CORPO NACIONAL DE ESCUTAS
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- Rachel Tuschinski Palhares
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1 CORPO NACIONAL DE ESCUTAS Escutismo Católico Português ESCUTISMO MARÍTIMO SISTEMA DE PROGRESSO FROTA ETAPA DE PROGRESSO TIMONEIRO DE EMBARCAÇÃO Insígnia - De forma circular com um cabo prateado à sua volta, uma rosa dos ventos ao centro, sob a cor de fundo da secção. 1- Nomenclatura O - Teres os conhecimentos básicos da nomenclatura e palamenta necessária a uma embarcação de cruzeiro de complexidade média; O - Identifica três tipos de embarcações utilizadas localmente. F - Identifica três tipos de embarcação à vela, enunciando o velame das mesmas; F - Enuncia a nomenclatura de um veleiro de cruzeiro com um mastro; F - Enuncia as principais dimensões de um navio; F - Enuncia a documentação a ter a bordo exigida por lei. 2- Arte de Marinheiro O - Participa na manutenção anual da embarcação da tua equipagem. F - Faz e aplica os seguintes nós e voltas: pescador; lais de guia duplo; volta da ribeira; volta de anete; botão em cruz; botão em esquadria e peito de morte; F - Muda as velas e o cabo de arranque a um motor fora de bordo; F - Realiza um trabalho de marinharia com interesse para o teu Agrupamento; F - Constroi e utiliza uma arte de pesca. 3- Segurança O - Utiliza extintores e outros meios para extinção de incêndios a bordo. F - Descreve o material existente num posto de socorros a náufragos. Explica a sua utilização e como ajudar a puxar um náufrago para terra; F - Aplica no mínimo duas técnicas de um pedido de socorros a náufragos; (fumo, sinais pirotécnicos). F - Explica os problemas de equíliribo de uma embarcação e descreve as precauções a tomar para garantir a sua estabilidade. 4- Navegação O - Elabora um plano de navegação para um cruzeiro de um dia, tendo em conta as condições meteorológicas e de mar. F - Conheceres a escala de vento e de mar (Beaufort); F - Explica o que entendes por: latitude, longitude, profundidade de um lugar, milha e nó; F - Saberes os efeitos das marés e correntes na tua área de navegação. 5- Manobra 1
2 O - Realiza uma actividade náutica como Timoneiro de Embarcação. F - Aparelha um motor fora de bordo numa embarcação, cumprindo todas as normas de segurança; F - Teres conhecimento dos cuidados a ter com a manutenção diária de um motor, assim como a reparação de uma pequena avaria; F - Saberes rizar uma vela; F - Saberes os procedimentos da manobra de homem ao mar e realiza uma simulação da mesma. 6- Vivência da Fé O - Fazeres a partilha em Equipagem. F - Prepara uma celebração eucarística (Cânticos, leituras, etc.); F - Saberes o porquê da dimensão espiritual no Escutismo segundo B.P.; F - Integra um grupo de preparação para o Crisma (acto de confirmação); F - Participa numa B.A. de equipagem. 7- Saúde O - Aplica os primeiros socorros num acidentado em estado de choque. F - Faz uma corrida de m, fazendo três percursos da seguinte maneira: m a correr, 50 m a nadar e 1350 m de bicicleta; F - Pratica um desporto de equipe; F - Aplica a respiração artificial a uma afogado; F - Elabora a ementa de uma actividade de fim de semana, para a equipagem, de acordo com os príncipios dietéticos e cozinhando as respectivas refeições. 8- Vida em Campo O - Constroi e passa a noite num abrigo natural, durante um acampamento de sobrevivência, confeccionando em cozinha selvagem, incluíndo o pão. F - Faz um trabalho de construção utilizando os diversos tipos de nós e ligações que fazem parte da tua progressão; F - Faz um ninho de aves e coloca-o; F - Utiliza técnicas ecológicas na instalação do campo da tua equipagem; F - Constroi uma jangada utilizando os diversos tipos de nós e ligações que fazem parte da tua progressão. 9- Associação e Sociedade O - Participa numa acção de levantamento e recolha, na área da cultura popular tradicional, nomeadamente: Folclore, artesanato, jogos tradicionais, contos, etc.. F - Mantem um contacto internacional escutista; F - Elabora um jogo para dificientes; F - Conhece e identifica um ecosistema da tua reunião, caracterizando-o quanto à vegetação predominante e ainda os tipos de cultura existentes; F - Organiza um debate sobre um tema afecto à sociedade. 10- Arte e Expressão O - Faz uma reportagem utilizando meios audio-visuais, subordinada a um tema livre, expondo-a na Frota. F -Participa na animação do arquivo histórico da Equipagem; 2
3 F - Prepara uma oficina de construção de fantoches; F - Executa um trage para teatralização; F - Apresenta à Frota ou Agrupamento uma pesquisa sobre um tema histórico; F - Constroi ou monta um modelo à vela. 1ª PROVA Nomenclatura ETAPA DE TIMONEIRO DE EMBARCAÇÃO O - Teres os conhecimentos básicos da nomenclatura e palamenta necessária a uma embarcação de cruzeiro de complexidade média. NOMENCLATURA A nomenclatura de um pequeno veleiro é essencialmente o aparelho necessário à sua manobra. O aparelho é o conjunto do massame, poleame e velame. APARELHO Massame O massame é o conjunto de todos os cabos que se utilizam no aparelho da embarcação. Cabo - É o nome genérico de todas as cordas empregues na manobra de bordo. Os extremos dos cabos chamam-se chicotes e à parte compreendida entre os chicotes chama-se seio. Entre todos podemos destacar como príncipais os seguintes: Escotas - Cabos fixos a um dos punhos da vela e que servem para aguentar a vela a um bordo ou a outro conforme interessa a manobra. Adriças - Cabos destinados a içar as velas, vergas, caranguejas ou patilhão. Estais - Cabos destinados a aguentar a mastreação para vante e ré. Brandais - Cabos destinados a aguentar a mastreação para os bordos. Rizes - Pedaços de cabo metidos nas forras de rizes com um chicote para cada face da vela. Servem para rizar o pano, amarrando parte dele à retranca. Alantas - Cabos fixos aos punhos da vela spinaker, que servem para a sua manobra. Amantilho - Cabo que aguenta a retranca para a popa. Poleame O poleame é o conjunto de peças de madeira, de metal ou outro material, destinados à passagem dos cabos. O poleame usado nas embarcações é o seguinte: Poleama surdo - Quando o cabo passa numa clara, olho ou furo sem roldana. 3
