Sociedade Brasileira de Cardiologia ISSN X Volume 103, Nº 5, Novembro 2014

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "www.arquivosonline.com.br Sociedade Brasileira de Cardiologia ISSN-0066-782X Volume 103, Nº 5, Novembro 2014"

Transcrição

1 Sociedade Brasileira de Cardiologia ISSN X Volume 103, Nº 5, Novembro 2014 Outras cardiopatias; 27,7%; Tetralogia de Fallot; 38,3%; 27,7% 38,3% Tetralogia de Fallot Comunicação interventricular Atresia Pulmonar Atresia Pulmonar; 12,7%; 12,7% 21,3% Comunicação interventricular; 21,3% Outras Cardiopatias Gráfico 1 Principais cardiopatias em 47 pacientes com a síndrome da deleção 22q11.2. Pág. 385 Editorial Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética Cardiovascular: Histórico e Impacto Crescente no Brasil e no Mundo Artigos Originais Apneia do Sono e Arritmia Cardíaca Noturna: Estudo Populacional Aplicabilidade dos Critérios de Adequação em Cintilografia Miocárdica Cardiopatias Congênitas como um Sinal de Alerta para o Diagnóstico da Deleção do 22q11.2 Impacto da Fisioterapia Intensiva no Pós-Operatório de Revascularização Miocárdica Associação entre Esclerose Valvar Aórtica com Doença Arterial Coronariana Prévia e Fatores de Risco Prevenção da Repolarização Cardíaca Prolongada e dos Efeitos Pró arrítmicos Induzidos por Pazopanibe Efeitos Hemodinâmicos da Ventilação não Invasiva em Pacientes com Hipertensão Pulmonar Venocapilar Ecoestresse Físico: Predição de Mortalidade e Eventos Cardíacos em Pacientes com Ergometria Isquêmica Determinantes das Propriedades Funcionais e Estruturais de Grandes Artérias em Indivíduos Saudáveis Artigo de Revisão Prática de Yoga em Pacientes com Insuficiência Cardíaca Crônica: Uma Meta-análise Cartas ao Editor Polimorfismo I/D do Gene da ECA em Crianças com Histórico Familiar de Doença Arterial Coronariana Prematura Errata Páginas Eletrônicas Correlação Anatomoclínica Caso 5 / Mulher de 41 Anos, Portadora de Doença Reumática e Plastia Valvar Mitral Prévia com Tromboembolismo Pulmonar e Choque Misto Cardiogênico e Séptico Relato de Caso Múltiplos Benefícios da Reabilitação em Paciente com Insuficiências Cardíaca e Renal Imagem Fístula entre Enxerto de Artéria Mamária Interna Esquerda e Artéria Pulmonar

2 Eficácia no controle glicêmico com benefício adicional de perda de peso¹ Primeiro com mecanismo de ação independente de insulina 1,5,6 Controle glicêmico com perda de peso 1 Administração oral, 1 vez ao dia 1 ELIMINA EM MÉDIA 70g DE GLICOSE POR DIA 1-4 FORXIGA (dapagliflozina) COMPRIMIDOS REVESTIDOS. FORXIGA (dapagliflozina) comprimidos revestidos. USO ORAL. USO ADULTO. Reg. MS FORXIGA (dapagliflozina) é um inibidor do cotransportador sódio glicose 2 (SGLT2) que melhora o controle glicêmico em pacientes com diabetes mellitus tipo 2, através da redução da reabsorção renal de glicose e consequente excreção do excesso de glicose na urina. INDICAÇÕES: FORXIGA é indicado como adjuvante a dieta e exercícios para melhora do controle glicêmico em pacientes com diabetes mellitus tipo 2 em monoterapia ou em combinação com metformina, uma tiazolidinediona, uma sulfonilureia ou insulina (isolada ou com até duas medicações antidiabéticas orais), quando a terapia existente juntamente com dieta e exercícios não proporciona controle glicêmico adequado. Indicado em combinação inicial com metformina quando ambas as terapias são apropriadas. CONTRAINDICAÇÕES: FORXIGA é contraindicado a pacientes com conhecida hipersensibilidade a dapagliflozina ou aos outros componentes da fórmula. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES: FORXIGA não é indicado para uso por pacientes com diabetes tipo 1 e não deve ser utilizado para o tratamento de cetoacidose diabética. FORXIGA não deve ser usado em pacientes com insuficiência renal moderada a grave (taxa de filtração glomerular estimada [TFGe] persistentemente < 45 ml/min/1,73m 2 calculada pela fórmula de Modificação da Dieta na Doença Renal [MDRD da sigla em inglês] ou depuração de creatinina [ClCr] persistentemente < 60 ml/min calculado pela fórmula de Cockcroft Gault) ou doença renal em fase terminal (ESRD). Pacientes com diabetes e doença cardiovascular: o perfil de segurança de FORXIGA em estudos nessa população específica foi consistente com o de FORXIGA na população dos estudos clínicos em geral. Pacientes com risco de depleção de volume: deve se considerar a suspensão temporária de FORXIGA em pacientes que desenvolverem depleção de volume. Infecções do trato urinário: a excreção urinária de glicose pode estar associada com aumento no risco de infecções do trato urinário, portanto, a suspensão temporária de FORXIGA deve ser considerada no tratamento de pielonefrite ou sepse urinária. Uso com medicações conhecidas por causar hipoglicemia: uma dose menor de insulina ou de secretagogos de insulina pode ser necessária para reduzir o risco de hipoglicemia em combinação com FORXIGA. Gravidez: não deve ser usado no segundo e terceiro trimestres de gravidez. Não existem estudos adequados e bem controlados de FORXIGA em mulheres grávidas. Quando a gravidez for detectada, FORXIGA deve ser descontinuado. Categoria de risco na gravidez: C Este medicamento não deve ser utilizado por mulheres grávidas sem orientação médica ou do cirurgião dentista. Lactação: FORXIGA não deve ser utilizado em mulheres que estejam amamentando. Uso pediátrico: segurança e a eficácia de FORXIGA em pacientes pediátricos não foram estabelecidas. Uso geriátrico: não são recomendadas alterações de dose de FORXIGA com base na idade. REAÇÕES ADVERSAS: a interrupção do tratamento devido a eventos adversos em pacientes que receberam FORXIGA 10 mg foi de 4,3% em comparação com 3,6% para o grupo placebo. Os eventos mais comuns foram: infecção genital, infecção do trato urinário, dor nas costas e poliúria. Verificar a bula completa do produto para maiores informações. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: o metabolismo de dapagliflozina é mediado principalmente pela UGT1A9 dependente da conjugação glicuronídeo. Em estudos realizados em indivíduos sadios, a farmacocinética da dapagliflozina não foi alterada pela metformina, pioglitazona, sitagliptina, glimepirida, voglibose, hidroclorotiazida, bumetanida, valsartana ou sinvastatina. Após o uso concomitante de dapagliflozina com rifampicina ou ácido mefenâmico não houve qualquer efeito clinicamente significativo na eliminação de glicose na urina em 24 horas. Em estudos conduzidos em indivíduos sadios, a dapagliflozina não alterou significativamente a farmacocinética da metformina, pioglitazona, sitagliptina, glimepirida, hidroclorotiazida, bumetanida, valsartana, sinvastatina, digoxina ou varfarina. Outras interações: os efeitos da dieta, tabagismo, produtos à base de plantas e uso de álcool sobre a farmacocinética da dapagliflozina não foram especificamente estudados. POSOLOGIA: a dose recomendada de FORXIGA, em monoterapia ou terapia combinada, é 10 mg, uma vez ao dia, a qualquer hora do dia, independentemente das refeições. Para pacientes em risco de depleção de volume devido a condições coexistentes, uma dose inicial de 5 mg de FORXIGA pode ser apropriada. Não são necessários ajustes de dose de FORXIGA com base na função renal ou hepática. Para maiores informações, consulte a bula completa do produto. FRX004. Rev0114. VENDA SOB PRESCRIÇÃO MÉDICA. SE PERSISTIREM OS SINTOMAS, O MÉDICO DEVERÁ SER CONSULTADO. CONTRAINDICAÇÕES: Pacientes com conhecida hipersensibilidade a dapagliflozina ou aos outros componentes da fórmula. INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS: A farmacocinética da dapagliflozina não foi alterada pela metformina, pioglitazona, sitagliptina, glimepirida, hidroclorotiazida, valsartana ou sinvastatina. Referências bibliográficas: 1. Forxiga (dapagliflozina) comprimidos [bula do medicamento]. São Paulo, SP. Bristol-Myers Squibb Farmacêutica S.A.; Wright EM. Renal Na(+)-glucose cotransporters. Am J Physiol Renal Physiol. 2001;280(1):F10-F Lee YJ, Lee YJ, Han HJ. Regulatory mechanisms of Na(+)/glucose cotransporters in renal proximal tubule cells. Kidney Int Suppl. 2007;(106):S27-S Hummel CS, Lu C, Loo DD, Hirayama BA, Voss AA, Wright EM. Glucose transport by human renal Na+/D-glucose cotransporters SGLT1 and SGLT2. Am J Physiol Cell Physiol. 2011;300(1):C Resolução - RE No , de 28 de Junho de Dapagliflozina: registro de medicamento novo. Diário Oficial da União 2013;124 (Supl):pp Abdul-Ghani MA, DeFronzo RA. Dapagliflozin for the treatment of type 2 diabetes. Expert Opin Pharmacother. 2013;14(12): FOR.14.C.240 Produzido em junho/2014. Material destinado ao profissional de saúde.

3 REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA - Publicada desde 1948 Sumário - Contents Editorial Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética Cardiovascular: Histórico e Impacto Crescente no Brasil e no Mundo Cardiovascular Computed Tomography and Magnetic Resonance: History and Growing Impact in Brazil and in the World Marcelo Souto Nacif e Carlos Eduardo Rochitte...página 362 Artigos Originais - Original Articles Arritmia Clínica Apneia do Sono e Arritmia Cardíaca Noturna: Estudo Populacional Sleep Apnea and Nocturnal Cardiac Arrhythmia: A Populational Study Fatima Dumas Cintra, Renata Pimentel Leite, Luciana Julio Storti, Lia Azeredo Bittencourt, Dalva Poyares, Laura de Siqueira Castro, Sergio Tufik, Angelo de Paola...página 368 Cardiologia Nuclear e PET Aplicabilidade dos Critérios de Adequação em Cintilografia Miocárdica Applicability of the Appropriate use Criteria for Myocardial Perfusion Scintigraphy Anderson de Oliveira, Maria Fernanda Rezende, Renato Corrêa, Rodrigo Mousinho, Jader Cunha Azevedo, Sandra Marina Miranda, Aline Ribeiro Oliveira, Ricardo Fraga Gutterres, Evandro Tinoco Mesquita, Cláudio Tinoco Mesquita...página 375 Cardiologia Pediátrica Cardiopatias Congênitas como um Sinal de Alerta para o Diagnóstico da Deleção do 22q11.2 Congenital Heart Disease as a Warning Sign for the Diagnosis of the 22q11.2 Deletion Marcília S. Grassi, Cristina M. A. Jacob, Leslie D. Kulikowski, Antonio C. Pastorino, Roberta L. Dutra, Nana Miura, Marcelo B. Jatene, Stephanie P. Pegler, Chong A. Kim, Magda Carneiro-Sampaio...página 382 Cirurgia Cardíaca Adultos Impacto da Fisioterapia Intensiva no Pós-Operatório de Revascularização Miocárdica Impact of Intensive Physiotherapy on Cognitive Function after Coronary Artery Bypass Graft Surgery Elder dos Santos Cavalcante, Rosmeiri Magario, César Augusto Conforti, Gerson Cipriano Júnior, Ross Arena, Antonio Carlos C. Carvalho, Enio Buffolo, Bráulio Luna Filho...página 391 Arquivos Brasileiros de Cardiologia - Volume 103, Nº 5, Novembro 2014

4 Ecocardiografia Adultos Associação entre Esclerose Valvar Aórtica com Doença Arterial Coronariana Prévia e Fatores de Risco Association of Aortic Valve Sclerosis with Previous Coronary Artery Disease and Risk Factors Filipe Carvalho Marmelo, Sónia Matilde Fonseca Mateus, Alexandre José Marques Pereira...página 398 Eletrofissiologia/Arritmias Prevenção da Repolarização Cardíaca Prolongada e dos Efeitos Pró arrítmicos Induzidos por Pazopanibe Prevention of Pazopanib-Induced Prolonged Cardiac Repolarization and Proarrhythmic Effects Tulay Akman, Oytun Erbas, Levent Akman, Ahmet U. Yilmaz...página 403 Hemodinâmica Adultos Efeitos Hemodinâmicos da Ventilação não Invasiva em Pacientes com Hipertensão Pulmonar Venocapilar Hemodynamic Effects of Noninvasive Ventilation in Patients with Venocapillary Pulmonary Hypertension André Moreira Bento, Luiz Francisco Cardoso, Flávio Tarasoutchi, Roney Orismar Sampaio, Luiz Junya Kajita, Pedro Alves Lemos Neto...página 410 Outras Técnicas de Imagem Cardiovascular Ecoestresse Físico: Predição de Mortalidade e Eventos Cardíacos em Pacientes com Ergometria Isquêmica Physical Stress Echocardiography: Prediction of Mortality and Cardiac Events in Patients with Exercise Test showing Ischemia Ana Carla Pereira de Araujo, Bruno F. de Oliveira Santos, Flavia Ricci Calasans, Ibraim M. Francisco Pinto, Daniel Pio de Oliveira, Luiza Dantas Melo, Stephanie Macedo Andrade, Irlaneide da Silva Tavares, Antonio Carlos Sobral Sousa, Joselina Luzia Menezes Oliveira...página 418 Outros testes Diagnósticos (Não de Imagem) Determinantes das Propriedades Funcionais e Estruturais de Grandes Artérias em Indivíduos Saudáveis Determinants of Functional and Structural Properties of Large Arteries in Healthy Individuals Elaine Cristina Tolezani, Valéria Costa-Hong, Gustavo Correia, Alfredo José Mansur, Luciano Ferreira Drager, Luiz Aparecido Bortolotto...página 426 Artigo de Revisão - Review Article Prática de Yoga em Pacientes com Insuficiência Cardíaca Crônica: Uma Meta-análise Effects of Yoga in Patients with Chronic Heart Failure: A Meta-Analysis Mansueto Gomes-Neto, Erenaldo Sousa Rodrigues-Jr, Walderi Monteiro Silva-Jr, Vitor Oliveira Carvalho...página 433 Carta ao Editor - Letter to the Editor Polimorfismo I/D do Gene da ECA em Crianças com Histórico Familiar de Doença Arterial Coronariana Prematura ACE I/D Gene Polymorphism in Children with Family History of Premature Coronary Disease Dilek Yý lmaz Çiftdoð an...página 440 Errata - Erratum...página 443 Arquivos Brasileiros de Cardiologia - Volume 103, Nº 5, Novembro 2014

5 Arquivos Brasileiros de Cardiologia - Páginas eletrônicas Correlação Anatomoclínica - Anatomopathological Session Caso 5 / Mulher de 41 Anos, Portadora de Doença Reumática e Plastia Valvar Mitral Prévia com Tromboembolismo Pulmonar e Choque Misto Cardiogênico e Séptico Case 5/ Year-Old Woman with Rheumatic Disease and Previous Mitral Valve Repair with Pulmonary Embolism and Cardiogenic and Septic Shock Eduardo Gomes Lima, Ricardo D Oliveira Vieira, Paula Bombonati, Jussara Bianchi Castelli... página e57 Relato de Caso - Case Report Múltiplos Benefícios da Reabilitação em Paciente com Insuficiências Cardíaca e Renal Multiple Benefits of Rehabilitation in a Patient with Heart and Renal Failure Carlos Alberto Cordeiro Hossri, Fernando José Pinho Queiroga Júnior, Vitor Oliveira Carvalho, Carlos Roberto Ribeiro Carvalho, Andre Luis Pereira Albuquerque... página e68 Imagem - Image Fístula entre Enxerto de Artéria Mamária Interna Esquerda e Artéria Pulmonar Left Internal Mammary Artery Graft-to-Pulmonary Artery Fistula Emmanouil Petrou e Ioannis Iakovou... página e72 * Indica artigos somente na versão eletrônica. Para visualizá-los, acesse o site: Arquivos Brasileiros de Cardiologia - Volume 103, Nº 5, Novembro 2014

6 REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA - Publicada desde 1948 Diretora Científica Maria da Consolação Vieira Moreira Editor-Chefe Luiz Felipe P. Moreira Editores Associados Cardiologia Clínica José Augusto Barreto-Filho Cardiologia Cirúrgica Paulo Roberto B. Evora Cardiologia Intervencionista Pedro A. Lemos Cardiologia Pediátrica/ Congênitas Antonio Augusto Lopes Arritmias/Marcapasso Mauricio Scanavacca Métodos Diagnósticos Não-Invasivos Carlos E. Rochitte Pesquisa Básica ou Experimental Leonardo A. M. Zornoff Epidemiologia/Estatística Lucia Campos Pellanda Hipertensão Arterial Paulo Cesar B. V. Jardim Ergometria, Exercício e Reabilitação Cardíaca Ricardo Stein Primeiro Editor ( ) Jairo Ramos Brasil Aguinaldo Figueiredo de Freitas Junior (GO) Alfredo José Mansur (SP) Aloir Queiroz de Araújo Sobrinho (ES) Amanda G. M. R. Sousa (SP) Ana Clara Tude Rodrigues (SP) André Labrunie (PR) Andrei Sposito (SP) Angelo A. V. de Paola (SP) Antonio Augusto Barbosa Lopes (SP) Antonio Carlos C. Carvalho (SP) Antônio Carlos Palandri Chagas (SP) Antonio Carlos Pereira Barretto (SP) Antonio Cláudio L. Nóbrega (RJ) Antonio de Padua Mansur (SP) Ari Timerman (SP) Armênio Costa Guimarães (BA) Ayrton Pires Brandão (RJ) Beatriz Matsubara (SP) Brivaldo Markman Filho (PE) Bruno Caramelli (SP) Carisi A. Polanczyk (RS) Carlos Eduardo Rochitte (SP) Carlos Eduardo Suaide Silva (SP) Carlos Vicente Serrano Júnior (SP) Celso Amodeo (SP) Charles Mady (SP) Claudio Gil Soares de Araujo (RJ) Cláudio Tinoco Mesquita (RJ) Cleonice Carvalho C. Mota (MG) Clerio Francisco de Azevedo Filho (RJ) Dalton Bertolim Précoma (PR) Dário C. Sobral Filho (PE) Décio Mion Junior (SP) Denilson Campos de Albuquerque (RJ) Djair Brindeiro Filho (PE) Domingo M. Braile (SP) Edmar Atik (SP) Emilio Hideyuki Moriguchi (RS) Conselho Editorial Enio Buffolo (SP) Eulógio E. Martinez Filho (SP) Evandro Tinoco Mesquita (RJ) Expedito E. Ribeiro da Silva (SP) Fábio Vilas-Boas (BA) Fernando Bacal (SP) Flávio D. Fuchs (RS) Francisco Antonio Helfenstein Fonseca (SP) Gilson Soares Feitosa (BA) Glaucia Maria M. de Oliveira (RJ) Hans Fernando R. Dohmann (RJ) Humberto Villacorta Junior (RJ) I nes Lessa (BA) Iran Castro (RS) Jarbas Jakson Dinkhuysen (SP) João Pimenta (SP) Jorge Ilha Guimarães (RS) José Antonio Franchini Ramires (SP) José Augusto Soares Barreto Filho (SE) José Carlos Nicolau (SP) José Lázaro de Andrade (SP) José Péricles Esteves (BA) Leonardo A. M. Zornoff (SP) Leopoldo Soares Piegas (SP) Lucia Campos Pellanda (RS) Luís Eduardo Rohde (RS) Luís Cláudio Lemos Correia (BA) Luiz A. Machado César (SP) Luiz Alberto Piva e Mattos (SP) Marcia Melo Barbosa (MG) Maria da Consolação Moreira (MG) Mario S. S. de Azeredo Coutinho (SC) Maurício I. Scanavacca (SP) Max Grinberg (SP) Michel Batlouni (SP) Murilo Foppa (RS) Nadine O. Clausell (RS) Orlando Campos Filho (SP) Otávio Rizzi Coelho (SP) Otoni Moreira Gomes (MG) Paulo Andrade Lotufo (SP) Paulo Cesar B. V. Jardim (GO) Paulo J. F. Tucci (SP) Paulo R. A. Caramori (RS) Paulo Roberto B. Évora (SP) Paulo Roberto S. Brofman (PR) Pedro A. Lemos (SP) Protásio Lemos da Luz (SP) Reinaldo B. Bestetti (SP) Renato A. K. Kalil (RS) Ricardo Stein (RS) Salvador Rassi (GO) Sandra da Silva Mattos (PE) Sandra Fuchs (RS) Sergio Timerman (SP) Silvio Henrique Barberato (PR) Tales de Carvalho (SC) Vera D. Aiello (SP) Walter José Gomes (SP) Weimar K. S. B. de Souza (GO) William Azem Chalela (SP) Wilson Mathias Junior (SP) Exterior Adelino F. Leite-Moreira (Portugal) Alan Maisel (Estados Unidos) Aldo P. Maggioni (Itália) Cândida Fonseca (Portugal) Fausto Pinto (Portugal) Hugo Grancelli (Argentina) James de Lemos (Estados Unidos) João A. Lima (Estados Unidos) John G. F. Cleland (Inglaterra) Maria Pilar Tornos (Espanha) Pedro Brugada (Bélgica) Peter A. McCullough (Estados Unidos) Peter Libby (Estados Unidos) Piero Anversa (Itália)

7 Sociedade Brasileira de Cardiologia Presidente Angelo Amato V. de Paola Vice-Presidente Sergio Tavares Montenegro Diretor Financeiro Jacob Atié Diretora Científica Maria da Consolação Vieira Moreira Diretor Administrativo Emilio Cesar Zilli Diretor de Qualidade Assistencial Pedro Ferreira de Albuquerque Diretor de Comunicação Maurício Batista Nunes Diretor de Tecnologia da Informação José Carlos Moura Jorge Diretor de Relações Governamentais Luiz César Nazário Scala Diretor de Relações com Estaduais e Regionais Abrahão Afiune Neto Diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular SBC/Funcor Carlos Costa Magalhães Diretor de Departamentos Especializados - Jorge Eduardo Assef Diretora de Pesquisa Fernanda Marciano Consolim Colombo Editor-Chefe dos Arquivos Brasileiros de Cardiologia Luiz Felipe P. Moreira Assessoria Especial da Presidência Fábio Sândoli de Brito Coordenadorias Adjuntas Editoria do Jornal SBC Nabil Ghorayeb e Fernando Antonio Lucchese Coordenadoria de Educação Continuada Estêvão Lanna Figueiredo Coordenadoria de Normatizações e Diretrizes Luiz Carlos Bodanese Coordenadoria de Integração Governamental Edna Maria Marques de Oliveira Coordenadoria de Integração Regional José Luis Aziz Presidentes das Soc. Estaduais e Regionais SBC/AL - Carlos Alberto Ramos Macias SBC/AM - Simão Gonçalves Maduro SBC/BA - Mario de Seixas Rocha SBC/CE - Ana Lucia de Sá Leitão Ramos SBC/CO - Frederico Somaio Neto SBC/DF - Wagner Pires de Oliveira Junior SBC/ES - Marcio Augusto Silva SBC/GO - Thiago de Souza Veiga Jardim SBC/MA - Nilton Santana de Oliveira SBC/MG - Odilon Gariglio Alvarenga de Freitas SBC/MS - Mércule Pedro Paulista Cavalcante SBC/MT - Julio César De Oliveira SBC/NNE - Jose Itamar Abreu Costa SBC/PA - Luiz Alberto Rolla Maneschy SBC/PB - Helman Campos Martins SBC/PE - Catarina Vasconcelos Cavalcanti SBC/PI - João Francisco de Sousa SBC/PR - Osni Moreira Filho SBC/RJ - Olga Ferreira de Souza SBC/RN - Rui Alberto de Faria Filho SBC/RS - Carisi Anne Polanczyk SBC/SC - Marcos Venício Garcia Joaquim SBC/SE - Fabio Serra Silveira SBC/SP - Francisco Antonio Helfenstein Fonseca SBC/TO - Hueverson Junqueira Neves Presidentes dos Departamentos Especializados e Grupos de Estudos SBC/DA - José Rocha Faria Neto SBC/DECAGE - Josmar de Castro Alves SBC/DCC - José Carlos Nicolau SBC/DCM - Maria Alayde Mendonça da Silva SBC/DCC/CP - Isabel Cristina Britto Guimarães SBC/DIC - Arnaldo Rabischoffsky SBC/DERC - Nabil Ghorayeb SBC/DFCVR - Ricardo Adala Benfati SBC/DHA - Luiz Aparecido Bortolotto SOBRAC - Luiz Pereira de Magalhães SBCCV - Marcelo Matos Cascado SBHCI - Helio Roque Figueira SBC/DEIC - Dirceu Rodrigues Almeida GERTC - Clerio Francisco de Azevedo Filho GAPO - Danielle Menosi Gualandro GEECG - Joel Alves Pinho Filho GEECABE - Mario Sergio S. de Azeredo Coutinho GECETI - Gilson Soares Feitosa Filho GEMCA - Alvaro Avezum Junior GECC - Mauricio Wanjgarten GEPREC - Glaucia Maria Moraes de Oliveira Grupo de Estudos de Cardiologia Hospitalar - Evandro Tinoco Mesquita Grupo de Estudos de Cardio-Oncologia - Roberto Kalil Filho GEEC - Cláudio José Fuganti GECIP - Gisela Martina Bohns Meyer GECESP - Ricardo Stein GECN - Ronaldo de Souza Leão Lima GERCPM - Artur Haddad Herdy

