Horticultura Ambiental

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1 Horticultura Ambiental Coberturas ajardinadas: uma solução para as cidades? Paulo Palha A revolução industrial do século XIX exigiu o deslocamento de grandes massas populacionais do campo para a cidade, não permitindo a execução de planos urbanísticos ponderados e equilibrados. Como consequência imediata da ausência desse planeamento surgiram vários problemas: de saúde, sociais, ambientais, de ocupação do solo, entre outros. Esses desequilíbrios levaram Ebenezer Howard em 1898 e Patrick Abercrombie em 1944 (Dunnet & Kingsbury, 2004) a proporem o conceito de Cidade-Jardim: diminuir a densidade populacional por metro quadrado e aumentar o número de espaços verdes. Introdução Em 1957, com o lançamento do primeiro satélite na órbita da Terra foi privilegiada a observação do planeta. Vista do espaço, a beleza da nossa biosfera era indescritível, bem como era visível a sua fragilidade. As manchas de poluição, as feridas da devastação das florestas, as cicatrizes da industrialização e a expansão caótica da cidade eram, definitivamente, evidentes e irrefutáveis. A partir desse momento tornou-se importante diminuir o efeito negativo destes impactes na concentração atmosférica de oxigénio e dióxido de carbono, no efeito de ilha de calor, na poluição sonora, atmosférica e visual e na área dedicada a espaços verdes. Essas preocupações mantêm-se até aos nossos dias. Todos nós estamos conscientes que continua errada a planificação das nossas cidades, e que a tendência é para piorar se nos acomodarmos nesta situação. Uma vez que é evidente que a expansão construtiva é devastadora e que os espaços verdes são cada vez mais residuais na malha urbana porque não utilizar um espaço infinito que as coberturas dos edifícios nos oferecem para aumentarmos a área verde de uma cidade? As coberturas dos edifícios podem ser ajardinadas de forma simples ou mais elaborada, com comunidades botânicas mais ou menos complexas, dependendo apenas da generosidade do perfil de solo, que as plantas possam explorar. Entendo como cobertura ajardinada qualquer espaço verde que se desenvolva sobre uma lage de um edifício. Este conceito engloba jardins convencionais, que oferecem condições ao desenvolvimento de todo o tipo de botânica, até jardins que apresentem espessuras mínimas de substrato (6 cm, dependendo da zona climática) e que permitem o desenvolvimento de comunidades botânicas muito simples (ex: sedum). Deste modo a expansão de coberturas ajardinadas é possível, não só em edifícios a construir, que devem desenvolver o planeamento da cobertura ajardinada em sede de projecto, como também em edifícios já construídos, que nunca tenham contemplado esta possibilidade. As coberturas ajardinadas contribuirão de forma determinante para o equilíbrio do sistema urbano. A proliferação deste conceito implica uma grande expansão da área verde na malha urbana, com consequente impacto positivo nas condições ambientais, na qualidade da paisagem citadina, na qualidade de vida das populações e no desenvolvimento económico, nomeadamente no sector de produção de plantas. Estado da Arte Os primeiros registos de jardins em coberturas e telhados aparecem nas antigas civilizações do rio Tigre e Eufrates, exemplo disso foram os jardins suspensos da Babilónia no século 7 e 8 antes de Cristo. Os Romanos também desenvolveram este conceito em alguns dos seus edifícios. No entanto só o aparecimento de modernas técnicas de construção e instalação permitiram o alargamento da aplicação deste tipo de ajardinamento. O aparecimento do betão, em meados do século dezanove, como material estrutural dos edifícios possibilitou, entre outras vantagens, a criação de coberturas e telhados planos um pouco por toda a Europa e América. Em 1868, na Exposição Mundial de Paris foi apresentado um edifício modelo com uma cobertura ajardinada, 26

