E S T A T U T O S Fevereiro 2007
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- Rosângela Eger Tuschinski
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1 E S T A T U T O S Fevereiro 2007
2 CONSELHO NACIONAL DE JUVENTUDE ESTATUTOS CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS ARTIGO 1º (Natureza) O Conselho Nacional de Juventude, a seguir designado CNJ, é uma pessoa colectiva de direito privado e sem fins lucrativos. ARTIGO 2º (Fins) O CNJ tem por finalidades: a) Constituir uma plataforma de diálogo, intercâmbio de posições e pontos de vista entre as Organizações aderentes; b) Reflectir sobre as aspirações da juventude Guineense, nomeadamente promovendo o debate e a discussão sobre a sua situação e problemática; c) Contribuir para o incentivo e desenvolvimento do Associativismo Juvenil; d) Assumir-se como interlocutor perante os poderes constituídos e reivindicar o direito de consulta sobre todos os assuntos que respeitem à juventude Guineense em geral; e) Apoiar técnica e cientificamente as organizações aderentes; f) Assumir uma posição de diálogo e intercâmbio com organizações estrangeiras congéneres; g) Publicar e apoiar a divulgação de trabalhos sobre a juventude; h) Desenvolver e apoiar a organização de actividades de índole Social, Cultural, Educativo, Cientifico, Ambiental e Desportivo. O CNJ tem sede em Bissau. ARTIGO 3º (Sede) ARTIGO 4º (Símbolo) O Símbolo do Conselho Nacional de Juventude apresenta a própria sigla em letras vermelhas, CNJ e uma imagem que simboliza a dinâmica e irreverência dos jovens em corpo esverdeado e cabeça amarela. O CNJ tem âmbito nacional. ARTIGO 5º (Âmbito) ARTIGO 6º (Princípios Fundamentais) 1 - O CNJ é independente de toda e qualquer forma de controlo político, partidário, ideológico ou religioso.
3 2 O CNJ declara aceitar os princípios consagrados na Constituição da República, na Declaração Universal dos Direitos do Homem e nos termos em que o nosso país se encontra a eles vinculado. 3 - O CNJ congrega Organizações Juvenis representativas dos vários sectores da vida juvenil, mantendo estas o direito à independência e identidade próprias. 4 - O Conselho Nacional de Juventude constitui um projecto que visa a união e afirmação dos jovens na sociedade, através do associativismo juvenil, num espírito democrático e pluralista, que consagra o direito à diferença. CAPITULO II PATRIMÓNIO ARTIGO 7º Constitui património do CNJ: 1 - O nome Conselho Nacional de Juventude, a sigla CNJ, o símbolo e as receitas. 2 - Consideram-se receitas do CNJ: a) As quotas das Organizações; b) Os subsídios; c) As doações ou legados; d) As resultantes da gestão do património. CAPÍTULO III DAS ORGANIZAÇÕES ARTIGO 8º (Definição) 1. Poderão ser Membros de Pleno Direito (MPD) do CNJ: a) As Organizações Juvenis, admitidas nessa qualidade, nos termos dos presentes Estatutos; b) Entendendo-se por Organização Juvenil, aquela que é constituída por jovens entre os 15 e os 35 anos e que tenha o número mínimo de cinquenta Associados, no caso das Associações Juvenis e cinco Associações, no caso das Redes Juvenis. 2. A admissão no CNJ de uma Rede Juvenil, exclui a dos seus membros por separado. ARTIGO 9º (Admissão) 1. As Organizações Juvenis compreendidas no artigo anterior poderão fazer parte do CNJ sempre que o solicitem à Direcção do CNJ e cumpram as condições e requisitos fixados nestes Estatutos, as solicitações não atendidas serão submetidas à Assembleia Geral para efeito de deliberação. 2. Em todos os casos, a estrutura e o funcionamento das Organizações Juvenis em causa devem ser democráticos e deve ser expressamente manifestada a aceitação destes Estatutos e da Constituição da República Guineense. 3. De forma geral, não serão aceites os pedidos de admissão de Organizações Juvenis que, de forma manifesta, vulnerem os valores constitucionais e os direitos fundamentais. ARTIGO 10º (Direitos dos Membros de Pleno Direito)
