PLANTIO DIRETO X PLANTIO CONVENCIONAL. TEIXEIRA, Amanda; HECKLER, Jéssica; PAVANELO, Roberto; TELOEKEN; Romano 1 NASCIMENTO, Lizandra Andrade 2
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- Olívia Pacheco Sampaio
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1 PLANTIO DIRETO X PLANTIO CONVENCIONAL TEIXEIRA, Amanda; HECKLER, Jéssica; PAVANELO, Roberto; TELOEKEN; Romano 1 NASCIMENTO, Lizandra Andrade 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL 3 RESUMO: O presente artigo aborda a temática do plantio direto e pretende apresentar uma comparação entre o plantio convencional e o direto, discutindo as vantagens e benefícios deste último para os produtores e também para o meio ambiente. A utilização de sistemas de manejo com revolvimento acelera os processos de degradação das condições químicas, físicas e biológicas do solo. Enfatizamos os benefícios do sistema de plantio direto (SPD) na conservação do solo e água e recuperação de áreas degradadas. Este sistema tem se consolidado como uma relevante prática conservacionista, passando por adaptações, a partir do uso de tecnologias, visando a obtenção de resultados favoráveis. Dentre as vantagens do SPD, estudiosos da área apontam a redução das perdas de solo por erosão, a conservação da água, bem como a redução nos custos da produção e o consequente incremento de produtividade. Torna-se necessário seguir, adequadamente, os requisitos de implantação do SPD, a fim de promover a utilização racional do solo, atingindo maior produtividade em diferentes culturas. PALAVRAS-CHAVE: Sistema de Plantio Direto (SPD). Conservação. Produtividade. ABSTRACT: This article aims to show the effect of tillage on organic matter content of the soil, compared to the conventional system of soil management. The use of management systems with revolving accelerates the degradation processes of chemical, physical and biological soil. We emphasize the benefits of no-tillage (NT) on soil and water conservation and reclamation. This system has been established as an important conservation practice, past adaptations, from the use of technologies aimed at obtaining favorable results. Among the advantages of the NT area scholars point reducing loss of soil erosion, water conservation, and reduction in production costs and a consequent productivity increase. It is necessary to follow adequately the SPD deployment requirements in order to promote rational use of soil, reaching higher productivity in different cultures. KEYWORDS: No-tillage system (SPD). Conservation. Productivity. 1 Acadêmicos do Curso de Agronomia da UFFS Cerro Largo. amandacteixeira@hotmail.com 2 Professora orientadora. 3 Instituição
2 PLANTIO DIRETO X PLANTIO CONVENCIONAL 1 INTRODUÇÃO Tradicionalmente, os produtores rurais acreditavam que o preparo do solo ideal era aquele que revolvesse mais intensamente o solo. Todavia, tais práticas repercutiam em grandes custos com o preparo do solo e a consequente elevação dos custos da produção além de ser possível apenas uma colheita ao ano o que tornava o processo de produção de grãos muito trabalhoso e pouco produtivo em relação a área cultivada. Diante disso, o sistema de plantio direto (SPD) resulta da busca de alternativa para a redução de investimentos de recursos financeiros e do dispêndio de tempo e de serviço para o preparo do solo. Práticas obsoletas como a aração e causadoras de degradação dos solos como a utilização da grade aradora passaram a ser substituídas. Resck (1999) indica os benefícios do plantio direto, dentre os quais destacam-se as vantagens em termos de diminuição dos custos de produção, de conservação dos recursos naturais e de redução do tempo entre a colheita da safra anterior e a semeadura da safra seguinte. Romeiro (1998) acrescenta como benefício do SPD a proteção do solo contra radiação solar e da chuva. Desse modo, implanta-se um sistema conservacionista do solo, utilizando técnicas integradas voltadas à otimização do potencial genético de produção das culturas e à melhoria das condições ambientais. No entendimento de Melo Júnior, Camargo e Wendling (2011), o SPD envolve uma série de vantagens em relação ao manejo convencional do solo, onde se preconiza a utilização de arados e grades, o que acaba por desestruturar o solo, ocasionando sérios problemas. No presente estudo, apresentamos os aspectos básicos do sistema de plantio direto e seus benefícios no que se refere à conservação do solo e água, contribuindo para a recuperação de áreas degradadas. Sendo assim, ressaltamos as vantagens desse sistema para a ampliação da produtividade e para a preservação dos recursos naturais, relevantes para a sustentabilidade.
