II Seminário Internacional SETED-ANTE. Santiago de Compostela. Estado, Território e Desenvolvimento: Salvador de Bahia A Governação dos Territórios

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1 II Seminário Internacional SETED-ANTE Santiago de Compostela Estado, Território e Desenvolvimento: Salvador de Bahia A Governação dos Territórios 1-3 de julho Santiago de Compostela - Espanha SEGUNDA CIRCULAR APRESENTAÇÃO Em junho de 2012 o Grupo de Investigação: Estado, Território e Desenvolvimento, vinculado ao Programa de Pós-Graduação e ao Departamento de Geografia da Universidade Federal da Bahia, organizou o I Seminário Internacional "Estado, Território e Desenvolvimento: contradições, desafios e perspectivas". Neste seminário foram debatidas, com grande sucesso, as transformações territoriais contemporâneas. Três anos depois, a partir do Grupo de Investigación Análisis Territorial (ANTE) da Universidade de Santiago de Compostela, retomamos esta mesma iniciativa. Em colaboração com os seus impulsionadores iniciais e com o apoio de outros organismos e instituições, assumimos a tarefa de dar continuidade àqueles trabalhos. Paralelamente, pretendemos que estes sejam enriquecidos com as contribuições de especialistas de todo o mundo. Nesta segunda edição, abordamos a Governação dos Territórios desde os múltiplos enfoques que revelam a complexidade do tema. As transformações tecnológicas e as profundas mudanças que as sociedades contemporâneas enfrentam, obrigam-nos a repensar a forma como nos relacionamos com o território. Este adquire uma centralidade nas políticas públicas e privadas, cada vez mais relevante. As aspirações que legitimamente temos para usufruir de uma vida melhor começam a vincular-se através de discursos e ações que se distanciam das tradicionais formas de governação nas suas diferentes escalas.

2 Os processos de urbanização, que continuam em expansão, colocam novos desafios. Como por exemplo, na planificação ou no protagonismo do Estado-Nação. Os graves problemas ambientais que surgem como conseqüências das políticas econômicas, mostram o seu contraponto na pressão dos movimentos sociais que adquirem uma invulgar capacidade de questionamento. Atualmente algumas grandes metrópoles avançam na inovação de atitudes e ações menos agressivas no planeta. Isto ocorre num momento de globalização dos sentimentos de uma parte cada vez mais significativa da humanidade, que procura não apenas uma maior justiça social como também territorial. Ao considerarmos o território como o espaço geográfico de uma entidade coletiva, precisamos ter a consciência de estarmos nos referindo ao âmbito concreto no qual desenvolvemos a nossa vida. Trata-se de um recurso não renovável, além de muito frágil. Os "danos colaterais" que o progresso causou em termos de pobreza, exclusão e destruição ambiental influem diretamente sobre nós, independentemente de qual seja a nossa classe social, manifestam-se de maneira evidente sobre o território. É por esta razão que a ação governamental, nas suas diferentes escalas, horizontais e verticais é de enorme importância. Neste contexto, a Geografia ganha um protagonismo singular, uma vez que a análise espacial e a sua concretização territorial estão na essência da disciplina. Apesar de não serem da nossa exclusividade, sempre estiveram no centro do discurso geográfico. Além de tudo, dispomos de habilidade para administrar as ferramentas tecnológicas que facilitam a planificação e a gestão do território. Definitivamente, temos uma interessante capacidade para ajudar a repensar a governação dos territórios, para melhor enfrentar os grandes desafios da humanidade. Desta forma, convidamos os profissionais de Geografia, de outras Ciências Humanas e Ciências da Terra e áreas afins a participar deste evento, de forma muito particular às comunidades Ibérica e Latino-Americana. Nos últimos anos têm ocorrido, através dos movimentos sociais e de ações de governação, uma grande capacidade de inovação nas propostas de gestão e planificação do território.

3 ORGANIZADORES Grupo de investigación Análise Territorial (ANTE GI-1871), Departamento de Xeografía Universidade de Santiago de Compostela Laboratório de Pesquisa Estado, Território e Desenvolvimento (LESTE), Departamento de Geografia e Programa de Pós-Graduação em Geografia da Universidade Federal de Bahia - UFBA/Brasil. Grupo de Pesquisa em Geografia e Movimentos Sociais (GEOMOV), Departamento de Ciências Humanas e Filosofia, Área de Geografia da Universidade Estadual de Feira de Santana - UEFS/Bahia/Brasil. ÁREAS TEMÁTICAS a) As escalas da governação e da ação política. A Geografia é uma disciplina capaz de analisar a realidade desde diferentes escalas. Por este motivo, converteu-se num instrumento imprescindível para analisar a planificação e gestão do território tendo em conta os diferentes níveis organizativos: o local, autonômico, estatal, nacional e federal. Nesta sessão prestar-se-á especial atenção a temas como a governabilidade, justiça, políticas territoriais e/ou ameaças que se observam em cada uma das ditas escalas. b) Meio ambiente e políticas públicas. A contaminação e a destruição dos recursos naturais são as principais implicações decorrentes do sistema capitalista que afetam atualmente o nosso planeta. Através desta área, requer-se que se manifeste a necessidade de articular políticas públicas integradas e coerentes, nos diferentes níveis e setores de atuação governamental. Com elas, favorecer-se-á o desenvolvimento sustentável dos territórios desde o ponto de vista da natureza e melhorar-se-á a qualidade de vida das gerações presentes e futuras.

