidor estável, ele será reintegrado. Nesse caso, o eventual ocupante da vaga, se também estável, será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização, ou será aproveitado em outro cargo ou será posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. Está correto o que consta APENAS em (A) I. (B) II. (C) III. (D) I e II. (E) II e III. Solução: O gabarito oficial apresenta como correta a alternativa e. Com efeito, a solução apresentada pela banca da FCC está correta, pois a única alternativa errada é a alternativa I, em que afirma serem de 2 anos o prazo para aquisição da Página 9 de 19

10 estabilidade. Conforme a nova redação conferida ao texto da CF, com o advento da Reforma Administrativa, Emenda Constitucional 19/98, o prazo foi alterado para 3 anos. QUESTÃO 02. (TRE BA TÉCNICO JUDICIÁRIO CESPE 2010) Julgue o item abaixo, a respeito dos agentes públicos. Os cargos podem ser agrupados em três categorias: vitalícios, efetivos e em comissão. Após a aquisição da estabilidade, o cargo de técnico judiciário é considerado vitalício, pois a sua perda somente ocorre por meio de sentença judicial ou processo administrativo, nos quais sejam observados a ampla defesa e o contraditório. Solução: ERRADA a questão, pois cargo de técnico judiciário é um cargo efetivo, sendo vitalícios os cargos em que apenas mediante sentença judicial transitada me julgado é possível a perda do cargo, sendo exemplos os cargos dos Juízes, Promotores, Membros dos Tribunais de Contas. 6. ESTATUTO ART.2º 1º - O concurso objetivará avaliar: 1) conhecimento e qualificação profissionais, mediante provas ou provas e títulos; 2) condições de sanidade físico-mental; e 3) desempenho das atividades do cargo, inclusive condições psicológicas, mediante estágio experimental. * 3) desempenho das atividades do cargo, inclusive condições psicológicas, mediante estágio experimental, ressalvado o disposto no 11 deste artigo. * Nova redação dada pela Lei nº 1820/1991 * 2º - O candidato habilitado nas provas e no exame de sanidade físicomental será submetido a estágio experimental, mediante ato de designação do Secretário de Estado, titular de órgão integrante da Governadoria do Estado, ou dirigente de autarquia e pelo prazo que for estabelecido, em cada caso, pelo Órgão Central do Sistema de Pessoal Civil do Estado. * Revogado pela Lei Complementar nº 140/2011. ( ACABOU COM O ESTÁGIO EXPERIMENTAL) 3º - A designação prevista no parágrafo anterior observará a ordem de classificação nas provas e o limite das vagas a serem preenchidas, percebendo o estagiário retribuição correspondente a 80% (oitenta por cento) do vencimento do cargo, assegurada a diferença, se nomeado afinal.(obs: norma Página 10 de 19

11 alterada, pois acabou o estágio experimental, só existe atualmente o probatório) 4º - O prazo de validade das provas será fixado nas instruções reguladoras do concurso, aprovadas pelo Órgão Central do Sistema de Pessoal Civil do Estado e poderá ser prorrogado, uma vez, por período não excedente a 12 (doze) meses. 5º - O candidato que, ao ser designado para o estágio experimental, for ocupante, em caráter efetivo, de cargo ou emprego em órgão da Administração Estadual direta ou autárquica ficará dele afastado com a perda do vencimento ou salário e vantagens, observado o disposto no inciso IV do art. 20 e ressalvado o salário-família, continuando filiado à mesma instituição de previdência, sem alteração da base de contribuição. 6º - O candidato não aprovado no estágio experimental ( NÃO EXISTE MAIS) será considerado inabilitado no concurso e voltará automaticamente ao cargo ou emprego de que se tenha afastado, na hipótese do parágrafo anterior. 7º - O candidato aprovado permanecerá na situação de estagiário até a data da publicação do ato de nomeação, considerada a mesma data, para, todos os efeitos, início do exercício do cargo ressalvado o disposto no parágrafo terceiro antecedente e no artigo seguinte. 8º - As atribuições inerentes ao cargo servirão de base para o estabelecimento dos requisitos a serem exigidos para inscrição no concurso, inclusive a limitação da idade, que não poderá ser inferior a 18 (dezoito) nem superior a 45 (quarenta e cinco) anos. 9º - Não ficará sujeito ao limite máximo de idade o servidor de órgão da administração pública, direta ou indireta. Atenção!! entendemos que esta norma é inconstitucional, pois viola o princípio da isonomia, em que o limite de idade em concursos públicos só deve ser admitido nas hipóteses em que seja razoável, em que se exija grande vigor físico, ou nos concursos militares Além dos requisitos de que trata o 8º deste artigo, são exigíveis para inscrição em concurso público: 1) nacionalidade brasileira; 2) pleno gozo dos direitos políticos; 3) quitação das obrigações militares. Página 11 de 19

