Nível de satisfação e capacidade mastigatória em usuários de prótese parcial removível

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1 Nível de satisfação e capacidade mastigatória em usuários de prótese parcial removível Satisfaction level and masticatory capacity in removable partial denture wearers Gabriela Sant Anna Moreira Daniela Maffei Botega Cristiane Machado Mengatto Juliana Balbinot Hilgert Aluna de graduação, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, Brasil. Professora adjunta, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Departamento de Odontologia Conservadora, Porto Alegre, Brasil. Professora adjunta, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Departamento de Odontologia Conservadora, Porto Alegre, Brasil. Professora adjunta, Faculdade de Odontologia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Departamento de Odontologia Preventiva e Social, Porto Alegre, Brasil. Resumo Objetivo: O objetivo deste estudo foi avaliar o nível de satisfação e a capacidade mastigatória em pacientes usuários de Próteses Parciais Removíveis antigas comparando com novas próteses, associando aos fatores determinantes para a substituição das mesmas. Métodos: Foram selecionados 22 pacientes que procuraram atendimento na disciplina de Prótese Dental da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, para substituição de suas próteses. Os pacientes responderam a questionários sobre nível de satisfação e capacidade mastigatória antes e após a instalação das novas próteses, além de especificarem o que os motivou a procurar atendimento. Resultados: Os fatores determinantes citados para a substituição das próteses foram: dificuldade na fonética (2%), desgaste oclusal (3%), dificuldade na mastigação (8%), falta de conforto (10%), perda de dentes pilares (11%), fratura da prótese (16%), falta de estética (21%), falta de retenção (24%). A média de satisfação e de capacidade mastigatória com a prótese antiga foi de 54% e 61% respectivamente, passando para 82% e 85% após a substituição das mesmas. Conclusão: Com base nos dados obtidos, é possível concluir que os pacientes, em geral, tendem a perceber o benefício gerado pela substituição das próteses, o que implica em impacto na qualidade de vida dos indivíduos, apresentando melhora tanto em seu nível de satisfação quanto em sua capacidade mastigatória. Palavras-chave: satisfação do paciente; reabilitação bucal; mastigação; qualidade de vida; prótese parcial removível. Abstract Objective: This study evaluated satisfaction level and masticatory capacity of old Removable Partial Dentures comparing with the new ones, associating with determinant factors for replacement. Methods: Twenty two adults that looked for treatment in the School of Dentistry were selected. They answered questionnaires about their satisfaction level and masticatory capacity before and after receiving the new prosthesis. Besides that, they specified the reasons for searching the treatment. Results: The determinant factors cited for replacement the RPDs were: phonetic difficulty (2%), oclusal wear (3%), masticatory difficulty (8%), comfort lack (10%), support teeth loss (11%), prosthesis fracture (16%), lack of esthetics (21%), lack of retention (24%). The satisfaction level and masticatory capacity mean associated with the old and the new RPD was 54% and 61% respectively, increasing to 82% and 85% after replacement. Conclusion: In general, patients tend to realize the benefit of new prosthesis, which implies in quality of life, showing higher values of satisfaction level and masticatory capacity. Key-words: patient satisfaction; mouth rehabilitation; mastication; quality of life; denture, partial, removable. 27

