DESONERAÇÃO DE RESERVA LEGAL EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO FEDERAIS. Junho/2011
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- Maria Vitória Morais Lage
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1 DESONERAÇÃO DE RESERVA LEGAL EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO FEDERAIS Junho/2011
2 CONTEXTO Das 310 Ucs Federais, 251 são domínio público DOMÍNIO TERRAS EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO FEDERAIS DOMÍNIO TERRAS PÚBLICAS FEDERAIS E EM BENS DA UNIÃO TERRAS PÚBLICAS ESTADUAIS** TERRAS COM DOMÍNIO PRIORITÁRIAMENTE PRIVADO TERRAS EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO QUE ADMITEM DOMÍNIO PRIVADO DAS TERRAS ( APA, ARIE, RDS, RVS E MONUMENTO NATURAL) ÁREA TOTAL UC FEDERAIS ÁREA (Mil Hectares) Estima-se que para indenização de propriedades privadas seriam necessários cerca de R$ 27 bilhões, isso sem considerar a necessidade de indenização de posses em imóveis públicas
3 A Regularização fundiária via desoneração Reserva Legal permite que resolva-se grandes problemas que afetam a implementação eficaz das Unidades de Conservação A escassez de recursos do poder público - regularização fundiária com recursos privados. Carência de servidores para avaliação dos imóveis Dispensa ações judiciais de desapropriação
4 O que é a Desoneração de Reserva Legal? Consiste na compra de áreas de domínio privado inseridas em UC de domínio público, que ainda não foram desapropriadas, com posterior doação das mesmas ao ICMBio. Assim, o proprietário rural fica desonerado da obrigação de manter e/ou recuperar sua reserva legal do imóvel fora da UC.
5 MACIÇOS FLORESTAIS RESIDUAIS - PR
6 REBIO DAS PEROBAS
7 BASE LEGAL CÓDIGO FLORESTAL LEI N /65 Art. 44. O proprietário ou possuidor de imóvel rural com área de floresta nativa, natural, primitiva ou regenerada ou outra forma de vegetação nativa em extensão inferior ao estabelecido nos incisos I, II, III e IV do art. 16, ressalvado o disposto nos seus 5o e 6o, deve adotar as seguintes alternativas, isoladas ou conjuntamente: 6o O proprietário rural poderá ser desonerado das obrigações previstas neste artigo, mediante a doação ao órgão ambiental competente de área localizada no interior de unidade de conservação de domínio público, pendente de regularização fundiária, respeitados os critérios previstos no inciso III do caput deste artigo.
8 CONCEITOS Beneficiário Proprietário rural que se encontre pendente de cumprimento de manutenção de reserva legal, total ou parcial, na(s) sua(s) propriedade(s), que tenha interesse em ser desonerado de tal obrigação, efetuando a doação de áreas privadas, localizadas nos limites internos da UC ao ICMBio. Ofertante Proprietário rural cuja propriedade, passível de indenização, esteja localizada nos limites internos da Unidade de Conservação.
9 CONCEITOS Ofertante / Beneficiário: Proprietário rural que possui imóvel passível de indenização dentro dos limites internos da Unidade de Conservação e outro fora destes limites que se encontre pendente de cumprimento de manutenção de reserva legal.
10 Por que fazer a Desoneração? Regularização fundiária das UC Possibilita a aquisição por particulares daquelas glebas totalmente inseridas na unidade. Dessa forma, o proprietário rural que está inserido na unidade de conservação pode adquirir outra área para dar continuidade a suas atividades de forma mais ágil e desburocratizada. Regularização do passivo ambiental das propriedades rurais O segundo problema diz respeito à possibilidade de regularização das propriedades, localizadas fora das unidades de conservação, que não possuem reserva legal, sendo esta suprida com a doação de área em UC. Permitindo o licenciamento ambiental de sua propriedade, quando há reserva legal averbada.
11 ÁREAS TOTALMENTE INSERIDAS NAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO A) O ofertante poderá vender o imóvel diretamente a um ou mais beneficiários cujos imóveis não possua em seu interior áreas passíveis de alocação de reserva legal nos % previstos no Código Florestal. A comercialização do imóvel pode feita diretamente entre os particulares, com posterior doação da mesma para o ICMBio.