8 Arquivos Brasileiros de Cardiologia Volume 103, Nº 5, Novembro 2014 Indexação: ISI (Thomson Scientific), Cumulated Index Medicus (NLM), SCOPUS, MEDLINE, EMBASE, LILACS, SciELO, PubMed Av. Marechal Câmara, 160-3º andar - Sala Centro Rio de Janeiro, RJ Brasil Tel.: (21) arquivos@cardiol.br SciELO: Filiada à Associação Médica Brasileira Departamento Comercial Telefone: (11) comercialsp@cardiol.br Produção Editorial SBC - Tecnologia da Informação e Comunicação Núcleo Interno de Publicações Produção Gráfica e Diagramação SBC - Tecnologia da Informação e Comunicação Núcleo Interno de Design Impressão IMOS Editora e Gráfica Tiragem APOIO Os anúncios veiculados nesta edição são de exclusiva responsabilidade dos anunciantes, assim como os conceitos emitidos em artigos assinados são de exclusiva responsabilidade de seus autores, não refletindo necessariamente a opinião da SBC. Material de distribuição exclusiva à classe médica. Os Arquivos Brasileiros de Cardiologia não se responsabilizam pelo acesso indevido a seu conteúdo e que contrarie a determinação em atendimento à Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) nº 96/08 da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que atualiza o regulamento técnico sobre Propaganda, Publicidade, Promoção e informação de Medicamentos. Segundo o artigo 27 da insígnia, "a propaganda ou publicidade de medicamentos de venda sob prescrição deve ser restrita, única e exclusivamente, aos profissionais de saúde habilitados a prescrever ou dispensar tais produtos (...)". Garantindo o acesso universal, o conteúdo científico do periódico continua disponível para acesso gratuito e integral a todos os interessados no endereço:

9 Editorial Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética Cardiovascular: Histórico e Impacto Crescente no Brasil e no Mundo Cardiovascular Computed Tomography and Magnetic Resonance: History and Growing Impact in Brazil and in the World Marcelo Souto Nacif 1,2 e Carlos Eduardo Rochitte 3,4,5 Hospital Universitário Antônio Pedro - HUAP - Setor de Ressonância Magnética e Tomografia Computadorizada Cardiovascular 1 ; Pós-graduação em Ciências Cardiovasculares - Universidade Federal Fluminense - UFF 2, Niterói, RJ; Instituto do Coração - InCor - Setor de Ressonância Magnética e Tomografia Computadorizada Cardiovascular 3, São Paulo, SP; Hospital do Coração HCOR - Associação do Sanatório Sírio 4, São Paulo, SP; Hospital Pro-cardíaco 5 - Rio de Janeiro, RJ - Brasil Crescimento no Brasil e no Mundo A tomografia computadorizada e a ressonância magnética cardiovascular são um importante tópico dentro da área de imagem cardiovascular no Brasil e no mundo. Nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia não é diferente, e apesar do maior enfoque nos estudo clínicos, estes dois tópicos cresceram em impacto e publicações científicas nos últimos anos. É notória a ampliação do parque tecnológico nacional com entrada de inúmeros aparelhos capazes de realizar estudos avançados utilizando a tomografia e ressonância magnética cardiovascular com um impulso cada vez maior para abertura de mais centros especializados nestes métodos. Quando realizamos uma revisão sistemática utilizando o EndNote como ferramenta de busca e selecionamos apenas o PubMed como banco de dados com as palavras magnetic resonance e computed tomography apenas no jornal Arquivos Brasileiros de Cardiologia observamos um total de 182 trabalhos (Figura 1). Paralelamente quando fazemos uma busca no PubMed utilizando a palavra cardiac e os MeSH (Medical Subject Headings) terms computed tomography e magnetic resonance imaging encontramos uma somatória de publicações próxima a 45 mil artigos ( artigos) (Figura 2). Estes gráficos acabam sendo meramente ilustrativos mas são, sem dúvida, marcadores do impacto destes métodos no Brasil (Figura 1) e no mundo (Figura 2). É fácil identificar que após o ano 2000 e na última década houve uma grande inserção destes métodos no cenário científico e acreditamos refletir também no cenário clínico. Palavras-chave Tomografia Computadorizada por Raios X/história; Tomografia Computadorizada por Raios X/tendências; Diagnóstico por Imagem/tendências; Diagnóstico por Imagem/ história; Espectroscopia de Ressonância Magnética/história. Correspondência: Marcelo Souto Nacif Av. São João, b. Jd Colinas, CEP , São José dos Campos, SP - Brasil msnacif@gmail.com DOI: /abc Histórico nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia Os primeiros trabalhos publicados nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia foram basicamente estudos de contexto clínico e relatos de caso, onde os métodos conseguiram contribuir para um melhor diagnóstico 1-4. Os primeiros artigos originais vieram com a utilização da ressonância magnética nos trabalhos de Kalil Filho e cols. 5,6 no ano de Neste mesmo ano, guiado por Pinto e cols. 7, surgiu o primeiro consenso brasileiro para a utilização da ressonância magnética cardíaca na prática cardiológica. A tomografia computadorizada teve o seu primeiro artigo original publicado em 1997, por Kalil e cols. 8. Um dos trabalhos pioneiros no caminho da avaliação do atual escore de cálcio foi realizado por Feldman e cols. 9. Relação com Sociedades Internacionais Temos atualmente duas sociedades internacionais dedicadas especificamente aos métodos. A SCMR (Society for Cardiovascular Magnetic Resonance) foi a primeira a ser fundada, e no ano 2000 já organizava o processo de credenciamento para os que se dedicavam à ressonância magnética cardiovascular 10. A SCCT (Society of Cardiovascular Computed Tomography) foi fundada um pouco depois, seguindo os avanços do método, e em 2009 já colocava à disposição as suas diretrizes para melhor prática do método 11,12. No Brasil, os Arquivos Brasileiros de Cardiologia tiveram papel fundamental na publicação da nossa primeira diretriz 13 que, neste ano (2014), foi atualizada e está passando pelo processo de editoração para futura publicação. Organização Científica e Educacional no Brasil Nos primórdios da organização no Brasil, ocorreu a formação de um grupo de estudos de ressonância e tomografia cardiovascular, chamado de GERT, e que teve papel fundamental na difusão do conhecimento por todo o Brasil. Um grupo de médicos dedicados à tomografia computadorizada e à ressonância magnética cardiovascular criaram no Brasil o Encontro Nacional de Radiologia Cardíaca (ENRC) que irá para o oitavo ano consecutivo em Este grupo é formado por radiologistas e cardiologistas que aproveitam o suporte da SCMR e da SCCT, em conjunto com as sociedades nacionais, para aprimorar os métodos no Brasil e discutir as experiências no território nacional. Da mesma forma, o Departamento de Imagem Cardiovascular (DIC) da SBC, reunindo especialistas em ecocardiografia, medicina nuclear, ultrassom vascular, 362

10 Nacif e Rochitte TC e RM Cardiovascular: Impacto no Brasil e no Mundo Editorial 25 Tomografia computadorizada e ressonância magnética * Pubmed acesso no dia 06/10/2014 utilizando Termos: computed tomography[title/abstract], magnetic resonance[title/abstract] AND Arquivos Brasileiros de Cardiologia [Journal] Figura 1 Número de publicações nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia com foco exclusivo em tomografia computadorizada e ressonância magnética cardiovascular. A Tomografia computadorizada cardíaca B Ressonância magnética cardíaca * Pubmed acesso no dia 06/10/2014 utilizando os MeSH Termo: computed tomography AND cardiac ** Pubmed acesso no dia 06/10/2014 utilizando os MeSH Termo: magnetic resonance spectroscopies AND magnetic imaging AND cardiac Figura 2 Número de publicações no PubMed com foco exclusivo em tomografia computadorizada e ressonância magnética cardiovascular. ressonância e tomografia cardiovascular, reúne-se anualmente em um congresso com quase 2 mil participantes e mantém o papel difusor do conhecimento nas áreas de ressonância magnética e tomografia cardiovascular iniciado com o GERT. Ainda temos poucos centros formadores de especialistas na área, a maioria no eixo Rio-São Paulo, mas nos últimos 5 anos um maior número de instituições privadas e hospitais universitários estão fortalecendo o ensino e a pesquisa na área. Muitos que atualmente estão chefiando os centros especializados no Brasil buscaram sua especialização em centros internacionais e acreditamos que em um futuro próximo esta realidade não será mais verdadeira, pois teremos grandes grupos em todo o território nacional. Impacto das Últimas Publicações de Brasileiros no Mundo O crescente aumento do grupo de pessoas envolvidas em imagem cardiovascular no Brasil e no mundo culminou em uma explosão de publicações dedicadas à padronização e correta utilização do método nos últimos anos Alguns trabalhos pioneiros e de grande impacto internacional foram elaborados por brasileiros e conseguimos, através deste editorial, chamar a atenção para cada um em sua área. - Tomografia Computadorizada Avaliação de coronárias O trabalho realizado por Miller e cols. 32 teve um dos maiores impactos científicos e colaboração de 3 brasileiros, sendo um deles o investigador principal, e teve ainda o maior número de pacientes do estudo incluídos por um centro brasileiro. Publicado no The New England Journal of Medicine, os autores concluíram que a tomografia computadorizada pode identificar a presença e a severidade da doença arterial coronariana com boa acurácia mas que quando positiva não poderia substituir 363 Arq Bras Cardiol. 2014; 103(5):

11 Nacif e Rochitte TC e RM Cardiovascular: Impacto no Brasil e no Mundo Editorial a angiografia coronariana convencional. Recentemente, a tomografia mostrou seu valor nos pacientes com síndrome coronariana aguda 33. Avaliação de perfusão miocárdica Os trabalhos de Cury e cols. 34, primeiramente publicados na Radiology, trouxeram uma nova proposta para a utilização da tomografia computadorizada na avaliação de isquemia miocárdica. Com protocolos simples e de fácil aplicabilidade clinica, conseguiu demonstrar que a perfusão miocárdica por tomografia computadorizada tem boa correlação com o SPECT e com a angiografia coronariana convencional na identificação de estenose de vasos nativos 35 ou com stent 36. O primeiro trabalho multicêntrico validando esta nova técnica de detecção de isquemia miocárdica foi recentemente publicada por Rochitte e cols. 37. Neste estudo observou-se alta acurácia para detecção de estenoses significativas associadas a defeitos perfusionais no mesmo território na avaliação pela tomografia quando comparada à combinação do cateterismo invasivo com a cintilografia por SPECT, e com um custo menor de dose de radiação. Assim, este novo método é capaz de diagnosticar estenoses hemodinamicamente significativas ou que se associam à redução do fluxo sanguíneo miocárdico. Avaliação de volumes e função A quantificação de volumes e função ventricular já foi validada frente a outros métodos de grande aplicabilidade clínica 38,39, mas recentemente o uso destas mensurações demonstrou um grande potencial de detecção do risco cardiovascular e mortalidade 40. Avaliação de fibrose focal Nos trabalhos de Shiozaki e cols. 41,42, conseguimos observar que além da capacidade de detectar fibrose focal, a tomografia pode ser utilizada para predizer arritmias ventriculares. Este campo é de grande importância pois alguns pacientes não conseguem realizar a ressonância magnética e podem se beneficiar com esta nova técnica. Avaliação de fibrose intersticial Na quantificação de fibrose intersticial pela tomografia computadorizada, os trabalhos de Nacif e cols. 43,44 foram pioneiros e abrem um potencial de avaliação de comprometimento miocárdico subclínico anteriormente não possível no contexto das miocardiopatias. Impacto epidemiológico Os trabalhos de Bittencourt e cols. 45 e Hulten e cols. 46, demonstraram o potencial prognóstico da tomografia computadorizada em pacientes sintomáticos e com doença coronariana não obstrutiva e obstrutiva. Já Prazeres e cols. 47 conseguiram de forma ímpar resumir o potencial da técnica para uso na sala de emergência, com potencial de redução de custos para os doentes de baixa probabilidade. - Ressonância Magnética Avaliação de coronárias A avaliação das coronárias pela ressonância magnética esta limitada atualmente à caracterização da origem ou avaliação dos terços proximais dos vasos principais. Recentemente, novas técnicas e utilização de contraste vasculares específicos criaram um novo horizonte para a realização deste método que é livre de radiação ionizante. Raman e cols. 48 demonstraram que o meio de contraste endovenoso Gadofosveset trisodium teve uma performance pouco melhor do que os meios de contraste rotineiramente utilizados. Avaliação de perfusão miocárdica Desde os trabalhos iniciais de caracterização da obstrução microvascular por Rochitte e cols. 49 em 1998, até a aplicabilidade clínica da avaliação da isquemia miocárdica por Cury e cols. 50 em 2006, e a utilização da multimodalidade (combinada) das técnicas de ressonância para caracterização da doença arterial coronariana por de Mello e cols. 51 em 2012, conseguimos constatar a atual maturidade do método em território nacional. Avaliação de volumes e função Após anos utilizando indexação e valores morfológicos, volumétricos e funcionais de estudos internacionais podemos dizer que de forma pioneira Macedo e cols. 52 conseguiram demonstrar em uma população brasileira padrões morfológicos e volumétricos diferentes para homens e mulheres. Nacif e cols. 53 demostraram que existem várias formas de quantificação do volume atrial e que todas possuem correlação entre si. Avaliação de depósito de ferro Os trabalhos de Fernandes e cols são de grande importância para padronização e avaliação dos pacientes com depósito de ferro hepático e miocárdico. Avaliação de fibrose focal Neste tópico de publicações são inúmeras as contribuições de brasileiros no impacto do método no cenário mundial, mas sem sombra de dúvidas, um dos trabalhos mais discutidos foi o de Azevedo e cols. 57 que conseguiu demonstrar a importância da detecção e quantificação do realce miocárdico tardio nos pacientes que se submeteram à troca valvar aórtica, tendo grande implicação na melhora funcional do ventrículo esquerdo e na avaliação de mortalidade. Avaliação de fibrose intersticial Os trabalhos de Nacif e cols. 44, Mongeon e cols. 58, Coelho-Filho e cols. 59, Sibley e cols. 60 e Liu e cols. 61, foram pioneiros na avaliação da fibrose intersticial pelas técnicas do mapa T1 e quantificação do volume extracelular. Impacto epidemiológico Sem sombra de dúvidas, a ressonância magnética é um dos melhores métodos para quantificação de fibrose miocárdica. A fibrose miocárdica quando presente está relacionada a maior mortalidade e pior prognóstico 62. No Brasil, além das doenças comumente avaliadas no mundo, temos a doença de Chagas que foi muito bem estudada por Rochitte e cols. 63,64. Agora, um dos trabalhos com grande impacto na decisão clínica utilizando o método foi na reclassificação de risco utilizando agentes estressores 65. Impacto das Últimas Publicações nos Arquivos Brasileiros de Cardiologia Os Arquivos Brasileiros de Cardiologia funcionam como termômetro nacional e principal canal científico refletindo esta explosão de publicações. O artigo de Duarte 66, publicado em 2010, demonstra claramente o crescimento da tomografia computadorizada e seu impacto na detecção da doença arterial coronariana. Nos últimos dez anos observamos um número crescente de artigos do tipo revisão e artigos originais 47,52,76-90 o que reforça o impacto da tomografia e da ressonância na imagem cardiovascular atual. Finalmente, não é possível incluir todos os trabalhos de autores brasileiros devido ao número crescente de publicações na área, mas temos certeza que estamos entrando em uma nova era da imagem cardiovascular. O grande desenvolvimento da tecnologia aplicada à medicina faz com que a tomografia computadorizada e a ressonância magnética cresçam cada vez mais modificando dia-a-dia o impacto na prática clínica. Arq Bras Cardiol. 2014; 103(5):

12 Nacif e Rochitte TC e RM Cardiovascular: Impacto no Brasil e no Mundo Editorial Referências 1. Stolf NA, Moreira FA, Beyruti R. [Myxoma of the left atrium: the value of computerized tomography in its diagnosis]. Arq Bras Cardiol. 1982;38(2): de Medeiros Sobrinho JH, Luiz C, Santos DL, da Silva MV, Fontes VF. [Radiological archway sign in the scimitar syndrome and its importance in surgery. Report of 3 cases]. Arq Bras Cardiol. 1983;41(2): Brito JC, Ribeiro AC, Carvalho HG, Tadeu E, Nery AC, Eloy R, Ribeiro NA. [The scimitar syndrome. Report of 7 cases]. Arq Bras Cardiol. 1984;42(2): Araujo JA, Torres JM, de Souza Neto JD, Barros RB, da Rocha FA, de Almeida AP. [Difficulties of angiography in the diagnosis of acute aortic dissection. A case report]. Arq Bras Cardiol. 1987;49(1): Kalil Filho R, Chacra AP, de Albuquerque CP, Soares PR, Antelmi I, Rosemberg L, et al. [Significance of the nuclear magnetic resonance in the detection of coronary artery patency after thrombolysis]. Arq Bras Cardiol. 1995;64(3): Kalil R, Bocchi EA, Ferreira BM, de Lourdes Higuchi M, Lopes NH, Magalhaes AC, et al. [Magnetic resonance imaging in chronic Chagas cardiopathy. Correlation with endomyocardial biopsy findings]. Arq Bras Cardiol. 1995;65(5): Pinto IM, da Luz PL, Magalhaes HM, Pavanello R, Abizaid A, Kambara AM, et al. [Consensus SOCESP-SBC on magnetic resonance imaging in cardiology]. Arq Bras Cardiol. 1995;65(5): Kalil RA, Feldman CJ, Ludwig FW, da Silva AD, Prates PR, Sant Anna JR, et al. [Late evaluation with spiral computed tomography of smooth bovine pericardium grafts]. Arq Bras Cardiol. 1997;69(2): Feldman C, Vitola D, Schiavo N. Detection of coronary artery disease based on the calcification index obtained by helical computed tomography. Arq Bras Cardiol. 2000;75(6): Guidelines for credentialing in cardiovascular magnetic resonance (CMR). Society for Cardiovascular Magnetic Resonance (SCMR) Clinical Practice Committee. J Cardiovasc Magn Reson. 2000;2(3): Abbara S, Arbab-Zadeh A, Callister TQ, Desai MY, Mamuya W, Thomson L, et al. SCCT guidelines for performance of coronary computed tomographic angiography: a report of the Society of Cardiovascular Computed Tomography Guidelines Committee. J Cardiovasc Comput Tomogr. 2009;3(3): Raff GL, Abidov A, Achenbach S, Berman DS, Boxt LM, Budoff MJ, et al; Society of Cardiovascular Computed Tomography. SCCT guidelines for the interpretation and reporting of coronary computed tomographic angiography. J Cardiovasc Comput Tomogr. 2009;3(2): Sociedade Brasileira de Cardiologia. Departamento de Cardiologia Clínica. Grupo de Estudos de Ressonância e Tomografia Cardiovascular (GERT). [Guideline of Sociedade Brasileira de Cardiologia for Resonance and cardiovascular tomography. Executive Summary]. Arq Bras Cardiol. 2006;87 Suppl 3:e Hendel RC, Patel MR, Kramer CM, Poon M, Hendel RC, Carr JC, et al; American College of Cardiology Foundation Quality Strategic Directions Committee Appropriateness Criteria Working Group; American College of Radiology;Society of Cardiovascular Computed Tomography; Society for Cardiovascular Magnetic Resonance; American Society of Nuclear Cardiology; North American Society for Cardiac Imaging; Society for Cardiovascular Angiography and Interventions; Society of Interventional Radiology. ACCF/ACR/SCCT/SCMR/ASNC/NASCI/SCAI/SIR 2006 appropriateness criteria for cardiac computed tomography and cardiac magnetic resonance imaging: a report of the American College of Cardiology Foundation Quality Strategic Directions Committee Appropriateness Criteria Working Group, American College of Radiology, Society of Cardiovascular Computed Tomography, Society for Cardiovascular Magnetic Resonance, American Society of Nuclear Cardiology, North American Society for Cardiac Imaging, Society for Cardiovascular Angiography and Interventions, and Society of Interventional Radiology. J Am Coll Cardiol. 2006;48(7): Taylor AJ, Cerqueira M, Hodgson JM, Mark D, Min J, O Gara P, et al; American College of Cardiology Foundation Appropriate Use Criteria Task Force; Society of Cardiovascular Computed Tomography; American College of Radiology; American Heart Association; American Society of Echocardiography; American Society of Nuclear Cardiology; North American Society for Cardiovascular Imaging; Society for Cardiovascular Angiography and Interventions; Society for Cardiovascular Magnetic Resonance. ACCF/SCCT/ACR/AHA/ASE/ASNC/ NASCI/SCAI/SCMR 2010 Appropriate Use Criteria for Cardiac Computed Tomography. A Report of the American College of Cardiology Foundation Appropriate Use Criteria Task Force, the Society of Cardiovascular Computed Tomography, the American College of Radiology, the American Heart Association, the American Society of Echocardiography, the American Society of Nuclear Cardiology, the North American Society for Cardiovascular Imaging, the Society for Cardiovascular Angiography and Interventions, and the Society for Cardiovascular Magnetic Resonance. Circulation. 2010;122(21):e Patel MR, White RD, Abbara S, Bluemke DA, Herfkens RJ, Picard M, et al; American College of Radiology Appropriateness Criteria Committee; American College of Cardiology Foundation Appropriate Use Criteria Task Force ACCF/ACR/ASE/ASNC/SCCT/SCMR appropriate utilization of cardiovascular imaging in heart failure: a joint report of the American College of Radiology Appropriateness Criteria Committee and the American College of Cardiology Foundation Appropriate Use Criteria Task Force. J Am Coll Cardiol. 2013;61(21): Russo AM, Stainback RF, Bailey SR, Epstein AE, Heidenreich PA, Jessup M, et al. ACCF/HRS/AHA/ASE/HFSA/SCAI/SCCT/SCMR 2013 appropriate use criteria for implantable cardioverter-defibrillators and cardiac resynchronization therapy: a report of the American College of Cardiology Foundation appropriate use criteria task force, Heart Rhythm Society, American Heart Association, American Society of Echocardiography, Heart Failure Society of America, Society for Cardiovascular Angiography and Interventions, Society of Cardiovascular Computed Tomography, and Society for Cardiovascular Magnetic Resonance. Heart Rhythm. 2013;10(4):e White RD, Patel MR, Abbara S, Bluemke DA, Herfkens RJ, Picard M, et al; American College of Radiology; American College of Cardiology Foundation ACCF/ACR/ASE/ASNC/SCCT/SCMR appropriate utilization of cardiovascular imaging in heart failure: an executive summary: a joint report of the ACR Appropriateness Criteria (R) Committee and the ACCF Appropriate Use Criteria Task Force. J Am Coll Radiol. 2013;10(7): Mark DB, Anderson JL, Brinker JA, Brophy JA, Casey DE Jr, Cross RR, et al. ACC/AHA/ASE/ASNC/HRS/IAC/Mended Hearts/NASCI/RSNA/SAIP/SCAI/ SCCT/SCMR/SNMMI 2014 health policy statement on use of noninvasive cardiovascular imaging: a report of the American College of Cardiology Clinical Quality Committee. J Am Coll Cardiol. 2014;63(7): Wolk MJ, Bailey SR, Doherty JU, Douglas PS, Hendel RC, Kramer CM, et al; American College of Cardiology Foundation Appropriate Use Criteria Task Force. ACCF/AHA/ASE/ASNC/HFSA/HRS/SCAI/SCCT/SCMR/STS 2013 multimodality appropriate use criteria for the detection and risk assessment of stable ischemic heart disease: a report of the American College of Cardiology Foundation Appropriate Use Criteria Task Force, American Heart Association, American Society of Echocardiography, American Society of Nuclear Cardiology, Heart Failure Society of America, Heart Rhythm Society, Society for Cardiovascular Angiography and Interventions, Society of Cardiovascular Computed Tomography, Society for Cardiovascular Magnetic Resonance, and Society of Thoracic Surgeons. J Am Coll Cardiol. 2014;63(4): Mark DB, Berman DS, Budoff MJ, Carr JJ, Gerber TC, Hecht HS, et al; American College of Cardiology Foundation Task Force on Expert Consensus Documents. ACCF/ACR/AHA/NASCI/SAIP/SCAI/SCCT 2010 expert consensus document on coronary computed tomographic angiography: a report of the American College of Cardiology Foundation Task Force on Expert Consensus Documents. Catheter Cardiovasc Interv. 2010;76(2):E Halliburton SS, Abbara S, Chen MY, Gentry R, Mahesh M, Raff GL, et al; Society of Cardiovascular Computed Tomography. SCCT guidelines on radiation dose and dose-optimization strategies in cardiovascular CT. J Cardiovasc Comput Tomogr. 2011;5(4): Achenbach S, Delgado V, Hausleiter J, Schoenhagen P, Min JK, Leipsic JA. SCCT expert consensus document on computed tomography imaging before transcatheter aortic valve implantation (TAVI)/transcatheter aortic valve replacement (TAVR). J Cardiovasc Comput Tomogr. 2012;6(6): Arq Bras Cardiol. 2014; 103(5):

