CANTANHEDE CLUBE ESCOLA DE TÉNIS. Newsletter JUNHO Nesta edição: EDITORIAL

Transcrição

1 Nesta edição: EDITORIAL Cantanhede Ladies Open Torneio Escada Rolland Garrido 2012/ Atividade da equipa sub10 8 Atividade da equipa sub12 11 A História do Ténis (1ª parte) 14 O aquecimento e o retorno à calma (capítulo 1) 16 Mostra o que sabes sobre o mundo do ténis 17 Efeméride do mês 18 Caiu o pano sobre mais uma edição do Cantanhede LADIES OPEN. Mais uma vez, o CETC está de parabéns, bem como todos aqueles que participaram das mais variadas formas neste evento. Façamos votos para que 2014, nos propicie uma nova edição de um dos eventos desportivos mais mediáticos da zona centro do país. A partir deste mês, a newsletter do clube passa a oferecer aos seus leitores, novos motivos de interesse numa constante dinamização deste projecto. Assim, para além de darmos a conhecer a história desta modalidade, passamos a contar com a colaboração do técnico Adriano Carvalho na redacção de um artigo de cariz mais científico e que por certo, será do agrado geral. Agenda do mês 19

2 BÁRBARA LUZ VENCE LADIES OPEN Bárbara Luz, cabeça de série nº 6 do Cantanhede Ladies Open e nº 608 do ranking WTA, foi a terceira jogadora portuguesa a vencer o torneio internacional feminino de Cantanhede, depois de, em 2009, Maria João Koller ter ganho a primeira edição da prova e, em 2011, Magalli de Latre ter também vencido. Numa final muito equilibrada, contra a italiana Alice Balducci, cabeça de série nº 7, a jogadora lusa venceu por 2-1, com os parciais de 6-3; 2-6; 7-5, num jogo que durou cerca de 3 horas. Com a bancada do court principal completamente cheia, o público vibrou com um encontro que manteve a expectativa alta até ao final. Depois de um primeiro set que Bárbara Luz venceu com relativa facilidade por 6-3, a jogadora italiana impôs o seu jogo no segundo set e venceu rapidamente por 6-2, parecendo que, a partir daí, tudo estaria comprometido para a portuguesa. Pelo contrário, contando com um grande apoio do público, Bárbara Luz voltou ao jogo, equilibrou aos 5-5 e definitivamente venceu o torneio, fechando com 7-5. Na final de pares disputada no sábado, contra as expectativas, a dupla polaca formada por Agata Baranska e Zuzanna Maciejewska venceram a dupla argentina formada por Aranza Salut e Carolina Zeballos, pelos parciais 6-7, 6-4 e No último set jogado em sistema de super tie-break, as sul americanas chegaram a dispor de um match point que acabariam por desperdiçar de forma inglória.

3 CLUBE ESCOLA DE TÉNIS LADIES OPEN - 25 DE MAIO A 2 DE JUNHO Cerimónia de entrega dos prémios... Bárbara Luz (à esquerda) e Alice Balducci Verificação de todos os requisitos... Reconhecimento público do trabalho desenvolvido por todos os voluntários... Momentos antes do início da partida... Bárbara Luz, a grande vencedora Momentos de apreensão com a lesão de uma das jogadoras... Missão cumprida...

4 CLUBE ESCOLA DE TÉNIS LADIES OPEN - 25 DE MAIO A 2 DE JUNHO Para o último dia, estava reservada uma verdadeira surpresa para os nossos jovens atletas. Ambas as finalistas aceitaram o convite para fazer um clinic com as equipas sub10 e sub12. Tanto Alice Balducci como Bárbara Luz, proporcionaram uma bela experiência aos nossos jovens atletas que mais tarde irão recordar com enorme prazer. Sub 12 em acção... Balducci mostrando como se faz... Sub 10 com Balducci... Sub 12 com Bárbara Luz... Sub 10 em acção...

