Trabalho de Campo e Semântica Formal. Luciana Sanchez-Mendes (UFF)

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1 Trabalho de Campo e Semântica Formal Luciana Sanchez-Mendes (UFF)

2 Linguística e Ciência

3 Ciência Conhecimento Habilidade de relacionar observações limitadas, particulares, concretas a esquemas mais gerais e estáveis Observações dados Esquemas teorias (CHAFE, 1994)

4 Ciência Conhecimento Científico Atenção equilibrada para a qualidade dos dados e das teorias Psicologia dados públicos observáveis e replicados sem embasamento teórico que acompanhe; Linguística teorias elaboradas para esclarecer um conjunto de observações minúsculo e questionável (CHAFE, 1994)

5 Métodos de Investigação

6 Métodos de Investigação Linguística Chafe (1994); França, Ferrari e Maia (2016) NATUREZA DA OBSERVAÇÃO PÚBLICO PRIVADO NATURAL NATUREZA DOS DADOS MANIPULADA

7 Métodos de Investigação Linguística Chafe (1994); França, Ferrari e Maia (2016) NATUREZA DA OBSERVAÇÃO PÚBLICO PRIVADO NATURAL INSIGHT NATUREZA DOS DADOS MANIPULADA

8 Métodos de Investigação Linguística Chafe (1994); França, Ferrari e Maia (2016) NATUREZA DA OBSERVAÇÃO PÚBLICO PRIVADO NATUREZA DOS DADOS NATURAL ETNOGRÁFICO; PESQUISA BASEADA EM CORPUS INSIGHT MANIPULADA

9 Métodos de Investigação Linguística Chafe (1994); França, Ferrari e Maia (2016) NATUREZA DA OBSERVAÇÃO PÚBLICO PRIVADO NATUREZA DOS DADOS NATURAL ETNOGRÁFICO; PESQUISA BASEADA EM CORPUS INSIGHT MANIPULADA JULGAMENTO DE GRAMATICALIDADE E SEMÂNTICO

10 Métodos de Investigação Linguística Chafe (1994); França, Ferrari e Maia (2016) NATUREZA DA OBSERVAÇÃO PÚBLICO PRIVADO NATUREZA DOS DADOS NATURAL ETNOGRÁFICO; PESQUISA BASEADA EM CORPUS INSIGHT MANIPULADA EXPERIMENTOS; ELICITAÇÃO JULGAMENTO DE GRAMATICALIDADE E SEMÂNTICO

11 Métodos de Investigação Linguística Chafe (1994); França, Ferrari e Maia (2016) NATUREZA DA OBSERVAÇÃO PÚBLICO PRIVADO NATUREZA DOS DADOS NATURAL ETNOGRÁFICO; PESQUISA BASEADA EM CORPUS INSIGHT MANIPULADA EXPERIMENTOS; ELICITAÇÃO JULGAMENTO DE GRAMATICALIDADE E SEMÂNTICO

12 Métodos de Investigação Linguística Método Etnográfico: Observação e registro em ocorrência natural Aquisição da Linguagem e Sociolinguística Coleta de Corpus Registro em plataformas como o ELAN

13 Métodos de Investigação Linguística Registro em plataformas como o ELAN

14 Métodos de Investigação Linguística Método Etnográfico: Realização plena no trabalho de campo Paradoxo do Observador (LABOV, 1972)

15 Métodos de Investigação Linguística Chafe (1994); França, Ferrari e Maia (2016) NATUREZA DA OBSERVAÇÃO PÚBLICO PRIVADO NATUREZA DOS DADOS NATURAL ETNOGRÁFICO; PESQUISA BASEADA EM CORPUS INSIGHT MANIPULADA EXPERIMENTAL; ELICITAÇÃO JULGAMENTO DE GRAMATICALIDADE E SEMÂNTICO

16 Métodos de Investigação Linguística Julgamento de Gramaticalidade: Introspecção e intuição Dados negativos Linguística Gerativa

17 Métodos de Investigação Linguística Julgamento de Gramaticalidade: Dados introspectivos não são suficientes para avançar nosso conhecimento de um fenômeno.