13 Nacif e Rochitte TC e RM Cardiovascular: Impacto no Brasil e no Mundo Editorial 24. Patel MR, Dehmer GJ, Hirshfeld JW, Smith PK, Spertus JA. ACCF/SCAI/STS/ AATS/AHA/ASNC/HFSA/SCCT 2012 Appropriate use criteria for coronary revascularization focused update: a report of the American College of Cardiology Foundation Appropriate Use Criteria Task Force, Society for Cardiovascular Angiography and Interventions, Society of Thoracic Surgeons, American Association for Thoracic Surgery, American Heart Association, American Society of Nuclear Cardiology, and the Society of Cardiovascular Computed Tomography. J Am Coll Cardiol. 2012;59(9): Erratum in: J Am Coll Cardiol. 2012;59(14): Lesser JR. SCCT International Regional Committees: the best future option for appropriate CT utilization. J Cardiovasc Comput Tomogr. 2013;7(2): Leipsic J, Abbara S, Achenbach S, Cury R, Earls JP, Mancini GJ, et al. SCCT guidelines for the interpretation and reporting of coronary CT angiography: a report of the Society of Cardiovascular Computed Tomography Guidelines Committee. J Cardiovasc Comput Tomogr. 2014;8(5): Raff GL, Chinnaiyan KM, Cury RC, Garcia MT, Hecht HS, Hollander JE, et al. SCCT guidelines on the use of coronary computed tomographic angiography for patients presenting with acute chest pain to the emergency department: a report of the Society of Cardiovascular Computed Tomography Guidelines Committee. J Cardiovasc Comput Tomogr. 2014;8(4): Hundley WG, Bluemke DA, Finn JP, Flamm SD, Fogel MA, Friedrich MG, et al; American College of Cardiology Foundation Task Force on Expert Consensus Documents. ACCF/ACR/AHA/NASCI/SCMR 2010 expert consensus document on cardiovascular magnetic resonance: a report of the American College of Cardiology Foundation Task Force on Expert Consensus Documents. J Am Coll Cardiol. 2010;55(23): Fratz S, Chung T, Greil GF, Samyn MM, Taylor AM, Valsangiacomo Buechel ER, et al. Guidelines and protocols for cardiovascular magnetic resonance in children and adults with congenital heart disease: SCMR expert consensus group on congenital heart disease. J Cardiovasc Magn Reson. 2013;15: Moon JC, Messroghli DR, Kellman P, Piechnik SK, Robson MD, Ugander M, et al; Society for Cardiovascular Magnetic Resonance Imaging; Cardiovascular Magnetic Resonance Working Group of the European Society of Cardiology. Myocardial T1 mapping and extracellular volume quantification: a Society for Cardiovascular Magnetic Resonance (SCMR) and CMR Working Group of the European Society of Cardiology consensus statement. J Cardiovasc Magn Reson. 2013;15: Schulz-Menger J, Bluemke DA, Bremerich J, Flamm SD, Fogel MA, Friedrich MG, et al. Standardized image interpretation and post processing in cardiovascular magnetic resonance: Society for Cardiovascular Magnetic Resonance (SCMR) board of trustees task force on standardized post processing. J Cardiovasc Magn Reson. 2013;15: Miller JM, Rochitte CE, Dewey M, Arbab-Zadeh A, Niinuma H, Gottlieb I, et al. Diagnostic performance of coronary angiography by 64-row CT. N Engl J Med. 2008;359(22): Sara L, Rochitte CE, Lemos PA, Niinuma H, Dewey M, Shapiro EP, et al. Accuracy of multidetector computed tomography for detection of coronary artery stenosis in acute coronary syndrome compared with stable coronary disease: a CORE64 multicenter trial substudy. Int J Cardiol Aug 27. [Epub ahead of print]. 34. Cury RC, Nieman K, Shapiro MD, Butler J, Nomura CH, Ferencik M, et al. Comprehensive assessment of myocardial perfusion defects, regional wall motion, and left ventricular function by using 64-section multidetector CT. Radiology. 2008;248(2): Cury RC, Magalhaes TA, Paladino AT, Shiozaki AA, Perini M, Senra T, et al. Dipyridamole stress and rest transmural myocardial perfusion ratio evaluation by 64 detector-row computed tomography. J Cardiovasc Comput Tomogr. 2011;5(6): Magalhaes TA, Cury RC, Pereira AC, Moreira Vde M, Lemos PA, Kalil-Filho R, et al. Additional value of dipyridamole stress myocardial perfusion by 64-row computed tomography in patients with coronary stents. J Cardiovasc Comput Tomogr. 2011;5(6): Rochitte CE, George RT, Chen MY, Arbab-Zadeh A, Dewey M, Miller JM, et al. Computed tomography angiography and perfusion to assess coronary artery stenosis causing perfusion defects by single photon emission computed tomography: the CORE320 study. Eur Heart J. 2014;35(17): Vieira ML, Nomura CH, Tranchesi Junior B, Oliveira WA, Naccarato G, Serpa BS, et al. Left ventricular ejection fraction and volumes as measured by 3d echocardiography and ultrafast computed tomography. Arq Bras Cardiol. 2009;92(4): Vieira ML, Nomura CH, Tranchesi B Jr, de Oliveira WA, Naccarato G, Serpa BS, et al. Real-time three-dimensional echocardiographic left ventricular systolic assessment: side-by-side comparison with 64-slice multi-detector cardiac computed tomography. Eur J Echocardiogr. 2010;11(3): Arsanjani R, Berman DS, Gransar H, Cheng VY, Dunning A, Lin FY, et al; CONFIRM Investigators. Left ventricular function and volume with coronary CT angiography improves risk stratification and identification of patients at risk for incident mortality: results from 7758 patients in the prospective multinational CONFIRM observational cohort study. Radiology. 2014;273(1): Shiozaki AA, Senra T, Arteaga E, Martinelli Filho M, Pita CG, Avila LF, et al. Myocardial fibrosis detected by cardiac CT predicts ventricular fibrillation/ ventricular tachycardia events in patients with hypertrophic cardiomyopathy. J Cardiovasc Comput Tomogr. 2013;7(3): Shiozaki AA, Senra T, Arteaga E, Pita CG, Martinelli Filho M, Avila LF, et al. [Myocardial fibrosis in patients with hypertrophic cardiomyopathy and high risk for sudden death]. Arq Bras Cardiol. 2010;94(4): Nacif MS, Liu Y, Yao J, Liu S, Sibley CT, Summers RM, et al. 3D left ventricular extracellular volume fraction by low-radiation dose cardiac CT: assessment of interstitial myocardial fibrosis. J Cardiovasc Comput Tomogr. 2013;7(1): Nacif MS, Kawel N, Lee JJ, Chen X, Yao J, Zavodni A, et al. Interstitial myocardial fibrosis assessed as extracellular volume fraction with lowradiation-dose cardiac CT. Radiology. 2012;264(3): Bittencourt MS, Hulten E, Ghoshhajra B, O Leary D, Christman MP, Montana P, et al. Prognostic value of nonobstructive and obstructive coronary artery disease detected by coronary computed tomography angiography to identify cardiovascular events. Circ Cardiovasc Imaging. 2014;7(2): Hulten E, Bittencourt MS, Ghoshhajra B, O Leary D, Christman MP, Blaha MJ, et al. Incremental prognostic value of coronary artery calcium score versus CT angiography among symptomatic patients without known coronary artery disease. Atherosclerosis. 2014;233(1): Prazeres CE, Cury RC, Carneiro AC, Rochitte CE. Coronary computed tomography angiography in the assessment of acute chest pain in the emergency room. Arq Bras Cardiol. 2013;101(6): Raman FS, Nacif MS, Cater G, Gai N, Jones J, Li D, et al. 3.0-T whole-heart coronary magnetic resonance angiography: comparison of gadobenate dimeglumine and gadofosveset trisodium. Int J Cardiovasc Imaging. 2013;29(5): Rochitte CE, Lima JA, Bluemke DA, Reeder SB, McVeigh ER, Furuta T, et al. Magnitude and time course of microvascular obstruction and tissue injury after acute myocardial infarction. Circulation. 1998;98(10): Cury RC, Cattani CA, Gabure LA, Racy DJ, de Gois JM, Siebert U, et al. Diagnostic performance of stress perfusion and delayed-enhancement MR imaging in patients with coronary artery disease. Radiology. 2006;240(1): de Mello RA, Nacif MS, dos Santos AA, Cury RC, Rochitte CE, Marchiori E. Diagnostic performance of combined cardiac MRI for detection of coronary artery disease. Eur J Radiol. 2012;81(8): Macedo R, Fernandes JL, Andrade SS, Rochitte CE, Lima KC, Maciel AC, et al. Morphological and functional measurements of the heart obtained by magnetic resonance imaging in Brazilians. Arq Bras Cardiol. 2013;101(1): Nacif MS, Barranhas AD, Turkbey E, Marchiori E, Kawel N, Mello RA, et al. Left atrial volume quantification using cardiac MRI in atrial fibrillation: comparison of the Simpson s method with biplane arealength, ellipse, and three-dimensional methods. Diagn Interv Radiol. 2013;19(3): Fernandes JL, Fabron A Jr, Verissimo M. Early cardiac iron overload in children with transfusion-dependent anemias. Haematologica. 2009;94(12): Arq Bras Cardiol. 2014; 103(5):

14 Nacif e Rochitte TC e RM Cardiovascular: Impacto no Brasil e no Mundo Editorial 55. Fernandes JL, Sampaio EF, Fertrin K, Coelho OR, Loggetto S, Piga A, et al. Amlodipine reduces cardiac iron overload in patients with thalassemia major: a pilot trial. Am J Med. 2013;126(9): Fernandes JL, Sampaio EF, Verissimo M, Pereira FB, da Silva JA, de Figueiredo GS, et al. Heart and liver T2 assessment for iron overload using different software programs. Eur Radiol. 2011;21(12): Azevedo CF, Nigri M, Higuchi ML, Pomerantzeff PM, Spina GS, Sampaio RO, et al. Prognostic significance of myocardial fibrosis quantification by histopathology and magnetic resonance imaging in patients with severe aortic valve disease. J Am Coll Cardiol. 2010;56(4): Mongeon FP, Jerosch-Herold M, Coelho-Filho OR, Blankstein R, Falk RH, Kwong RY. Quantification of extracellular matrix expansion by CMR in infiltrative heart disease. JACC Cardiovasc Imaging. 2012;5(9): Coelho-Filho OR, Shah RV, Neilan TG, Mitchell R, Moreno H Jr, Kwong R, et al. Cardiac magnetic resonance assessment of interstitial myocardial fibrosis and cardiomyocyte hypertrophy in hypertensive mice treated with spironolactone. J Am Heart Assoc. 2014;3(3):e Sibley CT, Noureldin RA, Gai N, Nacif MS, Liu S, Turkbey EB, et al. T1 Mapping in cardiomyopathy at cardiac MR: comparison with endomyocardial biopsy. Radiology. 2012;265(3): Liu CY, Liu YC, Wu C, Armstrong A, Volpe GJ, van der Geest RJ, et al. Evaluation of age-related interstitial myocardial fibrosis with cardiac magnetic resonance contrast-enhanced T1 mapping: MESA (Multi-Ethnic Study of Atherosclerosis). J Am Coll Cardiol. 2013;62(14): Neilan TG, Shah RV, Abbasi SA, Farhad H, Groarke JD, Dodson JA, et al. The incidence, pattern, and prognostic value of left ventricular myocardial scar by late gadolinium enhancement in patients with atrial fibrillation. J Am Coll Cardiol. 2013;62(23): Rochitte CE, Oliveira PF, Andrade JM, Ianni BM, Parga JR, Avila LF, et al. Myocardial delayed enhancement by magnetic resonance imaging in patients with Chagas disease: a marker of disease severity. J Am Coll Cardiol. 2005;46(8): Rochitte CE, Nacif MS, de Oliveira Junior AC, Siqueira-Batista R, Marchiori E, Uellendahl M, et al. Cardiac magnetic resonance in Chagas disease. Artif Organs. 2007;31(4): Shah R, Heydari B, Coelho-Filho O, Murthy VL, Abbasi S, Feng JH, et al. Stress cardiac magnetic resonance imaging provides effective cardiac risk reclassification in patients with known or suspected stable coronary artery disease. Circulation. 2013;128(6): Duarte PS. Technologies for the investigation of CAD: association between scientific publications and clinical use. Arq Bras Cardiol. 2010;94(3):379-82, Bertaso AG, Bertol D, Duncan BB, Foppa M. Epicardial fat: definition, measurements and systematic review of main outcomes. Arq Bras Cardiol. 2013;101(1):e Rodrigues AR, Barbosa MR, de Brito MS, Silva LC, Machado FS. [Minimally invasive coronary angiography using a multidetector CT]. Arq Bras Cardiol. 2006;86(5): Piva e Mattos B, Torres MA, Rebelatto TF, Loreto MS, Scolari FL. The diagnosis of left ventricular outflow tract obstruction in hypertrophic cardiomyopathy. Arq Bras Cardiol. 2012;99(1): Rosa LV, Salemi VM, Alexandre LM, Mady C. Noncompaction cardiomyopathy: a current view. Arq Bras Cardiol. 2011;97(1):e Nacif MS, Oliveira Junior AC, Carvalho AC, Rochitte CE. Cardiac magnetic resonance and its anatomical planes: how do I do it? Arq Bras Cardiol. 2010;95(6): Mattos BP, Torres MA, Freitas VC. Diagnostic evaluation of hypertrophic cardiomyopathy in its clinical and preclinical phases. Arq Bras Cardiol. 2008;91(1): Nigri M, Rochitte CE, Tarasoutchi F, Grinberg M. Magnetic resonance imaging is image diagnosis in heart valve disease. Arq Bras Cardiol. 2006;87(4): Dias RR, Fernandes F, Ramires FJ, Mady C, Albuquerque CP, Jatene FB. Mortality and embolic potential of cardiac tumors. Arq Bras Cardiol. 2014;103(1): Rajani R, Khattar R, Chiribiri A, Victor K, Chambers J. Multimodality imaging of heart valve disease. Arq Bras Cardiol. 2014;103(3): Tassi EM, Continentino MA, Nascimento EM, Pereira Bde B, Pedrosa RC. Relationship between fibrosis and ventricular arrhythmias in Chagas heart disease without ventricular dysfunction. Arq Bras Cardiol. 2014;102(5): Rochitte CE, Hoette S, Souza R. Myocardial delayed enhancement by cardiac magnetic resonance imaging in Pulmonary Arterial Hypertension: a marker of disease severity. Arq Bras Cardiol. 2013;101(5): Bessa LG, Junqueira FP, Bandeira ML, Garcia MI, Xavier SS, Lavall G, et al. Pulmonary arterial hypertension: use of delayed contrast-enhanced cardiovascular magnetic resonance in risk assessment. Arq Bras Cardiol. 2013;101(4): Fernandes AM, Rathi V, Biederman RW, Doyle M, Yamrozik JA, Willians RB, et al. Cardiovascular magnetic resonance imaging-derived mitral valve geometry in determining mitral regurgitation severity. Arq Bras Cardiol. 2013;100(6): Villacorta Junior H, Villacorta AS, Amador F, Hadlich M, Albuquerque DC, Azevedo CF. Transthoracic impedance compared to magnetic resonance imaging in the assessment of cardiac output. Arq Bras Cardiol. 2012;99(6): Mello RP, Szarf G, Schvartzman PR, Nakano EM, Espinosa MM, Szejnfeld D, et al. Delayed enhancement cardiac magnetic resonance imaging can identify the risk for ventricular tachycardia in chronic Chagas heart disease. Arq Bras Cardiol. 2012;98(5): Moreira Rde C, Haddad AF, Silva SA, Souza AL, Tuche FA, Oliveira MA, et al. Intracoronary stem-cell injection after myocardial infarction: microcirculation sub-study. Arq Bras Cardiol. 2011;97(5): Efe D, Aygun F. Assessment of the relationship between non-alcoholic fatty liver disease and CAD using MSCT. Arq Bras Cardiol. 2014;102(1): Staniak HL, Sharovsky R, Pereira AC, Castro CC, Bensenor IM, Lotufo PA, et al. Subcutaneous tissue thickness is an independent predictor of image noise in cardiac CT. Arq Bras Cardiol. 2014;102(1): Azevedo JC, Ferreira Junior Dde S, Vieira FC, Prezotti LS, Simoes LS, Nacif MS, et al. Correlation between myocardial scintigraphy and CT angiography in the evaluation of coronary disease. Arq Bras Cardiol. 2013;100(3): Staniak HL, Bittencourt MS, Sharovsky R, Bensenor I, Olmos RD, Lotufo PA. Calcium score to evaluate chest pain in the emergency room. Arq Bras Cardiol. 2013;100(1): Barros MV, Rabelo DR, Nunes Mdo C, Siqueira MH. Coronary tomography for predicting adverse events in patients with suspected coronary disease. Arq Bras Cardiol. 2012;99(6): Hadlich MS, Oliveira GM, Feijoo RA, Azevedo CF, Tura BR, Ziemer PG, et al. Free and open-source software application for the evaluation of coronary computed tomography angiography images. Arq Bras Cardiol. 2012;99(4): Rochitte CE, Azevedo GS, Shiozaki AA, Azevedo CF, Kalil Filho R. Diltiazem as an alternative to beta-blocker in coronary artery computed tomography angiography. Arq Bras Cardiol. 2012;99(2): Rabelo DR, Barros MV, Nunes Mdo C, Oliveira CC, Siqueira MH. Multislice coronary angiotomography in the assessment of coronary artery anomalous origin. Arq Bras Cardiol. 2012;98(3): Arq Bras Cardiol. 2014; 103(5):

15 Apneia do Sono e Arritmia Cardíaca Noturna: Estudo Populacional Sleep Apnea and Nocturnal Cardiac Arrhythmia: A Populational Study Fatima Dumas Cintra, Renata Pimentel Leite, Luciana Julio Storti, Lia Azeredo Bittencourt, Dalva Poyares, Laura de Siqueira Castro, Sergio Tufik, Angelo de Paola Universidade Federal de São Paulo - Unifesp, São Paulo, SP Brasil Resumo Fundamento: Os mecanismos relacionados às consequências cardiovasculares da apneia obstrutiva do sono incluem modificações abruptas no tônus autonômico, que podem desencadear arritmias cardíacas. Os autores tiveram como hipótese a ocorrência de arritmias cardíacas noturnas maiores em pacientes portadores de apneia obstrutiva do sono. Objetivo: Analisar a relação entre a apneia obstrutiva do sono e o registro de anormalidade no ritmo cardíaco, durante o sono, em uma amostra populacional. Métodos: Estudo transversal com uma amostra representativa da cidade de São Paulo de voluntários. A polissonografia de noite inteira foi realizada por meio de um sistema digital (EMBLA S7000), durante o horário regular de sono do indivíduo. O canal de eletrocardiograma foi extraído, duplicado e, em seguida, analisado com um sistema Holter (Cardio Smart ). Resultados: Um total de 767 participantes, sendo 461 do sexo masculino, com idade média de 42,00 ± 0,53 anos, foi incluído nas análises. Pelo menos um tipo de distúrbio do ritmo cardíaco noturno (arritmia atrial/ventricular ou pausa) foi observado em 62,7% da amostra. A ocorrência de arritmias cardíacas noturnas foi mais frequente com o aumento da gravidade da doença. A perturbação do ritmo foi observada em 53,3% da amostra sem distúrbios respiratórios do sono, enquanto que 92,3% dos pacientes com grave apneia obstrutiva do sono apresentaram arritmia cardíaca. Ectopia atrial e ventricular isolada foi mais frequente em pacientes com apneia obstrutiva do sono moderada/severa quando comparada com controles (p < 0,001). Após controle de potenciais fatores de confusão, idade, sexo e Índice de Apneia-Hipopneia foram associados à arritmia cardíaca noturna. Conclusão: Arritmias cardíacas noturnas ocorrem com maior frequência em pacientes portadores de apneia obstrutiva do sono, e sua prevalência aumenta com a gravidade da doença. Idade, sexo e o Índice de Apneia-Hipopneia foram os fatores preditores de arritmias nesta amostra. (Arq Bras Cardiol. 2014; 103(5): ) Palavras-chave: Síndromes da Apneia do Sono; Arritmias Cardíacas; Sono; Apneia do Sono Tipo Obstrutiva. Abstract Background: The mechanisms associated with the cardiovascular consequences of obstructive sleep apnea include abrupt changes in autonomic tone, which can trigger cardiac arrhythmias. The authors hypothesized that nocturnal cardiac arrhythmia occurs more frequently in patients with obstructive sleep apnea. Objective: To analyze the relationship between obstructive sleep apnea and abnormal heart rhythm during sleep in a population sample. Methods: Cross-sectional study with 1,101 volunteers, who form a representative sample of the city of São Paulo. The overnight polysomnography was performed using an EMBLA S7000 digital system during the regular sleep schedule of the individual. The electrocardiogram channel was extracted, duplicated, and then analyzed using a Holter (Cardio Smart ) system. Results: A total of 767 participants (461 men) with a mean age of ± 0.53 years, were included in the analysis. At least one type of nocturnal cardiac rhythm disturbance (atrial/ventricular arrhythmia or beat) was observed in 62.7% of the sample. The occurrence of nocturnal cardiac arrhythmias was more frequent with increased disease severity. Rhythm disturbance was observed in 53.3% of the sample without breathing sleep disorders, whereas 92.3% of patients with severe obstructive sleep apnea showed cardiac arrhythmia. Isolated atrial and ventricular ectopy was more frequent in patients with moderate/severe obstructive sleep apnea when compared to controls (p < 0.001). After controlling for potential confounding factors, age, sex and apnea-hypopnea index were associated with nocturnal cardiac arrhythmia. Conclusion: Nocturnal cardiac arrhythmia occurs more frequently in patients with obstructive sleep apnea and the prevalence increases with disease severity. Age, sex, and the Apnea-hypopnea index were predictors of arrhythmia in this sample. (Arq Bras Cardiol. 2014; 103(5): ) Keywords: Sleep Apnea Syndromes; Arrhythmias, Cardiac; Sleep; Sleep Apnea, Obstructive. Correspondência: Fatima Dumas Cintra Alameda Taurus, 146, Residencial Genesis I, Alphaville. CEP Santana de Parnaíba, SP Brasil fatimacintra@cardiol.br; fatimadc@einstein.br Artigo recebido em 06/12/13; revisado em 26/06/14; aceito em 04/07/14. DOI: /abc Full texts in English