5 CLASSIFICAÇÃO 30/04/2013 5vqaw147 RK POINTS MATCHES W/L 11/1 8/0 10/4 10/4 6/1 RESULTADOS DOS JOGOS DISPUTADOS 04/05/2013 LUÍS CLEMENTE FÁBIO AZEVEDO /05/2013 MALTA JOSÉ DIOGO DIAS /05/2013 LUÍS CLEMENTE DANIEL BARREIRA CARLOS JULIÃO 6 6 CARMO TEIXEIRA /05/2013 DANIEL BARREIRA NUNO CORTESÃO /05/2013 DANIEL BARREIRA 7 6 LEONARDO SAMAGAIO /05/2013 FÁBIO AZEVEDO 6 6 JOEL PEDRO 1 0 FÁBIO AZEVEDO PAULO NETO FÁBIO AZEVEDO 6 6 DANIEL BARREIRA ! JOGOS (31/05/2013) RG MASTERS 29 e 30 Junho /05/2013 CIRIL DOS SANTOS 6 6 SANDRA MARQUES 0 2

6 Este mês em que cai o pano sob a primeira edição do torneio Escada Roland Garrido, entrevistamos a comissão organizadora constituída por Fábio Azevedo, Amílcar Falcão e José Malta: Ao fim de meio ano, com quase cem jogos disputados, podemos dizer que o torneio Rolland Garrido tem correspondido às expectativas dos organizadores? Considerando experiências passadas e aquilo que acontece noutros clubes, o número de partidas disputadas é muito significativo. Tivemos feedback positivo inclusivamente de outros clubes da região, como o Clube de Ténis de Coimbra, que nos "pediu emprestado" o modelo do torneio para servir de inspiração à sua aplicação. Correspondeu claramente às expectativas, especialmente porque se conseguiu colocar a jogar atletas que de outra forma nunca o teriam feito de modo próprio. Criou-se uma dinâmica muito interessante entre vários sócios do CETC e alunos da escola de ténis. Pensamos que em muitos casos se despertou e/ou reanimou o "bichinho" da competição, mesmo que num formato caseiro e amigável, que é fundamental em qualquer desporto, assumindo no ténis um papel assaz relevante para a melhoria contínua, seja na perspectiva individual, seja na prática colectiva. Embora houvesse um número limite, era expectável uma maior adesão por parte dos sócios? É difícil de dizer. No início o nosso desafio era conseguirmos no mínimo 15 atletas (sendo 25 o número limite). Atingimos o número limite e até teríamos ido mais longe se o software de gestão do torneio o tivesse permitido. Para primeira experiência não está mal. Se olharmos para a adesão a outras iniciativas, quer no CETC, quer noutros clubes, tendo em conta os dados de que dispomos e que nos deram a conhecer, temos de nos dar por satisfeitos. Mas queremos sempre mais! Um dos objectivos para o ano será certamente tentar aumentar ainda mais, não só o nº de atletas inscritos, como o número total de jogos realizados. A entrada de jovens jogadores da equipa de competição sub12 trouxe valor à competição ou levou os jogadores mais velhos a terem qualquer tipo de constrangimento? Esse foi um tema que discutimos bastante entre nós (tal como aconteceu com as senhoras). Ficarem de fora era penoso. Entrarem poderia ser arriscado. Optámos pela sua presença com os mais velhos e os resultados demonstram que foi uma aposta correta. Ganharam jogos, ganharam experiência, respeitaram os adversários, mas também se sentiram respeitados. Tudo certo! E é mais um forte sinal de que o CETC tem futuro no que diz respeito à competição!

7 Analisando os resultados, verificamos que existe uma significativa disparidade entre os jogadores. A priori, podia significar que o possível sucesso do torneio estaria comprometido por falta de competitividade. Querem comentar esta ideia? Essa é uma questão que não se coloca quando se joga pelo prazer de jogar. Claro que há disparidades, mas isso não deve inibir os melhores de jogarem no torneio, nem os outros a desistirem de o fazer. Não se entra num torneio necessariamente para ganhar. É preciso saber ganhar e saber perder. O ténis é um desporto onde mesmo quem perde pode ter sentido que jogou muito bem e que aumentou o seu nível de jogo. E isso só se consegue jogando com quem possa puxar por nós. Não participar por se saber que não se vai ganhar é a negação do desporto enquanto escola de virtudes. A ser assim, não havia competições desportivas. Podemos contar nova edição do torneio? Com novidades? Acreditamos que é uma experiência que vale a pena repetir. Provavelmente haverá novidades, mas só depois de encerrada a atual edição que culminará num Masters no final de Junho envolvendo os oito primeiros classificados do ranking. Depois disso será tempo de balanço e de tomadas de opções, podendo então surgir novidades. Fiquem atentos! E, muito importante, a organização (COROGA) está aberta e incentiva à participação de todos, seja activamente na organização, seja simplesmente através de sugestões, críticas e outros contributos que só podem ter um resultado: melhorar continuamente a qualidade deste torneio e o usufruto que todos nós podemos tirar disso. Tendo em conta que a variante pares é deveras aliciante e potencia um espírito de convívio ainda maior, haverá possibilidade de na próxima edição assistirmos a jogos deste tipo? Embora não seja um dado adquirido, a possibilidade de ser ter em paralelo a variante de pares é uma forte possibilidade. No entanto, será bom lembrar que num torneio de pares que recentemente o CETC organizou, o número de inscrições foi muito baixo, indiciando pouco interesse por essa variante. Mas é seguramente uma possibilidade. Teremos que auscultar toda a gente (Direcção, sócios e alunos) para averiguar do real interesse nessa variante, assim como consideramos claramente importante que o jogo de pares seja incentivado no clube e faça parte do currículo da escola.