18 Métodos de Investigação Linguística Chafe (1994); França, Ferrari e Maia (2016) NATUREZA DA OBSERVAÇÃO PÚBLICO PRIVADO NATUREZA DOS DADOS NATURAL ETNOGRÁFICO; PESQUISA BASEADA EM CORPUS INSIGHT MANIPULADA EXPERIMENTOS; ELICITAÇÃO JULGAMENTO DE GRAMATICALIDADE E SEMÂNTICO

19 Métodos de Investigação Linguística Método Experimental: Controle de variáveis Evidência quantitativa Medições Off-line pós processamento On-line no curso do processamento Leitura automonitorada; rastreamento ocular

20 Métodos de Investigação Linguística Método Experimental: Fenômeno Observado Comportamento Variável Independente Variável Dependente

21 Métodos de Investigação Linguística Método Experimental: Fenômeno Observado Comportamento Variável Independente Posição do Adjetivo Variável Dependente Índice de Aceitação

22 Métodos de Investigação Linguística Método Experimental: Variável Independente Posição do Adjetivo Comportamento N+Adj Adj+N Variável Dependente Condições Índice de Aceitação

23 Métodos de Investigação Linguística Método Experimental: Estímulos Distratoras Controle Embaralhamento

24 Métodos de Investigação Linguística Método Experimental X Metodologias Tradicionais

25 Métodos de Investigação Linguística Método Experimental X Metodologias Tradicionais Experimento (SPROUSE, ALMEIDA, 2012a) 469 sentenças de Adger (2012) 440 falantes nativos, 2 tarefas de julgamento 3 tipos diferentes de análise estatística

26 Métodos de Investigação Linguística Método Experimental X Metodologias Tradicionais Experimento (SPROUSE, ALMEIDA, 2012a) 469 sentenças de Adger (2012) 440 falantes nativos, 2 tarefas de julgamento 3 tipos diferentes de análise estatística Discrepência de 2% entre os dois métodos.

27 Métodos de Investigação Linguística Método Experimental Paradoxo do Experimentador

28 Princípio de Heisenberg

29 Trabalho de Campo

30 Métodos de Investigação Linguística Trabalho de Campo? NATUREZA DA OBSERVAÇÃO PÚBLICO PRIVADO NATURAL ETNOGRÁFICO INSIGHT NATUREZA DOS DADOS MANIPULADA EXPERIMENTOS; ELICITAÇÃO JULGAMENTO DE GRAMATICALIDADE

31 Trabalho de Campo Sentido tradicional - pesquisador vivendo na comunidade que falava a língua que se pretendia estudar método de imersão língua em seu contexto natural (EVERETT, 2001; AIKHENVALD, 2007; BOWERN, 2008)

32 Trabalho de Campo Trabalho de Campo - Uma pessoa a mais além do pesquisador - Distância, exotismo e duração (HYMAN, 2001)

33 Trabalho de Campo Crowley (2007): linguistas pés-sujos x linguistas de poltrona Hyman (2001): empiristas, colecionadores de borboleta X pesquisadores da torre de marfim

34 Métodos de Investigação Linguística Trabalho de Campo? NATUREZA DA OBSERVAÇÃO PÚBLICO PRIVADO NATURAL ETNOGRÁFICO INSIGHT NATUREZA DOS DADOS MANIPULADA EXPERIMENTAL; ELICITAÇÃO JULGAMENTO DE GRAMATICALIDADE

35 Trabalho de Campo A maior parte das questões pesquisadas por linguistas de campo NÃO é etnográfica.

36 Trabalho de Campo A maior parte das questões pesquisadas por linguistas de campo NÃO é etnográfica. - Pesquisa de uma língua que não é a nativa do pesquisador, tipicamente envolvendo entrevistas com consultores nativos. (BOCHNAK e MATTHEWSON, 2015) - Coleta de dados por meio de interação com os falantes tanto em situações de uso natural da língua quanto por meio de entrevistas. (CHELLIAH e DE REUSE, 2011)