16 Cintra e cols. Sono e Arritmias Cardíacas Introdução A Apneia Obstrutiva do Sono (AOS) é caracterizada pela fragmentação do sono 1 e hipoxia repetitiva 2 durante o sono. Associa-se a uma série de consequências cardiovasculares, como hipertensão arterial 3,4, síndrome metabólica 5 e insuficiência cardíaca 6. Recentemente, a AOS foi associada ao aumento da mortalidade cardiovascular 7,8, porém o reconhecimento da anormalidade e a instituição do tratamento efetivo com Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas (CPAP) reduzem a taxa de eventos cardiovasculares fatais e não fatais 7. Os mecanismos responsáveis pelo dano cardiovascular secundário aos eventos de apneia obstrutiva são múltiplos, mas a via final comum é o acometimento autonômico 9. Tanto a hipoxia intermitente 10 e a fragmentação do sono 11, quanto as modificações na pressão intratorácica 12, afetam diretamente o sistema nervoso autônomo simpático e parassimpático. Por outro lado, arritmias cardíacas podem ser desencadeadas por modificações no tônus autônomo 13. A atividade vagal pode ocasionar bradiarritmias, e a hiperatividade simpática pode favorecer vários distúrbios do ritmo, incluindo as arritmias ventriculares. Os autores deste manuscrito tiveram como hipótese a ocorrência de arritmias cardíacas noturnas maiores em pacientes portadores de AOS, e o objetivo deste estudo foi analisar a relação entre tais arritmias e o registro de anormalidade no ritmo cardíaco durante o sono em uma amostra populacional. Métodos População do estudo Estudo transversal realizado em um centro único com voluntários recrutados para participar da pesquisa. O tamanho da amostra foi estabelecido para permitir estimativas de prevalência com 3% de precisão 14. Para se obter uma amostra representativa dos habitantes de São Paulo, foi utilizada uma técnica de três estágios de amostragem por conglomerados 15. Na primeira fase, para garantir uma representação socioeconômica precisa, selecionamos, proporcionalmente, 96 dos distritos da cidade utilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), dentre as quatro regiões socioeconômicas homogêneas de São Paulo. Os domicílios particulares selecionados deveriam estar permanentemente ocupados. Assim, clínicas, escolas e outros estabelecimentos, comerciais e não comerciais, foram excluídos. Na segunda fase, as famílias foram selecionadas, escolhendo-se um domicílio aleatoriamente e, subsequentemente, saltando-se um número especificado de casas, em relação ao número total de domicílios sorteados e dividindo-se por um número fixo. Onze famílias, em cada setor, foram selecionados dessa maneira. Cada apartamento em um prédio de apartamentos foi considerado uma casa, e a contagem foi realizada a partir do último andar para o piso inferior. Finalmente, na terceira fase da amostragem, todos os habitantes elegíveis em cada casa selecionada foram listados, do mais jovem ao mais velho. Mulheres grávidas ou lactantes, pessoas com deficiências físicas ou mentais, indivíduos com menos de 20 ou mais de 80 anos de idade, e pessoas que trabalhassem todas as noites não foram incluídas no desenho. Substitutos foram escolhidos a partir da casa vizinha, seguindo os mesmos critérios de seleção aleatória descritos anteriormente. O projeto racional, a amostragem e os procedimentos utilizados no Estudo Epidemiológico do Sono de São Paulo foram detalhadamente descritos em publicação anterior 16. O protocolo do estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (CEP 0593/06) e registrado no ClinicalTrials.gov sob número NCT Todos os voluntários leram e assinaram um termo de consentimento proposto. Após a assinatura do Termo de Consentimento, os pacientes foram convidados a comparecer no Laboratório do Sono para realização de avaliação clínica e Polissonografia (PSG) basal de noite inteira. Polissonografia A PSG de noite inteira foi realizada por meio de um sistema digital (EMBLA S7000, Embla Systems, Inc., Broomfield, CO, Estados Unidos), no laboratório do sono, durante o horário regular de sono do indivíduo. As seguintes variáveis fisiológicas foram monitoradas simultanea e continuamente: Eletroencefalograma (EEG), eletro-oculograma, eletromiograma (região submentoniana, músculo tibial anterior, a região masseter e sétimo espaço intercostal), Eletrocardiograma (ECG), detecção de fluxo de ar (termopares e pressão nasal), esforços respiratórios abdominal e torácico (por meio da pletismografia de indutância), ronco, posição do corpo, Saturação Periférica de Oxigênio (SO 2 ) e frequência cardíaca. Quatro técnicos treinados marcaram visualmente todas as PSG, de acordo com critérios padronizados, para investigar o sono 17. O EEG e os movimentos das pernas foram classificados de acordo com o critério estabelecido no manual da American Academy of Sleep Medicine (AASM) para avaliar o sono e os eventos associados 18. Apneias foram classificadas de acordo com as regras recomendadas para adultos no manual da AASM, e hipopneias foram marcadas de acordo com as regras alternativas 18. Um técnico em PSG selecionou aleatoriamente e reavaliou 4% das PSG para verificar a precisão de estadiamento do sono (índice de concordância de 93,3 ± 5,1; Kappa 0,91 ± 0,03). O I ndice de Apneia Hipopneia (IAH) foi utilizado para determinar a presença (IAH > 5) e a gravidade da AOS (leve: 5 < IAH < 15; moderada: 15 < IAH < 30; e grave: IAH > 30). Avaliação do Holter durante a polissonografia Um canal de ECG foi extraído a partir do monitoramento PSG, duplicado e, em seguida, analisado com um sistema Holter fabricado pela Cardios (Cardio Smart, Cardio Sistemas, São Paulo, Brasil). Características do ECG que foram analisadas incluíram: frequência cardíaca, intervalos QT e PR, arritmias ventriculares e atriais, e pausas. A complexidade das arritmias foram referidas da seguinte forma: isoladas, pareadas ou taquicardia. Medidas antropométricas foram analisadas imediatamente antes do preparo para a PSG e incluíram peso corporal (kg), altura (em m), I ndice de Massa Corporal (IMC), circunferências (em cm) do pescoço e medidas de pressão arterial. 369 Arq Bras Cardiol. 2014; 103(5):

17 Cintra e cols. Sono e Arritmias Cardíacas Análise estatística A versão 17.0 do programa Statistical Package for the Social Science (SPSS) para Windows foi utilizada para a análise dos dados. As estatísticas descritivas foram apresentadas para a amostra estudada e para as características do grupo. Qui quadrado foi aplicado para medir as associações entre os subgrupos. Modelos Gerais Lineares (MLG) foram utilizados para analisar algumas variáveis. Teste a posteriori de Tukey foi aplicado quando necessário. Um ajuste final do modelo logístico foi realizado para se investigarem as principais variáveis associadas com a ocorrência de arritmia cardíaca. Os dados foram expressos como mediana ± erro padrão para as variáveis quantitativas. As variáveis categóricas estão apresentadas em porcentagem. Valor de p 0,05 foi considerado significante. Resultados Um total de 767 participantes, sendo 461 do sexo masculino, com idade média de 42,00 ± 0,53 anos, foi incluído nas análises. As metodologias de extração do canal eletrocardiográfico e de compatibilização para o sistema Holter não puderam ser realizadas em 334 sujeitos, os quais foram excluídos da análise. As características demográficas da amostra estão demonstradas na tabela 1. A presença de AOS definida por AIH > 5 foi observada em 37% da população, 55,3% desses casos foram classificados como AOS leve e 44,7% apresentaram doença moderada ou grave. Parâmetros clínicos e polissonográficos de pacientes com AOS diagnosticados como leve, moderado ou grave, e do grupo considerado controle (sem AOS) estão demonstrados nas tabelas 2 e 3, respectivamente. Latência do sono, porcentagem de estágio de sono REM e o índice do movimento periódico das pernas foram as únicas variáveis que não atingiram significado, quando comparados os grupos. Pelo menos um tipo de distúrbio do ritmo cardíaco noturno (arritmia atrial ou ventricular e/ou pausa) foi observado em 62,7% da amostra. A ocorrência de arritmias cardíacas noturnas foi mais frequente com o aumento da gravidade da doença. A perturbação do ritmo foi observada Tabela 1 Características demográficas da amostra Características Total (n = 767) Média de idade (anos) 42,00 ± 0,53 Sexo masculino (n) 352 Índice de massa corporal (kg/m 2 ) 26,60 ± 0,18 Circunferência do pescoço (cm) 36,10 ± 0,17 Hipertensão arterial (%) 46,30 Diabetes (%) 7,30 Pressão arterial sistólica (mmhg) 124,40 ± 0,97 Pressão arterial diastólica (mmhg) 79,33 ± 0,55 Tabagismo (%) 23,30 Tabela 2 Características clínicas de pacientes portadores de apneia obstrutiva do sono (AOS) leve, moderada a grave, e controle Controle (IAH 5 eventos/hora) n = 492 AOS leve (IAH 5-15 eventos/hora) n = 154 AOS moderado/grave (IAH 15 eventos/hora) n = 121 Valor de p Idade, anos 37,47 ± 0,52 48,12 ± 0,88# 53,41 ± 1,01* < 0,001 Gênero masculino, n < 0,001 IMC, kg/m 2 25,33 ± 0,20 28,45 ± 0,34# 30,37 ± 0,38* < 0,001 Circunferência do pescoço, cm 35,02 ± 0,22 37,55 ± 0,37# 39,24 ± 0,42* < 0,001 Circunferência da cintura, cm 81,10 ± 0,51 90,65 ± 0,86# 96,29 ± 0,98* < 0,001 Circunferência do quadril, cm 97,79 ± 0,51 103,12 ± 0,85# 105,36 ± 0,97* < 0,001 Relação cintura/quadril 0,85 ± 0,01 0,88 ± 0,02# 0,92 ± 0,02* 0,011 PAS, mmhg 118,95 ± 1,06 132,86 ± 1,78# 138,32 ± 2,04* < 0,001 PAD, mmhg 76,61 ± 0,62 83,47 ± 1,05# 84,32 ± 1,20* < 0,001 * Difere de AOS leve e controles; # difere dos controles (p < 0,01). IAH: Índice de Apneia-Hipopneia; IMC: índice de massa corporal; PAS: pressão arterial sistólica; PAD: pressão arterial diastólica. Arq Bras Cardiol. 2014; 103(5):

18 Cintra e cols. Sono e Arritmias Cardíacas Tabela 3 Parâmetros polissonográficos dos pacientes portadores de apneia obstrutiva do sono (AOS) leve, moderada a grave, e controles Controle (IAH 5 eventos/hora) (n = 492) AOS leve (IAH 5-15 eventos/hora) (n = 154) AOS moderado/grave (IAH 15 eventos/hora) (n = 121) Valor de p Latência do sono, minutos 16,20 ± 0,92 18,30 ± 1,57 16,81 ± 1,78 0,517 Tempo total de sono, minutos 350,20 ± 3,17 335,56 ± 5,38# 326,48 ± 6,11* 0,001 Eficiência do sono, % 83,60 ± 0,52 79,80 ± 0,89# 78,37 ± 1,01* < 0,001 Estágio 1, % 4,30 ± 0,14 4,53 ± 0,24# 5,81 ± 0,27* < 0,001 Estágio 2, % 53,90 ± 0,38 54,58 ± 0,64# 57,03 ± 0,73* 0,001 Estágio 3, % 22,50 ± 0,33 21,97 ± 0,55# 18,97 ± 0,63* < 0,001 Fase REM, % 19,20 ± 0,27 18,92 ± 0,42 18,19 ± 0,52 0,182 Índice de despertar, eventos por hora 10,90 ± 0,38 16,53 ± 0,64# 27,54 ± 0,73* < 0,001 Índice MPP, eventos por hora 0,83 ± 0,27 1,59 ± 0,45 1,30 ± 0,51 0,308 IAH, eventos por hora 1,40 ± 0,28 8,85 ± 0,48# 31,73 ± 0,54* < 0,001 Média SaO 2, % 95,90 ± 0,07 94,41 ± 0,12# 93,55 ± 0,13* < 0,001 Tempo total de SaO 2 < 90%, minutos 1,80 ± 0,95 6,77 ± 1,61# 22,10 ± 1,82* < 0,001 Basal de SaO 2, % 96,50 ± 0,06 95,31 ± 0,10# 94,71 ± 0,11* < 0,001 Mínima SaO 2, % 91,20 ± 0,18 85,93 ± 0,30# 81,49 ± 0,34* < 0,001 * Difere de AOS leve e controles; # difere dos controles (p < 0,01). IAH: Índice de Apneia-Hipopneia; REM: movimento rápido dos olhos; MPP: índice de movimentos periódicos das pernas; SaO 2 : saturação arterial de oxigênio. em 53,3% dos indivíduos sem distúrbios respiratórios do sono, enquanto que 92,3% dos pacientes com AOS grave apresentaram arritmia cardíaca. A distribuição de arritmias atriais, arritmias ventriculares e pausas são demonstradas na tabela 4. Ambos os complexos ectópicos isolados das arritmias atriais e ventriculares apresentaram-se mais frequentes nos pacientes portadores de AOS moderada/grave quando comparadas aos controles (p < 0,001). As ocorrências de pausas noturnas e taquicardia ventricular não sustentada não apresentaram diferenças entre os grupos. Após controle de potenciais fatores de confusão (idade, IMC, tabagismo, diabetes, hipertensão arterial e parâmetros de PSG), idade, sexo e IAH foram associados independentemente com a ocorrência de arritmia cardíaca noturna (Tabela 5). Discussão O principal achado deste estudo foi a demonstração de que os distúrbios noturnos do ritmo cardíaco ocorrem mais frequentemente em pacientes com AOS do que na população em geral, e de que sua prevalência aumentou conforme a gravidade da doença. A relação entre arritmia cardíaca e distúrbios respiratórios do sono foi avaliada em vários estudos anteriores. Guilleminault e cols. 19, utilizando monitoramento de Holter 24 horas em 400 pacientes com AOS, demonstraram que 48% deles tinham perturbação cardíaca durante a noite. Olmetti e cols. 20 analisaram um registro eletrocardiográfico durante a PSG e encontraram arritmia cardíaca noturna em 18,5% dos 257 pacientes com AOS selecionados consecutivamente. O resultado deste estudo demostra que a prevalência de arritmia cardíaca noturna foi maior do que anteriormente descrito na literatura (92,3% de pacientes de AOS em comparação com 53,3% da população em geral). Várias explicações para essa diferença são possíveis. A utilização de um sistema de monitorização contínua como ferramenta, com detecção automática de distúrbios do ritmo (Holter), pode ter detectado com maior precisão os eventos de arritmias, quando comparado com outras metodologias utilizadas em estudos clínicos, como a eletrocardiografia de 12 derivações e o canal eletrocardiográfico isolado da PSG. Além disso, 37% dessa população tinha IAH > 5 eventos/hora. Essa prevalência também foi mais elevada do que outros estudos epidemiológicos 21, possivelmente por incluir indivíduos com IMC elevado e com idade > 70 anos, o que não ocorreu em outros estudos epidemiológicos Finalmente, a utilização de uma ferramenta de padrão ouro (a PSG) para detectar eventos respiratórios durante o sono pode resultar na seleção mais eficaz da população portadora de AOS e, dessa forma, avaliar melhor a prevalência de arritmias noturnas. Os mecanismos envolvidos na fisiopatologia da arritmia cardíaca e AOS são provavelmente multifatoriais. Neste estudo, demonstramos que, além da idade e do sexo, a AIH é um importante fator, que está relacionada a eventos noturnos de arritmia cardíaca. Este resultado é consistente com os de estudos anteriores. A hipóxia, como resultado dos eventos obstrutivos, 371 Arq Bras Cardiol. 2014; 103(5):

19 Cintra e cols. Sono e Arritmias Cardíacas Tabela 4 Distribuição de arritmias cardíacas atrial e ventricular, no período noturno, entre os pacientes portadores de apneia obstrutiva do sono (AOS) percentagem de ocorrências Controle (IAH 5 eventos/hora) (n = 492) AOS leve (IAH 5-15 eventos/hora) (n = 154) AOS moderada/grave (IAH 15 eventos/hora) (n = 121) Valor de p Arritmia cardíaca geral, % 53,30 77,30# 82,60# < 0,001 Complexo ventricular prematuro isolado, % 17,30 27,30# 39,70* < 0,001 Bigeminismo ventricular, % 0,80 0,00 5,00* < 0,001 Complexo ventricular prematuro acoplado, % Taquicardia ventricular não sustentada, % Complexo atrial prematuro isolado ou acoplado, % Taquicardia supraventricular não sustentada, % Fibrilação atrial crônica e paroxística, % Pausa (pausa sinusal > 2,0 segundo e bloqueio atrioventricular), % * Difere de AOS leve e controles; # difere dos controles (p < 0,01). 1,00 0,00 5,00* 0,001 0,20 1,90 0,80 0,06 43,90 64,30# 73,60# < 0,001 6,70 7,10 15,70* 0,005 0,20 0,00 1,65* 0,03 0,60 1,30 0,80 0,69 Tabela 5 Modelo logístico ajustado dos preditores de ocorrência de arritmia cardíaca noturna Beta Valor de p Razão de prevalência IC95% Sexo masculino 0,40 0,032 1,49 1,04-2,16 Idade 0,06 < 0,001 1,06 1,04-1,08 IMC -0,01 0,80 1,00 0,96-1,03 Tabagismo 0,13 0,51 1,14 0,77-1,67 Diabetes 0,90 0,08 2,45 0,90-6,70 Hipertensão arterial -0,24 0,26 0,79 0,53-1,19 IAH 0,04 0,007 1,04 1,01-1,07 Tempo total de saturação de oxigênio < 90% -0,01 0,18 0,99 0,98-1,00 Índice de despertar -0,02 0,19 0,98 0,96-1,01 Tempo total acordado após início do sono 0,00 0,95 1,00 0,99-1,01 Tempo total de sono 0,00 0,15 1,00 1,00-1,01 Eficiência do sono -0,02 0,25 0,98 0,94-1,02 Constante -0,83 0,62 0,44 IC95%: intervalo de confiança de 95%; IMC: índice de massa corporal; IAH: Índice de Apneia-Hipopneia. é um potente estimulante para o sistema nervoso simpático 25. As oscilações nas atividades simpática e parassimpática em portadores de AOS podem predispor os pacientes ao desenvolvimento de arritmias atriais e ventriculares. Outro forte mecanismo envolvido na fisiopatologia da arritmia cardíaca e AOS é a doença cardíaca estrutural, que poderia favorecer a ocorrência de arritmia cardíaca. Oliveira e cols. 26, utilizando a ecocardiografia tridimensional, demonstraram que Arq Bras Cardiol. 2014; 103(5):

20 Cintra e cols. Sono e Arritmias Cardíacas AOS induziu a uma sobrecarga no átrio esquerdo, resultando em remodelação. Além disso, o uso eficaz do CPAP pode melhorar a função diastólica do ventrículo esquerdo e o esvaziamento passivo do átrio esquerdo 27. A avaliação estrutural do coração, pela ecocardiografia, não foi realizada nesta população, o que pode ser considerado uma limitação deste estudo. De forma interessante, não observarmos diferenças na ocorrência de pausas cardíacas noturnas. Harbison e cols. 28 fizeram a monitorização eletrocardiografia pelo sistema Holter em 45 pacientes com síndrome de AOS previamente diagnosticada e observaram sete casos de pausa cardíaca durante a noite, que foram parcialmente revertidas com o uso eficaz da terapia CPAP. No entanto, em ensaios clínicos randomizado avaliando o papel do CPAP na ocorrência de arritmias cardíacas, não houve mudança após o tratamento com CPAP 29, sugerindo que outros mecanismos, que não exclusivamente a apneia, participem do desencadeamento da arritmia. De qualquer forma, a relação entre pausas cardíacas, eventos de apneia obstrutiva e CPAP ainda não está totalmente esclarecida e deve ser melhor analisada em estudos subsequentes. A ausência de informações sobre a ocorrência de arritmia cardíaca no período diurno e a variabilidade na frequência de arritmias também são limitações do presente estudo, pois os resultados podem não refletir com precisão a real gravidade dos distúrbios do ritmo. Entretanto, a correlação entre o evento de apneia (observado pela PSG) e a ocorrência de arritmia cardíaca (observada pelo Holter) em um estudo de base populacional pode trazer um novo olhar para o tratamento das arritmias bem como o reconhecimento da necessidade de avaliar o sono desses pacientes. Conclusão As arritmias cardíacas noturnas ocorrem com maior frequência em pacientes portadores de apneia obstrutiva do sono, e sua prevalência aumenta com a gravidade da doença. Idade, sexo e o I ndice de Apneia-Hipopneia foram os fatores preditores de arritmias cardíacas noturnas nessa amostra. Contribuição dos autores Concepção e desenho da pesquisa: Cintra FD, Poyares D; Obtenção de dados: Cintra FD, Leite RP, Storti LJ; Análise e interpretação dos dados: Cintra FD; Análise estatística: Poyares D, Castro LS; Obtenção de financiamento: Poyares D, Tufik S; Redação do manuscrito: Cintra FD, Bittencourt LA, Poyares D; Revisão crítica do manuscrito quanto ao conteúdo intelectual importante: Cintra FD, Leite RP, Bittencourt LA, Poyares D, Tufik S, Paola A. Potencial conflito de interesse Declaro não haver conflito de interesses pertinentes. Fontes de financiamento O presente estudo foi financiado pela FAPESP e AFIP. Vinculação acadêmica Não há vinculação deste estudo a programas de pós graduação. Referências 1. Kimoff RJ. Sleep fragmentation in obstructive sleep apnea. Sleep. 1996;19(9 Suppl):S Peled N, Greenberg A, Pillar G, Zinder O, Levi N, Lavie P. Contributions of hypoxia and respiratory disturbance index to sympathetic activation and blood pressure in obstructive sleep apnea syndrome. Am J Hypertens. 1998;11(11 Pt 1): Nieto FJ, Young TB, Lind BK, Shahar E, Samet JM, Redline S, et al. Association of sleep-disordered breathing, sleep apnea, and hypertension in a large community-based study. Sleep Heart Health Study. JAMA. 2000;283(14): Erratum in: JAMA. 2002;288(16): Peppard PE, Young T, Palta M, Skatrud J. Prospective study of the association between sleep-disordered breathing and hypertension. N Engl J Med. 2000;342(19): Bonsignore MR, Esquinas C, Barceló A, Sanchez-de-la-Torre M, Paternó A, Duran-Cantolla J, et al. Metabolic syndrome, insulin resistance and sleepiness in real-life obstructive sleep apnoea. Eur Respir J. 2012;39(5): Paulino A, Damy T, Margarit L, Stoïca M, Deswarte G, Khouri L, et al. Prevalence of sleep-disordered breathing in a 316-patient French cohort of stabela congestive heart failure. Arch Cardiovasc Dis. 2009;102(3): Marin JM, Carrizo SJ, Vicente E, Agusti AG. Long-term cardiovascular outcomes in men with obstructive sleep apnea-hypopnea with or without treatment with continuous positive airway pressure: an observational study. Lancet. 2005;365(9464): Marshall NS, Wong KK, Liu PY, Cullen SR, Knuiman MW, Grunstein RR. Sleep apnea as an independent risk factor for all-cause mortality: the Busselton Health Study. Sleep. 2008;31(8): Reynolds EB, Seda G, Ware JC, Vinik AI, Risk MR, Fishback NF. Autonomic function in sleep apnea patients: increased heart rate variability except during REM sleep in obese patients. Sleep Breath. 2007;11(1): Gilmartin GS, Lynch M, Tamisier R, Weiss JW. Chronic intermittent hypoxia in humans during 28 nights results in blood pressure elevation and increased muscle sympathetic nerve activity. Am J Physiol Heart Circ Physiol. 2010;299(3):H Pitson DJ, Stradling JR. Autonomic markers of arousal during sleep in patients undergoing investigation for obstructive sleep apnoea, their relationship to EEG arousals, respiratory events and subjective sleepiness. J Sleep Res. 1998;7(1): Henderson LA, Woo MA, Macey PM, Macey KE, Frysinger RC, Alger JR, et al. Neural responses during Valsalva maneuvers in obstructive sleep apnea syndrome. J Appl Physiol (1985). 2003;94(3): Olmetti F, La Rovere MT, Robbi E, Taurino AE, Fanfulla F. Nocturnal cardiac arrhythmia in patients with obstructive sleep apnea. Sleep Med. 2008;9(5): Kish L. Survey sampling. New York: John Wiley & Sons Inc; Korn EL, Graubard BI. Analyses of health surveys. New York: John Wiley & Sons Inc, Arq Bras Cardiol. 2014; 103(5):

21 Cintra e cols. Sono e Arritmias Cardíacas 16. Santos-Silva R, Tufik S, Conway SG, Taddei JA, Bittencourt LR. Sao Paulo Epidemiologic Sleep Study: rationale, design, sampling, and procedures. Sleep Med. 2009;10(6): Rechtschaffen A, Kales A. A manual of standardized terminology: techniques and scoring system for sleep stages of human subjects. Los Angeles: Brain Information Service/ Brain Research Institute; Iber C, Ancoli-Israel S, Chesson Jr A, Quan S. The AASM manual for the scoring of sleep and associated events: rules, terminology and technical specifications. Westchester: American Academy of Sleep Medicine; Guilleminault C, Connolly SJ, Winkle RA. Cardiac arrhythmia and conduction disturbances during sleep in 400 patients with sleep apnea syndrome. Am J Cardiol. 1983;52(5): Olmetti F, La Rovere MT, Robbi E, Taurino AE, Fanfulla F. Nocturnal cardiac arrhythmia in patients with obstructive sleep apnea. Sleep Med. 2008;9(5): Redline S, Young T. Epidemiology and natural history of obstructive sleep apnea. Ear Nose Throat J. 1993;72(1):20-1, Young T, Palta M, Dempsey J, Skatrud J, Weber S, Badr S. The occurrence of sleep-disordered breathing among middle-aged adults. N Engl J Med. 1993;328(17): Durán J, Esnaola S, Rubio R, Iztueta A. Obstructive sleep apnea-hypopnea and related clinical features in a population-based sample of subjects aged 30 to 70 yr. Am J Respir Crit Care Med. 2001;163(3 Pt 1): Ip MS, Lam B, Lauder IJ, Tsang KW, Chung KF, Mok YW, et al. A community study of sleep-disordered breathing in middle-aged Chinese men in Hong Kong. Chest. 2001;119(1): Somers VK, Mark AL, Zavala DC, Abboud FM. Contrasting effects of hypoxia and hypercapnia on ventilation and sympathetic activity in humans. J Appl Physiol (1985). 1989;67(5): Oliveira W, Campos O, Bezerra Lira-Filho E, Cintra FD, Vieira M, Ponchirolli A, et al. Left atrial volume and function in patients with obstructive sleep apnea assessed by real-time three-dimensional echocardiography. J Am Soc Echocardiogr. 2008;21(12): Oliveira W, Campos O, Cintra F, Matos L, Vieira ML, Rollim B, et al. Impact of continuous positive airway pressure treatment on left atrial volume and function in patients with obstructive sleep apnoea assessed by real-time three-dimensional echocardiography. Heart. 2009;95(22): Harbison J, O Reilly P, McNicholas WT. Cardiac rhythm disturbances in the obstructive sleep apnea syndrome: effects of nasal continuous positive airway pressure therapy. Chest. 2000;118(3): Craig S, Pepperell JC, Kohler M, Crosthwaite N, Davies RJ, Stradling JR. Continuous positive airway pressure treatment for obstructive sleep apnoea reduces resting heart rate but does not affect dysrhythmias: a randomized controlled trial. J Sleep Res. 2009;18(3): Arq Bras Cardiol. 2014; 103(5):