8 Organização Associação Nome da Prova Data Local Grupo Escalão AT Coimbra AT Coimbra Smashtour A.A..C. 18 e 19 de Maio2013 Coimbra Juvenil Verde Sistema competitivo Grupos + eliminação direta Equipa CETC Hugo Ferreira, Tomás Francisco, Afonso Claro e Afonso Lourenço A nossa equipa sub10 esteve presente na sexta etapa do circuito Smashtour 2013 (Zona Norte). O comportamento global dos presentes foi bom, com particular destaque para o Hugo Ferreira que alcançou os 1/4 de final, onde perdeu frente a Henrique Rocha (ET Maia) ao fim de três sets. Cerca de 50 atletas de vários clubes estiveram presentes nesta etapa do circuito Smashtour, nomeadamente, da AA Coimbra, CT Coimbra, ET Centro, CET Cantanhede, CA Feira, TC Figueira da Foz, ETPP Viseu, Luso TC e CS Nun Álvares, CT Porto, Oporto CLTC, ETN Allegro, CLI Porto, GC Sto Tirso, GD Oliv. Frades, EV Sports e SC Porto. As boas instalações da AAC permitiram fazer frente às condições climatéricas adversas que se fizeram sentir no fim-desemana e todos os intervenientes acabaram por manifestar o seu agrado com toda a organização do evento

9 Organização Associação Nome da Prova AT Coimbra AT Coimbra 4ª Etapa Benjamim Ténis Tour Data 4 e 5 de Maio de 2013 Local Grupo Escalão Clube de Ténis de Coimbra Juvenil Verde Sistema competitivo Grupos + eliminação direta Equipa CETC Afonso Claro, Hugo Ferreira, Tomás Francisco e Afonso Lourenço Os nossos quatro mosqueteiros sub10 que tão bem representaram o nosso clube: Hugo Ferreira, Afonso Lourenço, Afonso Claro e Tomás Francisco (da esquerda para a direita, respectivamente) A nossa equipa sub10 esteve presente na terceira etapa do circuito Benjamim Ténis Tour 2013 na sua máxima força. O comportamento global dos presentes foi muito positiva, expresso pela presença do Afonso Lourenço nos oitavos de final e pelo segundo lugar final obtido pelo Hugo Ferreira, após final disputadíssima com António Vaz (ET Centro). A nossa equipa sub10 continua assim, a demonstrar a sua evolução conforme a planificação do seu treinador, Adriano Carvalho. SUB 10 SUB 10

10 A NOSSA EQUIPA SUB 10 HUGO FERREIRA 9 anos AFONSO CLARO 9 anos Cantanhede CETC Cantanhede CETC TOMA S FRANCISCO 9 ANOS Cantanhede CETC 2012/2013 AFONSO LOURENÇO 9 anos Tocha CETC