4 Poleame de laborar - Quando o cabo passa numa roldana que gira num eixo. Poleame surdo: Sapata - É uma peça oval, com goivada à volta para receber a alça e com uma abertura central para a passagem de cabos. Pode ser lisa ou dentada, conforme o furo é liso ou apresenta vários recortes. Cassoilo - É uma peça geralmente de forma circular, com goivada em volta e com um ou mais furos para a passagem de cabos. Apresenta um recorte que lhe permite encostar a um cabo ou vergôntea. Hà também cassoilos de laborar. Bigota - É uma peça circular com goivada para a alça e três furos para a passagem de cabos. Manilhas - São peças de metal em forma de U, para ligar cabos às velas, aos moitões, aos esticadores ou correntes de ferro. Existem manilhas direitas e manilhas curvas. Sapatilhos - São aros de aço com uma gola em meia cana para receber um cabo. Hà sapatilhos, conforme a sua forma, redondos, ovais e de bico. Esticadores - São peças utilizadas para esticar cabos, que são providos uns de parafusos, outros com troços que lhes permitem aumentar e diminuir de comprimento. Garrunchos - Peças colocadas nas velas de estai que permitem içar e arriar a vela com maior rapidez. Cunhos - Peças com duas orelhas, utilizadas para prender os cabos. Mordedores - Peças que servem para impedir que os cabos corram. Castanhas - Peças cavilhadas à borda, geralmente nas amuras e alhetas, servindo para orientação dos cabos que saem da embarcação para amarrações ou para fundear. Olhal - Orifício na vela. Serve para passar o cabo (atilho) que fixa a vela ao mastro e à retranca. Poleame de laborar: Moitões - Caixas ovais, quadradas ou redondas, de um só gorne e de uma só roldana, por onde passa um cabo. Cadernal - É uma caixa semelhante ao moitão, mas com mais de um gorne e, portanto, mais de uma roldana. Polé - É uma peça formada pelo conjunto de dois moitões sobrepostos. Molinete - Aparelho de eixo horizontal que serve para caçar a escota. Velame Designa-se por velame o conjunto de todas as velas da embarcação. Na sua maioria as embarcações miúdas podem armarem em embarcações à vela, usando, neste caso, só e sempre velas latinas, isto é, velas montadas no sentido proa-popa. Quanto à sua forma as velas latinas podem ser triangulares ou quadrangulares. Nas velas latinas quadrangulares os lados da vela são: 4
5 Gurutil (que enverga na carangueja), valuma (o lado livre que diz para ré), esteira (que enverga na retranca), testa (que enverga no mastro). Os punhos, ou seja, os cantos da vela chamam-se: Punho da escota (valuma - esteira), punho da amura (esteira - testa), punho da boca (testa - gurutil), punho da pena (gurutil - valuma). Nas velas triangulares desaparece a carangueja pelo que a valuma une directamente ao mastro. Ao lado armado do mastro dá-se o nome de gurutil e o punho formado pelo gurutil e valuma chama-se punho da pena. Quer isto dizer que nas velas triangulares não há testa nem punho da boca. As embarcações miúdas podem armar com uma ou mais velas. Se a embarcação tiver dois mastros a vela que enverga no mastro da ré chama-se grande e a que enverga no mastro de vante chama-se traquete. Se houver um só mastro a vela nele envergada não tem designação especial e poderá chamar-se grande. Velas de proa - São velas que estão armadas nos estaís de proa do mastro de vante, chamando-se neste caso velas de estai. Se na embarcação existe um pau disparado à proa - pau de bujarrona - no lais do qual se fixa o estai, a vela toma o nome de bujarrona. Normalmente nas embarcações miúdas só existe uma vela de proa. Velas de balão ou de palanque - São velas de proa de formato especial que só se usam com ventos para ré do través. Nenhum dos lados da vela enverga em estai ou mastro. Como a figura indica, um dos punhos está fixo a uma espécie de retranca que se chama pau de palanque. Este pau trabalha no bordo oposto à retranca, disparado para a amura, e abraça o mastro por intermédio dum galindréu ou boca de lobo, prendendo o punho da vela no outro extremo. Mastreação A mastreação é o conjunto dos mastros de uma embarcação. Mastros são peças de madeira, metal ou outro material, em forma de vara arredondada que montam verticalmente na embarcação e têm resistência suficiente para aguentarem o trabalho das velas que lhes estão ligadas ou envergadas. Uma embarcação pode ter um, dois ou três mastros. No caso de ter dois o de vante chamase traquete e o de ré grande. O terceiro mastro, se existir, é normalmente o mastro da catita que monta junto ao painel de popa e enverga uma vela especial chamada catita. A altura do mastro chama-se guinda, ao seu extremo superior chama-se cabeça e ao inferior pé. O pé de mastro, tem o seu extremo talhado de maneira a poder entrar no furo da sobrequilha chamado mecha e a esse cavado, carlinga. O mastro tem além desta, outra fixação constituída pela énora ou pelo galindréu existentes na meia-coxia ou numa das bancadas da embarcação. As embarcações, utilizam ainda para envergar as velas outras peças semelhantes aos mastros e de nome de retranca e carangueja. As retrancas montam horizontalmente nos mastros no lado inferior da vela e ligam ao mastro por uma boca de lobo ou por um mangal. As caranguejas, que podem ser fixas ou de arrriar, são peças semelhantes às retrancas mas que trabalham na parte superior dos mastros. As caranguejas ligam-se ao mastro usualmente por bocas de lobo semelhantes às das retrancas. Ao extremo superior das caranguejas chama-se pique e ao que está junto ao mastro chama-se boca. 5
6 Semelhantes às caranguejas temos ainda as vergas que são peças em forma de vara que cruzam nos mastros e que suspendem alguns tipos de velas. As vergas das embarcações miúdas suspendem por adriças do modo indicado na figura seguinte. O mastro é abraçado por um anel de ferro, denominado urraca, tendo um olhal para adriçar e inferiormente um gato para ligar a uma alça passada na verga. Este dispositivo permite içar ou arriar a verga ao longo do mastro. O mastro comporta também cruzetas, por onde passam brandais que o vão sustentar. Pau de palanque trabalha no bordo oposto à retranca, disparando para amura, e abraça o mastro por intermédio dum galindréu ou boca de lobo, prendendo o punho da vela no outro extremo. As vozes para a manobra de mastros são: Arvora Mastros - A equipagem coloca os mastros nos seus lugares e aparelha-os. Mastros abaixo - Desaparelham-se os mastros e colocam-se em cima das bancadas no sentido proa-popa da embarcação. Armações Iate - É constituído por dois latinos quadrangulares e uma vela de proa. Marconi - É constituída por uma ou duas velas marconi e uma vela de proa. Houari - É constituída por duas velas de baioneta e uma vela de proa. Chalupa - É constituída por uma vela de proa, latino quadrangular e catita. Caíque - É