37 Trabalho de Campo Entrevistas dentro e fora da comunidade: Não há uma diferença qualitativa na coleta de dados nos dois modos de trabalho. O trabalho de campo em linguística em ambientes não exóticos é muito mais comum do que parece quando se lê os textos sobre o assunto. (CHELLIAH e DE REUSE, 2011)

38 Métodos de Investigação Linguística Trabalho de Campo NATUREZA DA OBSERVAÇÃO PÚBLICO PRIVADO NATURAL ETNOGRÁFICO INSIGHT NATUREZA DOS DADOS MANIPULADA EXPERIMENTOS; ELICITAÇÃO JULGAMENTO DE GRAMATICALIDADE

39 Teoria e Prática no Trabalho de Campo

40 Teoria e Prática no Trabalho de Campo Visão Tradicional

41 Teoria e Prática no Trabalho de Campo Hyman (2001) orientação para os dados ou para as teorias Linguistas orientados teoricamente tendem a diminuir as diferenças entre as línguas Abbi (2001) a teoria amarra as mãos do linguista de campo

42 Teoria e Prática no Trabalho de Campo Hyman (2001) Linguista de Campo Ama a descoberta e busca o que há de único nas línguas Crítica à retórica da linguística gerativa Dedicação a toda a língua: fonologia, sintaxe, semântica...

43 Teoria e Prática no Trabalho de Campo Outro Ponto de Vista

44 Teoria e Prática no Trabalho de Campo Pesquisas teoricamente orientadas têm um maior potencial de descoberta de propriedades específicas das línguas do que as pesquisas que se intitulam descritivas (COVER; TONHAUSER, 2015).

45 Teoria e Prática no Trabalho de Campo No trabalho de campo, a teoria e a prática não podem ser desvencilhadas. Fonologia X Sintaxe Gerativa

46 Teoria e Prática no Trabalho de Campo Bowern (2008) - teoria e descrição não são mutuamente excludentes Chafe (1994) observação e teorização são esforços complementares

47 Teoria e Prática no Trabalho de Campo Bowern (2008) - teoria e descrição não são mutuamente excludentes Chafe (1994) observação e teorização são esforços complementares Não é possível fazer a descrição de uma língua sem a formulação de hipóteses sobre como ela funciona. Na descrição, escolhas dos dados e a metalinguagem das categorias revelam o emprego de uma teoria.

48 Teoria e Prática no Trabalho de Campo Bowern (2008) Sherlock Holmes

49 Premissas A escolha do quadro teórico de uma pesquisa linguística determina diretamente a metodologia utilizada para coletar os seus dados. Para pesquisa em Semântica Formal, a metodologia de elicitação controlada é adequada. (MATTHEWSON, 2004; BOCHNAK e MATTHEWSON, 2015)

50 Semântica Formal

51 Semântica Formal Semântica Formal Unidade de análise: sentença Significado: condições de verdade P é verdadeira se, e somente se, Q.

52 Semântica Formal P é verdadeira se, e somente se, Q. A sentença Os homens carregaram malas de três em três é verdadeira se, e somente se,...