11 Organização Associação Nome da Prova Clube de Ténis de Paços de Brandão Aveiro Open Juvenil CTPB Data 30 de Maio a 2 de Junho de 2013 Local Grupo Escalão Pontuação Paços de Brandão Juvenil Sub12 Nível A sub12 O CETC esteve representado pelos atletas Francisco Miranda e Leonardo Samagaio no 16º Open Juvenil CTPB. Tratando-se de um torneio de categoria B, o nível competitivo foi muito elevado, proporcionando aos nossos atletas belas experiências desportivas. Francisco Miranda, isento na primeira ronda do qualifying, perdeu com João Sousa (A.A.C.) na segunda ronda. Já o Leonardo Samagaio, passou a primeira ronda por falta de comparência do adversário. Na segunda ronda, venceu João Ferreira (AEJ Ténis) ao fim de 2h50 de jogo. Após um intervalo de uma hora apenas, teve de jogar a última ronda de acesso ao quadro principal e embora bastante debilitado fisicamente, encontrou a força mental necessária para realizar uma boa partida. Apesar de derrotado, o nosso jogador mostrou todo o seu carácter e valentia, dignificando o nosso clube com a sua prestação. No dia seguinte, os nossos atletas jogaram a variante pares masculinos. Apesar de não terem conseguido o apuramento para os 1/4 de final, fizeram um bom jogo e principalmente, mostraram um belíssimo espírito de equipa, fundamental nesta variante. Em suma, tratou-se de uma bela jornada para o ténis juvenil. Uma palavra de apreço para a excelente organização, aliás como é apanágio do CTPB.

12 Organização Associação Nome da Prova Data Local Grupo Escalão Sistema competitivo Equipa CETC Clube Ténis de Abrantes AT Leiria XI Torneio Jovem de Abrantes 24 a 26 de Maio2013 Abrantes Juvenil Sub12 Grupos + eliminação direta Leonardo Samagaio O CETC esteve presente na Covilhã com o Leonardo Samagaio e o seu técnico, Adriano Carvalho. A competição decorreu sob condições atmosféricas muito difíceis e nada normal para a época. Apesar de toda a boa vontade da organização, o quadro competitivo da prova nas diversas variantes foi muito penalizado e inviabilizou uma melhor performance por parte do CETC, tendo o nosso atleta apenas disputado uma partida. No fim de semana seguinte, o Leonardo foi disputar o torneio de Abrantes onde alcançou um honroso 2º lugar. A prova disputou-se no complexo do Clube de Ténis de Abrantes situado numa zona de grande beleza paisagística. Após ter defrontado na meia final o atleta com melhor ranking presente na prova, alcançou a final e frente a Lucas Borjas, teve por diversas vezes oportunidade para fechar os sets a seu favor, não conseguindo tal intento. O resultado final de 5-4 e 5-3, comprova o enorme equilíbrio da partida. Por fim, uma palavra à organização pela forma como recebeu os atletas.

13 Organização Associação CITL AT Leiria Nome da Prova Data Local Grupo Escalão Sistema competitivo 24 a 26 de Maio2013 Leiria Juvenil Sub12 Grupos + eliminação direta Equipa CETC Francisco Miranda e Pedro Clemente O CETC esteve presente em Leiria com o Francisco Miranda e o Pedro Clemente. O torneio que teve lugar nas belas instalações do CITL, decorreu sobre condições atmosféricas muito agradáveis, ao contrário do que se havia registado na semana transacta e que inclusive, levou ao adiamento da competição para este fim de semana. Em termos desportivos, realce para a boa prestação do Francisco Miranda que logrou atingir os 1/8 de final, o que lhe permitirá ficar incluído no top 100 do respectivo escalão, quando a nova lista for publicada no inicio deste mês. Os nossos atletas, com particular realce para o Leonardo Samagaio e o Francisco Miranda, não competindo com as mesmas condições que a esmagadora maioria dos adversários (treinos diários e competição semanal regularmente ) por mera opção técnica, e em apenas cinco meses de competição, subiram aproximadamente 150 lugares no ranking nacional. Embora a filosofia patente na planificação dos atletas do CETC não seja a de lutar por melhores rankings como objectivo único e primordial, é de louvar a prestação dos nossos atletas. De fato, é necessário dar tempo ao tempo... A MATEMÁTICA NO TÉNIS No primeiro semestre de provas oficias, da actividade da nossa equipa de sub12, nas variantes de singulares masculinos e pares masculinos, resultam os seguintes dados estatísticos: 115 partidas disputadas! 260 sets disputados!! 1357 jogos disputados!!!