constituída por dois bastardos triangulares. Coqueta - É constituída por bastardo e catita. PALAMENTA Conjunto de todas as peças soltas essencial à manobra da embarcação. Bóia de Salvação - Bóia circular formada por uma coroa circular e deve satisfazer as seguintes condições: - Ser de cortiça maciça ou de qualquer material equivalente, forrada de lona ou pano resistente; - Ser capaz de sustentar, na água, um indivíduo em posição vertical; - Deve ser guarnecida com pequenos seios de retenida devidamente abotoados, poderá ter amarrada uma retenida de 35 metros de comprimento; - Não estar presa à embarcação, devendo ser atirada à água para perto do náufrago de maneira a ser agarrada por ele fácilmente. - Deve ter acoplado o aparelho de GPS. Defensa - É colocada no costado das embarcações a fim de o proteger de pancadas e roçaduras. Pau de Croque - É uma vara de madeira, resistente e flexível, em geral de freixo, com o comprimento de três metros aproximadamente, tendo na ponta uma ferragem provida de um gancho simples ou duplo, servido na manobra de atracar ou afastar a embarcação. 6
7 Cabe ao proeiro e ao voga o seu manejo, devendo para atracar usar-se a extremidade com ferragem e para largar usa-se o cabo. Motor - Meio de propulsão da embarcação, quando realiza a manobra de atracar, de largar, de aproximação à bóia, recolha de objectos, homem ao mar e também como meio de emergência. Balsa Salva-Vidas - Balsa insuflável que em caso de abandono da embarcação por emergência serve de abrigo a toda a tripulação, contém o seguinte material: - Água; - Esponja; - Fio de nylon; - Abrelatas; - Pistola e very-lights; - Pistola de lança cabos; - Pastilhas para água do mar; - Navalha; - Bolsa de plástico; - Laterna e pilhas; - Pagaias; - Fita cola; - Jogo de reparação; - Botica; - Manual de sobrevivência. - Âncora flutuante; - Anzóis. 2ª PROVA Arte de Marinheiro O - Participa na manutenção anual da embarcação da tua equipagem. Manter uma embarcação e todo o seu equipamento em bom estado de funcionamento, não só salvaguarda o investimento, como também nos permite disfrutar do prazer de navegar em segurança. A não utilização da embarcação, permanecendo demasiado tempo em terra tráz-nos custos financeiros, bem como podemos colocar a nossa tripulação em perigo, aquando da sua utilização. A manutenção da embarcação depende dos nossos recursos financeiros, da nossa habilidade manual e do tempo que dispomos para efectuar as reparações, ou da combinação das três coisas. A experiência ajudar-nos-á a levar a cabo uma boa parte da manutenção, e à medida que vamos obtendo mais conhecimentos de construção e de materiais, provávelmente adquiriremos a habilidade necessária para empreender reparações importantes por nossa conta. A manutenção regular é uma necessidade. Temos de nos acostumarmos à ideia de realizar revisões periódicas, após a sua utilização, em busca de sinais de desgaste geral. Nunca devemos considerar a manutenção como uma tarefa anual, no entanto hà tarefas que se podem realizar anualmente. Com o Inverno, chega o momento de recolher a embarcação para hibernação, temos de levar a cabo uma profunda revisão do casco e a todo o material e equipamento. Sempre que seja possível, o melhor é varar a embarcação. A lavagem do casco com água doce, retirar todos os fungos e cracas que se agarraram ao casco e de seguida dar uma pintura com antivegetativo, é importante. Abrir todos os paiois laválos de deixar abertos para secar. As velas devem ser recolhidas para as lavarmos e repará-las, assim como todas as escotas. Passar óleo e massa em todas as ferragens e peças móveis. Limpar todos os instrumentos eletrónicos e de seguida aplicar um produto antiséptico. 3ª PROVA 7
8 Segurança O - Utiliza extintores e outros meios para extinção de incêndios a bordo. Incêndio a bordo Prevenção de incêndios O risco de incêndio derivado da presença de um motor a bordo provém principalmente de incêndios ou explosões causadas por: - Combustível; - Hidrogénio produzido pelas baterias; - Aquecimento excessivo do colector de escape; - Curto circuito provocado por cabos defeituosos; - Insuficiente ventilaçãoi da casa das máquinas; - Aumento de temperatura excessivo por falta de refrigeração ou lubrificação da máquina. Como evitar Deveremos tomar as devidas precauções para eliminar qualquer tipo de defeito no funcionamento do motor ou na sua instalação, corrigindo de imediato as anomalias observadas. Começando por: - Manter os porões sempre secos (sem açucar); - Verificar a rigorosa estanquecidade dos circuitos de combustível e depósito; - Certificarmo-nos se a bateria está em local ventilado e seco; - Verificar se o colector de gases de escape está bem protegido e se não existem fugas; - Certificarmo-nos se a instalação elèctrica está em boas condições e as ligações perfeitas; - Verificar se os ventiladores ou exaustores da casa das máquinas funcionam correctamente. Combate a incêndios A combustão é uma reacção contínua de um combustível com certos elementos, entre os quais predomina o oxigénio. O processo de combustão tem lugar de modos distintos: com chama e sem chama. A combustão com chama representa-se em forma de um tetraedro em que cada um dos 4 lados simboliza um dos 4 requisitos necessários para que se produza a combustão: combustível - oxigénio - temperatura - reacções de combustão em cadeia. A combustão sem chama representa-se em forma de triângulo em cada um dos lados equivale a um dos 3 requisitos necessários para a combustão: combustão - temperatura - oxigénio. Estas duas modalidades não se excluem e podem ter lugar separadas ou conjuntamente. Extinção de um fogo Pode ser por: - Arrefecimento (alagamento); - Diluição do oxigénio; - Eliminação do combustível; - Inibição quìmica da chama. 8
