Mercados Regulamentados e Mercados Não Regulamentados

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1 Mercados Regulamentados e Mercados Não Regulamentados António Soares * * Advogado Veja-se a este propósito o artº 499 do Código do Mercado de Valores Mobiliários relativo ao mercado de balcão que é o mercado secundário actualmente existente com a estrutura organizativa mais insipiente onde não se dispensa a intervenção de, pelo menos, um intermediário a actuar nessa qualidade.

2 índice 1. OS MERCADOS DE VALORES MOBILIÁRIOS Conceito geral de mercados de valores mobiliários Os mercados de valores mobiliários no Código do Mercado de Valores Mobiliários a) Conceito e classificação dos mercados de valores mobiliários de acordo com o Código do Mercado de Valores Mobiliários; b) Mercados secundários constituídos ao abrigo do Código do Mercado de Valores Mobiliários; c) O conceito de mercados regulamentados Os mercados de valores mobiliários no novo Código dos Valores Mobiliários: mercados regulamentados versus mercados organizados Operações sobre valores mobiliários em mercado e fora de mercado e respectiva sujeição a taxa de operações de bolsa ou fora de bolsa. 2. A GESTÃO DOS MERCADOS DE VALORES MOBILIÁRIOS. 273

3 Introdução O presente texto corresponde, com meras alterações de pormenor, ao teor de uma apresentação feita em conferência organizada pela CMVM sobre o novo Código dos Valores Mobiliários. 275

4 1. Os mercados de valores mobiliários 1.1. Conceito geral de mercados de valores mobiliários O termo mercado, no seu sentido mais amplo, tem sido genericamente utilizado para designar espaços, não necessariamente físicos, de confluência de uma oferta e de uma procura de um determinado bem ou serviço. Nesta perspectiva o mercado de valores mobiliários será todo o espaço, não necessariamente físico, de confluência de uma oferta e de uma procura de valores mobiliários. Várias legislações têm no entanto adoptado conceitos próprios de mercado de valores mobiliários. A própria Comissão das Comunidades Europeias, na sua Recomendação de 25 de Julho de 1977 relativa a um Código Europeu de Conduta respeitante às transacções relativas a valores mobiliários, adoptou um conceito de mercados de valores mobiliários. De acordo com a referida Recomendação mercados de valores mobiliários serão o mercado da cotação oficial e quaisquer mercados organizados ou controlados pelas autoridades competentes, bem como quaisquer transacções sobre valores mobiliários incluindo as transacções amigáveis entre particulares sobre valores mobiliários. Como se pode constatar o conceito de mercado de valores mobiliários adoptado nesta Recomendação abrange quer os locais para onde é feita a confluência da oferta e da procura de valores mobiliários, quer as próprias transacções de valores mobiliários emergentes da reunião de quaisquer ofertas de compra ou de venda desses valores, ainda que produzidas entre particulares Os mercados de valores mobiliários no Código do Mercado de Valores Mobiliários a) Conceito e classificação dos mercados de valores mobiliários de acordo com o Código do Mercado de Valores Mobiliários O Código do Mercado de Valores Mobiliários também instituiu um conceito próprio de mercados de valores mobiliários, tendo para o efeito buscado inspiração na definição deste tipo de mercados constante da supramencionada Recomendação da Comissão das Comunidades Europeias de 25 de Julho de Na verdade, o artigo 3 nº 1 alínea b) do Código do Mercado de Valores Mobiliários definiu o mercado de valores mobiliários como sendo o conjunto dos mercados organizados ou controlados pelas autoridades competentes e onde esses valores se transaccionam. E, o mesmo Código, subdividiu ainda o mercado de valores mobiliários em mercado primário que foi definido como o conjunto dos mercados de valores mobiliários através dos quais as entidades emitentes procedem à emissão desses valores e à sua distribuição pelos investidores e mercado secundário que foi definido como o conjunto dos mercados de valores mobiliários organizados para assegurar a compra e venda desses valores mobiliários depois de distribuídos aos investidores através do mercado primário. Como se poderá constatar não só pela confrontação dos conceitos de mercado primário e secundário atrás transcritos como igualmente pelo teor dos artigos 109º a 128º do Código do Mercado de Valores Mobiliários por um lado e dos artigos 174º a 197º e 499º a 505º do mesmo diploma legal por outro, o referido Código do Mercado de Valores Mobiliários utilizou um conceito amplo de mercado para definir o que considera ser