2 Introdução Devido às melhores condições de vida, atenção à prevenção da doença cárie e hábitos de higiene, verifica-se, consequentemente, menor perda dentária e uma mudança gradual no quadro odontológico mundial e brasileiro, no qual a maior demanda passa a ser de pacientes parcialmente dentados ao invés de desdentados totais. 1,2 Os recursos odontológicos disponíveis têm como objetivo oferecer saúde, função, estética e conforto adequados aos pacientes, e neste contexto incluise a instalação e utilização de Próteses Dentárias, o que sempre representa um impacto na percepção de saúde e na qualidade de vida dos indivíduos. 3,4,5,6 Usuários de Próteses Parciais Removíveis (PPR) são os que provavelmente devam apresentar a maior variedade de respostas diante da reabilitação, uma vez que possuem a maior diversidade de situações clínicas, ou seja, perda dentária de poucos ou de muitos elementos. 7,8 Tal fato, associado às condições das próteses percebidas pelo paciente, como retenção, desgaste, conforto, estética e mastigação determinam parâmetros como o nível de satisfação e a capacidade mastigatória do indivíduo naquele dado momento. Esses parâmetros podem ser avaliados por meio da aplicação de questionários que traduzem a percepção do indivíduo frente a sua reabilitação. 9,10,11 Diversos autores avaliaram pacientes usuários de PPR com relação à satisfação. Fatores biológicos, mecânicos, estéticos e psicológicos estão relacionados com a aceitação da prótese e, consequentemente, com o sucesso do tratamento. 12 Ademais, melhoria na qualidade das próteses tem potencial de impactar a saúde oral dos indivíduos, tendo importância na saúde pública pela prevalência de PPRs na população em geral. 13 As razões mais comuns de insatisfação em usuários de PT são a falta de retenção satisfatória e desconforto na prótese inferior, problemas na mastigação, aparência e fala, quando comparados aos usuários de PPR. 14 Além disso, o número de dentes foi a variável que melhor explicou a capacidade mastigatória. 15 Entretanto, a avaliação de parâmetros como satisfação e função mastigatória não se encontra suficientemente bem estabelecida. Existe ainda a necessidade de esclarecer como o indivíduo percebe o impacto da utilização de PPRs em sua vida, com suas próteses antigas necessitando substituição e com as próteses novas, após a reabilitação. Além disso, os motivos pessoais dos pacientes, que os trazem à procura de atendimento, devem ser mais bem elucidados, podendo haver uma correlação entre tais fatores e nível de satisfação e função mastigatória. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o nível de satisfação e a capacidade mastigatória em pacientes usuários de Próteses Parciais Removíveis antigas, por meio de questionários, comparando com as novas próteses, associando aos fatores determinantes para a substituição das mesmas. Metodologia Foram selecionados 50 pacientes parcialmente dentados que buscaram atendimento na disciplina de Prótese Dentária do Curso de Odontologia da Faculdade de Odontologia de Porto Alegre UFRGS, para confecção de novas Próteses Parciais Removíveis. Destes, 22 pacientes receberam um termo de consentimento informado, e aqueles selecionados, tiveram a ficha clínica preenchida, e responderam a dois questionários sobre nível de satisfação e capacidade mastigatória. Os questionários foram realizados juntos, em dois momentos: utilizando a(s) prótese(s) antiga(s) e após a instalação da(s) nova(s) prótese(s), aguardando o período de ajustes (1 mês). Os 28 pacientes restantes não participaram do estudo por diversas razões, segundo a Figura 1. O nível de satisfação e a capacidade mastigatória foram avaliados por meio de respostas dadas pelos pacientes a dois questionários baseados no OHIP-EDENT (Oral Health Impact Profile for Edentulous Adults) e adaptados para pacientes parcialmente dentados. Tais questionários avaliam a qualidade de vida do paciente relacionada a sua saúde oral. Os pacientes escolheram scores de 0 a 2, sendo 0 nunca, 1 às vezes, e 2 quase sempre, para perguntas sobre a percepção da satisfação em relação à estética, ao prazer em se alimentar, ao grau de conforto e segurança na utilização das próteses e capacidade de mastigar e fragmentar alimentos duros e moles (Anexos). Além disso, os pacientes também especificaram os motivos que os levaram a procurar atendimento para substituição de sua(s) prótese(s), como: retenção, estética, fonética, mastigação, conforto, desgaste oclusal, fratura da prótese ou perda de dentes pilares. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Odontologia de Porto Alegre/UFRGS, sob o número Para análise dos resultados de nível de satisfação e capacidade mastigatória, foi utilizado o teste t pareado na comparação das médias, sendo o valor para rejeição da hipótese nula p 0,05. O software SPSS 12.0 (SPSS Inc., Chicago, USA) foi utilizado para realizar a análise estatística. Unimep Universidade Metodista de Piracicaba 22(2) jul.dez. 2012

3 Figura 1: Número de pacientes selecionados e pacientes que participaram do estudo. Resultados De acordo com os resultados, houve diferença significativa entre o nível de satisfação e de capacidade mastigatória geral antes e após a instalação de novas próteses, de 54 para 82% e de 61 para 85%, respectivamente (Figura 2). Satisfação antes e depois Capacidade antes e depois Figura 2: Valores médios do nível de satisfação e da capacidade mastigatória geral antes e após o tratamento. 29