2 tendo sido a primeira de várias experiências que se desenvolveram então na Europa Ocidental. Entre essas refiro em 1903, em Paris, a construção de um bloco de apartamentos cujo telhado plano foi ajardinado; em 1014, em Chicago, um restaurante com um jardim na cobertura foi desenhado por Frank Lloyd Wrigh, tendo sido desenhado um projecto semelhante em Colónia desta vez por Walter Gropius. O arquitecto Le Corbusier foi talvez o primeiro, a partir de 1920, a utilizar as coberturas ajardinadas de forma sistemática embora, apenas, quando projectava edifícios de elite para clientes ricos. O mais famoso jardim de cobertura, que ainda existe, construído em 1938, para o armazém Derry and Toms, localiza-se em Londres. É um jardim com cerca de 6000 m 2 onde se podem encontrar lagos, pontes, caminhos, árvores, arbustos, zonas de estadia, e até alguns elementos escultóricos. Parte do jardim representa a floresta típica britânica, através da utilização de, aproximadamente, 100 espécies arbóreas típicas daquela região. Neste jardim também se encontra uma representação de um jardim espanhol, com influências árabes, através da utilização de pequenas fontes e canais, e elementos decorativos nos pavimentos. Este jardim foi adquirido em 1981 por Richard Branson e é hoje conhecido como Edifício Virgin. Mais do que qualquer outro exemplo de cobertura ajardinada, este contribuiu significativamente para a divulgação do interesse deste tipo de solução construtiva. Foi apenas no século 20 que as técnicas construtivas fizeram das coberturas planas a regra na grande maioria dos edifícios das zonas urbanas. Estas coberturas, cujo sistema construtivo possibilitava agora maiores cargas, levaram ao desenvolvimento e expansão das coberturas ajardinadas. Tipo de vegetação Benefícios Altura do substrato Peso (saturado) Tipo de manutenção Necessidade de água Hoje em dia as coberturas ajardinadas são uma área de negócio em franca expansão, já representada por uma indústria poderosa e organizada. Por outro lado, o reconhecimento público das enormes vantagens deste tipo de instalação levou a que alguns governos já tenham estabelecido incentivos para quem adopte este tipo de solução construtiva. Como exemplos refiro que 43% das cidades Alemãs oferecem incentivos fiscais para a instalação de coberturas ajardinadas. Coberturas ajardinadas A instalação de vegetação em coberturas e fachadas é um dos mais inovadores e actuais campos da horticultura e das disciplinas que se ocupam com a eficiência energética e o impacto ambiental dos edifícios (arquitectura, engenharia civil, etc.). Viajando pela Europa central será fácil notar o aumento de áreas plantadas em telhados e coberturas. Não aquelas luxuosas coberturas ajardinadas observáveis em magníficos apartamentos, mas sim, áreas com relvados ou prados, ou com plantações rasteiras de cobertura de solos instaladas em telhados planos ou ligeiramente inclinados. Na cidade alemã de Stuttgart há um pequeno e bonito jardim chinês. Nas suas traseiras há um local com uma vista espectacular sobre a cidade onde é possível observar os telhados e coberturas dos edifícios, com uma grande quantidade de coberturas executadas com uso de vegetação. Na cidade suíça de Zurich é possível observar uma surpreendente glicínia que, fixa por cabos, cobre parcialmente a torre de seis andares do museu nacional. Aí se percebe que a convivência das plantas com os edifícios não é só possível (e desejável) nas suas coberturas, mas também é possível e interessante como parte das fachadas dos mesmos. Coberturas ecológicas Extensivas Semi Intensivas Intensivas Uso Ecológicas (não utilizáveis) Jardim Jardim/Parque Musgos/herbáceas/gramíneas Reserva de água/> eficiência térmica/> biodiversidade Herbáceas/gramíneas/arbustos Reserva de água/> eficiência térmica/> biodiversidade/uso