mercado primário, e um conceito mais restrito de mercado para definir o que considera serem mercados secundários. Efectivamente, o conceito de mercado primário de valores mobiliários foi erigido com base numa ideia de mercado enquanto mero espaço de confluência de uma oferta e de uma procura de valores mobiliários ao passo que o conceito de mercado secundário aí adoptado se baseou numa ideia de espaço organizado para a qual conflui determinada oferta e procura de valores mobiliários. Resulta claro do Código do Mercado de Valores Mobiliários que para que se possa reconhecer a existência de um mercado secundário de valores mobiliários será necessário que exista um mínimo de organização. A este propósito basta atentar no facto de o artigo 174º desse mesmo Código proceder a uma enumeração dos mercados secundários admissíveis. Assim, se para o Código do Mercado de Valores Mobiliários qualquer emissão de valores mobiliários, ainda que através de oferta privada, origina a criação de um mercado primário desses valores, já não se considera haver criação de um mercado quando o que está em causa é a simples realização de uma qualquer compra e venda de valores mobiliários já emitidos. Esta diferença entre os conceitos de mercados primários e secundários no Código tem como efeito que os mercados primários e secundários tenham características distintas. Assim, para o Código do Mercado de Valores Mobiliários os mercados primários caracterizam-se por: a) a respectiva criação ser mera consequência do aparecimento de uma emissão de valores mobiliários;

5 b) a respectiva criação ser livre, sendo da competência das entidades emitentes de valores mobiliários; c) tais mercados primários não serem nem locais nem organizações instituídas para funcionar de forma regular; d) a realização de negócios em tais mercados não pressupor a intervenção de intermediários financeiros para intermediar os negócios que neles se realizem. Já no que respeita aos mercados secundários estes caracterizam-se por: a) a respectiva criação pressupor a institucionalização de uma organização destinada a assegurar a transmissão de valores mobiliários já emitidos; b) a respectiva criação não ser livre dependendo de autorização administrativa a conceder através de Portaria do Ministro das Finanças cfr. artigo 174º do referido Código; c) tais mercados secundários destinarem-se a funcionar de forma regular; d) a realização de negócios em tais mercados pressupor necessariamente a intervenção de intermediários financeiros. b) Mercados secundários constituídos ao abrigo do Código do Mercado de Valores Mobiliários Para o Código do Mercado de Valores Mobiliários são, portanto, mercados secundários as Bolsas de Valores, o Mercado de Balcão e os Mercados Especiais que sejam organizados para a negociação de certas espécies de valores mobiliários ou para realizar certas categorias de operações. Assim existem hoje como mercados secundários a Bolsa de Valores de Lisboa na qual se realizam operações a contado sobre valores mobiliários nela admitidos à negociação e que se encontra segmentada em três mercados a contado (o mercado de cotações oficiais, o segundo mercado e o mercado sem cotações), a Bolsa de Derivados do Porto, na qual se realizam operações com produtos financeiros derivados, bem como reportes e empréstimos de valores mobiliários, o Mercado de Balcão ao qual são imputáveis todas as transacções de valores mobiliários realizadas por intermediários financeiros, de conta própria ou alheia, isto mesmo sem o mercado de balcão haver atingido o nível de organização previsto no Código que incluía a sua gestão por uma entidade de natureza semelhante às associações de bolsa e participada pelos intermediários financeiros que operam nesse mercado o MEOG criado pela Portaria nº 377-C/94, de 15 de Junho para a negociação de grandes lotes de obrigações admitidas à cotação no mercado de cotações oficiais da Bolsa de Valores de Lisboa e o MEDIP recém-criado pela Portaria 1182/89 2ª Série de 4 de 278 Novembro de 1999 para a negociação de grandes lotes de dívida pública mas que ainda não entrou em funcionamento. Sendo então estes os mercados secundários reconhecidos pelo Código do Mercado de Valores Mobiliários, isto significa que, contrariamente ao que acontece em termos de mercado primário, há operações de transmissão de valores mobiliários realizadas ao abrigo das disposições deste Código que ocorrem necessariamente fora de qualquer mercado secundário organizado. Tal é o que sucede com todas as operações que não são intermediadas, quer respeitem a valores admitidos à negociação em mercados