3 2 O SISTEMA DE PLANTIO DIRETO (SPD): Discussão sobre benefícios e requisitos do plantio direto O sistema plantio direto teve início na Inglaterra em 1955, e no Brasil teve como precursor o estado do Paraná, por volta de Inicialmente foi utilizado como forma de controlar a erosão hídrica, e apesar de algumas dificuldades iniciais, logo se percebeu que haviam outras vantagens em sua utilização, como o maior aporte de matéria orgânica que permitia uma redução na utilização de adubos de base nas culturas de verão. O manejo com revolvimento causa a aceleração dos processos de degradação do solo, e grande diminuição dos estoques de matéria orgânica. Essa perda de MO ocorre principalmente por erosão hídrica e oxidação microbiana. A utilização de sistemas de manejo sem revolvimento do solo, tem se mostrado eficiente na recuperação do teor da matéria orgânica, e associado a isso também se verificou o aumento da agregação do solo. Cruz, Alvarenga et al. (2015) definem Sistema de Plantio Direto (SPD) como uma tecnologia conservacionista que teve grande desenvolvimento a partir da década de 1990 no Brasil e já se encontra bastante difundida entre os agricultores, dispondo-se, atualmente, de sistemas adaptados a diferentes regiões e aos diferentes níveis tecnológicos. Esse sistema de produção requer cuidados na sua implantação, mas depois de estabelecido, seus benefícios se estendem não apenas ao solo, mas também ao rendimento das culturas e promove uma maior competitividade dos sistemas agropecuários. Devido à drástica redução da erosão, reduz o potencial de contaminação do meio ambiente e oferece ao agricultor maior garantia de renda, pois a estabilidade da produção é ampliada em comparação aos métodos tradicionais de manejo de solo. Por seus efeitos benéficos sobre os atributos físicos, químicos e biológicos do solo, pode-se afirmar que o Sistema Plantio Direto é uma ferramenta essencial para se alcançar a sustentabilidade dos sistemas agropecuários (CRUZ, ALVARENGA et al., 2015, p. 1). Para os autores o plantio direto configura-se como cultivo conservacionista que substitui o preparo convencional da aração e da gradagem, afirmando que é necessário manter o solo sempre coberto por plantas em desenvolvimento e por resíduos vegetais. Essa cobertura visa proteger o solo do impacto direto das gotas de chuva, do escorrimento superficial e das erosões hídrica e eólica. Sendo assim, o preparo do solo limita-se ao sulco de semeadura,
4 procedendo-se à semeadura, à adubação e, eventualmente, à aplicação de herbicidas em uma única operação. A semente é colocada em sulcos ou covas, com largura e profundidade suficientes para a adequada cobertura e contato das sementes com a terra. Cruz, Alvarenga et al. (2015) enumeram os fundamentos da técnica de plantio direto: - eliminação / redução das operações de preparo do solo; - uso de herbicidas para o controle de plantas daninhas; - formação e manutenção da cobertura morta; - rotação de culturas; - uso de semeadoras específicas. Os autores lembram que as vantagens ou desvantagens do sistema de plantio direto relacionam-se com um conjunto de fatores e características do solo e do clima da região onde esse sistema é ou será utilizado. Por isso, em cada região, torna-se necessário adaptar o sistema, de acordo com as vocações naturais, de forma que seja o mais eficiente possível. A familiarização dos produtores com o sistema também interfere na potencialização das vantagens do emprego da técnica. 3 O PLANTIO DIRETO ENQUANTO PRÁTICA CONSERVACIONISTA Reinert (1990) conceitua solo como corpo natural organizado, vivo e dinâmico, que desempenha inúmeras funções no ecossistema terrestre. O autor afirma que o solo tem se degradado em função da perda de condições desejáveis do solo, relacionadas com o crescimento de plantas e ambiente. Como consequência da degradação em virtude da diminuição da quantidade de nutrientes,matéria orgânica, mudanças em atributos físicos e outras consequências adversas, ocorre a diminuição de produtividade em função da perda de condições favoráveis ao desenvolvimento das plantas. Isso leva o solo à erosão hídrica acelerada, conforme Albuquerque et al. (1995). Palmeira, Pauletto, Teixeira, Gomes e Silva (1999, p. 189), ao abordarem a questão da agregação de um Planossolo submetido a diferentes sistemas de manejo, consideram que o sistema de plantio direto, com rotação de culturas e com inclusão de plantas de cobertura de