53 Semântica Formal A sentença Os homens carregaram malas de três em três é verdadeira se, e somente se, x. y. e. carregar(y)(x)(e) & homem(x) & mala(y) & <e,y> = σ<e,z>. z < y & e < e & z = 3 & Participante(e,z) x. y. e. carregar(y)(x)(e) & homem(x) & mala(y) & <e,x> = σ<e,z>. z < x & e < e & z = 3 & Participante(e,z) (MÜLLER, DONNAZZAN e SANCHEZ-MENDES, 2016)

54 Trabalho de Campo e Semântica Formal

55 Trabalho de Campo e Semântica Formal 1º PASSO: Acervo de dados existentes: espontâneos e publicados por outros pesquisadores

56 Trabalho de Campo e Semântica Formal (1) KARITIANA a. Mynda, y ete et, ipibmam in tyym ikytop, iohynam pitat yj a tykiri taka a okot bypiitap tairisooty. Ty ooman ej se yp am a tykiri. Sem pressa, a gente faz a quantidade de chicha, porque quando a gente faz muita chicha, acontece morte próxima. b. Taso tapyot iataki pitat tyym, isoko im tyym, kyj, i a tykit imbodn. Todos fazem o moquém, amarram sem arrebentar o cipó. Se arrebentar, não é bom. (MALOSSO, 2003)

57 Trabalho de Campo e Semântica Formal (2) KARITIANA yjxa pitat i a tykat \ / \ / L H L H human really 3-be impfve-aux-nfuture He was really human (STORTO, 1999)

58 Elicitação de Dados

59 Elicitação X Observação Elicitação - Atividade de coleta de dados envolvendo um estímulo, uma tarefa e uma resposta. (BOHNEMEYER, 2015) - Potencial de replicação

60 Elicitação Premissas: Fatos semânticos podem ser estudados via trabalho de campo. O trabalho de campo com um pequeno número de falantes é uma metodologia de pesquisa cientificamente válida.

61 Elicitação Anonymous Review This reviewer suspects that fieldwork done through another language is indeed pretty unreliable. The suspiction increases when the native speakers belong to a moribund language... How much should one, can one, believe an informant s metalinguistic judgments about a language no longer frequently used? (BOCHNAK e MATTHEWSON, 2015)

62 Elicitação Argumentos: - Somente elicitação garante: - Paradigmas completos; - Controle sobre a sintaxe e a semântica lexical; - Investigação direta da gramaticalidade e das condições de felicidade

63 Elicitação Argumentos: - Experimentos informais com poucos falantes guiados por uma hipótese são idênticos em muitos aspectos com os experimentos de laboratório (SPROUSE, ALMEIDA, 2012b). Testar previsões e hipóteses falseáveis; Desenhar um conjunto de condições para testar contrastes mínimos relevantes; Desconsiderar variáveis incômodas.

64 Elicitação Argumentos: - Dados não experimentais derivados de intuição podem oferecer resultados assustadoramente semelhantes a dados obtidos com experimentos de larga escala (PHILIPS, 2010).

65 Elicitação Argumentos: - Relação pesquisador consultor X investigador sujeito: Compreensão de tarefas (SCHÜTZE, 2005)

66 Elicitação Compreensão de tarefas (SCHÜTZE, 2005) - Tarefa de aceitabilidade: Posso dizer X? Sim, claro...

67 Elicitação Compreensão de tarefas (SCHÜTZE, 2005) - Tarefa de aceitabilidade: Posso dizer X? Sim, claro... Mas por que você diria isso?

68 Elicitação Compreensão de tarefas (SCHÜTZE, 2005) - Tarefa de aceitabilidade: Posso dizer X? Sim, claro... Mas eu nunca diria.

69 Elicitação Compreensão de tarefas (SCHÜTZE, 2005) - Tarefa de aceitabilidade: Posso dizer X? Sim, claro... Mas as pessoas vão rir de você.