regulamentados ou não. O mesmo já não sucede com as operações de subscrição de valores mobiliários (operações de mercado primário) pois que, em virtude do conceito de mercado primário de valores mobiliários adoptado no referido Código, todas elas têm lugar em mercado primário. c) O conceito de mercados regulamentados A necessidade de proceder à transposição da Directiva 93/22/CEE (Directiva de Serviços de Investimento) determinou ainda na vigência do Código do Mercado de Valores Mobiliários, a introdução, na ordem jurídica nacional, de uma nova distinção ao nível dos mercados secundários de valores mobiliários. De acordo com a referida directiva, os Estados Membros da União Europeia são obrigados a organizar uma lista dos mercados regulamentados de valores mobiliários que funcionam junto deles, entendendo-se nessa directiva por Mercados Regulamentados os Mercados de instrumentos financeiros constantes de uma lista oficial elaborada por cada Estado-Membro, com funcionamento regular, cujas condições de funcionamento, de acesso ao mercado e de aceitação dos instrumentos financeiros nele negociáveis hajam sido aprovadas por autoridades competentes e em que se encontre assegurada a divulgação de todas as transacções realizadas pelos intervenientes às autoridades de supervisão e a prestação de informação pública sobre as principais características de tais transacções. Em execução desta determinação vieram a ser considerados como mercados regulamentados os seguintes mercados nacionais: o Mercado de Cotações Oficiais da Bolsa de Valores de Lisboa o Segundo Mercado da Bolsa de Valores de Lisboa o Mercado sem Cotações da Bolsa de Valores de Lisboa a Bolsa de Derivados do Porto o Mercado Especial de Operações por Grosso (MEOG); O Mercado Especial de Dívida Pública (MEDIP) logo que entre em funcionamento, assumirá igualmente a natureza de mercado regulamentado, de acordo com o artigo 2º da Portaria nº1183/

6 1.3. Os mercados de valores mobiliários no novo Código dos Valores Mobiliários mercados regulamentados versus mercados organizados O novo Código dos Valores Mobiliários contém, também ele, uma definição de mercados de valores mobiliários, não tendo porém adoptado nem os conceitos nem as classificações de mercados de valores mobiliários constantes do Código do Mercado de Valores Mobiliários. O conceito de mercados de valores mobiliários adoptado pelo novo Código dos Valores Mobiliários, consta do respectivo artigo 198º e é o seguinte: Mercado de Valores Mobiliários é qualquer espaço ou organização em que se admite a negociação de valores mobiliários por um conjunto indeterminado de pessoas actuando por conta própria ou através de mandatário. De acordo com o novo Código dos Valores Mobiliários, para que exista um mercado de valores mobiliários será necessário que: a) exista um espaço ou uma organização destinado à negociação de valores mobiliários; b) exista uma entidade que assegure a respectiva gestão, denominada entidade gestora; c) ao referido espaço ou organização possam ter acesso conjuntos indeterminados de pessoas, quer directamente quer através de mandatários; d) os negócios neles realizados sejam concretizados através de membros desse mercado. O conceito de mercado aqui adoptado é pois um conceito restrito que não abrange a mera confluência ou reunião de uma qualquer procura e de uma qualquer oferta de valores mobiliários. Aliás, encontra-se expressamente estabelecido no novo Código dos Valores Mobiliários que a simples prestação de serviços financeiros a clientes por parte dos intermediários financeiros, tal como a realização de ofertas públicas, não determinam, por si só, a criação de mercados de valores mobiliários. Tenha-se igualmente presente que o conceito em apreço é ainda válido quer para os casos considerados pelo Código do Mercado de Valores Mobiliários como de mercado primário quer para os casos considerados de mercado secundário, abandonando-se assim tal distinção entre mercados. De notar, aliás, que de acordo com o novo Código dos Valores Mobiliários artigo 127º nº 1 alínea b) o apuramento de resultados de operações típicas de mercado primário como sejam ofertas públicas de subscrição passa a poder efectuar-se em sessão especial de bolsa. Principais consequências desta diferença de conceitos de mercados entre o Código do Mercado de Valores Mobiliários e o novo Código dos Valores Mobiliários são desde logo as seguintes: 280 o que no Código do Mercado de Valores Mobiliários é designado por mercado de balcão é reduzido no novo Código dos Valores Mobiliários à condição de actividade de intermediação; a mera reunião