9 Recomendações para o combate a incêndios Fogo a bordo Se o incêndio ocorrer na parte exterior da embarcação e as chamas tenham tendência, ao ser tocadas pelo vento de propagar-se ao resto da embarcação, devemos de imediato colocar o local do sinistro a sotavento de forma a que as chamas se propaguem para o exterior. Por exemplo: Se o incêndio se dá no motor de popa, deveremos aproar a embarcação ao vento. Num incêndio em combustíveis líquidos não devemos nunca usar água, pois iria ajudar a propagação do incêndio às zonas circunvizinhas. Neste tipo de incêndio deveremos usar o extintor de espuma ou então areia da praia que não só o abafa como absorve o líquido. Nas embarcações com motor fora de bordo instalado, a primeira preocupação deve se desligar e afastar do local o depósito de combustível. Se o incêndio deflagrar no motor e esgotarmos todos os recursos existentes a bordo, só há uma alternativa: extinção por alagamento. Motor fora de bordo - atamos-lhe um cabo, desapertamo-lo e deitamo-lo borda fora, ficando suspenso pelo cabo. Motor interior - abrimos as vávulas de fundo ou um rombo de forma a alagar rapidamente a casa da máquina. Num local onde tenha havido derrame de combustíveis líquidos, teremos de tomar todas as precauções no sentido de não deitarmos qualquer objecto em chamas para a água, pois os combustíveis são menos densos que a água e mantêm-se à tona incendiando-se em contacto com o fogo, podendo de seguida propagar-se, pegando fogo não só à nossa embarcação, como a qualquer outra que se encontre próxima. Qualquer tipo de derrame de combustível, ficará à tona e espalhar-se-à de imediato a toda a embarcação. Por esse motivo, aconselhamos a manter sempre os porões completamente secos, como medida de segurança. 4ª PROVA Navegação O - Elabora um plano de navegação para um cruzeiro de um dia, tendo em conta as condições meteorológicas e de mar. As velas estão içadas, largou-se a amarração. As embarcações largaram do cais e cada um sente-se lançado na aventura. Mas, afinal onde e o que vão fazer? Nada foi programado! Mas que importa? De qualquer maneira acabarão por passar o tempo muito bem... Isto não chega! Fazeres-te ao mar é bom, mas saber porquê e como, ainda é melhor. Uma Actividade Programada Porquê esta saida? 9
10 Para te divertires um bocado? Para impressionares os novatos? Para não termos de imaginar outra coisa? Para fazer progredir cada um, no quadro de um programa de ocupação repartida pelo ano? É muito mais formativo passar a tarde de verão a fazer acostagens para praticar, do que fazer um bordo largo, para se ter a ilusão de que estamos a participar numa regata oceânica. A Preparação Procurar os exercícios e jogos que coloquem as equipagens em situações de poderem aplicar os conhecimentos técnicos obtidos para fomentar o progresso da unidade. - Preparar o material necessário; - Ter uma solução alternativa para o caso do tempo impedir a saída. A Apresentação do Plano de Água Marca-se a rota a seguir ou delimitam-se com precisão a zona de navegação, segundo o caso. O plano de água é meticulosamente estudado no carta, jutamente com os Patrões de Embarcação. As cartas devem conter: - Os pontos de referência (balizas, boias, etc.); - Os perigos (fundões, rochedos, escolhos, baixios, correntes, etc.). Os pontos de paragem e os abrigos de recurso, devem ser preparados em função dos possíveis caprichos do tempo, de uma embarcação em dificuldades que será obrigada a arribar, etc.. Completar as cartas com as entradas dos portos. A Previsão Meteorológica As informações meteorológicas devem ser acompanhadas, pelo menos durante os dois ou três dias anteriores à saida, para se poder avaliar a sua evolução e decidir se a saida é ou não possível. Aparelhar sem a conhecer, é uma negligência criminosa. O Controlador Em geral não se torna necessário, pois as embarcações da unidade navegam juntas e devem assegurar reciprocamente a sua própria segurança. Mas se pelo contrário, sair só uma embarcação, é necessário ter um controlador em terra, que esteja bem informado acerca da saida (horário, rota, actividades), para em caso de necessidade, poder activar acções de socorro. Uma regra fundamental: nunca mudar o programa se não for possível avisar o controlador. O controlador, deve ter suficientes conhecimentos do meio, para poder avaliar as situações correctamente; 3 horas de atrazo, numa altura em que o vento caiu ou é desfavorável, pode ser perfeitamente normal. A Reunião das Tripulações 10
11 Antes de aparelhar, deve ser explicado correctamente a finalidade e o desenrolar da saída, a todas as tripulações; vamos jogar à caça da baleia ou aprender a fazer o ponto, seguir esta rota e regressar a esta hora. Relembrar, sem cansar, as medidas de segurança: porto de arribação, navegação em grupo, horário das ligações de rádio ou outro sistema de comunicações, lista de abrigos. Oficina Técnica A sua necessidade depende muito dos objectivos da saída. Não deve ser muito longa: meia hora aproximadamente. Preparar um quadro de papel para os esquemas, mesmo se estiverem à borda da praia. A areia quente e seca não tem a virtude de facilitar uma boa compreensão da rota e da balizagem. O Aparelho e o Equipamento Verificar o estado do aparelho e da palamenta das embarcações. Verificar o equipamento pessoal: camisola, calças, sapatilhas, objectos pessoais, colete de salvação, etc.. Somente os deuses sabem, como estará o tempo quando regressar-mos. O Conselho de Navegação Depois de cada saída, todas as tripulações se reunem para fazer a critica ás manobras. Não é o momento de atirar as culpas para cima de alguém, nem mesmo se deve fazer criticas muito severas, mesmo que haja culpas. Deve sim fazer-se, uma análise objectiva e serena, tanto dos erros como dos êxitos. Diga-se que se o empreendimento fôr progressivo, não haverá muitos erros a apontar ás tripulações. 5ª PROVA Manobra O - Realiza uma actividade náutica como Timoneiro de Embarcação A prática de actividades marítimas, deve ser rodeada das mais exigentes condições de segurança, por todas as razões que vamos referir e também ter em conta todas as situações referidas na prova anterior. Todas as precauções devem ser tomadas para que os riscos de acidente, que podem tornarse graves, sejam diminuídos, ou que caso aconteçam, as consequências fatais sejam reduzidas ao máximo. As finalidades desta educação de segurança, dizem respeito a uma correcta avaliação dos riscos inerentes aos contactos com a natureza e uma clara apercepção do modo de enfrentar os possiveis riscos. As medidas de segurança procuram ainda, em caso de acidente proteger o material utilizado nas actividades e que tanto dinheiro e trabalho nos deu a conseguir. Mas a segurança não assenta unicamente no respeito por um regulamento de segurança ou pelos conselhos porventura indicados. Para além de tudo isto, há um estado de espírito, uma atitude e hábitos a desenvolver. 11