22 Aplicabilidade dos Critérios de Adequação em Cintilografia Miocárdica Applicability of the Appropriate use Criteria for Myocardial Perfusion Scintigraphy Anderson de Oliveira 1,2, Maria Fernanda Rezende 1,3, Renato Corrêa 3, Rodrigo Mousinho 3, Jader Cunha Azevedo 1,3, Sandra Marina Miranda 1, Aline Ribeiro Oliveira 1, Ricardo Fraga Gutterres 2, Evandro Tinoco Mesquita 1,3, Cláudio Tinoco Mesquita 1,3 Universidade Federal Fluminense UFF 1, Niterói, RJ; Comissão Nacional de Energia Nuclear CNEN 2 ; Hospital Pró-Cardíaco 3, Rio de Janeiro, RJ - Brasil Resumo Fundamento: Os critérios de adequação para os exames de imagem nuclear foram criados pelo American College of Cardiology (ACC) e pela American Society of Nuclear Cardiology (ASNC) com o objetivo de permitir o uso racional dos exames. Pouco se sabe se esses critérios têm sido seguidos nas indicações da prática clínica. Objetivo: Avaliar se os pedidos médicos de cintilografia de perfusão miocárdica (CPM), em serviço privado de medicina nuclear de um hospital cardiológico terciário, adequavam-se aos critérios de indicações propostos pelas sociedades médicas americanas em 2005 e 2009 e comparar o grau de indicação entre ambos. Métodos: Foram incluídos 383 prontuários de pacientes submetidos à CPM de novembro de 2008 a fevereiro de As características demográficas, a origem do paciente, os fatores de risco coronariano, o tempo de formatura do médico e os critérios de adequação dos pedidos foram considerados. Os critérios foram avaliados por dois médicos independentes e, nos casos duvidosos, definidos por um especialista em CPM. Resultados: A média de idade foi de 65 ± 12 anos. Dos 367 prontuários analisados, 236 (64,3%) exames foram realizados em homens e 75 (20,4%) foram em pacientes internados. Aplicando-se os critérios do ACC de 2005, 255 (69,5%) das indicações foram consideradas adequadas e 13 (3,5%) inadequadas. Aplicando-se os critérios do ACC de 2009, 249 (67,8%) das indicações foram consideradas adequadas e 13 (5,2%) inadequadas. Conclusões: Foi observada uma elevada taxa de adequação das indicações médicas de CPM. Comparada com a edição de 2005, a versão de 2009 não alterou a taxa de exames adequados ou inadequados. (Arq Bras Cardiol. 2014; 103(5): ) Palavras-chave: Miocárdio/cintilografia; Diagnóstico por Imagem; Imagem de Perfusão do Miocárdio; Qualidade da Assistência à Saúde. Abstract Background: Appropriateness Criteria for nuclear imaging exams were created by American College of Cardiology (ACC) e American Society of Nuclear Cardiology (ASNC) to allow the rational use of tests. Little is known whether these criteria have been followed in clinical practice. Objective: To evaluate whether the medical applications of myocardial perfusion scintigraphy (MPS) in a private nuclear medicine service of a tertiary cardiology hospital were suitable to the criteria of indications proposed by the American medical societies in 2005 and 2009 and compare the level of indication of both. Methods: We included records of 383 patients that underwent MPS, November 2008 up to February Demographic characteristics, patient s origin, coronary risk factors, time of medical graduation and appropriateness criteria of medical applications were studied. The criteria were evaluated by two independent physicians and, in doubtful cases, defined by a medical expert in MPS. Results: Mean age was 65 ± 12 years. Of the 367 records reviewed, 236 (64.3%) studies were performed in men and 75 (20.4%) were internee. To ACC 2005, 255 (69.5%) were considered appropriate indication and 13 (3.5%) inappropriate. With ACC 2009, 249 (67.8%) were considered appropriate indications and 13 (5.2%) inappropriate. Conclusions: We observed a high rate of adequacy of medical indications for MPS. Compared to the 2005 version, 2009 did not change the results. (Arq Bras Cardiol. 2014; 103(5): ) Keywords: Myocardial/radionuclide imaging; Diagnostic Imaging; Myocardial Perfusion Imaging; Quality of Health Care. Correspondência: Anderson Oliveira Rua das Laranjeiras, 43, Apto. 1406, Laranjeiras - CEP , Rio de Janeiro, RJ Brasil anderson@cnen.gov.br; andoeira@gmail.com Artigo recebido em 18/12/13; revisado em 18/03/14; aceito em 26/05/14. DOI: /abc Full texts in English

23 Oliveira e cols. Critérios de Adequação em Cintilografia Introdução Os avanços no conhecimento médico e o desenvolvimento tecnológico têm aumentado a capacidade diagnóstica dos exames médicos. Essas melhorias acarretaram um crescimento acentuado no uso de exames de imagem e, consequentemente, nos custos associados. Nos Estados Unidos (EUA), um estudo com pacientes atendidos pelo Medicare, no período de 1993 a 2001, demonstrou um aumento anual médio de 6,1% no número de exames de imagem cardiovascular com estresse, em comparação ao aumento de 2% para cateterismos cardíacos e de menos de 1% para intervenções coronarianas percutâneas e para o total de pessoas com infarto agudo do miocárdio 1. As cintilografias de perfusão miocárdica (CPMs) contabilizaram 4 milhões de procedimentos em 1998, em comparação a 8 milhões em Esse crescimento do volume de procedimentos de diagnóstico por métodos de imagem, superior ao de qualquer outro procedimento médico nos EUA, gerou a necessidade de criar ferramentas para adequar prática clínica às mais recentes evidências científicas 3. No intuito de atender tal demanda, a fundação do American College of Cardiology (ACC) e a American Society of Nuclear Cardiology (ASNC) publicaram em 2005 os Critérios de Adequação para CPM (Appropriateness Criteria for Single-Photon Emission Computed Tomography Myocardial Perfusion Imaging) 4. Em junho de 2009, foi publicada uma versão revisada e atualizada junto a outras comunidades científicas. Essa edição revisada recebeu a denominação de Appropriate Use Criteria for Cardiac Radionuclide Imaging 5. Estudos ao redor do mundo têm testado a aplicação desses Critérios de Adequação com o objetivo de avaliar a qualidade da prática assistencial e direcionar estratégias de melhoria 6. Gibbons e cols. 1 demonstraram que 14% das cintilografias e 18% dos ecocardiogramas de estresse realizados em um hospital universitário foram considerados inadequados de acordo com tal ferramenta, enfatizando a necessidade de melhoria da assistência como um fator a ser abordado para a otimização dos recursos e o aumento da eficiência do sistema de saúde norte-americano 1,7. Até o momento, não existem estudos como esse no Brasil. O objetivo deste artigo foi avaliar se os pedidos médicos de CPM em um serviço privado de medicina nuclear de um hospital cardiológico terciário se adequavam aos critérios de indicações propostos pelas sociedades médicas americanas em 2005 e 2009 e comparar o grau de indicação entre ambos. Métodos Foram revisados retrospectivamente 383 prontuários de pacientes consecutivos submetidos a CPMs em repouso e em estresse (físico ou farmacológico), conforme indicação médica, realizadas no período de novembro de 2008 a fevereiro de As variáveis analisadas incluíram: características demográficas, origem do paciente (ambulatorial ou internado), fatores de risco coronariano, tempo de formação do médico (mais de 10 anos de formação ou não) e adequação dos pedidos médicos de acordo com os Critérios de Adequação de ACC/ASNC de Utilizando-se os mesmos prontuários dos pacientes, realizou-se uma reavaliação dos exames solicitados de acordo com os Critérios de Adequação de ACC/ASNC de 2009, comparando-se o grau de indicação entre ambos. Dezesseis prontuários foram excluídos do estudo devido a informações incompletas: não realização do exame em repouso ou estresse, ausência do laudo de CPM ou ausência de dados do médico que solicitou o exame. Na interpretação das imagens cintilográficas, isquemia miocárdica foi considerada como presente quando houve defeito de perfusão reversível em algum dos 17 segmentos miocárdicos. Os critérios de adequação são compostos por cenários ou indicações clínicas que englobam a maioria dos casos observados em testes cardiovasculares de medicina nuclear. Cada um desses cenários apresenta uma faixa de pontuação: I) de 7 a 9, classificado como adequado (o exame geralmente é aceitável e é uma abordagem razoável para o cenário); II) de 4 a 6, incerto ou possivelmente adequado, podendo ser aceito, ou seja, uma abordagem razoável para a indicação. A incerteza também implica na necessidade de mais investigação ou informações dos doentes para a classificação definitiva em adequado ou não e para atualizar os critérios; III) de 1 a 3, exame inadequado, sendo a abordagem considerada como não razoável para a indicação 8. Os critérios de adequação foram criados pelo ACC em conjunto com várias sociedades médicas, seguindo o método Delphi modificado utilizado pela RAND/UCLA 4 (Instituto RAND da Universidade da Califórnia em Los Angeles), em que são seguidos quatro passos: (a) listagem de situações clínicas em que o exame pode ser empregado; (b) revisão das indicações clínicas por um painel de especialidades interdisciplinares, com pontuação das indicações; (c) encontro do painel de especialistas com ampla discussão das indicações clínicas e nova pontuação; e (d) tabulação das indicações com seus respectivos escores 9. Como previsto pelos critérios de adequação 5, foi classificado como sintomático todo paciente cujo médico indicou o exame devido a síndrome de dor torácica (SDT), equivalente anginoso ou alteração do eletrocardiograma (ECG) sugestiva de isquemia. São exemplos de achados como dor torácica: sensação de aperto no peito, ardor, dor no ombro, palpitações, dor no maxilar e novas anomalias do ECG sugestivas da doença isquêmica do coração. Sintomas como dispneia ou piora da tolerância ao esforço, que se fazem coerentes com doença arterial coronariana (DAC), também foram considerados como equivalentes anginosos. Quanto às variáveis do estudo, foi dado como internado todo paciente oriundo da emergência ou de qualquer unidade do hospital. As variáveis analisadas de acordo com a informação contida no prontuário de admissão para o exame no setor de medicina nuclear foram: idade, sexo, hipertensão arterial, diabetes melito, tabagismo, história familiar de doença cardiovascular, obesidade (IMC 30 kg/m²), menopausa, sedentarismo, doença vascular periférica, doença cerebrovascular, insuficiência renal e SDT. Foi considerado tabagista todo paciente que estivesse fumando até a data do exame ou até cinco anos antes. Os laudos dos exames dados como normais ou não de acordo com a presença de isquemia foram também analisados. Arq Bras Cardiol. 2014; 103(5):

24 Oliveira e cols. Critérios de Adequação em Cintilografia Os critérios de adequação dos pedidos médicos de CPM foram avaliados por dois médicos independentes e alocados em um dos 67 cenários previstos no documento atualizado de indicações 5, sendo classificados em: (A) adequado, (U) incerto e (I) inadequado. Caso não houvesse consenso entre os dois examinadores, foi utilizada a opinião de um terceiro médico, médico nuclear e cardiologista certificado, com mais de 10 anos de prática na área. As indicações com informações incompletas ou que não fossem contempladas pelos cenários foram dadas como não classificáveis (NC) 5. O presente estudo foi aprovado no Comitê de Ética sob o número 324 em 25/11/2009. Os resultados são apresentados como média ± desvio padrão para a variável idade e percentuais para as demais. As comparações foram realizadas utilizando-se o teste de Mann-Whitney para a idade e os testes do Qui quadrado e Exato de Fisher para as demais variáveis. Valores de probabilidade menores que 0,05 foram considerados estatisticamente significativos. Foi utilizado o programa SPSS versão 22 para a realização das análises estatísticas. Resultados Dos 367 casos consecutivos estudados, 282 (79,6%) eram de pacientes ambulatoriais e 75 (20,4%) de internados. A média de idade foi de 64,6 ± 12,3 anos. O sexo masculino representou 64,3% (N = 236) dos exames. O fator de risco para doença coronariana mais prevalente foi hipertensão arterial, 223 casos (60,8%), seguida por dislipidemia, 184 casos (50,1%), e dor torácica, 164 casos (44,7%). As características demográficas estão descritas na Tabela 1. Dos 183 médicos solicitantes, 168 (91,8%) possuíam mais de 10 anos de formação. Quanto às solicitações de exame, 18 (4,9%) foram realizadas por médicos com menos de 10 anos de formados, enquanto 349 (95,1%) foram realizadas por médicos com mais de 10 anos de formados. De acordo com a Tabela 2, para os critérios de 2005, das 367 solicitações analisadas, 255 (69,5%) foram classificadas como adequadas, 49 (13,4%) como incertas e 13 (3,5%) como inadequadas. Já em relação aos critérios de 2009, 249 (67,8%) solicitações foram classificadas como adequadas, 19 (5,2%) como incertas e 19 (5,2%) como inadequadas. Visto que não foi possível enquadrar em nenhum dos critérios utilizados, 50 (13,6%) e 80 (21,8%) das indicações foram consideradas como não classificáveis, respectivamente para 2005 e Utilizando-se os Critérios de Adequação do ACC de 2005, as quatro principais indicações consideradas adequadas contabilizaram 56,4% dos casos. Já segundo os Critérios de Adequação do ACC de 2009, esse percentual correspondeu a 55,9%. As principais indicações apropriadas estão descritas na Tabela 3. Aplicando-se os Critérios de Adequação do ACC de 2005, a indicação mais frequente para CPM foi dor torácica com probabilidade pré-teste intermediária, ECG interpretável e apto a fazer atividade física, 67 casos (18,3%). Quando a avaliação foi feita com os Critérios de Adequação do ACC de 2009, a indicação classificável mais frequente foi o equivalente isquêmico não agudo com probabilidade pré teste intermediária, ECG interpretável e apto para atividades físicas, com 49 casos (19,7%). Tabela 1 Características demográficas da amostra (N = 367) Variáveis N (%) Idade (média ± DP) 65 ± 12 Sexo Masculino 236 (64,3) Origem Internado 75 (20,4) Ambulatorial 282 (79,6) Queixa de dor torácica 164 (44,7) Comorbidades Hipertensão arterial 223 (60,8) Dislipidemia 184 (50,1) Diabetes 98 (26,7) História familiar de doença cardiovascular 129 (35,1) Tabagismo 63 (17,2) Sedentarismo 123 (33,5) Menopausa 84 (22,9) Obesidade (IMC 30 kg/m²) 74 (20,2) Doença vascular periférica 12 (3,3) Doença cerebrovascular 7 (1,9) Insuficiência renal 3 (0,8) DP: desvio padrão; IMC: índice de massa corporal. Tabela 2 Solicitações de exames segundo os Critérios de Adequação do ACC de 2005 e de Critério N (%) N (%) Adequadas 255 (69,5) 249 (67,8) Inadequadas 13 (3,5) 19 (5,2) Incertas 49 (13,6) 19 (5,2) Não classificáveis 50 (13,4) 80 (21,8) Das indicações consideradas inadequadas, a mais frequente foi em assintomático até um ano pós-revascularização, com sintomas prévios à revascularização, em 5 pacientes (38,5%) para os critérios de 2005, e pós-revascularização, assintomático e menos de 2 anos pós-intervenção coronariana percutânea em 4 pacientes (21,1%), para os critérios de As indicações inadequadas e suas frequências podem ser observadas na Tabela 4. Comparando-se as solicitações adequadas com as inadequadas e utilizando-se os Critérios de Adequação do ACC de 2005, observou-se diferença significativa apenas em relação à obesidade (p = 0,022). Já quando a avaliação foi feita pelos Critérios de Adequação do ACC de 2009, houve diferença significativa somente para a variável SDT 377 Arq Bras Cardiol. 2014; 103(5):

25 Oliveira e cols. Critérios de Adequação em Cintilografia Tabela 3 Indicações de cintilografias miocárdicas adequadas mais comuns conforme os Critérios de Adequação do ACC de 2005 e de Indicações N (%) Indicações N (%) Dor torácica com probabilidade pré-teste intermediária, ECG interpretável e apto a fazer atividade física 67 (18,3) Não classificáveis 86 (34,5) Escores de Duke e Framinghan intermediários 51 (13,9) Equivalente isquêmico não agudo com probabilidade pré-teste intermediária, ECG interpretável e apto para atividades físicas 49 (19,7) Apresentando dor, tendo feito intervenção ou angioplastia 50 (13,6) Escore de Duke intermediário 34 (13,7) Dor torácica com probabilidade pré-teste intermediária, ECG não interpretável e inapto a fazer atividade física Dor torácica com probabilidade pré-teste alta, ECG interpretável e apto a fazer atividade física ECG: Eletrocardiograma. 39 (10,6) Pós-revascularização sintomático 33 (13,3) 16 (4,4) Equivalente isquêmico não agudo com probabilidade pré-teste intermediária, ECG não interpretável ou inapto para atividades físicas 23 (9,2) Tabela 4 Indicações de cintilografias miocárdicas inadequadas, conforme os Critérios de Adequação do ACC Indicações N (%) Indicações N (%) Assintomático até um ano após revascularização, com sintomas prévios. 5 (38,5) Não classificáveis 6 (31,6) Dor torácica com baixa probabilidade pré-teste, ECG interpretável e apto para atividades físicas 4 (30,8) Pré-operatório de cirurgia de baixo risco 2 (15,4) Assintomático ou com estudo prévio tendo o Framinghan de alto risco e estudo de cintilografia anual Pré-operatório de cirurgia de baixo a intermediário, com tolerância de exercício maior ou igual a 4 MET METS: equivalentes metabólicos; ( * ) Houve quatro indicações com a mesma frequência. Pós-revascularização, assintomático e menos de 2 anos pós intervenção coronariana percutânea Dor ou equivalente isquêmico, baixa probabilidade pré-teste, ECG interpretável e apto para exercício 4 (21,1) 3 (15,8) 1 (7,7) Pré-operatório de baixo risco 2 (10,5) 1 (7,7) Outras * 1 (5,3) (p = 0,026). A Tabela 5 e a Tabela 6 apresentam a comparação entre as indicações de CPM adequadas versus inadequadas, conforme os Critérios de Adequação do ACC de 2005 e Discussão A avaliação de uma nova ferramenta que auxilia a melhora da prática clínica é a motivação para a realização deste estudo. Os critérios de adequação foram desenvolvidos pelo ACC e pela ASNC com o objetivo de auxiliar os médicos e as instituições, reduzindo os custos com a saúde. Não existem, até o momento, estudos publicados sobre as solicitações de CPM no Brasil, sob a ótica desses critérios. No presente estudo, as indicações médicas para CPM em um hospital cardiológico privado, conforme recomendam os Critérios de Adequação do ACC, apresentaram um alto percentual de adequação (69,5% para os critérios de 2005 e 67,8% para os de 2009). Essa ferramenta tem sido empregada de modo exponencial. Recentemente, foi publicado um estudo sobre a adequação de solicitações de ecocardiograma transtorácico, de acordo com os Critérios de Adequação do ACC para ecocardiografia 10, comparando a prática em um hospital cardiológico privado àquela de um hospital público universitário; tal estudo demonstrou que cerca de 25% dos exames foram solicitados inadequadamente 11. O uso dos critérios de adequação tem se mostrado bastante útil para avaliar a qualidade das solicitações de exames complementares 12. Mais recentemente, estratégias de educação continuada têm sido propostas para melhorar a prática clínica através da difusão de informações referentes às solicitações adequadas por ferramentas online 13. A partir disso, propôs-se, no presente estudo, avaliar as solicitações de CPMs, exames de mais difícil acesso e com exposição à radiação. Em paralelo com o trabalho de Gibbons e cols 1, esta pesquisa representa uma das primeiras avaliações na América Latina do uso, em um serviço de medicina nuclear, dos critérios de adequação de pedidos médicos, segundo os critérios de adequação para CPM (SPECT) de ACC/ASNC 2. Retirados os casos que entraram nos critérios não classificáveis, verificou-se que os critérios de adequação de ACC/ASNC de 2005 e de 2009 aplicam-se a mais de 87% e 78% das indicações médicas de CPM no serviço onde foi realizado o estudo. As indicações Arq Bras Cardiol. 2014; 103(5):

26 Oliveira e cols. Critérios de Adequação em Cintilografia Tabela 5 Comparação entre as indicações de cintilografias miocárdicas adequadas x inadequadas, conforme os Critérios de Adequação do ACC de 2005 Variáveis Adequada N (%) Inadequada N (%) Valor de p Sexo Feminino 100 (97,1) 3 (2,9) Masculino 155 (93,9) 10 (6,1) Origem Internado 67 (95,7) 3 (4,3) Ambulatorial 188 (94,9) 10 (5,1) Dislipidemia Não 123 (93,9) 8 (6,1) Sim 132 (96,4) 5 (3,6) Obesidade Não 205 (96,7) 7 (3,3) Sim 50 (89,3) 6 (10,7) 0,243 0,798 0,349 0,022 Tabela 6 Comparação entre as indicações de cintilografia miocárdica adequadas x inadequadas, conforme os Critérios de Adequação do ACC de 2009 Variáveis Adequada N (%) Inadequada N (%) Valor de p Sexo Feminino 93 (94,9) 5 (5,1) Masculino 156 (91,8) 14 (8,2) Origem Internado 61 (95,3) 3 (4,7) Ambulatorial 188 (92,2) 16 (7,8) Dislipidemia Não 114 (91,2) 11 (8,8) Sim 135 (94,4) 8 (5,6) Síndrome de dor torácica Não 105 (89) 13 (11) Sim 144 (96) 6 (4) 0,336 0,391 0,308 0,026 inadequadas corresponderam a 3,5% e 5,2% e as incertas a 13,4% e 5,2%, segundo os critérios de adequação de ACC/ASNC de 2005 e 2009, respectivamente, o que ressalta a necessidade de melhorar a eficiência do nosso sistema médico. Em nível ambulatorial, observou-se um percentual menor de indicações adequadas (64,4%, 2005 e 2009), quando comparadas às indicações adequadas em pacientes internados (89,3% para 2005 e 81,3% para 2009). Essa análise não pôde ser realizada no estudo de Gibbons e cols. 1, pois, em sua amostra, foram incluídos apenas pacientes internados. Entre as justificativas para uma maior taxa de solicitações adequadas no grupo de pacientes internados, acreditamos que figurem a maior integração entre médico solicitante e equipe responsável pela realização de exames e o fato de o paciente internado frequentemente apresentar doenças de maior gravidade, em que o uso da CPM é mais estabelecido. Outro aspecto observado com o nosso estudo, e enfatizado por Hendel e cols. 5, foi a aplicação dos critérios de adequação permitindo a uma instituição, a um grupo de médicos e até mesmo a um gestor da área de saúde avaliar os padrões e práticas, identificando áreas para possíveis melhorias. Os critérios também podem ser uma ferramenta de formação, sensibilização e desenvolvimento de padrões de práticas de encomenda adequada dos testes. Entre as indicações mais frequentemente inadequadas de CPM presentes na prática clínica estão: (1) cintilografia em assintomáticos e (2) cintilografia em pacientes assintomáticos 379 Arq Bras Cardiol. 2014; 103(5):