Relvado/perenes/arbustos/ árvores Reserva de água/> eficiência térmica/> biodiversidade/uso mm mm mm kg/m kg/m kg/m2 Inexistência/baixa Periódica Elevada Não/sim Não/sim Sim Com exemplos como os apresentados, mesmo os mais sépticos ficam surpreendidos com a clara noção do impacto positivo destas instalações nas cidades actuais, mais ainda por já serem um requisito legal em cidades de alguns países. O actual uso de plantas em coberturas e fachadas de edifícios distingue-se do uso anterior pela integração das zonas de plantação no próprio edifício, bem como a utilização de modernos materiais (substratos de plantação, etc.) e técnicas (sistemas de rega, etc.). As antigas técnicas estavam restritas à utilização de vasos e floreiras colocados após a construção do edifício, ou através da utilização de terra vegetal, igual à usada para ajardinamentos convencionais. As novas técnicas reconhecem dois tipos de classificação: coberturas intensivas e coberturas extensivas. As coberturas ajardinadas intensivas são semelhantes aos antigos jardins de cobertura, onde se espera que as pessoas utilizem essa área ajardinada como um jardim convencional. As plantas são mantidas de forma individual tal como se estivessem instaladas num jardim na base do edifício. A profundidade do perfil de solo é de, pelo menos, 15 cm mas, actualmente, utilizam-se substratos mais leves, de modo a minimizar a carga sobre a estrutura do edifício. As coberturas intensivas mais simples são caracterizadas por relvados e plantas de cobertura de solo, opções que requerem manutenção regular. Neste tipo de instalação a grande diferença para as instalações do género, mais antigas, é o uso de menores perfis de substrato, logo menores custos de instalação. São coberturas preparadas para ter acesso e utilização mas, normalmente, são executadas como uma paisagem para se observar do interior do edifício. As coberturas ajardinadas extensivas não são executadas para uso humano regular, e muitas vezes nem sequer estão visíveis. As plantas são tratadas em massa, sendo as operações de manutenção executadas por toda a área (ex: corte de prado). Em qualquer caso, este tipo de cobertura é usado para reduzir a manutenção ao mínimo. A profundidade do perfil de solo varia entre 6 e 15 cm reduzindo assim de forma considerável o acréscimo de carga que este tipo de cobertura implica no edifício. Os Brown Roofs são um outro conceito de cobertura que está a ser desenvolvido. Refere-se a coberturas que foram cobertas com substrato proveniente de materiais sobrantes da construção, e em que mais nenhum material vegetal é, propositadamente, instalado. 27

3 Apenas se cria o espaço para que a biodiversidade espontânea o vá ocupando. Um outro conceito mais recente tem vindo a ser desenvolvido: coberturas ajardinadas semi-extensivas. A filosofia do mínimo input ecológico é respeitada, sendo utilizados perfis de substrato leves entre 10 a 20 cm que permitem uma mais vasta escolha de espécies a utilizar. Este conceito vem tentar demonstrar que não há razão alguma para que as coberturas extensivas não sejam visitáveis e utilizáveis, desde que projectadas para tal. Porquê construir coberturas ajardinadas? Os benefícios das coberturas ajardinadas são vastos. Alguns apenas serão efectivos se considerarmos a instalação de coberturas ajardinadas em larga escala, em bairros inteiros ou grandes áreas de cidades. Outros benefícios fazem-se sentir directamente no edifício onde se instala a cobertura ajardinada. Poderemos classificar as várias vantagens em três grandes áreas: vantagens de conforto e estética, vantagens ambientais e vantagens económicas. Vantagens de conforto e estética As coberturas ajardinadas, quando projectadas para espaços recreativos e de lazer, são espaços de recreio activo em áreas urbanizadas onde pouco resta de espaço no solo para espaços verdes. São