Identificação de Bacilos Gram-negativos
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- Milena Belém Bardini
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1 Identificação de Bacilos Gram-negativos QUESTÕES PARA AS PROVAS; CONTEÚDO DAS AULAS; HORÁRIO DE ATENDIMENTO ON-LINE; blog do professor:
2 Bacilos Gram-Negativos Não-Fermentadores Os BGNNF formam um grupo de bacilos aeróbios não-formadores de esporos que não utilizam carboidratos como fonte de energia nem os degradam através de vias metabólicas fermentativas;
3 Primeiros Indícios de que um Microrganismo Isolado é um Não- Fermentador Ausência Reação de de evidências positiva crscimento da de citocromo fermentação em ágar MacConkey; oxidase; glicose;
4 Pseudomonas São organismos amplamente distribuídos no solo, na matéria orgânica em decomposição, na vegetação e na água; São também encontradas em todo o ambiente hospitalar, distribuída em vários reservatórios, desde alimentos até soluções desinfetantes; Essa ubiqüidade é possível devido a sua simples exigência para crescimento e versatilidade nutricional;
5 Pseudomonas São capazes de utilizar muitos compostos orgânicos como fonte de carbono e nitrogênio, sendo que algumas cepas podem crescer mesmo em água destilada através do uso de micronutrientes; Também possui muitos fatores estruturais, enzimas e toxinas que aumentam sua virulência, tornando-a resistente aos antibióticos mais comumente utilizados;
6 Pseudomonas São bastonetes gram-negativos móveis, retos ou levemente curvos, tipicamente distribuídos aos pares; Coloração de Gram de Pseudomonas aeruginosa
7 Pseudomonas Embora seja definida como um aeróbio restrito, ela pode crescer de modo anaeróbio utilizando nitrato ou arginina como um aceptor alternativo de elétrons; Algumas cepas parecem ser mucóides devido à abundante presença de cápsula; Essas cepas são particularmente comuns nos pacientes com fibrose cística; Coloração de Gram de Pseudomonas aeruginosa envolta por material mucóide capsular em paciente com fibrose cística
8 Pseudomonas O gênero consiste em aproximadamente 10 espécies que foram isoladas a partir de espécimes clínicos. P. aeruginosa é a espécie mais comum; P. aeruginosa tem muitos fatores de virulência, entretanto, definir o papel que cada fator exerce na doença é uma dificuldade, e a maioria dos especialistas no assunto acredita que a virulência seja multifatorial;
9 Adesinas A aderência da P. aeruginosa às células do hospedeiro é mediada através dos pili e das adesinas não-fímbrias; Pili são importantes para a ligação às células epiteliais e possuem estrutura similar aos pili encontrados na Neisseria gonorrhoeae; P. Aeruginosa também produz neuraminidase, que remove os resíduos do ácido siálico a partir do pili receptor, aumentando a aderência;
10 Cápsula de polissacarídeo Também conhecido como exopolissacarídeo mucóide, cobertura de alginato ou glicocálice esta estrutura tem múltiplas funções: Liga a bactéria às células epiteliais e à mucina traqueobrônquica; Protege o organismo da fagocitose e da ação de antibióticos como os aminoglicosídeos; Curiosamente, as cepas mucóides podem reverter a um fenótipo não-mucóide quando cultivadas in vitro;
11 Endotoxina É o principal antígeno da parede celular da P. aeruginosa, assim como é nos outros bastonetes gram-negativos. O componente da endotoxina conhecido como lipídeo A é o mediador de vários efeitos biológicos como a síndrome séptica; LPS
12 Piocianina P. aeruginosa É um pigmento azul produzido pela P. aeruginosa que catalisa a produção de superóxido e peróxido de hidrogênio, formas tóxicas do oxigênio; Na presença de pioquelina (um sidéroforo ligador de ferro), o mais tóxico radical hidroxila é produzido, o qual pode mediar o dano tecidual. Este pigmento também estimula a liberação de IL-8, acarretando um aumento da atração de neutrófilos; P. fluorescens, P. aeruginosa e P. putida (Pioverdina)
13 Exotoxina A Acredita-se que seja um dos mais importantes fatores de virulência produzidos pelas cepas patogênicas de P. aeruginosa; Impede a síntese protéica através do bloqueio do prolongamento da cadeia de peptídeos na células eucarióticas, tal qual a toxina diftérica produzida pelo Corynebacterium diphtheria; Entretanto, estas toxinas são diferentes, sendo que exotoxina A é menos potente que a toxina diftérica;
14 Exoenzimas ElastasesS e T São Degradar toxinasa elastina; extracelulares que possuem intensa atividade Produzir de dano ADP ribosiltransferase, no parênquima cuja pulmonar função e é desconhecida. lesões hemorrágicas; Produzem dano na célula epitelial, facilitando a disseminação bacteriana, a invasão tecidual Degradar e componentes a necrose. do Esta sistema citotoxicidade de proteínas é mediada do complemento por um rearranjo e inibir ada quimiotaxia actina; e a função dos neutrófilos; Elastases As infecções crônicas por Pseudomonas são Duas caracterizadas enzimas: pela LasA formação protease de anticorpos serina e LasB anti- (metaloprotease LasA e anti-lasb, a basecom de Zn), deposição atuam em de sinergismo imunocomplexos para: nos tecidos infectados;
15 Protease alcalina Também contribui para a destruição tecidual e a disseminação da P. aeruginosa. Também interfere com a resposta imune do hospedeiro; Fosfolipase C É uma hemolisina termolábil que quebra lipídeos e lecitina, facilitando a destruição dos tecidos. O papel exato desta enzima nas infecções do trato respiratório e urinário (ITUs) não é conhecido, embora uma importante associação entre a hemolisina e a doença tenha sido reconhecida;
16 Ramnolipídeo Hemolisina termoestável que destrói tecidos contendo lecitina, sendo que está também associada à atividade ciliar do trato respiratório; Resistência antimicrobiana A mutação de porinas constitui o principal mecanismo de resistência. A penetração do antibiótico para dentro da bactéria se faz através de poros da membrana externa. Com a modificação das proteínas que formam a parede destes poros, ocorre a resistência;
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18 Muito Obrigado!!!
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