12 Todas as técnicas ensinadas são um valioso instrumento preventivo, mas de modo nenhum são a abase suficiente para suscitar o indispensável clima de segurança, de facto resultante de um permanente apleo ao bom senso e ao respeito pela própria vida e pela dos outros. No entanto a segurança não se atinge sem que alguns problemas sejam considerádos préviamente. Todo o material ou equipamento deve ser submetido préviamente, a uma verificação, sendo esta operação incluida no quadro das medidas de prevenção, afectas ao estado de espírito que nunca deve abandonar o escuteiro marítimo e que, deve ser uma das suas preocupações constantes. Na mesma linha se ínclui o vestuário usado a bordo, por vezes menos próprio, para uma movimentação dentro de água. Antes de cada saída para o mar ou rio, deve existir um conhecimento razoável das marés e das possiveis alterações das condições do tempo. O modo como nadam ou como vão equipados para bordo, é também um aspecto fundamental. Mas o dispositovo de segurança, deve abranger um maior número de meios e principalmente, estar adaptado ás condições do plano de água e da zona de navegação, pelo que deve existir em terra ou de uma embarcação, um controlo efectivo de toda a zona em que decorre a actividade. Num ou noutro caso, há necessidade de difinir um certo número de sinais sonoros ou visuais, cujo código deve ser do conhecimento de todos. As embarcações de segurança devem possuir meios capazes de rápidas deslocações e de recuperação das tripulações eventualmente em perigo. Os incidentes devidos a negligências, podem ser evitados fazendo antes do início da actividade, uma verificação cuidadosa de todo o material que faz parte do aparelho e do equipamento de segurança da embarcação, não esquecendo o transporte e de uma caixa de ferramentas e apetrechos utilizáveis em caso de avaria, como sejam cabos, manilhas, fio, moitões, etc.. A colocação dos elementos a bordo e a arrumação do material, são também cuidados a ter e que por vezes, são a causa de muitos acidentes. Devem ter sempre em atenção os seguintes princípios: - Nunca se deve embarcar e sair para uma actividade, sem se envergar roupa apropriada, que permita uma total liberdade de movimentos, tendo em atenção o estado do tempo. - Cada tripulante, deve transportar sempre consigo, o colete de salvação, conforme determina o regulamento de segurança e a legislação em vigor. Os tripulantes, não devem nunca, seja porque motivo fôr, deixar de envergar o colete. - O material de segurança deve ser sempre embarcado, mesmo que seja para pequenos percursos, bem como deve ser arrecadadao a bordo, em local de fácil acesso. - Devem embarcar-se sacos de plástico, para neles introduzir todos os materias, roupa ou objectos que não possam molhar-se. É conveniente proceder-se do mesmo modo com todos os documentos existentes a bordo, caso não seja plastificados. - Devem evitar-se os banhos bruscos e prolongados, após uma longa exposição ao sol, que embora possa ser agradável pode ser perigoso, pois pode sofrer-se uma hidrocussão, devido ao brusco dispêndio de energias, sobretudo após se terem feito esforços. 6ª PROVA 12
13 Vivência da Fé O - Fazeres a Partilha em Equipagem É hábito os Marinheiros rezarem juntos em vários momentos da sua vida Escutista. Normalmente é nas reuniões e nos acampamentos da Equipagem, que esses momentos são mais expressivos. Assim, a Equipagem reza no início dos trabalhos, nas manhãs e noites de campo, bem como antes das refeições. Partilhar é pôr em comum o bom e o mau de cada dia. É natural que entre amigos se partilhem em comum as confidências da nossa vida. Mas entre Marinheiros ainda são mais profundas essas confidências porque nos une o espírito de irmãos Escutas e de filhos do mesmo Pai do Céu e irmão do mesmo Jesus. Para que se faça partilha em Equipagem, torna-se necessário criar um clima especial e acertar na melhor ocasião da Reunião da Equipagem. As razões deste princípio de Partilha de vida permite reforçar a unidade, consolidar o espírito comum entre os Marinheiros, dado que as relações entre eles, são muito profundas. Embora não seja um momento único de Oração, os Marinheiros no final rezam pelos pais e pelas famílias... por si e por intenção da Equipagem e dos outros companheiros. É um momento de recolhimento sem afectação, serenos sem constrangimentos, piedosos sem pieguice e, acima de tudo é tempo de sermos sinceros. Exemplos de algumas reflexões a Deus: - Tu, que nos conheces até ao mais recôndito da nossa alma, e nos amas assim, simples e verdadeiros, ardentes e generosos, alegres e amando a vida, conserva-nos tais como somos... - Tu, que viveste a Tua vida, que acampaste na montanha e acendeste o fogo de bivaque dos doze nas margens do Lago Tiberiade, está connosco nos momentos mais difíceis... - Tu, que experimentaste as longas caminhadas e sofreste os ardores do sol do meio-dia, não nos abandones no caminho... - Tu, que empregaste as tuas mãos divinas nos duros trabalhos da madeira na oficina do carpinteiro José, dá-nos habilidade... - Tu, que te deixaste cair extenuado de sede e de fadiga, junto do poço de Jacó e que dormiste sobre um monte de cordas da barca de Pedro, acompanha-nos na jornada... - Tu, que nos ensinaste a sofrer como Tu, pelo próximo, a auxiliar os fracos e a socorrer os necessitados e a despojarmo-nos de tudo, como Tu, em favor dos outros, fazei que nenhum de nós se esqueça da prática da Boa Acção... - Tu, que nos convidas a espalhar o bem por onde quer que passemos, fazei que todos tenhamos um coração aberto aos outros... - Tu, que nos ensinaste a amar e a não odiar, nem mentir ou a saber recusar a hipocrisia do Fariseu, motiva-nos a sermos bons Marinheiros. Referimos o que se passa no lar paterno, no colégio onde estudamos, tudo o que podemos associar em algumas ideias, reviver naqueles momentos, alguns tempos especiais. O que fazemos é o género de um exame retrospectivo dos diversos acontecimentos da vida na última semana que passou. Quantas vezes, pela vida fora, não recordarás esses momentos inolvidáveis e a amizade dos teus irmãos Escuteiros. 13
