Direito Processual Civil Novo CPC Analista e Técnico Aula 00 - Aula Demonstrativa Prof. Ricardo Gomes

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1 Aula 0 DIREITO PROCESSUAL CIVIL NOVO CPC TEORIA E EXERCÍCIOS Professor: Ricardo Gomes 1

2 Breve Apresentação Prezado(as) Concurseiros(as) de Plantão, É com muito prazer que inicio o Curso de Teoria e Exercícios de DIREITO PROCESSUAL CIVIL REGULAR! Obs: este curso já é de acordo com o NOVO CPC! Em vigor a partir de 17 de MARÇO de 2016! Para quem ainda não me conhece, segue a minha breve apresentação: Meu nome é RICARDO GOMES, sou Bacharel em Direito pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), formado no ano de Dei o primeiro passo na caminhada pelos concursos públicos no mesmo ano, quando fui aprovado exatamente no concurso do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). nos anos de 2006/2007. Após isso, fui aprovado nos concursos do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e da Controladoria-Geral da União (CGU), no ano de Por último, logrei êxito no concurso para o cargo de Procurador do Banco Central do Brasil (BACEN), em 2009/2010. Assim, também sou concurseiro igual a vocês! Atire a primeira pedra quem não é ou não foi! Rsrs. Trabalhei por mais de 1 ano no TSE. Posteriormente, trabalhei no TJDFT e, desde 2008, atuo como Analista de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União (CGU). Por derradeiro, fui aprovado em 7º lugar para Consultor da Câmara dos Deputados Área 2 (Direito Processual Civil, Civil e Internacional) em Registro que também fui aprovado e nomeado no Concurso do MPU de 2006, como Analista Judiciário Área Judiciária. Ricardo Gomes 2

3 Por sua aprovação! Metodologia e Conteúdo do Curso Registro que nos Cursos de Legislação Específica de concursos pretéritos (TJDFT, CNJ, STJ, TST, TSE, MP/RJ, MP/PI, TREs, TRTs e TJs Estaduais) nós abarcamos, em todos eles, 100% das questões cobradas na prova! A nossa intenção é repetir a mesma experiência nos concursos futuros!! Portanto, aos estudos! Com o estudo desse material, você, Aluno, não precisará preocuparse com a aquisição de outros materiais adicionais ou Livros de Legislação. A dica é estudar as Aulas Teóricas, fazer os Exercícios Comentados, ler a lei seca e repetir os exercícios com gabarito. Aconselho a ler o material pelo menos 3 VEZES, deixando 1 delas para a última semana antes da prova. Uma das grandes vantagens dos Cursos do Ponto dos Concursos elaborados para determinados concursos é a abordagem específica de CADA PONTO DO EDITAL, fechando todas as lacunas possíveis de matérias e questões a serem cobradas pelo examinador. Os livros (doutrina), a despeito de trazerem uma maior vastidão de assuntos, são muito pouco específicos, objetivos e direcionados para a sua prova. Por outro lado, os Cursos do Ponto, de uma maneira geral, tentam levar ao aluno os principais tópicos a serem cobrados na prova, com base em cada item do edital, com comentários teóricos e por meio de exercícios de fixação dos assuntos especificamente estudados nas aulas. Seguindo a linha de nossos Cursos ministrados no Ponto dos Concursos, este Curso para terá um CARÁTER PRÁTICO, voltado para o que, efetivamente, vem sendo cobrado nas últimas provas de concursos. Além do conhecimento e embasamento teórico que o aluno tem que dominar, é fundamental na preparação para concursos que o aluno faça e 3

4 refaça quantos exercícios puder das matérias a ser estudadas, para que os conhecimentos apreendidos sejam verdadeiramente solidificados, aperfeiçoados e lapidados. Prova disso é que, mesmo após ser realizada uma leitura atenta e debruçada sobre determinado material, quando vamos responder às questões ficamos com um montão de dúvidas. Parece até que não aprendemos direito, e ai dizemos: mas eu estudei isto? como não sei responder à questão? Nestes casos, o aluno aprende, mas às vezes a sua visão e entendimento não foi pontual, não memorizou os pontos mais relevantes, correndo o risco de errar questões relativamente fáceis pela ausência de prática e por não ter visto o assunto com outros olhos, outro viés. Desse modo, os exercícios propiciam exatamente isto aos alunos: lapidarem seus conhecimentos teóricos para atentarem facetas não percebidas ao longo do estudo teórico, além também de revisarem e rememorarem a teoria. Desse modo, teremos uma parte teórica, com destaques e dicas dos pontos altos, e uma lista de várias questões comentadas! Abarcaremos, ademais, os aspectos mais relevantes da legislação, da Constituição Federal e da atual jurisprudência dos Tribunais Superiores, na trilha do que tem cobrado as organizadoras, evitando-se as indesejáveis discussões teórico-doutrinárias (ineficientes para provas!), pouco frutíferas para o resultado almejado pelos concursandos, que é saber o necessário para gabaritar as questões de Direitos Humanos. Predisponho-me a ser um orientador dos estudos de cada um de vocês, e não um Professor que passa o conhecimento eminentemente técnico. Ao final de cada aula, farei um RESUMO do assunto abordado, destacando os pontos mais relevantes. Creio que, com a exaustiva resolução de questões e com uma metodologia mais prática e didática, conseguiremos fechar a matéria de DIREITO PROCESSUAL CIVIL! Na última prova nós conseguimos 100% das questões 4

5 dentro do curso!! Até porque comentaremos exaustivamente todos os pontos do Edital listados abaixo, sem qualquer lacuna. Obs: O Curso tem por foco estudar os tópicos do Edital com base em Editais de Analista e Técnico de Tribunais, Ministério Público, Defensorias Públicas, etc. Nessas provas conseguimos 100% das questões ao longo do Curso. Com isso, o foco do estudo é para esse nível de Concursos, não sendo adequado para Advocacia Pública, Defensor Público, Magistratura e Ministério Público. Obs 2: o Curso será estudado com Questões do antigo CPC, posto que até o momento temos poucas questões do CPC novo. Contudo, até a finalização do Curso, comentaremos em arquivos extras as questões já disponibilizadas pelas bancas examinadoras abarcando o novo CPC. Gente, é assunto pra caramba!! Portanto, aos estudos! Conteúdo do Curso: AULA 0 Da Jurisdição. AULA 1 Da Ação. Parte 1. AULA 2 Da Ação. Parte 2. AULA 3 Das Normas Processuais Civis. Parte 1. AULA 4 Das Normas Processuais Civis. Parte 2. AULA 5 Dos Limites da Jurisdição Nacional; Da Cooperação Internacional; Da Competência Interna; Da Cooperação Nacional. Parte 1. AULA 6 Dos Limites da Jurisdição Nacional; Da Cooperação Internacional; Da Competência Interna; Da Cooperação Nacional. Parte 2. AULA 7 Dos Sujeitos do Processo: Das Partes e dos Procuradores. Parte 1. AULA 8 Dos Sujeitos do Processo: Das Partes e dos Procuradores. Parte

6 AULA 9 Dos Sujeitos do Processo: Do Litisconsórcio e da Intervenção de Terceiros. Parte 1. AULA 10 Dos Sujeitos do Processo: Do Litisconsórcio e da Intervenção de Terceiros. Parte 2. AULA 11 - Dos Sujeitos do Processo: Do Juiz e dos Auxiliares da Justiça. Parte 1. AULA 12 - Dos Sujeitos do Processo: Do Juiz e dos Auxiliares da Justiça. Parte 2. AULA 13 - Dos Sujeitos do Processo: Do Ministério Público, Da Advocacia Pública e Da Defensoria Pública. Parte 1. AULA 14 - Dos Sujeitos do Processo: Do Ministério Público, Da Advocacia Pública e Da Defensoria Pública. Parte 2. AULA 15 Dos Atos Processuais: Da Forma, do Tempo e do Lugar dos Atos Processuais. Parte 1. AULA 16 Dos Atos Processuais: Da Forma, do Tempo e do Lugar dos Atos Processuais. Parte 2. AULA 17 - Dos Atos Processuais: Dos Prazos, Da Comunicação dos Atos Processuais, Das Nulidades, Da Distribuição e do Registro, Do Valor da Causa. Parte 1. AULA 18 - Dos Atos Processuais: Dos Prazos, Da Comunicação dos Atos Processuais, Das Nulidades, Da Distribuição e do Registro, Do Valor da Causa. Parte 2. AULA 19 Da Tutela Provisória: Das Disposições Gerais, Da Tutela de Urgência, Da Tutela da Evidência. Parte 1. AULA 20 Da Tutela Provisória: Das Disposições Gerais, Da Tutela de Urgência, Da Tutela da Evidência. Parte 2. AULA 21 Formação, Suspensão e extinção do processo. Procedimento Comum: Das Disposições Gerais, Da Petição Inicial, Da Improcedência Liminar do Pedido, Da Audiência de Conciliação ou de Mediação. Parte

7 AULA 22 Formação, Suspensão e extinção do processo. Procedimento Comum: Das Disposições Gerais, Da Petição Inicial, Da Improcedência Liminar do Pedido, Da Audiência de Conciliação ou de Mediação. Parte 2. AULA 23 Procedimento Comum: Da Contestação, Da Reconvenção, Da Revelia, Das Providências Preliminares e do Saneamento, Do Julgamento Conforme o Estado do Processo, Da Audiência de Instrução e Julgamento. Parte 1. AULA 24 Procedimento Comum: Da Contestação, Da Reconvenção, Da Revelia, Das Providências Preliminares e do Saneamento, Do Julgamento Conforme o Estado do Processo, Da Audiência de Instrução e Julgamento. Parte 2. AULA 25 - Procedimento Comum: Das Provas (Teoria Geral da Prova e Provas em Espécie). Parte 1. AULA 26 - Procedimento Comum: Das Provas (Teoria Geral da Prova e Provas em Espécie). Parte 2. AULA 27 Procedimento Comum: Da Sentença e Da Coisa Julgada. Da Liquidação de Sentença. Parte 1. AULA 28 Procedimento Comum: Da Sentença e Da Coisa Julgada. Da Liquidação de Sentença. Parte 2. AULA 29 Do Cumprimento da Sentença. Parte 1. AULA 30 Do Cumprimento da Sentença. Parte 2. AULA 31 Dos Procedimentos de Jurisdição Voluntária. Das Disposições Gerais. Do Processo de Execução. Da Execução em Geral: Disposições Gerais. Dos processos nos tribunais e dos meios de impugnação das decisões judiciais. Parte 1. AULA 32 Dos Procedimentos de Jurisdição Voluntária. Das Disposições Gerais. 7