assim uma alternativa aos espaços verdes convencionais tendo a vantagem do seu acesso ser limitado, conferindo a este espaço maior privacidade e segurança, evitando o vandalismo, assaltos, e outros problemas sociais que tende a persistir nos parques e jardins públicos das grandes cidades. Muitas vezes o medo de crimes ou assaltos é maior do que a própria realidade, conferindo estes espaços privados grande conforto aos seus utilizadores. Quando observada uma cobertura ajardinada no topo de um edifício localizado em Portland estavam a decorrer actividades tão diversas como: colocação de roupa a secar, churrascos e refeições, passeios com cães, e mesmo lançamento de fogo-de-artifício (Hutchison et al., 2003). Lembro que estes espaços são cada vez maiores e já albergam campos de jogos. Outro potencial das coberturas ajardinadas, prende-se com a produção de alimentos. Há uma preocupação crescente com a qualidade dos alimentos e a forma como são produzidos. Uma das questões levantadas é o custo energético e a poluição causada pelo transporte (desde longas distâncias) deste tipo de produtos. As coberturas oferecem uma excelente oportunidade para a produção de vegetais e outros alimentos. Em alguns países (por exemplo: Haiti, Colômbia, Tailândia e Rússia) as coberturas e as varandas de edifícios têm sido utilizadas para a produção de produtos comercializáveis em mercados tais como frutos, vegetais e até orquídeas (Garnett, 1997). Um dos melhores exemplos de produção de alimentos em coberturas é o Hotel Fairmount sito em Vancouver, Canadá. Esta cobertura ajardinada de 195 m 2 com 45 cm de profundidade de substrato fornece todas as ervas consumidas pela cozinha do hotel, poupando anualmente cerca de a dólares canadianos ao orçamento do hotel. Quanto às vantagens estéticas será fácil de entender a profunda alteração da paisagem que se iniciaria se todas aquelas coberturas, visíveis de uns prédios para outros, começassem a ser ajardinadas. Em vez de se observar o asfalto e as telas de isolamento das coberturas começaríamos a usufruir de paisagens naturais que nos transmitiriam sensações de conforto. Mesmo as coberturas que não possuem acesso, mas são claramente visíveis, contribuem para o efeito terapêutico que as plantas e a natureza provocam nas pessoas que convivem com esses espaços. Esses efeitos terapêuticos incluem a redução do stress, diminuição da pressão arterial, diminuição da tensão muscular e o aumento dos sentimentos positivos (Ulrich & Simmons 1986). Vantagens ambientais As coberturas ajardinadas extensivas, projectadas para não serem utilizadas, e como tal isoladas das pessoas, podem ser habitats imperturbáveis para plantas, pássaros e insectos. Também importa recordar que os substratos utilizados na construção das coberturas ajardinadas têm fertilidade reduzida dado que o factor preponderante é a percentagem de inertes que garantam a drenagem. Nessas condições de reduzida fertilidade assiste-se a um aumento do número de espécies pois não existem condições suficientes para a proliferação das espécies altamente dominantes. Assim coexistindo mais espécies vegetais no mesmo habitat temos uma maior biodiversidade, traduzida num aumento do número de pássaros e insectos (Grime, 2002). Certo é que em climas continentais todo o substrato pode congelar no Inverno, impossibilitando a vida de insectos e pássaros durante essa altura. No entanto, durante a estação de crescimento, as coberturas ajardinadas oferecem autênticas ilhas ecológicas onde insectos e pássaros podem descansar, alimentar-se e reproduzir-se. Observadores da natureza encontraram muitas espécies de insectos em vigésimos pisos (Peck et al., 1999). Outro dos problemas ambientais que as coberturas ajardinadas podem ajudar a minimizar prende-se com as consequências provocadas pelo destino das águas pluviais recebidas pelas coberturas e