de uma oferta e procura para subscrição de valores mobiliários deixa de ser considerada pelo novo Código dos Valores Mobiliários como operação de mercado primário. Para o novo Código dos Valores Mobiliários a grande distinção é agora, à semelhança do que já ocorre com a Directiva 93/22/CEE (Directiva de Serviços de Investimento), entre mercados regulamentados de valores mobiliários e outros mercados organizados. O conceito de mercados regulamentados constante do novo Código dos Valores Mobiliários não se afasta aliás daquele que consta da Directiva 93/22/CEE (Directiva de Serviços de Investimento). Assim, de acordo com o artigo 200º do referido Código dos Valores Mobiliários serão considerados mercados regulamentados, os mercados organizados que: a) funcionem regularmente; b) obedeçam a requisitos iguais ou similares aos fixados para as bolsas quanto à prestação de informação, à admissão dos membros do mercado e dos valores mobiliários à negociação e ao funcionamento do mercado; c) sejam autorizados, a pedido da entidade gestora, por Portaria do Ministro das Finanças. Os mercados regulamentados constarão de uma lista a elaborar pela CMVM. Paradigma dos mercados regulamentados para o novo Código dos Valores Mobiliários são os mercados de bolsa, os quais são aí objecto de uma mais detalhada regulamentação e que surgem definidos no seu artigo 213º como sendo os mercados regulamentados em que a emissão das ofertas e a conclusão das operações são centralizadas num só espaço ou sistema de negociação. No que respeita à disciplina jurídica das bolsas constante do novo Código dos Valores Mobiliários vale a pena destacar as seguintes diferenças face ao regime para elas fixado no Código do Mercado de Valores Mobiliários: abandonou-se o princípio da especialização das bolsas que impedia que numa mesma bolsa coexistissem mercados a contado e mercados a prazo; se bem que se tenha permitido às bolsas a criação de vários mercados que se distingam entre si pelas características das operações, dos valores mobiliários negociados e das entidades emitentes, à bolsa ou bolsas que explorem mercados a contado passou unicamente a exigir-se que mantenham a funcionar de forma regular um mercado o Mercado de Cotações Oficiais tendo-se deixado à 281

7 entidade gestora a liberdade para a criação ou manutenção de outros mercados desde que respeitadas as exigências comuns aos mercados regulamentados; abandonou-se o princípio de que para se ser membro de uma bolsa e nela se poderem intermediar operações seria necessário possuir-se uma participação no capital da respectiva entidade gestora Para além dos mercados regulamentados prevê ainda o novo Código dos Valores Mobiliários a possibilidade de existirem outros mercados organizados de valores mobiliários, os quais funcionarão de acordo com as regras que para o efeito venham a ser livremente estabelecidas pela respectiva entidade gestora. Contrariamente ao que sucede com os mercados regulamentos, cuja criação depende de autorização do Ministro das Finanças, a prestar através de Portaria, a constituição de mercados organizados não regulamentados passa a ser livre, afastando-se também aqui o novo Código dos Valores Mobiliários do Código do Mercado de Valores Mobiliários que fazia depender a criação de qualquer mercado secundário de valores mobiliários de autorização prévia do Ministro das Finanças. A criação de mercados não regulamentados deixa portanto de ficar sujeita a qualquer autorização, dependendo o seu funcionamento apenas de um controlo prévio da respectiva legalidade por parte da CMVM, o que ocorrerá no momento em que se deva proceder ao respectivo registo junto dessa entidade. Admite ainda o novo Código dos Valores Mobiliários a criação de mercados organizados em que haja intervenção directa dos investidores institucionais que assumirão, para o efeito, a qualidade de membros desse mercados n.º 3 do artigo 203º do novo Código dos Valores Mobiliários ou de mercados em que a função tradicional dos membros pode ser exercida pela respectiva entidade gestora n.