27 Oliveira e cols. Critérios de Adequação em Cintilografia com menos de dois anos de revascularização, com queixa de sintomas antes da angioplastia 14. A observação de que a avaliação de rotina de pacientes no primeiro ano após angioplastia coronariana corresponde a 38,5% das indicações inadequadas de CPM de acordo com os critérios de adequação de ACC de 2005 e de que 21,1% das solicitações inadequadas segundo esses critérios de 2009 corresponderam à avaliação de rotina de pacientes nos primeiros dois anos após angioplastia coronariana sugere que esses sejam focos de ação com a promoção de atividades educacionais e outras intervenções voltadas para os médicos solicitantes. Gibbons e cols. 15 implementaram um programa de melhoria da qualidade focado nas solicitações inadequadas de cintilografia e, apesar de não observarem melhora significativa na taxa de solicitações adequadas, sugerem que devam ser empreendidos esforços específicos a partir dos dados da avaliação da adequação. Entretanto, Saifi e cols. 13 demonstraram que o uso online de uma ferramenta de educação continuada é capaz de promover melhoria no número de exames adequados de CPM. Os critérios de adequação são uma ferramenta em evolução e, com a publicação da nova versão, alguns autores observaram uma modificação na taxa de exames não classificáveis e aumento na taxa de exames incertos e inadequados 14,16,17. Na amostra analisada nesta pesquisa, observou-se a manutenção da taxa de exames adequados, com redução de exames incertos, porém com aumento daqueles não classificáveis. Acredita-se que essas diferenças possam estar associadas à experiência local e ao tipo de indicação mais comum em uma dada região. Ressalte-se ainda que, embora 182 médicos tenham solicitado exames, 95% possuem mais de 10 anos de conclusão de curso. Esse achado sugere que a população analisada é proveniente de médicos com experiência de prática clínica, o que não necessariamente representa a prática na maioria das instituições. Atualizações dos critérios são necessárias para que um maior número de indicações esteja contemplado bem como a realização de novos estudos em outras regiões do cenário nacional. Apesar de os critérios de 2009 não estarem disponíveis para os cardiologistas, quando da solicitação dos exames incluídos neste estudo, acredita-se que as análises são válidas, pois não houve nenhuma mudança significativa na prática clínica entre a publicação dos critérios de adequação de 2005 e a dos critérios de 2009, sendo os últimos frutos de uma tentativa de melhoria da ferramenta 5. Entende-se que, apesar da limitação imposta pela análise devido ao seu caráter retrospectivo, ela é válida, pois permite um olhar sobre a prática de modo transversal. O uso racional dos exames complementares em cardiologia é um dos maiores desafios vivenciados pela prática clínica atual Enquanto que a tecnologia vem permitindo que esses métodos agreguem um número de informações valiosas, muitas das vezes, o seu uso indiscriminado pode não contribuir para mudança da estratégia traçada, mas adicionar custos e riscos inerentes às técnicas, como exposição ao uso de contraste venoso ou à radiação 21,22. A busca pela qualidade envolve diretamente o refinamento das solicitações médicas como forma de alcançar pacientes que tenham maior probabilidade de se beneficiar da execução desses exames 23,24. Este estudo, que é o primeiro na literatura brasileira enfocando o uso dos critérios de adequação em CPM, demonstra que essa ferramenta é útil para esse fim e que novos estudos em outros cenários devem ser realizados para contribuir para as melhores práticas clínicas. Conclusões Observamos uma elevada adequação das indicações médicas de CPM em um hospital cardiológico segundo os critérios de adequação do ACC, em especial entre pacientes internados. Verificou-se ainda que não houve grande diferença em relação ao percentual de exames adequados e inadequados, quando os critérios de 2005 e de 2009 foram comparados. Novos estudos envolvendo maiores percentuais de médicos com menos de 10 anos de formados e de caráter prospectivo devem ser desenvolvidos a fim de avaliar o alcance dos resultados apresentados nesta pesquisa. Contribuição dos autores Concepção e desenho da pesquisa, Análise e interpretação dos dados e Redação do manuscrito: Oliveira A, Rezende MF, Corrêa R, Mousinho R, Azevedo JC, Miranda SM, Oliveira AR, Gutterres RF, Mesquita ET, Mesquita CT; Obtenção de dados: Oliveira A, Rezende MF, Corrêa R, Mousinho R, Mesquita CT; Análise estatística: Oliveira A, Mesquita CT; Revisão crítica do manuscrito quanto ao conteúdo intelectual importante: Oliveira A, Rezende MF, Azevedo JC, Miranda SM, Oliveira AR, Gutterres RF, Mesquita ET, Mesquita CT. Potencial conflito de interesse Declaro não haver conflito de interesses pertinentes. Fontes de financiamento O presente estudo foi financiado pela FAPERJ. Vinculação acadêmica Este artigo é parte de tese de Doutorado de Anderson de Oliveira pela Universidade Federal Fluminense. Arq Bras Cardiol. 2014; 103(5):

28 Oliveira e cols. Critérios de Adequação em Cintilografia Referências 1. Gibbons RJ, Miller TD, Hodge D, Urban L, Araoz PA, Pellikka P, et al. Application of appropriateness criteria to stress single-photon emission computed tomography sestamibi studies and stress echocardiograms in an academic medical center. J Am Coll Cardiol. 2008;51(13): Bonow RO. Is appropriateness appropriate? J Am Coll Cardiol. 2008;51(13): Lin FY, Rosenbaum LR, Gebow D, Kim RJ, Wolk MJ, Patel MR, et al. Cardiologist concordance with the American College of Cardiology appropriate use criteria for cardiac testing in patients with coronary artery disease. Am J Cardiol. 2012;110(3): Brindis RG, Douglas PS, Hendel RC, Peterson ED, Wolk MJ, Allen JM, et al; American College of Cardiology Foundation Quality Strategic Directions Committee Appropriateness Criteria Working Group; American Society of Nuclear Cardiology; American Heart Association. ACCF/ ASNC appropriateness criteria for single-photon emission computed tomography myocardial perfusion imaging (SPECT MPI): a report of the American College of Cardiology Foundation Quality Strategic Directions Committee Appropriateness Criteria Working Group and the American Society of Nuclear Cardiology endorsed by the American Heart Association. J Am Coll Cardiol. 2005;46(8): Erratum in: J Am Coll Cardiol. 2005;46(11): Hendel RC, Berman DS, Di Carli MF, Heidenreich PA, Henkin RE, Pellikka PA, et al; American College of Cardiology Foundation Appropriate Use Criteria Task Force; American Society of Nuclear Cardiology; American College of Radiology; American Heart Association; American Society of Echocardiography; Society of Cardiovascular Computed Tomography; Society for Cardiovascular Magnetic Resonance; Society of Nuclear Medicine. ACCF/ASNC/ACR/AHA/ASE/SCCT/SCMR/SNM 2009 appropriate use criteria for cardiac radionuclide imaging: a report of the American College of Cardiology Foundation Appropriate Use Criteria Task Force, the American Society of Nuclear Cardiology, the American College of Radiology, the American Heart Association, the American Society of Echocardiography, the Society of Cardiovascular Computed Tomography, the Society for Cardiovascular Magnetic Resonance, and the Society of Nuclear Medicine. Circulation. 2009;119(22):e Koh AS, Flores JL, Keng FY, Tan RS, Chua TS. Evaluation of the American College of Cardiology Foundation/American Society of Nuclear Cardiology appropriateness criteria for SPECT myocardial perfusion imaging in an Asian tertiary cardiac center. J Nucl Cardiol. 2011;18(2): Chew M, Koh AS, Salunat-Flores JL, Keng FY, Chua TS. Evaluation of the Appropriateness Criteria of SPECT Myocardial Perfusion Imaging in a Large Asian Academic Hospital: A Pilot Prospective Study. Heart, lung & circulation. 2009;18:S34-S5. 8. Badheka AO, Hendel RC. Radionuclide cardiac stress testing. Curr Opin Cardiol. 2011;26(5): Patel MR, Spertus JA, Brindis RG, Hendel RC, Douglas PS, Peterson ED, et al; American College of Cardiology Foundation. ACCF proposed method for evaluating the appropriateness of cardiovascular imaging. J Am Coll Cardiol. 2005;46(8): Douglas PS, Khandheria B, Stainback RF, Weissman NJ, Brindis RG, Patel MR, et al; American College of Cardiology Foundation Quality Strategic Directions Committee Appropriateness Criteria Working Group; American Society of Echocardiography; American College of Emergency Physicians; American Society of Nuclear Cardiology; Society for Cardiovascular Angiography and Interventions; Society of Cardiovascular Computed Tomography; Society for Cardiovascular Magnetic Resonance; American College of Chest Physicians; Society of Critical Care Medicine. ACCF/ASE/ACEP/ASNC/SCAI/SCCT/SCMR 2007 appropriateness criteria for transthoracic and transesophageal echocardiography: a report of the American College of Cardiology Foundation Quality Strategic Directions Committee Appropriateness Criteria Working Group, American Society of Echocardiography, American College of Emergency Physicians, American Society of Nuclear Cardiology, Society for Cardiovascular Angiography and Interventions, Society of Cardiovascular Computed Tomography, and the Society for Cardiovascular Magnetic Resonance endorsed by the American College of Chest Physicians and the Society of Critical Care Medicine. J Am Coll Cardiol. 2007;50(2): Barbosa FC, Mesquita ET, Barachi LB, Salgado A, Kazuo R, Rosa ML, et al. Comparação da adequação de solicitação de ecocardiograma entre hospitais público e privado. Arq Bras Cardiol. 2011;97(4): Aldweib N, Negishi K, Seicean S, Jaber WA, Hachamovitch R, Cerqueira M, et al. Appropriate test selection for single-photon emission computed tomography imaging: association with clinical risk, posttest management, and outcomes. Am Heart J. 2013;166(3): Saifi S, Taylor AJ, Allen J, Hendel R. The use of a learning community and online evaluation of utilization for SPECT myocardial perfusion imaging. JACC Cardiovasc Imaging. 2013;6(7): Farrell MB, Cerqueira MD. Understanding appropriate use criteria in nuclear medicine. J Nucl Med Technol. 2012;40(2): Gibbons RJ, Askew JW, Hodge D, Kaping B, Carryer DJ, Miller T. Appropriate use criteria for stress single-photon emission computed tomography sestamibi studies: a quality improvement project. Circulation. 2011;123(5): Carryer DJ, Hodge DO, Miller TD, Askew JW, Gibbons RJ. Application of appropriateness criteria to stress single photon emission computed tomography sestamibi studies: a comparison of the 2009 revised appropriateness criteria to the 2005 original criteria. Am Heart J. 2010;160(2): Gholamrezanezhad A, Shirafkan A, Mirpour S, Rayatnavaz M, Alborzi A, Mogharrabi M, et al. Appropriateness of referrals for single-photon emission computed tomography myocardial perfusion imaging (SPECT-MPI) in a developing community: a comparison between 2005 and 2009 versions of ACCF/ASNC appropriateness criteria. J Nucl Cardiol. 2011;18(6): McCully RB, Pellikka PA, Hodge DO, Araoz PA, Miller TD, Gibbons RJ. Applicability of appropriateness criteria for stress imaging: similarities and differences between stress echocardiography and single-photon emission computed tomography myocardial perfusion imaging criteria. Circ Cardiovasc Imaging. 2009;2(3): Lin FY, Dunning AM, Narula J, Shaw LJ, Gransar H, Berman DS, et al. Impact of an automated multimodality point-of-order decision support tool on rates of appropriate testing and clinical decision making for individuals with suspected coronary artery disease: a prospective multicenter study. J Am Coll Cardiol. 2013;62(4): White RD, Patel MR, Abbara S, Bluemke DA, Herfkens RJ, Picard M, et al; American College of Radiology; American College of Cardiology Foundation ACCF/ACR/ASE/ASNC/SCCT/SCMR appropriate utilization of cardiovascular imaging in heart failure: an executive summary: a joint report of the ACR Appropriateness Criteria (R) Committee and the ACCF Appropriate Use Criteria Task Force. J Am Coll Radiol. 2013;10(7): Koukouraki S, Pagonidis K, Perisinakis K, Klinaki I, Stathaki M, Damilakis J, et al. Hybrid cardiac imaging: insights in the dilemma of the appropriate clinical management of patients with suspected coronary artery disease. Eur J Radiol. 2013;82(2): Nelson KH, Willens HJ, Hendel RC. Utilization of radionuclide myocardial perfusion imaging in two health care systems: assessment with the 2009 ACCF/ASNC/AHA appropriateness use criteria. J Nucl Cardiol. 2012;19(1): Druz RS, Phillips LM, Sharifova G. Clinical evaluation of the appropriateness use criteria for single-photon emission-computed tomography: differences by patient population, physician specialty, and patient outcomes. ISRN Cardiol. 2011;2011: Hoffmann U, Venkatesh V, White RD, Woodard PK, Carr JJ, Dorbala S, et al. ACR Appropriateness Criteria((R)) acute nonspecific chest pain-low probability of coronary artery disease. J Am Coll Radiol. 2012;9(10): Arq Bras Cardiol. 2014; 103(5):

29

30 Cardiopatias Congênitas como um Sinal de Alerta para o Diagnóstico da Deleção do 22q11.2 Congenital Heart Disease as a Warning Sign for the Diagnosis of the 22q11.2 Deletion Marcília S. Grassi 1, Cristina M. A. Jacob 1, Leslie D. Kulikowski 3, Antonio C. Pastorino 1, Roberta L. Dutra 3, Nana Miura 2, Marcelo B. Jatene 2, Stephanie P. Pegler 1, Chong A. Kim 1, Magda Carneiro-Sampaio 1 Instituto da Criança HC-FMUSP 1 ; Instituto do Coração HC-FMUSP 2 ; Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo 3, São Paulo, SP - Brasil Resumo Fundamento: Alertar para o diagnóstico da síndrome da deleção 22q11.2 (SD 22q11.2) em pacientes com cardiopatias congênitas. Objetivo: Descrever as principais cardiopatias, alterações fenotípicas, metabólicas e imunológicas em uma série de 60 pacientes com a SD22q11.2. Métodos: Foram incluídos 60 pacientes com SD22q11.2 avaliados entre 2007 e 2013 (M:F = 1,3; idades entre 14 dias a 20 anos e 3 meses) em um centro pediátrico de referência para imunodeficiências primárias. O diagnóstico foi feito pela detecção da microdeleção 22q11.2 através de FISH (n = 18) e/ou MLPA (n = 42), associados a dados clínicos e laboratoriais. Foram analisadas as cardiopatias, aspectos fenotípicos evolutivos da fácies, a hipocalcemia e alterações imunológicas associadas. Resultados: Cardiopatias congênitas ocorreram em 77% dos casos, sendo que a tetralogia de Fallot ocorreu em 38,3%. Correção cirúrgica da cardiopatia foi realizada em 34 pacientes. Os dismorfismos craniofaciais foram detectados em 41 pacientes: face (60%) e/ou nariz alongados (53,3%), fenda palpebral estreita (50%), orelhas displásicas com hiperdobramento (48,3%), lábios finos (41,6%), dedos alongados (38,3%) e baixa estatura (36,6%). Hipocalcemia foi observada em 64,2% com redução do nível de paratormônio (PTH) em 25,9%. Observou-se número reduzido de linfócitos totais, CD4 e CD8 em 40%, 53,3%, e 33,3%, respectivamente. Detectou-se hipogamaglobulinemia em um paciente e redução das concentrações de imunoglobulina M (IgM) em outros dois pacientes. Conclusão: Deve-se suspeitar da SD22q11.2 em todos os portadores de cardiopatia congênita com hipocalcemia e/ou dismorfismos faciais, ressaltando-se que muitas dessas alterações podem ser evolutivas. A microdeleção 22q11.2 deve ser confirmada por testes moleculares em todos os pacientes. (Arq Bras Cardiol. 2014; 103(5): ) Palavras-chave: Síndrome de DiGeorge; Deleção Cromossômica; Cardiopatias Congenitas; Hipocalcemia; Cromossomos Humanos. Abstract Background: To alert for the diagnosis of the 22q11.2 deletion syndrome (22q11.2DS) in patients with congenital heart disease (CHD). Objective: To describe the main CHDs, as well as phenotypic, metabolic and immunological findings in a series of 60 patients diagnosed with 22q11.2DS. Methods: The study included 60 patients with 22q11.2DS evaluated between 2007 and 2013 (M:F=1.3, age range 14 days to 20 years and 3 months) at a pediatric reference center for primary immunodeficiencies. The diagnosis was established by detection of the 22q11.2 microdeletion using FISH (n = 18) and/or MLPA (n = 42), in association with clinical and laboratory information. Associated CHDs, progression of phenotypic facial features, hypocalcemia and immunological changes were analyzed. Results: CHDs were detected in 77% of the patients and the most frequent type was tetralogy of Fallot (38.3%). Surgical correction of CHD was performed in 34 patients. Craniofacial dysmorphisms were detected in 41 patients: elongated face (60%) and/or elongated nose (53.3%), narrow palpebral fissure (50%), dysplastic, overfolded ears (48.3%), thin lips (41.6%), elongated fingers (38.3%) and short stature (36.6%). Hypocalcemia was detected in 64.2% and decreased parathyroid hormone (PTH) level in 25.9%. Decrease in total lymphocytes, CD4 and CD8 counts were present in 40%, 53.3% and 33.3%, respectively. Hypogammaglobulinemia was detected in one patient and decreased concentrations of immunoglobulin M (IgM) in two other patients. Conclusion: Suspicion for 22q11.2DS should be raised in all patients with CHD associated with hypocalcemia and/or facial dysmorphisms, considering that many of these changes may evolve with age. The 22q11.2 microdeletion should be confirmed by molecular testing in all patients. (Arq Bras Cardiol. 2014; 103(5): ) Keywords: DiGeorge Syndrme; Crromosome Delection; Heart Defects, Congenital; Hypocalcemia; Chromosomes, Human. Correspondência: Marcília Sierro Grassi Avenida Dr. Enéas de Carvalho Aguiar, 647, CEP , São Paulo, SP Brasil marcilia.grassi@hc.fm.usp.br Artigo recebido em 06/01/14; revisado em 07/07/14; aceito em 23/07/14. DOI: /abc Full texts in English

31 Grassi e cols. Cardiopatias e síndrome da deleção 22q11.2 Introdução A síndrome da deleção 22q11.2 (SD22q11.2) é considerada a síndrome de microdeleção cromossômica mais frequente em seres humanos, com uma incidência de 1: nascidos vivos 1,2. Sabe-se hoje que esta síndrome ocorre com frequência superior à previamente estimada, mas dados precisos sobre sua incidência em nosso país ainda são desconhecidos. As microdeleções na região 22q11.2 podem estar presentes em diferentes síndromes, como a síndrome de DiGeorge (SDG), síndrome velocardiofacial, e síndrome da anomalia facial conotruncal. Estas doenças representam diferentes fenótipos da mesma alteração cromossômica, sendo hoje agrupadas e denominadas SD22q11.2 1,3. Esta microdelação não é detectada pelo cariótipo por bandeamento G, exame citogenético rotineiro. O seu diagnóstico molecular é realizado por outras técnicas tais como testes de FISH (fluorescence in situ hybridization) e/ou triagem genômica quantitativa por MLPA (multiplex ligation dependent probe amplification) 4,5. As cardiopatias congênitas (CHDs) representam uma das malformações mais frequentes cuja incidência varia de 8 a 10 por nascidos vivos e constituem uma importante causa de morbimortalidade no primeiro ano de vida 6. Cardiopatias associadas a outros tipos de malformações congênitas podem ser de etiologia monogênicas como nas síndromes de Holt Oram, Marfan, Fanconi ou Noonan, ou cromossômica, como nas síndromes de Down, SD22q1.2, trissomia do 18 (síndrome de Edwards) e trissomia do 13 (síndrome de Patau) 7. As CHDs com defeitos conotruncais constituem importante característica presente em diferentes síndromes genéticas, especialmente na SD22q Estima se que 5% dos pacientes com cardiopatia apresentem SDG, considerada a segunda imunodeficiência primária mais comum As manifestações clínicas para a suspeita diagnóstica da SD22q11.2 são CHD (75%), desenvolvimento psicomotor anormal (68%), convulsão decorrente de hipocalcemia (60%), insuficiência velofaríngea com voz anasalada (46%), anormalidades genitourinárias (36%), anormalidades esqueléticas (17%) e dismorfismos faciais (11-17%) 2, As alterações imunológicas da SD22q11.2 são variáveis e decorrentes da hipoplasia ou agenesia do timo, classicamente denominados como SDG pelos imunologistas 1,5, O presente trabalho tem como objetivo descrever as principais cardiopatias, alterações fenotípicas, metabólicas e imunológicas em uma série de 60 pacientes com a SD22q11.2. Métodos Trata-se de um estudo descritivo, transversal, retrospectivo e prospectivo onde foram avaliados todos os pacientes com SD22q11.2 em seguimento entre junho de 2007 e dezembro de 2013 nas Unidades de Alergia e Imunologia e de Genética do Instituto da Criança do HC-FMUSP. Alguns pacientes provenientes da Unidade de Cardiologia Pediátrica do Instituto do Coração (INCOR) HC-FMUSP foram encaminhados após busca ativa nesta instituição. A casuística foi composta por 60 crianças e adolescentes (34 masculinos), com idade entre 14 dias e 20 anos e 3 meses (média de 114,2 meses e desvio padrão de 83 meses). Todos os indivíduos pertenciam a famílias brasileiras e a amostra não apresentou predomínio de ascendência europeia, africana ou oriental. Os critérios diagnósticos utilizados foram propostos pela International Union of Immunological Societies-IUIS 18, incluindo sinais clínicos compatíveis com a síndrome e presença da microdeleção 22q11.2. Todos os pacientes apresentavam cariótipo prévio normal por bandeamento G. Dados de identificação, história clínica, exame físico e resultados de exames laboratoriais e citogenômicos foram coletados em um protocolo. O estudo molecular da microdeleção foi realizado no Laboratório de Citogenômica do Departamento de Patologia, utilizando a técnica de FISH (fluorescent in situ hybridization) com sonda específica para a região 22q11.2. Foram utilizadas sondas comerciais de sequências únicas para a região específica em 22q11.2 (DGS/VCFS, TUPLE1 e N25 D22S75, Cytocell, Cambridge, UK) 4,19 e/ou a técnica de MLPA (multiplex ligation dependent probe amplification) utilizando diferentes kits (P036-E1, P070-B2, P064-B3, MRC-Holland, Amsterdam, Holanda Os dados gerados foram analisados por meio do software GeneMarker (Softgenetics, LLC, State College, PA, USA Estas técnicas estão demonstradas na Figura 1. Todos os pacientes foram avaliados clinicamente e por métodos de imagem pela Unidade de Cardiologia Pediátrica. Para a avaliação de imunocompetência, foram realizados hemograma completo, dosagem sérica de imunoglobulinas (IgG, IgM e IgA) por nefelometria, e determinação das subpopulações de linfócitos em sangue periférico (citometria de fluxo BD FACSCalibur) no laboratório do Instituto Central do HC-FMUSP, utilizando-se como comparação valores de referência já descritos 20,21. Outros exames realizados incluíram dosagens séricas de paratormônio (PTH, método imunoenzimático quimioluminescente automatizado), cálcio iônico, cálcio total e fósforo (método automatizado colorimétrico), tri-iodotironina (T3), tiroxina (T4), tiroxina livre (T4 livre) e TSH (método de imunoensaio automatizado), e dosagem de anticorpos antitireoglobulina e antiperoxidase (imunofluorescência indireta). Os testes estatísticos foram realizados por meio do software MedCalc 10.2 (MedCalc Software, 2009). O estudo foi aprovado pela Comissão de Ética para Análise de Projeto de Pesquisa do Hospital das Cliínicas CAPPesq, sob o número 0911/11. Resultados As CHDs foram identificadas em 47 pacientes (77%) e a correção cirúrgica foi realizada em 34 destes, sendo que as cirurgias mais frequentes foram para correção de tetralogia de Fallot, comunicação interventricular e atresia da artéria pulmonar, conforme descrito na Tabela 1 e Gráfico 1. Arq Bras Cardiol. 2014; 103(5):

32 Grassi e cols. Cardiopatias e síndrome da deleção 22q11.2 A B Figura 1 Demonstração da deleção na região 22q11.2 A. Técnica de FISH. B. Técnica de MLPA. Tabela 1 Cardiopatias congênitas encontradas em 47 pacientes com a síndrome da deleção 22q11.2 e as correções cirúrgicas realizadas Cardiopatias N (%) Correções cirúrgicas - N (%) Tetralogia de Fallot 18 (38,3) 16 (88,8) Comunicação interventricular 10 (21,3) 2 (20,0) Atresia pulmonar 6 (12,7) 6 (100,0) Truncus arteriosus 4 (8,5) 4 (100,0) Interrupção do arco aórtico 4 (8,5) 4 (100,0) Comunicação interatrial 3 (6,4) 1 (33,3) Transposição das grandes artérias 1 (2,1) 1 (100,0) Drenagem anômala venosa sistêmica 1 (2,1) 0 (0) Total 47 (100) 34 (72,3) 384 Arq Bras Cardiol. 2014; 103(5):

PROGRAMA IV BRASIL PREVENT & II LATIN AMERICAN PREVENT DATA: 05 A 07 DEZEMBRO 2013 BAHIA OTHON PALACE HOTEL SALVADOR BAHIA

PROGRAMA IV BRASIL PREVENT & II LATIN AMERICAN PREVENT DATA: 05 A 07 DEZEMBRO 2013 BAHIA OTHON PALACE HOTEL SALVADOR BAHIA PROGRAMA IV BRASIL PREVENT & II LATIN AMERICAN PREVENT DATA: 05 A 07 DEZEMBRO 2013 BAHIA OTHON PALACE HOTEL SALVADOR BAHIA Sábado 07 de Dezembro de 2013 09:00 10:30 Sessão 4 Novas Estratégias Para Prevenção