4 O nível de satisfação e a capacidade mastigatória específicos em cada situação aumentaram após a instalação de novas próteses (Figura 3). Figura 3: Valores médios do nível de satisfação e da capacidade mastigatória específicos antes e após o tratamento. 1 Gênero - homens 2 Gênero - mulheres 3 Idade 30 a 49 anos 4 Idade 50 a 69 anos 5 Idade 70 anos ou mais 6 Casados 7 Solteiros 8 Divorciados 9 Viúvos 10 Analfabeto 11 Ensino fundamental 12 Ensino médio 13 Ensino superior 14 Prótese superior 15 Prótese inferior 16 Prótese superior e inferior 17 Tempo sem dentes-0 a 10 anos 18 Tempo sem dentes 11 a 20 anos 19 Tempo sem dentes 21 a 30 anos 20 Tempo sem dentes 31 a 40 anos 21 Tempo sem dentes 41 anos/ mais 22 Idade da prótese 0 a 10 anos 23 Idade da prótese-11 a 20 anos 24 Idade da prótese-21 a 30 anos 25 Dentes presentes superiores-1 a 5 dentes 26 Dentes presentes superiores 6 a 10 dentes 27 Dentes presentes superiores 11 ou mais 28 Dentes presentes inferiores 1 a 5 dentes 29 Dentes presentes inferiores 6 a 10 dentes 30 Dentes presentes inferiores 11 ou mais 31 PPRs utilizadas 1 PPR 32 PPRs utilizadas 2 PPR 33 PPRs utilizadas 3 ou mais PPR Os fatores determinantes para a substituição da prótese, relatados pelos pacientes, em ordem de maior importância foram: retenção, estética, fratura, perda dos dentes pilares, conforto, mastigação, desgaste oclusal e fonética (Figura 4). Unimep Universidade Metodista de Piracicaba 22(2) jul.dez. 2012

5 Figura 4: Fatores determinantes para a substituição da prótese, relatados pelos pacientes. A caracterização da amostra segundo sexo, idade, grau de instrução, local da prótese, número de próteses já utilizadas, tempo sem dentes, idade da prótese, número de dentes presentes na arcada superior e na inferior pode ser observada na Tabela I. Discussão A percepção do indivíduo frente a sua reabilitação oral com relação à satisfação e capacidade mastigatória é avaliação importante para o sucesso da prática clínica. Há autores na literatura que encontraram pequenas correlações entre a avaliação dos pacientes e dos profissionais, o que sugere que a opinião do paciente sobre sua Prótese Parcial Removível, não condiz plenamente com a situação real. 13 Portanto, tornase importante avaliar a percepção subjetiva de sucesso do paciente em relação à sua prótese. Os resultados ilustrados na Figura 2 permitem observar que, após a substituição das próteses antigas, houve um grande aumento do nível de satisfação e capacidade mastigatória, segundo respostas aos questionários. Esses dados podem fornecer ao profissional a noção do impacto que próteses inadequadas podem causar na qualidade de vida dos indivíduos e quanto a confecção de novas próteses pode influenciar na saúde dos pacientes. A partir dos dados coletados dos pacientes, torna-se possível a discussão de vários aspectos que caracterizam a amostra, como gênero, idade, grau de instrução, local da prótese, experiência prévia, tempo de perda dentária, tempo de uso da prótese, e extensão da perda dentária, como ilustrado na Figura 3. Segundo Panek et al. (2006), homens apresentam maior facilidade de adaptação às próteses removíveis, enquanto que Zlataric et al. (2003) encontraram que homens usuários de PPRs mandibulares relatam maior insatisfação na mastigação quando comparado às mulheres. No presente estudo, os resultados para satisfação e capacidade mastigatória apresentaram resultados semelhantes entre gênero. 31