4 1 - Constituem direitos dos Membros de Pleno Direito do CNJ: a) Participar nas Assembleias-gerais e aí fazer uso do direito de voto e de palavra, sendo que cada MPD terá direito a um voto, apesar de poder inscrever até dois elementos para exercer o direito à palavra; b) Eleger e ser eleito para os órgãos do CNJ; c) Participar nas actividades organizadas pelo CNJ; d) Ter acesso à informação e demais documentação do CNJ, mediante solicitação escrita dirigida à Direcção; e) Usufruir das infra-estruturas e serviços do CNJ, mediante uma solicitação escrita dirigida à Direcção; f) Propor o agendamento de pontos na Ordem de Trabalhos. ARTIGO 11º (Deveres dos Membros de Pleno Direito) Constituem deveres dos Membros de Pleno Direito do CNJ: a) Cumprir com zelo os Estatutos e demais Regulamentos do CNJ; b) Contribuir com a sua colaboração para o desenvolvimento e promoção do CNJ; c) Informar a Direcção do CNJ sobre as alterações que se produzam no que diz respeito às suas condições de admissão, incluindo as mudanças que tenham tido lugar nos órgãos de direcção e representação; d) Pagar as quotas pontualmente e demais contribuições que se estabeleça em Assembleia-Geral. ARTIGO 12º (Suspensão) 1. Qualquer Organização pode ver suspensa a sua participação no CNJ nos seguintes casos: a) Por perda de requisitos exigidos nos presentes Estatutos, nos termos do artigo 8º e 9º; b) Pela ausência injustificada a duas sessões de Assembleia Geral no mesmo ano civil; c) Por falta de pagamento de quotas durante um ano; 2. Compete à Direcção, a suspensão de qualquer Organização, com fundamento no n.º 1 supra. 3. Da decisão anterior cabe recurso para a Assembleia Geral que o aprovará por maioria qualificada de dois terços dos presentes. 4. A suspensão de qualquer Organização prevista no número 1 deste artigo, deverá ser levantada quando for sanada a causa que deu origem à suspensão. 5. A suspensão implica a perda de todos os direitos e deveres estatutários. ARTIGO 13º (Perda da qualidade de membro) 1. A perda de qualidade de membro das Organizações ocorrerá mediante deliberação da Assembleia Geral, que a tomará por maioria de 2/3 dos votos presentes, uma vez verificados os seguintes factos: a) Dissolução da Organização; b) Falta injustificada de pagamento de quotas pelo período de dois anos consecutivos; c) Manterem-se as causas que motivaram a suspensão por período superior a 2 anos; d) Terem ocorrido três suspensões consecutivas num período de um ano;
5 e) Não participar em nenhuma das reuniões entre à Direcção e os MPD durante um ano; f) Demissão da Organização mediante proposta aprovada por 2/3 dos votos presentes. ARTIGO 14º (Readmissão) 1 - Uma vez sanados os factos que deram origem à perda de qualidade de membro da Organização, a Organização poderá ser readmitida no Conselho Nacional de Juventude. 2 - Ao processo de readmissão aplicar-se-ão as disposições previstas para o processo de admissão. CAPÍTULO IV ORGANIZAÇÃO E FUNCIONAMENTO ARTIGO 15º (Os Órgãos) São Órgãos do CNJ: a) A Assembleia Geral; b) A Direcção; c) O Conselho Fiscal; d) Os Conselhos Regionais de Juventude. ARTIGO 16º (Mandatos) A duração do mandato dos órgãos electivos é de três anos, com o limite máximo de dois mandatos consecutivos. ARTIGO 17.º (Processo Eleitoral) 1 - Os titulares dos orgãos do CNJ são eleitos entre os representantes dos Membros de Pleno Direito do CNJ por sufrágio directo, secreto, individual e plurinominal. 2 - As candidaturas deverão ser apresentadas 15 dias antes da sessão eleitoral, indicando o lugar a que se candidata. 3 No caso de não apresentação de candidaturas, cabe à Assembleia Geral que esteja convocada para o efeito eleitoral, decidir o procedimento a seguir. 4 O Regulamento Eleitoral especificará os detalhes do processo eleitoral. SECÇÃO I ARTIGO 18.º A Assembleia Geral (Definição) A Assembleia Geral é órgão supremo e deliberativo do CNJ e a sua forma de funcionamento reger-se-á por Regulamento próprio. 1 - Compõem a Assembleia Geral: a) A Mesa da Assembleia Geral; b) A Direcção; ARTIGO 19.º (Composição)