14 A HISTÓRIA DO TÉNIS (1ª PARTE) Muitos acreditam que o ténis surgiu como uma variante dos antigos jogos de bola praticados por egípcios, gregos e romanos. Outros acreditam que o ténis deriva de um jogo romano chamado "harpastum", que foi adaptado no país basco e recebeu o nome de "jeu de paume" porque a bola era batida contra um muro com a palma da mão. Também há quem argumente que a palavra racket deriva da palavra árabe rakhat, que significa palma. Os estudiosos referem que a hand-ball (jeu de paume em francês) foi jogado pelos gregos e romanos e por civilizações ainda mais antigas. Há referências nos clássicos para um jogo que era disputado num campo de pedra (Pilare, em latim, era para jogar a bola e pila era a palavra para bola). Assim, palla em latim encontra em pelote, o equivalente em francês. Os legionários romanos, ao chegarem à Gália, provavelmente trouxeram com eles o costume do hand-ball. Certo é que o jogo passou a ser jogado contra as paredes das casas nas cidades, dentro dos castelos, dentro e fora dos mosteiros e outros edifícios eclesiásticos. Numa altura em que a Inglaterra mantinha interesses territoriais em França, o jogo não demorou muito a atravessar o Canal da Mancha e, já no século XIV, ficou conhecido em toda a Inglaterra, sendo o Rei Henrique VIII um de seus praticantes mais habilidosos. No século XII, o "jeu de paume" difundiu-se por toda a França, com muitas modificações, tanto nas regras quanto na configuração dos campos. Deixou de ser jogado com a bola contra o muro, passando a ser praticado num rectângulo dividido ao meio por uma corda. Surgiu, assim, o "longue-paume", que permitia a participação de até seis jogadores de cada lado. Mais tarde, surgiu o "court-paume", jogo similar jogado em recinto fechado, mas de técnica mais complexa e exigindo uma superfície menor para a sua prática. As partidas eram disputadas à melhor de 11 jogos, saindo vencedora a equipa que fizesse primeiro seis jogos. Desta forma, no ténis, os seis jogos (games) definem em regra, uma partida (set). A forma do campo tal como a conhecemos hoje, evoluiu lentamente ao longo da Idade Média, mas até o final do século XV, as dimensões aproximadas tinha sido acordadas: um comprimento total de 90 pés e uma amplitude de 30 pés, no máximo. Curiosamente, somente no século XIV apareceu a raquete, invenção italiana, que tornou o jogo de "paume" menos violento e mais interessante, facilitando sua prática pelo resto da França. O jogo era popular em França e Inglaterra, onde era praticado em locais cobertos, onde a bola não batesse numa parede. Embora pareça incrível, entre 1550 e 1700, só em Paris, existiram mais de duzentos e cinquenta campos para a prática do jogo, de várias formas e dimensões.

15 Com o aparecimento da bola de borracha, em meados do século XIX, surgiu na Grã- Bretanha o ténis ao ar livre ("real tennis") bastante semelhante ao "court-paume", mas sem paredes laterais e de serviço. Efetivamente, o jogo atual de ténis teve origem no século XIX, em Inglaterra. Em 1873, o major inglês Walter Clopton Wingfield, em serviço na Índia e a pedido das senhoras britânicas, estudou os jogos precursores do ténis, introduziu alterações nas respetivas regras e padronizou as medidas do campo de ténis (court). No ano seguinte patenteou um manuscrito do regulamento com detalhes do jogo, quatro raquetes, uma rede e bolas, num "kit" de madeira. Este, era vendido na época, por cinco guinéus e ao qual se chamou "Sphairistike" em homenagem aos gregos que assim chamavam os exercícios feitos com auxílio de bolas. Contudo, depressa este termo seria substituído por ténis, que provavelmente deriva do francês "tenez" que significa pega! e era proferido quando o jogador atirava a bola para o adversário. Em 1875, no dia 25 de maio, teve lugar em Londres, uma reunião pública na qual foi aprovado o Código do "Lawn Tennis", inclusive a discutida pontuação do serviço, em fração de 15 polegadas. O ténis (chamado nessa época de "tennis-in-lawn" por ser jogado em campos de relva), logo se expandiu por toda a Índia, impulsionado pelo entusiasmo das senhoras e logo chegou à Inglaterra, ganhando protagonismo face ao "cricket", o maior sucesso da época em terras britânicas. A partir daí, as regras foram modificadas e uniformizadas para que o jogo pudesse ser praticado em todo o mundo. O ténis passou a fazer parte da programação dos Jogos Olímpicos de 1896 a 1924 e foi suprimido nesse ano. A partir de 1900, começou a disputar-se a Davis Cup equivalente ao campeonato mundial de equipas, repartidas por zonas geográficas distintas (americana, europeia e oriental). Porém, o torneio mais antigo de ténis no mundo, o Torneio de Wimbledon, foi realizado pela primeira vez em Londres em 1877, durante o qual se gerou um debate sobre a padronização das regras do desporto. Em 1963, começou a disputar-se a versão análoga para as senhoras, a Fed Cup. Davis_Cup_