6 Tabela 1: Descrição da amostra acompanhada (N=22). Unimep Universidade Metodista de Piracicaba 22(2) jul.dez. 2012

7 Correlacionando satisfação e capacidade mastigatória à idade dos indivíduos, verificouse que os maiores índices foram observados no grupo dos indivíduos de 50 a 69 anos, enquanto que indivíduos mais jovens apresentaram a menor porcentagem de melhora da capacidade mastigatória. Resultados semelhantes foram obtidos por Leles et al. (2009), enquanto que outros autores indicam que a idade não influencia diretamente na eficiência de mastigação. 18 Quanto ao grau de instrução, pôde-se observar que, após a substituição das próteses, o nível de satisfação e capacidade mastigatória apresentou aumento em todos os níveis de escolaridade, sendo mais evidente nos grupos com maior grau de instrução. Os resultados sugerem que os indivíduos com mais tempo de ensino conseguem perceber melhor a alteração ocorrida após a substituição das próteses, sendo capazes de realizar uma melhor auto-avaliação do que o grupo sem instrução, o que está de acordo com trabalhos que verificaram que o nível de educação foi inversamente proporcional à auto-avaliação da estética e higiene em pacientes usuários de PPR. Fica evidente, portanto, a necessidade do profissional informar e explicar ao paciente as mudanças esperadas após a reabilitação protética. 16,17 Não foi constatada relação entre grau de instrução e perda dentária, como em outros estudos, onde a escolaridade, estabilidade financeira, e o acesso ao plano de saúde tornam os indivíduos gradativamente mais preocupados com sua saúde bucal, e que quanto menor o status socioeconômico, maior o edentulismo. 1 Tal fato pode ser explicado pela baixa renda da maioria dos pacientes que buscam serviços em centros de educação, nos quais o custo do tratamento é inferior. Segundo alguns autores, usuários de Próteses Parciais Removíveis geralmente apresentam dificuldades em relação ao conforto e estabilidade da prótese inferior. 3 Neste estudo, os pacientes que substituíram as próteses inferiores apresentaram menor nível de satisfação. Entretanto, este foi o grupo que apresentou maior melhora, tanto em satisfação como em capacidade mastigatória quando comparadas as situações inicial e final. A avaliação da prótese é regulada por fatores subjetivos, como ponto de vista, experiências prévias, atitudes e expectativas. 17 De acordo com outros estudos, pacientes com maior experiência prévia no uso de prótese e, consequentemente, mais acostumados com o processo de adaptação, têm mais familiaridade com os cuidados necessários e seguem as recomendações dos profissionais sem necessidade de consultas extras. 4 Já outros autores acreditam que o processo de adaptação requer tempo, e que não está relacionado com a experiência prévia de uso de próteses. Zlataric et al. (2003) caracterizam a satisfação como multifatorial. Da mesma forma, neste estudo não houve relação da satisfação e capacidade mastigatória com o número de próteses utilizadas pelos pacientes. A diferença de satisfação e capacidade mastigatória após a substituição das próteses mostra uma tendência ao aumento da capacidade mastigatória no grupo que relata perda dentária há mais tempo. Segundo Bae et al. (2006), pacientes que apresentam perda dentária há mais tempo estão mais cientes de seu problema e de suas limitações e comparam a nova prótese às antigas, enquanto que aqueles que relatam perda dentária mais recente comparam suas próteses aos dentes naturais. Segundo a literatura, os indivíduos com maior nível de educação estão aptos a melhores oportunidades financeiras e priorizam os cuidados com a saúde. 1 Pacientes com menor poder econômico têm maior tendência a utilizar a mesma prótese por mais de 20 anos e podem não substituí-la ou repará-la por questões financeiras. Falta de informação, necessidade de prevenção, e as consequências da negligência parecem constituir uma barreira significante ao cuidado da saúde bucal. Tal fato está de acordo com os resultados apresentados, já que a parcela da população que procura atendimento na Faculdade de Odontologia possui baixo poder econômico. A idade da prótese não influenciou nos níveis de satisfação e capacidade mastigatória, entretanto, os maiores escores de capacidade mastigatória foram provenientes de pacientes que utilizavam sua prótese há mais tempo (16-30 anos). Esses indivíduos mostraram maior nível de satisfação após a substituição, provavelmente pela grande deterioração da mesma. Assim como na literatura, neste estudo os pacientes que possuíam mais dentes presentes em boca mostraram maior capacidade mastigatória, já que, quanto maior for a perda de dentes, maiores os problemas com conforto em usuários de PPRs mandibulares. 17 Este também foi o grupo que apresentou maior aumento de satisfação e capacidade mastigatória após a substituição das próteses corroborando com trabalhos que verificaram que a capacidade mastigatória estava fortemente correlacionada com o número de dentes presentes. 15 Além disso, pode-se 33