14 A experiência da vida, coroada quase sempre pela desilusão, só em almas excepcionais e valorosas é que marca uma vantagem e um progresso. Um convívio quotidiano, explorado salutarmente, faz nascer o afecto fraternal e o desejo mútuo de se tornarem dignos dele, o desejo de merecerem o elogio e a confiança, o desejo de serem alguém. Tudo provém de Deus como sabes: a vida, a saúde, o bom tempo, numa palavra: todas as coisas que dão prazer, como a coragem e o entusiasmo para suportar aquelas que não o proporcionam... Recordem em comunhão o melhor da vida; glorificar o silêncio místico das florestas, a amplidão enorme das planícies, o murmúrio das fontes, a beleza das flores, o gorgeio das aves, deves amar a montanha e o mar, a luz e os espaços infinitos, o ar e as plantas... porque foi Deus que te deu tudo isso! Espírito de Equipagem é: Executar as mesmas tarefas, depender da mesma autoridade, experimentar as mesmas alegrias ou os mesmos dissabores. Sentirem-se companheiros, ou seja, solidários, ligados por uma espécie de parentesco e sujeitos a determinadas exigências morais, sem se excluírem da unidade do pequeno grupo. Uma pessoa não escolhe os colegas da escola, os vizinhos do prédio... são proporcionados pelas circunstâncias - mas escolhe os amigos. Só os amigos forjam amizades. É isto que suscita a solidariedade e a coesão da Equipagem. Podes revelar a um amigo Marinheiro o que não te atreverias nem desejarias dizer a qualquer outra pessoa. É a idade de ouro da amizade, que se vive numa Frota. Os Marinheiros desejam viver uma vida partilhada, em especial nas actividades escutistas. Perante perigos, emoções, riqueza, intimidade, confiança recíproca, simplicidade de relações, relações espontâneas, directas e francas. O Silêncio ajuda a aproximar as almas do criador. A Oração pode terminar com um cântico. À laia de exame de consciência individual ou colectivo: 14
15 - E tu, Marinheiro, que foi que deste ao teu Deus? - Que pensará Ele acerca do teu dia? - Como procedeste durante o dia, como Escuteiro e como verdadeiro Cristão? - Terás sido correcto, digno e criativo? - Terás procedido sempre com perfeita boa fé e amor pelos teus semelhantes? - Verificaste algumas sombras no teu dia, alguns passos falsos, sentimentos, atitudes, leviandades que os teus bons desejos recusam e que a tua lealdade desmintam? - Apagaste os vestígios que as minhas faltas porventura deixaram e permitam que eu amanhã possa corrigir? - Fui fiel à Lei e à Promessa que voluntariamente aceitei? 7ª PROVA Saúde O - Aplica os primeiros socorros num acidentado em estado de choque ESTADO de CHOQUE É uma condição de fraqueza generalizada do corpo que resulta de uma lesão ou doença que tenha reduzido drasticamente o volume de sangue circulante no corpo, particularmente a nível do circulante no corpo, particularmente a nível do cérebro. Isto acontece porque o sangue que é desviado para os órgãos vitais é insuficiente para os manter fornecidos de oxigénio e a funcionar. É uma situação grave que pode tornar-se fatal mesmo quando as lesões tenham sido devidamente socorridas. Há muitas causas de estado de choque, mas elas situam-se em dois grupos principais. Primeiro, o coração pode falhar como bomba e, portanto, a pressão de sangue circulante baixa. Exemplos deste grupo incluem os efeitos de electrocussão, trombos nos vasos cornários que alimentam o coração. No segundo, o volume de sangue circulante pode ser reduzido. Exemplos deste grupo englobam as perdas de sangue por hemorragias externas e internas, perdas de plasma por queimaduras graves, de água nos vómitos, diarreias, obstrução intestinal aguda. Neste grupo, as perdas determinam a redução do volume do sangue circulante e, portanto, o estado de choque. A redução do volume de sangue circulante pode ocorrer também por aprisionamento de algum sangue sem perda efectiva (choques séptico e anafiláctico). O organismo reage ao estado de choque canalizando mais sangue para as artérias que irrigam os órgãos vitais (p. ex., cérebro, coração e rins) em detrimento de tecidos menos importantes (p. ex. músculos e pele). Uma dor aguda ou o medo podem conduzir a um estado de choque especial (neurogénico) ou agravar um estado de choque já existente tal como o faz a posição de pé. Sintomas e Sinais À medida que o estado da vítima se agrava, os sintomas e sinais exteriores tornam-se mais pronunciados. A vítima sente-se fraca, a desmaiar, estonteada, ansiosa e inquieta; A vítima pode sentir-se agoniada e vomitar; 15
16 A vítima pode sentir sede; A pele torna-se pálida ou acinzentada (lábios), fria e húmida e pode começar a suar cada vez mais; Ventilação superficial acelerada; a vítima pode bocejar e suspirar; A pulsação acelera-se mas enfraquece, tornando-se por vezes, irregular; Pode sobrevir o estado de inconsciência; Pode haver sinais de lesão associada, externa ou interna. Objectivo Assegurar um fornecimento adequado de sangue ao coração, pulmões e cérebro. Determinar a causa do choque e tentar anulá-la. Providenciar o transporte para o hospital. Socorro Não desloques desnecessáriamente a vítima - pode agravar o seu estado. 1. Sossega e conforta a vítima. Tenta remediar qualquer causa (hemorragia externa). Move a vítima só o estritamente necessário. 2. Se o seu estado permitir, deita a vítima de costas sobre um cobertor. Mantem-lhe a cabeça baixa e voltada para um dos lados (para não perturbar a irrigação sanguínea do cérebro e diminuir os perigos do vómito). 3. Levanta-lhe as pernas e mantem-a-nas apoiadas sobre roupa dobrada ou de qualquer outro modo apropriado. Se suspeitares de fracturas, actua consoante a gravidade de cada uma delas. 4. Desaperta quaisquer peças de roupa justas para facilitar e auxiliar a ventilação. 5. Abriga a vítima de temperaturas extremas. Mantem-na confortável. Tapa-a com um cobertor ou um casaco. Se a vítima se queixar de sede, humedece-lhe os lábios com água, mas não lhe dás de beber. 6. Socorre quaisquer outras lesões. 7. Verifica a ventilação, a pulsação e os níveis de consciência, de 10 em 10 minutos. 8. Se a ventilação da vítima se tornar difícil, se o vómito parecer iminente ou se a vítima ficar inconsciente, coloca-a em P.L.S. 9. Se a vítima ficar inconsciente, abre-lhe a via aérea e verifica se ventila. Se necessário, executa o ABC da ressuscitação e coloca-o em P.L.S. 10. Envia de imediato a vítima para o hospital. Transporta-a numa maca, mantendo a posição adequada. Notas: Sossega a vítima e fica sempre com ela. Não utilizes botijas de água quente: iria activar a irrigação da pele em prejuízo dos orgãos vitais. Não ministres nada à vítima por via oral - vai impedir ou atrasar a subsequente administração de um anestésico. 16