12 ÁREAS PARCIALMENTE INSERIDAS NAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO A) Áreas parcialmente inseridas na UC em que o proprietário continuará sendo confinante - poderá doar o equivalente à RL de seu imóvel rural na área dentro da UC e ficar isento da obrigação de constituição de reserva legal no restante da área B) Área parcialmente inserida em UC, cuja a sobreposição é maior que o exigivel como reserva legal. O proprietário poderá optar pela doação de no mínimo da RL exigível para o imóvel e negociar o excedente com outros beneficiários.
13 ÁREAS PARCIALMENTE INSERIDAS NAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO C) Área inserida na unidade de conservação é somente uma parte da reserva legal exigível. O proprietário poderá optar por doar a parte que está inserida na unidade ao ICMBio e averbar como reserva legal parcial. Averbando o restante da reserva legal na área remanescente da propriedade ou adquirir outra área na UC e doá-la ao para ao ICMBio, ficando a propriedade quites com a averbação da reserva legal.
14 REBIO DAS PEROBAS - 76% DA ÁREA É PROPRIEDADE DA COMPANHIA MELHORAMENTO DO NORTE DO PARANÁ
15 CRITÉRIOS A DESONERAÇÃO de Reserva Legal em UC não faculta ao beneficiário o direito à conversão de novas áreas para o uso alternativo do solo. Serão excluídas da DESONERAÇÃO as áreas de APP do imóvel beneficiário, ainda que desmatadas. Não serão aceitas como beneficiárias propriedades rurais inseridas em: Unidades de conservação federais, estaduais e municipais Áreas sobrepostas com Comunidades Quilombolas e de outros povos e comunidade tradicionais reconhecidas, salvo se estes forem os beneficiários.
16 INSTRUÇÃO DO PROCESSUAL DOS OFERTANTESICMBio ETAPAS: Documentação Pessoal e dominial do imóvel Mapas e memoriais descritivos DOCUMENTAÇÃO I - RG e CPF, se pessoa física; II - ato constitutivo, estatuto ou contrato social, se sociedades privadas; III - certidão de inteiro teor - cadeia dominial trintenária ou com prazo inferior, se originários de Título Público ou de decisão judicial, transitada em julgado;
17 DOCUMENTAÇÃO IV - Certificado de Cadastro de Imóvel Rural - CCIR atualizado; V planta e memorial descritivo, com níveis de precisão adotados pelo INCRA VI certidões da inexistência de ônus, gravames sobre o imóvel; VII - Certidão Negativa de Débitos de Imóvel Rural (ITR ) emitida pela Receita Federal pela Internet ou por de suas unidades; VIII - comprovação da inexistência de débitos perante o IBAMA pela Internet ou por de suas unidades até que o ICMBio possua sistema de controle próprio;
18 DOCUMENTAÇÃO DE BENEFICIÁRIOS OEMA Documentação Pessoal e dominial do imóvel Mapas e memoriais descritivos da propriedade Análise por imagens de cobertura vegetal atual e alterações ou vistorias em campo Identificação e exclusão do cômputo as áreas ainda florestadas e APPs Definição da área de RL faltante a ser compensada
19 PROCEDIMENTOS NORMATIVOS NA DESONERAÇÃO DE RL Etapas do Processo: Formulação de Edital de convocação conjuntamente com OEMA Publicação (DOU) e divulgação de Edital
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21 PROCEDIMENTOS NORMATIVOS NA DESONERAÇÃO DE RL Etapas do Processo: Reuniões de Divulgação (Podem ser regionalizadas)
22 PROCEDIMENTOS NORMATIVOS NA DESONERAÇÃO DE RL Etapas do Processo: Instauração sempre a pedido do proprietário Instrução e análise técnica e jurídica dos processos individuais (MESMOS PROCEDIMENTOS DA IN 02/2009 DISPENSANDO A AVALIAÇÃO) Expedição de Termo de Homologação para ofertantes se habilitarem junto ao OEMA, como das áreas passíveis de doação ao ICMBio. Legitimação pelo OEMA da propriedade passível de obter o beneficio
23 Quais imóveis podem ser beneficiários da desoneração de reserva legal? Essa resposta deve ser dada pelo OEMA. Microbacias Bacias Ecossistemas
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25 CRITÉRIOS Não serão homologados processos cujos proprietários possuam débitos para com o ICMBio, com o IBAMA ou OEMA, decorrentes de aplicação de multas ou de imposição de outras sanções administrativas por infrações ambientais No caso de existir alguma ação judicial contra o IBAMA/ICMBio, para retirar a Homologação deverá ser apresentado o pedido de desistência da ação, devidamente protocolada na Justiça competente.