8 observar que indivíduos com menor número de dentes mandibulares possuem próteses menos confortáveis em comparação com aqueles com maior quantidade de dentes. 16 De acordo com a percepção dos pacientes (Figura 4), o principal motivo que os leva a procurar atendimento para substituição de suas próteses é a falta de retenção das mesmas, uma vez que os impossibilita triturar os alimentos e consequentemente se alimentar adequadamente. Pode-se observar que o desgaste oclusal, que pode causar perda de dimensão vertical, posicionamento mandibular inadequado e em última análise gerar sintomas de desordem têmporo-mandibular, não é considerado, pelos pacientes, fator primordial para a busca de tratamento. Esse fato, provavelmente, se deve à falta de instrução que o paciente recebe do profissional, no momento da instalação de suas próteses. Conclusões Dentro das limitações deste estudo, é possível concluir que: Houve tendência ao aumento do nível de satisfação e capacidade da mastigatória; Falta de retenção e estética foram os fatores determinantes mais citados para a substituição das próteses; Os pacientes, em geral, tendem a perceber o benefício gerado pela substituição das próteses. Referências bibliográficas 1. Marcus PA, Joshi A, Jones JA, Morgano SM. Complete edentulism and denture use for elders in New England. J Prosthet Dent. 1996;76: Furuyama C, Takaba M, Inukai M, Mulligan R, Igarashi Y, Baba K. Oral health-related quality of life in patients treated by implantsupported fixed dentures and removable partial dentures. Clin Oral Implants Res. 2012; 23: Forgie AH, Scott BJJ, Davis DM. A study to compare the oral health impact profile and satisfaction before and after having replacement complete dentures in England and Scotland. Gerodontology. 2005;22 (3): Panek H, Krawczykowska H, Dobosz A, Napadlek P, Panek BA, Sosna-Gramza M. Follow-up visits as a measure of adaptation process to removable prostheses. Gerodontology. 2006;23: Komagamine Y, KANAZAWA M, KAIBA Y, SATO Y, MINAKUCHI S, SASAKI Y. Association between self-assessment of complete dentures and oral health-related quality of life. J Oral Rehabil. 2012; 39: Kimura A, Arakawa H, Noda K, Yamazaki S, Hara E S, Mino T, et al. Response shift in oral health-related quality of life measurement in patients with partial edentulism. J Oral Rehabil. 2012; 39: Baba K, Igarashi Y, Nishiyama A, John MT, Akagawa Y, Ikebe K, et al. Patterns of missing occlusal units and oral health-related quality of life in SDA. J Oral Rehabil. 2008;35: Preshaw PM, Walls AW, Jakubovics NS, Moynihan PJ, Jepson NJ, Loewy Z. Association of removable partial denture use with oral and systemic health. J. Dent. 2011; 39: Baba K, Inukai M, John MT. Feasibility of oral health-related quality of life assessment in prosthodontic patients using abbreviated Oral Health Impact Profile questionnaires. J. Oral Rehabil. 2008; 35: John MT, Slade GD, Szentpetery A, Setz JM. Oral Health-Related Quality of Life in patients treated with fixed, removable, and complete dentures 1 month and 6 to 12 months after treatment. Int J Prosthodont. 2004;17: Kapur KK, Soman SD. Masticatory performance and efficiency in denture wearers. J Prosthet Dent. 2006;95: Cosme DC, Baldisserotto SM, Fernandes EL, Rivaldo EG, Rosing CK, Shinkai RSA. Functional evaluation of oral rehabilitation with removable partial dentures after five years. J Appl Oral Sci. 2006;14(2): Inukai M, Baba K, John MT, Igarashi Y. Does removable partial denture quality affect individuals oral health? J Dent Res. 2008;87(8): Bae KH, Kim C, Paik DI, Kim JB. A comparison of oral health related quality of life between complete and partial removable denture-wearing older adults in Korea. J Oral Rehabil. 2006;33: Miyaura K, Morita M, Matsuka Y, Yamashita A, Watanabe T. Rehabilitation of biting abilities in patients with different types of dental prostheses. J Oral Rehabil. 2000;27: Zlataric DK, Celebic A, Valentic-peruzovic M, Jerolimov V, Panduric J. A survey of treatment Unimep Universidade Metodista de Piracicaba 22(2) jul.dez. 2012

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