8 Do Processo de Execução. Da Execução em Geral: Disposições Gerais. Dos processos nos tribunais e dos meios de impugnação das decisões judiciais. Parte 2. Obs: Sempre aconselho aos alunos a acompanharem a parte aberta do Curso, no Campo AVISOS, espaço onde postamos eventuais recados e informes durante a vigência do Curso, inclusive de possíveis alterações nas datas das aulas. 1 1 Obs: o cronograma das Aulas poderá ser alterado a qualquer tempo mediante prévio aviso aos Alunos na parte aberta do curso, no Campo AVISOS. 8

9 AULA DEMONSTRATIVA 1. Da Jurisdição. Os conflitos do homem são inerentes à sociedade humana. Desde os primórdios, nas primeiras civilizações, o homem buscou formas de solução dos conflitos e contendas existentes, sejam individuais, sejam coletivas. O conflito de interesses surge quando alguém deseja satisfazer determinada necessidade e outro não atende àquela demanda, formando a chamada LIDE (conflito de interesses qualificado por uma pretensão de uma parte resistida pela outra). Para por fim aos conflitos humanos foram criados diversos mecanismos pacificadores no seio social, desde a figura do líder religioso da comunidade, o pajé na tribo indígena, mãe e pai de santo nas religiões afro, autotutela ou autodefesa, etc. Com a evolução social, modernamente foram instituídos outros instrumentos tão ou mais eficazes para a pacificação social, entre eles a Arbitragem e a Jurisdição (esta com a participação poderosa do Estado na solução definitiva dos conflitos). Destaca-se abaixo as formas mais conhecidas para composição dos litígios: 1. AUTOTUTELA a solução do conflito é realizada por simples imposição de uma vontade sobre a outra. Esta forma de resolução das contendas sociais remonta aos tempos antigos, quando o Estado não se mostrava presente, obrigando ao lesado 9

10 a defender-se pessoalmente contra eventual ofensor. Nos tempos atuais ainda temos resquícios dessa espécie primária de composição dos litígios, como por exemplo: Legítima Defesa Penal (art. 23 do Código Penal); Desforço imediato nas ações possessórias; Estado de Necessidade Penal, entre outros tantos casos. Vale registrar que o exercício da Autotutela fora das hipóteses expressamente previstas em lei, pelo particular, é considerado Crime de Exercício Arbitrário das próprias razões, se for pelo Estado, será considerado abuso de poder. Isto porque, hoje, a regra é que os litígios sejam levados ao Poder Judiciário para sua solução. 2. AUTOCOMPOSIÇÃO é a busca amigável entre as partes inicialmente conflitantes, sem a imposição de vontades de um parte sobre a outra, para por fim ao combate de interesses. É uma forma de solução do conflito pelo consentimento dos litigantes em sacrificar suas intenções parciais em prol de uma solução final para o embate. São 3 Formas de Autocomposição: a. Transação na transação ambas as partes renunciam a parcela de suas pretensões (autor renuncia de parte de seus pedidos e réu reconhece parcialmente a procedência das alegações do autor). Resumo: concessões mútuas na busca de uma solução comum para ambas as partes. b. Submissão é o reconhecimento jurídico do pedido do autor pelo réu, isto é, o réu reconhece de forma livre as alegações do autor, entregando sem resistência o quanto por ele solicitado. Exemplo: locador e locatário de imóvel em conflito, por inadimplência deste, assinam contrato em que o locatário obriga-se a desocupar o imóvel em um determinado período de tempo (o conflito foi resolvido por submissão do locatário às pretensões do locador 10

11 reconheceu o pedido do autor). c. Renúncia é a desistência do autor, lesado em seu direito, de continuar na busca da efetivação de sua pretensão. Neste caso o autor é que abre mão de seu direito. Em todo caso, a Autocomposição instrumentaliza-se por meio de um negócio jurídico entre as partes (Ex: Contrato; termo de consentimento ou qualquer outra forma de manifestação de vontade das partes concordantes). 3. ARBITRAGEM é uma técnica de solução dos litígios por meio da participação de um TERCEIRO não interessado na causa (imparcial), que decidirá, a pedido das partes, o conflito entre elas estabelecido. A Arbitragem é regulada pela Lei nº 9.307/1996, sendo por natureza voluntária (escolha das partes, nunca por imposição) e somente poderá ser contratada por pessoas capazes para solução de direitos patrimoniais disponíveis. Para firmarem o acordo pela Arbitragem como forma de solucionar o conflito, as partes podem estabelecer de forma prévia e abstrata que qualquer divergência entre elas poderá ser resolvida por arbitragem (Cláusula compromissória), ou estabelecer posteriormente e de forma concreta que o litígio já existente e específico será resolvido pela arbitragem (Compromisso arbitral). Cláusula Compromissória prévia e abstrata definição de arbitragem futura. Compromisso Arbitral posterior e concreta definição de arbitragem atual. Lei nº 9.307/

12 Art. 1º As pessoas capazes de contratar poderão valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais disponíveis. O Novo CPC permite expressamente a arbitragem e promove a solução consensual dos conflitos por meio de qualquer procedimento alternativo (conciliação, mediação, e outros métodos). CPC 2016 Art. 3o Não se excluirá da apreciação jurisdicional ameaça ou lesão a direito. 1o É permitida a arbitragem, na forma da lei. 2o O Estado promoverá, sempre que possível, a solução consensual dos conflitos. 3o A conciliação, a mediação e outros métodos de solução consensual de conflitos deverão ser estimulados por juízes, advogados, defensores públicos e membros do Ministério Público, inclusive no curso do processo judicial. 4. JURISDIÇÃO etimologicamente, significa dizer o direito, pois vem de juris (direito) e dictio (dizer). Em linguagem simples, a jurisdição é a forma do ESTADO, por meio da autoridade judicial, de dizer o direito ao caso posto. Veremos à frente em maiores detalhes a Jurisdição e suas peculiaridades. Conceito de Jurisdição. A Jurisdição é o poder do Estado, através de um órgão jurisdicional (Estado-Juiz), de julgar as causas que lhe forem apresentadas, dizendo o direito cabível ao caso concreto. Em outras palavras, a jurisdição é definição do direito por meio de um terceiro imparcial (Estado), de forma autoritária, monopolista e em última instância. 12

13 Segundo Ada Pelegrine Grinover, em clássica definição, a jurisdição é a função do Estado, mediante a qual este se substitui aos titulares dos interesses em conflito para, imparcialmente, buscar a pacificação do conflito que os envolve com justiça. O conceito de jurisdição guarda 3 (três) vertentes diversas, que vale detalhar para melhor entendimento: o Jurisdição como Poder a jurisdição é exercido de forma monopolista, ou seja, o Estado chama para si a responsabilidade de solucionar os conflitos sociais que a ele são reclamados, transformando-se em Poder Estatal de decidir os conflitos a ele apresentados. A jurisdição como poder é manifestação da capacidade do Estado de impor suas decisões jurisdicionais sobre o caso concreto das partes. Aqui é o Estado com sua mão de ferro. o Jurisdição como Função Estatal a jurisdição é uma das funções ou finalidades do Estado, a de pacificação social e realização da justiça no caso concreto. o Jurisdição como Atividade a jurisdição também pode ser conceituada como os atos materiais e visíveis (atos do processo judicial no plano prático) desenvolvidos pelos Juízes, investidos pelo Estado no poder de julgar. Finalidade da Jurisdição. A jurisdição tem 3 (três) grandes objetivos: 1. Objetivo Jurídico aplicar o direito previsto na Lei (nas normas jurídicas) ao caso concreto. 2. Objetivo Social pacificar a sociedade, promovendo o bem comum e eliminando os conflitos existentes. 3. Objetivo Político realizar a justiça, afirmar o poder jurisdicional e preservar os direitos fundamentais do homem. 13

14 Princípios da Jurisdição: 1. Inevitabilidade após as partes submeterem seu litígio à jurisdição estatal, não poderão posteriormente furtar-se ao cumprimento da decisão exarada (a execução da decisão jurisdicional será inevitável para as partes do processo após a deflagração do processo judicial). 2. Indeclinabilidade ou Inafastabilidade é o princípio processual constitucional da Jurisdição consistente na regra de que nenhuma lesão ou ameaça de lesão poderá ser afastada da apreciação do Poder Judiciário. Implica no dever do Estado de solucionar os conflitos quando provocado pelas partes, que é decorrência do direito fundamental de acesso ao poder judiciário (direito de ação). Como o Estado detém o monopólio da jurisdição e as partes possuem direito irrestrito à ação, o Estado também tem o dever de prestar a tutela jurisdicional e não apenas simples faculdade. Com isso, não há questão que não possa ser posta em juízo para decisão do magistrado. Todos têm direito de Ação de forma ampla, abstrata e irrestrita, mesmo que, ao final, comprovem-se infundadas suas demandas. O direito de ação é puro e abstrato, independe de qualquer análise acerca do mérito da questão. CF-88 Art. 5 XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; Peculiaridades relevantes acerca do Princípio da Inafastabilidade/Indeclinabilidade, algumas das quais destaco abaixo: a. Não necessidade de esgotamento das instâncias administrativas para pleitear apreciação da questão na 14