12 * 11 - A norma contida no item 3 do 1º deste artigo não se aplica ao candidato habilitado nas provas para o preenchimento de cargos de professor. * Acrescentado pela Lei nº 1820/1991. * 11 A norma contida no item 3 do 1º deste artigo não se aplica ao candidato habilitado nas provas para o preenchimento de cargo de professor ou de cargos destinados ao pessoal de apoio ao magistério. * Nova redação dada pela Lei nº 2289/ REGULAMENTO 7.1. Do Concurso Art. 6º - O concurso de provas ou de provas e títulos para provimento de cargos por nomeação será sempre público, dele se dando prévia e ampla publicidade da abertura de inscrições, requisitos exigidos, programas, realização, critérios de julgamento e tudo quanto disser respeito ao interesse dos possíveis candidatos. Atenção! Verifique que a redação do estatuto está de acordo com a Constituição da República, que determina em seu artigo 37, II, a obrigatoriedade de concurso público de provas ou provas e títulos, não admite, desta forma, concurso em que apenas submeta o candidato a exame de títulos, ou avaliação de currículo ou entrevista, impõe a Lei Maior e reproduz o comando o estatuto fluminense. Art. 7º - O concurso objetivará avaliar: I o conhecimento e a qualificação profissionais, mediante provas ou provas e títulos; II as condições de sanidade físico-mental; III o desempenho das atividades do cargo, inclusive as condições psicológicas do candidato, mediante estágio experimental. Art. 8º - Das instruções para o concurso constarão: I o limite de idade dos candidatos, que poderá variar de 18 (dezoito) anos completos até 45 (quarenta e cinco) incompletos,( VIOLA O PRINCÍPIO DA ISONOMIA) dependendo da natureza do cargo a ser Página 12 de 19

13 provido; II o grau de instrução exigível, a ser comprovado mediante apresentação de documento hábil; III o número de vagas a ser preenchido, distribuído por especialização, quando for o caso; IV o prazo de validade das provas, de 2 (dois) anos no máximo, só prorrogável uma vez, por período não excedente a 12 (doze) meses(observe VIOLA A CF), havendo motivos relevantes, a juízo do Secretário de Estado de Administração, contados da publicação da classificação geral; V o prazo de duração do estágio experimental, que não será inferior a 6 (seis) nem superior a 12 (doze) meses. 1º - As instruções reguladoras do concurso serão aprovadas pelo Órgão Central do Sistema de Pessoal Civil do Estado. 2º - Independe de limite de idade a inscrição em concurso de servidores da Administração Direta ou Indireta, ressalvados os casos em que, pela tipicidade das tarefas ou atribuições de cada cargo, deva ser fixado limite próprio pelas instruções especiais de cada concurso. Obs: Norma inconstitucional, por violar o princípio da isonomia previsto no art.5º da CF, que se torna flagrante ao permitir tratamento diferenciado ao servidor do Estado. 3º - Além dos requisitos de que trata este artigo, são exigíveis para inscrição em concurso público: 1) nacionalidade brasileira ou portuguesa, desde que reconhecida, na forma da legislação federal pertinente, a igualdade de direitos e obrigações civis;( ou estrangeiros caso exista lei conferindo este direito) 2) pleno gozo dos direitos políticos; 3) quitação das obrigações militares. 4º - Encerradas as inscrições, regularmente processadas, para concurso destinado ao provimento de qualquer cargo, não se abrirão novas inscrições para a mesma categoria funcional antes da publicação da homologação do concurso. 5º - Para as vagas que ocorrerem após a publicação das instruções reguladoras do concurso, a critério da Administração poderão ser designados para estágio candidatos habilitados, desde que dentro do prazo de validade das provas. Art. 9º - O candidato habilitado nas provas e no exame de sanidade físicomental será submetido a estágio experimental, mediante ato de designação do Página 13 de 19