fachadas dos edifícios. Sabe-se hoje que 75% da chuva que cai numa cidade é conduzida directamente para as condutas de águas pluviais que as levam aos rios e mar. Comparativamente, apenas 5% da chuva que cai numa área florestal é perdida superficialmente (Scholz-Barth 2001). Investigações indicam uma causa directa entre a má qualidade da água dos rios e ribeiros e a qualidade das águas pluviais que neles vêm desaguar. As grandes cheias verificadas em inúmeras cidades Inglesas em 2000 e 2001 têm como causa, em parte, o grande desenvolvimento de zonas construídas em leito de cheia e a consequente interrupção das zonas de drenagem natural. Algumas cidades Portuguesas (ex: Lisboa) sofrem do mesmo problema grave. As coberturas ajardinadas permitem reter parte das águas pluviais no seu substrato, libertando lentamente parte dela e aproveitando parte através das plantas aí presentes. Para além de reduzirem o volume de água perdida superficialmente, também têm um contributo no melhoramento da qualidade da mesma, através da retenção de alguns poluentes no seu substrato. Os poluentes atmosféricos, também, podem ser reduzidos através do desenvolvimento das coberturas ajardinadas. A vegetação pode filtrar poluentes e poeiras sendo parte absorvidos pelas folhas. No caso dos metais pesados, grandes responsáveis pela poluição nas cidades, as coberturas ajardinadas desempenham um papel importante. Estudos demonstram que essa vegetação pode reter 95% do cádmio, cobre e chumbo e, 16% de zinco (Peck et al., 1999). As melhorias na qualidade do ar têm consequências significativas na melhoria das condições de saúde das populações, nomeadamente na redução das doenças respiratórias e alérgicas. Outro benefício das coberturas ajardinadas será a redução do efeito da ilha de calor. De todos os benefícios este será provavelmente o mais difícil de quantificar. Têm sido feitas algumas tentativas nesse sentido como, por exemplo, Bass et al. (2002) no seu modelo matemático que relaciona a influência das coberturas ajardinadas no efeito da ilha de calor na cidade de Toronto. Simulando que 50% dos edifícios da baixa de Toronto teriam coberturas ajardinadas verificou que a redução na temperatura seria de apenas 0,5ºC. No entanto, quando no modelo estudado se acrescentava a possibilidade de rega, assegurando uma evapotranspiração efectiva mesmo durante largos 28

4 períodos de seca, a redução de temperatura já foi de 2ºC, tendo aumentado a área da cidade influenciada pelo abaixamento da temperatura. Os volumes de água considerados para rega poderiam ser de água armazenada da chuva ou desperdiçada pelo próprio edifício. Nos problemas de ruído das cidades também parece ser possível contar com o contributo das coberturas ajardinadas. O isolamento acústico foi uma das principais razões para a instalação de uma cobertura ajardinada no edifício da Gap s 901 Cherry Hill, Califórnia. Este edifício, que ganhou um prémio de arquitectura, situa-se perto de uma via rápida muito ruidosa e na rota do aeroporto internacional de São Francisco. A cobertura reduziu a transmissão de ruídos em cerca de 50 decibéis (Burke, 2003). Vantagens económicas A reacção inicial de muitos curiosos às coberturas ajardinadas é julgarem que estas vão danificar as telas protectoras e isolantes da cobertura provocando danos e consequentes despesas. De facto o que acontece é que, se utilizados os métodos correctos, a cobertura ajardinada prolongará o tempo de vida desses materiais isolantes (protege dos raios solares, diminui a temperatura, reduz a amplitude térmica, etc.), trazendo desde logo esse benefício económico. Num estudo efectuado sobre coberturas ajardinadas e não ajardinadas na cidade de Toronto, concluiu-se que à mesma hora da tarde a membrana de impermeabilização da cobertura não ajardinada tinha uma temperatura de 70ºC; contudo a membrana da cobertura