17 Não deixes que a vítima fume. Os vários tipos de choque são designados mediante as causas que os provocam. Assim: Choque cardiogénio - resulta de problemas cardíacos; Choque neurogénio - tem a sua origem na alteração do sistema nervoso, com perda de controle da vascularidade; Choque hemorrágico - resulta da perda de sangue; Choque anafiláctico - resulta de várias situações alérgicas; Choque metabólico - resulta da perda de líquido corporal; Choque séptico - resulta de infecção grave. 8ª PROVA Vida em Campo O - Constroi e passa a noite num abrigo natural, durante um acampamento de sobrevivência, confeccionando em cozinha selvagem, incluíndo o pão. Se estiveres em campo descoberto, à noite e que esteja muito frio, a primeira coisa a fazer é construir um abrigo e manteres-te quente. O CALOR Primeiro existem três pontos fundamentais para te manteres quente: Protege-te do vento; Mantem-te seco; Reter o calor do corpo: (manter a circulação do sangue através do movimento). Duas ou mais pessoas produzem calor suficiente para se manterem vivas durante legume tempo. A circulação do sangue é da maior importância e as extermidades do corpo têm que se manter quentes envolvendo-as em roupa. Tenta manter as tuas mãos dentro das meias como se fossem bolsos. Se estiver muito frio é essencial abrigares-te o mais depressa possível. Coisas como, construções de pedra, pontes, uma árvore grande, uma parede, uma cave, um buraco de árvore ou troncos caídos são melhores do que ficar desabrigado. No entanto se tiveres tempo, uma construção mais cuidada é mais eficiente. ABRIGO COM MATERIAIS NATURAIS Depois de descobrir um sítio para o abrigo (não esquecer que deve ser tanto quanto possível, longe do vento e seco), recolhe todo o tipo de materiais que conseguires. Folhas secas, palha, erva, pedras caruma, penas, ramagens, pinhas, varas troncos, etc.. Para a escumagem do abrigo qualquer vara ou tronco pode servir. Os materiais mais adequados para cobrir o telhado vão desde a palha, erva comprida e fetos às ramagens. 17
18 Se o abrigo é para pouco tempo, uma ou duas noites, este tipo de material, pode ser usado imediatamente depois de cortado, mas se é para um periodo mais longo deve ser seco antes de utilizado, se não for seco depois de colocado diminui de volume, abrindo fendas. Pontos a lembrar sobre o abrigo. De preferência construi-lo numa zona abrigada; Só usar coisas secas para o leito; Não fazer um grande abrigo; Usar o máximo de materiais para o chão, tomar em linha de conta as condições atmosféricas. É a prova do vento ou chuva? Se o chão está molhado, mantêm os materiais para o chão secos pelo sistema de estrado feito com troncos e pedras. Para o telhado ser completamente à prova de água a sua inclinação deve ser sempre superior a 45º. Só se forem respeitados certos principios durante a construção do tecto se poderá ter um minimo de confiança na sua resistência à chuva. É interessante observar o comportamento das gotas de água no tecto. As gotas correm ao longo da erva ou palha até ao fim do seu comprimento, aí ganham volume até cairem para a camada imediatamente a seguir. Se a vara que segura a camada seguinte estiver à frente do fim da camada anterior provoca um ligeiro alto acumulando aí a água que se passará para dentro do abrigo. Existem inúmeros tipos de abrigos. Uns são melhores em condições de ventos, outros no caso de chuva. Uns levam minutos a construir, outros horas. Outros dependem da proximidade de abrigos naturais como árvores ou barrancos. Passamos agora a mostrar alguns tipos de abrigo para tu construires. ABRIGO DE EMERGÊNCIA NO SOLO Um abrigo pode ser feito rápidamente se estivermos numa situação de perdido em campo aberto e à noite, com outra pessoa. 1. Recolhe pedras, paus, lama e turfa para as paredes; 2. Recolher o máximo possível de material para o chão do abrigo; 3. Entrar no abrigo usando toda a restante roupa como cobertores. ABRIGO DE ROUPA DE EMERGÊNCIA Usando como estrutura de ramos triangular ou quadrangular, cobre-a com roupa prendendoa com pedras ou paus, usar bastante material seco para o chão. ABRIGO CONTRA UMA ÁRVORE Este é um abrigo fácil de construir e consiste em encostar ramadas contra um tronco de uma árvore. Os ramos são atados à árvore usando um sistema de entrançado com vimes, palha ou qualquer corda ou sisal. TELHEIRO 18
19 Pequenos telheiros para uma ou duas pessoas podem ser fácilmente feitos em uma ou duas horas com três ou quatro ramos, aproximadamente com 2,5 metros de comprimento por 1,5 metros. O telhado para estes abrigos é fácil de construir e é explicado nas imagens. É de notar o topo do telheiro com um pequeno rebordo aumentando a protecção e evitando o trabalho de prender a última camada. Este tipo de abrigo dura por longo tempo quando entraçado como deve ser. Um dos métodos de entrançar o tecto está descrito em baixo mas podem utilizar os vossos próprios métodos. Esta prova, vai-te levar ao mundo dos exploradores, que não usando panelas ou tachos, sobreviviam na travessia de imensas florestas, usando folhas e barro, para preparar as suas refeições. É evidente que hoje poderás usar outras tecnologias, que te ajudarão neste fim de semana, como é o uso da folha de alumínio que pode ser adquirida em qualquer supermercado; a melhor é a folha reforçada, pois a sua resistência ao calor é muito maior. Deves começar a treinar e anotar tudo o que vais fazer, antes do acampamento, pelo o que está indicado, são apenas alguns apontamentos, que te poderão servir de exemplo. 1. Água - Esta deve ser potável, mas é sempre melhor supor que está poluída, mesmo que se apresente clara. É bom fazê-la passar por um filtro de carvão vegetal e depois fervê-la. Há comprimidos de substâncias químicas para purificar a água. Leva alguns na mochila. Passar a água por um pano também ajuda, mas em qualquer caso ferve-a sempre. Experiência: Beber água do mar. Coloca a água num recipiente. Aquece pedras numa fogueira. Depois deita-as na água. O Vapor da água produzido é recolhido numa toalha ou peça de roupa fina. Quando estiver saturada de água, torce-a obtendo assim água fresca e potável. 2. Fazer fogo - O fogo é essencial para preparar os alimentos. Deves transportar uma provisão de fósforos À prova de água. Exemplos: revesti-los com cera, ou verniz das unhas, um a um; transportá-los dentro de uma embalagem de filme de 35 mm. Experiência: Acender duas fogueiras só com um fósforo. O truque consiste em cortar o fósforo ao alto com uma lâmina e só no fim cortar a cabeça em duas partes. Os melhores são os fósforos de cera. Acende devagar empurrando suavemente ao longo da lixa com a ajuda do dedo indicador. 3. A fogueira - A melhor fogueira para cozinhar com folha de alumínio é aquela onde existem muitas brasas e não existe chama. Um dos problemas que se apresenta é que as brasas tendem a esfriar após um curto espaço de tempo. A fogueira resolve o problema. Acende-se o fogo no círculo mais largo e levam-se as brasas para a extremidade menor, onde se cozinha. Uma camada de brasas com cerca de 5 cm de espessura, é o necessário para cozinhar com folha de alumínio. Convém utilizar lenha grossa e cortá-la em pedaços de 30 cm e utilizar lenha que dê brasas duradoiras, tal como o freixo, o carvalho ou o eucalipto; o pinheiro embora não dê umas brasas duraveis é aquele que mais abunda no nosso país e a sua utilização é aconselhável. 19