14 Secretário de Estado, titular de órgão integrante da Governadoria ou dirigente de autarquia. Parágrafo único O ato de designação indicará expressamente o prazo do estágio, conforme o fixado pelas respectivas instruções reguladoras do concurso. Art. 10 A designação prevista no artigo anterior observará a ordem de classificação nas provas e o limite de vagas a serem preenchidas, percebendo o estagiário retribuição correspondente a 80% (oitenta por cento) do vencimento do cargo, assegurada a diferença se nomeado afinal. 1º - O candidato que, ao ser designado para estágio experimental ( não existe mais) for ocupante, em caráter efetivo, de cargo ou emprego em órgão da Administração Estadual Direta ou Autárquica, ficará dele afastado com a perda do vencimento ou salário, das vantagens e do auxílio-moradia, ressalvado o adicional por tempo de serviço. 2º - Este afastamento não alterará a filiação ao sistema previdenciário do estagiário, nem a base de contribuição. 3º - Não se exigirá o afastamento referido no 1º, se o cargo efetivo for acumulável com o do objeto do concurso. Art. 11 O candidato não aprovado no estágio experimental ( não existe mais, FOI REVOGADO)será considerado inabilitado no concurso e retornará automaticamente ao cargo ou emprego de que se tenha afastado, se for o caso. Art. 12 Expirado o prazo de duração do estágio experimental ( probatório), a autoridade que tiver designado o estagiário comunicará ao órgão promotor do concurso o resultado do desempenho das atividades exercidas no cargo, inclusive suas condições psicológicas, idoneidade moral, assiduidade, disciplina e eficiência, concluindo pela aprovação ou não do candidato. 1º - O chefe imediato do estagiário encaminhará à autoridade referida neste artigo, nos 15 (quinze) dias anteriores ao término do estágio, relatório circunstanciado sobre o desempenho das atividades do interessado, se motivo relevante não justificar encaminhamento antes deste prazo. Página 14 de 19

15 ATENÇÃO Observe que este prazo está mantido, apenas com o detalhe que o estágio probatório será após 36 meses e não mais 24. 2º - Quando a autoridade competente para a avaliação concluir desfavoravelmente ao estagiário, fará publicar sua imediata dispensa. 3º - Recebidos pelo órgão promotor do concurso os resultados da avaliação de todos os estagiários, será publicada no órgão oficial a classificação final do concurso, que se homologará por ato do Secretário de Estado de Administração. 4º - O prazo de validade do concurso é de 90 (noventa) dias, ( inconstitucional) contados de sua homologação, dentro do qual serão nomeados, por proposta do Secretário de Estado de Administração, os candidatos habilitados, observada rigorosamente a classificação obtida. Atenção!! Novamente chamamos a sua atenção para o texto da CF, que revela a validade do concurso será de até 2 anos, prorrogável por igual período. 5º - Enquanto não publicado o ato de nomeação a que se refere o parágrafo anterior, o candidato permanecerá na condição de estagiário. Art. 13 A data da publicação do ato de nomeação será considerada, para todos os efeitos, o início do exercício do cargo, salvo para a percepção da diferença de retribuição a que se refere o artigo 10 e para aquisição de estabilidade, quando se computará o período do estágio experimental. Página 15 de 19

16 8. DOUTRINA Algumas observações devemos fazer a respeito dos tópicos acima previstos nos diplomas que estamos estudando. Estamos tratando das normas a respeito dos concursos públicos a serem realizados no Estado do Rio de Janeiro, logo, regras que visam assegurar a observância dos princípios estampados no artigo 37 da Lei Maior, ou seja, o princípio da Moralidade, Impessoalidade, Publicidade e Eficiência. A norma prevista na CF prevê expressamente que o concurso deve ser de provas ou provas e títulos, sendo impossível a realização de certame apenas com análise de títulos, a prova sempre será necessária, apenas quando houver processo seletivo simplificado, para cargos temporários será admitida a análise de currículo e títulos, mas, ressalte-se apenas em cargos de natureza temporária. Não podemos, desta forma, aceitar qualquer norma que agrida a um destes valiosos princípios, tão caros a Democracia e a nossa sociedade que foram explicitados pelo constituinte e se aplicando a todos os Poderes e a todos os entes como afirmamos acima. Diante destes argumentos a doutrina e jurisprudência pacífica dos Tribunais repele quaisquer privilégios violadores ao princípio da isonomia. Veja que não podemos aceitar o limite de idade em concursos públicos estampado no art.8º do regulamento, particularmente agravado ao excluir os servidores públicos do Estado deste limite, conforme previsão no parágrafo 2º do citado dispositivo. Vale destacar que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal é pacífica em afastar qualquer norma prevista em edital que preveja limite de idade sem que exista uma justificativa que legitime pela natureza do cargo, veja a Súmula 683 do STF; O limite de idade para inscrição em concurso público só se legitima em face do art.7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. Amigo, acredito que mesmo nos cargos em que se exija grande vigor físico é possível aferir através de teste de aptidão física o preparo do candidato, avaliandoo como apto ou inapto ao cargo, como costuma ocorrer para Delegado da Polícia Federal. Não tem sentido a exigência de limite de idade para o cargo de técnico judiciário, analista judiciário, assistente administrativo do Detran, pois em regra não se exige preparo ou vigor físico para o exercício da função, face a natureza das atribuições do cargo, isso é o que revela a súmula do STF. Concluindo limite de idade apenas se houver lei autorizando, não basta a previsão em edital, que é mero ato administrativo, o limite e previsto em lei, apenas será possível se a natureza das atribuições do cargo justificarem. Aspecto importantíssimo diz respeito À EXTINÇÃO DO ESTÁGIO EXPERIMENTAL. Página 16 de 19