5 solo, além de reduzir drasticamente a erosão hídrica do solo, afeta indiretamente a estabilidade estrutural através do incremento da matéria orgânica e atividade biológica do solo. Na concepção dos autores, há indicação clara que o incremento de matéria orgânica, verificado após alguns anos do sistema de plantio direto, é acompanhado, independentemente do tipo de solo, pelo incremento da agregação expressa pela estabilidade dos agregados. Melo Júnior, Camargo e Wendling (2011) alertam para a relação entre as taxas de aumento de agregação e textura do solo, ao manejo e aos sistemas de cultura adotados. Assim, a degradação e o processo inverso, que é a recuperação da estabilidade estrutural, são pelo menos duas vezes mais rápidos em solos arenosos do que em solos argilosos. A condição inicial do solo quando da adoção do sistema de plantio direto tem influência decisiva na condição estrutural resultante. Quando o sistema de plantio direto inicia em solo nunca cultivado, há evidências de perdas da qualidade dos solos muito menores do que quando se inicia sistemas com mobilização do solo. 4 REQUISITOS PARA A IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA DE PLANTIO DIRETO (SPD) Cruz, Alvarenga et al. (2015) argumentam que o sucesso na implantação dos sistema de plantio direto implica na adoção de alguns cuidados relacionados com os requisitos para a implementação do referido sistema. Os autores enumeram treze condições básicas, a saber. O primeiro fator a ser considerado é a qualificação do agricultor, posto que este necessita possuir e demonstrar um amplo conhecimento e domínio de todas as fases do sistema, envolvendo o manejo de mais de uma cultura e a associação de agricultura e pecuária. O sistema exige, ainda, um acompanhamento mais rígido da dinâmica de pragas, doenças e plantas daninhas, do manejo de fertilizantes e das modificações causadas ao ambiente à medida que o sistema vai sendo implantado. Em segundo lugar, Cruz, Alvarenga et al. (2015) indicam a necessidade de gerenciamento e treinamento de mão de obra, pois torna-se fundamental que os trabalhadores que atuarão na implantação do sistema de plantio direto estejam capacitados a operar as
6 principais máquinas utilizadas no sistema, tais como semeadoras, pulverizadoras e colhedoras, bem como a realizar os tratos culturais. Os autores indicam, ainda, requisitos como: 3. Boa drenagem de solos úmidos com lençol freático elevado Este requisito é necessário para que esses solos sejam aptos ao sistema, pois o plantio direto já promove um aumento da água no solo (em consequência do menor escorrimento superficial, da maior infiltração e da menor evaporação), o que pode agravar o problema de excesso de umidade em solos com drenagem deficiente. 4. Eliminação, antes da implantação, de compactação ou de camadas adensadas A presença de camadas compactadas no solo, geralmente resultantes do uso inadequado de arados ou grade aradoras, causa uma série de problemas que podem reduzir a produtividade. Como no plantio direto não há o revolvimento do solo, a eliminação dessas camadas compactadas deve ser realizada antes da implantação do sistema. 5. Nivelamento da superfície do terreno Solos cheios de sulcos ou valetas devem ser nivelados previamente, tornando a superfície do terreno a mais homogênea possível. Esse problema também é comum em áreas de pastagens degradadas. Existem no mercado plantadoras/semeadoras com sistema de plantio que permite acompanhar o micro relevo do solo. Entretanto, o ideal é o preparo prévio da área. 6. Correção da acidez do solo antes de iniciar o plantio direto Como no sistema de plantio direto o solo não é revolvido, é muito importante corrigi-lo tanto na camada superficial como na subsuperfície. Para isto, ele deverá ser amostrado de 0 cm a 20 cm e de 20 cm a 40 cm e, se necessário efetuar a calagem, incorporar o calcário o mais profundamente possível. Se for necessário, deve-se proceder à aplicação de gesso para correção da camada subsuperficial. No Sul do país, a aplicação de calcário sobre a superfície e sem incorporação ao solo tem sido efetiva, trazendo vantagens econômicas devido ao menor custo da aplicação, pois