º 6 do artigo 203º do mesmo diploma legal Operações sobre valores mobiliários em mercado e fora de mercado e respectiva sujeição a taxa de operações de bolsa ou fora de bolsa De acordo com o Código do Mercado de Valores Mobiliários todas as transmissões de valores mobiliários admitidos à negociação em bolsa ou em mercados especiais só poderão realizar-se nesses mercados ou então no mercado de balcão. Na verdade, o Código do Mercado de Valores Mobiliários apenas admite que possam ser realizadas fora de um destes mercados organizados, as transmissões de valores mobiliários admitidos à negociação em bolsa ou em mercados especiais que: 282 a) se efectuem título gratuito; b) se efectuem a título oneroso diferente da compra e venda; c) resultem de uma convenção complexa, que não se reconduza à simples venda dos valores mobiliários em causa; d) sejam acordadas directamente entre comprador e vendedor, sendo um e outro pessoas singulares; e) sejam efectuadas directamente entre pessoas colectivas, das quais uma possua, pelo menos, 20%, do capital da outra. O referido Código acrescenta ainda que mesmo nestes casos a operação só poderá realizar-se fora de um dos supra-referidos mercados desde que estas operações, pela sua natureza, valor ou circunstâncias, não devam realizar-se em mercado secundário. Já no que respeita às transmissões de valores mobiliários não admitidos à negociação em bolsa ou em mercados especiais estas poderão, de acordo com o mesmo diploma, realizar-se em mercado de balcão ou fora de qualquer mercado organizado, de acordo com a livre opção dos intervenientes. Em matéria de sujeição das transmissões de valores mobiliários a taxa de operações de bolsa ou fora de bolsa o mesmo Código do Mercado de Valores Mobiliários sujeita todas as transmissões de valores mobiliários realizadas em bolsa ou em mercado secundário especial a uma taxa de operações. Por outro lado, todas as transmissões de valores mobiliários realizadas fora de bolsa (em mercado de balcão ou fora desse mercado) estão, também elas, sujeitas ao pagamento de taxas de operações fora de bolsa, sendo certo que esta é distinta consoante incida sobre valores admitidos à negociação em bolsa ou não, sendo a taxa de operações fora de bolsa substancialmente mais elevada nos casos em que a transmissão fora de bolsa tem por objecto valores mobiliários admitidos à negociação em bolsa. O novo Código dos Valores Mobiliários vem alterar o regime vigente permitindo desde logo a livre realização, em mercado regulamentado ou fora dele, de transmissões de valores mobiliários, ainda que tais valores se encontrem admitidos à negociação em bolsa ou em mercados especiais. Para o novo Código dos Valores Mobiliários ficarão sujeitas a uma taxa de operações todas as transmissões de valores mobiliários realizadas em bolsa ou em mercado secundário seja mercado regulamentado seja mercado meramente organizado. Já no que respeita operações realizadas fora de mercado regulamentado apenas as operações que tenham por objecto valores mobiliários admitidos à negociação em mercado regulamentado é que poderão ser sujeitas uma taxa de operações fora de bolsa a fixar pelo Ministro das Finanças. Quanto a este último aspecto cumpre realçar que a habilitação regulamentar atribuída ao Ministro das Finanças para fixar a taxa a pagar em casos de operações realizadas fora 283

8 de mercado regulamentado com valores mobiliários admitidos à negociação em mercado regulamentado aponta para a necessidade de se respeitar um princípio de neutralidade entre a negociação em mercado regulamentado e fora de mercado regulamentado, pelo que a taxa de operações fora de bolsa não deverá vir a assumir carácter penalizante e desincentivador que hoje lhe é reconhecido. 2. A gestão dos mercados de valores mobiliários Nos últimos anos desta década e sobretudo no espaço europeu muitas vezes aproveitando o momento da transposição da directiva de serviços de investimento ocorreram alterações profundas na organização dos mercados e das respectivas entidades gestoras. A tendência que actualmente se verifica aponta para que as bolsas de valores, quer a contado quer de derivados, sejam exploradas directamente por sociedades comerciais, assumindo estas, na maior parte dos casos, a forma de sociedades anónimas cujo capital pertence a entidades privadas. Em grande número de casos as entidades que são admitidas a ter partes no capital das entidades gestoras das bolsas são os bancos e os corretores, havendo já frequentes casos de participação no capital por parte de emitentes e até de público. Alguns casos de participação dos intermediários financeiros no capital das bolsas tem evoluído para situações de participação indirecta por via de movimentos de fusão ou concentração de bolsas. Verificou-se em alguns casos a constituição de holdings que possuem, senão a totalidade, pelo menos a maioria do capital em sociedades que exploram directamente bolsas de valores e participações em centrais de valores mobiliários ou sistemas de negociação, compensação e liquidação de operações, as quais, por sua vez, são detidas pelos intermediários financeiros, como é o caso da Alemanha e da