26 CRITÉRIOS
27 CRITÉRIOS
28 PROCEDIMENTOS NORMATIVOS NA DESONERAÇÃO DE RL Uma vez o imóvel homologado pelo ICMBio o beneficiário deverá efetivar a escritura pública de doação, recaindo sobre o beneficiário as despesas cartoriais e de georreferenciamento. Deverá ser informado na escritura de doação os dados registrais do imóvel beneficiário indicando o dispositivo legal que autoriza a averbação da Reserva Legal Desoneratória, O mediante escritura pública de doação o proprietário deverá averbar na matrícula do imóvel beneficiário a desoneração da Reserva Legal Depois de firmada de Registro de Imóveis a transferência do imóvel ao ICMBio, não serão aceitas desistências desse compromisso.
29 TERMO DE HOMOLOGAÇÃO DA ÁREA PARA FINS DE DESONERAÇÃO DE RESERVA LEGAL NA (NOME DA UNIDADE) TIPO I IMÓVEL APTO A SER ADQUIRIDO 1. PROPRIETÁRIO. Nome / Razão Social: C.P.F. ou C.N.P.J.: 2. CADASTRO DA PROPRIEDADE Nome da Propriedade : Localização: Área total (ha): I.T.R. n : C.C.I.R. n : Matrícula n : Comarca: Livro: Percentual de ocupação em relação à área total da (nome da unidade de conservação): 3. RESULTADO. Esta propriedade está homologada para geração de demanda quanto ao disposto no 6 do Art. 44 da Lei Federal n / 65, alterada pela Medida Provisória n / Cidade, UF CHEFE DA UC/ICMBio
30 TERMO DE HOMOLOGAÇÃO DA ÁREA PARA FINS DE DESONERAÇÃO DE RESERVA LEGAL NA (NOME DA UNIDADE) TIPO II - IMÓVEL JÁ ADQUIRIDO 1. PROPRIETÁRIO Nome / Razão Social: C.P.F. ou C.N.P.J.: 1. CADASTRO DA PROPRIEDADE Nome da Propriedade : Localização: Área total (ha): I.T.R. n : C.C.I.R. n : Matrícula n : Comarca: Livro: Percentual de ocupação em relação à área total da (nome da unidade de conservação): 2. ÁREAS JÁ NEGOCIADAS E NÃO REGISTRADAS Nome / Razão Social do Adquirente (Beneficiário): Documento de compra e venda: Percentual da área adquirida no imóvel interno aos limites da (nome da unidade de conservação): Número do Documento expedido pelo OEMA comprovando que o imóvel do beneficiário está apto para compensação social de reserva legal: 3. RESULTADO. Esta propriedade está homologada para geração de demanda quanto ao disposto no 6 do Art. 44 da Lei Federal n / 65, alterada pela Medida Provisória n / Cidade, UF CHEFE DA UC/ICMBio
31 DESONERAÇÃO DE RL DE PROJETOS DE ASSENTAMENTOS Incra destinou cerca de 10 milhões de hectares de terras para criação de UC para fins de DESONERAÇÃO de reserva legal O Incra obtém o imóvel no interior da Unidade Transfere as áreas ao ICMBio por Concessão de Direito Real de Uso A CDRU possui cláusula autorizativa para que o INCRA proceda a DESONERAÇÃO junto ao OEMA
32 UNIDADES DE CONSERVAÇÃO CRIADAS PARA FIM DE DESONERAÇÃO DE RESERVA LEGAL DE PROJETOS DE ASSENTAMENTOS Nome da Unidade UF Data de Criação Área (ha) Estação Ecológica Mico-Leão-Preto SP ,64 Floresta Nacional de Pau-Rosa AM ,52 Floresta Nacional da Mata Grande GO ,56 Floresta Nacional do Jatuarana AM ,05 Floresta Nacional de São Francisco AC ,18 Floresta Nacional de Santa Rosa do Purus AC ,07 Parque Nacional Campos Amazônicos AM, MT e RO ,82 Parque Nacional de Juruena AM e MT 2006 Floresta Nacional de Mulata PA ,70 Parque Nacional da Serra da Cutia RO ,62 Parque Nacional Montanhas do Tumucumaque AP 2002 Reserva Biológica de Uatumã AM ,62 Reserva Extrativista do Cazumbá-Iracema* AC ,16 Reserva Extrativista Barreiro das Antas RO ,56 Reserva Extrativista Rio Cautário RO ,39 total , , ,05
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34 Obrigada! (61)
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