17 Com efeito, a LEI COMPLEMENTAR 140/2011 Acabou com o estágio experimental. Devendo todas as normas que mencionarem este instituto serem desconsideradas. A Constituição Federal prevê ainda no art.37: III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período; IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; Devem portanto ser desconsideradas as normas estatutárias que tenham redação divergente, veja que o art.2, parágrafo 4º do Estatuto que afirma que o prazo de validade do concurso poderá ser prorrogado por prazo não excedente a 12 meses, NÃO FOI RECEPCIONADO PELA CF, devendo ser considerado como de até 2 anos, prorrogável por igual período. Isso significa que não fere a CF o edital que prevê o prazo de um ano prorrogável por mais um ano ou seis meses prorrogável por mais seis meses. Viola a CF o edital que prevê o prazo de 2 anos prorrogável por mais um ano, assim como um ano, prorrogável por mais dois anos. Enfim a norma editalícia deve seguir a regra constitucional, que prevê a paridade de prazos, em outras palavras, devem os prazos serem idênticos. Começou com um ano, prorroga por mais um, começando com dois prorroga por mais dois. Os requisitos previstos no Estatuto e no Regulamento para se tornar servidor público ocupante de cargo efetivo estão elencados no art.5, parágrafo 10º do regulamento, que trata do estrangeiro. Com efeito, a nossa Constituição trata do tema, inclusive foi objeto de Emenda à Constituição nº 19/98, veja a atual redação: Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; Preocupou-se o constituinte com o estrangeiro, sendo a norma exige a regulamentação por lei, pois se trata de norma que visa garantir a oportunidade aos estrangeiros. Página 17 de 19

18 9. Questão de concurso QUESTÃO 01. (Exame de Ordem Unificado 2011 FGV) O art.37, II, da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, condiciona a investidura em cargo ou emprego público à prévia aprovação em concurso público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as nomeações para cargos em comissão. Em relação ao concurso público, segundo a atual jurisprudência dos Tribunais superiores, é correto afirmar que: a) Os candidatos aprovados em concurso público de provas ou de provas e títulos e classificados dentro do número de vagas oferecidas no edital possuem expectativa de direito à nomeação. b) Os candidatos aprovados em concurso público de provas ou d provas e títulos devem comprovar a habilitação exigida no edital no momento de sua nomeação. c) O prazo de validade do concurso público poderá ser de até dois anos prorrogáveis uma única vez por qualquer prazo não superior a dois anos, iniciandose a partir de sua homologação. d) Os candidatos aprovados em concurso público de provas ou de provas e títulos e classificados dentro do limite de vagas oferecidas no edital possuem direito subjetivo a nomeação dentro do praz de validade do concurso. Solução: o gabarito do exame do ordem foi a alternativa D. Com efeito, houve uma alteração na jurisprudência do STF, que entendia haver mera expectativa de direito e não direito subjetivo à nomeação, quando aprovado dentro do número de vagas do edital. Vale trazer á colação parte da decisão do STF: Dentro do prazo de validade do concurso, a administração poderá escolher o momento no qual se realizará a nomeação, mas não poderá dispor sobre a própria nomeação a qual, de acordo com o edital, passa a constituir um direito do concursado aprovado e, dessa forma, um dever imposto ao Poder Público. Uma vez publicado o edital do concurso com o número específico de vagas, o ato administrativo que declara os candidatos aprovados no certame cria o dever de nomeação para a própria administração e, portanto, um direito à nomeação titularizado pelo candidato aprovado dentro do número de vagas (...)O reconhecimento do direito subjetivo á nomeação deve passar a impor limites à atuação da administração pública e dela exigir o estrito cumprimento das normas que regem os certames, com especial observância dos deveres de boafé e incondicional respeito à confiança dos cidadãos ( RE , Rel Min. Gilmar Mendes, julg m Plenário DJE de ). Página 18 de 19

19 10. Finalização da aula Amigos, esta decisão com repercussão geral representou um grande avanço na jurisprudência do SDTF, pois no passado havia mera expectativa de direito, isso autoriza a administração a lesar milhares de candidatos simulando concursos, que visavam apenas auferir recursos para os cofres públicos, um inaceitável estelionato, chancelado pelo Judiciário. Atualmente, declarou a existência de vagas, será condenado através de mandado de segurança a nomear os candidatos. A novidade são os concursos em que não existem vagas, são meros cadastros reservas. O abuso do direito deve permitir nova interpretação favorável aos candidatos, vamos acreditar que o SFT novamente prestigie a boa-fé e proíba os concursos de cadastros de reserva em que se busque apenas lesar o cidadão. Página 19 de 19