Holanda e, relativamente aos casos de Bolsas de Derivados, da Espanha e da França. O Código do Mercado de Valores Mobiliários estabeleceu como princípio para as entidades gestoras de mercados organizados que estas deveriam assumir a forma de associações civis sem fins lucrativos. A principal razão terá sido assegurar que a titularidade de qualquer parcela do seu capital não concederia o direito a receber quaisquer dividendos decorrentes da respectiva actividade. O mesmo Código estabeleceu ainda que tais associações teriam de ser participadas pelos intermediários financeiros que pretendessem intermediar operações em qualquer dos mercados por elas geridos, sendo que os associados que integrassem uma mesma categoria deveriam ter direitos iguais aos demais. Finalmente o referido Código instituiu como regra a intransmissibilidade dos títulos patrimoniais. O novo Código dos Valores Mobiliários começou por instituir a obrigação de todos os mercados organizados se encontrarem submetidos à administração de uma entidade gestora. Porém, este Código não estipula directamente sobre regime jurídico das referidas entidades gestoras de mercados, especificando no nº 2 do seu artigo 199º que essa matéria fica a constar de diploma legislativo avulso. O diploma em questão

9 o Decreto-Lei nº 394/99, de 13 de Outubro que surgiu na ordem jurídica ainda antes do próprio Código dos Valores Mobiliários, vai no sentido das tendências verificadas nos outros países e acima apontadas. O referido diploma, que pretende também resolver a questão da transformação das actuais associações de bolsa em sociedades anónimas, estabelece, desde logo, a distinção entre mercados regulamentados e mercados simplesmente organizados. No que respeita às sociedades gestoras de mercados regulamentados consagrou que as mesmas deveriam assumir a forma de sociedades anónimas, ficando a respectiva constituição dependente de autorização prévia do Ministro das Finanças. De acordo com a Portaria do Ministro das Finanças nº 1182/99, de 4 de Novembro (2ª Série), o capital social destas sociedades não poderá ser inferior a contos quando se proponham gerir bolsas de valores ou a contos quando se proponham gerir outros tipos de mercados regulamentados. As entidades que são admitidas a participar no capital de sociedades gestoras de mercados regulamentados são as seguintes: a) as instituições de crédito, as empresas de investimento, as empresas de seguros e as sociedades gestoras de fundos de investimento e de fundos de pensões; b) as entidades emitentes de valores mobiliários admitidos à negociação no mercado gerido pela sociedade gestora; c) outras sociedades gestoras de mercados regulamentados; d) as sociedades gestoras de sistemas de liquidação e de sistemas centralizados de valores mobiliários; e) o Estado; f) as sociedades gestoras de participações sociais constituídas nos termos do referido Decreto-Lei nº 394/99 de 13 de Outubro especificamente para deter participações em sociedades gestoras de mercados ou de sistemas de liquidação e de sistemas centralizados de valores mobiliários. O mesmo Decreto-Lei nº 394/99, prevê ainda a hipótese de nos estatutos de sociedade gestora de mercado regulamentado se fixar que uma determinada percentagem máxima do seu capital social não excedendo 30% possa ser pertença de quaisquer outras pessoas, para além das atrás identificadas. No que respeita às sociedades gestoras de outros mercados organizados permite o Decreto Lei nº 394/99 que tais sociedades assumam qualquer uma das formas permitidas às sociedades comerciais pelo Código das Sociedades Comerciais. A sua constituição não está sujeita a autorização do Ministro das Finanças mas o respectivo início de actividade depende do seu registo prévio junto da CMVM. De acordo com a Portaria 1182/99, de 4 de Novembro, o seu capital social não pode ser inferior a contos. Como se disse atrás, o Decreto-Lei nº 394/99, de 13 de Outubro, instituiu um regime transitório para a transformação das actuais associações de bolsa em sociedades anónimas gestoras de mercados de bolsa. Para o efeito fixou um prazo de nove meses para ser aprovada a transformação das Associações da Bolsa de Valores de Lisboa e da Bolsa de Derivados do Porto em duas ou apenas numa sociedade gestora de mercados regulamentados. Em caso de transformação das actuais associações de bolsa numa única ou em duas sociedades gestoras de mercados regulamentados ocorrerá a sucessão por parte da nova ou novas sociedades nos direitos e nas obrigações que hoje pertencem às associações de bolsa. 287

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