Leia mais

POSSE DA DIRETORIA SBC

POSSE DA DIRETORIA SBC No final deste ano, tomará posse a Nova Diretoria da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Durante a Posse, serão apresentados os resultados alcançados na Gestão 2006/2007, presidida pelo Dr. José Péricles

Leia mais

TURMA 10 H. CURSO PROFISSIONAL DE: Técnico de Multimédia RELAÇÃO DE ALUNOS

TURMA 10 H. CURSO PROFISSIONAL DE: Técnico de Multimédia RELAÇÃO DE ALUNOS Técnico de Multimédia 10 H 7536 Alberto Filipe Cardoso Pinto 7566 Ana Isabel Lomar Antunes 7567 Andreia Carine Ferreira Quintela 7537 Bruno Manuel Martins Castro 7538 Bruno Miguel Ferreira Bogas 5859 Bruno

Leia mais

COMÉRCIO INTERNACIONAL CURSO DE ECONOMIA

COMÉRCIO INTERNACIONAL CURSO DE ECONOMIA COMÉRCIO INTERNACIONAL CURSO DE ECONOMIA CLASSIFICAÇÕES DO SEGUNDO TESTE E DA AVALIAÇÃO CONTINUA Classificações Classificação Final Alex Santos Teixeira 13 13 Alexandre Prata da Cruz 10 11 Aleydita Barreto

Leia mais

7. Título de Especialista Observar na ficha de inscrição o campo obrigatório para quem possui Título de Especialista.

7. Título de Especialista Observar na ficha de inscrição o campo obrigatório para quem possui Título de Especialista. INFORMAÇÕES GERAIS: 1. Local Rio Poty Hotel/Teresina Piauí Av. Marechal Castelo Branco, 555 Ilhotas CEP: 64001-810 Teresina PI Telefone: (86) 4009-4009 Site: http://www.riopoty.com Distâncias: Aeroporto:

Leia mais

Sugestões para o rol. Núcleo Amil de Avaliação de Tecnologias em Saúde. Suzana Alves da Silva Maria Elisa Cabanelas Pazos

Sugestões para o rol. Núcleo Amil de Avaliação de Tecnologias em Saúde. Suzana Alves da Silva Maria Elisa Cabanelas Pazos Sugestões para o rol Núcleo Amil de Avaliação de Tecnologias em Saúde Suzana Alves da Silva Maria Elisa Cabanelas Pazos S Procedimentos selecionados Cardiologia AngioTC de coronárias Escore de cálcio Cintilografia

Leia mais

07 e 08 de Maio de 2010 Centro de Eventos Hotel Deville Porto Alegre - RS

07 e 08 de Maio de 2010 Centro de Eventos Hotel Deville Porto Alegre - RS 07 e 08 de Maio de 2010 Centro de Eventos Hotel Deville Porto Alegre - RS 07h00 07h55 Credenciamento Programação Dia 7 de Maio de 2010 - sexta-feira Boas Vindas e Introdução Rogério Sarmento-Leite (RS),

Leia mais

MFIG - TRABALHO Codigo Nome turma Nota Trabalho 110402106 Adriana Castro Valente 2 15,0 110402107 Alex da Silva Carvalho 3 14,9 70402122 Alexandre

MFIG - TRABALHO Codigo Nome turma Nota Trabalho 110402106 Adriana Castro Valente 2 15,0 110402107 Alex da Silva Carvalho 3 14,9 70402122 Alexandre MFIG - TRABALHO Codigo Nome turma Nota Trabalho 110402106 Adriana Castro Valente 2 15,0 110402107 Alex da Silva Carvalho 3 14,9 70402122 Alexandre Jorge Costelha Seabra 2 18,2 110402182 Ana Catarina Linhares

Leia mais

SEQUÊNCIA LISTA NOMINAL DOS CANDIDATOS APROVADOS 1 MAURO ROBERTO P. DUARTE 2 PAULO RENATO PEDRONI DE ALMEIDA 3 ALEX LOPES LYRIO 4 MARCOS ANDRE MURTA

SEQUÊNCIA LISTA NOMINAL DOS CANDIDATOS APROVADOS 1 MAURO ROBERTO P. DUARTE 2 PAULO RENATO PEDRONI DE ALMEIDA 3 ALEX LOPES LYRIO 4 MARCOS ANDRE MURTA LISTA NOMINAL DOS CANDIDATOS APROVADOS 1 MAURO ROBERTO P. DUARTE 2 PAULO RENATO PEDRONI DE ALMEIDA 3 ALEX LOPES LYRIO 4 MARCOS ANDRE MURTA RIBEIRO 5 ALEXANDRE FERREIRA DE MENEZES 6 ADALBERTO GOMES DA SILVA

Leia mais

www.sohcierj.org.br Prezados Colega,

www.sohcierj.org.br Prezados Colega, www.sohcierj.org.br Prezados Colega, Está se aproximando a data do 13º Simpósio de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista da Sociedade de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista do Estado do Rio

Leia mais

Corrida da Saúde. Infantis A - Feminino

Corrida da Saúde. Infantis A - Feminino Corrida da Saúde Classificação geral do corta-mato, realizado no dia 23 de Dezembro de 2007, na Escola E.B. 2,3 de Valbom. Contou com a participação dos alunos do 4º ano e do 2º e 3º ciclos do Agrupamento

Leia mais

Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superio Resultados da 1ª Fase do Concurso Nacional de Acesso de 2011

Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superio Resultados da 1ª Fase do Concurso Nacional de Acesso de 2011 14286394 ALBANO LUIS ANDRADE PEREIRA Não colocado 14388714 ANA BEATRIZ MARTINS MACHADO Colocada em 3133 9104 14371141 ANA CATARINA MOREIRA LEAL Colocada em 7003 14319342 ANA CATARINA SOUSA RIBEIRO Colocada

Leia mais

RESULTADOS. Nome Global ( /100) PT1840719 ADÃO AZEVEDO MALHEIRO MATOS BARBOSA 94 B1 PT1840720 ADRIANA MORAIS SOUSA 52 A1

RESULTADOS. Nome Global ( /100) PT1840719 ADÃO AZEVEDO MALHEIRO MATOS BARBOSA 94 B1 PT1840720 ADRIANA MORAIS SOUSA 52 A1 PT1840719 ADÃO AZEVEDO MALHEIRO MATOS BARBOSA 94 B1 PT1840720 ADRIANA MORAIS SOUSA 52 A1 PT1840721 ADRIANA XAVIER DA SILVA FERNANDES 38 Pré-A1 PT1840722 ALEXANDRA FILIPA AZEVEDO SANTOS 52 A1 PT1840723

Leia mais

ALCATEIA ACAGRUP 2014 - SIERRA NORTE - MADRID - ESPANHA PARTICIPANTES: 26 60% INCIDÊNCIA NO GRUPO 20%

ALCATEIA ACAGRUP 2014 - SIERRA NORTE - MADRID - ESPANHA PARTICIPANTES: 26 60% INCIDÊNCIA NO GRUPO 20% ALCATEIA Sec NIN NOME NIN NOME Lob 1215050143005 Alice Neto Santos Nascimento 1215050143015 Afonso da Fonseca Machado Lob 1215050143010 Amélia Maria Mesquita Aleixo Alves 1115050143010 Afonso Jesus Dias

Leia mais

LOCAL: Auditório CEAM- O candidato deve pegar um transporte alternativo e pedir ao motorista que o deixe no CEAM que fica logo após o Porto Itaguaí

LOCAL: Auditório CEAM- O candidato deve pegar um transporte alternativo e pedir ao motorista que o deixe no CEAM que fica logo após o Porto Itaguaí DINÂMICA DE GRUPO DIA: 11/08/2008 CARGO: APRENDIZ I - Operação Portuária 1. Aline Aparecida Ramos Muniz 2. Carla Cristina Gonçalves Silva 3. Carolina de Sousa 4. Douglas Leite Cardoso 5. Erick Rodrigo

Leia mais

CERTIFICADO DE ATIVIDADE DE EXTENSÃO

CERTIFICADO DE ATIVIDADE DE EXTENSÃO Certificamos para os devidos que ESTEVÃO JÚNIOR participou da atividade de extensão de Simulado da OAB, promovida pelas Faculdades Kennedy de Minas Gerais, no dia 07 de outubro de 2015, com carga horária

Leia mais

Técnicos Especializados

Técnicos Especializados Nome da Escola : Data final da candidatura : Disciplina Projeto: Agrupamento de Escolas Alexandre Herculano, Porto Nº Escola : 153000 2015-09-03 Nº Horário : 75 Escola de Referência para a Educação Bilingue

Leia mais

Lista de Contactos do Departamento de Engenharia Informática

Lista de Contactos do Departamento de Engenharia Informática Lista de Contactos do Departamento de Engenharia Informática Gabinete/Cargo Nome Extensão E-mail Diretor Luiz Felipe Rocha de Faria 1450 lef@isep.ipp.pt Sub-diretor(es) António Constantino Lopes 1462 acm@isep.ipp.pt

Leia mais

SELEÇÃO PARA O DOUTORADO EM EPIDEMIOLOGIA EM SAÚDE PÚBLICA ENSP/FIOCRUZ 2011

SELEÇÃO PARA O DOUTORADO EM EPIDEMIOLOGIA EM SAÚDE PÚBLICA ENSP/FIOCRUZ 2011 SELEÇÃO PARA O DOUTORADO EM EPIDEMIOLOGIA EM SAÚDE PÚBLICA 29665-462010 Ana Carolina Carioca da Costa SALA 403 29608-462010 Ana Cristina Marques Martins SALA 403 29522-462010 Israel Souza SALA 403 29671-462010

Leia mais

Comprimidos revestidos de 10 mg em embalagens com 14 e 30 comprimidos.

Comprimidos revestidos de 10 mg em embalagens com 14 e 30 comprimidos. dapagliflozina APRESENTAÇÃO FORXIGA (dapagliflozina) é apresentado na forma de: Comprimidos revestidos de 5 mg em embalagens com 30 comprimidos. Comprimidos revestidos de 10 mg em embalagens com 14 e 30

Leia mais

2. HIPERTENSÃO ARTERIAL

2. HIPERTENSÃO ARTERIAL TESTE ERGOMETRICO O teste ergométrico serve para a avaliação ampla do funcionamento cardiovascular, quando submetido a esforço físico gradualmente crescente, em esteira rolante. São observados os sintomas,

Leia mais

REPRESENTANTES - 5ª CCR

REPRESENTANTES - 5ª CCR REPRESENTANTES - 5ª CCR Unidade Procurador(a) E-mail Telefones 5ªCCR Composição 5ª CCR Denise Vinci Túlio Coordenadora Rodrigo Janot Monteiro de Barros Membro-Titular Valquíria Oliveira Quixadá Nunes Membro-Titular

Leia mais

ORIENTADOR(A): ANTÔNIO AUGUSTO MOURA DA SILVA BOLSISTA: POLIANA CRISTINA DE ALMEIDA FONSÊCA

ORIENTADOR(A): ANTÔNIO AUGUSTO MOURA DA SILVA BOLSISTA: POLIANA CRISTINA DE ALMEIDA FONSÊCA LOCAL: HALL PAULO FREIRE ÁREA: MEDICINA SESSÃO DE PÔSTER Dia 06/11/2012 Tarde Horário 14:30 às 18:00 M01 - DISTRIBUIÇÃO ESPACIAL DOS CASOS NOVOS DE TUBERCULOSE PULMONAR NO ESTADO DO MARANHÃO ENTRE 2001

Leia mais

Análise Matemática I - Informática de Gestão Avaliação da 1ª frequência

Análise Matemática I - Informática de Gestão Avaliação da 1ª frequência Análise Matemática I - Informática de Gestão Avaliação da 1ª frequência Número Nome Nota Obs 10780 ALEXANDRE JOSÉ SIMÕES SILVA 15 11007 ALEXANDRE REIS MARTINS 7,7 11243 Álvaro Luis Cortez Fortunato 11,55

Leia mais

LISTA ORDENADA POR GRADUAÇÃO PROFISSIONAL - DGAE

LISTA ORDENADA POR GRADUAÇÃO PROFISSIONAL - DGAE Nome da Escola : Agrupamento de Escolas de Almancil, Loulé Horário n.º: 27-18 horas 2013-10-09 Grupo de Recrutamento: 420 - Geografia LISTA ORDENADA POR GRADUAÇÃO PROFISSIONAL - DGAE Ordenação Graduação

Leia mais

VESTIBULAR 1º SEM 2015

VESTIBULAR 1º SEM 2015 Ampla Concorrência Curso : 012 Engenharia de Computação 1º 1448967 JOAO PAULO TINOCO ALVARENGA 93,0 Convocado 2º 1464090 GABRIEL BARROSO RUBIAO 89,0 Convocado 3º 1441526 ITALO NICOLA PONCE PASINI JUDICE

Leia mais

Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Resultados da 2ª Fase do Concurso Nacional de Acesso de 2011

Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Resultados da 2ª Fase do Concurso Nacional de Acesso de 2011 14320023 ALEXANDRE VAZ MARQUES VASCONCELOS Colocado em 1105 Universidade do Porto - Faculdade de Engenharia 9897 Ciências de Engenharia - Engenharia de Minas e Geoambiente 13840715 ANA CLÁUDIA DIAS MARTINS

Leia mais

OS EFEITOS DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM PACIENTES PÓS- CIRURGIA CARDÍACA

OS EFEITOS DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM PACIENTES PÓS- CIRURGIA CARDÍACA OS EFEITOS DA FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA EM PACIENTES PÓS- CIRURGIA CARDÍACA Vanessa Mota Lins Eder Rodrigues Machado RESUMO: Introdução: Trata-se de um estudo que sintetizou o conhecimento produzido acerca

Leia mais

11º GRANDE PRÉMIO DE S.JOSÉ

11º GRANDE PRÉMIO DE S.JOSÉ 11º GRANDE PRÉMIO DE S.JOSÉ 1 FRANCISCO PEREIRA 36 SENIOR MASC. VITÓRIA S.C. 20.23 2 ANDRE SANTOS 48 SENIOR MASC. C.A.O.VIANENSE 20.27 3 JORGE CUNHA 3 SENIOR MASC. S.C.MARIA DA FONTE 21.14 4 DOMINGOS BARROS

Leia mais

PROCESSO SELETIVO RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 CLASSIFICAÇÃO GERAL POR CURSO

PROCESSO SELETIVO RESIDÊNCIA MÉDICA 2015 CLASSIFICAÇÃO GERAL POR CURSO Inscrição GILBRAN COSTA GUIMARÃES 003020851100087 662,64 Cirurgia Geral 1 * MARCELA SILVA VIEIRA 003027851100098 655,49 Cirurgia Geral 2 * GUTENBERG DINIZ BORBOREMA 003021851100096 619,4 Cirurgia Geral

Leia mais

ESCOLA E.B. 2,3 DE LAMAÇÃES 2013-2014

ESCOLA E.B. 2,3 DE LAMAÇÃES 2013-2014 5º1 1 ANA CATARINA R FREITAS SIM 2 BEATRIZ SOARES RIBEIRO SIM 3 DIOGO ANTÓNIO A PEREIRA SIM 4 MÁRCIO RAFAEL R SANTOS SIM 5 MARCO ANTÓNIO B OLIVEIRA SIM 6 NÁDIA ARAÚJO GONÇALVES SIM 7 SUNNY KATHARINA G

Leia mais

COMISSÃO ELEITORAL REDUZIDA. Ata da Quarta Reunião

COMISSÃO ELEITORAL REDUZIDA. Ata da Quarta Reunião ELEIÇÃO PARA OS ÓRGÃOS SOCIAIS DA ASSOCIAÇÃO DE ESTUDANTES DA FACULDADE DE CIÊNCIAS DA UNIVERSIDADE DO PORTO COMISSÃO ELEITORAL REDUZIDA Ata da Quarta Reunião Ao sexto dia do mês de novembro de dois mil

Leia mais

Escola sede: Escola Secundária de S. Pedro do Sul Alunos Matriculados - 2015/2016

Escola sede: Escola Secundária de S. Pedro do Sul Alunos Matriculados - 2015/2016 13948 5 A 2.º Ciclo do Ensino Básico Ana Gabriela Pedro Fernandes Escola Básica n.º 2 de São Pedro do Sul 13933 5 A 2.º Ciclo do Ensino Básico Ana Júlia Capela Pinto Escola Básica n.º 2 de São Pedro do

Leia mais

Eleição SBC/PI. CANDIDATO Estado VOTOS Wildson de Castro Gonçalves Filho PI 22 Brancos 0 Nulos 0 TOTAL DE VOTOS 22

Eleição SBC/PI. CANDIDATO Estado VOTOS Wildson de Castro Gonçalves Filho PI 22 Brancos 0 Nulos 0 TOTAL DE VOTOS 22 Apuração do resultado final da Eleição Resultado das Eleições para Diretoria de Estaduais, Departamentos e Grupos de Estudos da SBC ------------------- --------------- Eleição SBC/PI Wildson de Castro

Leia mais

Boletim Científico. Preditores de disfunção ventricular esquerda, após plastia mitral: efeitos da fibrilação atrial e hipertensão pulmonar.

Boletim Científico. Preditores de disfunção ventricular esquerda, após plastia mitral: efeitos da fibrilação atrial e hipertensão pulmonar. Boletim Científico SBCCV 01/09/2014 Número 04 Preditores de disfunção ventricular esquerda, após plastia mitral: efeitos da fibrilação atrial e hipertensão pulmonar. Predicting early left ventricular dysfunction

Leia mais

CORRELAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA RENAL E ANEMIA EM PACIENTES NORMOGLICEMICOS E HIPERGLICEMICOS EM UM LABORATÓRIO DA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE, CE

CORRELAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA RENAL E ANEMIA EM PACIENTES NORMOGLICEMICOS E HIPERGLICEMICOS EM UM LABORATÓRIO DA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE, CE CORRELAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA RENAL E ANEMIA EM PACIENTES NORMOGLICEMICOS E HIPERGLICEMICOS EM UM LABORATÓRIO DA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE, CE Janaína Esmeraldo Rocha, Faculdade Leão Sampaio, janainaesmeraldo@gmail.com

Leia mais

Ministério da Educação e Ciência Resultados da 1ª Fase do Concurso Nacional de Acesso de 2012

Ministério da Educação e Ciência Resultados da 1ª Fase do Concurso Nacional de Acesso de 2012 14472273 ANA CARLA MELO VALADÃO Colocada em 0911 14595437 ANA ISABEL TERRA SILVA Colocada em 3101 9084 14541457 ANA MARIA DE SOUSA MARTINS Colocada em 7220 8149 14314779 ANDRÉ ALVES HOMEM Colocado em 0130

Leia mais

Processo Seletivo Público Apex-Brasil ASII-07. Comunicado 04 Resultado Final 1ª Etapa - Análise Curricular 15/05/2014

Processo Seletivo Público Apex-Brasil ASII-07. Comunicado 04 Resultado Final 1ª Etapa - Análise Curricular 15/05/2014 Processo Seletivo Público Apex-Brasil ASII-07 Comunicado 04 Resultado Final 1ª Etapa - Análise Curricular 15/05/2014 INFORMAÇÕES IMPORTANTES: 1ª ETAPA: de caráter eliminatório e classificatório A análise

Leia mais

COORDENADOR: PROF. LUIZ F. SALAZAR DISCIPLINA: SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR

COORDENADOR: PROF. LUIZ F. SALAZAR DISCIPLINA: SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR PROCAPE / - CURSO ESPECIALIZAÇÃO EM CARDIOLOGIA ANO: 0 HORÁRIO: 07:30 HS. ( em ponto) COORNADOR: PROF. LUIZ F. SALAZAR DISCIPLINA: SEMIOLOGIA CARDIOVASCULAR 07.0 ª A ANAMNESE EM CARDIOLOGIA SINTOMAS Dr.Luiz

Leia mais

O que é O que é. colesterol?

O que é O que é. colesterol? O que é O que é colesterol? 1. O que é colesterol alto e por que ele é ruim? Apesar de a dislipidemia (colesterol alto) ser considerada uma doença extremamente prevalente no Brasil e no mundo, não existem

Leia mais

MESTRADOS E DOUTORAMENTOS - 2015

MESTRADOS E DOUTORAMENTOS - 2015 MESTRADOS E DOUTORAMENTOS - 2015 2ª FASE - ECT SUPLENTE EXCLUÍDO LISTA DE CANDIDATOS SERIAÇÃO CARLA MARIA CARNEIRO ALVES Doutoramento em Didática de Ciências e Tecnologias 3,9 de 5 4 CARLOS EDUARDO DOS

Leia mais

Dossiê da Unidade Curricular

Dossiê da Unidade Curricular Turnos - Prática-Laboratorial - PL1 André Vieira Viana (a61034) António Manuel Pereira do Anjo (a67660) Beatriz Ribeiro Pires Loureiro (a68876) Bruno Miguel da Silva Barbosa (a67646) Carlos Rafael Cruz

Leia mais

Nome Curso Golos Amarelos Vermelhos

Nome Curso Golos Amarelos Vermelhos Nome Curso s Amarelos Vermelhos Carlos Júnior Mestrado 4 Jogo 15 Rui Nascimento Mestrado Jerónimo Mestrado 1 Jogo 15 Pedro Francês Mestrado 1 Andre Figueiredo Mestrado 3 Jogo6 Artur Daniel Mestrado 2 João

Leia mais

Resultados da Candidatura a Alojamento

Resultados da Candidatura a Alojamento Resultados da Candidatura a Alojamento Unidade Orgânica: Serviços de Acção Social RESIDÊNCIA: 02 - ESE ANO LECTIVO: 2015/2016 2ª Fase - Resultados Definitivos >>> EDUCAÇÃO BÁSICA 14711 Ana Catarina Mendes

Leia mais

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM RESSONÂNCIA E TOMOGRAFIA CARDIOVASCULAR

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM RESSONÂNCIA E TOMOGRAFIA CARDIOVASCULAR CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM RESSONÂNCIA E TOMOGRAFIA CARDIOVASCULAR Coordenadores: Drs. Clerio Azevedo e Marcelo Hadlich 1. Objetivos do Programa Proporcionar, aos pós-graduandos, formação especializada

Leia mais

RESULTADO DO EXAME NACIONAL DE ACESSO - 2012

RESULTADO DO EXAME NACIONAL DE ACESSO - 2012 1. Candidatos da Rede Publica Classificados e aptos a solicitar matrícula prévia no período de 13/02/2012 à 17/02/2012. 2012-PROFMAT-526.0006-0 ALECIO SOARES SILVA Classificado 2012-PROFMAT-526.0175-9

Leia mais

Relação de Candidatos Classificados INGLÊS TURMA A

Relação de Candidatos Classificados INGLÊS TURMA A Relação de Candidatos Classificados INGLÊS TURMA A 1 LUCIO GONÇALVES BRASIL NETO 2 BRUNA RENATA ROCHA FERNANDES 3 BARBARA ALEXANDRA COSTA GOMES 4 DAVI GOMES DE ALBUQUERQUE 5 FERNANDA MOREIRA LIMA 6 FILIPE

Leia mais

Local de Prova LICEU FRANCO BRASILEIRO, RUA DAS LARANJEIRAS, 13/15,, LARANJEIRAS, RIO DE JANEIRO - RJ / SALA: 18, PRÉDIO: B - ANDAR: TER

Local de Prova LICEU FRANCO BRASILEIRO, RUA DAS LARANJEIRAS, 13/15,, LARANJEIRAS, RIO DE JANEIRO - RJ / SALA: 18, PRÉDIO: B - ANDAR: TER LOCAIS DE PROVA - ENADE 2011 ARQUITETURA E URBANISMO ALINE ROCHA GONCALVES ANA CARLA GONZALEZ DE ARAUJO ANA CAROLINA SOUZA RODRIGUES DA SILVA ANITA LUIZA DE SOUSA SOARES CARLA DA SILVA SOUZA CARLOS JOSE

Leia mais

Programação. Dia 31/05 1º período do curso de Engenharia de Computação

Programação. Dia 31/05 1º período do curso de Engenharia de Computação Programação Dia 31/05 1º período do curso de Engenharia de Computação 1ª PALESTRA DO DIA: 19h As perspectivas mercadológicas na era da Tecnologia da Informação para Utilização de Software nas Empresas

Leia mais

161718 - Agrupamento Escolas Castro Daire 343717 - Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos de Castro Daire. Relação de Alunos

161718 - Agrupamento Escolas Castro Daire 343717 - Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos de Castro Daire. Relação de Alunos 343717 - Escola Básica dos 2.º e 3.º s de Castro Daire Turma : A 1498 1 Ana Catarina Costa Esteves 14920 2 Ana Francisca da Silva Fernandes 16292 3 Beatriz Monteiro Andrade 14409 4 Camila Almeida Oliveira

Leia mais

Belo Horizonte, 28 de setembro 2015.