16 O aquecimento e o retorno à calma (Capítulo 1) O aquecimento é tido como uma rotina fundamental que deve anteceder a prática de exercício físico. Os seus benefícios passam por: activação progressiva do sistema cardiovascular e respiratório, o que permite uma melhor irrigação e adaptação ao esforço; aumento da temperatura interna do músculo, o que beneficia a elasticidade dos tendões e a viscosidade dos tecidos (reduzindo assim o risco de lesão); estimulação do sistema neuromuscular e articular, aumentando a capacidade proprioceptiva. No entanto, por vezes, o aquecimento é confundido com exercícios de alongamentos ou flexibilidade, devendo ser realçado que estes devem ser encarados como duas entidades distintas. Um aquecimento deve ser realizado numa intensidade baixa, passando pelos seguintes passos: activação geral dos principais grupos musculares e das funções cardiovasculares e respiratórias; activação dos grupos musculares envolvidos na actividade desportiva em causa; exercícios de flexibilidade relacionados com a prevenção de lesões específicas do desporto em causa; aquecimento dos vários movimentos utilizados no desporto em causa. Assim, para o caso do ténis, o aquecimento deve iniciar-se com uma corrida ligeira, envolvendo vários padrões de movimentação (corrida para a frente; corrida lateral; corrida lateral com cruzamento dos membros inferiores, etc ); activação da parte superior do corpo, através de rotações da cintura, braços, pulsos, etc..; alguns exercícios de flexibilidade, executados por pouco tempo e numa intensidade baixa, que ajudem na prevenção de lesões específicas do ténis; começar a jogar ténis numa intensidade baixa que, progressivamente, deve ser aumentada até à intensidade natural do desporto (utilização progressiva do mini-ténis até ao fundo do court ). No próximo capítulo será abordado o tema do retorno à calma. Por Adriano Carvalho Fontes: Reid, M.; Quinn, A.; Crespo, M. (2003). ITF Strength and Conditioning for tennis

17 Mostra o que sabes sobre o mundo do ténis! O torneio mais famoso do mundo disputado em relva. 2 - O jogador solicita uma revisão oficial do local onde caiu a bola depois de uma jogada, utilizando tecnologia (hawk eye) 3 - A mais jovem tenista a atingir a primeira posição do ranking WTA. 4 - Dois erros consecutivos no serviço que levam o jogador a perder o ponto. 5 - Orgão dirigente do ténis mundial. 6 - Conjunto dos quatro maiores torneios profissionais. 7 - Quando o jogador passa a bola por cima do adversário quando este está perto da rede. 8 - Jogador norte-americano (recentemente retirado) autor do serviço mais rápido de todos os tempos (246,2 km/h). 9 - Circuito profissional feminino 10 - Jogador que chega ao quadro principal vindo do qualifying. 11- Quando se vence os quatro torneios do Grand Slam e a medalha de ouro olímpica durante uma carreira Quando um jogador vence a partida devido ao adversário não entrar em campo.

18 CLUBE ESCOLA DE TÉNIS EFEMÉRIDE DO MÊS: VI OPEN MAIO 2006 ANA NOGUEIRA Vencedora na variante SF NUNO MARQUES Vencedor na variante SM

19 Maio 2013 AGENDA AGENDA 29 E 30 DE JUNHO ROLLAND GARRIDO MASTERS 8/9 DE Junho CT ÁGUEDA 15/16 DE Junho ET CENTRO AGENDA 1/2 Junho CT OLIVEIRA DO HOSPITAL 15/16 Junho AAC AGENDA 5 A 9 DE Junho TORNEIO PEDRO E INÊS ALCOBAÇA (cat. A) 8/9 de Junho TORNEIO CITL LEIRIA (cat. C)

20 Maio 2013 PRO XIMO ME S ROLLAND GARRIDO: MASTERS ATIVIDADE DAS EQUIPAS SUB 10 E SUB 12 FÉRIAS DESPORTIVAS ENTREVISTA COM OS ORGANIZADORES DO ROLAND GARRIDO HISTÓRIA DO TÉNIS (2ªPARTE) AQUECIMENTO E RETORNO À CALMA (CAPÍTULO 2)