6 c) O Conselho Fiscal; d) Os Conselhos Regionais de Juventude; e) Pelo menos 1 representante de cada organização Membro de Pleno Direito, com o limite de 2 elementos; ARTIGO 20.º (Mesa da Assembleia Geral) 1 - A Mesa da Assembleia Geral, é constituída por um Presidente, um Vice Presidente, dois Secretários e um Vogal; 2 - Compete à Mesa da Assembleia Geral: a) Dirigir os trabalhos de acordo com a Ordem de Trabalhos; b) Fazer cumprir os Estatutos e demais regulamentos. 3 - A Mesa da Assembleia Geral poderá funcionar com um mínimo de três elementos. ARTIGO 21.º (Competência do Presidente da Mesa da Assembleia Geral) Compete ao Presidente da Mesa da Assembleia Geral convocar, presidir e dirigir as reuniões da Assembleia Geral. ARTIGO 22º (Competência da Assembleia Geral) 1- É da competência da Assembleia Geral: a) Eleger os titulares dos Órgãos; b) Demitir os titulares dos Órgãos mediante processo disciplinar; c) Determinar e definir as linhas gerais de actuação do CNJ; d) Aprovar o Relatório de Contas e Actividades; e) Aprovar o Orçamento Financeiro e Plano de actividades; f) Fixar as quotas dos membros e demais contribuições; g) Decidir sobre a filiação do CNJ em organismos nacionais e internacionais, bem como a sua demissão; h) Apreciar os recursos em matéria de suspensão de Organizações; i) Promover ao levantamento da suspensão da qualidade de MPD mediante uma maioria de dois terços; j) Deliberar sobre a perda da qualidade de Membro; k) Aprovar o seu Regulamento Interno; l) Aprovar a revisão e alteração dos Estatutos; m) Aprovar sob proposta da Mesa da Assembleia Geral um Regulamento Eleitoral. 2- Para aprovar a matéria referida na alínea l) do número anterior, exige-se uma maioria de três quartos das MPD presentes, desde que superior à maioria absoluta dos membros em efectividade de funções. 3- As matérias referidas nas alíneas a) e i) do n.º 1 do artigo 22º terão de ser aprovadas com uma maioria simples dos votos presentes. 4- Para as matérias referidas nas alíneas b), c), d), e), f), g), h), j), k) e m) do n.º 1 do artigo 22º é necessária a maioria de dois terços dos votos presentes. ARTIGO 23º (Convocação/ Funcionamento) 1 - A Assembleia Geral pode reunir-se com carácter ordinário ou extraordinário.
7 2 - A Assembleia Geral reunir-se-á ordinariamente duas vezes por ano, sendo que na segunda Assembleia Geral serão aprovados o Plano de Actividades e orçamento para o ano seguinte. 3 - A Assembleia Geral poderá ser convocada pelo Presidente da Mesa, a pedido da Direcção, ou a requerimento de dois terço dos seus MPD. 4 - A convocação das Assembleias Gerais com carácter ordinárias terá de ser feita com uma antecedência mínima de noventa dias. 5 - A convocação das Assembleias Gerais com carácter extraordinário terá de ser feita com uma antecedência mínima de quinze dias. SECÇÃO II ARTIGO 24.º DIRECÇÃO (Definição) A Direcção é o órgão executivo do CNJ, e o seu funcionamento reger-se-á por Regulamento Interno. ARTIGO 25.º (Composição) 1 - A Direcção é constituída por um Presidente, um Vice Presidente, um Secretário Geral, um Secretário, um Responsável de Finanças e Património, um Responsável de Programas, um Responsável de Informação, Educação e Comunicação, um Responsável de Relações Exteriores e Cooperação, um Responsável de Cultura e um Responsável de Desportos. 2 A Direcção ainda pode criar Departamentos específicos à áreas temáticas com vista a maior e melhor operacionalidade da organização. ARTIGO 26.º (Competência) 1 - Compete à Direcção: a) Velar pelo cumprimento dos Estatutos do CNJ; b) Zelar pela imagem, nome e reputação do CNJ; c) Executar as deliberações da Assembleia Geral; d) Representar o CNJ, interna e externamente; 2 - Compete ainda à Direcção: a) Apresentar Relatório de Actividades e Contas à Assembleia Geral; b) Apresentar Plano de Actividades e Orçamento à Assembleia Geral; c) Administrar o Património do CNJ d) Representar em Juízo o CNJ; e) Celebrar Protocolos e contratos em nome e no interesse do CNJ; f) Coordenar os trabalhos das Comissões; g) Superintender a gestão corrente do CNJ, e gerir os serviços dela dependentes; h) Admitir Assessor de Direcção para o período do mandato da Direcção vigente; i) Propor à Assembleia Geral o valor das quotas dos Membros do CNJ; j) Analisar e admitir a adesão de novos Membros; k) Fazer propostas de perda de qualidade de membro e instruir os respectivos processos; l) Proceder aos actos necessários e decorrentes do normal funcionamento do CNJ;