15 esfera judicial No Brasil vige o sistema de jurisdição UNA, isto é, apenas um único Poder Estatal detém a capacidade de decidir os conflitos, não havendo a chamada Jurisdição Administrativa independente. Exemplo: se um contribuinte de imposto entende como indevida a cobrança Receita Federal, poderá recorrer administrativa da cobrança, mas não ficará vinculado ao término do processo administrativo para que possa, eventualmente, apresentar a mesma celeuma no âmbito judicial; decisões administrativas do Conselho de Defesa Econômica (CADE) são plenamente controláveis mediante acionamento do Poder Judiciário (lembrar que tudo pode ser apreciado pelo Poder Judiciário); b. Questões Esportivas é a única exceção constitucional ao Princípio da Inafastabilidade. Assim, para que seja submetido ao Poder Judiciário alguma questão tormentosa na esfera da justiça desportiva, será necessário o prévio esgotamento daquela instância para que sejam posteriormente remetidas ao Poder Judiciário. CF-88 Art º - O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei. c. Impossibilidade de definição legal de condicionantes ao acesso ao Poder Judiciário. 3. Investidura a atividade jurisdicional deve ser exercida pelos órgãos estatais que foram regularmente investidos na função jurisdicional. Ou seja, somente poderá exercer a 15

16 jurisdição aquele órgão a que a lei atribui o poder jurisdicional. Para ser investido regularmente na condição de Juiz (Magistrado), a pessoa tem que ser aprovada em concurso público de provas e títulos ou terá que ser nomeada para Tribunais de Justiça, Tribunais Federais e Tribunais Superiores, nas diversas formas previstas na Constituição Federal (todas são formas de investidura regular na atividade jurisdicional, que legitimam sua atuação funcional). Assim, um Delegado de Polícia jamais poderá praticar atos exclusivos da esfera judicial, posto não ter sido investido regularmente no cargo de Juiz. 4. Indelegabilidade o Juiz não pode delegar suas funções, pois as exerce de forma exclusiva. É possível, contudo, delegações da prática de atos por outros Juízes (ex: cartas de ordem; cartas precatórias, etc), mas jamais para outros órgãos diversos da atividade judicante (Exemplo: o mesmo caso do Delegado de Polícia). 5. Inércia o Poder Judiciário é inerte (parado), pois a jurisdição não pode ser exercida de ofício pelo Juiz (depende de provocação das partes para início do processo). Este princípio decorre do Princípio da Imparcialidade, tendo em vista que se um Juiz iniciasse um processo, certamente desde já teria uma posição que adotaria em sua decisão. Este princípio guarda exceções legais. Exemplo: execução trabalhista pode ser deflagrada pelo Juiz, de ofício; procedimentos de jurisdição voluntária, etc. A Inércia foi insculpida no próprio texto do Código de Processo Civil, nos termos abaixo: 16

17 CPC Art. 2º O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. À regra da Inércia há exceções previstas em Lei, que permitem o início excepcional do processo por provocação das partes (Exemplo: Execução Trabalhista de verbas definidas; Execução Penal; início do processo de inventário, se os legitimados não o fizerem no prazo conferido pela Lei; decretação da falência de empresa em recuperação judicial, etc). Estas e outras exceções apenas confirmam a REGRA de que o Juiz deve ser INERTE. 6. Aderência ou Territorialidade o exercício da jurisdição deve estar previamente vinculado a uma determinada zona territorial, isto é, os Juízes têm autoridade jurisdicional tão somente no território específico que exercem suas funções, o chamado FORO. Na Justiça Estadual o Foro é a Comarca. Na Justiça Federal, é a Seção Judiciária; Na Justiça Eleitoral é a Zona Eleitoral. Este é o chamado Princípio da Aderência a jurisdição está aderente apenas à região geográfica de seu exercício. Exemplo: o Juiz do STF tem jurisdição em todo o país; o Juiz da capital de um determinado Estado tem competência somente naquela região. 7. Unicidade a jurisdição é UNA, não havendo divisões internas da própria jurisdição, mas tão somente de seu exercício. Assim, as classificações das Justiças (Comum e Especial, entre outras) são apenas para caracterização e definição de competências, não se tratando de diversas jurisdições. 8. Substitutividade o Estado-Juiz, com poder de império, substitui a vontade das partes para decidir o caso concreto. 17

18 Ou seja, atua em substituição às partes, quando essas não conseguem por si próprias com seus litígios. 9. Definitividade aptidão para formação da coisa julgada. A jurisdição tem o condão de tornar suas decisões imutáveis. 10. Improrrogabilidade a jurisdição não pode ser exercida por Juiz incompetente, sendo os limites da jurisdição estabelecidos na Constituição Federal. 11. Juiz Natural ou Imparcialidade O Princípio do Juízo Natural é extraído do Devido Processo Legal e de dois específicos dispositivos do art. 5º da Constituição Federal (incisos XXXVII e LIII). O Juiz Natural é aquele investido regularmente na jurisdição (investidura) e com competência constitucional para julgamento dos conflitos a ele submetidos. É aquele previsto antecedentemente, com competência abstrata e geral, para julgar matéria específica prevista em lei. A CF-88, ao instituir o Princípio visa coibir a criação de órgãos judicantes para julgamento de questões depois do fato (ex post facto) ou de determinadas pessoas (ad personam). O Princípio do Juiz Natural pode ser visualizado sob 2 (dois) prismas diversos: 1. Juiz Natural em sentido Formal consagra 2 (duas) garantias básicas: a. proibição de Tribunal de Exceção (art. 5º, XXXVII) b. respeito às regras objetivas de determinação de competência jurisdicional (art. 5º, LIII). Proibição de Tribunal de Exceção - O Tribunal de Exceção é um órgão jurisdicional criado excepcionalmente para julgar determinada causa, consistindo em um juízo extraordinário. É o caso de criar um órgão judicial para julgar um específico 18

19 conflito. Exemplo: Tribunal Penal que julgou Saddan Russen (apesar das barbáries que ele cometeu, vocês acham que ele seria julgado de forma imparcial?); Tribunal de Nuremberg, criado para julgar os crimes dos nazistas após a 2ª Guerra Mundial. O Tribunal de Exceção é o chamado de Juízo, Tribunal ad hoc (para o caso), ou ex post facto (juízo designado após o fato) ou ad personam (para determinada pessoa). O Princípio do Juiz Natural garante a imparcialidade das decisões judiciais. Portanto, é uma garantia constitucional ser julgado por um juiz que já está posto. O Juiz Natural é o único que pode ser imparcial. No Processo Civil poderá ser atentado contra o Princípio quando o Presidente do Tribunal designa unilateralmente um Juiz para julgar determinada causa, sem passar o processo pela distribuição eletrônica (critério objetivo e abstrato de distribuição das ações entre os juízes disponíveis). Respeito às regras objetivas de determinação de competência jurisdicional. Além da proibição de Tribunal de Exceção, o Juiz Natural em sentido Formal garante que o Juízo seja competente para julgar a causa. Essa competência tem que ser fixada de acordo com as regras legais processuais de determinação de competência (critérios objetivos de fixação de competência). É a lei que atribui a competência para o Juiz (ele não escolhe a causa, nem a causa escolhe o juiz). As regras gerais de determinação de competência, previamente estabelecidas, fixam a competência do Juiz. Uma ação não pode ser distribuída deliberadamente para um Juiz específico sem um motivo legal para tanto. A distribuição objetiva e imparcial dos processos é uma forma de garantir o 19

20 Juiz Natural. Por isso, violar a distribuição eletrônica de processos é violar o Juiz Natural. Frise-se que é a lei é quem cria as regras de competência, bem como os modos de sua alteração. O que é vedado é o próprio Juiz pleitear a alteração das regras que fixaram a sua competência. Assim, a garantia do Juiz Natural veda o Poder de Avocação de processos por parte de Magistrado. CF-88 Art. 5 XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção; LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente; 2. Juiz Natural em sentido Material é a garantia da imparcialidade do Juiz. Todo magistrado deve exercer sua função de forma imparcial, equidistante das partes. É garantia da Justiça Material (independência e imparcialidade dos Magistrados). Portanto, Juiz Natural é o Juiz Competente (dimensão Formal) e Imparcial (dimensão Material). Jurisdição Contenciosa e Voluntária. O novo Código de Processo Civil (CPC) classifica a Jurisdição em Contenciosa e Voluntária. A jurisdição voluntária é assunto específico estudado em detalhes em aula específica. O Novo CPC prevê a partir do art. 719 e seguintes. CPC Art. 16. A jurisdição civil é exercida pelos juízes e pelos tribunais em todo o território nacional, conforme as disposições deste Código. Portanto, a Jurisdição pode ser classificada em 2 (duas) principais espécies, que passamos a detalhar: 20

21 o Jurisdição Contenciosa é a jurisdição propriamente dita, sendo a atividade estatal exercida pelo Poder Judiciário, consistente no poder de dizer o direito no caso concreto, solucionando as lides em substituição aos interesses das partes. o Jurisdição Voluntária consiste na integração e fiscalização de negócios firmados entre particulares. Há muita discussão na doutrina acerca da natureza da Jurisdição Voluntária, se também seria ou não propriamente uma Jurisdição (se não seria uma mera Administração Pública de interesses privados). Como estudamos, a Jurisdição Contenciosa é a própria jurisdição do Estado, com todas as suas características, princípios e finalidades descritas. De outro lado, cabe definir a natureza jurídica da Jurisdição Voluntária (se seria jurisdição ou administração pública de interesses privados). A Jurisdição Voluntária foi definida pelo legislador para os casos em que o Juiz é chamado para atuar perante o particular como forma de integração de sua vontade e de fiscalização de seus atos. Isto é, sem a participação do Magistrado o interesse do particular não seria tutelado. Com isso, o exercício dessa jurisdição tem uma finalidade clara: fiscalizar a atuação do particular em hipóteses específicas em que haja interesse público envolvido. O Juiz atua como um assistente das partes para a formalização do ato. Exemplo: solicitação de notificação ou interpelação judicial do estado de inadimplente perante o particular; procedimentos de justificação (produção de prova antecipada, antes da instauração do processo); processo de interdição de incapaz; processo de emancipação; homologação de acordo ou transação; alienação de coisas; nomeação e destituição de tutores e curadores, etc, entre tantos outros. Para a chamada Doutrina CLÁSSICA, a Jurisdição Voluntária NÃO é Jurisdição! Isto porque o Juiz figura como simples integrador e fiscalizador 21