ajardinada apenas media 25ºC (Liu & Baskaran, 2003). Mas a principal vantagem económica, sendo um dos argumentos mais fortes para a execução de uma cobertura ajardinada, é o grande aumento de eficiência energética que esta solução construtiva confere aos edifícios. As coberturas ajardinadas diminuem em 90% a acção térmica dos raios solares incidentes nas coberturas. As temperaturas no interior do edifício mostraram ser de menos 3/4ºC quando a temperatura exterior se situa entre os 25 e 30ºC (Peck et al., 1999). Em climas onde o ar condicionado é essencial para a manutenção de condições decentes de trabalho, esta poderá ser uma razão fundamental para se adoptar uma cobertura ajardinada: cada redução de 0,5ºC na temperatura interior do edifício reduzirá o consumo de energia (destinada a aparelhos de ar condicionado) em mais de 8%. No Canadá, a Environment Canada, encontrou esta típica situação num edifício de escritórios em Toronto que após a instalação de uma cobertura ajardinada com Cobertura ajardinada intensiva. 10 cm de espessura de substrato, reduziu em 25% a necessidade de uso de ar condicionado durante o período quente. Também no Inverno se verifica uma poupança de energia nos edifícios que têm coberturas ajardinadas (muito dependente da espessura do substrato), pois a sua característica isolante diminui as perdas de calor. As coberturas ajardinadas e as fachadas verdes não possuem apenas a possibilidade de redução dos custos no aquecimento e arrefecimento dos edifícios; conferem também uma directa redução nos custos de construção pois reduzem a necessidade de isolamento bem como a potência dos aparelhos de ar condicionado. Fazendo contas, uma cobertura convencional (não ajardinada), nos Estados Unidos da América, utilizando preços de 2002, custa entre 43,00 e 90,00 dólares por metro quadrado. O valor mais baixo aplicando um sistema que não durará mais de 15/20 anos sem uma grande reparação, sendo o valor mais elevado para um sistema que poderá durar entre 30 e 50 anos sem reparação. Uma cobertura ajardinada extensiva custa cerca de 100,00 a 200,00 dólares por metro quadrado e durará entre 50 e 100 anos. Uma cobertura ajardinada intensiva poderá ter um custo de instalação compreendido entre 200,00 e 400,00 dólares por metro quadrado (Broili, 2002). Pesquisas efectuadas na Europa sugerem que as coberturas ajardinadas duplicam a esperança de vida das membranas das coberturas (Peck & Kuhn, 2000). As propriedades protectoras das coberturas ajardinadas têm desempenhado um papel fundamental na sobrevivência das antigas membranas utilizadas na construção dos edifícios. Prova disso o Edifício Derry and Toms (já enunciado), situado no centro de Londres, que mantém uma espectacular cobertura ajardinada desde 1938 com uma membrana ainda em bom estado (Peck et al., 1999). Os benefícios das cobertura ajardinadas são tão vastos que se tona difícil estudá-los de maneira integrada. Um dos estudos mais transversais sobre este tema foi efectuado com o patrocínio de Toronto City Authority, Environment Canada, Green Roofs for Healthy Cities e Canadian National Reserch Council Institute for Reserch in Construction. Trabalharam num cenário modesto em que apenas 6% das coberturas de Toronto seriam ajardinadas nos próximos 10 anos (representando 1% da área total de Toronto: rondando os 6 milhões de metros quadrados). O tipo de cobertura proposta tinha 15 cm de espessura com uma fina camada de relva ou prado. Os benefícios estimados, resultantes da possível implementação deste programa seriam os seguintes: Postos de trabalho directos e indirectos: 1350 postos de trabalho anos/ano; Redução no efeito de ilha de calor da cidade de 1 a 2ºC; Redução da emissão de gases de efeito de estufa por parte dos edifícios: 1,56 mega toneladas; Redução das ocorrências de episódios graves de smog: 5-10%; Quantidade de partículas capturadas/retidas pelas plantas: 29,5 ton/ano; Retenção de águas da chuva: 3,6 milhões de metros cúbicos por ano (o custo para construir reservatórios com essa capacidade seria de 60 milhões de dólares); Produção de alimentos assumindo 10% de utilização da área das coberturas: 4,7 milhões de quilos por ano; Poupança anual de energia: 1 milhão de dólares por ano; Área potencial para recreio activo de uso público e privado: m 2. 29