70 Elicitação Compreensão de tarefas (SCHÜTZE, 2005) - rejeição sistemática de um falante de sentenças imperativas sem please no final

71 Elicitação Compreensão de tarefas (SCHÜTZE, 2005)

72 Elicitação Compreensão de tarefas (SCHÜTZE, 2005)

73 Procedimentos

74 Procedimentos Protocolo Duas etapas: traduções e julgamentos de contextos Metalíngua comum como instrumento (MATTHEWSON, 2004; SANCHEZ-MENDES, 2014)

75 Procedimentos 1ª etapa: traduções sentenças completas (3) a. aniki KARITIANA estar com frio (LANDIN, 1983) b. give up INGLÊS desistir

76 Procedimentos 1ª etapa: traduções O cenário é um ninho em cima de uma árvore. Eu quero dizer que o ovo que estava no ninho caiu; como eu falo em Karitiana: O ovo caiu? (4) Sypi Ø-naka- ot-ø. ovo 3-DECL-cair-NFUT Ovo caiu

77 Procedimentos 1ª etapa: traduções (5) Inácio Ø-naka-kydn-Ø kandat. Inácio 3-DECL-esperar-NFUT muitas.vezes O Inácio esperou muito

78 Procedimentos 1ª etapa: traduções Quine (1960) indeterminação da tradução radical Inescrutabilidade da referência Gavagai

79 Procedimentos Exemplo do que não fazer...

80 Procedimentos

81 Procedimentos

82 Procedimentos

83 Procedimentos

84 Procedimentos 2ª etapa: julgamentos do valor de verdade de sentenças em contextos particulares (6) João Ø-na-pytim adn-ø pitat. João 3-DECL-trabalhar-NFUT muito O João trabalhou muito

85 Procedimentos 2ª etapa: julgamentos do valor de verdade de sentenças em contextos particulares (6) João Ø-na-pytim adn-ø pitat. João 3-DECL-trabalhar-NFUT muito O João trabalhou muito Possibilidades: iteratividade, duração e intensidade (DOETJES, 2007)

86 Procedimentos 2ª etapa: julgamentos do valor de verdade de sentenças em contextos particulares (7) a. Em um contexto em que o João trabalhou muitas vezes esta semana ou este mês, eu posso usar a sentença João napytim adn pitat? b. Em um contexto em que o João trabalhou uma vez por muito tempo esta semana, eu posso usar a sentença João napytim adn pitat? c. Em um contexto em que o João trabalhou uma vez por pouco tempo, mas bastante intensamente esta semana, eu posso usar a sentença João napytim adn pitat?

87 Procedimentos 2ª etapa: julgamentos do valor de verdade de sentenças em contextos particulares (8) a. Se um falante aceita a sentença S em um contexto C, S é verdadeira em C. b. Se uma sentença S é falsa em um contexto C, o falante vai rejeitar S em C.

88 Procedimentos Infelicidade (9) a. Taso Ø-naka-ot-Ø ese. homem 3-DECL-pegar-NFUT água Os homens pegaram água. b. j)onso Ø-naka-ot-Ø ese. mulher 3-DECL-pegar-NFUT água As mulheres pegaram água.

89 Estímulos

90 Estímulos Schütze (2005) - Representações Visuais facilitam a tarefa

91 Estímulos Schütze (2005) - Representações Visuais facilitam a tarefa Todos os professores não aplicaram a prova necessariamente.

92 Estímulos Schütze (2005) - Representações Visuais facilitam a tarefa Quantificadores: quantidade X cardinalidade (LIMA e ROTHSTEIN, manuscrito)

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99 Estímulos Schütze (2005) - Representações Visuais facilitam a tarefa Quantificadores: quantidade X cardinalidade Quem tem mais X? (LIMA e ROTHSTEIN, manuscrito)

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104 Estímulos Storyboards - Burton e Matthewson (2015)

105 Estímulos Storyboards - Burton e Matthewson (2015) Representações pictóricas de histórias que os consultores devem descrever com suas próprias palavras. Combinam fala espontânea com testagem de elementos linguísticos particulares. Minimizam o efeito da metalíngua.