22 dos atos praticados pelos particulares, agindo como um Administrador Público (não como um Juiz) de interesses privados. Para esta Doutrina Clássica, a Jurisdição Voluntária seria materialmente Administrativa e subjetivamente/formalmente Judiciária. Elenco abaixo as características da Jurisdição Voluntária para a Doutrina Clássica: 1. não há LIDE - por não haver brigas e conflitos, mas apenas concurso ou convergência de vontades; 2. não há PARTES por não haver lide, não há partes parciais, mas apenas interessados; 3. o Juiz é um Administrador Público e não um Juiz; 4. não há a Substitutividade, tendo em vista que o Estado não substitui a vontade das partes, mas a integra para formalizar o ato (o Juiz se insere entre os participantes do negócio jurídico); 5. não há Ação e nem Processo, mas apenas um simples Procedimento; 6. não há Sentença de mérito, mas mera homologação de acordo de vontades; 7. não há formação da Coisa Julgada (Definitividade) e nem possibilidade de Ação Rescisória, tendo em vista ser a jurisdição voluntária negócio jurídico consensual; Para uma Doutrina mais Moderna, que vem crescendo em aceitação no Brasil, a Jurisdição Voluntária é Jurisdição, pelos seguintes motivos principais: 1. A não configuração de LIDE no início do processo não significa que no processo de jurisdição voluntária não seja possível o surgimento de conflito de interesses. Por isso, o fato não haver Lide inicial não descaracterizaria a Jurisdição Voluntária; 22

23 2. Apesar de não existir conflito entre partes, o conceito de PARTES do processo é aquela que postula e não necessariamente quem seja litigante; 3. A função jurisdicional abrange a tutela de interesses particulares sem litigiosidade, desde que exercida por órgãos investidos das garantias necessárias de impessoalidade e independência. Ou seja, a atuação da jurisdição não está cingida à conformação do direito às situações concretas, a solucionar conflitos, mas também a tutelar também interesses de particulares, como órgão do Estado; 4. O Juiz é uma autoridade imparcial e desinteressada, como em qualquer atividade jurisdicional, diferentemente da Administração Pública, que visa seus interesses parciais (defesa legal dos interesses do Estado); 5. A Jurisdição Voluntária possui natureza Preventiva e não a apenas de solucionar conflitos já existentes; 6. Existe um Processo Judicial de Jurisdição Voluntária (Ação, Sentença, Apelação, etc). Note-se que os processos de Jurisdição Voluntária são encerrados por Sentença, de que cabe o Recurso de Apelação para o Tribunal, e não por decisão administrativa; CPC Art Da sentença caberá apelação. 7. O juiz não é obrigado a observar critério de legalidade estrita, podendo adotar em cada caso a solução que considerar mais conveniente ou oportuna. CPC Art

24 Parágrafo único. O juiz não é obrigado a observar critério de legalidade estrita, podendo adotar em cada caso a solução que considerar mais conveniente ou oportuna. Deve-se ressaltar que predomina ainda no Brasil (posição majoritária) o entendimento da Doutrina Clássica, o de que a Jurisdição Voluntária tem natureza de Administração Pública de interesses privadas, isto é, que NÃO é jurisdição. Resumo do entendimento acerca da Natureza Jurídica da Jurisdição Voluntária: JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA DOUTRINA CLÁSSICA É atividade ADMINISTRATIVA NÃO há Jurisdição NÃO há Processo, mas mero Procedimento NÃO há Partes, mas Interessados Não há Coisa Julgada NÃO há LIDE Juiz é Administrador Público DOUTRINA MODERNA É atividade JURISDICIONAL Há Jurisdição Há Processo Há Partes Há Coisa Julgada Pode haver LIDE Juiz é Juiz Peculiaridades do Processo de Jurisdição Voluntária: o São legitimados para dar início ao Processo de Jurisdição Voluntária o INTERESSADO, do Ministério Público ou da Defensoria Pública; CPC NOVO Art O procedimento terá início por provocação do interessado, do Ministério Público ou da Defensoria Pública, cabendo-lhes formular o pedido devidamente instruído com os documentos necessários e com a indicação da providência judicial. o O CPC determina a INTERVENÇÃO obrigatória do 24

25 Ministério Público em TODOS os procedimentos de Jurisdição Voluntária. Todos os interessados devem ser citados para manifestação em até 15 DIAS. A doutrina e a jurisprudência defendem que o MP não intervirá em todo caso, mas somente nos processos que versem sobre direitos indisponíveis. Assim, o MP estaria autorizado a não intervir nos procedimentos em que não ficasse caracterizada a indisponibilidade dos direitos. De todo modo, devemos ter em mente o que prevê o CPC. CPC Art Quando este Código não estabelecer procedimento especial, regem os procedimentos de jurisdição voluntária as disposições constantes desta Seção. Art Serão citados todos os interessados, bem como intimado o Ministério Público, nos casos do art. 178, para que se manifestem, querendo, no prazo de 15 (quinze) dias. o Há uma relativização do princípio da legalidade estrita no âmbito dos procedimentos de Jurisdição Voluntária. O art. 724 do CPC que o Juiz não é obrigado a observar o critério da legalidade estrita, podendo pautar seus atos na equidade e na solução mais conveniente e oportuna ao caso. O objetivo da norma é conferir ao Juiz em Jurisdição Voluntária uma margem de discricionariedade maior para decisão. Esta discricionariedade é maior tanto na condução do processo, quanto em sua decisão, afastando um apego exagerado às formalidades da lei. A intenção do legislador era conferir uma decisão mais justa, mais oportuna e mais adequada no âmbito da Jurisdição Voluntária, dando uma maior elasticidade aos seus procedimentos. Com isso, fala-se da utilização de um juízo de equidade e discricionariedade. 25

26 2. Da Ação. Cena dos próximos capítulos, a ser estudada na próxima Aula de nosso Curso de Processo Civil. Pessoal, este foi apenas um aperitivo, tão-somente uma demonstração de como serão as Aulas deste Curso. Na próxima Aula continuaremos nosso estudo! De todo modo, curtam alguns exercícios!!!! com gabarito. Abaixo 2 listas de Exercícios: 1ª com comentários e a 2ª apenas 26

27 EXERCÍCIOS COMENTADOS QUESTÃO: 01. Ano: Banca: CESPE. Órgão: AGU. Prova: Advogado da União. Julgue o item a seguir, referente a jurisdição e competência no processo civil. O procedimento em que o requerente manifesta sua pretensão de opção de nacionalidade brasileira na condição de brasileiro nato, conforme os requisitos previstos na CF, possui natureza de jurisdição voluntária e, nesse caso, a sentença prolatada não faz coisa julgada material. COMENTÁRIOS: O procedimento de opção pela nacionalidade tem natureza jurídica de jurisdição voluntária, daí a decisão não faz coisa julgada material. A jurisdição voluntária distingue-se da contenciosa por algumas características, a saber: na voluntária não há ação, mas pedido; não há processo, mas apenas procedimento; não há partes, mas interessados; não produz coisa julgada, nem há lide. (STJ. REsp /SE. DJU ) RESPOSTA CERTA: C QUESTÃO: 02. Ano: Banca: CESPE. Órgão: TCU. Prova: Auditor Federal de Controle Externo. No que concerne aos princípios processuais e à jurisdição, julgue o item que se segue. O processo de execução, cujo objetivo consiste em dar efetividade a um provimento judicial de mérito, é uma espécie do gênero processo de conhecimento. COMENTÁRIOS: 27

28 A Lei n /05 alterou a Lei n /73 Código de Processo Civil, para estabelecer a fase de cumprimento das sentenças no processo de conhecimento e revogou dispositivos relativos à execução fundada em título judicial. A Lei n /05 uniu, no mesmo processo, as fases de conhecimento e de execução, que antes eram processadas em autos apartados. Atualmente, a denominação usada é processo sincrético ou sincretismo processual. Não se fala mais processo de conhecimento e em processo de execução, mas sim em fase de conhecimento e fase de execução. RESPOSTA CERTA: E QUESTÃO: 03. Ano: Banca: CESPE. Órgão: TCU. Prova: Auditor Federal de Controle Externo. No que concerne aos princípios processuais e à jurisdição, julgue o item que se segue. Na jurisdição contenciosa, o Estado, em substituição às partes, resolve a lide submetida a sua apreciação, sendo inadmitida, após a instauração do processo contencioso, a composição entre as partes. COMENTÁRIOS: Conceito de jurisdição adotado pelo CESPE (concurso TJ/DFT, prova discursiva, aplicação ): É de se pontuar que, segundo a obra mais atualizada de Antônio Carlos de Araújo Cintra, Ada Pellegrini Grinover e Cândido Rangel Dinamarco (Teoria geral do processo. São Paulo: Malheiros, 24.ª ed., 2008, p. 147), a jurisdição é, ao mesmo tempo, poder, função e atividade. Como poder, é manifestação do poder estatal, conceituando como capacidade de decidir imperativamente e impor decisões. Como função, expressa o encargo que os órgãos estatais têm de promover a pacificação de conflitos interindividuais, mediante a realização do direito justo e através do processo. E como atividade ela é o complexo de atos do juiz no processo, exercendo o poder e cumprindo a função que a lei lhe comete. 28

29 Disponível em: ( tadefinitivo_tjdftser_013a10_e1713_cargo%2013.pdf) É admitida, mesmo após a instauração do processo contencioso, a composição entre as partes (exemplos: art. 139, V e 269, III, ambos do CPC). RESPOSTA CERTA: E QUESTÃO: 04. Ano: Banca: CESPE. Órgão: Câmara dos Deputados. Prova: Analista Legislativo. Com referência a jurisdição, ação e competência, julgue os itens que se seguem. Embora o princípio da inércia da jurisdição proclame que nenhum órgão jurisdicional prestará a tutela jurisdicional senão quando provocado na forma da lei, é permitido ao juiz, de ofício, mandar arrecadar os bens do ausente e nomear-lhe curador. COMENTÁRIOS: Segundo o art , do CPC: o juiz mandará arrecadar os bens do ausente e nomear-lhe-á curador na forma estabelecida no Capítulo antecedente. Segundo Rinaldo Mouzalas: Inércia: a jurisdição não é prestada de ofício ( ne procedat iudex ex officio ), pelo que a atividade jurisdicional só se desenvolve quando provocada. O órgão jurisdicional só pode prestar tutela quando a parte ou o interessado a requerer, porque o processo civil, conquanto se desenvolva por impulso oficial, começa por iniciativa. A iniciativa das partes, na movimentação da máquina judiciária, é garantia da imparcialidade do juiz, que não promoverá por interesse pessoal o deslinde da demanda. [...] Há, porém, exceções à inércia, como, por exemplo, no caso dos 29