5 Cobertura ajardinada extensiva. Esta nova perspectiva da bioengenharia tem vindo a desenvolver-se rapidamente nos países do norte de Europa e, mais recentemente, nos Estados Unidos da América, contando com a participação de várias especialidades: desde engenheiros de estruturas, viveiristas, construtores civis, arquitectos, engenheiros de hidráulica, entre outros. Resumo das vantagens Aumento significativo da área verde em contexto urbano e consolidação da sua estrutura ecológica; Importante papel na integridade e sustentabilidade dos sistemas de drenagem urbanos: o Capacidade de retenção de água: 3,6 milhões m 3 /ano - simulação para Toronto, se 6% da sua área total for ocupada por coberturas ajardinadas com uma espessura de 15 cm, nos próximos 8 anos; 10 cm de substrato absorvem 90% da precipitação de Verão; 10 cm de substrato absorvem 75% da precipitação de Inverno (Dunnet & Kingsbury, 2004); o Diminui o risco de inundações: 50-80% da água da chuva é maioritariamente absorvida pelas plantas, outra é evaporada e a restante é conduzida para os colectores (Dunnet & Kingsbury, 2004); Diminuição do impacte negativo da massificação das estruturas construídas em meio urbano; Aumento da actividade fotossintética que implica: aumento na produção de oxigénio, maior reciclagem de dióxido de carbono e redução no efeito de estufa; Aumento da biodiversidade e dos nichos ecológicos: diversidade de cores, formas, texturas, expressões fenotípicas ao longo do ano, aumento da diversidade faunística (insectos, aranhas, pássaros) e promoção do equilíbrio ecológico; Redução do efeito de ilha de calor : redução de 681 a 1714 toneladas de emissão de gases indirectamente provenientes do efeito de ilha de calor - simulação para Toronto, se 6% da sua área total for ocupada por coberturas ajardinadas com uma espessura de 15 cm, nos próximos 8 anos) (Dunnet & Kingsbury, 2004); Absorção/redução da poluição sonora: 10 cm de substrato implica uma redução mínima de 5 decibéis (aeroporto de Frankfurt), 12 cm de substrato redução de 40 decibéis, 20 cm de substrato redução de decibéis (Dunnet & Kingsbury, 2004); Absorção/filtragem de gases poluentes e de partículas em suspensão na atmosfera: redução de problemas respiratórios (redução de 5 a 10%), diminuição de 1 a 2ºC no microclima urbano, melhoria da qualidade ambiental e de vida (Dunnet & Kingsbury, 2004); Prevenção do risco de incêndio: composições florísticas que incluam plantas suculentas retardam a propagação do fogo: Capacidade de isolamento térmico: redução nas oscilações térmicas dos edifícios, redução em 12ºC entre as temperaturas máximas diurnas e nocturnas (valores medidos na Alemanha), diminuição de 8% do consumo de energia eléctrica destinada ao ar condicionado (Dunnet & Kingsbury, 2004), conservação de energia; Possibilidade de produção de plantas hortícolas: produção de 4,7 milhões kg de plantas hortícolas/ano simulação para Toronto, se 6% da sua área total for ocupada por coberturas ajardinadas e hortícolas com uma espessura de 15 cm, nos próximos 8 anos) (Dunnet & Kingsbury, 2004); Benefícios económicos/fiscais: o Criação directa e indirecta de emprego: 1350 pessoas/ano de acordo com a simulação efectuada para Toronto, se 6% da sua área total for ocupada por coberturas ajardinadas com uma espessura de 15 cm, nos próximos 8 anos) (Dunnet & Kingsbury, 2004). o 43% das cidades alemãs concedem incentivos fiscais para instalação