106 Estímulos Storyboards - Burton e Matthewson (2015) Targeted stooryborads X histórias da pera (Chafe, 1980)

107 Estímulos Storyboards 1º passo: o linguista passa pelas figuras contando a história na língua de contato Opcional: o falante pratica sua própria versão da história 2º passo: o falante conta a história quando se sentir preparado 3º passo: perguntas adicionais do linguista

108 Estímulos Storyboards Chore Girl X Sick Girl Se e como uma língua distingue diferentes tipos de modalidade e força modal (10) a. Eu posso ir à praia. PERMISSÃO b. Eu posso ir à praia. HABILIDADE c. Eu tenho que fazer minhas tarefas. NECESSIDADE

109 Estímulos Storyboards Chore Girl X Sick Girl Se e como uma língua distingue diferentes tipos de modalidade e força modal (10) a. Eu posso ir à praia. POSSIBILIDADE DEÔNTICA b. Eu posso ir à praia. POSSIBILIDADE CIRCUNST. NÃO DEÔNTICA c. Eu tenho que fazer minhas tarefas. NECESSIDADE DEÔNTICA

110 Estímulos Storyboards Chore Girl X Sick Girl Se e como uma língua distingue diferentes tipos de modalidade e força modal (10) a. Eu posso ir à praia. POSSIBILIDADE DEÔNTICA b. Eu posso ir à praia. POSSIBILIDADE CIRCUNST. NÃO DEÔNTICA c. Eu tenho que fazer minhas tarefas. NECESSIDADE DEÔNTICA

111 Estímulos Chore Girl ela só pode brincar depois de fazer três tarefas, mas quando termina, ela cai e quebra a perna está permitida, mas impossibilidade de brincar. TFS Working Group (2011). Chore Girl. Retirado de em Abril, 2017.

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131 Estímulos Sick Girl ela sempre se machuca e não pode ir brincar. Quando se recupera, ela fisicamente pode brincar, mas não está permitida porque sua mãe disse que ela tem que fazer a lição de casa. TFS Working Group (2011). Sick Girl. Totem Field Storyboards. Retirado de em abril, 2017.

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156 Gitksan Permissão (anook) X habilidade (da akxw) (11) ii-t anook-s nox-t. e-3sg.ii DEON.POSSIB-PN mãe-3sg.ii E sua mãe a deixou. (Sick Girl) (BURTON e MATTHEWSON, 2015)

157 Gitksan Permissão (anook) X habilidade (da akxw) (11) ii nee=dii anook-xw #(dim) xsaw-i y. e NEG=CNTR DEON.POSS-MED #(FUT) sair-1sg.ii Não é permitido que eu saia (Chore Girl) (MATTHEWSON, 2013)

158 Gitksan Permissão (anook) X habilidade (da akxw) (12) Ii nee-dii-n da akxw dim xsaw- y. e NEG-CONTR-1SG.I CIRC.POSSIB PROSP sair-1sg.ii E eu não posso sair (Chore Girl) (BURTON e MATTHEWSON, 2015)

159 Questões Éticas

160 Questões Éticas Bowern (2008) - dois tipos de questões éticas campo legal - comité de ética da Universidade em que se realiza a pesquisa ou às suas agências de fomento comportamento ético do linguista em relação à comunidade da língua estudada

161 Questões Éticas Campo Legal Linguistic Society of America possui uma Declaração de Ética para conduzir trabalhos de campo com coleta de dados linguísticos Brasil - Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP) - Resolução do CNS 196/96 - Conselho Nacional de Saúde (CNS) FUNAI - permanência e trânsito em áreas indígenas Universidades - Comitês de Ética em Pesquisa em cada instituto

162 Questões Éticas Campo Legal Formulário de Consentimento

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164 Questões Éticas Comportamento ético do linguista em relação à comunidade da língua estudada

165 Questões Éticas Comportamento ético do linguista em relação à comunidade da língua estudada Negociação Esclarecimento do papel do linguista

166 Questões Éticas Comportamento ético do linguista em relação à comunidade da língua estudada Negociação Esclarecimento do papel do linguista Retribuição Esclarecimento do papel do falante consultor