30 processos de inventário, onde o juiz tem o dever de ofício de iniciar o inventário, caso nenhuma das partes que a lei confere legitimidade e interesse processual o requerer no prazo legal. (Processo Civil, volume único, 7ª edição). RESPOSTA CERTA: C QUESTÃO: 05. Ano: Banca: CESPE. Órgão: STF. Prova: Analista Judiciário. No que se refere a jurisdição, julgue o item abaixo. A atividade jurisdicional é exclusiva do Estado-juiz. COMENTÁRIOS: Nas lições de Leonardo Greco, através da obra Instituições de Processo Civil: Jurisdição conceitua-se como função preponderantemente estatal, exercida por um órgão independente e imparcial, que atua a vontade concreta da lei na justa composição da lide ou na proteção de interesses particulares. O autor continua: No nosso tempo, no estágio de desenvolvimento das relações Estado-cidadão a que os europeus chegaram após a Segunda Guerra e a que nós chegamos com a Constituição de 1988, muitos entendem que a jurisdição não precisa ser necessariamente uma função estatal, porque a composição de litígios e a tutela de interesses particulares podem ser exercidas por outros meios, por outros órgãos, e até por sujeitos privados, seja através da arbitragem, seja através da justiça interna das associações. RESPOSTA CERTA: E QUESTÃO: 06. Ano: Banca: CESPE. Órgão: TJ-DFT. Prova: Técnico Judiciário. Acerca de jurisdição e ação no processo civil, julgue os itens subsecutivos. A jurisdição compreende apenas dois poderes, o poder de coerção, que se manifesta, por exemplo, quando o juiz ordena intimações de partes ou 30

31 testemunhas, e o poder de decisão, que se manifesta, por exemplo, quando o juiz redige a sentença. COMENTÁRIOS: É firme o entendimento doutrinário, segundo o qual: A jurisdição abrange três poderes básicos: decisão, coerção e documentação. Pelo primeiro, o Estado-juiz tem o poder de conhecer a lide, colher provas e decidir; pelo segundo, o Estado-juiz pode compelir o vencido ao cumprimento da decisão; pelo terceiro, o Estado-juiz pode documentar por escrito os atos processuais. RESPOSTA CERTA: E QUESTÃO: 07. Ano: Banca: CESPE. Órgão: TJ-DFT. Prova: Técnico Judiciário. Acerca de jurisdição e ação no processo civil, julgue os itens subsecutivos. Na jurisdição voluntária não há processo, mas procedimento, ao contrário do que ocorre em relação à jurisdição contenciosa. COMENTÁRIOS: A jurisdição voluntária distingue-se da contenciosa por algumas características, a saber: na voluntária não há ação, mas pedido; não há processo, mas apenas procedimento; não há partes, mas interessados; não produz coisa julgada, nem há lide. (STJ. REsp /SE. DJU ) RESPOSTA CERTA: C QUESTÃO: 08. Ano: Banca: CESPE. Órgão: TJ-RR. Prova: Analista Processual. A jurisdição, que tem por finalidade compor os conflitos de interesses, resguardando a ordem jurídica e a autoridade da lei, constitui uma das funções de soberania do Estado. A respeito dessa função estatal, julgue os itens subsequentes. 31

32 Segundo a doutrina, o juízo de conciliação configura uma das categorias dos atos de jurisdição voluntária. COMENTÁRIOS: A jurisdição voluntária distingue-se da contenciosa por algumas características, a saber: na voluntária não há ação, mas pedido; não há processo, mas apenas procedimento; não há partes, mas interessados; não produz coisa julgada, nem há lide. (STJ. REsp /SE. DJU ) Ensina o professor Leonardo Greco: a jurisdição voluntária é uma modalidade de atividade estatal ou judicial, em que o órgão que a exerce tutela assistencialmente interesses particulares, concorrendo com o seu conhecimento ou com a sua vontade para o nascimento, a validade ou a eficácia de um ato da vida privada, para a formação, o desenvolvimento, a documentação ou a extinção de uma relação jurídica ou para a eficácia de uma situação fática ou jurídica. [...] nos atos da vida privada das pessoas, há situações fáticas ou relações jurídicas que, independentemente da existência de uma lide, podem ser formadas, modificadas, documentadas, extintas ou produzir efeitos, com a intervenção de uma autoridade estatal. Quando essa autoridade é um juiz, costuma-se qualificar o procedimento como um procedimento de jurisdição voluntária. (Instituições de Processo Civil). Segundo Humberto Dalla B. de Pinho, conciliação é entendida como a atuação do Estado-juiz em audiência ou no curso do processo, no sentido de interagir com as partes, facilitando o entendimento entre elas, apresentando-lhes soluções ainda não propostas por elas próprias e auxiliando-as na obtenção de um acordo. A conciliação é gênero de que são espécies a imposição, a submissão e a transação, que se diferenciam de acordo com a intensidade da disposição de direitos efetivada pelas partes (Direito Processual Civil Contemporâneo). Na jurisdição voluntária, a atuação do Estado, por opção legislativa, é obrigatória. Prescreve o CPC, em relação ao procedimento de conciliação (art. 448): antes de iniciar a instrução, o juiz tentará conciliar as partes. Chegando a acordo, o juiz mandará tomá-lo por termo. A participação do juiz ou do conciliador é obrigatória, embora prevaleça a vontade das partes. O juízo de conciliação configura uma das categorias dos atos de jurisdição voluntária, considerando: prevalência de interesse privado combinada 32

33 com a exigência de intermediação do Estado-juiz na resolução do conflito pelas partes. Embora a questão tenha sido considerada como correta, a doutrina mais moderna considera a conciliação como um equivalente jurisdicional (forma não-jurisdicional de solução de conflitos), não como procedimento de jurisdição voluntária. RESPOSTA CERTA: C QUESTÃO: 09. Ano: Banca: CESPE. Órgão: DPE-ES. Prova: Defensor Público. Acerca dos princípios da jurisdição, julgue o item abaixo. O princípio da inafastabilidade diz respeito à vinculação obrigatória das partes ao processo, que passam a integrar a relação processual em um estado de sujeição aos efeitos da decisão jurisdicional. COMENTÁRIOS: O princípio da indeclinabilidade ou da inafastabilidade da jurisdição (inafastabilidade do controle jurisdicional) está inscrito no inciso XXXV, da CF, segundo o qual: a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito. Segundo o art. 4º, da Lei de Introdução as Normas do Direito Brasileiro: quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito. Portanto, órgão jurisdicional não poderá deixar de dirimir litígios nem mesmo diante da existência de lacunas na lei. RESPOSTA CERTA: E QUESTÃO: 10. Ano: Banca: CESPE. Órgão: TJ-ES. Prova: Analista Judiciário. 33

34 Julgue os itens de 33 a 40, relativos a direito processual civil. A jurisdição civil pode ser contenciosa ou voluntária, esta também denominada graciosa ou administrativa. Ambas as jurisdições são exercidas por juízes, cuja atividade é regulada pelo Código de Processo Civil, muito embora a jurisdição voluntária se caracterize pela administração de interesses privados pelos órgãos jurisdicionais, ou seja, não existe lide ou litígio a ser dirimido judicialmente. COMENTÁRIOS: A jurisdição civil, contenciosa e voluntária, é exercida pelos juízes, em todo o território nacional. A jurisdição voluntária também denominada de jurisdição graciosa ou de jurisdição administrativa. A jurisdição voluntária distingue-se da contenciosa por algumas características, a saber: na voluntária não há ação, mas pedido; não há processo, mas apenas procedimento; não há partes, mas interessados; não produz coisa julgada, nem há lide. (STJ. REsp /SE. DJU ) Ensina o professor Leonardo Greco: a jurisdição voluntária é uma modalidade de atividade estatal ou judicial, em que o órgão que a exerce tutela assistencialmente interesses particulares, concorrendo com o seu conhecimento ou com a sua vontade para o nascimento, a validade ou a eficácia de um ato da vida privada, para a formação, o desenvolvimento, a documentação ou a extinção de uma relação jurídica ou para a eficácia de uma situação fática ou jurídica. [...] nos atos da vida privada das pessoas, há situações fáticas ou relações jurídicas que, independentemente da existência de uma lide, podem ser formadas, modificadas, documentadas, extintas ou produzir efeitos, com a intervenção de uma autoridade estatal. Quando essa autoridade é um juiz, costuma-se qualificar o procedimento como um procedimento de jurisdição voluntária. (Instituições de Processo Civil). RESPOSTA CERTA: C QUESTÃO: 11. Ano: Banca: CESPE. Órgão: TJ-ES. Prova: Analista Judiciário. 34