4 c) Fronteiras e limites territoriais Nesta sessão leva-se a cabo uma reflexão sobre o estado atual das fronteiras e limites. Prestarse-á especial atenção aos conflitos derivados do estabelecimento de limites fronteiriços, assim como aos processos de encontro e desencontro que existem entre eles. Além disso, analisam-se as transformações territoriais que ocorrem nos espaços transfronteiriços, assim como a consideração dos mesmos como marco idôneo para o fomento de estratégias de cooperação e associação entre territórios para o desenvolvimento. d) Sociedade do conhecimento e gestão do território. Nas sociedades onde o capitalismo se encontra bastante desenvolvido, a maior parte da população possui condições para viver em espaços bem ordenados, que ofereçam serviços de qualidade e garantam uma boa qualidade de vida. Neste contexto, as Tecnologias da Informação e Comunicação - TICs adquirem um grande protagonismo. Primeiro, porque possibilitam a criação de redes sociais e econômicas, que permitem corrigir desequilíbrios territoriais. Segundo, porque favorecem o intercâmbio de informações e conhecimentos, condições essenciais para o desenvolvimento socioeconômico. Adicionalmente, não se pode ignorar o fato de que com as TICs possibilitaram novas formas de aprender, trabalhar, inclusive de ativar instituições e governações que procuram ampliar o lucro e, por conseguinte, uma maior interação com a sociedade civil. e) Movimentos sociais e cidadania Os movimentos sociais converteram-se em atores políticos muito importantes. Com eles, através da mobilização coletiva, procuram-se formas de garantir o bem-estar social e a redução de desigualdades. Neste contexto, propõe-se uma reflexão sobre a relação entre estes movimentos e os processos de construção da cidadania perante a reapropriação de espaços públicos, os direitos e responsabilidades coletivos e as novas formas de uso e de ocupação da cidade. f) Regiões Metropolitanas: gestão e planificação As regiões metropolitanas constituem formas complexas de funcionamento do território que necessitam de novas políticas de planificação e gestão. Desta forma, esta sessão centrar-se-á em temas como a planificação de territórios metropolitanos com diferentes modelos de governação. Analisar-se-á a gestão dos serviços públicos tais como o transporte, a coleta de resíduos sólidos, o saneamento, equipamentos básicos, dotação de infra-estruturas etc. Além disso, debater-se-á sobre a necessidade de alcançar o consenso político com o objetivo de garantir justiça social, econômica e cultural nos territórios metropolitanos.

5 APRESENTAÇÃO DE RESUMOS Abre-se o período para a apresentação de resumos para o II Seminário Internacional Seminário Estado, Território e Desenvolvimento: a Governação dos Territórios. Os trabalhos devem estar vinculados ao tema geral do evento, aos eixos temáticos e devem ser inéditos. Os autores que tiverem os seus resumos aprovados, após análise do comitê científico serão convidados a enviar o trabalho completo nas datas indicadas na continuação. Os resumos não devem exceder as 400 palavras e devem incluir o nome dos autores, os seus contatos e as suas instituições de referência; O idioma dos resumos e dos trabalhos finais poderá ser em português, castelhano, galego, francês ou inglês; Não serão admitidos mais de 2 resumos por autor (incluídos os em co-autoria); A data máxima de recepção dos resumos amplia-se até ao dia 20/03/2015. Os resumos deverão ser enviados à organização do II SETED por correio eletrônico a iiseted@usc.es PUBLICAÇÃO Os trabalhos apresentados serão publicados em formato CD. Os melhores trabalhos serão publicados num livro, juntamente com os textos apresentados nas mesas redondas e nas conferências. O idioma das comunicações poderá ser o português, castelhano, galego, francês ou inglês. Para que o trabalho seja publicado é necessário que pelo menos um dos autores participe ao II SETED. Para receber os anais do II SETED em formato CD será necessário participar do mesmo. SUBMISSÃO DE TRABALHOS Data limite para o envio do resumo 20/03/2015 Data limite para divulgação dos trabalhos aceitos 31/03/2015 Data limite para o envio do trabalho completo 15/05/2015 INSCRIÇÕES Até ao dia 14/04/2015 Depois desta data 100,00 Euros 150,00 Euros

6 COMITÉ ORGANIZADOR LOCAL Universidade de Santiago de Compostela/Espanha - USC Rubén Camilo Lois González Alberto Martí Ezpeleta María José Piñeira Mantiñán María Angeles Piñeiro Antelo Xosé Manuel Santos Solla Laboratório Estado, Território e Desenvolvimento - LESTE da Universidade Federal da Bahia/Brasil. Antonio Angelo Martins da Fonseca Alcides dos Santos Caldas Noeli Pertile Cristovão Brito Antonio Lobo Vanessa da Silva Vieira Grupo de Pesquisa em Geografia e Movimentos Sociais (GEOMOV) da Universidade Estadual de Feira de Santana - UEFS/Bahia/Brasil. Onildo Araujo da Silva Edinusia Moreira Carneiro Santos Agripino Souza Coelho Neto SECRETARIA TÉCNICA iiseted@usc.es