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172 REFERÊNCIAS I ABBI, A. A Manual of Linguistic Field Work and Indian Language Structures. Munique: Lincom Europa, ADGER, A. Core syntax: a minimalist approach. OUP, AIKHENVALD, A Linguistic fieldwork: setting the scene. STUF - Sprachtypologie und Universalienforschung 60 (1), p. 3-11, BOCHNAK, R.; MATTHEWSON, L. Methodologies in Semantic Fieldwork. New York: Oxford University Press, BOHNEMEYER, J. A practical epistemology for semantic elicitation in the field and elsewhere. In: BOCHNAK, R.; MATTHEWSON, L. (eds.) Methodologies in Semantic Fieldwork. New York: Oxford University Press, BOWERN, C. Linguistic Fieldwork: a Pratical Guide. Nova Iorque: Palgrave; MacMillan, BURTON, S.; MATTHEWSON, L. Targeted construction storyboards in semantic fieldwork. In: BOCHNAK, R.; MATTHEWSON, L. (eds.) Methodologies in Semantic Fieldwork. New York: Oxford University Press, CHAFE, W. Discourse, Consciousness, and Time: The Flow and Displacement of Conscious Experience in Speaking and Writing. Chicago and London: University of Chicago Press, CHELLIAH, S.L.; DE REUSE, W. J. Handbook of Descriptive Linguistic Fieldwork.New York: Springer, COVER, R.; TONHAUSER, J. Theories of meaning in the field: Temporal and aspectual reference. In: BOCHNAK, R.; MATTHEWSON, L. (eds.) Methodologies in Semantic Fieldwork. New York: Oxford University Press, CROWLEY, T. Field Linguistics: a Beginner s Guide. Oxford: Oxford University Press, DOETJES, J. Adverbs and quantification: degree versus frequency. Lingua 117, p , EVERETT, D. L. Monolingual field research. In: NEWMAN, P.; RATLIFF, M. (eds.) Linguistics Fieldwork. Cambridge: Cambridge University Press, p

173 REFERÊNCIAS II FRANÇA, A.; FERRARI, L.; MAIA, M. A Línguística no século XXI: convergências e divergências no estudo da linguagem. São Paulo: Contexto, HYMAN, L. Fieldwork as a state of mind. In: NEWMAN, P.; RATLIFF, M. Linguistic Fieldwork. Cambridge: Cambridge University Press, p LANDIN, D. Dicionário e Léxico Karitiana/Português. Brasília: SIL, LIMA, S.; ROTHSTEIN, S. The count/massdistinction questionnaire. Manuscrito. MALOSSO, M. G. Núcleos Funcionais em Karitiana. Relatório de Pesquisa não Publicado MATTHEWSON, L. On the Methodology of Semantic Fieldwork. International Journal of American Linguistics 70, p , MATTHEWSON, L. Gtksan Modals. International Journal of American Linguistics Vol. 79, No. 3, p MÜLLER, A.; DONAZZAN, M.; SANCHEZ-MENDES, L. A Semântica dos Numerais Distributivos: um estudo entre línguas. Revista da ABRALIN, v.15, n.3, p , PHILIPS, C. Should we impeach armchair linguists? In: IWASAKI, S. (ed.), Japanese/Korean Linguistics 17. CSLI Publications QUINE, W. V. O.. Word and object. Cambridge: MIT Press, SANCHEZ-MENDES, L. Trabalho de Campo para Análise Linguística em Semântica Formal. Revista Letras, v. 90, p , SCHÜTZE, C. T. Thinking about what we are asking speakers to do. In Stephan Kepser & Marga Reis (eds.), Linguistic evidence: Empirical, theoretical, and computational perspectives, Berlin: Mouton de Gruyter, SPROUSE; J.; ALMEIDA, D. Assesing the reliability of textbook data in syntax: Adger s Core Syntax. Journal of Linguistics 48, , 2012a. SPROUSE, J.; ALMEIDA, D. (under review). Power in acceptability judgment experiments and the reliability of data in syntax. 2012b.

174 Muito Obrigada!

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