35 Acerca da função jurisdicional, da ação e suas características, julgue os itens seguintes. A função jurisdicional é, em regra, de índole substitutiva, ou seja, substitui-se a vontade privada por uma atividade pública. COMENTÁRIOS: Conceito de jurisdição adotado pelo CESPE (concurso TJ/DFT, prova discursiva, aplicação ): É de se pontuar que, segundo a obra mais atualizada de Antônio Carlos de Araújo Cintra, Ada Pellegrini Grinover e Cândido Rangel Dinamarco (Teoria geral do processo. São Paulo: Malheiros, 24.ª ed., 2008, p. 147), a jurisdição é, ao mesmo tempo, poder, função e atividade. Como poder, é manifestação do poder estatal, conceituando como capacidade de decidir imperativamente e impor decisões. Como função, expressa o encargo que os órgãos estatais têm de promover a pacificação de conflitos interindividuais, mediante a realização do direito justo e através do processo. E como atividade ela é o complexo de atos do juiz no processo, exercendo o poder e cumprindo a função que a lei lhe comete. Disponível em: ( adraorespostadefinitivo_tjdftser_013a10_e1713_cargo%2013.pdf) Na lição de Leonardo Greco, jurisdição é: a função preponderantemente estatal, exercida por um órgão independente e imparcial, que atua a vontade concreta da lei na justa composição da lide ou na proteção de interesses particulares" (Instituições de Processo Civil). RESPOSTA CERTA: C QUESTÃO: 12. Ano: Banca: CESPE. Órgão: TRE-ES. Prova: Analista Judiciário. Acerca de jurisdição e competência, julgue os itens que se seguem. Considera-se relativa a incompetência do juízo em razão do território. 35

36 COMENTÁRIOS: Critério TERRITORIAL ou de FORO os órgãos jurisdicionais exercem suas jurisdições nos limites dos respectivos territórios. Segundo o Princípio da Aderência, o exercício da jurisdição é vinculado a determinado território (a jurisdição adere ao território). O Foro é a delimitação territorial específica onde o órgão jurisdicional exercerá sua jurisdição. Em regra, a Competência Territorial ou de Foro é Relativa, sendo derrogável por vontade das partes. RESPOSTA CERTA: C QUESTÃO: 13. Ano: Banca: CESPE. Órgão: TRE-ES. Prova: Analista Judiciário. Acerca de jurisdição e competência, julgue os itens que se seguem. Uma das distinções entre a função jurisdicional e a administrativa é identificada na imparcialidade do órgão estatal que exerce a função jurisdicional. COMENTÁRIOS: A imparcialidade é uma das características essenciais da atividade jurisdicional, mas que nem sempre está presente na atividade administrativa. A Jurisdição é o poder do Estado, através de um órgão jurisdicional (Estado-Juiz), de julgar as causas que lhe forem apresentadas, dizendo o direito cabível ao caso concreto. Em outras palavras, a jurisdição é definição do direito por meio de um terceiro imparcial (Estado), de forma autoritária, monopolista e em última instância. RESPOSTA CERTA: C 36

37 QUESTÃO: 14. Ano: Banca: CESPE. Órgão: Detran- DF. Prova: Analista - Advocacia. A respeito do direito processual civil, julgue os seguintes itens. O direito de ação é exercido contra o Estado-juiz e não contra quem, na perspectiva de quem o exercita, lesiona ou ameaça direito seu. COMENTÁRIOS: A Indeclinabilidade ou Inafastabilidade é o princípio processual constitucional da Jurisdição consistente na regra de que nenhuma lesão ou ameaça de lesão poderá ser afastada da apreciação do Poder Judiciário. Implica no dever do Estado de solucionar os conflitos quando provocado pelas partes, que é decorrência do direito fundamental de acesso ao poder judiciário (direito de ação). Como o Estado detém o monopólio da jurisdição e as partes possuem direito irrestrito à ação, o Estado também tem o dever de prestar a tutela jurisdicional e não apenas simples faculdade. Com isso, não há questão que não possa ser posta em juízo para decisão do magistrado. Todos têm direito de Ação de forma ampla, abstrata e irrestrita, mesmo que, ao final, comprovem-se infundadas suas demandas. O direito de ação é puro e abstrato, independe de qualquer análise acerca do mérito da questão. RESPOSTA CERTA: C QUESTÃO: 15. Ano: Banca: CESPE. Órgão: TRT 5ª Região. Prova: Analista Judiciário. Sobre jurisdição, partes, procuradores, intervenção de terceiros e Ministério Público, julgue os seguintes itens. O contraditório, a eventualidade e a oralidade são princípios informadores e fundamentais inerentes à jurisdição. COMENTÁRIOS: 37

38 Segue abaixo transcrito, o padrão de resposta do concurso do TJ/DFT, realizado pelo CESPE: São princípios inerentes à jurisdição: investidura, territorialidade, indelegabilidade, inevitabilidade, inafastabilidade e juiz natural. Princípio da investidura: necessidade da pessoa que exercerá a jurisdição estar regularmente investida no cargo de juiz e em pleno exercício, de acordo com o que prescreve a lei; Princípio da territorialidade: a jurisdição é exercida em um dado território; Princípio da indelegabilidade: a competência atribuída a um órgão jurisdicional para analisar uma demanda não poderá ser delegada a outro; Princípio da inevitabilidade: as partes devem se submeter à decisão do órgão jurisdicional; Princípio da inafastabilidade: não se pode excluir da apreciação do Poder Judiciário nenhuma lesão ou ameaça de direito; Princípio do juiz natural: deve haver regras objetivas de competência jurisdicional, garantindo-se a independência e a imparcialidade do órgão julgador. RESPOSTA CERTA: E QUESTÃO: 16. Ano: Banca: CESPE. Órgão: TRT 5ª Região. Prova: Técnico Judiciário. Acerca da jurisdição, da ação, das partes e procuradores, do litisconsórcio e da assistência, julgue os itens seguintes. Segundo os postulados da teoria eclética (Liebmam), adotada pelo CPC brasileiro, o direito de ação não está vinculado a uma sentença favorável, mas também não está completamente independente do direito material. COMENTÁRIOS: Enrico Tullio Liebman é relacionado a teoria da ação. Liebman está relacionado à teoria eclética da ação. Nas lições de Rinaldo Mouzalas, Teoria Eclética: foi positivada pelo 38

39 sistema jurídico pátrio. Segundo ela, todos têm direito de ação, mesmo que não exista violação ou ameaça ao direito material pleiteado. O direito de ação é, portanto, autônomo como concepção abstrata. Não é totalmente abstrato na concepção originária da Teoria Eclética, porque, antes de o juiz se pronunciar sobre o direito material, ele deve constatar se o autor tem direito de ação. A existência do direito de ação fica condicionada ao preenchimento de certos requisitos, chamado de condições da ação. Se estiverem presentes, o juiz não apreciará o mérito, pois o autor é carecedor do direito de ação, sendo o processo extinto sem resolução de mérito. (grifo do original, página 62) RESPOSTA CERTA: C QUESTÃO: 17. Ano: Banca: CESPE. Órgão: TRT 5ª Região. Prova: Técnico Judiciário. Acerca da jurisdição, da ação, das partes e procuradores, do litisconsórcio e da assistência, julgue os itens seguintes. Supre-se a incapacidade processual relativa da parte por meio da intervenção do representante legal do incapaz. COMENTÁRIOS: São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente os atos da vida civil os menores de 16 anos (art. 3º Código Civil). Os absolutamente incapazes não podem exercer pessoalmente os atos da vida civil, motivo pelo qual a sua vontade deve ser suprida pela vontade de um representante. São incapazes, relativamente a certos atos ou à maneira de os exercer: os maiores de dezesseis e menores de dezoito anos; os ébrios habituais e os viciados em tóxico; aqueles que, por causa transitória ou permanente, não puderem exprimir sua vontade; os pródigos (art. 4º do Código Civil). Os relativamente incapazes apenas não podem exercer certos atos ou não os pode exercer de determinada maneira, motivo pelo qual, precisam da assistência de um terceiro. A vontade dos relativamente incapazes é auxiliada pela vontade de um assistente, por meio da assistência. 39

40 RESPOSTA CERTA: E QUESTÃO: 18. Ano: Banca: CESPE. Órgão: TJ-CE. Prova: Técnico Judiciário. Com relação à jurisdição, à competência e à capacidade de ser parte, julgue os itens que se seguem. A jurisdição, como função soberana do Estado, é regulada pelo direito processual civil, que pertence ao grupo das disciplinas que constituem o denominado direito privado. COMENTÁRIOS: O direito material regula a vida em sociedade, atribuindo direitos e obrigações às pessoas. Surgindo conflito de interesses, não resolvido consensualmente pelos próprios litigantes, o Estado é chamado a intervir, determinando a quem cabe o bem da vida disputado. Essa intervenção estatal é chamada de jurisdição. A atividade jurisdicional disciplina o exercício do poder. O objeto do direito processual é disciplinar a jurisdição. Direito processual não cria direitos, mas tem a função de declarar direitos existentes; disciplina a jurisdição e institutos afins, daí inserido no ramo do direito público, vez que disciplina o modo e os limites em que o poder é exercido. RESPOSTA CERTA: E QUESTÃO: 19. Ano: Banca: CESPE. Órgão: TJ-CE. Prova: Oficial de Justiça. Com referência a processos e procedimentos no âmbito do direito processual civil, julgue os itens que se seguem. Segundo o princípio da improrrogabilidade da jurisdição, é correto afirmar que os órgãos judiciários superiores podem suprimir a competência do juiz natural. 40

41 COMENTÁRIOS: Em regra, a jurisdição é improrrogável, cabendo ao juiz atuar dentro dos limites de competência fixados pela lei. A jurisdição, exercida dentro de um dado território, é una. Não se admite a prorrogação da jurisdição. É admissível a prorrogação da competência, não da jurisdição. RESPOSTA CERTA: E QUESTÃO: 20. Ano: Banca: CESPE. Órgão: TST. Prova: Analista Judiciário. A jurisdição é a atividade desenvolvida pelo Estado por meio da qual são resolvidos conflitos de interesses visando-se à pacificação social. Acerca desse tema, julgue os itens seguintes. A jurisdição pode ser dividida em ordinária e extraordinária. COMENTÁRIOS: Conceito de jurisdição adotado pelo CESPE (concurso TJ/DFT, prova discursiva, aplicação ): É de se pontuar que, segundo a obra mais atualizada de Antônio Carlos de Araújo Cintra, Ada Pellegrini Grinover e Cândido Rangel Dinamarco (Teoria geral do processo. São Paulo: Malheiros, 24.ª ed., 2008, p. 147), a jurisdição é, ao mesmo tempo, poder, função e atividade. Como poder, é manifestação do poder estatal, conceituando como capacidade de decidir imperativamente e impor decisões. Como função, expressa o encargo que os órgãos estatais têm de promover a pacificação de conflitos interindividuais, mediante a realização do direito justo e através do processo. E como atividade ela é o complexo de atos do juiz no processo, exercendo o poder e cumprindo a função que a lei lhe comete. Disponível em: ( tadefinitivo_tjdftser_013a10_e1713_cargo%2013.pdf) No Brasil, vigora o princípio da unidade da jurisdição a jurisdição é una, que indicar ser ela um poder único do Estado. Não se fala em jurisdição 41