20 Para a cozinha selvagem o mais importante é ter um bom fogo. Usa lenha seca. Para ajudar a inflamar utiliza ervas secas, fetos, pinhas ou cortiça. O musgo é uma fonte de combustível, pois arde mesmo com o vento a soprar forte, produz calor intenso e arde durante muitas horas. 4. Comida - Podes colher alguns alimentos que cresçam espontaneamente como são as amoras, framboesas, avelãs, castanhas, nozes, amêndoas e outros. Apanha só aquelas que conheças muito bem. Se não tens a certeza é melhor não comê-las. 5. Receitas para cozinha selvagem: Ovos estrelados à caçador - Prepara uma raqueta com um ramo flexível (atar com uma arame). Fixar uma folha de alumínio no arco. Estrelar o ovo sobre as brasas na figideira improvisada. Ovos no espeto - Com o canivete, furar cuidadosamente o ovo nas extremidades. Enfiar numa vara fininha de madeira verde e descascada ou um raio de bicicleta ou vareta de chapéu de chuva, através do ovo e colocá-lo sobre o braseiro. Virar uma vez e a cozedura dura 3 minutos. Tira o miolo do pão, para fazer uma taça; desenfiar o ovo, pousar no pão e descascar. Ovo na batata - Corta a batata como mostra a figura, retirando-lhe o miolo. Deita dentro a gema e a clara. Volta a tapar a batata com o bocado que cortaste. Espeta um fósforo queimado ou um pauzinho. Embrulha-o em papel de alumínio e deixa-o cozer legume tempo nas brasas. Frango à Júliene na brasa - Numa folha de alumínio colocar uma quarto de frango, cubos de batata e cenoura com uma rodela de cebola, sal e pimenta e um pouco de gordura. Embrulhar tudo com jeito. Cozer nas brasas (cobrindo o embrulho com as brasas), durante 25 minutos. Espetada com ameixas - Carne de porco cortado em oito a dez cubos grandes, oito pedaços de toucinho e dez ameixas pretas secas. Untar todos os ingredientes com azeite; espetá-los pela seguinte ordem: ameixa, carne, toucinho, ameixa, etc... Grelhar na brasa viva, durante 25 minutos e vai rodando a espetada. Maçãs e salsichas - Três salsichas, uma cebola, duas maçãs, azeite, mostarda. Corta as maçãs em quartos, a cebola em rodelas (descascada) as salsichas em pedaços (3 por salsicha). Enfiar na espetada, a saber: cebola, salsicha, maçã, cebola, etc... Untar de azeite e mostarda, assar em brasa viva e muito rapidamente. Peut-à-feu - 150g de espádua de carneiro, cortada em cubos de 1cm. Uma cebola média, descascada e cortada em rodelas finas ou duas batatas. Uma pitada de sal. Embrulhar no alumínio (espessura dupla). Pôr nas brasas e esperar 20 minutos. Hamburguer com legumes - Misturar com um ovo, 150g de carne picada, salgar e amassar numa rodela de 2,5cm de espessura. Cortar uma batata grande em palitos como para fritar. Raspar uma cenoura e cortá-la em palitos. Colocar lado a lado sobre uma folha dupla de alumínio, 20
21 juntando um pouco de gordura e uma pitada de sal. Fechar o embrulho e enterrá-lo nas brasas, cobrindo-o com cinzas. Deixar assar durante 20 minutos. Espetada de peixe - 150g de qualauer peixe, uma fatia grande e bacon, um limão, azeite, sal e pimenta. Um pedaço de fio para atar a espetada (arame). Cortar o peixe em cubos grandes e temperar de sal e pimenta e regar com sumo de limão. Enfiar os pedaços de peixe e atar para não se desmanchar. Untar de azeite. Grelhar no fogo brando sobre brasas (30 minutos) para perfumar o peixe, polvilhar a espetada com qualquer erva aromática (tomilho, rosmaninho, eucalipto, etc.). Finalmente picar antes de envolver no bacon. Pão na brasa - Juntar em monte a farinha misturada com o sal e pó de fermento. Fazer no meio uma cova, onde se deita água. Em seguida amassar muito bem até fazer um bolo. Se o bolo se colar ás mãos juntar farinha ou água. Com as mãos polvilhadas de farinha, bater energeticamente sobre pedras chatas ou no chão previamente varrido de cinzas, a massa e dividi-la em pãezinhos pequenos (esferas de 5cm de diâmetro). Levam-se a cozer numa grelha ou directamente no lume, aconchegando à sua volta, brasas. Também se pode cozer levando ao braseiro sobre o papel de alumínio. Pão de rosca - Amassar o pão como na receita anterior e faz-se com a massa uma tira de 5cm de diâmetro; achata-se ligeiramente enrolando-se em espiral numa vara forte, descascada e previamente aquecida. Coloca-se a vara sobre o lume de brasas e vai-se virando de vez em quando, até estar completa a cozedura. A vara liberta-se com uma ligeira tracção axial. Muitas outras receitas e truques existem. Consulta a Flor de Liz e outras revistas, onde por vezes aparecem. Aumentar estas receitas e experimentá-las deve ser o teu objectivo de Marinheiro. Acredita, vai ser um fim de semana divertido, que dificilmente vais esquecer. 9ª PROVA Associação e Sociedade O - Participa numa acção de levantamento e recolha na área da cultura popular tradicional, nomeadamente: Folclore, artesanato, jogos tradicionais, contos, etc. Na impossibilidade de abordarmos todos os temas indicados, optámos por descrever apenas os jogos tradicionais populares, com alguns exemplos e a gastronomia de uma forma geral. No caso concreto da cultura popular, importa ter ideias corretas ácerca das motivações que habitualmente deram origem ao seu aparecimento e, principalmente, quais as necessidades concretas das populações que exigem a sua constituição. A intervenção das comunidades apontam, quase sempre, para uma das seguintes necessidades. Ocupação dos tempos livres com carácter recreativo (animação sócio-cultural); Iniciação e aprendizagem da actividades culturais e de reconhecido interesse informativo e educativo (formação e orientação sócio-cultural); 21
SUPER PRESS GRILL INSTRUÇÕES. Ari Jr. DATA. Diogo APROV. Nayana. Super Press Grill. Folheto de Instrução - User Manual 940-09-05. Liberação do Arquivo
N MODIFICAÇÃO POR 0 Liberação do Arquivo Ari Jr 10-12-2012 1 Inclusão da informação sobe uso doméstico (certificação) Ari Jr 14-02-2013 PODERÁ SER UTILIZADO POR TERCEIROS DA BRITÂNIA ELETRODOMÉSTICOS LTDA.
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