de coberturas (Dunnet et al. 2004); o Possibilidade de obtenção de benefícios fiscais: entre outros a Suíça a Áustria e a Alemanha concedem benefícios fiscais (Dunnet & Kingsbury, 2004). Conclusões As coberturas ajardinadas são responsáveis por um importante impacte paisagístico em ambientes citadinos. A significância deste impacte será tanto mais determinante quanto maiores forem as diferenças de relevo da cidade. Veja-se como exemplo algumas das cidades da Galiza: Vigo, Ourense e Santiago de Compostela. Por outro lado, as coberturas ajardinadas exercem grande influência na melhoria das condições de vida das populações: aumento da produção de oxigénio, diminuição do efeito de estufa e do efeito de ilha de calor, redução da poluição sonora, absorção de partículas poluentes, aumento do conforto bioclimático. A todos esses factores bióticos juntemos o incremento no tecido económico, nomeadamente a expansão da actividade de produção de plantas e de instaladores de coberturas ajardinadas. Isto significara a abertura de um mercado gigantesco com um retorno ainda difícil de calcular, mas fácil de perceber pela forma como este sector se tem vindo a desenvolver nos últimos anos. A definição de políticas que promovam a instalação de coberturas ajardinadas não deve substituir as políticas necessárias à criação dos corredores verdes nas cidades, tão importantes para o seu equilíbrio; nem tão pouco permitir a construção onde esta seja desaconselhada/desajustada. Portugal encontra-se cerca de 20/30 anos atrasado em relação aos Países do norte da Europa, na implementação de medidas que estimulem a adopção das coberturas ajardinadas na construção/remodelação de edifícios. Só com o envolvimento, sem preconceitos, dos decisores políticos, bem como a sensibilização e formação das populações (em particular das novas gerações) será possível recuperar este atraso. Se está ao nosso alcance, só nos resta fazer acontecer! 30

6 BIBLIOGRAFIA Bass, B., R. Stull, S. Krayenjoff & A. Martilli Modelling the impact of green roof infrastructure on the urban heat island in Toronto. Green Roofs Infrastructure Monitor 4(I). Broili, M Eco-roofs as a stormwater management tool. Newsletter of living Systems Design Guild April. Burke, K Green roof and regenerative design strategies: The Gap s 901 Cherry Project. Greening Rooftops for Sustainnable Communities, Proceedings of the First North American Green Roof Conference, Chicago, May Toronto: The Cardinal Group. Dunnet, N. & Kingsbury, N. 2004, Planting Green Roofs and Living Walls, Timber Press. Garnett, T Digging for change: The potential of urban food production. Urban Nature Magazine Summer: Grime, J.P Plant Strategies, Vegetation Processes and Ecosystem Properties. Chichester, U.K.: Jhon Wiley. Liu, K. & Baskaran, B Thermal performance of green roofs through field evaluation. Greening Rooftops for Sustainable Communities, Proceedings of the First North American Green Roof Conference, Chicago, May Toronto: The Cardinal Group Peck, S.P., Callaghan, C., Kuhn, M.E. & Bass, B Greenbacks from greenroofs: Forging a New Industry in Canada. Toronto: Canada Mortgage and Housing Corp. Peck, S. & Kuhn, M Design Guidelines for Green Roofs. Toronto: Environment Canada. Scholz-Barth, K Green roofs: Stormwater management from the top down. Environmente Design & Construction January/February. Ulrich, R.S. & Simons, R Recovery from stress during exposure to everyday outdoor environments. In J. Wineman, R. Barnes, and C. Zimring, eds. The cost of not Knowing, Proceedings of the 17 th Annual Conference of the Environmental Research Association. Washington, D. C.: Environmental Research Association. Autor Paulo Palha paulopalha@neoturf.pt Director Geral da Neoturf, Lda. Especialidade: Coberturas ajardinadas IMAGENS awardsfiles/solstice_hr_1.jpg

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