42 ordinária e extraordinária, apesar da distribuição das regras de competência. RESPOSTA CERTA: E 42

43 EXERCÍCIOS COM GABARITO QUESTÃO: 01. Ano: Banca: CESPE. Órgão: AGU. Prova: Advogado da União. Julgue o item a seguir, referente a jurisdição e competência no processo civil. O procedimento em que o requerente manifesta sua pretensão de opção de nacionalidade brasileira na condição de brasileiro nato, conforme os requisitos previstos na CF, possui natureza de jurisdição voluntária e, nesse caso, a sentença prolatada não faz coisa julgada material. QUESTÃO: 02. Ano: Banca: CESPE. Órgão: TCU. Prova: Auditor Federal de Controle Externo. No que concerne aos princípios processuais e à jurisdição, julgue o item que se segue. O processo de execução, cujo objetivo consiste em dar efetividade a um provimento judicial de mérito, é uma espécie do gênero processo de conhecimento. QUESTÃO: 03. Ano: Banca: CESPE. Órgão: TCU. Prova: Auditor Federal de Controle Externo. No que concerne aos princípios processuais e à jurisdição, julgue o item que se segue. Na jurisdição contenciosa, o Estado, em substituição às partes, resolve a lide submetida a sua apreciação, sendo inadmitida, após a instauração do processo contencioso, a composição entre as partes. QUESTÃO: 04. Ano: Banca: CESPE. Órgão: Câmara dos Deputados. Prova: Analista Legislativo. 43

44 Com referência a jurisdição, ação e competência, julgue os itens que se seguem. Embora o princípio da inércia da jurisdição proclame que nenhum órgão jurisdicional prestará a tutela jurisdicional senão quando provocado na forma da lei, é permitido ao juiz, de ofício, mandar arrecadar os bens do ausente e nomear-lhe curador. QUESTÃO: 05. Ano: Banca: CESPE. Órgão: STF. Prova: Analista Judiciário. No que se refere a jurisdição, julgue o item abaixo. A atividade jurisdicional é exclusiva do Estado-juiz. QUESTÃO: 06. Ano: Banca: CESPE. Órgão: TJ-DFT. Prova: Técnico Judiciário. Acerca de jurisdição e ação no processo civil, julgue os itens subsecutivos. A jurisdição compreende apenas dois poderes, o poder de coerção, que se manifesta, por exemplo, quando o juiz ordena intimações de partes ou testemunhas, e o poder de decisão, que se manifesta, por exemplo, quando o juiz redige a sentença. QUESTÃO: 07. Ano: Banca: CESPE. Órgão: TJ-DFT. Prova: Técnico Judiciário. Acerca de jurisdição e ação no processo civil, julgue os itens subsecutivos. Na jurisdição voluntária não há processo, mas procedimento, ao contrário do que ocorre em relação à jurisdição contenciosa. QUESTÃO: 08. Ano: Banca: CESPE. Órgão: TJ-RR. Prova: Analista Processual. A jurisdição, que tem por finalidade compor os conflitos de interesses, resguardando a ordem jurídica e a autoridade da lei, constitui uma das 44

45 funções de soberania do Estado. A respeito dessa função estatal, julgue os itens subsequentes. Segundo a doutrina, o juízo de conciliação configura uma das categorias dos atos de jurisdição voluntária. QUESTÃO: 09. Ano: Banca: CESPE. Órgão: DPE-ES. Prova: Defensor Público. Acerca dos princípios da jurisdição, julgue o item abaixo. O princípio da inafastabilidade diz respeito à vinculação obrigatória das partes ao processo, que passam a integrar a relação processual em um estado de sujeição aos efeitos da decisão jurisdicional. QUESTÃO: 10. Ano: Banca: CESPE. Órgão: TJ-ES. Prova: Analista Judiciário. Julgue os itens de 33 a 40, relativos a direito processual civil. A jurisdição civil pode ser contenciosa ou voluntária, esta também denominada graciosa ou administrativa. Ambas as jurisdições são exercidas por juízes, cuja atividade é regulada pelo Código de Processo Civil, muito embora a jurisdição voluntária se caracterize pela administração de interesses privados pelos órgãos jurisdicionais, ou seja, não existe lide ou litígio a ser dirimido judicialmente. QUESTÃO: 11. Ano: Banca: CESPE. Órgão: TJ-ES. Prova: Analista Judiciário. Acerca da função jurisdicional, da ação e suas características, julgue os itens seguintes. A função jurisdicional é, em regra, de índole substitutiva, ou seja, substituise a vontade privada por uma atividade pública. QUESTÃO: 12. Ano: Banca: CESPE. Órgão: TRE-ES. Prova: Analista Judiciário. 45

46 Acerca de jurisdição e competência, julgue os itens que se seguem. Considera-se relativa a incompetência do juízo em razão do território. QUESTÃO: 13. Ano: Banca: CESPE. Órgão: TRE-ES. Prova: Analista Judiciário. Acerca de jurisdição e competência, julgue os itens que se seguem. Uma das distinções entre a função jurisdicional e a administrativa é identificada na imparcialidade do órgão estatal que exerce a função jurisdicional. QUESTÃO: 14. Ano: Banca: CESPE. Órgão: Detran- DF. Prova: Analista - Advocacia. A respeito do direito processual civil, julgue os seguintes itens. O direito de ação é exercido contra o Estado-juiz e não contra quem, na perspectiva de quem o exercita, lesiona ou ameaça direito seu. QUESTÃO: 15. Ano: Banca: CESPE. Órgão: TRT 5ª Região. Prova: Analista Judiciário. Sobre jurisdição, partes, procuradores, intervenção de terceiros e Ministério Público, julgue os seguintes itens. O contraditório, a eventualidade e a oralidade são princípios informadores e fundamentais inerentes à jurisdição. QUESTÃO: 16. Ano: Banca: CESPE. Órgão: TRT 5ª Região. Prova: Técnico Judiciário. Acerca da jurisdição, da ação, das partes e procuradores, do litisconsórcio e da assistência, julgue os itens seguintes. Segundo os postulados da teoria eclética (Liebmam), adotada pelo CPC brasileiro, o direito de ação não está vinculado a uma sentença favorável, mas também não está completamente independente do direito material. QUESTÃO: 17. Ano: Banca: CESPE. Órgão: TRT 5ª Região. Prova: Técnico Judiciário. 46

47 Acerca da jurisdição, da ação, das partes e procuradores, do litisconsórcio e da assistência, julgue os itens seguintes. Supre-se a incapacidade processual relativa da parte por meio da intervenção do representante legal do incapaz. QUESTÃO: 18. Ano: Banca: CESPE. Órgão: TJ-CE. Prova: Técnico Judiciário. Com relação à jurisdição, à competência e à capacidade de ser parte, julgue os itens que se seguem. A jurisdição, como função soberana do Estado, é regulada pelo direito processual civil, que pertence ao grupo das disciplinas que constituem o denominado direito privado. QUESTÃO: 19. Ano: Banca: CESPE. Órgão: TJ-CE. Prova: Oficial de Justiça. Com referência a processos e procedimentos no âmbito do direito processual civil, julgue os itens que se seguem. Segundo o princípio da improrrogabilidade da jurisdição, é correto afirmar que os órgãos judiciários superiores podem suprimir a competência do juiz natural. QUESTÃO: 20. Ano: Banca: CESPE. Órgão: TST. Prova: Analista Judiciário. A jurisdição é a atividade desenvolvida pelo Estado por meio da qual são resolvidos conflitos de interesses visando-se à pacificação social. Acerca desse tema, julgue os itens seguintes. A jurisdição pode ser dividida em ordinária e extraordinária. 47

48 GABARITOS OFICIAIS C E E C E E C C E C C C C C E C E E E E 48

49 RESUMO DA AULA Destacam-se abaixo as formas mais conhecidas para composição dos litígios: 1. AUTOTUTELA a solução do conflito é realizada por simples imposição de uma vontade sobre a outra. Esta forma de resolução das contendas sociais remonta aos tempos antigos, quando o Estado não se mostrava presente, obrigando ao lesado a defender-se pessoalmente contra eventual ofensor. Nos tempos atuais ainda temos resquícios dessa espécie primária de composição dos litígios, como por exemplo: Legítima Defesa Penal (art. 23 do Código Penal); Desforço imediato nas ações possessórias (arts e ); Estado de Necessidade Penal, entre outros tantos casos. 2. AUTOCOMPOSIÇÃO é a busca amigável entre as partes inicialmente conflitantes, sem a imposição de vontades de um parte sobre a outra, para por fim ao combate de interesses. É uma forma de solução do conflito pelo consentimento dos litigantes em sacrificar suas intenções parciais em prol de uma solução final para o embate. São 3 Formas de Autocomposição: a. Transação na transação ambas as partes renunciam a parcela de suas pretensões (autor renuncia de parte de seus pedidos e réu reconhece parcialmente a procedência das alegações do autor). Resumo: concessões mútuas na busca de uma solução comum para ambas as partes. b. Submissão é o reconhecimento jurídico do pedido do autor pelo réu, isto é, o réu reconhece de forma livre as 49