8 m) Requerer a convocação de Assembleias Gerais Extraordinárias; n) Aprovar o seu Regulamento Interno e Regulamento Disciplinar; o) Exigir aos CRJ a apresentação de Plano de Actividades e Orçamento e Relatório de Actividades e Contas. ARTIGO 27º (Inerência) O Presidente da Direcção é por inerência Presidente do CNJ. ARTIGO 28º (Competência do Presidente da Direcção) 1. Compete ao Presidente do CNJ: a) Representar a Organização em juízo e fora dele; b) Zelar pela observância dos estatutos e demais disposições regimentais; c) Firmar e rescindir protocolos; d) Convocar, presidir e dirigir as reuniões da Direcção; e) Convocar mensalmente as reuniões entre a Direcção e os MPD. 2. O Presidente da Direcção durante a vigência do seu mandato, no caso de vagatura, pode proceder a nomeação de novos membros recorrendo aos representantes dos MPD. 3. O Presidente pode contratar um assessor, para assegurar a operacionalidade dos serviços. 4. O Presidente do CNJ pode exonerar e nomear pessoas para a Direcção no seguinte caso: a) Para dar uma nova dinâmica a Direcção. SECÇÃO III ARTIGO 29º CONSELHO FISCAL (Definição) O Conselho Fiscal é o órgão de fiscalização financeira e patrimonial do CNJ. ARTIGO 30º (Composição) O Conselho Fiscal é composto por um Presidente, um Vice Presidente, um Secretário e dois Vogais. ARTIGO 31º (Competência) 1 Compete ao Conselho Fiscal: a) Fiscalizar a execução orçamental prosseguida pela Direcção; b) Verificar a regularidade dos livros, registos contabilísticos e documentos que lhe servem de suporte; c) Elaborar semestralmente relatório sobre a sua acção fiscalizadora; d) Dar parecer sobre as contas anuais da Direcção. 2 Para efeitos do número anterior, o Conselho Fiscal reúne ordinariamente de três em três meses e extraordinariamente a requerimento de qualquer dos seus membros. 3 O Conselho Fiscal delibera por maioria simples.
9 SECCAO IV ARTIGO 32º CONSELHOS REGIONAIS DE JUVENTUDE (Definição) Os Conselhos Regionais de Juventude, a seguir designado CRJ são os órgãos executivos do CNJ ao nível das oito regiões administrativas do país e o seu funcionamento regerse-á por Regulamento Interno. ARTIGO 33º (Composição) Cada CRJ é composto por um Presidente, um Vice Presidente, um Secretário, um Responsável de Finanças e Património, um Responsável de Programas, um Responsável de Cultura e Desportos, um Responsável Informação e um delegado em cada um dos sectores que compõem a respectiva região. ARTIGO 34º (Competência) 1 - Compete aos Conselhos Regionais de Juventude: a) Velar pelo cumprimento dos Estatutos do CNJ à nível regional; b) Zelar pela imagem, nome e reputação do CNJ à nível regional; c) Executar as orientações da Direcção à nível regional; d) Representar o CNJ, à nível regional. 2 - Compete ainda ao CRJ: a) Apresentar Relatório de Actividades e Contas à Direcção; b) Apresentar Plano de Actividades e Orçamento à Direcção; c) Administrar o Património do CNJ à nível regional; d) Representar em Juízo o CNJ à nível regional; e) Analisar e emitir pareceres de admissão de novos Membros à nível regional; f) Fazer propostas de perda de qualidade de membro à nível regional e instruir os respectivos processos à Direcção; g) Proceder aos actos necessários e decorrentes do normal funcionamento do CRJ; h) Aprovar o seu Regulamento Interno. CAPITULO V Disposições Finais e Transitórias ARTIGO 35º (Revisão) O presente Estatuto poderá ser revisto 3 anos após a sua entrada em vigor. ARTIGO 36º (Entrada em vigor e norma revogatória) O presente Estatuto entra em vigor após a sua aprovação, revogando desde logo todas as normas referidas nos anteriores estatutos. ARTIGO 37º (Interpretação e integração de lacunas)
10 1 - As dúvidas que a aplicação do presente Estatuto suscitem, bem como integração de lacunas que no mesmo possam existir, deverão ser resolvidas pela Mesa da Assembleia Geral, ratificadas pela Assembleia Geral.
CAPÍTULO I. DISPOSIÇÕES GERAIS ARTIGO 1º (Natureza) ARTIGO 2º (Fins)
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