Belo Horizonte, 28 de setembro 2015. Certifico que, Ademir dos Santos Ferreira, participou da palestra Logística Urbana, ministrada pelo Certifico que, Almir Junio Gomes Mendonça, participou da palestra Logística Urbana, ministrada pelo Engenheiro

Leia mais

Melhores Coordenadores

Melhores Coordenadores Melhores Coordenadores entre 201 a 400 alunos MÉDIA GERAL = 7,1 CURSO DE PETRÓLEO E GÁS Prof. Francisco Wendell Bezerra Lopes Melhores Coordenadores entre 401 a 700 alunos MÉDIA GERAL = 7,0 CURSO DE ARQUITETURA

Leia mais

Notas do exame da época de recurso de Contabilidade Financeira II 2008/09 Curso de Gestão

Notas do exame da época de recurso de Contabilidade Financeira II 2008/09 Curso de Gestão Notas do exame da época de recurso de Contabilidade Financeira II 2008/09 Curso de Gestão Exame Nota No. Nome Regime Recurso Final 22528 Adriana da Silva Afonso Ordinário 1.25 R 21342 Alexandra Crespo

Leia mais

Atendimento no sábado 06/11/2010. Grupo I 8h00 às 10h30. Local: Campus Samambaia. José Osvaldino da Silva Francisco Santos Sousa João Batista Quirino

Atendimento no sábado 06/11/2010. Grupo I 8h00 às 10h30. Local: Campus Samambaia. José Osvaldino da Silva Francisco Santos Sousa João Batista Quirino Atendimento no sábado 06/11/2010 Grupo I 8h00 às 10h30 NOME José Osvaldino da Silva Francisco Santos Sousa João Batista Quirino Edmilson de Araujo Cavalcante Alexandre Brito dos Santos Vacirlene Moura

Leia mais

TEMA: Uso de rivaroxabana (Xarelto ) em portadores de fibrilação atrial crônica

TEMA: Uso de rivaroxabana (Xarelto ) em portadores de fibrilação atrial crônica NT 65 Data: 08/04/2014 Solicitante: Dr. Eduardo Soares de Araújo Juiz de Direito Especial da Comarca Pública de Andradas Número do Processo: 0016044-91.2014.8.13.0026 TEMA: Uso de rivaroxabana (Xarelto

Leia mais

Poder Judiciário Seção Judiciária do RJ Justiça Federal - 2a Região

Poder Judiciário Seção Judiciária do RJ Justiça Federal - 2a Região Poder Judiciário Seção Judiciária do RJ Justiça Federal - 2a Região Sessão de Julgamento da 04ªTR PAUTA DA 14ª SESSÃO DE JULGAMENTO DO ANO DE 2016 DA 04ªTR, MARCADA PARA O DIA 11/05/2016, ÀS 14:00 H, QUANDO

Leia mais

CURSO: ANIMADOR SOCIOCULTURAL LISTA PROVISÓRIA DE ALUNOS SELECIONADOS

CURSO: ANIMADOR SOCIOCULTURAL LISTA PROVISÓRIA DE ALUNOS SELECIONADOS CURSO: ANIMADOR SOCIOCULTURAL Adriana da Conceição Palhares Lopes Alexandra Rodrigues Barbosa Ana Salomé Lopes Queirós Andreia Dias da Costa Bianca Patricia Gonçalves Ramos Carina Filipa Monteiro Rodrigues

Leia mais

RELATÓRIO SOBRE O CADASTRAMENTO DAS COORDENAÇÕES MUNICIPAIS DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CMCIH 2010/2012

RELATÓRIO SOBRE O CADASTRAMENTO DAS COORDENAÇÕES MUNICIPAIS DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CMCIH 2010/2012 RELATÓRIO SOBRE O CADASTRAMENTO DAS COORDENAÇÕES MUNICIPAIS DE CONTROLE DE INFECÇÃO HOSPITALAR - CMCIH 200/202 Brasília, Maio de 202 Diretores: Dirceu Brás Aparecido Barbano Diretor-Presidente Jaime Cesar

Leia mais

Detecção precoce de cardiotoxicidade em Oncologia

Detecção precoce de cardiotoxicidade em Oncologia Congresso Novas Fronteiras em Cardiologia Detecção precoce de cardiotoxicidade em Oncologia Andreia Magalhães Fevereiro/2013 Cardiotoxicidade Lesão cardíaca induzida por fármacos utilizados no tratamento

Leia mais

ANALISTA DE INFORMÁTICA / SISTEMAS

ANALISTA DE INFORMÁTICA / SISTEMAS EMPRESA MUNICIPAL DE INFORMÁTICA - EMPREL ANALISTA DE INFORMÁTICA / SISTEMAS ALEXANDRE CANTINHO SALSA JUNIOR 900861 30º 60,00 ANA CECILIA VITAL DE ANDRADE, 901526 14º 67,00 ANDRE LUIZ DE OLIVEIRA LOPES

Leia mais

SERVIDORES DO CCA. Alberto Luis da Silva Pinto Cargo: Assistente em Administração e-mail: alspinto@ufpi.edu.br Setor: Secretaria Administrativa

SERVIDORES DO CCA. Alberto Luis da Silva Pinto Cargo: Assistente em Administração e-mail: alspinto@ufpi.edu.br Setor: Secretaria Administrativa SERVIDORES DO CCA Alberto Luis da Silva Pinto e-mail: alspinto@ufpi.edu.br Setor: Secretaria Administrativa Amilton Gonçalves da Silva Cargo: Auxiliar Operacional Aminthas Floriano Filho Cargo: Técnico

Leia mais

Torneio Sete Cidades Rabo de Peixe, 8-11-2014. Prova 1 Masc., 50m Mariposa Cadetes 08-11-2014 Startlist

Torneio Sete Cidades Rabo de Peixe, 8-11-2014. Prova 1 Masc., 50m Mariposa Cadetes 08-11-2014 Startlist Prova 1 Masc., 50m Mariposa Cadetes 3 Henrique Silva Pereira 05 Clube Naval de Rabo de Peixe 57.46 4 Dinis da Silva Marques 04 Clube Naval de Ponta Delgada NT Prova 2 Femin., 50m Mariposa Absolutos Série

Leia mais

CERTIFICADO. Ana Carolina Torres Cresto. Certi camos que

CERTIFICADO. Ana Carolina Torres Cresto. Certi camos que Ana Carolina Torres Cresto Participou da visita técnica ao Braile Biomédica, realizada no dia 27 de agosto de 2015, com duração de 12 hs. Ana Carolina Torres Cresto Participou da visita técnica ao Hospital

Leia mais

Editorial. Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética Cardiovascular: Histórico e Impacto Crescente no Brasil e no Mundo.

Editorial. Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética Cardiovascular: Histórico e Impacto Crescente no Brasil e no Mundo. Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética Cardiovascular: Histórico e Impacto Crescente no Brasil e no Mundo Cardiovascular Computed Tomography and Magnetic Resonance: History and Growing Impact

Leia mais

Planilha Mensal de Ajuda de Custo (Res. 03/2011) Período de junho/2015

Planilha Mensal de Ajuda de Custo (Res. 03/2011) Período de junho/2015 Crédito no dia 30/07/15 Planilha Mensal de Ajuda de Custo (Res. 03/2011) Período de junho/2015 NOME Nº DE PROCESSO ALEXANDRE DA FONSECA MORETH 0012546-17.2012.8.19.0211 ALEXANDRE DA FONSECA MORETH 0007033-68.2012.8.19.0211

Leia mais

ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA

ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA ESCOLA SUPERIOR AGRÁRIA Curso: Biologia e Biotecnologia Sara Catarina Oliveira da Silva Curso: Ciência e Tecnologia Alimentar Paulo Sérgio de Carvalho Curso: Engenharia Agronómica Marcelo Filipe da Cunha

Leia mais

Hipertensão Arterial Pulmonar Protocolos Por que e para que? Ricardo Fonseca Martins

Hipertensão Arterial Pulmonar Protocolos Por que e para que? Ricardo Fonseca Martins Hipertensão Arterial Pulmonar Protocolos Por que e para que? Ricardo Fonseca Martins HAP Definição Condição patológica caracterizada pela elevação da pressão arterial pulmonar média acima de 25mmHg com

Leia mais

CREA-RJ Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro Classificação Final dos Candidatos Aptos - Nível Médio

CREA-RJ Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Rio de Janeiro Classificação Final dos Candidatos Aptos - Nível Médio Local de atuação : ARMAÇÃO DE BUZIOS 1 15 Bárbara Audára Brito Gomes APTO 19/02/1965 11 8 9 6 34 2 22 Wellington Santos da Luz APTO 19/05/1976 10 7 9 6 32 segunda-feira, 18 de abril de 2005 Pag. 1 de 19

Leia mais

ADRIANO JOSÉ CAVALCANTI SILVA CRM AL 03616 ENDEREÇO: AV.HUMBERTO MENDES, 140 FAROL (82) 3326-6816

ADRIANO JOSÉ CAVALCANTI SILVA CRM AL 03616 ENDEREÇO: AV.HUMBERTO MENDES, 140 FAROL (82) 3326-6816 ADRIANO JOSÉ CAVALCANTI SILVA CRM AL 03616 ENDEREÇO: AV.HUMBERTO MENDES, 140 FAROL (82) 3326-6816 ALAN TEIXEIRA BARBOSA CRM AL 02229 RUA COMENDADOR PALMEIRA, 122 FAROL (82) 3223-5517 ALBERTO ANTUNES DOS

Leia mais

Escola Secundária de S. Pedro do Sul (AESPS)

Escola Secundária de S. Pedro do Sul (AESPS) Sala B5 KFS ALEXANDRE DE ALMEIDA SILVA ALEXANDRE HENRIQUE DA ROCHA OLIVEIRA ALEXANDRE MIGUEL DE ALMEIDA PEREIRA ALEXANDRE SILVA FIGUEIREDO ANA CATARINA GOMES MOREIRA ANA CATARINA MARQUES GOMES ANA MARGARIDA

Leia mais

Reunião de Outono do Grupo de Estudo da Insulinorresistência da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo

Reunião de Outono do Grupo de Estudo da Insulinorresistência da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo Reunião de Outono do Grupo de Estudo da Insulinorresistência da Sociedade Portuguesa de Endocrinologia Diabetes e Metabolismo Dia: 28 de Novembro de 2015 Local: Porto, Fundação Cupertino de Miranda Tema:

Leia mais

MINISTÉRIO DA SAÚDE AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR CONCURSO PÚBLICO EDITAL Nº 18, DE 15 DE OUTUBRO DE 2007

MINISTÉRIO DA SAÚDE AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR CONCURSO PÚBLICO EDITAL Nº 18, DE 15 DE OUTUBRO DE 2007 MINISTÉRIO DA SAÚDE AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR CONCURSO PÚBLICO EDITAL Nº 18, DE 15 DE OUTUBRO DE 2007 RETIFICAÇÃO DO EDITAL Nº 17, DE 08 DE OUTUBRO DE 2007 - RESULTADO DO CURSO DE FORMAÇÃO

Leia mais

FAETEC - Técnico de Nível Médio - 2º Semestre. 2ª Reclassificação - Ano Letivo de 2013

FAETEC - Técnico de Nível Médio - 2º Semestre. 2ª Reclassificação - Ano Letivo de 2013 CVT Cidade de Deus Curso Técnico Subsequente ao Ensino Médio - Edificações (Noturno) 38 314010966 SAMUEL JOSÉ FAUSTINO JUNIOR Página 1 de 28 CVT Itaboraí Curso Técnico Subsequente ao Ensino Médio - Edificações

Leia mais

1.1.8 ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS QUALQUER ÁREA DE FORMAÇÃO/BELÉM 10057072, Augusto Rolim Dias Arruda, 68.

1.1.8 ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS QUALQUER ÁREA DE FORMAÇÃO/BELÉM 10057072, Augusto Rolim Dias Arruda, 68. MINISTÉRIO DOS TRANSPORTES AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS (ANTAQ) CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DE VAGAS NOS CARGOS DE ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS,

Leia mais

RELAÇÃO DAS SOLICITAÇÕES DEFERIDAS PARA INGRESSO COMO GRADUADO NO CURSO DE MEDICINA PERÍODO 2011.2

RELAÇÃO DAS SOLICITAÇÕES DEFERIDAS PARA INGRESSO COMO GRADUADO NO CURSO DE MEDICINA PERÍODO 2011.2 GRADUADO NO CURSO DE MEDICINA PERÍODO 2011.2 BRUNO BARBOSA DE MELO JOÃO MARCELO MEDEIROS FERNANDES MYLENA CAIAFFO COSTA VINICIUS FREITAS DE OLIVEIRA WALDILENE RODRIGUES FERREIRA MUDANÇA NO CURSO DE MEDICINA

Leia mais

Tempo. Class. Tempo. Class. Tempo. Class. jdg. Projeção: SAO SALVADOR / S.C. RECIFE. Prova: 4X HB Hora: 09:15:00 Fase: Final. Projeção: E.C.

Tempo. Class. Tempo. Class. Tempo. Class. jdg. Projeção: SAO SALVADOR / S.C. RECIFE. Prova: 4X HB Hora: 09:15:00 Fase: Final. Projeção: E.C. Data: 6-0-0 Prova: X FC Hora: 09:00:00 SAO SALVADOR / S.C. RECIFE MARILENE SILVA BARBOSA ERIKA SANTINONI MARIA CECILIA ALMEIDA CARDOSO ILKA RIBEIRO GALANTE Prova: X HB Hora: 09::00 ERICO VINICIUS DE JESUS

Leia mais

2. Quais os objetivos do Programa Nacional de Segurança do Paciente?

2. Quais os objetivos do Programa Nacional de Segurança do Paciente? O tema Segurança do Paciente vem sendo desenvolvido sistematicamente pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) desde sua criação, cooperando com a missão da Vigilância Sanitária de proteger

Leia mais

II ENCONTRO INTER-ESCOLAS DE BRAGA DESPORTO ESCOLAR DE NATAÇÃO CLASSIFICAÇÕES

II ENCONTRO INTER-ESCOLAS DE BRAGA DESPORTO ESCOLAR DE NATAÇÃO CLASSIFICAÇÕES II ENCONTRO INTER-ESCOLAS DE BRAGA DESPORTO ESCOLAR DE NATAÇÃO CLASSIFICAÇÕES PROVA 25m Livres femininos Class Escola Nome Escalão Tempo Obs. EBS Vieira de Araújo Mariana Fonseca Infantis A 20:2 2 EBS

Leia mais

INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA IMPORTANTE

INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA IMPORTANTE INFORMAÇÃO DE SEGURANÇA IMPORTANTE para os médicos prescritores de PROTELOS /OSSEOR (Ranelato de estrôncio) 2 g granulado para suspensão oral Estes medicamentos estão sujeitos a monitorização adicional

Leia mais

Certificado de Presença em Evento no ISEP

Certificado de Presença em Evento no ISEP *** Adam Silva *** ***c527078fe56b04280dcae9cc3541593d73d82015c12f65f060135ed5*** *** Adulcínio Adulcínio Duarte Rodrigues *** ***09d09b00214962ffdfefa4e2473001b55ffba6c7bbdc74ef3063ec95*** *** Alberto

Leia mais

SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA BANCO DO ESTADO DO PARÁ S.A. Homologação do Concurso N. 001/2013. Número de Publicação: CONCURSO PÚBLICO N 001/2013

SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA BANCO DO ESTADO DO PARÁ S.A. Homologação do Concurso N. 001/2013. Número de Publicação: CONCURSO PÚBLICO N 001/2013 SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA BANCO DO ESTADO DO PARÁ S.A Homologação do Concurso N. 001/2013 Número de Publicação: BANCO DO ESTADO DO PARÁ S.A CONCURSO PÚBLICO N 001/2013 O Diretor - Presidente do Banco

Leia mais

V International Symposium of New Abilities in Cardiac Surgery

V International Symposium of New Abilities in Cardiac Surgery V International Symposium of New Abilities in Cardiac Surgery Hotel Sofitel- Ibirapuera 02 e 03 de dezembro de 2011 Chairman President José Honório Palma da Fonseca Organizing Commitee: Roberto Catani,

Leia mais

CRONOGRAMA PARA APLICAÇÃO DAS PROVAS

CRONOGRAMA PARA APLICAÇÃO DAS PROVAS CRONOGRAMA PARA APLICAÇÃO DAS PROVAS Alberto Gomes da Silva Junior 19/02/2014: (4ª feira) - Prova oral de inglês = 9h Prova oral de espanhol = 9h20 André Luiz Bispo Oliveira 19/02/2014: (4ª feira) - Prova

Leia mais

AMANDA COSTA DE MORAIS

AMANDA COSTA DE MORAIS O Programa de Educação Tutorial (PET) do curso de Administração da UFMG certifica que o(a) aluno(a) AMANDA COSTA DE MORAIS participou da 7ª Discussão Temática Diversidade e inovação: cultura empreendedora

Leia mais

Dorsal Nome Equipa Tipo Nome da Equipa 101 Lucio Gustavo Coelho Pina individual Individual - 102 Diogo Gonçalves Azuribike Mangualde Team Individual

Dorsal Nome Equipa Tipo Nome da Equipa 101 Lucio Gustavo Coelho Pina individual Individual - 102 Diogo Gonçalves Azuribike Mangualde Team Individual Dorsal Nome Equipa Tipo Nome da Equipa 101 Lucio Gustavo Coelho Pina individual Individual - 102 Diogo Gonçalves Azuribike Mangualde Team Individual - 103 Hugo Neves Dão Nelas Btt/Livestrong Individual

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO Justiça Federal Juizados Especiais Federais TURMA RECURSAL Seção Judiciária da Paraíba PAUTA DE JULGAMENTO

PODER JUDICIÁRIO Justiça Federal Juizados Especiais Federais TURMA RECURSAL Seção Judiciária da Paraíba PAUTA DE JULGAMENTO Pauta da 15ª Sessão Ordinária de Julgamento - 2008 1 PODER JUDICIÁRIO Justiça Federal Juizados Especiais Federais TURMA RECURSAL Seção Judiciária da Paraíba PAUTA DE JULGAMENTO Determino a inclusão do(s)

Leia mais

INTERVALO E VISITA À EXPOSIÇÃO PARALELA - TEMA LIVRE PÔSTER GRUPO I

INTERVALO E VISITA À EXPOSIÇÃO PARALELA - TEMA LIVRE PÔSTER GRUPO I XXII CONGRESSO NACIONAL DO DEPARTAMENTO DE ERGOMETRIA, EXERCÍCIO, REABILITAÇÃO CARDIOVASCULAR, CARDIOLOGIA NUCLEAR E CARDIOLOGIA DO ESPORTE. PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA QUINTA-FEIRA 29 DE OUTUBRO DE 2015 07:30H

Leia mais

Uma área em expansão. Radiologia

Uma área em expansão. Radiologia Uma área em expansão Conhecimento especializado e treinamento em novas tecnologias abrem caminho para equipes de Enfermagem nos serviços de diagnóstico por imagem e radiologia A atuação da Enfermagem em

Leia mais

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE COLETIVA DO CHS Vivian Heringer Pizzinga APROVADO 1 Luiza do Carmo Louzada APROVADO 2 Thais Klein de Angelis APROVADO 3 Alessandra Teixeira Marques Pinto APROVADO 4 Mercedes Duarte e Silva APROVADO 5 Carlos Emmanuel

Leia mais

Ana Carolina Pereira Pires

Ana Carolina Pereira Pires Aimê Pinheiro Pires universidades e centros de pesquisa na geração de novos negócios, Ana Carolina Pereira Pires Ana Cristina Angelo Rocha Ana Paula Andrade Galvão Andre Araujo André Lopes Andre Luiz Santos

Leia mais

Morro do Bumba Niterói RJ, 08.04.10

Morro do Bumba Niterói RJ, 08.04.10 Morro do Bumba Niterói RJ, 08.04.10 A epidemia de doenças respiratórias crônicas Doença Ano da estimativa Prevalência Todos estam expostos a riscos Asma 2004 300 milhões DPOC 2007 210 milhões Rinite alérgica

Leia mais

PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO - EDITAL REDA 001/2013 CANDIDATOS APROVADOS POR ORDEM DE CLASSIFICAÇÃO 678.244.125-04 806.514.025-49 668.468.

PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO - EDITAL REDA 001/2013 CANDIDATOS APROVADOS POR ORDEM DE CLASSIFICAÇÃO 678.244.125-04 806.514.025-49 668.468. CARGO Área de Atuação Nº CPF NOME DO CANDIDATO PROCESSO SELETIVO SIMPLIFICADO - EDITAL REDA 001/2013 CANDIDATOS APROVADOS POR ORDEM DE CLASSIFICAÇÃO 678.244.125-04 BÁRBARA CRISTINA DOS CORREIA Nota Final

Leia mais

Listagem de contactos e ramos/áreas de especialidade dos Professores Doutorados na Escola de Direito da Universidade do Minho

Listagem de contactos e ramos/áreas de especialidade dos Professores Doutorados na Escola de Direito da Universidade do Minho Departamento de Ciências Jurídicas Gerais Profª. Doutora Maria Clara da Cunha Calheiros de Carvalho Profª. Associada, Com Agregação Email: claracc@direito.uminho.pt Profª. Doutora Patrícia Penélope Mendes

Leia mais

Insuficiência Cardíaca Aguda e Síndrome Coronária Aguda. Dois Espectros da Mesma Doença

Insuficiência Cardíaca Aguda e Síndrome Coronária Aguda. Dois Espectros da Mesma Doença Insuficiência Cardíaca Aguda e Síndrome Coronária Aguda Dois Espectros da Mesma Doença Carlos Aguiar Reunião Conjunta dos Grupos de Estudo de Insuficiência Cardíaca e Cuidados Intensivos Cardíacos Lisboa,

Leia mais

Projeto de Movimento dos Oficiais de Justiça de junho de 2015

Projeto de Movimento dos Oficiais de Justiça de junho de 2015 Projeto de Movimento dos Oficiais de Justiça de junho de 2015 Alexandre Luís Albuquerque E Quinhones Gaiolas, 3274/10, Bom com Distinção, Transição, Ana Maria Pires Matias Soares, 3149/10, Muito Bom, Transferência,

Leia mais

Gerenciamento de Redes utilizando Mikrotik O.S. Carga Horária Total: 35 horas

Gerenciamento de Redes utilizando Mikrotik O.S. Carga Horária Total: 35 horas Certificamos que ABÍLIO SOARES COELHO participou como ouvinte do VIII ENUCOMP Encontro Unificado de Computação, promovido pela Universidade Estadual do Piauí (UESPI), Universidade Federal do Piauí (UFPI),

Leia mais

HOSPITAL SÃO FRANCISCO RIBEIRÃO PRETO ESTADO DE SÃO PAULO PROGRAMA TEÓRICO E PRÁTICO PARA ESTÁGIO EM CARDIOLOGIA EM 2016

HOSPITAL SÃO FRANCISCO RIBEIRÃO PRETO ESTADO DE SÃO PAULO PROGRAMA TEÓRICO E PRÁTICO PARA ESTÁGIO EM CARDIOLOGIA EM 2016 HOSPITAL SÃO FRANCISCO RIBEIRÃO PRETO ESTADO DE SÃO PAULO PROGRAMA TEÓRICO E PRÁTICO PARA ESTÁGIO EM CARDIOLOGIA EM 2016 Credenciado e reconhecido pela Sociedade Brasileira de Cardiologia Início 2 de Fevereiro

Leia mais

Hospital Sofia Feldman

Hospital Sofia Feldman Hospital Sofia ldman Relatório de Remuneração de Médicos Referente a Mês/Ano: 07/2015 NOME DO TRABALHADOR ROBERTO SALES MARTINS VERCOSA PAULO MAX GARCIA LEITE LUCAS BARBOSA DA SILVA JOAO BATISTA MARINHO

Leia mais

CONCURSO VESTIBULAR - 2014

CONCURSO VESTIBULAR - 2014 FIP - FACULDADES INTEGRADAS DE PATOS Data - 5/8/2014 COMPROV - COMISSÃO DE PROCESSOS VESTIBULARES PAG - 1 RELACÃO DOS CANDIDATOS CLASSIFICADOS E APROVADOS MEDICINA - ORDEM POSIÇAÕ ORDEM INSCRIÇÃO NOME

Leia mais

Processo seletivo - Programa Aprendiz CSN - Maio 2015 Selecionados - curso Mecânica Próxima etapa: Dinâmica de Grupo e Entrevista

Processo seletivo - Programa Aprendiz CSN - Maio 2015 Selecionados - curso Mecânica Próxima etapa: Dinâmica de Grupo e Entrevista ABRAHAO JUNIOR DE SOUZA PEREIRA ALAN SILVA DE ASSIS ALEXANDRE DE SOUZA PEREIRA FILHO ALYSSON DA COSTA ESTEVES ANA CLARA SILVA CABRAL ANDRE DA SILVA VIEIRA JUNIOR ANDRE LUIZ DE OLIVEIRA DOMINGOS ARTHUR

Leia mais