50 alegações do autor, entregando sem resistência o quanto por ele solicitado. c. Renúncia é a desistência do autor, lesado em seu direito, de continuar na busca da efetivação de sua pretensão. Neste caso o autor é que abre mão de seu direito. 3. ARBITRAGEM é uma técnica de solução dos litígios por meio da participação de um TERCEIRO não interessado na causa (imparcial), que decidirá, a pedido das partes, o conflito entre elas estabelecido. A Arbitragem é regulada pela Lei nº 9.307/1996, sendo por natureza voluntária (escolha das partes, nunca por imposição) e somente poderá ser contratada por pessoas capazes para solução de direitos patrimoniais disponíveis. Cláusula Compromissória prévia e abstrata definição de arbitragem futura. Compromisso Arbitral posterior e concreta definição de arbitragem atual. 4. JURISDIÇÃO etimologicamente, significa dizer o direito, pois vem de juris (direito) e dictio (dizer). Em linguagem simples, a jurisdição é a forma do ESTADO, por meio da autoridade judicial, de dizer o direito ao caso posto. O conceito de jurisdição guarda 3 (três) vertentes diversas, que vale detalhar para melhor entendimento: o Jurisdição como Poder a jurisdição é exercido de forma monopolista, ou seja, o Estado chama para si a responsabilidade de solucionar os conflitos sociais que a ele são reclamados, transformando-se em Poder Estatal de decidir os conflitos a ele apresentados. A jurisdição como poder é manifestação da capacidade do Estado de impor suas decisões jurisdicionais sobre o caso concreto das partes. Aqui é o 50

51 Estado com sua mão de ferro. o Jurisdição como Função Estatal a jurisdição é uma das funções ou finalidades do Estado, a de pacificação social e realização da justiça no caso concreto. o Jurisdição como Atividade a jurisdição também pode ser conceituada como os atos materiais e visíveis (atos do processo judicial no plano prático) desenvolvidos pelos Juízes, investidos pelo Estado no poder de julgar. A jurisdição tem 3 (três) grandes objetivos: 1. Objetivo Jurídico aplicar o direito previsto na Lei (nas normas jurídicas) ao caso concreto. 2. Objetivo Social pacificar a sociedade, promovendo o bem comum e eliminando os conflitos existentes. 3. Objetivo Político realizar a justiça, afirmar o poder jurisdicional e preservar os direitos fundamentais do homem. Princípios da Jurisdição: 1. Inevitabilidade após as partes submeterem seu litígio à jurisdição estatal, não poderão posteriormente furtar-se ao cumprimento da decisão exarada (a execução da decisão jurisdicional será inevitável para as partes do processo após a deflagração do processo judicial). 2. Indeclinabilidade ou Inafastabilidade é o princípio processual constitucional da Jurisdição consistente na regra de que nenhuma lesão ou ameaça de lesão poderá ser afastada da apreciação do Poder Judiciário. Implica no dever do Estado de solucionar os conflitos quando provocado pelas partes, que é decorrência do direito fundamental de acesso ao poder judiciário (direito de ação). Como o Estado detém o monopólio da jurisdição e as partes possuem direito irrestrito 51

52 à ação, o Estado também tem o dever de prestar a tutela jurisdicional e não apenas simples faculdade. 3. Investidura a atividade jurisdicional deve ser exercida pelos órgãos estatais que foram regularmente investidos na função jurisdicional. Ou seja, somente poderá exercer a jurisdição aquele órgão a que a lei atribui o poder jurisdicional. 4. Indelegabilidade o Juiz não pode delegar suas funções, pois as exerce de forma exclusiva. É possível, contudo, delegações da prática de atos por outros Juízes (ex: cartas de ordem; cartas precatórias, etc), mas jamais para outros órgãos diversos da atividade judicante (Exemplo: o mesmo caso do Delegado de Polícia). 5. Inércia o Poder Judiciário é inerte (parado), pois a jurisdição não pode ser exercida de ofício pelo Juiz (depende de provocação das partes para início do processo). À regra da Inércia há exceções previstas em Lei, que permitem o início excepcional do processo por provocação das partes (Exemplo: Execução Trabalhista de verbas definidas; Execução Penal; início do processo de inventário, se os legitimados não o fizerem no prazo conferido pela Lei; decretação da falência de empresa em recuperação judicial, etc). 6. Aderência ou Territorialidade o exercício da jurisdição deve estar previamente vinculado a uma determinada zona territorial, isto é, os Juízes têm autoridade jurisdicional tão somente no território específico que exercem suas funções, o chamado FORO. 7. Unicidade a jurisdição é UNA, não havendo divisões internas da própria jurisdição, mas tão somente de seu exercício. Assim, as classificações das Justiças (Comum e Especial, entre outras) são apenas para caracterização e 52

53 definição de competências, não se tratando de diversas jurisdições. 8. Substitutividade o Estado-Juiz, com poder de império, substitui a vontade das partes para decidir o caso concreto. Ou seja, atua em substituição às partes, quando essas não conseguem por si próprias com seus litígios. 9. Definitividade aptidão para formação da coisa julgada. A jurisdição tem o condão de tornar suas decisões imutáveis. 10. Improrrogabilidade a jurisdição não pode ser exercida por Juiz incompetente, sendo os limites da jurisdição estabelecidos na Constituição Federal. 11. Juiz Natural ou Imparcialidade O Princípio do Juízo Natural é extraído do Devido Processo Legal e de dois específicos dispositivos do art. 5º da Constituição Federal (incisos XXXVII e LIII). O Juiz Natural é aquele investido regularmente na jurisdição (investidura) e com competência constitucional para julgamento dos conflitos a ele submetidos. É aquele previsto antecedentemente, com competência abstrata e geral, para julgar matéria específica prevista em lei. A Jurisdição pode ser classificada em 2 (duas) principais espécies, que passamos a detalhar: o Jurisdição Contenciosa é a jurisdição propriamente dita, sendo a atividade estatal exercida pelo Poder Judiciário, consistente no poder de dizer o direito no caso concreto, solucionando as lides em substituição aos interesses das partes. o Jurisdição Voluntária consiste na integração e fiscalização de negócios firmados entre particulares. Há muita discussão na doutrina acerca da natureza da Jurisdição Voluntária, se também seria ou não propriamente uma 53

54 Jurisdição (se não seria uma mera Administração Pública de interesses privados). Características da Jurisdição Voluntária para a Doutrina Clássica: 1. não há LIDE - por não haver brigas e conflitos, mas apenas concurso ou convergência de vontades; 2. não há PARTES por não haver lide, não há partes parciais, mas apenas interessados; 3. o Juiz é um Administrador Público e não um Juiz; 4. não há a Substitutividade, tendo em vista que o Estado não substitui a vontade das partes, mas a integra para formalizar o ato (o Juiz se insere entre os participantes do negócio jurídico); 5. não há Ação e nem Processo, mas apenas um simples Procedimento; 6. não há Sentença de mérito, mas mera homologação de acordo de vontades; 7. não há formação da Coisa Julgada (Definitividade) e nem possibilidade de Ação Rescisória, tendo em vista ser a jurisdição voluntária negócio jurídico consensual; Para uma Doutrina mais Moderna, a Jurisdição Voluntária é Jurisdição, pelos seguintes motivos principais: 1. A não configuração de LIDE no início do processo não significa que no processo de jurisdição voluntária não seja possível o surgimento de conflito de interesses. Por isso, o fato não haver Lide inicial não descaracterizaria a Jurisdição Voluntária; 2. Apesar de não existir conflito entre partes, o conceito de PARTES do processo é aquela que postula e não necessariamente quem seja litigante; 3. A função jurisdicional abrange a tutela de interesses 54

55 particulares sem litigiosidade, desde que exercida por órgãos investidos das garantias necessárias de impessoalidade e independência. Ou seja, a atuação da jurisdição não está cingida à conformação do direito às situações concretas, a solucionar conflitos, mas também a tutelar também interesses de particulares, como órgão do Estado; 4. O Juiz é uma autoridade imparcial e desinteressada, como em qualquer atividade jurisdicional, diferentemente da Administração Pública, que visa seus interesses parciais (defesa legal dos interesses do Estado); 5. A Jurisdição Voluntária possui natureza Preventiva e não a apenas de solucionar conflitos já existentes; 6. Existe um Processo Judicial de Jurisdição Voluntária (Ação, Sentença, Apelação, etc). Note-se que os processos de Jurisdição Voluntária são encerrados por Sentença, de que cabe o Recurso de Apelação para o Tribunal, e não por decisão administrativa; 7. Apesar da permissão de modificação das decisões por fato superveniente, a regra é pela possibilidade de constituição de coisa julgada. Ademais, da mesma forma em que há processos de Jurisdição Contenciosa sem coisa julgada (exceção), o mesmo pode ocorrer com os processos de Jurisdição Voluntária. Predomina ainda no Brasil (posição majoritária) o entendimento da Doutrina Clássica, o de que a Jurisdição Voluntária tem natureza de Administração Pública de interesses privadas, isto é, que NÃO é jurisdição. Resumo do entendimento acerca da Natureza Jurídica da Jurisdição Voluntária: JURISDIÇÃO VOLUNTÁRIA DOUTRINA CLÁSSICA DOUTRINA MODERNA 55

56 É atividade ADMINISTRATIVA NÃO há Jurisdição NÃO há Processo, mas mero Procedimento NÃO há Partes, mas Interessados Não há Coisa Julgada NÃO há LIDE Juiz é Administrador Público É atividade JURISDICIONAL Há Jurisdição Há Processo Há Partes Há Coisa Julgada Pode haver LIDE Juiz é Juiz Peculiaridades do Processo de Jurisdição Voluntária: o São legitimados para dar início ao Processo de Jurisdição Voluntária o INTERESSADO e o Ministério Público; o O CPC determina a INTERVENÇÃO obrigatória do Ministério Público em TODOS os procedimentos de Jurisdição Voluntária. o Há uma relativização do princípio da legalidade estrita no âmbito dos procedimentos de Jurisdição Voluntária. O art do CPC que o Juiz não é obrigado a observar o critério da legalidade estrita, podendo pautar seus atos na equidade e na solução mais conveniente e oportuna ao caso. Finalizo aqui os meus comentários desta pequena Aula Demonstrativa, convidando a todos para a próxima aula (AULA 1), que dará continuidade ao estudo do Direito Processual Civil. Espero a todos na AULA 1! Fraterno Abraço e até a próxima! Ricardo Gomes Por sua aprovação! 56

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