não há incorporação por meio da aração e gradagens. Esta prática traz também vantagens para a conservação do solo, pois, sem o revolvimento, mantém-se a estrutura física do solo, o que é fundamental no controle da erosão principalmente em solos de textura média e arenosa. No entanto, essa técnica deve ainda ser validada nas demais situações do país. 7. Nivelamento da fertilidade na faixa de média a alta As correções dos teores de fósforo e potássio são necessários antes de iniciar o Sistema de Plantio Direto. O agricultor deve ter como meta manter os níveis de fertilidade na faixa alta e estabelecer um programa de adubação de reposição, levando em consideração o sistema de produção como um todo e as menores perdas de nutrientes resultantes da menor erosão (CRUZ, ALVARENGA et al., 2015). Em se tratando da cobertura do solo, os autores ressaltam que os restos culturais devem cobrir, pelo menos, 80% da superfície do solo ou manter 6 t/ha de matéria seca para cobertura do solo. Este é um dos requisitos mais importantes para o sucesso do plantio direto por afetar praticamente todas as modificações que o sistema promove. É também um dos requisitos mais variáveis entre diferentes regiões, pois as opções de explorações agrícolas e de
7 cobertura do solo dependem das condições climáticas, bem como da disponibilidade de informações relativas a espécies alternativas e a épocas de semeadura em cada local. Por tratar-se de um cultivo conservacionista, um dos requisitos é a ausência de queima dos restos culturais. Também recomenda-se o uso do picador e do distribuidor de palhas nas colhedoras, com o objetivo de promover melhor distribuição dos restos culturais na superfície do solo, facilitando o plantio e protegendo o solo de maneira mais uniforme. Os três últimos requisitos apontados por Cruz, Alvarenga et al. (2015) são: 11. Controle de plantas daninhas As plantas daninhas deverão ser identificadas e devem receber um controle específico antes de iniciar o Sistema de Plantio Direto. 12. Eliminação de plantas daninhas perenes Essas plantas daninhas são de difícil controle e podem tender a aumentar sua infestação com o uso do plantio direto. Daí a importância de sua erradicação antes de se iniciar o SPD. 13. Não haver alta infestação de plantas daninhas muito agressivas Essas plantas daninhas, além de difícil controle, onerarão o custo de produção. Como, no plantio direto, as plantas daninhas serão controladas quimicamente e sendo esse controle responsável por um alto percentual do custo de produção total, toda ação que reduza ou facilite o controle de plantas daninhas antes da instalação do sistema deverá ser adotada. Na medida em que se consiga a formação de uma camada mais efetiva de palha na superfície do solo, associada à um programa adequado de rotação de culturas, o controle de plantas daninhas será facilitado e seu custo diminuirá. O sucesso ou insucesso da implantação do plantio direto depende, além desses requisitos básicos, da capacidade gerencial do produtor e de sua experiência no manejo de diferentes culturas que farão parte dos sistemas de rotação e ou de sucessão de culturas. Frente à exposição dos requisitos básicos para a implantação do SPD, verificamos que quanto mais cuidados na adoção de técnicas e no manejo das culturas, maiores serão os benefícios do plantio direto no aumento da produtividade e na conservação dos recursos naturais. Quanto à palhada, Bayer e Mielniczuk (1999) afirma que a palhada na superfície do solo em PD promove aumento da infiltração e do armazenamento de água no solo, diminuição da temperatura superficial, aumento da atividade microbiana, e acúmulo superficial de nutrientes e de matéria orgânica nas camadas superficiais do solo, entre outros. Cruz, Alvarenga et al. (2015) ressaltam as funções da palhada no plantio direto, esclarecendo que a mesma representa o ponto fundamental do SPD, desempenhando as seguintes funções:
8 1. reduz o impacto das gotas de chuva, protegendo o solo contra a desagregação de partículas e compactação; 2. dificulta o escorrimento superficial, aumentando o tempo e a capacidade de infiltração da água da chuva. Como consequência, há uma significativa redução nas perdas de solo e água pela erosão; 3. protege a superfície do solo da ação direta dos raios solares, reduzindo a temperatura e a evaporação, mantendo, consequentemente, maior quantidade de água no solo; 4. reduz as amplitudes hídrica e térmica, favorecendo a atividade biológica; 5. aumenta o teor de matéria orgânica no perfil do solo, incrementando a disponibilidade de água para as plantas, a Capacidade de Troca de Cátions (CTC) do solo e melhora suas características físicas; 6. ajuda no controle de plantas daninhas, por supressão ou por ação alelopática. Os autores consideram inquestionável a importância da palha para o SPD pelo papel que desempenha na melhoria das condições do solo e no rendimento das culturas comerciais. Contudo, os gastos com sementes, defensivos, horas-máquina, mão de obra, entre outros para a implantação e o manejo das plantas de cobertura oneram o custo do sistema como um todo. Muitas vezes, essas espécies são de baixo valor comercial, servindo apenas como plantas para formação de palhada. Portanto, torna-se imprescindível agregar valor a essas plantas, de tal maneira que os custos de produção possam ser compensados com algum ganho extra. Isso ocorre quando é possível o plantio da safrinha com culturas comerciais, como, por exemplo, o milho e o sorgo, ou com cereais de inverno, como o trigo, na região Sul. Mais recentemente, verificou-se que a integração agricultura-pecuária poderá viabilizar o plantio direto em muitas regiões, principalmente pelo uso de plantas forrageiras, como as braquiárias, que apresentam um grande potencial de produção de fitomassa, além de serem componentes essenciais de sistemas de produção de diferentes regiões do Brasil Central. Ainda sob essa ótica, espécies que apresentam crescimento rápido e rebrota se destacam, uma vez que poderão ser utilizadas numa primeira etapa como forragem e, depois de novo crescimento, serem manejadas para formar palha, como em sistemas de integração lavoura e pecuária, onde o milho é plantado consorciado e/ou após uma forrageira. É necessário dispensar cuidados ao longo do pastejo dessas áreas, evitando-se a compactação. Assim, a utilização racional nesse sistema integrado deve levar em conta que, primeiramente, deverá haver uma camada de palha já formada para, só depois, elas serem utilizadas como forragens.
9 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Com base no exposto, pode-se afirmar que o sistema de plantio direto constitui-se como uma prática consolidada, com possibilidades de ampliação de áreas de cultivo e com viabilidade no sentido de utilização racional do solo, agregando produtividade às culturas por meio de ações que evitam o revolvimento do solo, a manutenção da palhada e a rotação de culturas. O emprego de tecnologias relacionadas ao SPD oportuniza a adaptação deste sistema às diversificadas condições climáticas, de solo e de espécies cultivadas. As pesquisas desenvolvidas comprovam que as vantagens para o ambiente com o uso da técnica são comprovados, propiciando avançar no que tange às práticas conservacionistas além de ser um sistema no qual é possível através do tempo aumentar significativamente os teores de matéria orgânica do solo consequentemente elevando os tetos produtivos atuais. O SPD é superior no que tange as práticas conservacionistas comparado com o SPC o que mostra que o SPD bem implantado e bem conduzido é a forma mais propícia e comprovada para que se diminua os problemas da erosão do solo, aumentar o sequestro de carbono, melhor qualidade da água e menor agressão ao meio ambiente pois aumentando a produtividade não será necessária a derrubada de matas e abertura de novas áreas de plantio. REFERÊNCIAS ALBUQUERQUE, J. A.; REINERT, D. J.; FIORIN, J. E.; RUEDELL, J.; PETRERE, C. & FONTIMELLI, F. Rotação de culturas e sistemas de manejo do solo: efeito sobre a forma da estrutura do solo ao final de sete anos. R. Bras. Ci. Solo, 19: , ALVARENGA, R. G.; COSTA, L. M. da; MOURA FILHO, W.; REGAZZI, A. J. Características de alguns adubos verdes de interesse para a conservação e recuperação de solos. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 30, n. 2, p , BARCELOS, A. A.; CASSOL, E.A. & DENARDIN, J.E. Infiltração de água em um Latossolo Vermelho-Escuro sob condições de chuva intensa em diferentes sistemas de manejo. Revista Brasileira de Ciência do Solo, 23:35-43, 1999.
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